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Imunologia
Revisão do dia 25/03/2024 à 08/04/2024
Imunidade Inata e Adaptativa:
A defesa contra microrganismos é mediada por respostas sequenciais e coordenadas que são denominadas imunidade inata e adaptativa.
· A imunidade protetora contra microrganismos é mediada pelas reações iniciais da imunidade inata e pelas respostas posteriores da imunidade adaptativa. 
· As respostas imunes inatas são estimuladas por estruturas moleculares compartilhadas por grupos de microrganismos e pelas moléculas expressas por células lesadas do hospedeiro. 
· A imunidade adaptativa é específica para diferentes antígenos microbianos e não microbianos e é aumentada por exposições repetidas ao antígeno (memória imunológica).
· Muitas características da imunidade adaptativa são de fundamental 
importância para suas funções normais. 
· Estas incluem especificidade para diferentes antígenos, um repertório diverso capaz de reconhecer uma grande variedade de antígenos, memória à exposição antigênica e a capacidade de discriminar entre antígenos estranhos e antígenos próprios.
Características e Componentes da Imunidade Inata são:
· Especificidade: Para moléculas compartilhadas por grupos de microrganismos relacionados e moléculas produzidas por células lesadas do hospedeiro.
· Diversidade: Limitada, reconhecimento de moléculas codificadas por genes herdados (da linhagem germinativa).
· Memória: Nenhuma ou limitada.
· Não reatividade ao próprio: Possui.
· Barreiras Celulares e Químicas: Pele, epitélios de mucosa, moléculas antimicrobianas.
· Proteínas sanguíneas: Sistema de Complemento, várias lectinas e aglutininas.
· Células: Fagócitos (macrófagos, neutrófilos), células dendríticas, células natural killer, mastócitos, células linfoides inatas, basófilos e eosinófilos.
· Moléculas solúveis: Sistema de Complemento, proteínas de fase aguda, citocinas e quimiocinas. 
Características e Componentes da Imunidade Adaptativa são:
· Especificidade: A imunidade adquirida é altamente específica, o que significa que o sistema imunológico é capaz de considerar e responder a antígenos diferentes de maneira específica. Cada linfócito T ou B possui receptores únicos em sua superfície que confirmam um antígeno específico.
· Diversidade: O sistema imunológico é capaz de responder a uma grande variedade de antígenos, graças à diversidade dos receptores de antígeno nos linfócitos T e B. Essa diversidade é gerada durante o desenvolvimento dos linfócitos, por meio de processos como recombinação genética e mutação somática.
· Memória: Após o encontro com um antígeno específico, o sistema imunológico forma células de memória que podem responder rapidamente e de maneira mais intensificada em exposições subsequentes ao mesmo antígeno. Isso leva a uma resposta mais eficaz e rápida na próxima vez que o organismo for exposto ao mesmo patógeno.
· Expansão clonal: Quando um linfócito é ativado por um antígeno específico, ele se divide e produz clones de células com o mesmo receptor de antígeno. Isso aumenta o número de linfócitos específicos para aquele antígeno, permitindo uma resposta imune mais robusta.
· Especialização: O sistema imunológico é capaz de gerar diferentes tipos de respostas imunes adaptativas, dependendo do tipo de patógeno encontrado. Isso inclui a produção de anticorpos pelas células B e a ativação de diferentes subpopulações de linfócitos T, como os linfócitos T auxiliares (CD4+) e os linfócitos T citotóxicos (CD8+).
· Autolimitação e homeostasia: Após a eliminação do patógeno, as respostas imunes adaptativas diminuem gradualmente, retornando ao estado basal do sistema imunológico. Isso evita danos excessivos aos tecidos do hospedeiro e mantém a homeostasia do sistema imunológico.
· Tolerância a antígenos próprios: O sistema imunológico é capaz de consideração e tolerar antígenos próprios, evitando assim reações autoimunes específicas. Mecanismos de tolerância, como a eliminação de linfócitos autor reativos durante o desenvolvimento ou a supressão de respostas imunes contra antígenos próprios, ajudam a prevenir doenças autoimunes.
Tipos de Imunidade Adaptativa:
· Imunidade Humoral (Linfócitos B): Possui microrganismos extracelulares inicial, linfócitos B respondedores, mecanismo efetor anticorpo secretado, transferência por soro (anticorpos) e funções que bloqueiam infecções e eliminam microrganismos extracelurares.	Comment by Thayná S G Martins: O mecanismo efetor humoral na imunidade adaptativa refere-se principalmente à resposta mediada por anticorpos, produzida pelos linfócitos B ativados. Estas anticorpos circulam no plasma sanguíneo e outros fluidos corporais, onde desempenham várias funções na eliminação de agentes patogênicos. Aqui estão algumas das principais maneiras pelas quais estão o mecanismo efetor humoral atua:
Neutralização: Os anticorpos podem neutralizar patógenos, impedindo que eles infectem as células hospedeiras. Isso ocorre quando as anticorpos se ligam a antígenos virais ou bacterianos, bloqueando sua capacidade de se ligar aos receptores celulares e infectar as células.
Opsonização: Os anticorpos podem marcar os patógenos para fagocitose pelas células fagocíticas, como os macrófagos e os neutrófilos. Isso facilita a eliminação dos patógenos pelos fagócitos, que detectam as anticorpos limitados aos antígenos, como sinais de que devem ser englobados e destruídos.
Ativação do Complemento: Alguns anticorpos podem ativar o sistema complemento, uma cascata de proteínas plasmáticas que, quando ativadas, podem destruir diretamente ou diretamente patógenos. A ativação do complemento pode levar à lise direta de patógenos, opsonização adicional para fagocitose e aumento de microorganismos.
Aglutinação e Precipitação: Os anticorpos podem aglutinar (agrupar) bactérias ou vírus, facilitando sua remoção pelos fagócitos ou impedindo sua propagação no organismo. Além disso, os anticorpos também podem precipitar toxinas bacterianas, tornando-as inativas e facilitando sua remoção.
