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Os Estados Unidos na corrida imperialista
História 
Ensino Médio
1o bimestre – Aula 03
3a
SÉRIE
2024_EM_B1_V1
Habilidade: (EM13CHS102) - Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando criticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos.
Imperialismo na América: Os Estados Unidos na corrida imperialista. 
Identificar e analisar as circunstâncias históricas, políticas, econômicas e sociais, a partir dos desdobramentos do Imperialismo nos Estados Unidos.
Conteúdo
Objetivo
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Habilidade: (EM13CHS102) - Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando criticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos.
Todos falam
Editora UNESP. Imagem. Kant
Charge. Imperialismo estadunidense. 
Fonte: Resistência. 
Nas aulas anteriores, discutimos aspectos do Imperialismo na África e na Ásia. Tente responder às seguintes perguntas e não deixe de registrar suas observações e análises. 
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Para começar
Imagem. Charge. IMPERIALISMO ESTADUNIDENSE. Disponível em: https://www.resistencia.cc/lista-charges/. Acesso em: 13/12/2023.
Para refletir
O que a charge apresentada representa? 
Será que as ações e motivações dos Estados Unidos foram diferentes daquelas dos países europeus na Ásia e na África? 
Em que medida as consequências do Imperialismo americano na América Latina ainda são percebidas nos dias de hoje?
Todos falam
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Para começar
Na última década do século XIX, grande parte da América era formada por um conjunto de Estados independentes, quase todos com regimes republicanos. A exceção era o Canadá e alguns territórios do Caribe. Após a independência dos Estados Unidos, o Canadá, parcialmente povoado por franceses, recebeu muitos estadunidenses e ingleses (interessados principalmente no trigo e no comércio de peles com os povos indígenas – comércio há muito explorado pelos colonos franceses). Dividiu-se, assim, em dois: o Alto Canadá, inglês, e o Baixo Canadá ou Quebec, francês. As ilhas e o litoral do Caribe, por sua vez, permaneciam nas mãos das potências europeias.
Fonte: VAINFAS e outros, 2018.
Os Estados Unidos na corrida imperialista 
Continua...
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Foco no conteúdo
Referência: Vainfas, Ronaldo; Faria, Sheila de Castro; Ferreira, Jorge e Santos, Georgina dos. História 2. Conecte Live. 3ª Edição. São Paulo. Editora Saraiva, 2018. 
Em fins do século XIX, graças ao rápido processo de industrialização, os Estados Unidos haviam se tornado uma grande força econômica, apesar dos vários problemas enfrentados nas décadas anteriores. A situação dificultava a participação dos estadunidenses nas disputas imperialistas travadas na África e na Ásia, embora o país estivesse presente no Extremo Oriente. O mesmo, entretanto, não se repetia na América, onde a expansão para o oeste resultou na dilapidação do México, com a anexação do Texas e da Califórnia entre 1848 e 1850.
Fonte: VAINFAS e outros, 2018.
Continua...
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Foco no conteúdo
Referência: Vainfas, Ronaldo; Faria, Sheila de Castro; Ferreira, Jorge e Santos, Georgina dos. História 2. Conecte Live. 3ª Edição. São Paulo. Editora Saraiva, 2018. 
Até o fim do século XIX, os Estados Unidos não tentaram qualquer anexação formal de territórios americanos, limitando-se a exercer discreta influência econômica. A exceção foi Cuba. Apesar de a ilha ser colônia da Espanha, os estadunidenses mantinham investimentos na produção de açúcar e tabaco. Em 1898, estourou uma guerra entre Estados Unidos e Espanha. O motivo foi a explosão do couraçado estadunidense Maine, no porto de Havana, em Cuba, atribuída aos espanhóis. A guerra se estendeu do Caribe às ilhas do Pacífico, onde havia possessões espanholas, em particular as Filipinas.
Continua...
Fonte: VAINFAS e outros, 2018.
De Cuba ao Pacífico – Um grande negócio
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Foco no conteúdo
Referência: Vainfas, Ronaldo; Faria, Sheila de Castro; Ferreira, Jorge e Santos, Georgina dos. História 2. Conecte Live. 3ª Edição. São Paulo. Editora Saraiva, 2018. 
O saldo final da guerra foi favorável aos Estados Unidos. O Tratado de Paris (1898) acabou com o domínio espanhol sobre Cuba, Porto Rico (ambos no Caribe) e as Filipinas (Pacífico). Em compensação, os estadunidenses indenizaram a Espanha. Porto Rico e Filipinas acabaram se transformando em domínios estadunidenses. Cuba, por sua vez, conquistou sua independência política, mas a economia continuou dominada pelos Estados Unidos. Esse domínio foi consolidado em 1901, com a Emenda Platt, que permitia aos estadunidenses intervir militarmente em Cuba quando sentissem seus interesses ameaçados. Essa emenda foi inserida, sob pressão dos Estados Unidos, na Constituição cubana.
