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REVISA_O PEA_AS PROCESSUAIS

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PEÇAS 
PROCESSUAIS 
PEÇAS PROCESSUAIS 
I. NOÇÕES GERAIS 
Na forma do art. 319, do CPC, são requisitos da petição inicial: 
a) O juízo a quem é dirigida (endereçamento); 
STF: EXMO. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL. 
STJ: EXMO. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA. 
TRF: EXMO. SR. DESEMBARGADOR FEDERAL DA ...VARA FEDERAL DA 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO... 
TJ: EXMO. SR. DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DO ESTADO... 
JUIZ ESTADUAL: EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... VARA ... DA 
COMARCA DE ... 
b) Qualificação: 
Exemplos: 
Nome, nacionalidade..., estado civil (ou existência de união estável) ..., 
profissão..., portador do RG n°... e do CPF n° ... , endereço eletrônico ..., 
residente e domiciliado ..., nesta cidade, por seu advogado infra-assinado (ou 
que esta subscreve), conforme procuração anexa, com escritório ..., nesta 
cidade, endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, com 
fundamento nos termos do art. ..., vem impetrar (MS, MI, HC, HD) ou ajuizar 
(AP, ACP... )... em face de... 
Nome, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n°..., com 
sede..., por seu advogado infra-assinado (ou que esta subscreve), conforme 
procuração anexa, com escritório ..., nesta cidade, endereço que indica para os 
fins do art. 77, V, do CPC, com fundamento nos termos do art. ..., vem impetrar 
(MS, MI, HC, HD) ou ajuizar (AP, ACP...)... em face de... 
Observações: 
 Na Ação Popular é necessário colocar na qualificação: “portador do título 
de eleitor nº”. 
 Autor seja partido politico: Partido Político X, pessoa jurídica de direito 
privado, inscrita no CNPJ sob o nº... e no TSE sob o nº..., por seu 
Diretório Nacional..., etc. 
 Autor seja Mesa do Senado Federal/Mesa da Câmara dos 
Deputados/Mesa de Assembleia Legislativa, adicionar após o nome: 
responsável pela direção dos trabalhos legislativos da casa. 
 Autor seja o Conselho Federal da OAB, após o nome adicionar: entidade 
suis generis, dotada de personalidade jurídica própria, com sede... etc. 
c) O fato e os fundamentos jurídicos do pedido (causa de pedir); 
Estrutura básica para a fundamentação da peça: 
 BASE CONSTITUCIONAL 
 BASE INFRACONSTITUCIONAL 
 DIREITO MATERIAL ENVOLVIDO 
 ASPECTOS PROCESSUAIS DA PEÇA: COMPETÊNCIA, 
CARACTERÍSTICAS, LEGITIMIDADE ATIVA, LEGITIMIDADE 
PASSIVA, NATUREZA JURÍDICA... 
d) O pedido com as suas especificações (pedido): depende de cada ação. 
e) O valor da causa: 
Valor da causa de acordo com o art. 291 do CPC/15. Ou: Valor da causa de 
acordo com o art. 319 do CPC/15. 
f) As provas com que o Autor pretende demonstrar a verdade dos fatos 
alegados (requerimento de provas): somente em ações do procedimento 
comum em que haja dilação probatória. 
g) A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou 
de mediação: somente em ações do procedimento comum em que haja 
dilação probatória. 
h) Gratuidade da justiça: Somente quando o enunciado da questão indicar 
que há hipossuficiência! 
Colocar antes dos Fatos e repetir nos Pedidos 
Ex: “Com base no art. 98 e/ou 99, do CPC o Autor requer a V. Exª. a 
concessão do benefício da gratuidade de justiça, tendo em vista que está 
desempregado e sem condições de arcar com as custas processuais sem 
prejuízo do sustento próprio e de sua família.” 
II. REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: 
1. HABEAS DATA: ART. 5º, LXXII E LEI 9507/97 
É uma ação constitucional e também de natureza cível, de procedimento 
especial, ou seja, não admite dilação probatória. É uma peça de prova pré-
constituída, de preferência documental. 
1.1. Finalidade: 
Conhecer ou retificar ou complementar dados pessoais constantes de registro 
ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público. 
Observação: o HD somente pode ter uma dessas finalidades, não é permitido 
usar o HD para conhecer dados e após o conhecimento querer retificá-los no 
mesmo processo. Da mesma forma, caso seja constatado um erro em um dado 
no âmbito de um HD, não será permitido pedir indenização por danos morais 
nesta ação, pois não tem dilação probatória. 
1.2. Legitimidade ativa: 
Regra: somente o titular do dano, podendo ser PF ou PJ (natural ou 
estrangeira). 
Exceção: herdeiros para acessar dados do falecido. 
1.3. Legitimidade Passiva: 
Autoridade coatora: pessoa com poder de decisão dentro da esfera 
administrativa. Ex: secretário, ministro, prefeito, Gov., Presidente, etc. 
OBS: somente em face da autoridade coatora, sem mencionar a entidade em 
que pertence (união/estado/município) 
Empresas privadas podem configurar polo passivo desde que tenham caráter 
público: “constantes de registro ou banco de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público”. 
Exemplos: SERASA, SPC. 
Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados contendo 
informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não 
sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das 
informações. 
1.4. Requisito essencial: colocar como tópico na peça “DA RECUSA 
ADMINISTRATIVA” 
Súmula nº 2 do STJ: “Não cabe o habeas data se não houve recusa de 
informações por parte da autoridade administrativa”. 
Não é necessário o esgotamento da via administrativa para poder impetrar o 
HD. Basta a recusa do pedido ou o decurso do prazo para a decisão. 
 Prazos para a decisão: 
Para acesso a dados: 10 dias 
Para retificar/complementar dados: 15 dias 
1.5. Jurisprudência STJ: 
 Para obtenção de cópia de processo administrativo não é cabível o habeas 
data, será adequado impetrar mandado de segurança. Pois há interesse 
processual, mas não é dado pessoal. A recusa ao acesso ao processo fere 
a ampla defesa e o contraditório, logo se impetra MS. 
 O habeas data não alcança a pretensão de obter informações que estejam 
sob sigilo. 
 O acesso a informações contidas em prontuário médico, como o exame 
psiquiátrico realizado por servidor nessa qualidade, pode ser assegurado 
via HD. 
 No caso do acesso aos extratos de depósitos de FGTS é cabível o habeas 
data, pois a caixa econômica federal assume função estatal de gestora do 
mesmo, exercendo atividade do poder público. 
1.6. Jurisprudência STF: obtenção de dados do próprio contribuinte acerca 
do pagamento de tributos 
“O HD é a garantia constitucional adequada para a obtenção, pelo próprio 
contribuinte, dos dados concernentes ao pagamento de tributos constantes de 
sistemas informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos da administração 
fazendária dos entes estatais.” 
1.7. Hipóteses de NÃO cabimento: 
- Acesso a dados públicos: MS 
- Acesso a dados sobre terceiros; 
- Acesso à certidão denegada: MS 
 Se o acesso à certidão for negado, mesmo que nela contenha dados 
pessoais  MS. Se a banca informar que a ÚNICA forma de acesso a esse 
dado é através da certidão negada  HD. 
- Acesso a informações sobre os critérios utilizados na correção de provas de 
concurso/ acesso à prova/ revisão de prova; 
 Exceção: cabe HD para acessar resultados do psicoteste ou investicação 
social do concurso. 
- Acesso à autoria do denunciante em PAD: MS (violação da ampla defesa e 
contraditório). 
1.8. Tutela de urgência: antecipada/satisfativa 
É cabível: art. 300 CPC (não tem precisão na lei de HD). 
1.9. Competência: PRERROGATIVA DE FORO FUNCIONAL 
Fixada de acordo com a autoridade coatora com poder de decisão dentro da 
esfera administrativa. 
Em resumo, compete: 
a) ao STF: contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, do TCU, do PGR e do próprio STF; 
b) ao STJ: contra atos de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal; 
c) aos TRF: contra atos do próprio Tribunal ou de juiz federal; 
d) a juiz federal: contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de 
competência dos tribunais federais; 
e) aos TJ: segundo o disposto na Constituição do Estado;f) a juiz estadual: nos demais casos; 
 Em caso de Governador, Prefeito de capital, Secretário de Estado e Mesa 
de Assembleia Legislativa: TJ 
 Em casos de Secretários de Município, Prefeitos (exceto o da capital): 
JUSTIÇA ESTADUAL DE 1º GRAU NA VARA CÍVEL 
1.10. Pedidos: 4 
a) que seja notificada a autoridade coatora, o XXX, dos termos da presente a 
fim de que preste demais informações que julgar necessárias, segundo prevê 
o art.9º, da Lei 9507/97; 
b) a procedência do pedido de habeas data, para que seja assegurado ao 
Impetrante o acesso/retificação/complementação às informações de seu 
interesse; 
c) a intimação do Representante do Ministério Público, na forma do art. 12, da 
Lei 9507/97; 
d) a juntada dos documentos, de acordo com o art.8º, da Lei 9507/97. 
(em caso e tutela de urgência adicionar aos pedidos: art. 300 CPC) 
1.11. A PEÇA: 
I – DA SINTESE DOS FATOS 
II – DA RECUSA ADMINISTRATIVA 
III – DOS FUNDAMENTOS 
IV – DOS PEDIDOS 
2. MANDADO DE INJUNÇÃO: ART. 5º LXXI E LEI 13.300/16 
Ação de procedimento especial (não admite dilação probatória) que visa 
defender “direitos fundamentais” previstos na constituição (norma de eficácia 
limitada) dependentes de regulamentação (infraconstitucional). 