Ativação de Respostas Inflamatórias Locais: A ligação de anticorpos a antígenos pode desencadear respostas inflamatórias locais, aumentando o influxo de células imunes e componentes do plasma sanguíneo para o local da infecção, auxiliando na eliminação do patógeno.
Esses mecanismos efetores humorais trabalham em conjunto para combater infecções e proteger o organismo contra patógenos invasores. A resposta humoral é particularmente eficaz contra patógenos extracelulares, como bactérias e vírus livres no sangue e fluidos corporais.
A imunidade humoral é uma parte essencial do sistema imunológico e é mediada principalmente pelos linfócitos B e pelos anticorpos que eles secretam, também conhecidos como imunoglobulinas. 
Ativação e Diferenciação dos Linfócitos B: Os linfócitos B são ativados quando seus receptores de antígenos são confirmados e se ligam a antígenos específicos. Após a ativação, os linfócitos B sofrem transtorno e diferenciação em células plasmáticas, também chamadas de plasmócitos, que são células efetoras da linhagem B.
Produção de Anticorpos: As células plasmáticas são especializadas na produção e restrição de anticorpos específicos para os antígenos encontrados. Os anticorpos são proteínas que se ligam a antígenos microbianos, como proteínas de superfície bacteriana ou proteínas virais, e a toxinas microbianas.
Funções dos Anticorpos:
· Neutralização: Os anticorpos podem neutralizar a infectividade dos microrganismos ao se ligarem a eles e bloquearem sua capacidade de infectar as células hospedeiras.
· Opsonização: Os anticorpos marcam os microrganismos para fagocitose pelos macrófagos e outros fagócitos, facilitando sua eliminação.
· Ativação do Complemento: Alguns anticorpos podem ativar o complemento do sistema, uma cascata de proteínas que pode levar à lise direta de microrganismos, opsonização adicional e estímulo.
· Localização da Imunidade Humoral: A imunidade humoral é especialmente eficaz contra microrganismos e toxinas localizadas fora das células, como no sangue, trato gastrointestinal e trato respiratório. Os anticorpossecretados podem circular no sangue e nos fluidos corporais, onde são capazes de se ligar e neutralizar os patógenos.
· Imunidade mediada por célula (Linfócitos T): Microrganismos fagocitados no macrófago; Microrganismos intracelulares (ex. vírus) replicando dentro da célula infectada; Linfócitos respondedores linfócito T auxiliar; linfócito T citotóxico; Mecanismo Efetor células T; Funções ativa macrófagos para matar microrganismos fagocitados e mata células infectadas e elimina reservatório de infecção.
Mediada pelos linfócitos T: A imunidade mediada por células é primariamente dirigida pelos linfócitos T, especialmente pelos linfócitos T citotóxicos (CD8+), os quais são capazes de tratar células infectadas por vírus ou outras ameaças e eliminá-las diretamente.
· Microrganismos intracelulares: Muitos microrganismos, incluindo alguns tipos de bactérias e vírus, são capazes de sobreviver e se replicar dentro das células hospedeiras, como fagócitos ou células normais do corpo. Isso os torna inacessíveis aos anticorpos circulantes.
· Função da imunidade mediada por células: A principal função da imunidade mediada por células é combater esses microrganismos intracelulares. Os linfócitos T citotóxicos reconhecem células infectadas e induzem sua destruição por meio de diferentes mecanismos, como a liberação de proteínas citotóxicas, como a perforina e a granzima, ou a indução do apoptose das células infectadas.
· Eliminação de reservatórios de infecção: Além de destruir as células infectadas, a imunidade mediada por células também ajuda a eliminar os reservatórios de infecção, diminuindo assim a disseminação do agente patogênico no organismo.
Cooperação: A resposta imune inata aos microrganismos fornece os primeiros sinais de perigo que estimulam as respostas imunes adaptativas. Por outro lado, as respostas imunes adaptativas frequentemente 
trabalham intensificando os mecanismos protetores da imunidade inata, tornando-os mais capazes de combater efetivamente os microrganismos.
Imunidade Inata: Mecanismos de defesa do hospedeiro contra microrganismos estão presentes em todos os organismos multicelulares. Os mecanismos filogeneticamente mais antigos de defesa do hospedeiro são aqueles da imunidade inata, presentes até mesmo em plantas e insetos. A imunidade inata (também chamada de imunidade natural ou imunidade nativa) é essencial para a defesa contra microrganismos nas primeiras horas ou dias após a infecção, antes que as respostas imunes adaptativas tenham se desenvolvido. A imunidade inata é mediada por mecanismos que já existem antes da ocorrência de uma infeção (por isso inata) e que facilitam rápidas respostas contra microrganismos invasores. A resposta imune inata combate microrganismos por meio de duas reações principais:
A) pelo recrutamento de fagócitos e outros leucócitos que destroem os microrganismos, no processo chamado inflamação; 
B) e pelo bloqueio da replicação viral ou pelo killing de células infectadas por vírus, sem a necessidade de uma reação inflamatória.
Antígenos: O sistema imune adaptativo reconhece e reage a muitas substâncias microbianas e não microbianas chamadas antígenos, é toda substância estranha ao organismo que desencadeia a produção de anticorpos. Geralmente, é uma proteína ou um polissacarídeo. Podem ser encontrados nos envoltórios de vírus, bactérias, fungos, protozoários e vermes parasitas. Um antígeno é uma substância que o sistema imunológico identifica como estranha e desencadeia uma resposta imune. Essas substâncias podem ser proteínas, polissacarídeos, glicoproteínas ou até mesmo lipídios que são reconhecidos pelo sistema imunológico como não pertencentes ao corpo. Os antígenos podem vir de microrganismos como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, bem como de células cancerosas, tecidos estranhos ou até mesmo substâncias químicas. Quando o sistema imunológico detecta um antígeno, ele desencadeia uma resposta que inclui a produção de anticorpos específicos para neutralizar ou eliminar a ameaça. O sistema imune de cada indivíduo é capaz de reconhecer, responder e eliminar muitos antígenos estranhos (não próprios), mas normalmente não reage contra antígenos e tecidos do próprio indivíduo.
