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Aluna: Cheyline Rezende INTERNATO DE CLÍNICA CIRURGICA INFECÇÕES CIRURGICAS E USO DE ANTIBIÓTICOS CONCEITO Qualquer infecção que acometa pacientes cirúrgicos. Infecções de sítio cirúrgico (ISC); Infecção primária de corrente sanguínea (bacteremia) associada ao uso de cateter venoso central (IPCSCVC); Infecções do trato urinário (ITU)- CVD; Pneumonias relacionadas à assistência à saúde, podendo ou não estar associado ao uso de ventilação mecânica (PAVM). São pacientes vulneráveis a infecções relacionadas a assistência. ISC: É a infecção que pode ocorrer em até 30 dias do ato cirúrgico; Dentro de 90 dias quando envolver implante de prótese ( ANVISA, 2019). EPIDEMIOLOGIA Aumenta os índices de morbidade e mortalidade 2 a 11x mais risco de óbito; Prolongam o tempo de internação e custos 7 a 10 dias adicionais de hospitalização; ISC correspondem a 38% do total das infecções hospitalares em pacientes cirúrgicos e 16% do total de infecções hospitalares; Prevalência em gênero- Dados conflitantes Sexo masculino- mais propensos a desenvolver pneumonia/ Sexo feminino- maior mortalidade na doença; 3ª posição de infecção em serviços de saúde( 14 a 16%); Evitável em até 70% dos casos. FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO Resultado da própria lesão, deficiência das defesas do hospedeiro ou cuidado específico. Ambiente hospitalar - patógenos com potencial de causar infecção A invasão requer porta de entrada ( incisão cirúrgica, tecidos lesionados, acesso vascular ou cateter permanente); As doenças cirúrgicas são imunossupressoras (trauma, queimaduras e tumores malignos) , bem como imunossupressão terapêutica, utilizada no controle de pacientes submetidos a transplante de órgãos sólidos. A anestesia geral: período de intubação endotraqueal associado à ventilação mecânica, além de um período de consciência reduzida (indução) , o que representa um risco de broncoaspiração aumentam o risco de pneumonia. Cada dia de IOT e VM, aumenta o risco de pneumonia de 1% a 3%- Controverso se traqueostomia reduz risco. FATORES CONTRIBUINTES Extremos de idade: Idade avançada (geralmente ≥65 anos) Pela senescência imune; Neonatos Imaturidade imune; Hiperglicemia: Gera disfunção da imunidade celular. oNo estresse cirúrgico ocorre resistência insulínica e catabolismo → hiperglicemia. oMesmo a hiperglicemia transitória está relacionada a um risco elevado de ISCs e de outras infecções nosocomiais aumento na mortalidade tanto para pacientes diabéticos como para não diabéticos. oA hiperglicemia moderada (>200 mg/dL) em qualquer momento no primeiro dia do pós-operatório aumenta o risco de ISC em 4x; oMeta <130 mg/dL- (Varia entre literaturas). FATORES CONTRIBUINTES Hipotermia: exposição, infusão em grande volume não aquecidos ou produtos sanguíneos, ou perdas evaporativas durante a cirurgia intracavitária afeta o desempenho cardiovascular de maneira adversa; Meta: 36,5° e 38 °C na 1ª hora PO; Hipóxia tecidual: A administração de oxigênio suplementar reduz o risco de ISC após cirurgia eletiva; Transfusão Sanguínea: o Determinante no salvamento pós trauma ou hemorragias, porém aumenta ocorrência de infecções Expressam imunossupressão através da apresentação de antígenos leucocitários alterados, levando a uma mudança para o fenótipo T helper do tipo 2. o O risco de infecção relacionado à transfusão sanguínea é aumentado em mais de 5x nos pacientes traumatizados e mais de 3x para pacientes cirúrgicos; oÉ prudente ser conservador e criterioso na administração de concentrados de hemácias com o objetivo de estabilização de pacientes criticamente enfermos. INFECÇÃO DO SÍTIO