A omissão normativa pode total, quando há ausência da norma 
regulamentadora, ou parcial, quando a norma regulamentadora existe, mas 
falha em possibilitar o exercício do direito fundamental. 
 M.I não serve para questionar a qualidade de uma lei regulamentadora de 
um direito. O M.I está associado diretamente a uma omissão legislativa. 
 A existência de PL acerca da omissão não impede o M.I, pois PL não é Lei. 
2.1. Legitimidade ativa: 
 Mandado individual: pode ser impetrado por PF ou PJ, natural ou 
estrangeira. 
 Mandado coletivo (art. 12 da Lei 13.300/16): Ministério Público; Partido 
Político com representação no CN; Organização Sindical; Entidade de 
Classe; Associação em funcionamento há pelo menos um ano; e 
Defensoria Pública. 
OBS: o requisito de funcionamento há um ano aplica-se somente a 
Associação. 
2.2. Sumulas do STF que se aplicam por analogia: 
Súmula 629: A IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO 
POR ENTIDADE DE CLASSE EM FAVOR DOS ASSOCIADOS INDEPENDE 
DA AUTORIZAÇÃO DESTES. 
Súmula 630: A ENTIDADE DE CLASSE TEM LEGITIMAÇÃO PARA O 
MANDADO DE SEGURANÇA AINDA QUANDO A PRETENSÃO VEICULADA 
INTERESSE APENAS A UMA PARTE DA RESPECTIVA CATEGORIA. 
Sumula 512: NÃO CABE CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS NA AÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA (mas cabe a 
condenação em custas). 
2.3. Decisão recente do STF (a prof. coloca como tópico na peça): 
Até 2007 o STF adotava a posição não concretista geral e de acordo com esse 
entendimento, em nome da harmonia e separação entre os poderes (art. 2º, da 
CRFB/88), o Poder Judiciário não poderia suprir a omissão da norma faltante, 
tampouco fixar prazo para o legislador elaborar a lei, restando a decisão 
produzindo efeito apenas para declarar a mora legislativa. 
Desde 2007, entretanto, o Tribunal vem mudando de entendimento e tem 
adotado posições concretistas, aplicando por analogia leis já existentes para 
suprir a omissão normativa, ora atribuindo efeitos subjetivos erga omnes, ora 
inter partes. 
 Recentemente aplicou por analogia, no bojo do M.I 4133, a lei de racismo 
em casos de homofobia e transfobia. 
2.4. Polo passivo: litisconsórcio necessário (dois sujeitos) 
Deve indicar a autoridade ou órgão omisso + a PJ que ele integra ou aquela 
que está vinculado. 
Exemplo: 
Presidente – União 
Congresso Nacional - União 
Governador – Estado 
Prefeito – Município 
Diretor de Autarquia Federal – Autarquia 
 Para descobrir o órgão omisso é necessário descobrir de quem é a 
competência para legislar: 1) verificar se é competência privativa do 
presidente no art. 61, § 1º. 2) verificar o direito objeto da ação no índice 
remissivo se possui alguma especificidade, reserva de autoridade. 3) caso 
não possua reservas de competência: usar o art. 61, caput e qualificar o 
Congresso Nacional. 
2.5. Participação do MP: art. 7º (pedidos) 
2.6. Tutela de urgência: 
Não é cabível, pois não há previsão na lei 13.300/16. Mas se a banca indicar 
urgência: fundamentar com o art. 300 do CPC. 
2.7. Competência: prerrogativa de foro funcional: 
A competência será fixada de acordo com o órgão omisso: 
STF: quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do 
Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, 
do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do TCU, 
de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio STF. 
STJ: quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, 
entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, salvo os 
casos de competência do STF e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça 
Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal. 
No âmbito dos Estados: 
• Em caso de Governador, Prefeito de capital, Secretário de Estado e 
Mesa de Assembleia Legislativa: TJ. 
• Em casos de Secretários de Município, Prefeitos (exceto o da capital): 
JUSTIÇA ESTADUAL DE 1º GRAU NA VARA CÍVEL. 
2.8. Pedidos: 8 
a) a notificação da autoridade omissa, o XXX, no endereço fornecido na inicial, 
para que, querendo, preste as informações que entender pertinentes do caso, 
conforme prevê o art. 5º, I, da Lei 13.300/16; 
b) a ciência ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica, de acordo 
com o art. 5º, II, da Lei 13.300/16; 
c) a intimação do Representante do Ministério Público, na forma do art. 7º da 
Lei 13.300/16; 
d) a condenação do Impetrado em custas processuais; 
e) que seja reconhecida a omissão e o estado de mora legislativa, a fim de que 
seja concedida a ordem de injunção (coletiva, se for o caso), segundo o art. 8º, 
caput, da Lei 13.300/16; 
f) que seja determinado prazo razoável para que o (órgão omisso) promova a 
edição da norma regulamentadora, consoante o art. 8º, I, da Lei 13.300/16; 
g) que seja suprida a omissão normativa, garantindo-se (o direito fundamental 
objeto da ação); 
h) a juntada de documentos, de acordo com o art. 4°, §1° da Lei 13.300/16. 
2.9. A PEÇA 
I – LEGITIMIDADE ATIVA 
II – DA SINTESE DOS FATOS 
III – DOS FUNDAMENTOS 
IV – DA OMISSÃO CONSTITUCIONAL 
V – DOS PEDIDOS 
3. AÇÃO POPULAR: ART. 5º, LXXIII E LEI 4.717/65 
PROCEDIMENTO COMUM - TEM DILAÇÃO PROBATÓRIA 
Ação constitucional de PROCEDIMENTO COMUM (com dilação probatória) 
que visa anular/invalidar ato ou contrato administrativo que ameace ou viole o 
patrimônio público, histórico ou cultural, a moralidade administrativa ou o meio 
ambiente. O ato pode ser comissivo ou omissivo. 
Não cuida de direito próprio, apenas de direito difuso. 
3.1. Espécies: 
Ação popular preventiva: ameaça de lesão ao bem comum (lesão ainda não 
ocorreu). 
Ação popular repressiva: lesão ao bem comum já ocorreu – PRESCREVE EM 
5 ANOS. 
3.2. Legitimidade ativa: cidadão em gozo de seus direitos políticos 
 Pode ser brasileiro nato ou naturalizado e português equiparado, desde 
que possua titulo de eleitor e regularidade eleitoral. 
 Cidadão de 16 anos com titulo de eleitor: pode. Se a banca informar mãe 
ou pai: qualificar eles como representantes. Se estiver sozinho: qualificar 
apenas ele. 
 Não pode ajuizar AP: inavistáveis, inalistados, PJ, MP e estrangeiros. 
3.3. Polo passivo: Litisconsórcio passivo necessário 
Configura o polo passivo TODOS OS ENVOLVIDOS: a autoridade coatora + o 
ente de qual pertence + todos que se beneficiaram diretamente (inclusive 
empresas privadas) 
*abrir tópico específico para legitimidade passiva. 
3.4. Papel do MP: deve intimar 
3.5. Gratuidade: autor deve pedir no final ônus de sucumbência 
3.6. Tutela de urgência: LIMINAR/CAUTELAS – art. 5º da lei 4.717/65 e art. 
300 do CPC 
3.7. Competência: NÃO tem prerrogativa de foro 
 Regra: começar a tramitar em juízo de 1º grau. 
União, Autarquia,Empresa Pública e Fundação Pública Federal – Juiz Federal 
de 1º grau. 
Estados, Municípios, suas autarquias e fundações públicas – Juiz Estadual de 
1º grau – Vara de Fazenda Pública. 
 Exceção – hipóteses em que a AP começa a tramitar no STF: 
1) art. 102, I, alínea “f”: Caso em que resta evidenciada a existência de litígio 
federativo em gravidade suficiente para atrair a competência desta Corte de 
Justiça. 
2) art. 102, I, alínea “n”: Ação popular ajuizada para o fim de anular a 
nomeação de todos os membros do Tribunal de Justiça do Estado X, estando 
os Juízes de 1. grau do mesmo Estado em estágio probatório, assim sem a 
garantia de independência da vitaliciedade, dependentes do Tribunal cujos 
integrantes são litisconsortes passivos na ação popular. Impossibilidade de 
realização do devido processo legal. 
3.8. Pedidos: 7 
a) a concessão da tutela de urgência para determinar a suspensão de XXX, na 
forma do art. 5º, § 4º, da Lei 4.717/65; 
b) que seja julgado procedente o pedido para fins de declaração de nulidade 
dos XXX e a condenação dos responsáveis ao ressarcimento dos danos 
causados, segundo o art. 11, da Lei 4717/65; 
c) a citação dos Réus nos endereços acima indicados, de acordo com o art. 7º, 
I, a, da Lei 4717/65; 
d) a intimação do Representante do Ministério Público, na forma do art. 7º, I, a, 
da Lei 4717/65; 
e) a condenação dos Réus em custas e em honorários advocatícios, conforme 
o art. 12, da Lei 4717/65; 
f) a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, de acordo com 
o art. 319, VI, do CPC; 
g) a juntada de documentos, segundo o art. 320, do CPC. 