· Substância que provoca resposta imune em linfócitos específicos.
· A propriedade de se comportar como antígeno é chamada 
antigenicidade: Definida por tamanho, formato, acessibilidade e 
estranheza ao próprio.
· São percebidos como estranhos, não pertencentes ao corpo. Geralmente células estranhas e moléculas grandes são as mais 
Antigênicas.
· Epítopo: Grupo molecular pequeno reconhecido por linfócitos. 
· Um só antígeno pode possuir muitos epítopos diferentes.
· Haptenos: Moléculas pequenas que não causam resposta, a não ser quando estão presas a outras substâncias (bijuteria).
· Aloantígenos: Marcadores de superfície celular que ocorrem em 
alguns membros da mesma espécie, mas não em outros (transplante).
· Superantígenos: Estimulantes potentes de células T, provocam 
resposta imune exacerbada (síndrome do choque tóxico).
· Alérgeno: Antígeno que provoca reação alérgica (e até choque 
anafilático).
· Autoantígeno: Moléculas próprias que causam reação imune (doença autoimune).
Anticorpos: Proteína em forma de Y produzida pelos plasmócitos e utilizada para muitas funções no sistema imune, pode ser encontrado no sangue ou no receptor de superfície do Linfócito B na ativação e produção de mais anticorpos.
· Opsonização: Cobrir microrganismos e outras partículas para que sejam mais facilmente reconhecidos pelos fagócitos.
· Sinalização: Para ação de outras células do sistema imune.
· Neutralização: O anticorpo se liga à parte patogênica da proteína, impedindo sua ligação com outras células. Preenchem receptores de superfície num vírus ou local de ativação de uma enzima microbiana para impedir o seu próprio funcionamento.
Anticorpos que são monômeros:
· IgG – Produzido por plasmócitos e células de memória, mas prevalente; atravesse a placenta.
· IgD - Apenas serve como receptor em células B.
· IgE – Envolvido em reações alérgicas e infecções parasitárias
Anticorpos que são dímeros:
· IgA – Circula no sangue em mucosas e secreções serosas (leite materno).
Anticorpos que são pentâmero:
· IgM – Primeira classe produzida quando se encontra novo Ag (grande, captura vários antígenos).
Células Dendríticas: As células dendríticas, especializadas na captura e apresentação de antígenos para os linfócitos, são consideradas uma ponte entre a imunidade inata e a adaptativa, por serem atraídas e ativadas por elementos da resposta inata e viabilizarem a sensibilização de LT da resposta imune adaptativa. Residem em tecidos periféricos, como pele, fígado e intestino, onde capturam antígenos e se tornam ativadas, migrando para os linfonodos regionais, nos quais processam e apresentam antígenos proteicos ou lipídicos aos LTs.
As células dendríticas são um tipo de célula do sistema imunológico com um papel crucial na ativação e regulação das respostas imunes. Elas são encontradas principalmente nos tecidos periféricos, como a pele, os pulmões e o trato gastrointestinal, onde atuam como sentinelas do sistema imunológico, detectando a presença de antígenos estranhos. As células dendríticas capturam os antígenos e, em seguida, migram para os órgãos linfoides, como os gânglios linfáticos, onde apresentam os antígenos aos linfócitos T e B. Essa apresentação de antígenos pelas células dendríticas é crucial para a ativação das respostas imunes adaptativas, que incluem a produção de anticorpos pelos linfócitos B e a ativação dos linfócitos T citotóxicos e auxiliares. Além disso, as células dendríticas também desempenham um papel na tolerância imunológica, ajudando a prevenir respostas imunes indesejadas contra antígenos próprios do organismo.
Macrófagos: Macrófagos são células do sistema imunológico que desempenham um papel crucial na defesa do organismo contra patógenos, na remoção de células mortas ou danificadas e na regulação da resposta imune. Essas células são encontradas em vários tecidos do corpo,onde são responsáveis pela fagocitose, processo pelo qual englobam e digerem partículas estranhas, como bactérias, vírus, células mortas e detritos celulares. Os macrófagos são originados a partir de células progenitoras da medula óssea e podem residir nos tecidos como células residentes ou migrar para locais de infecção ou inflamação em resposta a sinais químicos liberados por células lesionadas ou por outros tipos de células do sistema imunológico.	Comment by Thayná S G Martins: Células progenitoras são células que têm a capacidade de se diferenciar em vários tipos de células especializadas, mas ainda não estão completamente especializadas em um tipo específico de célula. Elas residem na medula óssea e são a fonte de todas as células sanguíneas do corpo.
Essas células progenitoras hematopoiéticas na medula óssea são multipotentes, o que significa que têm o potencial de se diferenciar em uma variedade de células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.
À medida que as células progenitoras se diferenciam, passam por vários estágios de desenvolvimento até se tornarem células maduras e funcionais. Por exemplo, as células progenitoras de leucócitos podem se diferenciar em células como neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos, cada um com funções específicas no sistema imunológico.
As células progenitoras desempenham um papel crucial na homeostase do corpo, garantindo que haja um suprimento constante de células sanguíneas maduras para cumprir suas funções essenciais, como transporte de oxigênio, defesa contra patógenos e coagulação sanguínea.
Além de sua função fagocítica, os macrófagos desempenham um papel importante na modulação da resposta imune, secreção de mediadores inflamatórios, apresentação de antígenos às células T e na cicatrização de tecidos após lesão ou infecção. Devido à sua capacidade de interagir com outros tipos de células do sistema imunológico e com os tecidos, os macrófagos desempenham um papel crucial em muitas doenças, incluindo infecções, doenças autoimunes, câncer e distúrbios inflamatórios. Os monócitos constituem 3% a 8 % dos leucócitos circulantes e, no tecido conjuntivo ou parênquima de órgãos, dão origem a macrófagos e células dendríticas mieloides. Os monócitos e macrófagos são fagócitos eficientes, engolfando patógenos e debris celulares. Ao contrário dos neutrófilos, os macrófagos podem permanecer no tecido por meses a anos, atuando como verdadeiras sentinelas. Além de seu papel na imunidade inata, processam e apresentam antígenos via moléculas de MHC, estimulando, assim, a resposta mediada por LT.	Comment by Thayná S G Martins: As células dendríticas mieloides (CDMs) são um subtipo de células dendríticas (CDs) que se originam da linhagem mieloide na medula óssea. Elas desempenham um papel importante na ativação e regulação das respostas imunes.
