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1) DADOS DA ESTUDANTE/CURSO Curso: Instituição: Nome: RGM: Disciplina: Estágio Curricular Supervisionado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental Ano/semestre de realização do estágio: Quantidade de horas realizadas: 2) CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA A prática foi realizada em uma turma de 3º ano do Ensino Fundamental na ______________________________-, dependência pública vinculada à ___________________________. A instituição localiza-se no endereço _____________________________ Em relação as suas condições físicas, a instituição se apresenta em 1 (um) prédio em térreo, contendo 10 (dez) salas de aula, 2 (dois) banheiros para uso dos alunos e 2 (dois) banheiros destinados ao uso de professores e funcionários, há ainda outros 2 (dois) banheiros que se encontram interditados e atualmente são utilizados como guarda-volumes. A escola também dispõe de parque infantil, destinado para as crianças pequenas do Pré ao 1º ano, refeitório amplo contendo 4(quatro) fileiras de mesas coletivas, quadra esportiva ao ar livre com goleiras e cestas de basquete, quadra coberta, pátio descoberto com amplo ambiente de vegetação, bancos para sentar e uma mesa de tênis de mesa. Dentro das dependências há também uma pequena biblioteca e laboratório de informática. Todas as salas de aula possuem 4 (quatro) ventiladores, alguns sem funcionamento, quadro branco e lousa digital. As salas de aula são bem iluminadas, as janelas possuem cortinas que auxiliam também no controle da iluminação da sala de aula. Cada sala de aula contém 2 (dois) armários destinados a guardar livros dos alunos e material dos professores para uso em aula. As classes são disponibilizadas, em sua maioria, em fileiras individuais, outras em duplas ou trias e há 1 (uma) sala de aula onde as classes são disponibilizadas em ‘u’ devido a preferência do professor. Para as práticas educacionais, mediante solicitação, ainda é disponibilizado aparelho projetor, caixa de som, microfone e impressora preto e branco. No seu espaço, também há a secretaria e sala de professores, sala da direção e a sala da orientação escolar. A instituição conta também com a sala de Laboratório de Aprendizagem e uma sala de Recursos, ambiente destinado ao trabalho realizado com os alunos de inclusão da instituição. Em relação à limpeza, a equipe de serviços gerais divide os afazeres e costuma entrar nas salas de aula após o término do turno da manhã para limpar as salas antes que inicie o turno da tarde e nos espaços voltados para o uso da equipe de trabalho a limpeza também é realizada diariamente. Localizada em uma região de difícil acesso, seu público apresenta grande vulnerabilidade social, tendo algumas questões importantes a ser relevadas quando se tratam de alimentação, saúde e educação. É uma região que não conta com comércio, nem posto de saúde, os horários de ônibus disponibilizados são espaçados, tratando-se de uma linha circular. A rua de acesso à escola não possui asfalto, os alunos moram no entorno da escola e alguns vêm de regiões próximas com os ônibus escolares disponibilizados pelo município. A comunidade escolar costuma frequentar a escola por outras razões além de fins educacionais, pois é através dela que a população local tem acesso não só a educação, mas também à saúde, pois a secretaria de saúde costuma promover o atendimento à população disponibilizando a realização de exames, vacinação e pesagem no prédio da escola em alguns eventos realizados no decorrer do ano. 3) INTRODUÇÃO O presente relatório tem como objetivo principal à Prática de observação em uma turma de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais, onde foi acompanhado o trabalho realizado pela professora Adaiane em uma turma de 3º Ano do Ensino Fundamental no turno da tarde, a turma 32. A sala de aula é bem iluminada, limpa e o ambiente é pedagógico, visto que nas paredes tem exposto o Alfabeto com os 4 tipos de escrita e imagens, as famílias numéricas até 100 representadas através da imagem do material dourado, calendário mensal, alfabeto de onomatopeias, combinados da turma e trabalhos realizados pelos alunos. Além do ambiente favorável à aprendizagem, o espaço suporta bem a quantidade de alunos, 22 matriculados, que, na maioria dos dias, são organizados em grupos de acordo com seus diferentes níveis de conhecimento, realizando atividades voltadas para suas necessidades de acordo com tais níveis. A turma possui em maior número alunos não alfabetizados e destes 4 (quatro) ainda estão em fase