Em cumprimento ao art. 319, VII, do CPC, o autor opta pela realização da 
audiência de conciliação ou de mediação. 
3.9. A PEÇA 
I – DA SINTESE DOS FATOS 
II – LEGITIMIDADE ATIVA 
III – LEGITIMIDADE PASSIVA 
IV – DA TUTELA DE URGENCIA (se tiver) 
V – DOS FUNDAMENTOS 
VI – DOS PEDIDOS 
4. HABEAS CORPUS: ART. 5º, LXVIII E ART. 647 E SEGUINTES DO CPP 
Ação constitucional e ação penal não condenatória de procedimento especial 
(sem dilação probatória). 
4.1. Espécies: 
– HC preventivo: para evitar a consumação da lesão à liberdade de locomoção, 
hipótese na qual é concedido o “salvo-conduto”; 
– HC repressivo, suspensivo ou liberatório: é utilizado com o propósito de 
liberar o paciente quando já consumada a coação ilegal ou abusiva ou a 
violência à sua liberdade de locomoção. O pedido é o alvará de soltura. 
4.2. Legitimidade ativa: QUALQUER PESSOA 
PF/PJ/nacional/estrangeira. Também podem ajuizar para proteger terceiro. 
4.3. Polo passivo: agente estatal 
Também pode ser impetrado em face de particulares. Ex: diretor de asilo 
impede idoso de sair do quarto. 
4.4. HC coletivo: aplica-se, por analogia, o art. 12 da lei 13.300/16 (MI) – 
Jurisprudência STF. 
4.5. HC e prisão do militar: 
 Regra: Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares 
militares. 
 Exceção: caso um comandante aplique pena que ultrapasse o prazo legal 
de 15 dias – cabe HC 
4.6. Tutela de urgência: SEMPRE – art. 649 e 660 do CPP. 
4.7. Competência: PRERROGATIVA DE FORO FUNCIONAL – ART. 102, 
105, 108 E 109 
STF: quando o paciente (lesado) for o Presidente da República, o Vice-
Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o 
PGR, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica, os do TCU e os chefes de missão diplomática de caráter 
permanente. E quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o 
paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente 
à jurisdição do STF, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma 
única instância. 
STJ: quando o coator ou paciente for Governadores dos Estados e do Distrito 
Federal, os desembargadores dos TJ dos Estados e do Distrito Federal, os 
membros dos TCE e do Distrito Federal, os dos TRF, dos TRE E TRT, os 
membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do MPU 
que oficiem perante tribunais. 
TRF: quando a autoridade coatora for juiz federal. 
JUIZ FEDERAL: em matéria criminal de sua competência ou quando o 
constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente 
sujeitos a outra jurisdição. 
Delegado da PF – Juiz federal 
Delegado da PC – Juiz estadual 
 Súmula 690: Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o 
julgamento de "habeas corpus" contra decisão de Turma Recursal de 
Juizados Especiais Criminais. SUMULA CANCELADA – COMPETE A TJ 
OU TRF. 
4.8. Súmulas do STF 
Súmula 693: “Não cabe "habeas corpus" contra decisão condenatória a pena 
de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena 
pecuniária seja a única cominada.” 
Súmula 694: “Não cabe "habeas corpus" contra a imposição da pena de 
exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública.” 
Súmula 695: “Não cabe "habeas corpus" quando já extinta a pena privativa de 
liberdade.”. 
4.9. HC e CPI 
 É julgado pelo STF 
 Possibilidades de cabimento: 
- CPI tentar conduzir coercivamente testemunha por ato próprio 
- Para garantir direito ao silencio na CPI 
- Caso a CPI impeça que o advogado do investigado o acompanhe: o 
investigado deve impetrar HC em direito próprio, não em favor do 
advogado. O advogado neste caso não impetraria HC, deveria impetrar MS 
pelo direito próprio de exercer a profissão. 
4.10. Pedidos: 4 
a) Determine a notificação da autoridade coatora, o XXX, na forma do art. 662, 
do CPP; 
b) Conceda o pedido liminar para determinar a expedição do salvo 
conduto/alvará de soltura, de acordo com o art. 660, §2º, do CPP, confirmando 
posteriormente a concessão do presente remédio, consoante o art. 660, §4º, do 
CPP; 
c) Junte os documentos anexos, segundo o art. 320, do CPC; 
d) Intime o representante do Ministério Público. 
4.11. A PEÇA 
I – DA SINTESE DOS FATOS 
II – DA TUTELA DE URGENCIA (sempre tem) 
III – DOS FUNDAMENTOS 
IV – DOS PEDIDOS 
5. MANDADO DE SEGURANÇA: Art. 5º, LXIX, LXX e Lei 12.016/09 
Ação constitucional de procedimento especial (sem dilação probatória) para 
atacar ato ilícito de autoridade (comissivo ou omissivo). 
5.1. Espécies 
• MS preventivo – quando há séria ameaça de lesão a direito líquido e certo. 
• MS repressivo - quando a lesão já ocorreu. Nesse caso, deve ser obedecido o 
PRAZO DECADENCIAL DE 120 DIAS, contados da ciência, pelo interessado, 
do ato que se deseja impugnar, na forma do art. 23, da Lei 12.016/09. 
5.2. Legitimidade ativa: 
a) MS individual - O impetrante é o titular do direito líquido e certo, como por 
exemplo: a pessoa natural, os órgãos públicos, as universalidades de bens 
(espólio, massa falida etc.), a pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, 
domiciliada no Brasil ou no exterior... 
b) MS Coletivo (art. 5º, LXX, CF) 
– partido político com representação no Congresso Nacional, ainda que o 
partido esteja representado em apenas uma das Casas Legislativas. 
- organização sindical, entidade de classe e associações legalmente 
constituídas e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados. 
5.2. Súmulas: 
Súmula nº 101 - STF: o mandado de segurança não substitui a ação popular. 
Súmula nº 629 - STF: A impetração de mandado de segurança coletivo por 
entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes. 
Súmula nº 630 - STF: A entidade de classe tem legitimação para o mandado de 
segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte 
da respectiva categoria. 
Súmula 266 - STJ: O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo 
deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público. 
Súmula 625 - STF: Controvérsia sobre matéria de direito não impede 
concessão de mandado de segurança. 
Súmula 266 – STF: NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA LEI 
EM TESE. 
Súmula 510 STF: “PRATICADO O ATO POR AUTORIDADE, NOEXERCÍCIO 
DE COMPETÊNCIA DELEGADA, CONTRA ELA CABE O MANDADO DE 
SEGURANÇA OU A MEDIDA JUDICIAL”. 
Súmula 267 – STF: Não cabe mandado de segurança contra ato judicial 
passível de recurso ou correição. 
Súmula 268 – STF: Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial 
com trânsito em julgado. 
 5.3. Condições específicas 
A) Direito Líquido e certo: comprovado por prova pré-constituída. 
B) Ato coator: eivado de ilegalidade e abuso de poder 
C) Tempestividade: prazo de 120 dias. OBS: No caso de omissão, não há que 
se falar em prazo decadencial, porque a omissão se perpetua no tempo. 
Haverá lesão enquanto mantida a omissão. 
5.4. ALGUMAS hipóteses de cabimento: 
1. Na área da saúde (arts. 6° e 196): negativa de acesso a 
medicamentos/tratamento. 
2. Na seara da educação (art. 205): vaga na escola e negativa de certidões. 
3. Na defesa do direito de reunião (art. 5°, XVI): 
4. Para proteger o devido processo legal (art. 5°, LIV): acessar cópia de um 
documento/PAD 
5. No âmbito do concurso público (art. 37, I, II): ordem de classificação/negativa 
de inscrição. 
6. No curso do processo legislativo (jurisprudência STF): MS de parlamentar. 
5.5. Polo Passivo: autoridade coatora + PJ que ela integra 
5.6. Tutela de Urgência: LIMINAR 
Art. 7°, III, da Lei 12.016/09 e Art. 300 e 301, do CPC. 
5.7. Competência: PRERROGATIVA DE FORO FUNCIONAL 
Fixada de acordo com a autoridade coatora com poder de decisão dentro da 
esfera administrativa. 
Em resumo, compete: 
a) ao STF: contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, do TCU, do PGR e do próprio STF; 
b) ao STJ: contra atos de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal; 
c) aos TRF: contra atos do próprio Tribunal ou de juiz federal; 
d) a juiz federal: contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de 
competência dos tribunais federais; 
e) aos TJ: segundo o disposto na Constituição do Estado; 
f) a juiz estadual: nos demais casos; 
• Em caso de Governador, Prefeito de capital, Secretário de Estado e 
Mesa de Assembleia Legislativa: TJ 
• Em casos de Secretários de Município, Prefeitos (exceto o da capital): 
JUSTIÇA ESTADUAL DE 1º GRAU NA VARA CÍVEL 
5.8. Pedidos: 7 
a) a concessão da cautelar para suspender o ato coator e XXX, na forma do 
art. 7º, III, da Lei 12.016/09. 
b) a notificação da autoridade coatora, o XXX, para que preste as informações 
que entender pertinentes do caso, segundo o art. 7º, I, da Lei 12.016/09; 
c) que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa 
jurídica interessada, de acordo com o art. 7º, II, da Lei 12.016/09; 
d) a intimação do Representante do Ministério Público, conforme o art. 12, da 
Lei 12.016/09; 
e) a condenação do Impetrado em custas processuais; 
f) a juntada dos documentos, na forma do art. 6° , caput, da Lei 12.016/09;47 
g) que ao final seja julgado procedente o pedido para garantir (o direito liquido 
e certo). 
