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Estomias - Perioperatório pdf

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Conceito 
É a exteriorização de um segmento 
corpóreo através de um orifício 
externo, a fim de melhorar o fluxo 
respiratório (traqueostomia), servir 
de via para a alimentação 
(gastrostomia/jejunostomia) e a 
eliminação dos efluentes fecais 
(ileostomia/colostomia) e dos 
urinários (urostomia). 
Se temporários, são confeccionados 
para proteger e prevenir 
complicações como deiscência e 
infecção na região das anastomoses. 
Se definitivos, são confeccionados 
quando é necessária a ressecção do 
cólon e do reto. 
Direitos 
Dada como deficiência física, a 
pessoa possui os mesmos benefícios 
que qualquer PCD. 
Os planos de saúde devem fornecer 
as bolsas coletoras, seja para uso 
hospitalar, ambulatorial ou 
domiciliar. 
Os dados quantificáveis de 
estomizados são indisponíveis 
devido a não obrigatoriedade da 
notificação da confecção do estoma. 
Demarcação 
O enfermeiro estomaterapeuta deve 
fazer a demarcação cirúrgica com 
caneta cirúrgica (usual) e o ensino 
pré-operatório para as confecções 
intestinais e urinárias. Devendo 
observar distância da área onde será 
confeccionado o estoma e os pontos 
críticos que devem ser evitados (ex: 
cicatriz umbilical). 
Na imagem 01 podemos ver a 
demarcação. 
Avaliação clínica 
Na anamnese e exame físico do 
paciente com estomia de eliminação, 
deve-se atentar as características de 
um estoma clinicamente saudável: 
protuso, úmido, aspecto brilhante e 
coloração típica de tecido mucoso 
(vermelho ou rosa intenso). Além das 
características dos efluentes 
(frequência e consistência). Tudo 
isso servirá de base para indicar o 
coletor e adjuvante adequados. 
Na tabela 01 podemos ver os tipos de 
estomia. 
Complicações na periestoma 
A coloração foi um padrão utilizado 
para avaliar a região periestoma. 
Podendo ser apresentada como 
vermelha para eritema; preta para 
melanina; e branca para 
hipopigmentação. As variações de 
cor e grau evidenciam o início, 
extensão e a gravidade ou melhora. 
A cor da periestoma lesada é 
diferente da intacta, podendo ser 
afetada por adesivos do dispositivo 
coletor. 
A dermatite é a causa mais frequente 
da perda de integridade, podendo ser 
classificadas como: 
1. Por contato: reação 
inflamatória por exposição a 
agentes irritantes ou alergia. 
Pode ser alérgica (exposição 
repetitiva a um agente causador, 
podendo se manifestar após 
meses/anos de contato) ou 
irritativa (contato direto com 
substâncias acidas ou alcalinas 
dos efluentes). 
Causam ardor, queimação e 
prurido. A alérgica pode estar 
com a região quente, 
eritematosa, avermelhada, com 
pequenas bolhas ou com crostas 
espessas. A irritativa tem pele 
seca, áspera, avermelhada e 
podem aparecer fissuras. 
2. Por trauma: causada por 
remoção recorrente e abrupta do 
coletor ou protetores cutâneos. 
Além da limpeza vigorosa da 
pele periestoma. 
3. Por infecção: secundária aos 
casos supracitados. Cândida 
albicanis é o agente mais 
comum. 
4. Por ação da radioterapia: 
quando o estoma estiver na 
região irradiada. Pode apresentar 
com eritema, hiperpigmentação, 
descamação úmida (com ou sem 
exsudato, crosta, ulceração e 
necrose). 
Complicações estomais 
Podem ser precoces (pós operatório 
mediato e imediato), com destque 
para o edema, a hemorragia, a 