CIRURGICO A microbiologia da ISC depende da natureza do procedimento, local da incisão, e se uma cavidade corporal ou víscera oca é penetrada durante a cirurgia. A antibioticoprofilaxia deve ser devidamente direcionada contra os patógenos mais prováveis; Diversos fatores determinam se um paciente tem maior risco de ISC, incluindo aqueles relacionados ao hospedeiro, ao ambiente e ao tratamento. FATORES CONTRIBUINTES- ISC Fatores do Hospedeiro Extremos de idade; Diabetes; Ascite (para cirurgia abdominal); Inflamação crônica; Tabagismo; Terapia com corticosteroides (controversa); Obesidade; Hipoxemia; Doença vascular periférica (para cirurgia da extremidade inferior); Anemia pós- operatória; Irradiação anterior do local; Cirurgia recente; Infecção remota; Colonização cutânea ou nasal de estafilococos; Doença cutânea na área da infecção (p. ex., psoríase); Desnutrição. Fatores de Tratamento Fatores Ambientais Medicamentos contaminados; Desinfecção/esterilização inadequada; Antissepsia cutânea inadequada;Ventilação inadequada. Drenos; Procedimento de emergência; Hipotermia; Profilaxia antibiótica inadequada; Hospitalização pré-operatória prolongada; Tempo operatório prolongado; Transfusão sanguínea Volume cirúrgico e porte do hospital podem afetar risco. INFECÇÕES DO SÍTIO CIRÚRGICO Tipos de procedimentos cirúrgicos: Procedimentos cirúrgicos limpos Procedimentos potencialm. contaminados Procedimentos contaminados Procedimentos infectados INFECÇÃO DO SÍTIO CIRURGICO ISC é classificada de acordo com os tecidos envolvidos em: 1) Incisional superficial pele ou tecido subcutâneo no local da incisão; É a infecção cirúrgica mais frequente. 2) Incisional profunda tecidos moles profundos (fáscias e músculos); 3) Órgãos/ cavidade: qualquer parte da anatomia que não seja a incisão que foi aberta ou manipulada durante a operação. INFECÇÃO DO SÍTIO CIRURGICO I. SUPERFICIAL–Abcesso parede I. PROFUNDA ORGÃO/ CAVIDADE INFECÇÕES DO SÍTIO CIRURGICO ISC – Diagnóstico clínico ( Sinais e sintomas surgem entre 4º e 5º dia PO Desde endurecimento local, até sinais típicos: eritema, edema, dor, calor, imobilidade relacionada à dor); ISCs incisionais profundas: macicez e crepitações, vesículas cutâneas ou bolhas; ICSs Intracavitária: sintomas relacionados ao órgão ou sistema envolvido; ISC necrosantes (raras) provocadas por Streptococcus pyogenes ou ou Clostridium perfringens primeiras 24 horas após a cirurgia- frequentemente apresentam sepse. Dor desproporcional a PO. Exame de imagem: Superficial USG; Profunda/ cavidade TC, RNM. INFECÇÕES DO SÍTIO CIRURGICO CULTURA: Não são obrigatórias para ISCs incisionais superficiais quando o cuidado de feridas isolados são suficientes; Em infecção mais profunda os espécimes de exsudatos dever ser obtidos por swab diretamente do local específico da infecção na ferida aberta. A pele circundante pode ter crescimento polimicrobiano; Infecção de partes moles necrosante, necessitam de intervenção cirúrgica imediata. TRATAMENTO: 1ª Etapa: abertura e o exame da porção suspeita – Decisão sobre o tipo de abordagem ; Pele e SC: Exploração e desbridamento; ANT sistêmico se sinais sistêmicos; Profunda: Exame de imagem + cultura+ desbridamento +ANT; Orgãos ou cavidades: Requer exame de imagem (extensão)+ cultura + ANT + drenagem. ESQUEMA DE ANTIBIÓTICO Cirurgias limpas ( Só usa se implante de prótese); Cirurgias potencialmente contaminas (profilático); Se contaminadas ou infectadas (Tto de infecção presumida). INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO A bacteriúria ou candidúria associadas ao CVD raramente são sintomáticas, exceto se obstrução do trato urinário, manipulação urológica recente, lesão ou cirurgia; Estreita relação com CVD- 40 A 50% após 10 dias de uso; Diferente da ITU da comunidade, na por CVD é incomum ter piúria; Contagens superiores a 10 ³ UFC/mL representam bacteriúria ou candidúria verdadeira nos pacientes cateterizados; Coleta de urina na presença de febre é apropriado; Não recomenda-se cultura para monitorização; Prevenção: evitar uso do CVD/ fazer uso por curta duração (<48 horas- pacientes cirúrgicos eletivos). 