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Fundamentos da Química Inorgânica 02 1. Introdução 4 2. Mecânica quântica 8 O Princípio da Incerteza 8 Orbital S 9 Orbital P 10 Orbitais D e nF 11 O Spin do Elétron 12 O Princípio de Excusão de Pauli 12 Configuração Eletrônica dos Átomos 13 Materiais Complementares 15 Atividade de Fixação 15 3. Estrutura Atômica 17 Relações Atômicas 18 Isótopos 18 Isóbaros 18 Isótonos 19 Materiais Complementares 20 Atividade de Fixação 20 4. Teoria Ácido e base 22 Teoria de Arrhenius 23 Teoria de Brönsted-Lowry 23 Teoria de Lewis 23 Materiais Complementares 24 Atividade de Fixação 24 5. Conclusão 27 6. Referências Bibliográficas 30 03 4 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA 1. Introdução lá querido aluno, vamos dar início a mais uma disciplina e hoje discorremos sobre os funda- mentos da química inorgânica. Fonte: Segredos do mundo Max Planck elucidou que as partículas do microcosmo (elétrons, núcleos, átomos e seus compostos) absorvem e disseminam luz de forma descontínua. Ele completou que no nível atômico os elétrons so- mente absorvem ou disseminam luz em pequenos pacotes de energia, que denominou de quantas de ener- gia. Todavia, em 1905, Albert Eins- tein sugeriu que a luz era transmi- tida de forma descontínua, ou seja, era desenvolvida por pequenos pa- cotes. A título de exemplo, uma par- tícula de luz, ou seja, um fóton, pos- sui uma energia definida por: E = hν. Logo, em 1923, o físico francês Louis de Broglie (1892 – 1987) reco- mendou que a luz, sob condições O 5 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA adequadas, poderia apresentar-se aspectos corpusculares. Quem sabe as partículas da matéria, em conjunturas adequadas, além disso pudessem apresentar-se aspectos ondulatórios. Postulou as- sim que uma partícula que possui uma massa m e uma certa veloci- dade v é conexa a um comprimento de onda λ por meio da seguinte rela- ção: λ = h/mv Esta equação é denominada de rela- ção “de Broglie. Note que a grande diferença entre a teoria alvitrada por Schrödinger e a teoria de Bohr é que está derradeira antecipava que o elé- tron se agitava em órbita circular impecavelmente conhecida, isto é, era admissível determinar a posição, assim como a velocidade do elétron em torno do núcleo. Logo, na mecânica quântica, o elétron não toma uma órbita bem definida, entretanto determinamos a região do espaço onde há uma pro- babilidade de se descobrir um elé- tron. Em 1927, Werner Heisenberg apresentou pela mecânica quântica que era impraticável conhecer con- comitantemente com absoluta exati- dão, a disposição e a velocidade de uma partícula, bem como o elétron. A mecânica quântica não nos possibilita descrever o elétron no átomo de hidrogênio como se agi- tando em uma órbita. O que nos pos- sibilita é determinar circunstancia- dos estatísticos sobre a disposição do elétron no átomo. Assim sendo, podemos calcular a possibilidade de descobrir o elétron em uma determi- nada região do sítio a uma distância r do núcleo. Logo, estas coordenadas são conexas com as coordenadas cartesi- anas segundo as seguintes expres- sões: Para delinear um elétron, pre- cisamos, assim sendo, do conheci- mento dos três números quânticos n, l e m. Necessitamos advertir que estes números quânticos são todos inteiros. Logo, os seus valores não foram selecionados aleatoriamente. Pois, o número quântico principal n pode adotar algum valor inteiro de 1 até o infinito. Assim, como o nome reco- menda, é o número quântico mais importante, porquanto o valor de n é o principal aspecto categórico da energia do elétron. O valor de n ainda está conexo aos prováveis al- cances ao núcleo de descobrir um elétron. Note que quanto maior o valor de n mais afastado do núcleo será a possibilidade de descobrir o elétron. Os elétrons são identificados segun- 6 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA do o número quântico principal e ainda se tiver mais de um elétron pode admitir este mesmo valor, isto é, estão na mesma camada. O número quântico do momento angular (l = 0, 1, 2, 3..., n-1). Note que este número quânti- co representa a configuração da sub- camada que estão os elétrons de uma mesma camada. Considerando os valores que l pode admitir, nota- mos que ele estar sujeito ao n, ou se- ja, quando n = 1, l = 0, isto é, a quan- tidade de subcamadas será igual ao valor de n. Logo, cada valor de l retribui a uma forma diferente do orbital e, as- sim sendo, um tipo de diferente or bital. Podemos conceber o número quântico do momento angular com os valores de 0,1,2,3..., ou pelas le- tras s, p, d, f,..., concomitantemente. O número quântico magnético (ml = 0, +1, +2, +3...