5.9. A PEÇA: 
I – DA TEMPESTIVIDADE 
II – DA PROVA PRÉ-CONSTITUIDA 
III – DA SINTESE DOS FATOS 
IV – DA TUTELA DE URGENCIA (se tiver) 
V – DOS FUNDAMENTOS 
VI – DOS PEDIDOS 
6. AÇÃO CIVIL PÚBLICA: art. 129, III CRFB/88 e LEI 7.347/85 
PROCEDIMENTO COMUM – COM DILAÇÃO PROBATÓRIA 
Ação constitucional de procedimento comum (com dilação probatória) para a 
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros 
interesses difusos e coletivos. Ação condenatória e de obrigação de fazer. 
6.1. Legitimidade ativa: 
- MP. 
- Defensoria Pública. 
- Administração Pública direta e indireta. 
- Associação que esteja funcionando há um ano e inclua, entre suas finalidades 
institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao 
consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos 
raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, 
turístico e paisagístico. 
6.2. Polo passivo: Litisconsórcio passivo e necessário 
Configura o polo passivo TODOS OS ENVOLVIDOS: a autoridade coatora + o 
ente de qual pertence + todos que se beneficiaram diretamente (inclusive 
empresas privadas) 
*abrir tópico específico para legitimidade passiva. 
6.3. Competência: NÃO tem prerrogativa de foro 
Começa a tramitar em juízo de 1º grau. 
 União, Autarquia, Empresa Pública e Fundação Pública Federal – Juiz 
Federal de 1º grau. 
 Estados, Municípios, suas autarquias e fundações públicas – Juiz Estadual 
de 1º grau – Vara de Fazenda Pública. 
6.4. Tutela de urgência: liminar – art. 12 da Lei 7.347/85 
6.5. DIFERENÇAS ENTRE ACP E MS COLETIVO: 
 AÇÃO CIVIL PUBLICA MS COLETIVO 
PRAZO 5 anos 120 dias 
LEGITIMADOS 
MP; Defensoria Pública; 
Administração Pública direta 
e indireta; e Associações. 
Partido político; 
organização sindical, 
entidade de classe e 
Associações. 
PRODUÇÃO DE 
PROVAS 
Admite dilação probatória 
Não admite dilação 
probatória 
COMPETÊNCIA Em razão do local do dano 
Prerrogativa de foro 
funcional 
OBJETO 
Direitos individuais 
homogêneos, os direitos 
coletivos em sentido estrito e 
os direitos difusos. 
Direitos individuais 
homogêneos e os direitos 
coletivos em sentido estrito. 
 
6.6. Pedidos: 7 
a) a concessão da tutela de urgência para compelir o ORGÃO IMPUGNADO à 
(obrigação de fazer), na forma do art. 12, da lei 7347/85; 
b) a citação dos réus nos endereços indicados na inicial, segundo o art. 238, do 
CPC; 
c) a intimação do representante do Ministério Público, conforme o art. 5º, §1º, 
da Lei 7347/85; 
d) a produção de todos os meios de prova em direito admitidas, de acordo com 
o art. 319, VI, do CPC; 
e) a juntada de documentos, consoante o art. 320, do CPC; 
f) a condenação dos réus em honorários advocatícios e custas processuais, na 
forma do art, 85, do CPC; 
g) a procedência dos pedidos para confirmar a tutela de urgência. 
Em cumprimento ao art. 319, VII, do CPC, a autora opta pela realização de 
audiência de conciliação ou de mediação. 
6.7. A PEÇA: 
I – DA SINTESE DOS FATOS 
II – DA LEGITIMIDADE ATIVA 
III – DA TUTELA DE URGENCIA 
IV – DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS 
V – DOS PEDIDOS 
III. AÇÕES DO CONTROLE CONCENTRADO 
ADI, ADC, ADO E ADPF 
1. CARACTERISTICAS COMUNS 
Processos objetivos abstratos sem sujeitos e sem lide que buscam impugnar 
leis em si (ou sua omissão) com a finalidade de resguardar a Constituição 
Federal. 
Não possuem dilação probatória. 
Possui efeitos erga omnes e vinculantes. Vinculam todo o Poder Judiciário e a 
Administração Pública Direta e Indireta, mas não vinculam o Poder Executivo e 
Legislativo, nem o próprio STF. 
São ações de controle repressivo, não podem ser utilizadas para impugnar PL 
ou PEC. 
1.1. Legitimidade ativa: art. 103, I a IX 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal: precisa demonstrar pertinência temática 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal: precisa demonstrar 
pertinência temática 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional (basta em 
uma casa); 
 Apenas o Diretório NACIONAL possui legitimidade 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional: 
precisa demonstrar pertinência temática; 
 Se cair na peça confederação sindical precisa colocar no tópico de 
legitimidade que ela preenche todos os requisitos do art. 535 da CLT. 
 O STF tem entendido que apenas as confederações sindicais têm 
legitimidade ativa para requerer ADI, excluídas as federações sindicais e 
os sindicatos nacionais. 
 Para uma entidade de classe ter âmbito nacional necessita ter 
representação em pelo menos NOVE estados, pois o STF aplicou por 
analogia o art. 8º da Lei dos partidos políticos. 
 As chamadas “associações de associações”são legitimadas. 
 Entendimento recente: em 2018, superou a jurisprudência do STF e 
reconheceu a legitimidade ativa de associação de gays, lésbicas e 
transgêneros (ABGLT) para propor ação de controle concentrado. O 
entendimento vigente na Corte era no sentido de que somente as 
entidades de classe representativas de categorias econômicas ou 
profissionais poderiam ingressar com pedidos de inconstitucionalidade 
no Supremo. 
 Conselhos de fiscalização profissional (autarquias) não detém 
legitimidade ativa, pois não se enquadram no conceito de entidade de 
classe. O conselho federal da OAB é o único Conselho legitimado. 
Especial – IV, V e IX: precisam demonstrar pertinência temática 
Universal – I a III e VI a VIII: NÃO precisam demonstrar pertinência temática 
Capacidade postulatória: não precisam de advogado do I ao VII. Precisam de 
advogado do VII a IX. 
2. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE: art. 102, I, alínea “a” e 
Lei 9.869/99 
Possui finalidade de declarar a inconstitucionalidade total ou parcial por vício 
formal ou material de lei ou ato normativo federal ou estadual que viole a 
Constituição Federal. 
2.1. Polo passivo: Lei ou ato impugnado + quem editou a lei 
Ex: em face da Lei X editada pelo Congresso Nacional e pelo Presidente da 
República. 
Mas quem edita as leis? 
Lei ordinária – CN e P.R 
Lei complementar estadual – A.L e Gov. 
MP – Presidente 
EC – CN ou Mesa da C.D e Mesa do S.F 
EC estadual ou constituição estadual – A.L 
2.2. Participação do PGR: necessidade de intimação (atuação livre: pode 
concordar ou discordar) 
2.3. Participação do AGU: atua como defensor da norma impugnada. 
Regra: AGU deve ser intimado para defender a norma 
Exceção - hipóteses em que é dispensado (relativação do STF): 
- se houver precedente do STF em controle difuso declarando 
inconstitucionalidade da lei, o AGU ficaria dispensado. 
- se a lei impugnada violar os interesses da União, o AGU não é obrigado a 
defender a norma. 
2.4. Objetos da ação: 
Lei ou ator normativo federal ou estadual: Emenda Constitucional; lei 
complementar; lei ordinária; lei delegada; lei orgânica do DF e lei distrital 
(natureza estadual); medida provisória; decreto legislativo; Resolução; Decreto 
autônomo; Resolução do CNJ/CNMP/TSE; constituição estadual e emenda de 
constituição estadual. 
 NÃO PODEM SER OBJETO: 
- Lei municipal e lei distrital de natureza municipal: cabe ADPF 
- normas pré-constitucionais: cabe ADPF 
- normas constitucionais originárias, pois não podem ser objetos de controle de 
constitucionalidade, possuem presunção de constitucionalidade absoluta. 
- ato normativo secundário que ofende indiretamente a CF (ofende uma lei 
infraconstitucional diretamente. Ex: portaria, decreto regulamentar): cabe ADPF 
ATENÇÃO: 
Lei Orgânica Município Não é objeto de ADI 
Lei Orgânica DF É objeto de ADI 
Lei distrital natureza municipal Não é objeto de ADI 
Lei distrital natureza estadual É objeto de ADI 
 
2.5. Tutela de urgência: LIMINAR – art. 10 da lei 9.868/99 
2.6. Competência: STF 
2.7. Pedidos: 5 
a) a concessão da medida cautelar para sustar a eficácia da Lei/Ato X, e que, 
ao final, seja julgado procedente o pedido e declarada a inconstitucionalidade 
parcial ou total do (objeto), conforme arts. 10 a 12 da Lei 9.868/99; 
b) a juntada dos documentos em anexo, de acordo com o art. 3º, parágrafo 
único da Lei 9.868/99; 
c) que sejam solicitadas informações ao (órgãos que elaboram a norma), 
conforme art. 6º, caput, da Lei 9.868/99; 
d) a citação do Advogado Geral da União, de acordo com o art. 8º da Lei 
9.868/99; 
e) a oitiva do Procurador-Geral da República, na forma do art. 8º da Lei 
9.868/99. 