2ª mais frequentePNEUMONIA PÓS OPERATÓRIA Pacientes cirúrgicos são mais susceptíveis a PNM, principalmente se uso de VM; PAVM é definida como a pneumonia que ocorre de 48 a 72 horas após a intubação e inicio da VM; É a infecção mais comum nas UTIs entre pacientes cirúrgicos e traumáticos; FATORES DE RISCO PARA PNM PÓS OP: Aumento no número de pacientes críticos; Uso indiscriminado de antibióticos elevam o risco de PAVM por MDR. Incidência de PAVM cresce com a aumento do tempo de VM (3%/dia - 5 primeiros dias; 2%/dia- dias 5 a 10, e 1%/dia após) DIAGNÓSTICO PAVM: Clínico + Radiográfico + Microbiológico. Pela baixa especificidade dos critérios diagnósticos: Obrigatório cultura TRI para PAVM antes do ANT Reduz F-N; Presença de 2 ou mais : febre, leucocitose ou leucopenia, secreção purulenta, hipoxemia + surgimento de novo infiltrado no RX de tórax. S: 69%/ E: 75% 3ª Mais frequente PNEUMONIA PÓS OPERATÓRIA Após o início da terapia por suspeita de PAVM, se as culturas do trato respiratório inferior: Não revelar crescimento ANT deve ser descontinuado; Crescimento substancial de patógeno suscetível Terapia desescalonada para ANT de espectro mais restrito que o inicial; Crescimento de um patógeno MDR: Manter ANT de amplo espectro ou a terapia é escalonada ampliando a cobertura para o patógeno MDR. Redução de até 90% de PAVM em UTI Cirúrgica Se Prevenção de anemia; PREVENÇÃO CATETER VENOSO CENTRAL – INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADA Instalação em circunstâncias eletivas (controladas) Preparação da pele com clorexidina, precauções com barreiras máximas (área estéril, uso de EPIs), e protocolo formal de cuidados. Se técnica de inserção for violada, o risco de infecção aumenta exponencialmente e o cateter deve ser removido, recolocados em local distinto (com assepsia e antissepsia) - até 24 horas; O risco de infecção é mais alto para cateteres venosos femorais e menor em veia subclávia; Cateteres revestidos com antibióticos e antissépticos (controverso), mas pode ajudar a diminuir o risco de infecção nas unidades que têm uma alta taxa de infecção; Início abrupto de sinais de sepse ou choque Suspeitar do cateter como uma suspeita de foco; CATETER VENOSO CENTRAL – INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADA Hemocultura positivas para Staphylococcus ou Candida spp - Sugerem infecção relacionada a cateter vascular Retirar e fazer cultura do cateter. O material infundido pode se tornar contaminado (bacteremia ou fungemia) choque séptico; Flebite supurativa: Mais comum em cateter venoso periférico. Mais comum em pacientes queimados. Em pacientes com bacteremia por S. aureus ou fungemia persistentes, o ecocardiograma é apropriado para avaliar endocardite e direcionar o esquema terapêutico. CATETER VENOSO CENTRAL – INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADA TTO : remoção de cateter (cateteres venosos centrais, periféricos ou percutâneos) e ANT parenteral; Vancomicina ou linezolida tratamento de IPCS-CVC por MRSA. IPCS-CVC por fungos Ao menos duas semanas de terapia antifúngica sistêmica INFECÇÃO INTRA ABDOMINAL Grupo de doenças comum em práticas cirúrgicas; TIPOS DE IABs: Não complicadas está dentro de um único