+l). Assim, cada número quântico magnético particularmente é cha- mado de orbital. E com este número, podemos averiguar a orientação de alguma região do espaço tomada por um elétron. Assim, podemos con- cluir que o número máximo de orbi- tais por número quântico do mo- mento orbital l é (2l + 1), isto é, para um algum valor de l, os orbitais po- dem admitir os seguintes valores de - l a + l passando pelo zero. Subniveis Valores Valores de m Quantidade de orbitais Representações Gráficas 5 0 0 1 P 1 -1, 0, +1 3 D 2 -2, -1, 0, +1, +2 5 f 3 -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3 7 Sendo essa a base da química inorgânica, tendo alguma dúvida, não deixe de encaminhar as suas perguntas ao setor pedagógico por meio do protocolo ou atendimento aos alunos. Bons estudos! 8 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA 2. Mecânica Quântica Fonte: canaltech1 O Princípio da Incerteza om descobrimento das proprie- dades ondulatórias da matéria ergueu alguns questionamentos so- bre aplicação da física clássica. No dia-a-dia, a trajetória de uma bola, a cada momento, é vista pela sua posi- ção e velocidade (ou período, massa x velocidade). 1 Retirado em: https://canaltech.com.br/ciencia/o-que-e-fisica-quantica-e-mecanica-quantica-187154/ Refletimos, assim, conside- rando trajetória contínua para cor- pos em oscilação. Na teoria de Bohr, o elétron, de tal modo se situa, orbita em torno do núcleo, de forma mais parecida com o movimento da Terra em torno do Sol. Todavia n mecânica quântica temos uma visão muito di- ferente. Fonte: Cola da web C 9 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA Em 1927, Werner Heisenberg mostrou que era impossível co- nhecer, simultaneamente, com absoluta exatidão, a posição e o momento de uma partícula como o elétron. O princípio da incerteza de Heisenberg é uma relação que afirma que o pro- duto da incerteza na posição pela incerteza no momento de uma partícula não pode ser me- nor que a constante de Planck dividida por 4p. (SUSSUCHI; Midori; MACHADO; MORAIS, s/a). Constituindo que Δx a incer- teza na coordenada x da partícula, e logo Dpx a incerteza do elemento do período na direção x, temos: (Δx)(Δpx ) ≥ h / 4π. O princípio da incerteza afirma que quanto mais precisamente se conhece a posição (isto é, quanto menor for Δ x), menos precisamente se conhece o mo- mento da partícula (isto é, maior será Δpx). Em outras pa- lavras, se soubermos muito bem onde está a partícula, não podemos saber para onde ela irá SUSSUCHI; Midori; MA- CHADO; MORAIS, s/a). Nesse debate sobre orbitais, destacamos até agora suas energias. Entretanto, a função de onda ainda fornece dados sobre a localização do elétron na nuvem eletrônica quando ele está em estado característico de energia permitido. Vamos analisar as formas pelas quais podemos visu- alizar os orbitais. Orbital S Note que o orbital quepossui a mais baixa energia, o 1s, é esférico, como apontado nas imagens desse tipo, despontando a densidade ele- trônica, são um dos diversos modos empregados para auxílio na visuali- zação dos orbitais. Essa imagem ad- verte que a probabilidade de desco- brir o elétron diminui de forma que nos apartamos do núcleo em qual- quer direção específica. 