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Colecistectomia (Atualizado)

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1 
 
 
Prescrição médica 
RELATO DE CASO 
 
A.M.R.C., sexo feminino, casada, 28 anos, altura =170cm, peso = 51kg, IMC = 17,65 kg/m², em 1º dia de 
pós-operatório (PO) de colecistectomia (CCC) com colangiografia por via videolaparoscópica (VL − figuras 
abaixo do caso), sob anestesia geral balanceada (endovenosa e inalatória), com antecedente de parto 
cesariano (parto gemelar) há 4 meses, realizado sob anestesia peridural. Procurou o pronto atendimento 
(PA) por causa de dor abdominal contínua e intensa com irradiação para as costas há cerca de 1 hora, 
acompanhada de náuseas. Negou febre ou uso de medicamentos e apresentava-se ansiosa por ter que 
deixar as filhas pequenas e não poder amamentá-las. Foi realizada medicação analgésica por via 
endovenosa (EV), ultrassonografia (US), que identificou litíase vesicular com sinais de agudização (edema 
de parede da vesícula biliar) e exames laboratoriais que revelaram leucocitose (13.000/ml com desvio à 
esquerda), aumento de TGP (transaminase glutâmico pirúvica) = 84 U/I, TGO (transaminase glutâmico-
oxalacética) = 70 U/I, GGT (gamaglutamiltransferase) = 154 U/I, FA (fosfatase alcalina) = 200 U/I e amilase 
normal = 80 U/I. Realizado tratamento cirúrgico de colecistectomia com colangiografia de urgência. No 
período pós-operatório (PO), ao iniciar dieta leve, apresentou forte dor e distensão abdominal, sendo 
colhidos exames laboratoriais que identificaram aumento das enzimas amilase (150 U/I) e lipase (250 U/I), 
fato determinado pela manipulação cirúrgica da colecistite e prévia migração de cálculo. Reiniciou-se o 
jejum, mantendo-se por 2 dias, fez-se hidratação e reposição de eletrólitos com soro glicosado 5% (1.000 
ml), cloreto de sódio 20% (20 ml) e cloreto potássio 19,1% (10 ml) em veia periférica no membro superior 
esquerdo (MSE), até a normalização dos níveis enzimáticou. Reiniciou dieta, sem alterações. No 4º PO, os 
exames laboratoriais mostraram-se dentro da normalidade. Ressalta-as que não apresentou alterações 
significativas de sinais vitais durante o período de internação. Recebeu alta hospitalar após 5 dias. 
 
 
 
 
• Dieta leve; 
• Soro glicosado (SG) 5% − 1.000 ml EV − a 
cada 8 horas; 
o Cloreto de sódio (NaCl) 20% − 20 
ml − EV − a cada 8 horas. 
o Cloreto de potássio (KCl) 19,1% 
− 10 ml − EV − a cada 8 horas. 
 
• Kefazol (cefazolina 1g) − EV − a cada 6 
horas; 
• Omeprazol − 40 mg − EV − 1 vez/dia; 
• Novalgina − 2 ml − EV − a cada 6 horas 
(dipirona 500 mg/ml); 
• Toradol − 30 ml − EV − a cada 8 horas. 
 
2 
 
Exames laboratoriais pré e 
pós operatório 
O que deve ser priorizado 
no exame físico? 
 
 
 
 
 
➢ A equipe médica solicitou os seguintes 
exames de sangue, tanto antes quanto 
após o procedimento anestésico-
cirúrgico: 
• Hemograma completo 
• TGO 
• TGP 
• TGT 
• Fosfatase alcalina 
• Amilase 
 
➢ Também foram solicitadas dosagens de 
hematócrito, hemoglobina e glicemia, 
que apresentaram valores dentro da 
normalidade. 
➢ Os resultados dos exames que se 
apresentaram alterados podem ser 
verificados no quadro: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Colecistite é um processo inflamatório da 
parede da vesícula biliar associado à 
colelitíase (cálculos na vesícula) ou, mais 
raramente, à colecistite alitiásica. 
➢ Os sinais e sintomas são parecidos em 
ambos os casos e, na fase aguda, surgem 
abruptamente e com grande intensidade. 
Acarreta: 
• Dor aguda; 
• Hipersensibilidade; 
• Rigidez do quadrante superior 
direito do abdome. 
• Associados a: náuseas e vômitos e 
com sinais habituais de uma 
inflamação aguda. 
 
➢ A paciente apresentou dor abdominal 
contínua e intensa com irradiação para as 
costas e náuseas no pré-operatório, 
dispneia, distensão abdominal, hiperemia 
incisional e dor nos ombros no período 
pós-operatório. 
• Vale ressaltar que a dor nos ombros 
é ocorrência frequente no PO de 
cirurgias videolaparoscópicas. 
o Sendo caracterizada como uma 
dor reflexa, provocada pela 
estimulação do nervo frênico 
(que inerva o músculo 
diafragma) pelo CO² (dióxido 
de carbono) injetado no 
abdome para formar o 
pneumoperitônio. 
o Por sua vez, o 
pneumoperitônio (distensão 
do abdome pelo CO²) permite a 
melhor visualização dos 
órgãos, tornando-se condição 
sine qua non para a realização 
do procedimento cirúrgico. 
o Outra particularidade das 
cirurgias laparoscópicas é que 
geralmente são realizadas sob 
anestesia geral, uma vez que há 
necessidade do 
pneumoperitônio, com 
paralisia do diafragma, 
principal músculo acessório da 
respiração, o que necessita de 
uma anestesia com controle 
ventilatório 
 
