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RESENHA CRÍTICA

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FACULDADE PITÁGORAS DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃES
UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE DIREITO
 camilla santos rodrigues de almeida
RESENHA: CAPÍTULO 3 E 4
LUÍS EDUARDO MAGALHÃES
2023
CAMILLA SANTOS RODRIGUES DE ALMEIDA
RESENHA: CAPÍTULO 3 E 4
Trabalho apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de Ética Profissional em Direito e Processo Judicial Eletrônico.
Tutor (a): Hugo Capel Sica
LUÍS EDUARDO MAGALHÃES
2023
RESENHA CAPÍTULO 3: SOMOS DONOS DE NÓS MESMOS?
No capítulo 3 do livro “Justiça, o que é fazer a coisa certa” do autor Michael J. Sandel é abordado o pensamento da ideologia libertária. Nesse livro, o autor inicia o capítulo 3 com uma curiosidade sobre a revista Forbes na qual todo outono publica uma lista com os quatrocentos americanos mais ricos. Diante disso, é exposto a questão da desigualdade econômica, principalmente nos Estados Unidos, onde algumas pessoas consideram injusta essa desigualdade e são favoráveis á taxação do rico para ajudar o pobre e outras discordam, pois acreditam que não há nada de injusto na desigualdade econômica desde que ela não resulte do uso da força ou de fraude, mas das escolhas feitas em uma economia de mercado. Sendo assim, é notório que o livro aborda nesse primeiro momento essas duas objeções sendo a primeira destinada aqueles que apoiam a distribuição de riqueza e são chamados de “utilitaristas” e a segunda objeção acredita que cobrar impostos do rico para ajudar o pobre é injusto porque isso viola um direito fundamental. Nesse caso, quem apoia essa ideia é chamado de “libertário”, pois defendem os mercados livres e se opõem á redistribuição do governo. A partir dessa primeira leitura, eu notei que a ideia dos libertários é a que mais concordo, pois acredito que a pobreza não será resolvida a partir da cobrança de altos impostos dos mais ricos, muito pelo contrário, essa atitude levaria a um declínio da produtividade além de reduzirem o incentivo ao trabalho e aos investimentos. 
Adiante, o livro discorre sobre o Estado Mínimo atrelado a teoria libertária do direitos, na qual apresenta que se considerar correta a teoria libertária muitas atividades do Estado moderno são ilegítimas e violam a liberdade, pois o Estado mínimo é aquele que faz cumprir contratos, proteja a propriedade contra roubos e mantenha a paz e qualquer estado que vá além disso é moralmente injustificável. O exemplar traz três diretrizes e leis que o estado moderno promulga, porém, os libertários rejeitam, que são eles: Nenhum paternalismo, que é basicamente a ideia de ser contra as leis que protegem as pessoas contra si mesmas. A segunda rejeição refere - se a nenhuma legislação sobre a moral, isto é, são contra o uso da força coercitiva da lei para promover noções de virtude ou para expressar as convicções morais da maioria. E a terceiro concerne a ideia de nenhuma redistribuição de renda ou riqueza, ou seja, exclui qualquer lei que force algumas pessoas a ajudar outras. Na obra “Capitalism and freedom” (1912-2006), o economista americano Milton Friedman (1912-2006) argumentou que muitas atividades estatais amplamente aceitas são infrações ilegítimas da liberdade individual. A previdência social, ou qualquer outro programa governamental obrigatório, é um de seus principais exemplos: ‘Se um homem conscientemente decidir viver o dia de hoje, usar seus recursos para usufruir o presente, escolhendo livremente uma velhice mais penosa, com que direito nós o impedimos de fazer isso?” Friedman pergunta. Assim, esse e outros aprontamentos como regulamentação do salário mínimo e exigências para o exercício das profissões são criticadas por Friedman.
Ademais, a obra discorre sobre a filosofia do livre mercado que tem como referência principal Robert Nozick que faz uma defesa filosófica dos princípios libertários. Nesse sentido, para Robert não há nada de errado na desigualdade econômica e assim ele repudia a ideia de que uma distribuição justa consista em um determinado padrão como rendimento igualitários, isto é, para ele o que importa é como a distribuição é feita. Sendo assim, Nozick argumenta que a justiça distributiva deve atender a duas condições: Justiça nas condições de posses que é basicamente a ideia de que a riqueza tenha origem legítima e a justiça em sua transferência. Dessa forma, para ele contanto que ninguém inicie sua fortuna com ganhos ilícitos, qualquer distribuição resultante do livre mercado é justa. A partir desse entendimento de Robert Nozick é possível fazer um comparativo com a ideia de Friedman no Estado Mínimo, isto é, ambos os autores defendem a concepção de liberdade em relação a riqueza de cada um, porém, Robert intensifica nas suas falas que não há injustiça quando se adquire fortuna de forma lícita.
Por fim, conclui - se que a ideia principal do capítulo III de Micharl Sandel foi defender a ideia da ideologia libertária que se baseia na ideia de Liberdade, onde cada individuo é dono de si mesmo e de fruto do seu trabalho e, portanto, a interferência do Estado deve ser mínima na vida de cada pessoa e qualquer coisa que exceda isso seria considerado ilegítimo. Outrossim, o autor utiliza de muitos exemplos no decorrer da leitura para nos fazer refletir sobre essa ideia de liberdade com aquilo que é nosso.