órgão, sem haver nenhuma perfuração do TGI – Não geram doenças sérias. - TTO: ANT restrito e reparo do foco infeccioso. Complicadas se estendem para além do órgão de origem, e na cavidade peritoneal, através de uma víscera perfurada, estimulando síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SIRS). o Infecção contida: Formação de um abscesso. o Disseminação descontrolada: Peritonite difusa (elevada mortalidade - necessita de laparotomia de urgência) . Associada a comunidade (CA-IABs) e Associada ao hospital (HA-IABs). INFECÇÃO INTRA ABDOMINAL A peritonite secundária é polimicrobiana TTO : antibióticos de um espectro adequado e retirar foco; IAB de origem hospitalar (HA-IAB): Maior risco de patógenos MDR TTO: ANT de amplo espectro e drenagem cirúrgica. Se falha de dois procedimentos para controle de focos intra-abdominais ou falha completa das defesas intra-abdominais do hospedeiro contra a infecção peritonite terciária. TTO: técnica de abdome aberto para limpeza peritoneal manualmente. ANTIBIÓTICOS PROFILAXIA ANTIBIÓTICA: A profilaxia deve ser administrada até 60 min antes da cirurgia. Se vanco ou fluoroquinolona: 120 min. Repetição da dosagem intra operatória para procedimentos que excedam duas meias-vidas do fármaco (geralmente >4h) ou se perda excessiva de sangue (> 1.500 mL). Profilaxia idealmente em dose única. Profilaxia estendida (até 24h) – se prótese, cirurgias cardiológica ou neurológica. Se usada por tempo prolongado Relação com aumento do risco de infecção nasocomial não relacionada ao sítio cirúrgico e LRA. A maioria das ISC são provocadas por cocos Gram-positivos Profilaxia contra estafilococos; Preferível - Cefalosporina de 1ª geração; Alérgico a penicilina: Clindamicina ou Vanco; Se Gram-negativos ou anaeróbicos cefalosporina de 2ª geração ou combinação 1ª geração + metronidazol. OBS: Profilaxia com Vancomicina: Se incidência de infecções por MRSA for alta (>20% de todas as ISC). ESQUEMA DE ANTIBIÓTICO PROFILÁTICO Cefazolina é a droga de escolha para muitos procedimentos. É a droga mais estudada e com eficácia comprovada. DOSE: 2 g para pacientes <120 KG/ 3g se > 120 KG. PRINCÍPIOS DA TERAPIA ANTIMICROBIANA 1. AVALIAÇÃO DE UMA POSSÍVEL INFECÇÃO: Na ausência de febre, qualquer quadro de hipotensão, taquicardia, taquipneia, confusão, rigidez, lesões cutâneas, manifestações respiratórias, oligúria, acidose láctica, leucocitose, leucopenia, neutrófilos imaturos (bastões >10%), ou trombocitopenia pode indicar quadro infeccioso; Idosos, hepatopatas, renais crônicos, pacientes em uso de anti-inflamatórias podem apresentar-se eutérmicos mesmo em infecção severa; Febre- comum nas primeiras 24 a 72 horas após a cirurgia e geralmente tem origem não infecciosa. Se > 96 horas após a cirurgia, tem maior probabilidade de representar uma infecção. Febre já nas primeiras horas (estrepto e Clostridium) remover o curativo e ver incisão; RX de tórax é opcional na febre no PO, exceto se uso prolongado de VM, taquipnéia, ausculta pulmonar alterada ou aumento das secreções pulmonares. PRINCÍPIOS DA TERAPIA ANTIMICROBIANA 2. HEMOCULTURA: Devem ser obtidas de pacientes com um novo episódio de febre, quando a avaliação clínica não sugere fortemente uma causa não infecciosa; A coleta de duas a três hemoculturas, com o volume apropriado, de locais distintos no início do quadro febril. 3. ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA: Pela alta prevalência de patógenos MDR, a terapia empírica inicial deve ser direcionada de forma adequada. Dose suficiente para assegurar a morte das bactérias, diminuindo o espectro de cobertura o mais rápido possível e manter apenas o tempo necessário. ESCOLHA DO ANTIBIÓTICO Primordial é que o antibiótico escolhido tenha atividade contra patógenos identificados ou prováveis; Escolhidos com base no espectro, seja amplo ou direcionado; Se cultura negativa Interrupção do ANT em até 48h; Paciente permanecer com SIRS no momento predeterminado para o fim da antibioticoterapia interromper a terapia e reavaliar se há uma infecção persistente ou nova e não estender o ANT. ESCOLHA DO ANTIBIÓTICO CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE DOENÇAS, PATÓGENOS E ANTIBIÓTICOS DOENÇAS ASSOCIADAS AO CLOSTRIDIUM DIFFICILE Antibióticos interfere no balanço da flora colônica, permitindo supercrescimento do C. difficile; A CDAD é inquestionavelmente uma infecção nosocomial. Os esporos persistem em superfícies inanimadas e podem ser transmitidos de pacientes para pacientes (equipamentos contaminados ou por profissionais de saúde); Paciente típico: febre, distensão abdominal com ou sem maciez, diarreia copiosa e leucocitose. TTO: - Moderado: Retirada do ANT; - Grave:Uso de metronidazol EV ou VO ou Vancomicina. INFECÇÃO COMPLICADA DE PELE E PARTES MOLES: Incluem: Abscessos, infecções em espaços profundos, infecções no pé diabético, ISCs pós-operatórias com sinais sistêmicos de infecção, úlceras de decúbito infectadas, e infecções de partes moles necrosantes. TTO: terapia antibiótica direcionada para os patógenos mais prováveis (MRSA na maioria dos casos). ESPECTRO DA AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Atuam na Síntese de Parede Celular Antibióticos β-Lactâmicos: penicilinas, cefalosporinas, monobactâmicos e carbapenemas oPENICILINAS: - Pacientes hospitalizados não devem ser tratados empiricamente com penicilinas resistentes à penicilinase pelas altas taxas de MRSA. Porém se S. aureus isolado for sensível, as penicilinas são boas opções. - Pouca ou nenhuma atividade contra a maioria dos bacilos Gram-negativos. - A combinação com um inibidor β-lactamase (tazobactam, ácido clavulânico) aumenta a eficácia. oCEFALOSPORINAS: - Agentes de 1ª e 2ª geração são úteis para profilaxia, infecções descomplicadas ou desescalonamento; - Agentes de 3ª geração: maior atividade contra bacilos Gram - . Ineficaz contra cocos Gram + e anaeróbios. - As cefalosporinas de 4ª geração (cefepima) não apresentam atividade contra os enterococos ou anaeróbios entéricos. Têm atividade anti Gram + comparável as de 1ª geração; Atuam na Síntese de Parede Celular oMONOBACTÂMICOS: -Ação contra os bacilos Gram - ; Sem atividade contra Gram + ou anaeróbios; - Único agente- aztreonam. o CARBAPENEMAS: - O imipenem-cilastatina, meropenem e doripenem têm o maior espectro de qualquer antibiótico. Excelente atividade contra estreptococos aeróbicos e anaeróbicos, estafilococos sensíveis à meticilina e quase todos os bacilos Gram -. Atuam na Síntese de Parede Celular Antibióticos lipoglicopeptídeos oVANCOMICINA: - S. aureus e S. epidermidis são suscetíveis; - Indicação: Infecções graves por MRSA ou MRSE, Gram+ em pacientes com alergia severa à penicilina; - Efeito adversos: alteração do paladar, náusea, vômito e cefaleia. Atuam na Síntese de Parede Celular Antibióticos Lipopeptídeos cíclicos o DAPTOMICINA: -Atividade bactericida rápida e potente ( Gram +, aeróbicas e anaeróbicas e cepas MDR); -Efeito bactericida concentração-dependente e tem uma meia-vida longa (oito horas); -Não deve ser usada para o tratamento de pneumonia, pois penetra mal em tecido pulmonar, e também é inativada pelo surfactante pulmonar. Polimixinas -5 descritas ( A a E)/ 2 (B e E) são utilizadas clinicamente; -Haviam caído em desuso ( nefro e neurotoxicidade), mas voltaram devido a MDR; Inibidores da síntese de proteínas: