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HÉRNIAS DE PAREDE ABDOMINAL - INGUINAL E FEMORAL: ● 75% das hérnias são na região inguinal: ○ ⅔ hérnia inguinal indireta. ○ 3% hérnia femoral. ● Predomínio do lado direito. ● Maior incidência com a idade. Fatores de risco: ● Congênitas: ○ Persistência do processo vaginal - esse peritônio vaginal serve para descida do testículo. ○ Prematuridade e baixo peso. ○ Deficiência de colágeno (Marfan, Ehlers-Danlos, Hunter). ● Adquiridas: ○ Alterações do colágeno como tabagismo e idade avançada. ○ Aumento repetitivo da pressão intra-abdominal (perguntar com o que o paciente trabalha, se ele tem alguma doença que causa muita tosse…) - prostatismo, DPOC, neoplasia intra abdominal… ○ Constipação, ascite e obesidade. Apresentação clínicas das hérnias abdominais: ● Abaulamento redutível. ● Dor - principalmente ao realizar esforços. ● Tumoração fixa. ● Parestesias. Anamnese: ● HPMA: ○ Fatores causais, de alívio e de piora. ○ Intensidade. ○ Irradiação. ● IS: ○ Alterações urinárias e do hábito intestinal. ○ Causas de aumento da pressão abdominal ( atividade, hábito intestinal e urinário, tosse…) ● Antecedentes: ○ Cirurgias prévias. Exame físico: ● Posição em pé e deitado. ● Manobra de Landivar - oclui o anel inguinal interno e pede para o paciente fazer força, se a hérnia não vem é porque ela é indireta, mas se ela vem é porque é direta. ● Manobra de Valsalva. ● Palpação de todos os eventuais locais de hérnias - periumbilical, epigástrica, incisões cirúrgicas, borda lateral do reto, inguinal e femoral. Diagnóstico diferencial: ● Neoplasias benignas e malignas (lipoma). ● Linfonodos. ● Hidrocele. ● Orquite. ● Torção testicular. ● Varicocele. Se tiver dúvida nesses diagnósticos podemos pedir exames complementares, mas esse caso é exceção: ● USG de partes moles ou parede abdominal (exame de escolha) ou RNM. Anatomia: ● Formação do canal inguinal: ○ Parte posterior (que fica para dentro) temos a fáscia transversal. ○ A parte anterior tem o músculo oblíquo externo. ○ No teto temos o conjunto do transverso com o oblíquo. ○ Entrando pelo anel inguinal interno temos ducto deferente, artéria e veia gonadal, e depois eles saem pelo anel inguinal externo. ○ No assoalho temos o ligamento inguinal. direito. ● Ligamento inguinal (poupart): borda inferior da aponeurose do músculo oblíquo externo. ● Ligamento lacunar: inserção do ligamento inguinal no púbis. ● Fascia transversalis: assoalho do canal, subjacente à musculatura. OBS: para cima do ligamento inguinal são hérnias inguinais e para baixo são hérnias femorais. Nervos: ● Ramo femoral que inerva a raiz da coxa. ● ramo genital que vai para a região genital. CAI NA PROVA: HOMEM - FUNÍCULO ESPERMÁTICO: ● RAMO GENITAL DO NERVO GENITOFEMORAL. ● ARTÉRIA TESTICULAR. ● VEIAS DO PLEXO PAMPINIFORME. ● DUCTO DEFERENTE. ● MÚSCULO CREMASTER MULHER: ● LIGAMENTO REDONDO. CAI NA PROVA: TRIÂNGULO DE HASSELBACH - por onde passam as hérnias diretas: ● Vasos epigástricos inferiores. ● Borda lateral do músculo reto abdominal. ● Ligamento inguinal. Anatomia da região inguinal - visão posterior: ● O tubérculo pubico que dele desce é o ligamento de cooper. ● Trato íleo público - o que estiver para cima dele é hérnia inguinal e o que estiver para baixo é hérnia femoral. ● Anel inguinal interno é por onde vêm as hérnias diretas. ● HÉRNIAS LATERAIS AOS VASOS EPIGÁSTRICOS SÃO HÉRNIAS INDIRETAS. ● HÉRNIAS MEDIAL AOS VASOS EPIGÁSTRICOS SÃO HÉRNIAS DIRETAS. ● Na borda da hérnia