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Direito Coletivo Trabalhista

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2ª FASE – DIREITO DO TRABALHO 
Profº Rogério Renzetti 
 
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
► LIBERDADE SINDICAL 
Art. 5º, XVII, CF. é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar; 
 
Art. 8º, I, CF. a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, 
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a 
intervenção na organização sindical; 
... 
V. ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
 
► UNICIDADE SINDICAL 
Art. 8º, II, CF. é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, 
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será 
definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de 
um Município; 
 
 
 Art. 611-A, CLT. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência 
sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: 
I. pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; 
II. banco de horas anual; 
III. intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores 
a seis horas; 
IV. adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro 
de 2015; 
V. plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem 
como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; 
VI. regulamento empresarial; 
VII. representante dos trabalhadores no local de trabalho; 
VIII. teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; 
IX. remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e 
remuneração por desempenho individual; 
X. modalidade de registro de jornada de trabalho; 
XI. troca do dia de feriado; 
XII. enquadramento do grau de insalubridade; 
XIII. prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades 
competentes do Ministério do Trabalho; 
XIV. prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de 
incentivo; 
XV. participação nos lucros ou resultados da empresa. 
§1º. No exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho 
observará o disposto no § 3º do art. 8º desta Consolidação. 
§2º. A inexistência de expressa indicação de contrapartidas recíprocas em convenção coletiva 
ou acordo coletivo de trabalho não ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do 
negócio jurídico. 
§3º. Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo 
coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada 
durante o prazo de vigência do instrumento coletivo. 
§4º. Na hipótese de procedência de ação anulatória de cláusula de convenção coletiva ou de 
acordo coletivo de trabalho, quando houver a cláusula compensatória, esta deverá ser 
igualmente anulada, sem repetição do indébito. 
§5º. Os sindicatos subscritores de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho deverão 
participar, como litisconsortes necessários, em ação individual ou coletiva, que tenha como 
objeto a anulação de cláusulas desses instrumentos. 
 Art. 611-B, CLT. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de 
trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: 
I. normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e 
Previdência Social; 
II. seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
III. valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço (FGTS); 
IV. salário mínimo; 
V. valor nominal do décimo terceiro salário; 
VI. remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
VII. proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 
VIII. salário-família; 
IX. repouso semanal remunerado; 
 
 
X. remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à 
do normal; 
XI. número de dias de férias devidas ao empregado; 
XII. gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário 
normal; 
XIII. licença-maternidade com a duração mínima de cento e vinte dias; 
XIV. licença-paternidade nos termos fixados em lei; 
XV. proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos 
da lei; 
XVI. aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos 
da lei; 
XVII. normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas 
regulamentadoras do Ministério do Trabalho; 
XVIII. adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas; 
XIX. aposentadoria; 
XX. seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador; 
XXI. ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do 
contrato de trabalho. 
XXII. proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do 
trabalhador com deficiência; 
XXIII. proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de 
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 
quatorze anos; 
XXIV. medidas de proteção legal de crianças e adolescentes; 
XXV. igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o 
trabalhador avulso; 
XXVI. liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não 
sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto salarial 
estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho; 
XXVII. direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-
lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender; 
XXVIII. definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais sobre o 
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve; 
XXIX. tributos e outros créditos de terceiros; 
XXX. as disposições previstas nos arts. 373-A, 390, 392, 392-A, 394, 394-A, 395, 396 e 400 desta 
Consolidação. 
Parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são consideradas como 
normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins do disposto neste artigo. 
 
► ORGANIZAÇÃO SINDICAL 
 
 
 
 
 
 
► SINDICATOS 
Art. 8º, III, CF. ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da 
categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
 
Art. 511, §1º, CLT. A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades 
idênticas, similares ou conexas, constitue o vínculo social básico que se denomina categoria 
econômica. 
§2º. A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação 
de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas, 
compõe a expressão social elementar compreendida como categoria profissional. 
§3º. Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam 
profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em 
consequência de condições de vida singulares. 
 