Aminoglicosídeos: -Antes desprezado pela toxicidade Depois ressurgiu pela resistência antimicrobiana; - Gentamicina, tobramicina e amicacina ainda são usados com frequência; - Raro uso como 1ª linha, exceto infecção séria por Pseudomonas, endocardite enterocócica ou infecção provocada por um bacilo Gram - MDR; Tetraciclinas: - São bacteriostáticas. Excelente atividade antianaeróbica; - São contraindicadas na gestação e para crianças menores de oito anos (toxicidade dentária). Inibidores da síntese de proteínas: Oxazolidinonas: -Linezolida; - É equivalente à vancomicina para pneumonia nosocomial e PAVM; -Não exige ajuste de dose na insuficiência renal. Macrolídeo- Lincosamida- Estreptogramina: -Clindamicina boa atividade antianaeróbico e atividade razoavel contra os cocos Gram + suscetíveis, não incluindo MRSA; - É preferida sobre a vancomicina para profilaxia em alérgicos à penicilina Substâncias que interferem em Ácidos Nucleicos Fluoroquinolonas: -Ciprofloxacina, levofloxacina e moxifloxacina; -Amplo espectro de ação, excelente absorção e biodisponibilidade oral, e são geralmente bem toleradas; - São mais ativas contra bactérias Gram-negativas; -Prolongam o intervalo QT arritmia ventricular (torsades de pointes). Substâncias que interferem em Ácidos Nucleicos Metronidazol: -AÇÃO Anaeróbios, protozoários e potente atividade bactericida; -Penetra em quase todos os tecidos – Inclui SNC ( Eficaz para infecções profundas); SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM -Infecções do trato urinário, exacerbações agudas da bronquite crônica; -É o tratamento de escolha para as infecções causadas por S. maltophilia - Não é recomendada se clearance de creatinina < 15 mL/min. TOXICIDADE DOS ANTIBIÓTICOS 1. Nefrotoxicidade: Os mecanismos de toxicidade clínica relacionam-se à isquemia e à toxicidade para as células dos túbulos renais proximais; Aminoglicosídeos Correlação com idade avançada, frequência de doses, acidemia, depleção de volume – Ameniza risco de uso em dose única diária; Vancomicina Correlação com dosagem mais alta e administração concomitante de outra nefrotoxinas; PolimixinasAté 40% de pacientes tratado terão aumento de Creat sérica. Neurotoxicidade pode manifestar-se com fraqueza e polineuropatia. TOXICIDADE DOS ANTIBIÓTICOS 2. Alergia aos β-Lactâmicos: A reação alérgica é a toxicidade mais comum dos antibióticos β-lactâmicos- Pp se parenteral; Se reação prévia Aumenta 4 a 6x o risco de nova reação. 3. Síndrome do Homem Vermelho: Uso de vancomicina parenteral formigamento, rubor facial, pescoço ou tórax, além de febre, calafrios ou flebite local; 4. Ototoxicidade: Aminoglicosídeos Toxicidade coclear ou vestibular ( geralmente irreversível); Vancomicina Mal documentada ( Perda auditiva – Relação com neurotoxicidade); EVITANDO TOXICIDADE: AJUSTE DA DOSE 1. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA: Fígado- metabolização e eliminação de substâncias. Geralmente, a redução de uma dosagem de até 25% da dose normal é considerada se o metabolismo hepático for de 40% ou menos, e a função renal for normal. 2. INSUFICIÊNCIA RENAL: Eliminação renal da droga depende (filtração glomerular, secreção tubular e da reabsorção)- qualquer um desses pode estar alterado em pacientes com disfunção renal. PATÓGENOS IMPORTANTES PARA PACIENTES CRITICAMENTE ENFERMOS Enterococos Resistentes à Vancomicina Staphylococcus aureus: Pseudomonas aeruginosa: principal causa de morte por infecção nosocomial nas UTI – Até 70% Enterobacteriaceae Multidroga-Resistentes, Incluindo Espécies de Klebsiella; Stenotrophomonas; Complexo Acinetobacter baumannii INFECÇÕES FÚNGICAS Micoses invasivas- grande causa