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Economi� (aula 1) ↳ vem do grego: ‘’oikos’’ - casa, lar; e ''nemein'' - verbo, com ação de gerenciar ↳ Logo, sugere a ideia de ‘’administrar a casa’’ Tem como preocupação básica estudar os recursos que são escassos, e as necessidades humanas são ilimitadas = haverá um tempo em que os recursos não vão suprir as necessidades de todos. A economia visa alocar bem os recursos da melhor forma possível, para maximizar sua rentabilidade e diminuir os custos, isso preocupado também com o meio ambiente. Portanto, haverá escolhas, como a priorização de produtos em detrimento de outros, como produzir, quando produzir e para quem produzir. A economia subdivide-se em: 1. economia centralizada ou planificada sedimentada no modelo socialista; 2. economia de mercado ou descentralizada no modelo capitalista (viés mais dinâmico na visão de mercado); 2.1. sistema de concorrência pura ou perfeita em que quase não há a intervenção do governo 2.2. sistema de economia mista em que há maior participação do governo. No modelo de concorrência pura ou perfeita, o mercado proporciona o equilíbrio dos preços sem a presença do Estado, ‘’como se existisse uma mão invisível que levaria a economia ao equilíbrio'', Adam Smith Oferta e Procura (economia de mercado ou descentralizada no modelo capitalista) 1. excesso de oferta (escassez de demanda): haverá um excedente de estoque com a concorrência entre as empresas (concorrência intercapitalista), os preços tenderão a cair até atingir o equilíbrio. 2. excesso de demanda (escassez de oferta): fila de consumidores que irão adquirir um bem ou serviços, os preços tenderão a subir até atingir o equilíbrio. Âmbito das escolhas 1. o que e quanto produzir: a decisão será no âmbito dos consumidores, ou seja, pelo cruzamento da oferta e da procura; 2. como produzir: a decisão será no âmbito das empresas, questão de eficiência produtiva 3. para quem produzir: questão distributiva (haverá o benefício, privilégio de produzir determinada coisa ao invés de outra) Sistema de concorrência pura ou perfeita se apresenta com imperfeições, pois quando a economia vai se tornando mais complexa, surgem mais variáveis, dificultando o equilíbrio. Isso cria um desequilíbrio macroeconômico, ou seja, os preços não ficam em posições cômodas e o mercado sofre uma série de intervenções. A realidade econômica é vista de forma muito simplificada. Nem sempre os preços atingem o equilíbrio no mercado, pois: 1. Os sindicatos exercem pressão no valor dos salários, o que reflete nos preços; 2. Os monopólios e oligopólios formam cartéis que irão pressionar para que não haja redução dos preços; 3. intervenção do governo com subsídios, impostos, política cambial e salarial; 4. Preços mínimos; 5. Preços públicos (água, energia); 6. Nos países emergentes em processo de industrialização, o Estado irá intervir nos setores estratégicos como os de infraestrutura, pois exigem altas inversões de capital e apresentam Taxa Interna de Retorno (TIR) de longo prazo inviabilizando investimentos do setor privado. Hoje já existe a PPP - Parceria Público Privada, onde ambos investem de maneira concomitante. Economia Brasileira Fundamentos: 1970 - séc XX, fase em que se estabelece uma relação mais dinâmica com o mercado internacional. 1979 - Prioridade do governo era debelar o processo inflacionário e retomar o crescimento economico. Entretanto, variáveis exógenas, como a segunda crise do petróleo e a elevação da taxa de juros internacionais na ordem de 22% ao ano, retardam esse processo. (aula 2) Com a evolução da economia e a sua complexidade, surgiram novas variáveis, como monopólios, oligopólios, a especulação financeira, a dinamização do comércio internacional, a expansão dos sindicatos. Século XX - crise de 29, ‘’quebra’’ na bolsa de Nova York, em que 90% dos bancos faliram: a presença do Estado a fim de retomar o equilíbrio. Essa atuação ocorre através de: 1. Complementação de investimentos da iniciativa privada em setores que exigem altas inversões de capital e taxa interna de retorno de longo prazo; 2. Fornecimento de bens públicos, que não são vendidos pelo Estado, ex: educação, saúde, segurança 3. Fornecimento de preços públicos, ex: saneamento básico, água, energia; 4. O governo é o maior tomador e emprestador dos recursos, ou seja, na compra e na venda de serviços. (economia centralizada ou planificada no modelo socialista) O maior representante foi a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), em que os meios de produção como máquinas, matéria prima, terra, edifício, sistema financeiro, pertenciam ao Estado. E os meios de sobrevivência como água, vestimenta, eletrodomésticos, veículos, pertenciam ao indivíduo. O que, como, quanto e para quem produzir nesse tipo de economia é resolvido por um órgão central de planejamento, enquanto na capitalista, é resolvido pelo mercado. Formação do pensamento econômico: Mercantilismo: essa escola de pensamento se caracteriza pelo acúmulo de metais preciosos, principalmente ouro e prata, quanto maior o acúmulo, mais forte a nação. Fisiocracia: escola francesa, dizia que a terra era a única fonte de riqueza de uma nação. Foi a primeira escola a dividir a economia em setores, e estes mostravam inter-relação. François Quesnay foi o primeiro a fazer essa analogia. Os clássicos (século XVIII) Adam Smith Economista inglês, economia consciente, segundo ele, os preços se equilibram através do mercado. Adepto ao liberalismo econômico, ou seja, ausência do Estado em assuntos econômicos. Teoria do valor-trabalho: a riqueza das nações vem do trabalho humano. A divisão do trabalho levaria a especialização, na maior produtividade e qualidade. David Ricardo