de escrita pré-silábica. Na sua maioria, são participativos e colaboram com o andamento da aula, tal como costumam ser colaborativos uns para com os outros, porém recebem algumas chamadas de atenção pela professora devido conversas paralelas durante a realização das tarefas. No decorrer das aulas, os alunos costumam solicitar o auxílio da professora sempre que necessário. Alguns buscam a aprovação da professora constantemente, o que por vezes atrapalha a sua prática, visto que precisa parar de explicar algumas vezes ou atender algum aluno com verdadeira dificuldade para atender estes alunos que ainda não possuem total autonomia. Diariamente, a aula inicia as 13h00min, os alunos entram na sala de aula em fila e organizam a classes para a formação dos grupos. Após, tiram das mochilas os materiais de uso diário para o início da rotina: Sorteio dos ajudantes do dia (feitos com palitinhos de sorvete com os nomes dos alunos), o 1º ajudante do dia auxilia ao completar o calendário de acordo com as respostas em coletivo dos colegas, e escrita da data no quadro ( a professora mescla conteúdos junto à data, por vezes escreve as vogais, por vezes, números com sequências diferentes, por vezes o alfabeto em letra cursiva). Após a rotina, a professora normalmente escreve no quadro atividades para serem feitas por todos os alunos e, na medida em que vão terminando, distribui materiais impressos de acordo com os níveis de escrita, quando os alunos terminam as atividades, recebem outra atividade impressa e, por fim, na medida em que terminam as tarefas todas, mostram o caderno para que seja feita a correção. Por vezes esse momento é agitado, pois os alunos acabam mostrando o caderno juntos, onde se faz necessário solicitar que sentam e chamar em grupos para a correção individual. Aqueles alunos atrasados na cópia e realização das atividades recebem o auxílio dos colegas que já terminaram as atividades. Tais atividades são realizadas no decorrer da aula. A turma tem uma rotina semanal definida: Na segunda-feira realizam exercícios matemáticos e tem aula de 1 hora na sala de informática; Na terça-feira, conteúdos de ciências, história e geografia e atividades de letramento e alfabetização; Na quarta-feira, atividades de artes, sessão de filme ou projetos com datas comemorativas; Na quinta-feira, atividades de alfabetização e aula de Recreação e na sexta-feira projeto de Letramento e Matemática com outro professor. Fora as atividades pedagógicas, os horários diários incluem alimentação, higiene e lazer: Às 14:20 os alunos vão em fila até o refeitório, no qual é disponibilizado lanche da escola e os alunos podem comer os lanches trazidos de casa sentando-se juntos em uma mesa, após lancharem, fazem a fila em frente aos banheiros e entram em pares para utilizá-los, por fim, voltam à sala de aula em fila. Este momento do dia costuma ser tumultuado, pois o horário de entrada de algumas turmas é o horário de saída de outras, desta forma aumenta o fluxo de pessoas. O sinal do recreio soa às 15:15 e os alunos saem para o pátio livremente com a orientação de não empurrar e nem correr (os recreios acontecem sob a supervisão dos professores que cumprem uma escala semanal), os alunos costumam brincar de brincadeiras que envolvem corrida e bola na sua maioria; Às 15:30 bate o sinal novamente e os alunos fazem fila em local demarcadona área coberta, a professora se posiciona em frente a fila e segue com os alunos até a sala de aula; Normalmente há reclamações de situações que ocorreram no recreio por parte dos alunos para a professora que escuta e resolve se for algo de relevante importância. No retorno do recreio, os alunos sentam-se em seus lugares e, às vezes a professora coloca músicas com vídeo “relaxantes” na lousa digital para que eles se tranquilizem, enquanto isso pede para que eles “cheirem a florzinha e assoprem a velinha” e solicita a atenção e silencio de todos, o que é perceptível a funcionalidade, pois os acalma e os auxilia no controle de calor do corpo (alguns alunos voltam do recreio suados, visivelmente cansados), aos poucos os alunos vão se agitando mais e fazendo questionamentos sobre as imagens e a professora retoma a aula. Às 16:45 a turma se organiza para a saída, um momento da aula tumultuado mesmo com as orientações da professora: todos guardam os materiais, os ajudantes do dia apagam o quadro, desligam a lousa digital e ajudam a guardar os materiais de uso coletivo dentro do armário e o restante da turma se une para colocar as classes nos lugares. Todos observam e avaliam se há sujeira no chão. Às 