As CDMs compartilham características morfológicas e funcionais comuns com outras células dendríticas, como sua capacidade de capturar antígenos e apresentá-los às células T. No entanto, elas também têm características distintas que as diferenciam de outros subtipos de células dendríticas, como as células dendríticas plasmocitoides (CDPs).
As CDMs desempenham um papel crucial na resposta imune inata, especialmente na detecção de patógenos invasores e na iniciação da resposta imune adaptativa. Elas podem ser encontradas em vários tecidos periféricos, onde atuam como sentinelas imunes, detectando a presença de antígenos estranhos. Após a captura dos antígenos, as CDMs migram para os órgãos linfoides, como os gânglios linfáticos, onde apresentam os antígenos aos linfócitos T e B, desencadeando assim uma resposta imune adaptativa específica.
Neutrófilos: Os neutrófilos são um tipo de glóbulo branco (leucócito) que desempenha um papel fundamental no sistema imunológico, principalmente na defesa contra infecções bacterianas e fúngicas. Eles são as células mais abundantes entre os leucócitos e são parte integrante da resposta imunológica inata. Os neutrófilos são produzidos na medula óssea a partir de células progenitoras hematopoiéticas e circulam pelo sangue, migrando para os tecidos afetados por infecções ou inflamações em resposta a sinais químicos liberados por células lesionadas ou outros tipos de células imunes. Sua principal função é fagocitar e destruir bactérias, fungos e outros patógenos invasores. Eles também podem liberar substâncias tóxicas, como enzimas e radicais livres, para matar microrganismos. Além disso, os neutrófilos desempenham um papel importante na modulação da resposta imune, ajudando a regular a inflamação e interagindo com outros tipos de células do sistema imunológico. Após a fagocitose de patógenos, os neutrófilos geralmente morrem em um processo conhecido como apoptose e são removidos pelos macrófagos ou outros mecanismos de limpeza do corpo. A contagem de neutrófilos no sangue pode ser usada como um indicador de infecção ou inflamação, e níveis anormais de neutrófilos podem ser observados em várias condições médicas, incluindo infecções, inflamações e distúrbios hematológicos.	Comment by Thayná S G Martins: A apoptose é um processo natural e programado de morte celular que ocorre em organismos multicelulares. Ela desempenha um papel fundamental no desenvolvimento normal, na homeostase dos tecidos e na eliminação de células danificadas, velhas ou indesejadas sem causar inflamação.
Durante a apoptose, a célula passa por uma série de mudanças morfológicas e bioquímicas controladas, incluindo contração celular, condensação do núcleo, fragmentação do DNA e formação de corpos apoptóticos. Essas alterações levam à degradação ordenada da célula em pequenas partes, chamadas corpos apoptóticos, que são então fagocitadas por células adjacentes ou por macrófagos.
A apoptose é regulada por uma variedade de sinais intrínsecos e extrínsecos. Sinais intrínsecos podem incluir danos ao DNA, estresse celular ou falta de sinais de sobrevivência. Sinais extrínsecos podem ser hormônios, citocinas ou fatores de crescimento que ativam vias de sinalização específicas nas células.
A apoptose é essencial para a manutenção da homeostase do organismo e desempenha um papel importante em vários processos fisiológicos, como o desenvolvimento embrionário, a renovação celular e o sistema imunológico. Um desequilíbrio na regulação da apoptose pode contribuir para várias doenças, incluindo câncer, doenças neurodegenerativas, doenças autoimunes e distúrbios hematológicos.
· Os neutrófilos são os leucócitos mais abundantes no sangue periférico, com importante papel nas fases precoces das reações inflamatórias e sensíveis a agentes quimiotáxicos como produtos de clivagem de frações do complemento (C3a e C5a) e substâncias liberadas por mastócitos e basófilos. 
· Estão entre as primeiras células a migrarem dos vasos para os tecidos atraídos por quimiocinas, como a IL-8, e são ativados por diversos estímulos, como produtos bacterianos, proteínas do complemento (C5a), imunocomplexos (IC), quimiocinas e citocinas.
Células Natural Killer: As células Natural Killer (NK), também conhecidas como células assassinas naturais, são um tipo de linfócito, uma classe de glóbulos brancos do sistema imunológico. As NKs são uma parte importante da resposta imune inata, atuando na eliminação de células infectadas por vírus e células cancerígenas, além de modular a resposta imune adaptativa. As NKs são chamadas de "assassinas naturais" devido à sua capacidade de matar células-alvo sem precisar de uma ativação prévia específica, como ocorre com os linfócitos T. Elas reconhecem células-alvo anormais através de um equilíbrio entre receptores ativadores e inibidores na sua superfície. Quando as células-alvo apresentam sinais de estresse celular ou de transformação, como a perda de moléculas de sinalização que normalmente suprimiriam a atividade das NKs, os receptores ativadores superam os receptores inibidores e as NKs são ativadas para matar as células-alvo. Além de sua atividade citotóxica,as NKs também secretam citocinas, como interferon-gama e fator de necrose tumoral, que desempenham papéis importantes na modulação da resposta imune e na coordenação da resposta inflamatória. As células Natural Killer são fundamentais para a defesa do organismo contra infecções virais e tumores, e desempenham um papel crucial na imuno vigilância, ajudando a detectar e eliminar células anormais antes que elas se tornem malignas. Defeitos na função das NKs estão associados a uma variedade de doenças, incluindo infecções virais crônicas, câncer e doenças autoimunes. Os receptores de ativação (ITAM) e os receptores de inibição (ITIM) desempenham papéis cruciais na regulação da função das células Natural Killer (NK) e na modulação da resposta imune.