10 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA Fonte: SUSSUCHI; Midori; MACHADO; MORAIS, (s/a) Quando a função de probabili- dade, Ψ2, para o orbital 1s é co- locado em um gráfico como função da distância a partir do núcleo, r, ela aproxima-se de zero rapidamente, como mos- trado na Figura 17. As regiões intermediárias onde Ψ2 é zero são chamados nós (SUSSUCHI; Midori; MACHADO; MORAIS, s/a). Orbital P A distribuição da densidade eletrônica para um orbital 2p é mostrada na Figura 18 (a). Co- mo podemos ver a partir dessa figura, a densidade eletrônica não está distribuída de forma esférica como em um orbital s. Em vez disso, a densidade ele- trônica está concentrada em duas regiões em ambos os lados do núcleo, separados por um nó no núcleo SUSSUCHI; Midori; MACHADO; MORAIS, s/a). Articulamos que esse orbital na configuração de halteres tem dois lóbulos. É benéfico indicar que não estamos improvisando afirmações de como o elétron está se agitando dentro do orbital; na imagem a se- guir (b) retrata a repartição média da densidade eletrônica em um orbi- tal 2p. 11 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA Fonte: SUSSUCHI; Midori; MACHADO; MORAIS, (s/a) Orbitais D e nF Note que quando n é igual ou maior que 3, descobrimos os orbitais d (para o qual l = 2). Têm cinco orbi- tais 3d, cinco orbitais 4d, etc. Os dís- pares orbitais d, em algum nível, possuem diferentes formas e orien- tações no espaço, como mostrado na imagem a seguir. Quatro das superfícies limites dos orbitais d têm formato de “trevo de quatro folhas” e cada uma se encontra principal- mente em um plano. Os dxy, dxz e d yz, situam-se nos planos xy, xz e yz, respectivamente, como os lóbulos orientados en- tre os eixos. Os lóbulos do orbi- tal dx2-y2 também se situam no plano xy, mas os lóbulos locali- zam-se ao longo dos eixos. O or- bital dz2 é um pouco diferente, dois lóbulos ao longo do eixo z e uma “rosquinha” no plano xy. Quando n é maior ou igual a 4, existem sete orbitais f equiva- lentes (para os quais l = 3). As formas dos orbitais f são ainda mais complicadas do que as dos orbitais d SUSSUCHI; Midori; MACHADO; MORAIS, s/a). 12 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA O Spin do Elétron Durante os anos de 1920, ob- servou-se que os elétrons, quando submetidos a um campo magnético, interagiam com ele, significando, portanto, que o elétron devia possuir um movimento de rotação em torno de si gerando um campo magnético que interagia com o campo externo aplicado. Desta observação surgiu a ne- cessidade de definirmos um quarto número quântico que recebeu o nome de número quântico magnético de spin, cujo símbolo ficou sendo ms e assumia os valores de +1/2 e - 1/2. A interpretação física é que o elétron podia girar em torno se si mesmo no sentido horário e no sentido anti-horário (COE- LHO, 2015). O Princípio de Excusão de Pauli Wolfgang Pauli (1900-1958) com fundamento da mecânica quân- tica postulou o princípio de exclusão 13 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA de Pauli, que ponderava os três nú- meros quânticos já experimentados ao número quântico magnético de spin. Considerando um átomo, ve- mos que dois elétrons quaisquer não podem ter o mesmo contíguo dos quatro números quânticos (n, l, ml, ms). Logo, podemos comprovar pela mecânica quântica que, ao ocorrer isto, a função de onda admi- te um valor zero, isto é, ela não tem. Este princípio induziu à outra con- clusão importante: Que nenhum orbital atômico pode suportar mais do que dois elétrons. Podemos melhor entender esta afirmação considerando o se- guinte exemplo: Se três elétrons fossem colocados no orbital 3s, então teriam os seguintes nú- meros quânticos n = 3, l = 0 e ml = 0. O valor de ms seria +1/2 e -1/2 para dois dos elétrons, portanto, não estaria ferindo o princípio de exclusão de Pauli. Entretanto, o terceiro elétron a entrar neste orbital só poderia ter o valor de ms igual a +1/2 ou então -1/2, o que não seria pos- sível porque já temos dois elé- trons neste orbitais com estes valores de ms (COELHO, 2015). Assim, concluímos, por subse- cutiva, que o terceiro elétron neces- sitará ocupar um outro orbital. Configuração Eletrônica dos Átomos Observe que a mecânica quân- tica estabeleceu que quanto maior o valor de número quântico principal, n, também será maior a sua energia nas diferentes camadas. Em analo- gia ao número quântico orbital, para um o n apresentará maior energia aquele orbital que tem o maior valor de l. Portanto, podemos escrever a seguinte ordem de energia: 1s < 2s < 3s < 3p < 3d < 4s < 4p < 4d < 4f < 5s < 5p < 5d < 5f. Obser- vamos que a ordem de preen- chimento é igual à ordem cres- cente de energia dos orbitais, sempre obedecendo ao princí- pio de exclusão de Pauli, isto é, no máximo dois elétrons por orbital. Para