2.8. A PEÇA: 
I - DO OBJETO DA AÇÃO 
II – DA LEGITIMIDADE ATIVA 
III – DA TUTELA DE URGENCIA (se tiver) 
IV – DOS FUNDAMENTOS 
V – DOS PEDIDOS 
3. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE: art. 102, I, alínea 
“a” e lei 9.868/99 
Ação que visa declarar a constitucionalidade jurídica de lei ou ato normativo 
FEDERAL (somente) quando há existência de controvérsia judicial relevante 
sobre a aplicação da norma objeto da ação, ocorrendo insegurança jurídica. 
3.1. Polo passivo: norma objeto da ação + quem elaborou a norma (igual 
na ADI) 
3.2. Objeto da ação 
Lei ou ato FEDERAL: lei ordinária federal; lei complementar federal; emenda 
constitucional; medida provisória; lei delegada; resolução; resolução do CNJ de 
âmbito federal. 
3.3. Participação do PGR: necessita intimar 
3.4. Participação do AGU: não intimar. 
Entendimento majoritário entende que não há atuação do AGU na ADC 
para defender a norma, pois a norma não esta sendo atacada. 
3.5. Tutela de urgência: LIMINAR – art. 21 da lei 9.868/99 
3.6. Pedidos: 4 
a) que seja concedida cautelar para o fim de determinar que os juízes e 
Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a 
aplicação da (lei objeto da ação), na forma do art. 21, da Lei 9868/99 e que 
seja ao final declarada a constitucionalidade da norma; 
b) a juntada de documentos, de acordo com o art. 14, parágrafo único da lei 
9868/99; 
c) que sejam solicitadas informações ao (órgãos que elaboraram a lei), 
segundo o art. 6º, da Lei 9868/99; 
d) a oitiva do Procurador Geral da República, consoante o art. 19, da Lei 
9868/99. 
3.7. A PEÇA: 
I - DO OBJETO DA AÇÃO 
II – DA LEGITIMIDADE ATIVA 
III – DA RELEVANTE CONTROVERSIA JUDICIAL 
IV – DA TUTELA DE URGENCIA (se tiver) 
V – DOS FUNDAMENTOS 
VI – DOS PEDIDOS 
4. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO: art. 103, 
§ 2º e lei 9.868/99 
Ação para sanar omissões normativas parciais e totais presentes na 
Constituição Federal 
4.1. Participação do PGR: intimar – art 12- E, §3º da lei 9.868/99 
4.2. Participação do AGU: Não intimar. É faculdade do relator. 
4.3. Polo passivo: “em face do ato omissivo do (entidade responsável por 
elaborar a lei)” 
 Para descobrir o órgão omisso é necessário descobrir de quem é a 
competência para legislar: 1) verificar se é competência privativa do 
presidente no art. 61, § 1º. 2) verificar o direito objeto da ação no índice 
remissivo se possui alguma especificidade, reserva de autoridade. 3) caso 
não possua reservas de competência: usar o art. 61, caput e qualificar o 
Congresso Nacional. 
 Não é necessário indicar a entidade a quem pertence a autoridade omissa 
(diferente do M.I) 
4.4. Tutela de urgência: LIMINAR – art. 12-F §1º da lei 9.868/99. 
4.5. DIFERENÇAS ENTRE ADO E M.I 
 MI ADO 
NATUREZA 
JURIDICA 
Remédio constitucional. 
Proc. Subjetivo. 
Com uma parte buscando 
defender seu direito concreto. 
Proc. do controle 
concentrado. 
Proc. objetivo 
Buscando defender a 
própria constituição 
FINALIDADE 
Defender direito fundamental 
dependente de 
regulamentação 
Defender norma 
constitucional dependente 
de regulamentação 
LEGITIMIDADE 
ATIVA 
MI individual: qualquer PF ou 
PJ 
MI coletivo: MP; Partido 
Político com representação no 
CN; Organização Sindical; 
Entidade de Classe; 
Associação (um ano); e 
Defensoria Pública. 
Presidente da República; 
Mesa do SF; a Mesa da 
CD; a Mesa de AL ou da 
Câmara Legislativa do DF: 
o Gov. de Estado ou do 
DF; o PGR; o Conselho 
Federal da OAB; partido 
político com 
representação no CN; 
confederação sindical ou 
entidade de classe de 
âmbito nacional. 
 
4.6. Pedidos: 5 
a) que seja julgado procedente o pedido, para que seja declarada a mora 
legislativa do (órgão omisso) na elaboração da xxx; 
b) a juntada dos documentos anexos, na forma do art.12-B, da Lei 9868/99; 
c) que sejam solicitadas informações do (órgão omisso), segundo o art.6º, da 
Lei 9868/99;88 
d) a oitiva do Procurador Geral da República, segundo o art. 12-E, §3º, da Lei 
9868/99. 
e) a produção de todas as provas admitidas em direito, consoante art. 319, VI, 
do CPC.* A prof. Flávia Bahia não concordou com esse pedido de provas, 
porém estava no espelho. 
4.7. A PEÇA: 
I – DAOMISSÃO CONSTITUCIONAL 
II – DA LEGITIMIDADE ATIVA 
III – DOS FUNDAMENTOS 
IV – DA JURISPRUDENCIA DO STF (igual do MI) 
“Até 2007 o STF adotava a posição não concretista geral e de acordo com esse 
entendimento, em nome da separação entre os poderes (art. 2º, da CRFB/88), 
o Poder Judiciário não poderia suprir a omissão da norma faltante, tampouco 
fixar prazo para o legislador elaborar a lei, restando a sentença produzindo 
efeito apenas para declarar a mora legislativa. 
Desde 2007, entretanto, o Tribunal vem mudando de entendimento sobre o 
mandado de injunção (principalmente) e tem adotado posições concretistas, 
aplicando por analogia leis já existentes para suprir a omissão normativa, ora 
atribuindo efeitos subjetivos erga omnes, ora inter partes”. 
V – DOS PEDIDOS. 
5. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PREFECEITO FUNDAMENTAL: 
art. 102, §1º e lei 9.882/99 
Ação constitucional com o objetivo de evitar ou reparar lesão a preceito 
fundamental, resultante de ato do Poder Público. 
5.1. Definição de preceito fundamental: ADPF 33 
ROL EXEMPLIFICATIVO: 
- Princípios fundamentais: art. 1º ao 4º da CF. 
- Direito e garantias fundamentais: art. 5º ao art. 17 da CF 
- Princípios sensíveis: art. 34, VII 
- Princípios da Adm. Púbica: art. 37, caput 
- Cláusulas Pétreas: art. 60 §4º 
Os artigos que versarem sobre esses preceitos também são considerados. 
5.2. Caráter subsidiário: art. 4º §1º da lei 9.882/99 – não se admite ADPF, se 
couber ADI, ADC e ADO. 
5.3. Hipóteses de cabimento: 
Lei municipal; Lei distrital (de natureza municipal); normas pré-constitucionais; 
normas já revogadas, desde que persista a utilidade da prestação jurisdicional; 
decisão judicial violadora de preceito sem transito em julgado (e que não caiba 
recurso); normas secundárias. 
 VETO DO PRESIDENTE: O veto do Presidente da República não pode ser 
impugnado por ADPF (decisão ADPF 1), porém se o veto for impugnado 
sob o argumento que houve vicio no processo legislativo constitucional, 
poderá caber ADPF (decisão recente na ADPF 714, em que o P.R havia 
vetado parte de uma lei e sancionado o restante e logo após tentou vetar a 
parte que já havia sancionado, nesse caso coube a ADPF) . 
 SÚMULA: o entendimento consolidado (ADPF 80) dispõe que sumula não 
pode ser impugnada por ADPF, mas há entendimentos recentes permitindo 
a impugnação de sumulas por ADPF (ADPF 324 e 501). Se cair questão na 
prova a respeito, mencionar os dois. 
 NORMA PRÉ-CONSTITUCIONAL: normas anteriores a 1988 ou posteriores 
a 1988, mas anteriores a norma inconstitucional invocada como parâmetro 
modificada por E.C. 
 ATENÇÃO: LEI MUNICIPAL VIOLANDO CE E A CF: Se uma lei municipal 
viola claramente norma da constituição estadual de observância obrigatória 
ao modelo federal, bem como, viola a constituição federal, há dois 
caminhos. 1) ajuizar uma representação de inconstitucionalidade estatal 
perante o TJ (art. 125 §1º). Ou 2) ajuizar ADPF perante o STF. Nestes 
casos o STF esta afastando a ADPF e dando como solução jurídica para 
combater a lei municipal violadora, a R.I estadual, sob o fundamento do 
caráter subsidiário da ADPF. 
 É possível a celebração de um acordo em um processo objetivo, como a 
ADPF, desde que fique demonstrado que há no feito um conflito 
intersubjetivo subjacente (implícito) que comporta solução por 
autocomposição. 
5.4. Participação do PGR: intimar – art. 7, paragrafo único da lei 9.882/99 
5.5. Participação do AGU: Não intimar. É faculdade do relator 
5.6. Modalidades de ADPF: 
a) Principal, Direta. Processo Objetivo. É uma ação de controle concentrado 
abstrato. 
