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Cumprimento da Sentença que Reconhece a Exigibilidade da Obrigação de Prestar Alimentos - Camila Rassvetov

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 
_________a VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE SÃO PAULO -SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo nº 123456789-221.2021.7.25.0325 
 
IVANEIDE xxx, brasileira, menor impúbere, representada por sua avó, Tarsila 
(sobrenome), qualificação, residentes e domiciliadas na Avenida Caetano Alváres, 
594, Limão, CEP: 02546-000, São Paulo- SP, por sua advogada que esta subscreve, 
regularmente constituída, conforme procuração anexa (doc. 1), com escritório 
(endereço), vem, respeitosamente, com fundamento no art. 528 do Código de 
Processo Civil, dar início ao 
 
CUMPRIMENTO DA SENTENÇA QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADE 
DA OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS 
 
em face de Ivan xxx, brasileiro, qualificação, pelos motivos de fato e de 
direito a seguir expostos. 
 
 
I- DA JUSTIÇA GRATUÍTA 
Inicialmente, tem-se que a exequente, devidamente representada por sua 
avó, é menor de idade, conforme se extrai das Certidões de Nascimento acostadas 
aos autos. Logo, possuem a garantia do acesso ao Poder judiciário sem o 
pagamento de quaisquer custas processuais e emolumentos, nos termos do art. 141 
e parágrafos, da Lei nº 8.069/90. Veja-se: 
Art. 141. É garantido o acesso de toda criança ou adolescente à Defensoria 
Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus 
órgãos. 
§ 1º. A assistência judiciária gratuita será prestada aos que dela 
necessitarem, através de defensor público ou advogado nomeado. 
 
II- DOS FATOS 
 
Desde a morte de sua filha, a representante da autora detém exclusivamente 
a guarda de fato da neta (que então tinha 5 anos), pois o pai deixou de viver com a 
família quando a criança contava seis meses de idade. 
Após a morte da mãe, o pai seguiu contribuindo com os gastos de sua filha, 
no entanto, passados dois anos ele deixou de contribuir com gastos para Ivaneide, 
alegando que constituíra um novo núcleo familiar. A exequente, então, ajuizou a ação 
de fixação de alimentos cumulada com regulamentação de guarda e visita. 
Citado o requerido para audiência de conciliação, foi obtido acordo, 
concordando o réu com os pedidos de atribuição unilateral da guarda da menor à avó, 
regime de visitas (a menor ficaria com o genitor em um final de semana a cada 
quinze dias, na primeira metade das férias escolares, no Dia dos Pais e no Natal) e 
fixação do valor da pensão alimentícia no importe de 25% dos rendimentos 
líquidos, no caso de vínculo empregatício e no caso de desemprego 30% do 
salário mínimo nacional, conforme se observa no título executivo que aparelha o 
presente pedido. 
O acordo foi homologado, e a decisão transitou em julgado, não tendo sido 
interposto nenhum recurso. Ocorre que, após a fixação dos alimentos definitivos no 
valor de R$ 800,00 ao mês, na referida determinação judicial, o réu deixou de honrar 
os pagamentos. 
A despeito de diversas tentativas da representante da exequente, o 
executado alega ser autônomo e estar em dificuldades financeiras. 
 
Por outro lado, a avó conta apenas com benefício assistencial de idoso 
(LOAS) (número do benefício) para sustentar a casa, o que vem lhe acarretando 
enormes dificuldades financeiras, tanto que, no momento, está residindo em São 
Paulo com a filha mais velha. 
 
Já se encontram vencidas duas parcelas, somando um total de R$ 
1.600,00, segundo planilha de cálculos anexa. A esse valor, devem ser incluídas as 
pensões que se vencerem no curso do processo. 
Portanto, e nos termos do art. 528, § 7º, do Código de Processo Civil, 
pretende a credora cobrar as três últimas parcelas em atraso e as que se vencerem 
no curso do presente pedido de cumprimento de sentença. 
 
III- DO DIREITO 
 
Sobre a pretensão dos exequentes, dispõe o Código de Processo Civil, que: 
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de 
acordo com os artigos previstos neste Título: 
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade 
de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; 
[...]. 
Ainda, versa o art. 528, § 3º, também do Código de Processo Civil: 
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de 
prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o 
juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado 
pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez 
ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. 
[...] 
§ 3o Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não 
for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial 
na forma do § 1o, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 
(três) meses.(grifei). 
Nesse sentido, tem-se que o acordo realizado pelas partes e homologado 
às fls. xx dos autos principais, o qual também segue anexo, consiste em um título 
executivo judicial, uma vez que já transitou em julgado, nos termos da certidão que 
também segue anexa, motivo pelo qual a exequente possui o direito de executá-lo, 
a fim de que seja intimado o executado para, em três dias, adimplir o débito que, 
como já fora salientado, atualmente perfaz a quantia atualizada de R$ 1.600,00 (um 
mil e seiscentos reais), referente as prestações de julho e agosto de 2022. 
 
Ainda, em caso de não adimplemento do valor aduzido no parágrafo 
anterior, deve haver o protesto do pronunciamento judicial, bem como 
a decretação da prisão civil, pelo prazo de um até três meses, em desfavor do 
executado, de acordo com o texto do art. 528, § 3º, do Código de Processo Civil. 
 
IV- DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer a exequente: 
a) Seja concedida justiça gratuíta nos termos do art. 141 e parágrafos, da 
Lei nº 8.069/90. 
b) a intimação pessoal do executado, para que, no prazo de 3 (três) dias e 
sob pena de protesto do pronunciamento judicial e decreto de prisão, pague em favor 
da requerente o valor constante de cálculo anexo, bem como as pensões que se 
vencerem no curso do processo, prove que já o fez, ou justifique a impossibilidade de 
fazê-lo, nos termos do § 3º, do art. 528, do Código de Processo Civil. 
c) que ao valor do débito, que soma (R$ 1.600,00), seja acrescido de multa 
no percentual de 10% (dez por cento), bem como honorários de 10% consoante 
dispõe o art. 523, § 1º, do Código de Processo Civil; 
d) caso não seja adimplida a obrigação em questão que seja determinada 
a intimação às Instituições Financeiras por meio do Banco Central (Sistema BACEN 
– JUD) para que informe a existência de contas e aplicações financeiras e saldo de 
que seja titular o executado, fazendo-se, em caso de não pagamento, o bloqueio on-
line dos valores identificados com a finalidade de quitar a presente execução. 
c) a intimação do representante do Ministério Público para acompanhar o 
feito tendo em vista a presença de interesse de incapaz. 
d) o reconhecimento da incidência integral dos benefícios da gratuidade, 
com fundamento no art. 5.º, LXXIV, da Constituição Federal e do art. 99, § 3.º, do 
CPC, uma vez que a requerente é pessoa pobre e não tem condições de arcar com 
as despesas do processo sem prejuízo de sua subsistência. 
Provará o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, em 
especial o depoimento pessoal do réu e oitiva de testemunhas. 
Por fim, informam-se os dados bancários: Banco Beta, Agência 0123, Conta 
Poupança: 000123456-0 (conta de titularidade da guardiã da exequente). 
Dá-se à causa, com fulcro no art. 292, I, §§1º e 2º, do CPC, o valor 
de R$ 11.200,00. 
Nestes termos, pede-se deferimento. Cidade, data, advogada, assinatura.

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