(A) Interação da célula NK com uma célula normal do organismo que expressa MHC de classe I, com consequente inibição da indução de citólise NK dependente:	Comment by Thayná S G Martins: A citólise é o processo de destruição ou lise de uma célula, geralmente por meio da ruptura de sua membrana celular. Esse termo é frequentemente usado para descrever a morte de células alvo, como células infectadas por vírus, células tumorais ou células estranhas, causada pela atividade citotóxica de células do sistema imunológico, como as células Natural Killer (NK) e os linfócitos T citotóxicos.
Na citólise mediada por células NK, por exemplo, as NK reconhecem e se ligam à célula alvo através de receptores de superfície específicos. Em seguida, as células NK liberam substâncias tóxicas, como perforinas e granzimas, que podem perfurar a membrana celular da célula alvo, levando à sua morte por apoptose ou necrose. As perforinas formam poros na membrana celular, enquanto as granzimas entram na célula e ativam cascatas de sinalização que levam à morte celular.
A citólise é um mecanismo importante de defesa do organismo contra infecções virais, câncer e outras condições que envolvem células anormais. No entanto, a regulação adequada da citólise é essencial para evitar danos às células saudáveis do corpo.
· Os receptores de inibição das NK reconhecem as moléculas do Complexo Principal de Histocompatibilidade de Classe I (MHC-I) presentes na célula alvo. Quando as células normais expressam MHC-I, isso sinaliza para as NK que a célula é saudável e não precisa ser destruída. Isso ocorre porque as células normais saudáveis geralmente expressam MHC-I, enquanto as células infectadas ou transformadas muitas vezes têm uma expressão diminuída de MHC-I devido à atividade viral ou transformação tumoral.
(B) Interação de célula NK com célula infectada por vírus, com consequente perda de expressão de MHC de classe I, o que resulta na ativação da célula NK, com concomitante liberação dos produtos letais:
· Quando as células infectadas por vírus ou células tumorais perdem a expressão de MHC-I devido à infecção ou transformação, os receptores de inibição das NK não conseguem reconhecer as moléculas de MHC-I e, portanto, não enviam sinais inibitórios. Ao mesmo tempo, os receptores de ativação das NK reconhecem moléculas específicas presentes nas células infectadas ou transformadas, ativando assim as células NK para destruir essas células anormais. Isso resulta na liberação de produtos letais pelas células NK, incluindo grânulos citotóxicos contendo proteínas como perforina e granzimas, que induzem a morte das células alvo por apoptose ou necrose.	Comment by Thayná S G Martins: Apoptose: A apoptose é um tipo de morte celular programada e controlada, na qual a célula alvo passa por uma série de mudanças morfológicas e bioquímicas ordenadas. Isso inclui contração celular, fragmentação do DNA, formação de corpos apoptóticos e fagocitose desses corpos apoptóticos por células vizinhas ou fagócitos. A apoptose é geralmente considerada um processo não inflamatório e é importante para a regulação do desenvolvimento celular normal, bem como na eliminação de células danificadas ou indesejadas.
Necrose: A necrose, por outro lado, é um tipo de morte celular não programada e geralmente é causada por danos severos ou estresses celulares. Na necrose, ocorre uma ruptura da membrana celular, levando à liberação de conteúdo intracelular no ambiente circundante. Isso pode desencadear uma resposta inflamatória local, já que os componentes celulares liberados podem ser reconhecidos pelo sistema imunológico como sinais de dano tecidual.
As células Natural Killer (NK) e os linfócitos T citotóxicos têm a capacidade de induzir tanto a apoptose quanto a necrose, dependendo dos mecanismos específicos envolvidos na destruição da célula alvo. Em muitos casos, essas células usam a apoptose como mecanismo preferencial para eliminar células anormais, minimizando assim o risco de danos ao tecido circundante e reduzindo a inflamação associada. No entanto, em situações de estresse celular extremo ou em determinados contextos, a morte celular por necrose pode ocorrer.	Comment by Thayná S G Martins: Apoptose: A apoptose é um tipo de morte celular programada e controlada, na qual a célula alvo passa por uma série de mudanças morfológicas e bioquímicas ordenadas. Isso inclui contração celular, fragmentação do DNA, formação de corpos apoptóticos e fagocitose desses corpos apoptóticos por células vizinhas ou fagócitos. A apoptose é geralmente considerada um processo não inflamatório e é importante para a regulação do desenvolvimento celular normal, bem como na eliminação de células danificadas ou indesejadas. 	Comment by Thayná S G Martins: A necrose, por outro lado, é um tipo de morte celular não programada e geralmente é causada por danos severos ou estresses celulares. Na necrose, ocorre uma ruptura da membrana celular, levando à liberação de conteúdo intracelular no ambiente circundante. Isso pode desencadear uma resposta inflamatória local, já que os componentes celulares liberados podem ser reconhecidos pelo sistema imunológico como sinais de dano tecidual. 
Portanto, os receptores de ativação e inibição das NK desempenham um papel crucial na regulação da resposta imune, garantindo que as células normais sejam protegidas enquanto as células infectadas ou transformadas sejam destruídas.
Mastócitos: Os mastócitos são um tipo de célula do sistema imunológico que desempenha um papel importante na resposta alérgica e na defesa contra parasitas. Eles são encontrados em tecidos conectivos e mucosas, como a pele, pulmões, trato gastrointestinal e membranas mucosas do sistema respiratório e digestivo. Os mastócitos são conhecidos por sua capacidade de liberar uma variedade de mediadores químicos, incluindo histamina, heparina, citocinas e proteases, em resposta a estímulos externos, como alérgenos, infecções ou lesões teciduais. Na resposta alérgica, os mastócitos são ativados quando IgE (imunoglobulina E) se liga aos seus receptores de superfície na presença de alérgenos. Isso desencadeia a liberação rápida de histamina e outros mediadores que causam sintomas alérgicos, como inchaço, coceira, vermelhidão e secreção nasal. Além disso, os mastócitos também desempenham um papel na resposta imune contra parasitas, liberando mediadores que recrutam outros tipos de células imunes para combater a infecção parasitária. Embora os mastócitos desempenhem um papel crucial na resposta imune normal, sua hiperatividade ou ativação inadequada pode levar a distúrbios alérgicos, como rinite alérgica, asma e urticária. Portanto, o controle da função dos mastócitos é importante no tratamento e manejo dessas condições.