Art. 1º A arguição prevista no § 1º do art. 102 da Constituição Federal será 
proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou 
reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. 
b) Incidental, Indireta. Processo Subjetivo: incide no bojo de um processo 
subjetivo. É uma ação do controle concentrado concreto. 
Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito 
fundamental: I - quando for relevante o fundamento da controvérsia 
constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, 
incluídos os anteriores à Constituição; (Vide ADIN 2.231-8, de 2000) 
5.7. Pedidos: 5 
a) que seja concedida a medida cautelar na forma do art. 5º, § 3º, da Lei 
9.882/99 para sustar a eficácia da (norma impugnada) 
b) que o pedido seja julgado procedente para que seja declarada a 
inconstitucionalidade/incompatibilidade com a Constituição da República da 
(norma impugnada); 
c) que seja ouvido o Procurador-Geral da República, conforme prevê o art.7°, 
parágrafo único, da Lei 9882/99; 
d) que seja ouvida o (quem editou a norma), de acordo com o art.6°, da Lei 
9882/99; 
e) que sejam juntados os documentos anexos, consoante o art.3°, parágrafo 
único, da Lei 9882/99. 
 Pedido final: 
- lei municipal pós-constitucional: pedir que seja declarada a 
inconstitucionalidade. 
- lei pré-constitucional: pedir que seja declarada a incompatibilidade com a CF 
da norma impugnada. 
- ato secundário: pedir que seja declarado a ilegalidade e pedir a anulação. 
5.8. A PEÇA: 
I – DO OBJETO DA AÇÃO 
II – DA LEGITIMIDADE ATIVA 
III – DO CARATER RESIDUAL DA ADPF 
IV – PRECEITOS FUNDAMENTAIS VIOLADOS 
V – TUTELA DE URGENCIA (se tiver) 
VI – DOS PEDIDOS 
6. REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL (Art. 125, 
§2º e Art. 25, da CRFB/88. Art. 11, do ADCT) 
Também conhecida como ADI Estadual. Trata-se da ação de controle 
concentrado estadual que visa declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos 
normativos estaduais ou municipais que violam a Constituição Estadual. 
- A R.I deve estar obrigatoriamente prevista em todas as C.E. 
- As demais ações do controle concentrado (ADC, ADO e ADPF) podem ser 
criadas no plano estadual pela C.E ou E.C.E. 
- Muitos tribunais aplicam à R.I, por analogia, a lei 9.868/99 (cautelar, amicus 
curie). 
- Se uma lei estadual ferir a C.F e a C.E e houver em tramitação uma R.I no TJ 
e uma ADI no STF: o recebimento da ADI suspende o julgamento da R.I. 
6.1. Competência: TJ do Estado ou TJDFT (a Lei Orgânica de DF possui 
status de Constituição Estadual). 
6.2. Objeto da R.I: lei estadual ou municipal que violem a C.E 
6.3. Parâmetro de constitucionalidade: 
Regra: Constituição Estadual ou L.O.DF. Quando o Tribunal de Justiça julga 
uma ADI proposta contra lei ou ato normativo estadual ou municipal, ele deverá 
analisar se esta lei ou ato normativo viola ou não algum dispositivo da 
Constituição Estadual. O parâmetro da ADI proposta perante o TJ é a 
Constituição Estadual (e não a Constituição Federal). 
Exceção: Os Tribunais de Justiça, ao julgarem a R.I proposta contra lei 
municipal, poderão declará-la inconstitucional utilizando como parâmetro 
dispositivos da Constituição Federal, desde que eles sejam normas de 
reprodução obrigatória pelos Estados. 
 Normas de reprodução obrigatória: 
São aquelas de observância compulsória no texto constitucional estadual e 
decorrem da subordinação aos princípios consagrados na Constituição da 
República, de acordo com o comando inserido no Art. 25, caput, da 
Constituição Federal de 1988 e do Art. 11, do ADCT. São de observância 
obrigatória: 
- Princípios constitucionais sensíveis: art. 34, VII. 
- Princípios constitucionais estabelecidos: Os princípios constitucionais 
estabelecidos são regras e normas previamente estabelecidas pela 
Constituição Federal, que limitarão a atividade do poder constituinte estadual. 
Arts. 19 e 150, 37 e 41; 27 e 28, 75 ... 
- Princípios constitucionais extensíveis: são normas implícitas que, a princípio, 
dizem respeito à organização da União, mas cuja aplicação se estende aos 
Estados, como se verifica nos artigos 61, p. 1° , 63, 66, 83... (principio de 
separação de poderes, princípios republicanos, etc.) 
 OBS: Lei Orgânica Municipal não serve como parâmetrode 
constitucionalidade. 
6.4. Legitimidade Ativa (Art. 125, §2º): a Constituição Estadual decide o rol de 
legitimados, o rol da ADI federal do art. 103, I a IX, não tem observância 
obrigatória. Todavia, é vedada a atribuição da legitimação para agir a um único 
órgão. 
6.5: Recorribilidade: a ADI é irrecorrível, porém na R.I o recurso cabível é o 
Recurso Extraordinário pro STF, caso haja violação de norma de reprodução 
obrigatória pelos estados. 
6.6. Pedidos: 5 (iguais da ADI) 
a) a concessão da medida cautelar para suspender a referida lei e que ao final 
seja julgado procedente o pedido e declarada a inconstitucionalidade da norma 
impugnada; 
b) a juntada dos documentos em anexo; 
c) que sejam solicitadas informações ao (órgão que elaborou a norma); 
d) a citação do Procurador Geral do Estado; 
e) a oitiva do Procurador-Geral de Justiça. 
6.7. A PEÇA 
I – DO OBJETO DA AÇÃO 
II – DA LEGITIMIDADE ATIVA 
III – DA TUTELA DE URGÊNCIA (se tiver) 
IV – DOS FUNDAMENTOS 
V – DOS PEDIDOS 
7. RECLAMAÇÃO (Art. 102, I, “l” e art. 103-A, § 3º, CF/ art. 988, CPC/ Lei 
11.417/06) 
Ação constitucional com procedimento especial (sem dilação probatória) para 
preservar competência do tribunal e garantia da autoridade de suas decisões, 
bem como, garantir o cumprimento de súmula vinculante. 
- Não é uma petição inicial. É uma resposta a alguma decisão, mas NÃO É UM 
RECURSO. 
- Se um juízo (1º ou 2º grau) usurpar a competência do STF, cabe reclamação. 
- Não visa a reforma e nem a invalidação da decisão. 
7.1. Hipóteses de cabimento da Reclamação 
 Hipóteses na CRFB/88 (102, I, “l”): preservação da competência do STF e 
garantia da autoridade de suas decisões. 
 Hipóteses no CPC (art. 988): 
Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público 
para: 
I - preservar a competência do tribunal (qualquer um); 
II - garantir a autoridade das decisões do tribunal; 
III - garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do 
STF em controle concentrado de constitucionalidade; 
IV - garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de 
resolução de demandas repetitivas (art. 976, CPC) ou de incidente de 
assunção de competência (art. 947, CPC); 
7.2. Legitimidade ativa: parte interessada (parte do processo) ou o Ministério 
Público. 
7.3. Legitimidade passiva (art. 989, CPC): em face da decisão da autoridade 
autora + PJ a quem ela pertence (U/E/M, etc) + beneficiários da decisão. É 
necessário requisitar informações da autoridade autora e citar o beneficiário da 
decisão para apresentar contestação. 
7.4. Decisão objeto da Reclamação: decisão judicial ou administrativa 
 Decisão administrativa: da decisão administrativa que descumprir Súmula 
Vinculante, só caberá Reclamação se comprovar o esgotamento da 
instância administrativa. 
7.5. Prazo (Súmula 734 do STF e art. 988, §5º do CPC): 
Não há prazo, porém é inadmissível propor reclamação após o transito em 
julgado da decisão reclamada (Súmula 734 do STF e art. 988, §5º, I do CPC). 
Também é inadmissível a reclamação proposta para garantir a observância de 
acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de 
acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial 
repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias (art. 988, §5º, II do 
CPC). 
7.6. Tutela de urgência: é cabível (art. 989, II, CPC + art. 300, CPC) 
7.7. Jurisprudência do STF 
- "Não cabe reclamação contra ato futuro indeterminado. A reclamação 
pressupõe a prática de ato específico para que possa ser conhecida". 
- “Inexiste ofensa à autoridade de Súmula Vinculante quando o ato de que se 
reclama é anterior à decisão emanada da Corte Suprema". 
- "Não cabe reclamação constitucional para questionar violação a súmula do 
STF destituída de efeito vinculante". 
- "Somente as decisões concessivas das liminares em ADIs e ADCs é que se 
dotam de efeito vinculante. Não as denegatórias. Ante a natureza subjetiva do 
processo, as decisões proferidas em reclamação não têm eficácia erga omnes 
(contra todos)." 
- "Reclamação não é recurso e não se destina a examinar o ato impugnado 
com vistas a repudiá-lo por alguma invalidade processual-formal ou corrigi-lo 
por erros em face da lei ou da jurisprudência." 
- "A ação constitucional da reclamação não admite pedido de caráter 
preventivo." 
- "Impossibilidade de utilização de reclamação quando há recurso apropriado e 
cabível contra a decisão reclamada." 
- "É inepta a petição inicial de reclamação que não identifica com precisão 
quais seriam os atos contrários à autoridade do STF, nem que indique 
analiticamente como os atos reclamados poderiam violar a autoridade dos 
precedentes invocados." 