16:50 os alunos do ônibus escolar são liberados para irem até a fila no pátio sob a supervisão da professora que os observa da porta da sala de aula e o restante sai da sala de aula e se organiza em fila na medida em que a professora chama seus nomes. Após, a professora se encaminha junto com os alunos em fila para o saguão da escola, e as 17:00 quando soa o sinal de saída a turma segue até o portão da escola e os alunos são liberados para irem embora com seus responsáveis. Os alunos que não têm seus responsáveis no aguardo esperam dentro do portão até chegar o familiar. A professora fica junto aos alunos restantes até alguém da equipe diretiva ou da portaria ficar junto do aluno por questão de segurança. A fila dos alunos costuma ser organizada por ordem de tamanho ou por chegada, este último desencadeia alguns conflitos visto que os alunos disputam lugar de posição inicial. A professora costuma resolver estes conflitos por meio de jogos de “sorte” (par ou ímpar e pedra, papel ou tesoura). No retorno para a sala de aula, a professora reveza a entrada dos alunos entre a fila dos meninos e fila das meninas, os alunos sempre recordam esta organização, reforçando a vez das filas a cada retorno para a sala de aula. Durante as aulas de informática que ocorrem nas segundas-feiras, das 15:30 as 16:40, as atividades são realizadas pela professora com o auxílio do professor responsável pela sala de informática. Os alunos entram em sites de jogos online educativos onde exercitam a matemática e letramento. Durante o período de aula, os alunos costumam trocar experiências uns com os outros e se ajudar. Alguns alunos possuem entendimento do uso do computador, outros possuem dificuldade, porém a maioria, mesmo com dificuldade consegue utilizar o computador com autonomia, necessitando de pouco auxílio dos professores. As quartas-feiras são direcionadas para as atividades de artes, filmes e realização de projetos. Foi possível analisar que nesse dia, por se tratar de um dia letivo reduzido para aula com os alunos, das 13:00 às 15:00 costuma-se ter aulas mais dinâmicas envolvendo filmes, pintura, recorte e colagem, uso de materiais diversos... Sempre voltados para os conteúdos trabalhados atualmente nas aulas. Durante as atividades, a turma se torna agitada, porém colaborativa, seguem orientações sem muita dificuldade, no entanto, alguns alunos não possuem muita autonomia, solicitando o auxílio e buscando aprovação da professora constantemente. Alguns alunos em atividades manuais acabam utilizando muita cola, cortando “errado”, dobrando inadequadamente, isto faz com que nestes momentos a professora se mostre mais tensa também e solicita a colaboração constante, o que por vezes se torna difícil. Já durante as sessões de filme, os alunos se mantêm quietos conforme a orientação dada antes de iniciar o filme. À recreação da turma costuma acontecer nas quintas-feiras, das 14:00 às 15:00 e nesse momento o professor de Educação Física passa na sala de aula para buscar os alunos e leva- los ao pátio, em dias de chuva as aulas ocorrem na área coberta, o professor realiza exercícios corporais com os alunos que envolvem bola, bambolê e cones. Enquanto isso, a professora regente fica na sala de aula, em um dia ela fez a correção das atividades dos cadernos e escreveu temas nos cadernos individuais, e em outros dois, usou a hora para planejar aulas para a semana seguinte. Na volta da aula de Recreação, os alunos tendem a retornar cansados, suados e com sede, a professora permite que eles desenhem, pintem, conversem baixinho ou desenvolve alguma brincadeira com eles, normalmente jogo da forca, até que o sinal do recreio toque e eles sejam liberados para o pátio. Na sexta-feira a professora regente se encontra na sua hora/atividade, sendo assim, a turma tem aula com outro professor de matemática e letramento, tal dia não foi acompanhado durante as práticas de observação aqui relatadas. 4) PERFIL DA PROFESSORA No período de estágio foi acompanhada a professora ________________________________durante sua prática pedagógica no período de 50 horas. A professora é muito organizada, procura se comunicar com os alunos de forma carinhosa e descontraída, costuma ser calma e manter a voz branda mantendo o tom de voz baixo. Em alguns momentos até aumenta seu tom, mas nada que se classifique como gritos, inclusive em momentos que precisa chamar a atenção de algum aluno. A docente não gosta de conversas paralelas, e, em alguns momentos, não permite que o aluno comente sobre algo fora do contexto da aula, relembrando eventualmente as combinações da turma. Estando a todo momento questionando e estimulando a participação, a imaginação e a criatividade dos alunos nas atividades, a professora é atenta aos acontecimentos e falas dos alunos, buscando interagir com eles constantemente. Por fim, tem destaque a paciência com que a professora lida com os alunos com dificuldade, sempre disposta a tirar dúvidas e com palavras positivas em frente a acertos. 