RESENHA CAPÍTULO 4: O MERCADO E CONCEITOS MORAIS
No capítulo 4 do livro “Justiça, o que é fazer a coisa certa” do autor Michael J. Sandel o autor intitula de “O mercado e os conceitos morais”. Basicamente ele resume esse capítulo em dois exemplos e o tema abordado por traz desses dois exemplos é um questionamento se há liberdade quando há desigualdade. São dois conceitos trabalhados por ele nesse capítulo. O autor discute a ideia do livre mercado ser ou não justo e se existiria bens que o dinheiro não pode comprar. 
O primeiro caso apresentado no capitulo diz respeito à questão: O que é justo? Convocar soldados ou contrata-los? Nesse primeiro exemplo ele vai tratar sobre o alistamento militar e a discussão levantada por ele seria que na sociedade americana existia três opções de alistamento: o primeiro era o voluntário, o segundo seria o imposto pelo estado compulsoriamente através de um sorteio e surgiu uma terceira opção pelo estado americano que foi a seguinte: quem era sorteado e convocado poderia colocar um substituto no seu lugar, ou seja, a pessoa poderia pagar outra pessoa pra ir no seu lugar. O auto relata isso historicamente como isso foi desenvolvendo, mas basicamente com o desenrolar da história os americanos tenderiam a criticar o alistamento obrigatório e então os EUA passou a utilizar o modelo facultativo de forma voluntária. Porém, eles precisavam de apresentar um estímulo e começou a pagar bons salários e alguns benefícios. No entanto, o autor apresenta uma objeção que seria exatamente o que ele critica que talvez o alistamento voluntario não seja tão voluntario assim. Na verdade, pode haver aí uma coerção implícita, pois em lugares em que há muita pobreza e dificuldades econômicas, a opção por se alistar poderia simplesmente refletir a falta de alternativas.
 O autor afirma em um trecho: “Se algumas pessoas em uma sociedade não tiverem outra opção, aquelas que se alistam podem ser, na verdade, forçadas a fazê-lo por necessidade financeira. Nesse caso, a diferença entre a convocação e o exército voluntário não significa que uma seja compulsória e o outro livre, mas que cada um envolve uma forma diferente de coerção — a força da lei, no primeiro caso, e as pressões econômicas, no segundo. Só é possível dizer que a opção pelo alistamento remunerado reflete preferências, em vez de alternativas limitadas, se o indivíduo tiver à disposição uma gama de opções razoáveis de trabalho” 
A situação econômica e escolar dos atuais voluntários do exército comprova a lógica dessa objeção, pelo menos até certo ponto. O que ele quis dizer com isso é que: Na lógica de mercado as pessoas que nãotem muitas opções e se vem obrigadas a de fato colocar sua vida em risco e não necessariamente querer servir o exército. Dessa forma, trazendo na perspectiva do autor é que se numa sociedade desigual não há várias oportunidades e uma pessoa tem de fato a liberdade de fazer escolhas, como por exemplo quando se tinha as 3 opções parece que seria a que garantisse maior liberdade só que colocando isso em pratica numa sociedade desigual essa escolha não é realmente livre, pois por exemplo os filhos dos políticos não se alistavam no exército. A questão levantada é essa: Se havendo desigualdade há liberdade mesmo que aparentemente haja uma liberdade, ou apenas mudou porque antes havia uma coerção imposta pela lei e agora tornou se uma coerção imposta pelo mercado.
Outro exemplo trabalhado pelo autor é a questão da Barriga de Aluguel que surgiu na década de 80 na sociedade americana e que houve nessa época um contrato de barriga de aluguel onde uma pessoa foi contratada pra ter um bebe e quando o bebe nascesse deveria entregar o bebe para quem contratasse o serviço. Só que quando a mãe teve o bebe ela não quis entregar o bebe e o caso foi parar na justiça. Na primeira instância ela perdeu a ação e teve que entregar o bebe, isso porque o Juiz entendeu que tinha um contrato ali firmado e deveria ser cumprido. porem em sede de recuso ela conseguiu ter o bebe de volta e o livro trata dessa história. Porém, a questão a ser levantada é se seria licito esse tipo de serviço, pois a manutenção dos contratos baseia-se em duas teorias: o libertarismo e o utilitarismo, sendo que esta promove o bem-estar geral e o libertarismo se baseia no fato de respeitar um contrato assinando espontaneamente por dois adultos. No entanto, ao refletir sobre o que o autor fala no inicio do capitulo “se a coisas que o dinheiro não deveria comprar”, na minha opinião reflete diretamente nesse exemplo, pois não há como medir e nem determinar o valor que é a vida. Sendo, portanto, errado tratar ser humano como mercadoria, meros produtos.
Por fim, conclui-se que esse capítulo 4 aborda considerações morais sobre a questão do livre mercado, isto é, para quem não tem dinheiro há menos alternativas. Para quem tem mais dinheiro, há mais alternativas. Que incluem, inclusive, ter condições de pagar outro para ir à guerra em seu lugar. Para essas tarefas, aceitam geralmente aqueles que veem nessa estranha livre oportunidade uma alternativa para a sua família.

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