o preenchimento dos orbitais p, que são em nú- mero de três para cada valor de n, deve-se obedecer também à regra de multiplicidade máxi- ma, ou seja, à regra de Hund. Esta regra afirma que, para o preenchimento de orbitais de mesma energia, devemos ir adi- cionando um elétron de mesmo spin em cada um dos orbitais. Quando todos já possuem elé- trons, podemos dizer que estão semipreenchidos. O próximo elétron a ser adicionado deverá ter spin contrário, portanto, formando um par com o elétron já existente. Para os elementos químicos com número atômico maior do que 19, verificamos que o preenchimento dos elé- 14 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA trons não segue a ordem de energia, isto é, o orbital 4s é preenchido antes do orbital 3d, apesar de sua energia indivi- dual ser maior do que a energia individual do orbital 3d. (COE- LHO, 2015). Fonte: Coelho (20150 15 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA Assim, não tem um esclareci- mento qualitativa para esta nota, so- mente tem-se ciência de que a ener- gia total do sistema ser significará menor quando acrescentarmos pri- meiro os elétrons no orbital 4s, para só depois preenchermos os orbitais d. Materiais Complementares Links “gratuitos” a serem con- sultados para um acrescentamento em seu estudo, acesse o link e veja mais sobre o assunto discorrido: Quimica-inorganica-weller-6-ed- pdf Para fechar essa unidade, va- mos colocar em praticar o que aprendemos até aqui. Atividade de Fixação UFES (2014) Os laboratórios de ciências da saúde e biológicas ma- nipulam várias substâncias e com- postos químicos. O único dos sol- ventes inorgânicos e orgânicos lista- dos abaixo que poderia ser manipu- lado fora da capela com sistema de exaustão é o a. Álcool etílico. b. Benzeno. c. Éter. d. Fenol. https://www.meulivro.biz/quimica/quimica-inorganica/2592/quimica-inorganica-weller-6-ed-pdf/ https://www.meulivro.biz/quimica/quimica-inorganica/2592/quimica-inorganica-weller-6-ed-pdf/ 17 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA 3. Estrutura Atômica Fonte: TV Rio Preto ote que definição de íons: cá- tions e ânions sabemos que o átomo eletricamente neutro exibe quantidade de cargas negativas (elé- trons) análogos às cargas positivas (prótons). O átomo, ao perder ou ga- nhar elétrons ao longo de uma liga- ção química, muda-se em um íon positivo ou negativo. N 18 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA Fonte: Neto e Moretto (s/a) Relações AtômicasIsótopos Note que os Isótopos são áto- mos que têm o mesmo número de prótons, isto é, derivam ao mesmo elemento químico, entretanto pos- sui diferente número de massa. O urânio, a título de exemplo, que tem 92 prótons no núcleo, há na natu- reza na configuração de três isóto- pos: U234, com 142 nêutrons (em quantidade desprezível); • U235, com 143 nêutrons (usado em reatores PWR, após enriquecimento 0,7%); • U238, com 146 nêutrons no núcleo (99,3%). (Neto e Mo- retto, s/a) Isóbaros Note que os Isóbaros são áto- mos de elementos químicos distin- tos, entretanto com o mesmo nú- mero de massa. Versa-se somente de uma coincidência. 19 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA Fonte: Neto e Moretto (s/a) Isótonos Observe que o Isótonos são átomos que têm o mesmo número de nêutrons (elementos diferentes), exibindo número de prótons e de massa diferentes. Fonte: Neto e Moretto (s/a) E assim, temos a classificação das substâncias: 20 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA Para fechar está unidade reco- mendo que leiam sobre: O livro Quí- mica Geral e Inorgânica. Materiais Complementares Links “gratuitos” a serem con- sultados para um acrescentamento em seu estudo, acesse o link e veja mais sobre o assunto discorrido: Química Inorgânica Teórica Para fechar essa unidade, va- mos colocar em praticar o que aprendemos até aqui. Atividade de Fixação Quadrix (2017) Com relação aos conhecimentos de química inor- gânica e suas aplicações, julgue o próximo item. Na tabela periódica, os ele- mentos estão apresentados em or- dem decrescente de volume atômico (volume molar). Essa organização resulta em famílias de elementos com propriedades químicas díspa- res distribuídos em camadas na ta- bela periódica. ( ) Certo ( ) Errado https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/43360.PDF https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/43360.PDF https://aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php/317094/mod_resource/content/1/Livro%20de%20Q.I.Teórica%20corrigido%20sumário%20e%20paginação%20definitivo.pdf 21 22 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA 4. Teoria Ácido e base Fonte: Prepara Enem2 omo vimos com a evolução da ciência, a ciência sobre átomos e estrutura molecular, foi se admi- tindo de lado as sensações (como sa- bor e olfato) para diferenciar subs- tâncias ácidas ou básicas. Cada uma das teorias, que vere- mos a seguir, levará em conta tanto a estrutura da molécula que estamos estudando, quanto o meio (solvente) em que ela se encontra. Nenhuma delas está “errada”. Cada uma delas 2 Retirado em https://www.preparaenem.com/quimica/teorias-acido-base-arrhenius-bronsted-lowry-le- wis.htm aponta um modo de ver as mo- léculas em um determinado sol- vente, ou na ausência dele. Dessa forma, uma teoria pode ser classificada como mais abrangente que a outra, mas não são excludentes (ATKINS, 2012) (apud, GUARDA, 2018). Posteriormente, veremos as quatro teorias mais experimentadas, que desvirtuam o nome dos cientis- tas responsáveis pelo seu incre- mento: C 23 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA Teoria ácido/base de Arrhe- nius. Teoria ácido/base de Brons- ted-Lowry. Teoria ácido/base de Lewis. Teoria ácido/base de Pearson. Teoria de Arrhenius Fundamentado em seus expe- rimentos que possui condutividade elétrica em meio aquoso, logo, o quí- mico, físico e matemático sueco Svante August Arrhenius (1859- 1927) sugeriu, em 1884, as seguintes definições para definir ácidos e ba- ses: Fonte: UOL Teoria de Brönsted-Lowry De forma independente, o dina- marquês Johannes Nicolaus Brönsted (1879-1947) e o inglês Thomas Martin Lowry (1874- 1936), propuseram no mesmo ano outra teoria ácido-base co- nhecida como Teoria Brönsted- Lowry (apud, GUARDA, 2018). Fonte: Embuscador Logo, diz o seguinte: Ácido é a espécie química que doa prótons. Já uma base é o re- ceptor de prótons. Neste episódio, considera-se como próton o íon hidrogênio. Ou seja, como observado na reação a cima, onde o ácido cianídrico doa um próton para a água, que opera, deste modo, como base: Teoria de Lewis Logo, esta teoria foi desenvol- vida pelo químico americano Gilbert Newton Lewis (1875-1946) e pro- nuncia o seguinte: Um ácido de Lewis é um recep- tor de um par de elétrons e uma base de Lewis é uma doadora de um par de elétrons. 24 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA Essa teoria introduz um con- ceito novo, é mais abrangente, mas não invalida a teoria de Brönsted-Lowry. Pois todo ácido de Lewis é um ácido de Brönsted, e consequentemente toda base de Lewis é uma base de Brönsted. Isto ocorre porque um próton recebe elétrons, ou seja, um ácido de Lewis pode unir-se a um par solitário de elétrons em uma base de Lewis. Para Lewis, uma reação ácido- base consiste na formação de uma ligação covalente coorde- nada mais estável (apud, GUARDA, 2018). Igualmente, quando um fun- damento de Lewis doa um par de elétrons para uma base de Lewis, os dois compõe uma ligação covalente coordenada, em que os dois os elé- trons derivam de um dos átomos, como acontece no exemplo abaixo: Nesse caso, a amônia atua como a base de Lewis e de Brönsted, pois ela doa os seus dois elé- trons para o próton, sendo, por- tanto, a receptora do próton. Além disso, formou-se uma li- gação covalente entre o hidro- gênio (o próton) e a amônia (apud, GUARDA, 2018). Note que a água é o ácido de Lewis e de Brönsted, porquanto ele doa o próton e aufere os elétrons, observe que o oxigênio do hidróxido desenvolvido a partir da água per- maneceu com um par de elétrons a mais. Fonte: Engenharia química Santos Materiais Complementares Links “gratuitos” a serem con- sultados para um acrescentamento em seu estudo, acesse o link e veja mais sobre o assunto discorrido: Química Geral e Inorgânica Para fechar essa unidade, va- mos colocar em praticar o que aprendemos até aqui. Atividade de Fixação CESPE (2015) O cloro, o ácido nítrico e o ácido sulfúrico são compostos inor- gânicos