5) PRÁTICA PEDAGÓGICA DA PROFESSORA Por ser bastante organizada, a professora também exige dos alunos certa organização, orientando-os quando necessário para com o cuidado com os materiais e solicitando que deixem em cima da classe somente o que for necessário para as atividades daquele momento. Ela usa muito o quadro, faz o uso de folhinhas e alguns materiais que ela mesma confecciona, como bingo, jogos pedagógicos, fichas coloridas com letras e números e etc… A professora costuma trabalhar a língua portuguesa através de grupos de letras divididas por fonemas, uma a uma, iniciando o estudo da sua família silábica a partir da leitura de um texto, segue fazendo perguntas referentes a ele e solicita que os alunos façam demarcações no texto (Ex: Circular o título, sublinhar o nome do autor, destacar a letra estudada com determinada cor de lápis, contar quantas vezes aparece tal letra no texto, encontrar palavras específicas e colorir, fazer a divisão silábica de tais palavras, sua colocação em frases, palavras que rimam com...). Após os exercícios com o texto, disponibiliza, na maioria das vezes por meio de material impresso, atividades de alfabetização para os alunos que ainda estão em processo de alfabetização e atividades envolvendo formação de palavras, de frases, rimas e interpretação para aqueles que já se encontram alfabetizados, sempre com base na letra estudada no dia e no texto lido e analisado pela turma. Já na disciplina de matemática, costuma utilizar o material dourado como recurso, o disponibiliza para aqueles que possuem maior dificuldade junto com tabuleiro com as ordens decimais, confeccionado pelaprofessora. Tem o hábito de fazer exercícios de decomposição de números, antecessor e sucessor, ordem crescente e decrescente, cálculos de adição com reagrupamento e subtração simples. Junto com as atividades, tem o costume de utilizar vídeos de clipes musicais educacionais, normalmente após a realização da rotina de início de aula (data no quadro, sorteio dos ajudantes do dia e calendário), dependendo de que conteúdos serão estudados no dia. Em relação às disciplinas de Ciências, História e Geografia costuma apropriar-se do livro, onde o texto é lido em coletivo pelos alunos alfabetizados, após a leitura são feitos apontamentos entre os alunos em relação ao tema e, após, a professora segue complementando, trazendo novas reflexões, se surge alguma dúvida a partir das reflexões é feita a pesquisa na internet pela lousa digital, a professora também mostra imagens relacionadas ao conteúdo. Após isso, são realizadas as atividades, os alunos alfabetizados respondem aos exercícios do livro e os não alfabetizados realizam atividades, que costumam ser disponibilizadas em material impresso. As atividades que são passadas no quadro, sempre são distribuídas em ordem numérica. Também em relação a escrita no quadro, a professora procura sempre escrever as letras e palavras destacando as 4 tipos de letras existentes, também realiza exercícios com esse objetivo, o de reconhecer os tipos de escrita com diferentes letras. Quando faz a correção no caderno, não costuma colocar X (errado), sempre faz a correção com a caneta demonstrando o erro do aluno quando trata-se de tema de casa e quando é atividade realizada na aula apaga e pede para que faça novamente, âs vezes, quando necessário, os auxilia. As atividades na maior parte do tempo são realizadas dentro da sala de aula, os momentos em ar livre são utilizados, por vezes, como “moeda de troca”, consequência de bom andamento da aula, do cumprimento dos combinados por parte dos alunos. 6) OBSERVAÇÕES ESPECÍFICAS – FOCOS DE DISCUSSÃO Durante a prática realizada, uma das atividades propostas pela professora destacou-se, o jogo de tabuleiro chamado NUNCA 10. Para jogar o jogo os alunos foram separados em grupos de 5 e 4 participantes e cada um deles recebeu um “tabuleiro” com os classes decimais CENTENA, DEZENA e UNIDADE e para cada grupo, foram disponibilizadas peças do material dourado das três classes e dois dados. A professora decidiu quem do grupo iniciava o jogo e cada aluno, na sua vez de jogar, lançava os dados e colocava no seu “tabuleiro” a quantidade de cubinhos ou barrinhas conforme a quantidade que saia no dado. Quando um jogador conseguia mais do que dez cubinhos, devia trocá-los por uma barrinha e, conseguindo dez barrinhas, trocava por uma placa. Venceram os jogadores dos grupos que conseguiram a primeira placa. 