3 
 
Quais parâmetros dos exames 
laboratoriais devem ser observados? Qual 
a correlação com a patologia? 
➢ Considerando-se os fatos descritos, 
optou-se por priorizar os aspectos 
relevantes do exame físico abdominal. 
• Dessa forma, o quadro abaixo 
estabelece uma relação do exame 
físico do abdome da paciente, nos 
períodos pré e pós-operatório, com 
os achados pertinentes a um exame 
físico abdominal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Em linhas gerais, a paciente apresentou 
elevação de TGO (70 U/I), TGP (84 U/I) e 
principalmente GGT (154 U/I). 
➢ Também estavam alterados os valores de 
fosfatase alcalina (200 U/I), amilase (150 
U/I), lipase (250 U/I) e houve presença de 
leucocitose (13.000/ml). 
• O que sugere inflamação ou 
infecção da vesícula biliar. 
 
➢ No quadro abaixo pode-se verificar como 
as alterações dos resultados dos exames 
estão relacionados à patologia 
apresentada pela paciente: 
• Pré-operatório: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Pós operatório: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Quais as características dos fármacos 
utilizados no caso e seus cuidados de 
enfermagem? 
 
 
 
 
 
 
Classe farmacológica: cefalosporina 1ª geração. 
Mecanismo de ação: inibe a síntese da parede 
bacteriana e atua sobre as bactérias Gram-
positivas. 
Indicações: profilaxia cirúrgica e tratamento de 
infecções severas dos tratos respiratórios, biliar 
e geniturinário, pele e tecidos moles, ossos e 
articulações, encéfalo, medula espinal, 
endocardite e corrente sanguínea (septicemia). 
Efeitos colaterais: reação de hipersensibilidade, 
náusea e cefaleia. 
Cuidados a serem tomados: 
• Pacientes com antecedentes de alergia 
à penicilina não devem fazer uso de 
cefalosporina; 
• Pode desencadear colite 
pseudomembranosa. 
Relação com o paciente: 
• A paciente recebeu esse antibiótico 
como profilaxia anti-infecciosa. 
• Além disso, apresentou processo 
inflamatório da parede da vesícula 
biliar. 
• A cirurgia de colecistectomia é 
classificada como potencialmente 
contamina 
 
Classe farmacológica: antiácido inibidor da 
bomba de prótons (IBP). 
Mecanismo de ação: após a ativação em pH 
ácido, o omeprazol liga-se à bomba de 
H+−K+ATPase de células parietais secretoras 
de ácido, inibindo a secreção de íons H+ por 
essas células. 
Indicações: úlceras gástricas e duodenais, 
doença por reflexo gastroesofágico (DRGE), 
esofagite erosiva e distúrbios hipersecretores. 
• Pode ser usado em associação com 
antibióticos para a erradicação de H. 
pylori em úlceras pépticas. 
 
Efeitos colaterais: cefaleia, diarreia, dores 
abdominais e confusão mental. 
Cuidados a serem tomados: 
• Maior eficácia quando administrado 
em jejum; 
• Aumenta a meia-vida do diazepam, da 
fenitoína e da varfarina; 
• Dosar TGO e TGP, se a duração da 
terapia for mais que 8 semanas. 
 
Relação com o paciente: 
• A paciente fez uso de omeprazol como 
protetor gástrico, uma vez que reduz a 
acidez estomacal, fator comum devido 
ao estresse cirúrgico e às drogas 
administradas. 
 
 
Classe farmacológica: é usada como 
analgésico e antipirético. 
Indicações: analgésico e antipirético. 
Efeitos colaterais: hipotensão e 
agranulocitose, diminuição da agregação 
plaquetária. Cuidados a serem tomados: 
• Reações de hipersensibilidade,urticária 
e comprometimento de mucosas; 
• Pode causar hipotensão, raramente 
choque e discrasias sanguíneas; 
• Não administrar concomitante à 
ciclosporina. 
 
Relação com o paciente: 
• Foi administrada dipirona à paciente 
para alívio da dor, ou seja, como 
analgésico. 
 
5 
 
Quais os diagnósticos de enfermagem 
envolvidos no caso e as intervenções 
pertinentes? 
 
Classe farmacológica: anti-inflamatório não 
esteroidal, analgésico e antipirético. 
Mecanismo de ação: inibe a cicloxigenase, 
diminuindo a formação de mediadores da 
inflamação. 
Indicações: dor aguda, de moderada a intensa, 
e dor pós-operatórias. 
• Tratamento durante curto período (até 5 
dias). 
• Não é indicado para dor crônica. 
 
Efeitos colaterais: possível prolongamento do 
tempo de sangramento, dispesia e cefaleia. 
Cuidados a serem tomados: 
• Uso limitado a 5 dias, pois aumenta o 
risco de sangramento; 
• Pode causar irritação gastrointestinal, 
úlceras e perfuração; 
• A duração máxima de tratamento de 
múltiplas doses pelas vias IM ou EV em 
bolus não deve exceder 2 dias e, para 
infusão, não deve exceder 24 horas. 
 
Relação com o paciente: 
• A paciente recebeu essa medicação 
como analgésico, a fim de prevenir ou 
tratar episódios de dor.