Buscar

PRÁTICA SIMULADA TRABALHISTA - OAB

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRÁTICA SIMULADA TRABALHISTA 
 
1) A empregada Pili ingressa com um reclamação trabalhista em face da empresa Alfa, 
pleiteando horas extras e adicional de insalubridade, distribuída a reclamatória foi 
marcada audiência na 7º Vara do Trabalho de Nova Iguaçu – RJ, no dia 10/12/2016. Por 
ocasião da primeira assentada as partes e seus patronos compareceram oportunidade em 
que foi realizada a tentativa conciliatória sem êxito e a entrega da contestação com 
documentos. 
Tendo em vista a realização de prova pericial, foi marcada nova audiência para 16 /05/ 
2017, sendo as partes devidamente intimadas, na data marcada compareceu a ré 
(reclamado) e seu advogado, estando presente o advogado da reclamante e ausente à 
autora (reclamante) sem justo motivo, pergunta-se? 
A) Qual a consequência Jurídica pela falta de Pili? 
Resposta: 
A ausência do reclamante à audiência de instrução e julgamento importa confissão 
quanto à matéria de fato, na forma do art. 844 da CLT. Em tal hipótese, o empregado 
sofrerá as consequências de sua falta de cuidado, inclusive com a incidência da pena de 
confissão ficta, nos limites da matéria ignorada. Considerando também que a parte 
reclamante não compareceu para dar continuidade ao processo. A esta falta em uma 
audiência de instrução, configura-se como revelia, e por isso aplica-se confissão para a 
reclamante e a sentença é de acordo com as provas já juntadas nos autos. Súmula 122 do 
TST e Súmula nº 74 do TST. 
B) Pode o magistrado realizar a produção de provas nesta segunda audiência mesmo a 
reclamante não tendo comparecido? 
Resposta: 
Sim, em geral, o magistrado pode realizar a produção de provas na segunda audiência, 
mesmo que a reclamante não tenha comparecido. Isso é feito de acordo com os 
princípios do devido processo legal, contraditório e ampla defesa. O magistrado tem a 
responsabilidade de buscar a verdade dos fatos e garantir um julgamento justo, mesmo 
na ausência de uma das partes. 
No entanto, a ausência da reclamante pode ter consequências em relação à sua 
capacidade de influenciar o processo e apresentar sua versão dos fatos. Se ela não 
estiver presente, pode não ter a oportunidade de questionar as testemunhas ou contestar 
as provas apresentadas pela parte contrária. Essa ausência também pode impactar a 
avaliação do magistrado sobre a credibilidade das alegações da reclamante. Ter presente 
o artigo 844, § 5º da CLT e a Súmula 122 do TST. 
O artigo 844 da CLT “estabeleceu que caso o advogado esteja presente na audiência, 
ainda que ausente o reclamado, serão aceitos a contestação e os documentos 
eventualmente anexados”. 
E no seu § 5º diz: “ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, 
serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados”. 
Súmula 122 do TST, “a reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar 
defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser 
ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, 
expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no 
dia da audiência”. 
 
2) Lucas Paquetá empregado do CERS voltando para a empresa, durante sua jornada de 
trabalho vindo de um trabalho externo, sofre um acidente quando o motorista da 
empresa perde o controle do veículo e bate violentamente em outro carro, fraturando o 
braço, sendo imediatamente socorrido e hospitalizado, diante da hipótese responda? 
A) Caso o trabalhador fique imobilizado por 25 dias e só retorne ao trabalho após esse 
período, teria ele garantia de emprego de 1 ano após seu retorno? 
Resposta: 
Sim, com a obtenção da alta médica a garantia do emprego por um ano seria contada a 
partir desta data. Segundo a súmula n° 378 do TST, são pressupostos para a concessão 
da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e o recebimento do benefício 
previdenciário para conseguir a estabilidade do acidentado por 12 meses. 
B) Comprovada a culpa do motorista da empresa no acidente e sendo ele dispensado, se 
houvesse previsão do art. 462 p. primeiro da CLT em seu contrato, poderia o 
empregador descontar o valor total dos prejuízos causados em sua rescisão contratual, 
os prejuízos foram de R$ 6.000,00 e o salário de um motorista é de R$ 4.000,00? 
Resposta: 
Não pode o empregador descontar o valor total dos prejuízos causados na rescisão 
contratual, pois, segundo o artigo 477, § 5º da CLT – determina que qualquer 
compensação a ser verificada ao pagamento das verbas rescisórias devidas ao 
trabalhador não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado. 
E para respeitar o princípio da intangibilidade salarial artigos 7º, VI, da CF e 468, da 
CLT. 
 
3) Guilherme empregado da empresa Delta, após preencher todos os requisitos para a 
concessão de aposentadoria, busca o INSS e dá entrada em seu benefício previdenciário. 
Após os tramites legais Guilherme recebe a carta de concessão do beneficio e tem sua 
aposentadoria espontânea concedida, pergunta-se? 
A) A concessão da aposentadoria espontânea gera a extinção do contrato de trabalho de 
Guilherme com a empresa Delta? 
Resposta: 
Não! Mesmo porque a aposentadoria, em si, não acarreta o término do vínculo de 
emprego. Caso contrário, o trabalhador ficaria sem a devida proteção contra a despedida 
arbitrária ou sem justa causa, a qual é exigida pela Constituição Federal de 1988 (artigo 
7º, inciso I). 
B) Mantido o vínculo de emprego, seria Guilherme detentor de garantia de emprego por 
ter alcançada a aposentadoria? 
Resposta: 
Não, a aposentadoria não gera estabilidade no emprego. Nesse caso, Guilherme não é 
detentor da garantia de emprego. 
 
4) A empregada Giovana trabalha no SBT com explosivos e com uma atividade penosa, 
ingressou com uma reclamação trabalhista alegando que o contato com tais produtos 
causava prejuízo a sua saúde e risco a sua vida, e que durante todo o contrato não 
recebeu nenhum adicional, Giovana recebia a quantia de R$ 5.000,00 de forma mensal, 
pergunta-se? 
A) Com base no art 7, XXIII da CF/88 é devido o pagamento pelo empregador do 
adicional de penosidade? 
Resposta: 
Não, pois este não foi regulamentado em nossa legislação. 
Com base no artigo 7º, XXIII. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social: XXIII — adicional de remuneração 
para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
Dessa forma, o adicional de penosidade é um adicional que deve ser pago ao 
profissional cujas atividades exigem maior grau de sacrifício, ocasionando algum tipo 
de sofrimento para ele, seja físico ou mental. Esse adicional ainda não é regulamentado, 
por isso não pode ser considerado uma obrigação do empregador. 
B) Ainda que não esteja trabalhando, estando em sua casa na piscina, mas esteja de 
sobreaviso Giovana terá direito ao adicional de periculosidade sobre estas horas? 
Resposta: 
Não, pois não se encontra em condição de risco, súmula 132 II do TST, “Durante as 
horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela 
qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas 
horas”.