6.1) FOCO – MATEMÁTICA: SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL E ADIÇÃO COM REAGRUPAMENTO A atividade em foco trata-se de um jogo matemático que desenvolve nos alunos noção de sistema decimal e cálculos de adição com reagrupamento de forma lúdica. Em relação à prática docente, foi fundamental a preparação da professora para utilizar o jogo de forma eficiente e integrada ao conteúdo curricular, que, por dominar o jogo, pôde orientar os alunos de maneira adequada, todavia, por não se tratar de conteúdos propriamente novos para os alunos, os orientava a se ajudarem entre si, estimulando a autonomia, promovendo um ambiente de aprendizagem e desafiador, pois GRANDO afirma: Quando nos referimos à utilização dos jogos nas aulas de matemática como suporte metodológico, consideramos que tenha utilidade em todos os níveis de ensino. O importante é que os objetivos com o jogo estejam claros, a metodologia a ser utilizada seja adequada ao nível que se está trabalhando e, principalmente, que represente uma atividade desafiadora ao aluno para o desencadeamento do processo (GRANDO 2008, p 25). Quanto ao espaço físico, a forma em que os alunos foram disponibilizados, em grupos, criou um ambiente propício para a interação entre eles, que, durante a realização da atividade, trocaram conhecimento e auxiliaram-se, contexto de grande importância, enfatizado por Smole (2007). O trabalho com jogos é um dos recursos que favorece o desenvolvimento da linguagem, diferentes processos de raciocínio e de interação entre os alunos, uma vez que durante um jogo cada jogador tem a possibilidade de acompanhar o trabalho de todos os outros, defenderem pontos de vista e aprender a ser crítico e confiante em si mesmo (SMOLE. 2007, p.1). É crucial considerar as influências desses aspectos na aprendizagem dos estudantes. O uso do jogo, por se tratar de uma ferramenta com material concreto, permite que os alunos experimentem a matemática de maneira mais envolvente e significativa. Além disso, o jogo estimula o desenvolvimento do raciocínio lógico e do pensamento matemático. Em suma, o uso do jogo matemático NUNCA 10 como forma de aprendizado lúdico do sistema de numeração decimal em uma turma de 3º ano do ensino fundamental pode ser extremamente benéfico, pois, através dele, são abordados os conteúdos trabalhados no período através de uma experiência de ensino-aprendizagem rica, motivadora e significativa. Após o jogo, os alunos realizaram cálculos de adição com reagrupamento a partir da explicação da professora utilizando como recurso o recurso disponibilizado e foi perceptível o aproveitamento obtido através do jogo. 7) CONSIDERAÇÕES FINAIS Observar outra professora lecionando e acompanhar sua realidade com uma turma do mesmo nível de aprendizagem da que eu leciono foi extremamente enriquecedor. Percebi nuances e abordagens que antes não havia considerado, o que me incentivou a repensar minhas estratégias e metodologias. Foi uma oportunidade de aprendizado mútuo, em que pude absorver novas ideias e refletir sobre como aplicá-las em minha própria sala de aula. Além disso, a importância da infraestrutura escolar também se destacou nessa experiência. A escola na qual fiz o estágio, e da qual também leciono, oferece recursos pedagógicos além do tradicional, o que contribui para um ambiente propício ao ensino- aprendizagem. Ter acesso a materiais, equipamentos e espaços adequados auxilia tanto a professora quanto os alunos, proporcionando um contexto mais estimulante e eficaz para a aprendizagem. No geral, estar inserida na sala de aula como observadora me permitiu uma reflexão profunda sobre minhas práticas docentes e uma ampliação de repertório pedagógico. A troca de experiências com a outra docente foi essencial para o enriquecimento do meu desenvolvimento profissional. 8) REFERÊNCIAS GRANDO, R. C. A construção do conceito matemático no jogo. (Texto fotocopiado), s/d. _______________O jogo e suas possibilidades metodológicas no processo ensino/aprendizagem da Matemática. Campinas: FE/UNICAMP. Dissertação de Mestrado, 1995. _______________O jogo e a Matemática no Contexto em Sala de Aula. São Paulo: Paulus. 2ªEd., 2008. SMOLE. K. S.Jogos matemáticos de 1º ao 5º ano. Porto Alegre. Artemd. 2007
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