isquemia e a necrose do estoma. Mas 
também podem ser tardias (após 
alta), com destque para estenose, 
retração, prolapso do estoma e hérnia 
paraestomal. 
Cuidados de enfermagem 
O paciente deve ter acompanhamento 
interdisciplinar, pensando nos 
aspectos variados que originam um 
estoma. Além de um ensino eficiente 
sobre a integridade cutanea e 
estímulo ao autocuidado. 
A equipe de enfermagem atua na 
educação e na assistência. Despertam 
a autonomia do paciente desde o pré 
aé o pós-operatório, tais quais: 
 Remoção suave do adesivo 
durante a troca do coletor, 
preferencialmente no banho; 
 Limpeza do estoma e perietoma 
com água e sabão; 
 Algodão ou gaze para retirada de 
resíduos;Se possível e permitido 
(paciente em quimio ou 
radioterapia não podem), expor a 
pele perisestoma ao sol da 
manhã de 15-20 min antes de 
trocar a bolsa coletora para 
prevenir dermatite. Proteger o 
estoma com gaze umida. 
 Não usar hidratantes na região 
periestoma, pois pode dificultar 
aderencia do adesivo da bolsa 
coletora; 
 Não usar bareadores ou lâminas. 
Tesoura apenas sem ponta. 
 Corte da placa adesiva da bolsa 
conforme tamanho do estoma. 
 Esvaziar o dispositivo antes de 
atingir capacidade máxima; 
 A troca da bolsa pode ser 
semanal ou conforme saturação 
da placa. 
Sistemas de continência 
1. Oclusor: prótese descartável 
para controlar a incontinência 
de fezes e gases. 
Deve ser prescrito pelo 
coloprotologista e é indicado 
Estomias intestinais e urinárias. Victoria Gouveia 
para colostomia terminal de 
apenas uma boca (c. 
descendente ou sigmoide), 
sem complicações estomais e 
com estoma protuso com 20-
45mm de diâmetro. Além de 
padrão de até 03 eliminações 
fecais sólidas ou pastosas ao 
dia. 
Contraindicado para diarreia 
e demais colostomias 
(ascendente e transversa) e 
nas ileostomias. 
1. Irrigação da colostomia: 
lavagem intestinal a cada 24, 
48 e/ou 72h. 
É indicada pelo médico e 
executado pelo enfermeiro 
estomaterapeuta ou 
capacitado para tal. 
A pessoa colostomizada deve 
preencher alguns critérios: ter 
colostomia terminal, em 
cólon descendente ou 
sigmoide; ter destreza e 
habilidade física e mental 
para fazê-lo; não ter 
complicações no 
estoma (prolapso de alça 
grave, estenose, retração ou 
hérnia paraestomal grande); 
não ser portadora de 
síndrome de cólon irritável e 
ter boas instalações sanitárias 
em sua residência. 
 
Imagem 01 – realização da demarcação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 01 – tipos de estomia 
Estomia Local Exteriorização Efluentes 
C. 
descendente QIE 
C. 
descendente Consistência formada. 
C. sigmoide QIE C. sigmoide Consistência formada e sólida com ph neutro. 
Ileostomia QID Intestino delgado 
Inicalmente semilíquida, após 
readaptação: pastosa. PH alcalino e rico 
em enzimas proteolíticas (dermatite e 
lesão no periestoma). 
Frequência maior (20min após comer), 
impossibilitando incontinência 
Urostomia/ 
Bricker 
QID 
Ureteres 
implantados 
no íleo 
previamente 
isolado. 
Urinário com eliminação contínua e 
ininterrupta. 
 
Referências bibliográficas: 
Diniz IV, Campos MGCA, Brito KKG. Estomias intestinais e urostomias: complicações estomais e 
periestomais. In: Campos MGCA, Sousa ATO, Vasconcelos JMB, Lucena SAP, Gomes SKA, 
organizadoras. Feridas complexas e estomias: aspectos preventivos e manejo clínico. João Pessoa: 
Ideia; 2016. p.368-98. Capítulo 13.