de morbidade e mortalidade nos pacientes cirúrgicos hospitalizados; Fungemia é o 4º tipo mais comum de infecção da corrente sanguínea nos Estados Unidos; Pp Patógenos Candida albicans, Candida não albicans, Aspergillus. PROFILAXIA: Fluconazol- reduziu significativamente a incidência de infecções fúngicas. Não altera sobrevida. Uso se paciente de alto risco. Infecção grave por cândida pode ocorrer: febre (>38,5ºC) ou hipotermia (<36ºC); hipotensão prolongada (>2h) inexplicada não responsiva à volume; e ausência de resposta clínica para um tratamento antimicrobiano em uma infecção bacteriana suspeita. INFECÇÕES FÚNGICAS o DM: É um preditor independente para candidíase de mucosa, candidíase invasiva e aspergilose; oNEUTROPENIA: Correlação direta entre o grau de neutropenia e o risco de infecção fúngica invasiva; oTRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E IMUNOSSUPRESSÃO: 2 pp. Patógenos (Candida e Aspergillus spp). O risco de infecção fúngica diminui após seis meses do transplante; oDOENÇA MALIGNA: Câncer e a quimioterapia produzem neutropenia, déficits na imunidade inata mediada por linfócitos e imunodeficiência adaptativa; oCATETERES VENOSOS CENTRAIS: Muitos episódios de candidemia representam um IPCS-CVC FATORES DE RISCO: CONTROLE DE INFECÇÃO Higiene das mãos - meio mais eficaz. Álcool gel é eficaz, exceto se esporos de Clostridium difficile; A patologia de base deve ser identificada e tratada o mais rápido possível; Cateteres venosos centrais inseridos sob precauções de barreiras insuficientes (Sem EPI’s) nova punção, em um novo local, sob condiçõesassépticas o mais breve possível- Não ultrapassar 24h; Drenos devem ser utilizados quando necessários e removidos sempre que possível; Observar se risco de respingo: touca, máscara, avental, luvas e óculos protetores; Precaução de contato usada seletivamente com intuito de prevenir a disseminação de determinados patógenos ( Staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA), Enterococcus resistente à vancomicina (VRE), ou bacilos Gram-negativos MDR) – Materiais específicos no quarto. Não recomenda-se remoção de pelos; se for removido, com cortadores ou um agente depilatório deve ser utilizado imediatamente antes da cirurgia. Lâminas não devem ser usadas. CONTROLE DE INFECÇÃO Gluconato de clorexidina Ação bactericida, viricida e fungicida baixa, mas persistente. Usar no preparo da pele para inserção. Superior ao povidine. Marcar o curativo de forma clara com a data e horário de cada troca; Cateteres venosos centrais não tunelizados e cateteres de artéria pulmonar representam um risco mais elevado; A aspiração contínua das secreções subglóticas através de um tubo endotraqueal, gera redução de 50% nos casos de PAVM. oOs tubos endotraqueais impregnados com prata são eficazes na redução da colonização das vias respiratórias e podem reduzir as incidências de PAVM e a mortalidade. Protocolos de desmame da VM interrupções de sedação diária e utilização de modos espontâneos de ventilação, permitindo a extubação mais rápida, diminuindo o risco de PAVM. PRATICANDO PRATICANDO PRATICANDO PRATICANDO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. Courtney M. Townsend ... [et al.] - 20. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2019. Sabiston tratado de cirurgia. Courtney M. Townsend, Jr. ... [et al.] - 19. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2015. Da Costa AC, Santa Cruz F, Ferraz AAB. O que há de novo em infecção do sítio cirúrgico e antibioticoprofilaxia em cirurgia?. ABCD Arq Bras Cir Dig. 2020;33(4):e1558. DOI: /10.1590/0102- 672020200004e1558 UP TO DATE.
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