Os mastócitos são células do sistema imunológico derivadas de progenitores hematopoiéticos CD34+ na medula óssea. Eles são células imaturas quando migram dos tecidos para os tecidos periféricos e, em seguida, se diferenciam localmente, dependendo do microambiente específico de cada tecido.
· Os mastócitos maduros são distribuídos estrategicamente em todo o corpo, especialmente próximos a vasos sanguíneos, nervos e sob o epitélio da pele e mucosas. Eles são particularmente abundantes em áreas de contato com o meio ambiente, como a pele e o tratogastrointestinal, onde desempenham um papel primordial nas reações inflamatórias agudas.
· Os mastócitos expressam receptores de alta afinidade chamados FcεRI, que estão ligados a moléculas de imunoglobulina E (IgE). Esses receptores estão presentes na superfície dos mastócitos e são ativados quando as IgE se ligam a antígenos multivalentes, desencadeando a liberação rápida de mediadores inflamatórios, como histamina, citocinas e proteases. 
· Mastócito em repouso contém grânulos que contêm histamina e outros mediadores inflamatórios.
· Mastócito Ativado possui antígeno multivalente faz a ligação cruzada com anticorpo IgE, causando a liberação de conteúdo dos grânulos.
Basófilos: Os basófilos são um tipo de glóbulo branco (leucócito) granulocítico que desempenha um papel importante no sistema imunológico, especialmente na resposta alérgica e na defesa contra parasitas.
Função nos tecidos: Os basófilos são encontrados na corrente sanguínea, mas também podem migrar para os tecidos onde são necessários, especialmente em resposta a infecções parasitárias.
Reação alérgica: Os basófilos expressam na sua superfície receptores de alta afinidade para a IgE (imunoglobulina E), e quando está se liga a antígenos, como alérgenos, isso desencadeia a liberação de mediadores químicos, como a histamina. Esses mediadores são responsáveis pelos sintomas alérgicos, como coceira, espirros, inchaço e outros.
Resposta a parasitas: Os basófilos também estão envolvidos na defesa do organismo contra parasitas, sendo capazes de liberar substâncias tóxicas que podem ajudar a combater a infecção parasitária.
Regulação da resposta imune: Além disso, os basófilos podem interagir com outras células do sistema imunológico, como os linfócitos T e B, e podem secretar citocinas que ajudam a modular e regular a resposta imune.
Os basófilos são de fato granulócitos derivados de progenitores na medula óssea, onde amadurecem. Eles compõem uma pequena fração dos leucócitos no sangue periférico, geralmente representando menos de 1% do total. Embora os basófilos não estejam normalmente presentes nos tecidos, eles podem ser recrutados para locais de inflamação em resposta a estímulos, como alérgenos ou infecções. Eles podem ser recrutados junto com eosinófilos para esses sítios inflamatórios. Os grânulos presentes nos basófilos contêm uma variedade de mediadores, incluindo histamina, heparina, proteases e citocinas, que são semelhantes aos mediadores encontrados nos mastócitos. Os basófilos também expressam receptores de alta afinidade para a IgE (FcεRI), e podem ser ativados quando a IgE se liga a antígenos específicos, desencadeando assim a liberação rápida de mediadores inflamatórios.
Eosinófilos: 
· Ação antiparasitária: Os eosinófilos são particularmente eficazes na resposta a infecções parasitárias, especialmente helmintos (vermes parasitas). Eles exercem sua ação antiparasitária através de mecanismos como a liberação de proteínas tóxicas, como as proteínas básicas principais (MBP), que danificam os parasitas. Além disso, os eosinófilos podem formar uma rede extracelular conhecida como "armadilha extracelular de neutrófilos" (NET), que pode envolver e matar os parasitas.
· Importância nas reações alérgicas e asma: Os eosinófilos também desempenham um papel importante nas reações alérgicas, especialmente na asma alérgica. Durante uma reação alérgica, como a asma, os eosinófilos são recrutados para os tecidos afetados e liberam mediadores inflamatórios que contribuem para os sintomas alérgicos, como broncoconstrição, inflamação e produção excessiva de muco.
· Desenvolvimento e distribuição: Os eosinófilos se desenvolvem na medula óssea, onde produzem e armazenam grânulos proteolíticos antes de serem liberados na corrente sanguínea. Após a maturação, eles circulam na corrente sanguínea em pequenas quantidades, mas podem ser encontrados em maior número nas regiões de mucosas, como o trato gastrointestinal, respiratório e geniturinário.
· Recrutamento para sítios de infecções parasitárias e reações alérgicas: Os eosinófilos são recrutados para locais de infecções parasitárias e reações alérgicas por meio de moléculas de adesão e quimiocinas, que são substâncias químicas que ajudam a direcionar a migração das células imunes para os tecidos afetados. 
· Combate a infecções parasitárias: Os eosinófilos podem participar do combate a infecções parasitárias por meio de citotoxicidade mediada por células dependentes de anticorpos, envolvendo o receptor FcεRI. Esse receptor permite que os eosinófilos sejam ativados quando a IgE se liga a antígenos, como alérgenos ou antígenos de parasitas, desencadeando a liberação de substâncias tóxicas e a eliminação dos parasitas.
Sistema Complemento: O sistema complemento é parte essencial do sistema imunológico, composto por uma série de proteínas circulantes e de membrana que interagem para auxiliar na defesa do organismo contra infecções microbianas. Ele desempenha várias funções importantes, incluindo:
· Opsonização: Algumas proteínas do sistema complemento, como C3b e C4b, podem se ligar a micro-organismos invasores, marcando-os para fagocitose por células do sistema imunológico, como macrófagos e neutrófilos. Esse processo é conhecido como opsonização e ajuda na remoção eficiente de patógenos do corpo.