bastante utilizados na in- dústria química para a preparação de outros compostos inorgânicos e orgânicos comercialmente impor- tantes, como PVC (policloreto de vi- nila) e fertilizantes, e no refino do petróleo, para remover impurezas http://livresaber.sead.ufscar.br:8080/jspui/bitstream/123456789/2642/1/EA_Milare_QuimicaGeralInorganica.pdf 25 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA da gasolina e de outros óleos. Com referência aos processos de produ- ção dos compostos inorgânicos cloro, ácido nítrico e ácido sulfúrico, julgue o item que se segue. A produção massiva do ácido nítrico ocorre por meio do processo Ostwald, em que são utilizados amô- nia anidra, ar e água como matérias- primas e uma tela de platina-ródio como catalisador. ( ) Certo ( ) Errado 26 27 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA 5. Conclusão Fonte: Terra ara fecharmos essa disciplina vamos fazer algumas conside- rações finais. Note que a criação dessa disci- plina se tornou indispensável por- que o carbono é um elemento tetra- valente, ou seja, realiza quatro liga- ções e possui a condição de ligar-se entre si, formando as cadeias carbô- nicas que formam uma quantidade muito ampla de compostos. Assim, a química orgânica é o campo que es- tuda esses compostos desenvolvidos por carbonos, e a Química Inorgâ- nica examina os demais compostos. Em meado do século XVIII, quando a separação das substâncias inorgânicas das orgânicas foi desen- volvida, a ideia primitiva era a de que a Química Inorgânica analisaria os compostos deorigem mineral, por outro lado, a Química Orgânica examinaria os compostos de origem vegetal e animal. De fato os compostos inorgâ- nicos são, direta ou indiretamente, de ascendência mineral, e isso abarca até mesmo alguns compostos que possuem o carbono, por exem- plo, o calcário (carbonato de cálcio - CaCO3), o dióxido de carbono (CO2), o monóxido de carbono (CO), o ácido carbônico (H2CO3), o carbo- nato de sódio (Na2CO3) e o bicarbo- nato de sódio (NaHCO3). Entretanto, esse conceito pri- mitivo que distinguia a Química Inorgânica da Química Orgânica não jazia completamente correto no sentido de que as substâncias orgâ- P 28 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA nicas não são excepcionalmente produzidas em vegetais e animais, entretanto ainda podem ser sinteti- zadas em laboratório. Porém, todas elas são compostas especialmente pelo carbono e, deste modo, esse passou a ser o ponto de disparidade entre a Química Inorgânica e a Quí- mica Orgânica. As substâncias inorgânicas são separadas em quatro funções, que são: Ácidos, Bases, Sais e Óxidos. Essas substâncias podem ter afinidade química e produzir diver- sos tipos de reações importantes. Dessa forma, esta seção de Química Inorgânica tem duas subseções prin- cipais: Funções Inorgânicas e Rea- ções Químicas. Logo, esses compos- tos estão presentes em produtos de higiene e limpeza, assim como, me- dicamentos, nos alimentos, na agri- cultura, entre outros fatores essenci- ais. E assim fechamos mais esse conteúdo, não deixe conferir as lei- turas complementares de cada uni- dade. Até o próximo encontro. 29 30 FUNDAMENTOS DA QUÍMICA INORGÂNICA 6. Referências Bibliográficas BORGES, Gilze Belém Chaves E ALVES, Juliana Alvarenga. Apostila de química. CEFET MG, 2016. CECIERJ. Elementos Químicos: os ingre- dientes do nosso mundo!. Ciências da Na- tureza e suas Tecnologias • Química, Vo- lume 1 • Módulo 2, 2015. COELHO, Augusto Leite Química inorgâ- nica descritiva / Augusto Leite Coelho. - Fortaleza: EdUECE, 2015. COSTA, Leonardo Lopes da. Química I / Leonardo Lopes da Costa. – – Inhumas: IFG; Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2012. FERNANDES, Maria Fernanda Marques; FILGUEIRAS, Carlos AL. Um panorama da nanotecnologia no Brasil (e seus macro- desafios). Química Nova, v. 31, n. 8, p. 2205-2213, 2008. GUARDA, Ananda Fagunder Química inorgânica. / Ananda Fagundes Guarda – Indaial: UNIASSELVI, 2018. NEVES, Luiz Carlos Martins das E MO- RETTO, Sandra de Aquino e Graça. Quí- mica Geral e Inorgânica. UNIP, Unidade I [s/a]. SUSSUCHI, Eliana Midori; MACHADO, Samísia Maria Fernandes; MORAIS, Valé- ria Regina de Souza. ORBITAIS ATÔMI- COS, Química I, Aula 4, [s/a]. 03 1