Fonte: VAINFAS e outros, 2018.
Continua...
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Foco no conteúdo
Referência: Vainfas, Ronaldo; Faria, Sheila de Castro; Ferreira, Jorge e Santos, Georgina dos. História 2. Conecte Live. 3ª Edição. São Paulo. Editora Saraiva, 2018. 
Por meio da política do Big Stick, os Estados Unidos passaram a associar a dominação econômica à ideia de intervenção militar nos territórios a serem ocupados. Se a Doutrina Monroe (1823) limitava-se a defender a soberania dos países americanos, a intenção agora era óbvia: expandir os Estados Unidos pelo mundo, a começar pelo vizinho Caribe. No Pacífico, os Estados Unidos anexaram o Havaí e as ilhas de Guam. 
Dentre as consequências do Imperialismo norte-americano, podemos destacar a intensificação do processo de aculturação; o acirramento das disputas territoriais durante a Guerra Fria; a disseminação das práticas neoliberais; a liderança do dólar no sistema monetário internacional; e a confirmação da hegemonia capitalista dos Estados Unidos.
Fonte: VAINFAS e outros, 2018.
Continua...
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Foco no conteúdo
Referência: Vainfas, Ronaldo; Faria, Sheila de Castro; Ferreira, Jorge e Santos, Georgina dos. História 2. Conecte Live. 3ª Edição. São Paulo. Editora Saraiva, 2018. 
Todos falam 
Analise a charge e responda ao que se pede.
O que a charge “Mar do Caribe” representa, com base nas ações imperialistas dos Estados Unidos? Não esqueça de justificar sua resposta.
Charge. Mar do Caribe. Fonte: Gran Questões.
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Na prática
Referência. Gran Questões. Imagem. Charge “Mar do Caribe”. Disponível em: https://faculty.weber.edu/kmackay/tr_bigstick_cartoon.jpg. Acesso em: 20/12/2023.
No final do século XIX, os Estados Unidos começaram a intervir em outros países com o intuito de garantir sua hegemonia econômica na América Latina. A política externa imperialista foi acentuada com o governo de Theodore Roosevelt (1901-1909), que reservou aos Estados Unidos o direito de livre intervenção em outros países em favor de interesses nacionais. Alguns críticos da época disseram que seu lema era “fale suave, mas tenha nas mãos um grande porrete”, o que tornou sua política externa conhecida como Big Stick (“grande porrete”).
Correção
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Na prática
Retomando conceitos
Continua...
A Doutrina Monroe, assim chamada por ter sido criada durante o governo do presidente norte-americano James Monroe, foi anunciada ao Congresso dos Estados Unidos no dia 2 de dezembro de 1823. Teve como objetivo a não interferência dos países europeus nos países americanos e, sob o slogan “América para os Americanos”, pretendia defender as nações recém tornadas independentes de todo o continente americano de uma possível recolonização.
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Foco no conteúdo
Referência: Vainfas, Ronaldo; Faria, Sheila de Castro; Ferreira, Jorge e Santos, Georgina dos. História 2. ConecteLive. 3ª Edição. São Paulo. Editora Saraiva, 2018. 
Processo de construção do canal do Panamá. Trabalhadores escavam buracos para colocação de dinamites. 1913.
Fonte: VAINFAS e outros, 2018.
Durante o governo de Theodore Roosevelt (1901-1909), houve a ação expansionista mais expressiva, com interferência no Panamá, separado da Colômbia em 1903 com apoio tácito dos Estados Unidos. Havia fortes interesses econômicos e militares na região, com a finalização do canal que ligaria o Atlântico ao Pacífico. As obras do canal terminaram em 1914, e sua construção e seu controle foram passados para os Estados Unidos. O canal do Panamá retornou ao domínio panamenho somente em 1999.
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Foco no conteúdo
Referência: Vainfas, Ronaldo; Faria, Sheila de Castro; Ferreira, Jorge e Santos, Georgina dos. História 2. Conecte Live. 3ª Edição. São Paulo. Editora Saraiva, 2018. 
Referência Imagem. InfoEscola. Processo de construção do Canal do Panamá. Trabalhadores escavam buracos para colocação de dinamites. 1913. Foto: Everett Historical / Shutterstock.com. Disponível em: https://www.infoescola.com/hidrografia/canal-do-panama/ Acesso em: 13/12/2023.