· Lise de membrana: O sistema complemento pode ativar uma cascata de reações que resulta na formação de complexos de ataque à membrana (MAC), que perfuram e destroem a membrana celular de patógenos, levando à sua lise e morte.
· Quimiotaxia: Algumas proteínas do complemento, como o C5a, têm propriedades quimiotáticas, o que significa que elas podem atrair células do sistema imunológico para o local da infecção, facilitando a resposta imune.
· Ativação da inflamação: Alguns componentes do sistema complemento, como o C3a e o C5a, são chamados de anafilotoxinas, pois podem induzir a liberação de histamina e outras substâncias inflamatórias por mastócitos, resultando em vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e migração de leucócitos para o local da infecção.
· Clearance imunológico: Além de sua função na defesa contra infecções, o sistema complemento também desempenha um papel na remoção de células mortas ou danificadas, bem como na eliminação de imunocomplexos circulantes e células apoptóticas.
O sistema complemento é ativado por várias vias, incluindo a via clássica, a via alternativa e a via das lectinas. Cada uma dessas vias é ativada por diferentes estímulos, como anticorpos, componentes microbianos ou proteínas de ligação a carboidratos. Uma vez ativado, o sistema complemento forma uma cascata de reações em cadeia que leva à ativação das funções efetoras do complemento.
· Constituição: O Sistema Complemento (SC) é composto por uma família de mais de 20 glicoproteínas plasmáticas, que são sintetizadas principalmente no fígado, embora também possam ser produzidas por outros tipos de células, como macrófagos e fibroblastos.
· Ativação em cascata: Cada componente ativado no SC adquire atividade proteolítica, o que significa que ele é capaz de ativar os componentes seguintes em uma cascata de reações. Isso leva a uma amplificação da resposta imune e uma rápida resposta a agentes invasores.
· Produção de mediadores inflamatórios: Ao longo do processo de ativação do complemento, ocorre a produção de diversos mediadores, como o C3a e o C5a, que são conhecidos como anafilotoxinas. Esses mediadores contribuem para alterar a permeabilidade vascular, aumentar a migração de células imunes para o local da infecção e promover a resposta inflamatória.
· Formação do complexo de ataque à membrana (MAC): O complexo de ataque à membrana (MAC) é formado como parte da ativação do complemento. Este complexo consiste em uma série de proteínas que se unem para formar um poro na membrana da célula alvo. Esse poro resulta em uma lise osmótica da célula-alvo, levando à sua destruição e favorecendo a eliminação do agente infeccioso.
O complexo de histocompatibilidade principal (MHC): O complexo de histocompatibilidadeprincipal (MHC), também conhecido como complexo principal de histocompatibilidade, é um grupo de genes que codificam proteínas envolvidas no reconhecimento e apresentação de antígenos para o sistema imunológico. Existem dois tipos principais de MHC em mamíferos: o MHC classe I e o MHC classe II.
· MHC Classe I: As moléculas do MHC classe I são expressas na superfície das células nucleadas de praticamente todos os tecidos do corpo. Elas apresentam fragmentos de proteínas endógenas, geralmente derivadas de proteínas celulares normais ou de proteínas virais, aos linfócitos T CD8+. Isso permite que os linfócitos T CD8+ reconheçam e eliminem células infectadas por vírus ou células cancerosas.
· MHC Classe II: As moléculas do MHC classe II são expressas em células apresentadoras de antígenos, como células dendríticas, macrófagos e células B. Elas apresentam fragmentos de proteínas exógenas, geralmente de origem microbiana, a linfócitos T CD4+. Isso desencadeia uma resposta imune coordenada, envolvendo a ativação de outras células imunes para eliminar o patógeno.
Funções principais do MHC:
· Apresentação de antígenos: O MHC apresenta fragmentos de proteínas (antígenos) às células T, permitindo que elas reconheçam e respondam a ameaças específicas.
· Auto tolerância: O MHC ajuda o sistema imunológico a distinguir entre proteínas próprias e estranhas, evitando reações autoimunes.
· Diversidade genética: O MHC é altamente polimórfico, o que significa que existem muitas variantes (alelos) desses genes na população. Isso contribui para a diversidade da resposta imune e a adaptação a diferentes ameaças.
· Complexo de Histocompatibilidade Principal (MHC) humano: O MHC humano é composto pelo complexo HLA (antígeno leucocitário humano), que é um grupo de genes altamente polimórficos localizados no cromossomo 6. O complexo HLA compreende mais de 120 genes funcionais, dos quais cerca de 20% estão associados à imunidade.
· Papel na imunidade: Os genes do complexo HLA desempenham um papel fundamental no sistema imunológico humano, principalmente na apresentação de antígenos às células do sistema imunológico. Essa apresentação de antígenos é crucial para a ativação e direcionamento da resposta imune adaptativa, envolvendo a produção de anticorpos pelos linfócitos B e a ativação dos linfócitos T.
· Associação com doenças autoimunes: A associação entre genes do MHC e doenças autoimunes é bem documentada. Isso reflete o importante papel dessas moléculas na regulação da resposta imune e na autotolerância. Variantes específicas dos genes do MHC podem aumentar o risco de desenvolvimento de doenças autoimunes, influenciando a maneira como o sistema imunológico reconhece e responde a antígenos próprios.
· Conexão entre resposta inata e adaptativa: O MHC desempenha um papel crucial na conexão entre a resposta imune inata e adaptativa. Por meio da apresentação de antígenos, o MHC permite que células do sistema imunológico reconheçam e respondam a ameaças específicas, coordenando uma resposta imune direcionada e eficaz.
Linfócitos: 
· São as principais células da imunidade adquirida, desempenhando um papel central na resposta imune específica.
· Cada linfócito expressa receptores de antígenos únicos em sua superfície, conferindo-lhe especificidade para confirmar um determinado antígeno.