Art. 8º, V, CF. ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
VII. o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; 
 
 
 
 
 
 
Art. 8º, IV, CF. a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria 
profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação 
sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; 
 
Art. 578, CLT. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias 
econômicas ou profissionaisou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades 
serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas e aplicadas na forma 
estabelecida neste Capítulo, desde que prévia e expressamente autorizadas. 
 
Art. 579, CLT. O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e 
expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de 
uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão 
ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação. 
SÚMULA VINCULANTE 40 
A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é exigível dos 
filiados ao sindicato respectivo. 
 
Art. 513, CLT. São prerrogativas dos sindicatos: 
... 
e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou 
profissionais ou das profissões liberais representadas. 
 
Art. 548, CLT. Constituem o patrimônio das associações sindicais: 
... 
b) as contribuições dos associados, na forma estabelecida nos estatutos ou pelas Assembleias 
Gerais; 
 
► FEDERAÇÃO E CONFEDERAÇÃO 
Art. 533, CF. Constituem associações sindicais de grau superior as federações e confederações 
organizadas nos termos desta Lei. 
 
 
 
 
Art. 103, CF. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade: 
 
 
... 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
► CENTRAIS SINDICAIS 
 
 
 
Art. 2º, Lei nº 11.648/2008. Para o exercício das atribuições e prerrogativas a que se refere o 
inciso II do caput do art. 1o desta Lei, a central sindical deverá cumprir os seguintes requisitos: 
I. filiação de, no mínimo, 100 (cem) sindicatos distribuídos nas 5 (cinco) regiões do País; 
II. filiação em pelo menos 3 (três) regiões do País de, no mínimo, 20 (vinte) sindicatos em cada 
uma; 
III. filiação de sindicatos em, no mínimo, 5 (cinco) setores de atividade econômica; e 
IV. filiação de sindicatos que representem, no mínimo, 7% (sete por cento) do total de 
empregados sindicalizados em âmbito nacional. 
Parágrafo único. O índice previsto no inciso IV do caput deste artigo será de 5% (cinco por cento) 
do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional no período de 24 (vinte e quatro) 
meses a contar da publicação desta Lei. 
 
 
 
Art. 8º, VI CF. é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; 
 
Art. 611, CLT. Convenções coletivas de trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois 
ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam 
condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações 
individuais do trabalho. 
 
 
§1º. É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos 
Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem 
condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às 
respectivas relações de trabalho. 
Art. 611 §2º CLT. As Federações e, na falta desta, as Confederações representativas de 
categorias econômicas ou profissionais poderão celebrar convenções coletivas de trabalho para 
reger as relações das categorias a elas vinculadas, inorganizadas em Sindicatos, no âmbito de 
suas representações. 
 
Art. 620, CLT. As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão 
sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho. 
 
Art. 612, CLT. Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalhos, 
por deliberação de Assembleia Geral especialmente convocada para este fim, consoante o 
disposto nos respectivos Estatutos, dependendo a validade da mesma do comparecimento e 
votação, em primeira convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se se tratar 
de Convenção, e dos interessados, no caso de Acordo e, em segunda, 1/3 (um terço) dos 
membros. 
Parágrafo único. O quórum de comparecimento e votação será de 1/8 (um oitavo) dos 
associados em segunda convocação, nas entidades sindicais que tenham mais de 5.000 (cinco 
mil) associados. 
 
 
 
Art. 613, CLT. As Convenções e os acordos deverão conter obrigatoriamente: 
I. designação dos Sindicatos convenientes ou dos Sindicatos e empresas acordantes; 
II. prazo de vigência; 
III. categorias ou classes de trabalhadores abrangidas pelos respectivos dispositivos; 
IV. condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho durante sua vigência; 
V. normas para a conciliação das divergências surgidas entre os convenentes por motivo da 
aplicação de seus dispositivos; 
VI. disposições sobre o processo de sua prorrogação e de revisão total ou parcial de seus 
dispositivos; 
VII. direitos e deveres dos empregados e empresas; 
VIII. penalidades para os Sindicatos convenentes, os empregados e as empresas em caso de 
violação de seus dispositivos. 
 
 
Parágrafo único. As Convenções e os Acordos serão celebrados por escrito, sem emendas nem 
rasuras, em tantas vias quando forem os Sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, 
além de uma destinada a registro. 
 