Discípulo de Adam Smith, porém desenvolveu o lado mais financeiro. Teoria das vantagens comparativas: cada país deveria produzir determinado produto a partir do momento em que seus custos de produção eram menores em relação a outro país, ou seja, cada país se especializaria em determinado setor da economia. Thomas Malthus Economista inglês, foi o primeiro a se preocupar com o aspecto populacional, em que a população crescia em progressão geométrica (PG) e os alimentos em progressão aritmética (PA). Depois de um certo período, haveria um desencontro entre as necessidades da população e a produção de alimentos. Pregava o controle da natalidade. Economia Brasileira 1980 - A opção pelo crescimento econômico ainda está presente e a pauta governamental tem como enfoque um choque heterodoxo, ou seja, o governo irá pré-fixar o câmbio e a correção monetária, com isso, o governo adivinha, respectivamente, a inflação externa e interna. O governo passa a ter um maior controle da atividade econômica. A especulação sai do setor financeiro e passa para ativos reais, os estoques. Isso é fundamental para o crescimento econômico do Brasil. (aula 3) Os neoclássicos (século XIX) Alfred marshall Vivenciou a firma capitalista consolidada. A preocupação é com a satisfação do consumidor e a maximização do lucro. Os custos de produção, a maximização da rentabilidade e análises numéricas fazem-se presente nessa fase e o foco é a microeconomia. John Maynard Keynes (século XX) Era Keynesiana - a partir da publicação (1936) a célebre obra “Teoria geral do emprego, do juro e da moeda”. Rompe os paradigmas da teoria clássica - que o equilíbrio dos preços é realizado pelo mercado. A partir da depressão de 29, o modelo clássico não conseguia mais responder conceitualmente a essa crise. Keynes propôs que o Estado interfira na economia a fim de trazê-la novamente ao equilíbrio, criando o princípio da demanda efetiva, que se fundamenta em: 1. Segundo Keynes o volume de emprego na economia é explicado pelo PIB produção nacional, e esse é determinado pela demanda agregada ou efetiva. Rompe a doutrina de que toda oferta cria sua procura, o mais importante é que a oferta agregada é a demanda agregada. 2. Abriu portas para outras escolas econômicasEscola Monetarista Seu maior expoente é Milton Friedman (Universidade de Chicago). Foco de análise: forte controle da oferta de moeda e uma baixa intervenção do estado na economia. Escola Fiscalista Os maiores expoentes são James Tobin e Paul Samuelson (Yale e Harvard). Foco: rígido controle fiscal e uma relativa intervenção do Estado na economia. Os críticos Acreditam que a análise econômica efetuada sem contemplar aspectos históricos e sociais máscara olá do verídico da economia os marxistas são os maiores expoentes fundamentados. Karl Marx em conjunto com Engels, desenvolveu o socialismo científico que tem como premissa a divisão das classes sociais em burgueses e proletários. Nasce a mais-valia, que é a diferença do valor das mercadorias produzidas em um determinado período de tempo e o valor da força de trabalho vendidas aos capitalistas. Estruturas de Mercado Monopólio: uma única empresa controlando determinado mercado. Ex: Petrobras Oligopólio: poucas empresas controlando determinado mercado. Ex: os setores de bancos, hipermercados, automobilístico. CADE: conselho administrativo de Direito Econômico. Foi criado para combater a formação de cartéis, todavia, seu maior desafio foi a partir da globalização, quando houve maior processo de fusões e aquisições. Economia Brasileira: Fundamentos 1981 - antes do Brasil adentrar o FMI (fundo monetário internacional), ele praticou uma política recessiva visando ter superávits a fim de amortizar o serviço da dívida, isto é, o efeito do choque internacional do juros. A prioridade é uma política recessiva com elevação dos juros internos e restrições de crédito. Os aumentos salariais são abaixo da inflação, cobrindo uma elevação da demanda interna. A política aqui adotada é do tipo ortodoxa clássica monetarista. (aula 4) Macroeconomia: estuda os grandes agregados macroeconômicos: inflação, câmbio, política monetária, etc. 1. Regula todas as atividades do país; 2. Câmbio - política cambial: preço de um ativo financeiro, preço de uma forma de riqueza, troca, uma intermediação de dinheiro entre países, é um ativo financeiro. 3. Câmbio fixo: modelo de política cambial em que o preço é fornecido pelo governo através da atividade monetária. Acarreta em desequilíbrio do valor real da moeda e o estabelecido pelo governo. Nesse modelo, tem o problema de déficit na balança comercial e a sobrevalorização da moeda e especulação financeira. 4. Câmbio flutuante: preço ou ponto de equilíbrio é dado pelo mercado. É adotado pela maioria dos países. Tende a maior aproximação do valor real do mercado. 5. Câmbio semifixo ou bandas cambiais: modelo híbrido dos outros dois citados acima, com influência do governo (peso maior) e também do mercado. Deixa a modela oscilar por um período definido, provoca mini desvalorizações da moeda para entender como ela se comporta, e quando excede, o governo faz uma leve intervenção. Plano Real (1994) Plano de estabilização econômica O Brasil apresentava altas taxas inflacionárias → hiperinflação. Objetivo de não cometer os mesmos erros dos planos anteriores (cruzado I, cruzado II, etc. Conseguiu extinguir a correção monetária. E adotou o câmbio fixo, corrigindo a perda inflacionária, mantendo a inflação. Tendo como âncora o câmbio. O plano real queria extinguir a inflação sem controle. 1999 - O Brasil é obrigado a abandonar o câmbio fixo, e adotar o câmbio flutuante→ a maxidesvalorização do real.
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