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MÓDULO XI – NEUROANATOMIA – AULA 03 HIPOCAMPO - Presente no soalho do corno inferior (ou temporal) dos ventrículos laterais, com relação com o giro para-hipocampal, que faz uma dobra que abraça o o hipocampo. - O hipocampo é, na verdade, um grupamento de células provenientes do lobo temporal, formado por 4 (ou 5, depende a literatura) camadas de células (Ca1, Ca2, Ca3, Ca4 e, se aplicável, Ca5). - A partir da terceira camada ela começa com formações de fibras, que vão para a parte superior do hipocampo. Essas fibras são mielinizadas, que quando se projetam para a porção anterior, apresentam uma tonalidade clara (mielina) denominada alveus, formando a estrutura das fímbrias do hipocampo. - Função básica do hipocampo: relacionado com a memória, imediata (segundos, minutos até poucos dias) ou recente (dias, semanas, poucos meses). Também há relação com comportamento do indivíduo. - Essas memórias armazenadas no hipocampo serão armazenadas em córtex superior, em memória tardia, através da repetição da memória recente (repetição do estímulo). - Giro para-hipocampal e hipocampo = área mesial (lesões nessa área causam déficit de aprendizado, crises epiléticas parciais, onde não perde-se consciência, sensações de dejà vu ou jamè vu, que se relacionam com crises de comportamento). - Á frente do hipocampo, mas para o interior do tecido cerebral, estão presentes dois núcleos da base, os corpos amigdalóides. - Essas fímbrias curvam-se para cima e para frente, formando o fórnix, por de baixo do corpo caloso e por cima do tálamo. O fórnix é uma via eferente do hipocampo. - A parte posterior do fórnix recebe o nome de ramos do fórnix, mais acima, as fibras em transversal, chamada comissura do fórnix, região central chamado corpo do fórnix, ateriormente e descendo as colunas do fórnix, terminando nos corpos mamilares, em base do hipotálamo. Nesse percurso, há fibras que se dirigem ao lobo frontal do cérebro, especialmente área pré-frontal, que possui relação com memória de evocação (memória a longo prazo, emoções, aprendizado). - Os corpos mamilares também possuem função de comportamento. TRONCO ENCEFÁLICO - Divisão (cranial -> caudal): mesencéfalo, ponte, bulbo. Mesencéfalo - Possui origem embrionária da parede da vesícula denominada mesencéfalo. Sua cavidade forma o Aqueduto de Sylvius (ou mesencefálico). - Faz a “sustentação” dos hemisférios cerebrais. - Dividido em duas partes, sendo o aqueduto mesencefálico a divisão entre elas: 1. Anteriormente, tegmento do mesencéfalo. 2. Posteriormente, tecto do mesencéfalo. - Em visão frontal, vê-se os corpos mamilares, vias ópticas, pedúnculos cerebrais (“sustentação” do cérebro). Também surge uma parte do pedúnculo que faz a sustentação do cerebelo. - Em visão posterior, logo abaixo do pulvinar do tálamo e corpo pineal vê-se quatro elevações (duas superiores e duas inferiores) chamados colículos superiores e inferiores. O conjunto é chamado de lâmina quadrigêmea ou quadrigeminal. - Os colículos superiores se ligam aos corpos geniculados laterais do tálamo (relacionados com a visão – boa formação de imagem por coordenação do movimento conjugado dos olhos). - Os colículos inferiores se ligam aos corpos geniculados mediais do tálamo (relacionados com a audição). Ponte - Possui origem embrionária da parede da vesícula do metencéfalo. Sua cavidade forma o quarto ventrículo (porção superior). - Em visão frontal percebe-se fibras em direção horizontal que se dirigem à porção posterior, que juntamente daquela porção proveniente do mesencéfalo, formam os pedúnculos cerebelares, dividido em superior (com fibras do mesencéfalo), médio e inferior (esses dois somente provenientes da ponte). - Essas três conexões fazem ligação com vias ascendentes e descendentes. - Possui um sulco central, chamado sulco basilar, por onde passa a artéria basilar, na proximidade da porção basilar do osso occipital. - A divisão entre a ponte e o bulbo é o sulco bulbopontino. Bulbo - Possui origem embrionário da parede da vesícula do mielencéfalo. Sua cavidade produz, também, o quarto ventrículo (porção inferior). - Em visão frontal possui um sulco longitudinal e duas elevações chamadas de pirâmides bulbares. Após, há mais dois sulcos, com outras duas elevações, chamadas olivas. Como são em porção anterior (na formação da medula) são vias descendentes (motoras) -> via piramidal, com função motora consciente. - A maioria das fibras sobre decussação (no apagamento do sulco central do bulbo – decussação das pirâmides), cruzando para o lado contralateral. - Essa decussação é o limite inferior do bulbo (mais ou menos na altura do forame magno), sendo abaixo a medula. - Em visão posterior há um sulco central e outros dois, laterais. O sulco central separa duas saliências, chamadas fascículos grácil direito e esquerdo. Os sulcos laterais criam outras duas saliências, chamadas fascículos cuneiformes direito e esquerdo. Em suas porções mais altas, há os tubérculos grácil e cuneiforme. - Esses fascículos se continuam para a medula, em região posterior, logo são vias aferentes, ascendentes ou sensitivas. CEREBELO - Ocupa a maior parte da fossa craniana posterior. - Possui origem da parede do tubo neural correspondente ao metencéfalo, como a ponte. - É sustentado pelos pedúnculos cerebelares, possuindo função motora de funções autônomas (grau de tensão de fibra muscular, passagem dessa informação para tálamo, tônus de musculatura, trabalho de tensão entre musculatura agonista e antagonista, determinados movimentos coordenados, grau de tensão de articulações, informações de movimentos com propriocepção). - Possui um córtex (cinzento – corpos celulares) e uma medula (branca – axônios mielinizados) com núcleos no interior da substância branca (emboliforme, globoso, denteado etc). - Possui uma porção central chamada de verme central, com formaçãode várias folhas, divididas em vários lobos, entre eles as amigdalas cerebelares, importante em hérnias. - Há dois hemisférios, relacionados com controle de membros do corpo, o verme está relacionado com controle mais axial, como controle de equilíbrio e marcha.
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