Art. 615, CLT. O processo de prorrogação, revisão, denúncia ou revogação total ou parcial da 
Convenção ou Acordo ficará subordinado, em qualquer caso, à aprovação de Assembleia Geral 
dos Sindicatos convenentes ou partes acordantes, com observância do disposto no Art. 612. 
 
Art. 614, §3º CLT. Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo 
coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade. 
OJ nº 322 SDI I TST. 
Nos termos do art. 614, §3º, da CLT, é de 2 anos o prazo máximo de vigência dos acordos e das 
convenções coletivas. Assim sendo, é inválida, naquilo que ultrapassa o prazo total de 2 anos, a 
cláusula de termo aditivo que prorroga a vigência do instrumento coletivo originário por prazo 
indeterminado. 
 
╟ GREVE 
Art. 2º Lei nº 7.783/89. Para os fins desta Lei, considera-se legítimo exercício do direito 
de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação 
pessoal de serviços a empregador. 
 
 Art. 611-B, CLT. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo 
coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: 
... 
XXVII. direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de 
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender; 
 
→ Natureza Jurídica: 
→ Dispensa? 
→ Greve abusiva. Quem declara? 
OJ nº 38 SDC TST. 
É abusiva a greve que se realiza em setores que a lei define como sendo essenciais à 
comunidade, se não é assegurado o atendimento básico das necessidades inadiáveis dos 
usuários do serviço, na forma prevista na Lei nº 7.783/89. 
OJ nº 11 SDC TST. 
É abusiva a greve levada a efeito sem que as partes hajam tentado, direta e 
pacificamente, solucionar o conflito que lhe constitui o objeto. 
 
 
Art. 14 nº Lei 7.783/89. Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas 
contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de 
acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho. 
Parágrafo único. Na vigência de acordo, convenção ou sentença normativa não constitui 
abuso do exercício do direito de greve a paralisação que: 
I. tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição; 
II. seja motivada pela superveniência de fatos novos ou acontecimentos imprevistos que 
modifiquem substancialmente a relação de trabalho. 
 
Art. 10 Lei nº 7.783/1989. São considerados serviços ou atividades essenciais: 
I. tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás 
e combustíveis; 
II. assistência médica e hospitalar; 
III. distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; 
IV. funerários; 
V. transporte coletivo; 
VI. captação e tratamento de esgoto e lixo; 
VII. telecomunicações;VIII. guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais 
nucleares; 
IX. processamento de dados ligados a serviços essenciais; 
X - controle de tráfego aéreo e navegação aérea; 
XI compensação bancária. 
XII - atividades médico-periciais relacionadas com o regime geral de previdência social e 
a assistência social; 
XIII - atividades médico-periciais relacionadas com a caracterização do impedimento 
físico, mental, intelectual ou sensorial da pessoa com deficiência, por meio da 
integração de equipes multiprofissionais e interdisciplinares, para fins de 
reconhecimento de direitos previstos em lei, em especial na Lei nº 13.146, de 6 de julho 
de 2015 
XIV - outras prestações médico-periciais da carreira de Perito Médico Federal 
indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. 
XV - atividades portuárias. 
Art. 11, Lei nº 7.783/1989. Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os 
empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, 
durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das 
necessidades inadiáveis da comunidade. 
 
 
Parágrafo único. São necessidades inadiáveis, da comunidade aquelas que, não 
atendidas, coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da 
população. 
Art. 6º, Lei nº 7.783/1989. São assegurados aos grevistas, dentre outros direitos: 
I. o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a 
aderirem à greve; 
II. a arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimento. 
§1º. Em nenhuma hipótese, os meios adotados por empregados e empregadores 
poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem. 
§2º. É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao 
comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do 
movimento. 
§3º. As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão 
impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa. 
SÚMULA VINCULANTE Nº 23. 
A justiça do trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em 
decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. 
 
Art. 9º, Lei nº 7.783/1989. Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, 
mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá 
em atividade equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja 
paralisação resultem em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, 
máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada 
das atividades da empresa quando da cessação do movimento. 
Art. 114, §3º, CF. Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão 
do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, 
competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 
Art. 17, Lei nº 7.783/1989. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do 
empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de 
reivindicações dos respectivos empregados (lockout). 
Art. 142 §3º, IV, CF. ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;

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