Retorne ao slide 3 e, com o auxílio de seu professor, responda aos questionamentos apontados.
O que a charge apresentada representa? 
Será que as ações e motivações dos Estados Unidos foram diferentes daquelas dos países europeus na Ásia e na África? 
Em que medida as consequências do Imperialismo americano na América Latina ainda são percebidas nos dias de hoje?
Todos falam 
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Na prática
A charge expressa o expansionismo imperialista dos Estados Unidos sobre diferentes áreas. 
As ações e motivações dos Estados Unidos na América muitas vezes diferiram da abordagem europeia durante o período imperialista. Enquanto as potências europeias frequentemente buscavam expandir seus impérios coloniais para obter recursos naturais e estabelecer controle direto sobre territórios, os Estados Unidos, em alguns casos, adotaram uma abordagem mais orientada para o comércio e influência política. 
Correção
Continua...
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Na prática
No entanto, essa distinção não é absoluta, e os EUA também estiveram envolvidos em intervenções militares e apoio a regimes pró-americanos em diferentes partes do mundo, como estudaremos em outras aulas. A influência política, econômica e cultural dos EUA continua a moldar as dinâmicas regionais. Muitos países enfrentam desafios relacionados à instabilidade política, desigualdade social e dependência econômica, que podem ser vinculados a períodos de intervenção ou influência norte-americana. Além disso, as relações diplomáticas muitas vezes são influenciadas pela memória histórica dessas ações, afetando a forma como os países latino-americanos interagem com os Estados Unidos.
Correção
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Na prática
A Doutrina Monroe foi a expressão da política imperialista dos EUA em relação à América Latina, desenvolvida a partir do século XX. Sobre esta política da diplomacia externa dos EUA, indique a alternativa abaixo que não corresponde a um fato relacionado à Doutrina Monroe:
Conquista do território de Porto Rico.
Apoio à independência cubana.
Política externa de dominação econômica em países caribenhos, que receberam a alcunha de república de bananas.
Construção do canal do Panamá.
Perda dos territórios onde hoje se localizam as Filipinas e a Ilha de Guam.
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Na prática
Se você respondeu alternativa V, parabéns!
Justificativa: Com a Doutrina Monroe, os EUA conquistaram os territórios indicados na alternativa.
Correção
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Na prática
 
 
Relembre os princípios da Doutrina Monroe, em particular, a ideia de “América para os Americanos”. Como as ações dos Estados Unidos no canal do Panamá podem ser interpretadas à luz desses princípios e da ironia apresentada na charge?
Todos escrevem
Na charge do início do século XX, o Tio Sam, baseado na Doutrina Monroe, afasta europeus da construção do canal do Panamá.
Fique atento às orientações do seu professor e à data de entrega dessa tarefa.
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Aplicando
Referência: Imagem. Charge do início do século XX, o Tio Sam, baseado na Doutrina Monroe, afasta europeus da construção do Canal do Panamá. Disponível em: https://imagohistoria.blogspot.com/2017/10/charges-historicas-imperialismo-canal.html. Acesso em: 14/12/2023.
Identificamos e analisamos as circunstâncias históricas, políticas, econômicas e sociais, a partir dos desdobramentos do Imperialismo exercido pelos Estados Unidos.
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O que aprendemos hoje?
HOBSBAWM, Eric. A era dos impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra: 1998. p. 91. 
LEMOV, Doug. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023.
VAINFAS, Ronaldo; FARIA, Sheila de Castro; FERREIRA, Jorge; SANTOS, Georgina dos. História 2. Conecte Live. 3a edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2018.
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Referências
Lista de imagens 
Slide 3 – Imagem. Charge. Imperialismo estadunidense. Disponível em: https://www.resistencia.cc/lista-charges/. Acesso em: 13 dez. 2023.
Slide 10 – Imagem. Charge “Mar do Caribe”. Disponível em: https://faculty.weber.edu/kmackay/tr_bigstick_cartoon.jpg. Acesso em: 20 dez. 2023.
Slide 13 – Imagem. InfoEscola. Processo de construção do canal do Panamá. Trabalhadores escavam buracos para colocação de dinamites. 1913. Foto: Everett Historical / Shutterstock.com. Disponível em: https://www.infoescola.com/hidrografia/canal-do-panama/. Acesso em: 13 dez. 2023.
Slide 19 – Imagem. Charge do início do século XX, o Tio Sam, baseado na Doutrina Monroe, afasta europeus da construção do canal do Panamá. Disponível em: https://imagohistoria.blogspot.com/2017/10/charges-historicas-imperialismo-canal.html. Acesso em: 14 dez. 2023.
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Referências
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