 - “A inicial deve vir acompanhada de documento essencial, no que 
indispensável à compreensão da controvérsia.” 
- “Está consagrada em nosso sistema normativo a orientação no sentido de 
que, salvo em caso de comprovada má-fé, não é cabível a condenação em 
honorários em ações de natureza constitucional, que visam tutelar relevantes 
interesses sociais. Com mais razão esse entendimento se aplica à 
reclamação.” 
7.8. Pedidos: 5 
a) que seja cassada a decisão sob comento para fins de preservação da 
súmula vinculante xxx, como dispõe o art. 992, do CPC; 
b) a citação do beneficiário da decisão impugnada para apresentar a sua 
contestação, na forma do art. 989, III, do CPC; 
c) a oitiva da autoridade Reclamada, de acordo com o art. 989, I, do CPC; 
d) a oitiva do Procurador-Geral da República, consoante art. 991, do CPC; 
e) a juntada dos documentos anexos, como dispõe o art. 988, §2º, do CPC. 
7.9. A PEÇA 
I – DA DECISÃO OBJETO DA RECLAMAÇÃO 
II – DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS 
III – DOS PEDIDOS 
IV. RECURSOS 
1. TEORIA GERAL DOS RECURSOS 
Recurso é o poder de provocar o reexame de uma decisão, pela mesma 
autoridade judiciária, ou por outra hierarquicamente superior, visando a obter a 
sua reforma ou modificação. 
1.1. Finalidade: depende do erro cometido na decisão 
- Erro in procedendo: é um erro de forma, o juiz não observa os requisitos 
formais necessários para a prática do ato, culminando num decisório nulo. Ex: 
sentença que falta parte dispositiva ou a que concede pedido que a parte 
autoral não postulou (sentença extra petita). O recorrente deve pedir a 
INVALIDAÇÃO da decisão. 
- Erro in judicando: é o erro ao julgar, consiste no ato pelo qual o juiz se 
equivoca quanto à apreciação da demanda. O recorrente deve pedir a 
REFORMA da decisão. 
1.2. Espécies: art. 994 do CPC: 
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: 
I – apelação; 
II – agravo de instrumento; 
III – agravo interno; 
IV – embargos de declaração; 
V – recurso ordinário; 
VI – recurso especial; 
VII – recurso extraordinário; 
VIII – agravo em recurso especial ou extraordinário; 
IX – embargos de divergência. 
1.3. Princípios norteadores; 
- Princípio do duplo grau de jurisdição (base: art. 5, XXV, CF) 
- Princípio da singularidade: cabe somente um recurso por decisão 
- Princípio da Taxatividade: rol do art. 994 é taxativo 
- Princípio da Fungibilidade (não aplicável à peça da OAB) 
1.4. Natureza da decisão 
 - Decisão Interlocutória – o juiz decide algum incidente no processo. 
(concessão de tutela de urgência, gratuidade de justiça, juntada de 
documentos, oitiva de testemunhas, etc), mas não põe fim ao processo. CABE 
AGRAVO DE INSTRUMENTO (nos casos do art. 1015 do CPC. Se a decisão 
interlocutória não estiver presente no art. 1015, é cabível a apelação) 
- Sentença – é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos 
arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como 
extingue a execução, conforme o art. 203, § 1º, do CPC. São proferidas por juiz 
de direito e juiz federal. CABE APELAÇÃO. 
- Acórdão – quando se tratar de decisão do órgão colegiado do Tribunal, nos 
termos do art. 204do CPC. São proferidos por tribunais. CABÍVEL ROC, RE E 
RESP. 
- Decisão monocrática – proferida pelo relator do recurso (ex: negar 
provimento ao recurso). CABE AGRAVO INTERNO. 
OBS: OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO SÃO CABIVEIS EM FACE DE 
QUALQUER TIPO DE DECISÃO. 
1.5. Efeitos dos recursos: 
- Suspensivo (pedir esse em caso de tutela de urgência): suspende os 
efeitos da decisão impedindo a sua consumação até o julgamento do recurso. 
Sendo a sentença condenatória, o efeito suspensivo obsta a execução 
provisória da decisão. Condições para que seja atribuído efeito suspensivo a 
recurso ou para que seja antecipada a tutela recursal: os pressupostos 
continuam atrelados à demonstração do periculum in mora e fumus boni iuris 
típicos das tutelas de urgências do Art. 300, do CPC. (art. 995, p. único). 
- Devolutivo: comum a todos os recursos, este efeito adia a formação da coisa 
julgada e propicia o exame do mérito do recurso. 
1.6. Juízo de Admissibilidade e Juízo de Mérito 
Para que certos recursos sejam admitidos (RE e RESP), a legislação 
processual prevê uma série de exigências que precisam ser cumpridas: a 
legitimidade, o interesse, a tempestividade, o cabimento e o preparo. 
 Apenas se observados os pressupostos de admissibilidade é que os recursos 
serão apreciados no seu mérito, pelo órgão competente. 
Pedimos ao Juízo que avaliará a admissibilidade do recurso (por meio de uma 
Peça de Interposição) que ele seja “conhecido e recebido” e, ao Juízo de 
Mérito, que o recurso seja “conhecido e provido”. 
- Não há valor da causa nos recursos. 
1.7. Preparo 
É preciso recolher o preparo e custas de porte de remessa e de retorno (art. 
1.007, do CPC) e a guia de recolhimento deverá ser anexada à peça 
processual (abrir tópico). 
- se a banca informar que o cliente já usufrui da gratuidade de justiça: não abrir 
tópico. 
- se banca informar que o cliente é hipossuficiente: abrir tópico pleiteando 
gratuidade de justiça. 
1.8. Prazo: SEMPRE 15 DIAS (art. 1003, §5º, CPC) 
Exceção: Embargos de Declaração possui prazo de 5 dias. 
- os prazos são suspensos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro (art. 220, 
CPC). 
1.9. PASSOS PARA FAZER A PEÇA: 3 PASSOS 
1) Identificar a decisão impugnada (sentença, acordão, etc) e o órgão que a 
proferiu 
2) Verificar o recurso cabível 
3) Verificar se há peça de interposição 
- ESTRUTURA PRINCIPAL DO RECURSO: 
T – tempestividade (art. 1003, §5º, CPC) 
C – cabimento (na CRFB/88 e no CPC) 
P – preparo (art. 1007, C`PC) 
2. APELAÇÃO (art. 1009 do CPC) 
- Da sentença do juiz de direito caberá apelação ao TJ. 
- Da sentença do juiz federal caberá apelação ao TRF. 
- Da sentença concedendo ou negando Habeas Data, Ação Popular e 
Mandado de Segurança cabe apelação. 
- Tem preparo (art. 1007 do CPC) 
- Contra as decisões interlocutórias que não couberem agravo de instrumento 
(listados no art. 1015 do CPC), cabem apelação (art. 1009, §1º, CPC). Ex: 
decisão que indefere prova testemunhal; redução do valor da causa indicado 
pelo autor. 
2.1. Procedimento: 
- Não tem juízo de admissibilidade, mas possui petição de interposição. 
Significa que a primeira página da peça (peça de interposição) será 
endereçada ao juízo de origem para que intime a parte diversa para apresentar 
contrarrazões, e, depois, encaminhe para a instância superior. Porém, o juízo 
de origem não vai poder negar o recurso, pois não faz juízo de admissibilidade. 
- Juízo de mérito: TJ ou TRF (segunda página). 
2.2. Pedidos: 
Por todo o exposto, o Apelante requer que o presente recurso de apelação seja 
conhecido e provido (ou que seja dado provimento) para reforma da sentença 
recorrida para acolher o pedido inicial... Requer, ainda, a condenação do 
Recorrido nos ônus da sucumbência. 
2.3. Qualificação na apelação 
Fulano de Tal, já qualificado nos autos do (processo de origem) de número em 
epígrafe, que move em face do (polo passivo do proc. de origem), 
inconformado com a sentença proferida às fls. ..., que denegou a (...), vem, por 
seu advogado, conforme procuração anexa, com escritório..., nesta cidade, 
endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, interpor, 
tempestivamente, a presente APELAÇÃO nos termos do artigo 1.009 do CPC e 
do art. 14, da Lei 12.016/09, esperando que seja juntada a guia de 
recolhimento anexa e, depois de cumpridas as formalidades processuais 
necessárias, previstas no art. 1.010, §§ 1° e 3° do CPC, sejam os autos 
remetidos ao (TJ/TRF). 
2.4. A PEÇA: 
Primeira folha: Peça de interposição ao juiz de origem 
Segunda folha: razões do recurso 
I – TEMPESTIVIDADE 
II – CABIMENTO 
III – PREPARO 
IV – FATOS 
V – RAZÕES PARA A REFORMA 
VI - PEDIDOS 
3. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (art. 102, II, “a” e “b” e art. 
105, II, “a” e “b” da CF/ art. 1027 e 1028 do CPC) 
- Recurso interposto ao STF ou STJ que permite a reanálise das provas. 
- Exige preparo: art. 1007, CPC 
- Exige peça de interposição endereçada ao tribunal de origem, mas sem juízo 
de admissibilidade (base: art. 1023, §3º). 