· O repertório de receptores de antígenos nos linfócitos é gerado por meio de recombinação gênica durante o desenvolvimento e maturação das células no timo (para linfócitos T) e na medula óssea (para linfócitos B).
Subtipos de Linfócitos:
· Existem diferentes subtipos de linfócitos, cada um com funções específicas e produtos proteicos diferentes, como citocinas.
· Morfologicamente, os linfócitos são semelhantes, mas modificados em suas funções e marcadores de superfície.
Os principais subtipos de linfócitos são:
Linfócitos B: Responsáveis ​​pela produção de anticorpos. Após serem ativados pelo reconhecimento do antígeno, os linfócitos B se diferenciam dos plasmócitos, que secretam anticorpos específicos para o antígeno encontrado. 
· Possui células efetoras: plasmócitos (produzem anticorpos).
· Células de Memória
· Plasmócito: possui um reticulo endoplasmático desenvolvido para produção de anticorpos.
· Receptor: É um anticorpo.
· Produzem citocinas.
Linfócitos T: São mediadores da imunidade celular. Os linfócitos T são subdivididos em diferentes subtipos, incluindo:
· Linfócitos T auxiliares (TCD4+): Desempenham um papel crucial na ativação e eficiência de outras células do sistema imunológico, como linfócitos B, linfócitos T citotóxicos e células fagocíticas, através da produção de citocinas.
· Linfócitos T citotóxicos (TCD8+): Responsáveis ​​por destruir células infectadas por patógenos, induzindo a apoptose em células-alvo. Eles reconhecem peptídeos antigênicos apresentados em moléculas de classe I do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) em células infectadas.
Recombinação gênica: A recombinação gênica é um processo crucial que ocorre durante o desenvolvimento dos linfócitos, tanto B quanto T, e é responsável pela geração da diversidade dos receptores de antígenos nessas células. Essa diversidade é essencial para garantir que o sistema imunológico seja capaz de refletir e responder a uma vasta gama de antígenos. A recombinação gênica ocorre em locais específicos do DNA das células precursoras dos linfócitos, antes de sua maturação final. Durante este processo, diferentes segmentos de genes que codificam partes dos receptores de antígenos são combinados de forma esperada para gerar uma grande variedade de sequências de genes de receptores. Os principais segmentos gênicos envolvidos são os segmentos V (variável), D (diversidade) e J (junção), que são combinados para formar a região variável dos receptores de antígenos.
No caso dos linfócitos B, esse processo ocorre nas células precursoras presentes na medula óssea. Os segmentos gênicos V, D e J dos genes de cadeias leves e pesadas de anticorpos são rearranjados de maneira perigosa, resultando em uma grande diversidade de sequências de genes de anticorpos. Nos linfócitos T, a recombinação gênica ocorre nos timócitos (células precursoras dos linfócitos T) presentes no timo. Os segmentos gênicos V, D e J dos genes de receptores de antígenos dos linfócitos T são rearranjados para gerar a diversidade dos receptores de células T. Após a recombinação gênica, os linfócitos que expressam receptores de antígenos específicos são selecionados com base em sua capacidade de estresse antígenos próprios (tolerância central) e são então liberados para o sistema imunológico periférico, onde podem responder a antígenos estranhos durante uma resposta imune.
Maturação de Células:
Linfócitos B: A maturação dos linfócitos B ocorre na medula óssea. As células precursoras dos linfócitos B, conhecidas como células pró-B, passam por várias etapas de maturação e diferenciação:
· Células Pró-B: Essas são as células mais imaturas, que ainda não expressam receptores de antígenos específicos (imunoglobulinas). Durante esta fase, ocorre a recombinação gênica de genes de cadeias pesadas de imunoglobulinas.
· Células Pré-B: Nesta fase, a recombinação gênica das cadeias pesadas das imunoglobulinas é completada, e as células iniciam a expressão IgM na superfície celular.
· Células Imaturas de B: As células continuam a se diferenciar, expressando IgD e migrando para os folículos linfoides da medula óssea, onde passam por seleção clonal.
· Células Maduras de B: As células que passam pela seleção clonal e são capazes de reconhecer estímulos próprios de forma fraca (tolerância central) são consideradas maduras e entram na circulação periférica. Quando ativadas por um antígeno estranho, as células maduras de B se diferenciam em células produtoras de anticorpos, chamadas de plasmócitos, que específicas e secretam anticorpos específicos contra o antígeno.
Linfócitos T:
· Origem: As células precursoras dos linfócitos T são produzidas na medula óssea a partir de células-tronco hematopoiéticas.
· Essas células precursorasmigram para o tempo, onde passam por estágios de maturação.
Maturação no Timo: No momento, as células precursoras começam como timócitos de dupla negatividade (CD4-CD8-).
· Durante a maturação, ocorre a expressão dos marcadores CD4 e/ou CD8, resultando em subpopulações de timócitos de dupla positividade (CD4+CD8+).
Os timócitos passam por seleção positiva e negativa:
· Na seleção positiva, os timócitos que são capazes de interagir com complexos de histocompatibilidade (MHC) próprios são selecionados para sobreviver.
· Na seleção negativa, os timócitos que reconhecem antígenos específicos são eliminados para evitar reações autoimunes.
· Após a seleção, os timócitos se diferenciam em células T maduras e funcionais.
Educação Imunológica: Os linfócitos T educados no timo migraram para a circulação periférica e para outros tecidos linfoides, onde estão prontos para responder a antígenos.
Imunidade Ativa e Imunidade Passiva: A imunidade protetora contra um microrganismo normalmente pode ser fornecida tanto pela resposta do hospedeiro ao microrganismo quanto pela transferência de anticorpos que defendem contra o microrganismo.
A forma da imunidade induzida pela exposição a um antígeno estranho é chamada de imunidade ativa, porque o indivíduo imunizado tem papel ativo na resposta ao antígeno. Indivíduos e linfócitos que nunca encontraram um antígeno particular são considerados naive, implicando que ambos são imunologicamente inexperientes. Indivíduos que responderam a um antígeno microbiano e estão protegidos de exposições subsequentes aquele microrganismo são ditos imunes.
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