sempre é veia. Tipos e classificações das hérnias da virilha: CAI NA PROVA: CLASSIFICAÇÃO: ● INGUINAL INDIRETA (LATERAL AOS VASOS EPIGÁSTRICOS). ● INGUINAL DIRETA (MEDIAL AOS VASOS EPIGÁSTRICOS). ● FEMORAL. ● RECIDIVADA. OBS: PARTE MAIS ALTA DA INCISÃO (LÁ EM CIMA NO RASGO) E SEMPRE A LATERAL, ENTÃO A OUTRA É MEDIAL (PARTE DE BAIXO). CAI NA PROVA: CLASSIFICAÇÃO DE NYHUS: Tipos específicos de hérnia inguinal: ● Hérnia de deslizamento: ○ A víscera herniada forma parte da parede do saco. ● Hérnia de Littré: tem o divertículo de meckel no interior da hérnia. ● Hérnia de Amyand: tem o apêndice dentro da hérnia. ● Hérnia de Richter: estrangulamento mas sem obstrução intestinal. HÉRNIAS FEMORAIS: ● Mulheres > 45 anos. ● Alto risco de estrangulamento. ● Técnicas: McVay Tipos de hérnias femorais: ● Garengeot - contém o apêndice. ● Cooper - grandes lábios (vai para lá). TRATAMENTO DAS HÉRNIAS INGUINAIS E FEMORAIS: ● Não operatório: ○ Hérnias inguinais pequenas assintomáticas? ○ Condições clínicas proibitivas. ● Cirúrgico: ○ Tratamento definitivo. ○ Com tela ou sem tela. ○ Anterior ou posterior. ○ Convencional (aberta) X laparoscópia. Técnicas abertas (convencionais): ● Sem tela: ○ Shouldice. ○ McVay - trata inguinal como femoral. ○ Bassini. ○ Outras. ● Com tela: ○ Lichtenstein. ○ Rives-Stoppa. ○ Outras. Técnicas minimamente invasivas: ● Com tela: ○ Extraperitoneal (TEP). ○ Transperitoneal (TAPP). ○ Robótica. Tratamento cirúrgico - INGUINOTOMIA: ● Tratamento: cirúrgico no diagnóstico. ● Princípios do tratamento cirúrgico: ○ Reduzir ou ressecar os elementos herniados. ○ Dissecar, ligar e seccionar o saco herniário. ○ Correção do defeito anatômico causador da hérnia. ● Técnicas de correção de hérnias inguinais. ● Via anterior: ○ Bassini. ○ Shouldice. ○ Lichtenstein. ○ McVay. BASSINI SHOULDICE: ● Múltiplas camadas, imbricamento. ● Abertura da fascia transversalis do anel inguinal interno até o pubis. CAI NA PROVA: USO DE TELA: ● Livre tensão então tem menos dor e é mais confortável. ● Menor recidiva. ● Tela de polipropileno (reação fibrótica). ● Incisão na tela, gravata, criando-se novo anel inguinal interno com tela. LICHTENSTEIN - MAIS USADA. McVay: ● Repara hérnias inguinais e femorais ao mesmo tempo. ● Abre-se a fáscia transversal e identifica-se o ligamento de Cooper abaixo do ligamento inguinal. ● Sutura interrompida entre a borda superior da fáscia transversal e o tendão conjunto ao Cooper. ● Cuidado com a lesão vascular femoral. ● Pode-se usar tela. McVay. Entre o peritônio e a parede abdominal. Rives um lado só e Stoppa é em dois lados. TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO (TEP; TAPP): ● Positivo: Alta precoce, rápido retorno ao trabalho e menor dor ● Negativo: tempo cirúrgico prolongado, recidiva e anestesia geral viola a cavidade peritoneal. ● Muito usada para hérnias recidivadas e bilaterais. ● TAPP: ○ ○ Coloca a tela e o peritônio fica por cima. ● TEP: ○ ○ Dissecção mais rápida. ○ Menor risco de lesão intracavitária. ○ Espaço limitado. ○ Familiaridade com a anatomia. Complicações das hérnias: ● Seroma. ● Reação de corpo estranho. ● Sangramento / hematoma. ● Lesões nervosas: ○ N. ílioinguinal, n. iliohipogástrico. ○ Ramo genital do n. genitofemoral. ● Orquite isquêmica (lesão dos vasos testiculares). ● Atrofia testicular. ● Lesão do ducto deferente pode levar a infertilidade. ● Aderência com a tela (acesso abdominal). ● Dor crônica. ● Recidiva de hérnia.
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