3.1. Hipóteses de cabimento: 
1) Recurso Ordinário para o STF (art. 102, II, “a” e “b”): 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
II - julgar, em recurso ordinário: 
a) o habeas corpus , o mandado de segurança, o habeas data e o 
mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais 
Superiores, se denegatória a decisão; 
- O STF vai julgar o recurso ordinário quando algum Tribunal Superior 
(STJ/TST/TSE/STM) proferir acórdão denegando: HD, HC, MS e MI. 
- Peça de interposição: ao TS de origem. Razões: ao STF 
b) o crime político; 
- Segundo art. 109, IV, CF, compete aos juízes federais julgar crimes políticos. 
Logo a decisão que julgar crime político será uma SENTENÇA. 
- Nesse caso, ocorre uma exceção à regra, pois caberia ROC em face uma 
sentença e não apelação. Só existem dois casos em que cabe ROC em face 
de uma sentença, esse é um deles. 
- Peça de interposição: endereçada ao Juiz Federal. Razões: ao STF. 
2) Recurso Ordinário para p STJ (105, II, “a” e “b”) 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
II - julgar, em recurso ordinário: 
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais 
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e 
Territórios, quando a decisão for denegatória; 
- O STJ vai julgar o recurso ordinário em face de acordão proferido por TJ ou 
TRF que denegar o habeas corpus. 
- O PRAZO DE INTERPOSIÇÃO DESSE RECURSO É DE 5 DIAS (art. 30 da 
lei 8038/90) 
- Peça de interposição: endereçada ao presidente do TJ ou TRF. Razões: ao 
STJ 
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais 
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e 
Territórios, quando denegatória a decisão; 
- O STJ vai julgar o recurso ordinário em face de acordão proferido por TJ ou 
TRF que denegar mandado de segurança. 
- Peça de interposição: endereçada ao presidente do TJ ou TRF. Razões: ao 
STJ 
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo 
internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou 
domiciliada no País; 
- A decisão impugnada neste caso é uma sentença de juiz federal. 
- Segunda (e última) hipótese de ROC em face de sentença. 
- Peça de interposição: endereçada ao Juiz Federal. Razões: ao STJ 
3.2. Qualificação no recurso ordinário 
Fulano, devidamente qualificados nos autos do (proc. de origem) de número 
em epígrafe, que movem em face (polo passivo do proc. de origem), 
inconformados com a decisão proferida às fls. ..., que denegou a segurança 
pretendida, vem, por seu advogado, conforme procuração anexa, com 
escritório..., nesta cidade, endereço que indica para os fins do art. art. 77, V, do 
CPC, interpor, tempestivamente, o presente RECURSO ORDINÁRIO nos 
termos do artigo 102, II, a / b ou 105, II, a /b, da CRFB/88 e do art. 1.027, I ou 
II, do CPC, esperando que seja juntada a guia de recolhimento anexa e 
determinada a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as 
contrarrazões e que, posteriormente, sejam os autos remetidos ao STF/STJ. 
3.3. Pedidos: 
Face ao acima exposto, o Recorrente pede que seja dado provimento ao 
presente Recurso para reformar a decisão que denegou a (...), que seja 
intimado o Procurador Geral da República*, e que o Recorrido seja condenado 
nos ônus sucumbenciais. 
- *ATENÇÃO: intimação do PGR somente quando o recurso for remetido ao 
STF. SEMPRE que o recurso for endereçado ao STF é necessário intimar o 
PGR. 
3.4. A PEÇA 
I – DA TEMPESTIVIDADE 
II – DO CABIMENTO DO RECURSO 
III – DO PREPARO 
IV – DOS FATOS 
V – DOS FUNDAMENTOS 
VI – DOS PEDIDOS 
4. ASPECTOS COMUNS AO RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO 
1) Aspecto residual: Súmula 281, STF - É inadmissível o recurso extraordinário, 
quando couber na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada. 
2) ANÁLISE DO DIREITO E NÃO DE FATOS 
3) PRAZO. 15 dias - Art. 1.003, §5º do CPC 
4) EXIGE PREPARO. Art. 1.007 do CPC 
5) HIPÓTESES DE CABIMENTO PREVISTAS TAXATIVAMENTE NA CRFB/88 
6) EXIGE PEÇA DE INTERPOSIÇÃO E POSSUI JUÍZO DE 
ADMISSIBILIDADE E JUÍZO DE MÉRITO. 
7) PREQUESTIONAMENTO: Súmula 282 STF - É inadmissível o recurso 
extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal 
suscitada. 
5. RECURSO EXTRAORDINÁRIO (art. 102, III CF e art. 1029 e seguintes do 
CPC) 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou 
última instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
- Contrariar: não aplicar ou aplicar indevidamente. 
- Dispositivo: princípios e regras. Ofensa direta à CF. 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal (em controle 
difuso); 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta 
Constituição. 
Julgar válida: aplicar ou entender ser constitucional 
Local: Estado, Municípios, DF. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
5.1. Repercussão Geral (art. 1035,§1º, 2º e 3º): requisito de admissibilidade 
- Matéria relevante + transcendente (transcende os interesses individuais das 
partes). 
- Somente o recurso extraordinário exige. 
5.2. Súmulas do STF acerca do RE 
Prequestionamento: Súmula, 282, STF - É INADMISSÍVEL O RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO, QUANDO NÃO VENTILADA, NA DECISÃO 
RECORRIDA, A QUESTÃO FEDERAL SUSCITADA. 
Súmula 279: PARA SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO CABE RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO 
Súmula 280: POR OFENSA A DIREITO LOCAL NÃO CABE RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO 
Súmula 281: É INADMISSÍVEL O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO 
COUBER NA JUSTIÇA DE ORIGEM, RECURSO ORDINÁRIO DA DECISÃO 
IMPUGNADA. 
Súmula 283: É INADMISSÍVEL O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO A 
DECISÃO RECORRIDA ASSENTA EM MAIS DE UM FUNDAMENTO 
SUFICIENTE E O RECURSO NÃO ABRANGE TODOS ELES. 
Súmula 640: É CABÍVEL RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA DECISÃO 
PROFERIDA POR JUIZ DE PRIMEIRO GRAU NAS CAUSAS DE ALÇADA, 
OU POR TURMA RECURSAL DE JECC. 
Súmula 735: NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA 
ACÓRDÃO QUE DEFERE MEDIDA LIMINAR. 
5.3. Qualificação no RE 
XXX, já devidamente qualificado nos autos do processo em referência, por seu 
advogado infra-assinado, conforme procuração anexa, com escritório..., 
endereço que indica para os fins do art. 77, V do CPC, nos autos da Ação 
(nome da ação de origem), vem, tempestivamente, interpor RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO, com base no art. 102, III, “a”/”b”/“c”/”d” da CRFB/88, em 
face do acórdão que (...), esperando que seja conhecido e recebido, juntada a 
guia de recolhimento e, depois de cumpridas as formalidades processuais 
necessárias, sejam os autos remetidos ao Supremo Tribunal Federal. 
5.4. Pedidos: 
Face ao acima exposto, o Recorrente pede que seja dado provimento ao 
presente Recurso para reformar a decisão e (...), a intimação do Procurador 
Geral da República, além da condenação do Recorrido nos ônus 
sucumbenciais. 
5.5. A PEÇA: 
Requisitos de admissibilidade: 
T – tempestividade (art. 1003, §5º do CPC) 
C – cabimento (art. 102, III, CF) 
P – preparo (art. 1007 do CPC) 
P – prequestionamento (súmula 282 do STF) 
R – repercussão geral (art. 102, §3º e art. 1035) 
Estrutura: 
I – TEMPESTIVIDADE 
II – CABIMENTO 
III – PREPARO 
IV – PREQUESTIONAMENTO 
V – REPERCURSSÃO GERAL 
VI – FATOS 
VII – DOS FUNDAMENTOS 
VIII - PEDIDOS 
6. RECURSO ESPECIAL (art. 105, III da CF e art. 1029 e ss. Do CPC) 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última 
instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro 
tribunal (controvérsia no mesmo tribunal não enseja cabimento de RESP). 
- A estrutura é basicamente a mesma que do RE, diferenças: as hipóteses de 
cabimento; RESP não exige a comprovação de repercussão geral; e não há 
necessidade de pedir a intimação do PGR nos pedidos. 
6.1. Súmulas do STJ: 
Súmula 7: A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso 
especial. 
Súmula 86: Cabe recurso especial contra acórdão proferido no julgamento de 
agravo de instrumento. 
Súmula 203: Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de 
segundo grau dos juizados especiais. 
6.2. Qualificação no RESP: 
XXX, devidamente qualificada nos autos do (proc. de origem), por seu 
advogado infra-assinado, conforme procuração anexa, com escritório..., 
endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, nos autos da Apelação 
em referência, vem, tempestivamente, interpor RECURSO ESPECIAL, com 
base no art. 105, III, “a”/”b”/”c”, da CRFB/88 e dos art. 1029 e ss. do CPC, em 
face de acórdão deste TJ/TRF, esperando que seja conhecido e recebido, 
juntada a guia de recolhimento e, depois de cumpridas as formalidades 
processuais necessárias, previstas no art. 1030, do CPC, sejam os autos 
remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. 
6.3. Pedido: 
Que seja provido o presente recurso para que (...). Requer também a 
condenação do recorrido em ônus sucumbenciais. 
6.4. A PEÇA: 
I – TEMPESTIVIDADE 
II – CABIMENTO 
III – PREPARO 
IV – PREQUESTIONAMENTO 
V – FATOS 
VI - PEDIDOS

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