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Princípios de Economia Referências Capítulo 1: Dez Princípios de Economia (Introdução à Economia – Gregory N. Mankiw) Principais Tópicos ■ Como as pessoas tomam decisões? ■ Como as pessoas interagem umas com as outras? ■ Forças e tendências que afetam a economia como um todo. Princípios de Economia ■ De modo geral, pode-se dizer que a economia preocupa-se em estudar três questões-chave: 1) Como as pessoas tomam decisões? 2) Como as pessoas interagem umas com as outras? 3) Forças e tendências que afetam a economia como um todo. ■ Baseando-se nessas questões serão vistos alguns importantes princípios relacionados à economia. Como as pessoas tomam decisões? ■ O comportamento de uma Economia (como um todo) retrata o comportamento das pessoas que a formam. ■ Por isso, inicia-se o estudo da economia analisando quatro princípios que norteiam a tomada de decisão individual. Princípio 1: Pessoas enfrentam trade-offs ■ “Nada é de graça”: para obter uma coisa que desejamos, temos de abrir mão de outra coisa da qual gostamos. ■ As escolhas que enfrentamos ao tomar uma decisão são chamadas na economia de “trade-offs”. ■ Tomar decisões exige comparar um objetivo com outro. ■ Exemplo: – Estudante deve decidir como alocar seu recurso mais valioso: seu tempo. – Cada hora que se dedica ao estudo de uma disciplina é uma hora que deixa de estudar outra disciplina ou fazer outra coisa (trabalhar para ter uma renda no presente, ver televisão, dormir, etc.). Princípio 1: Pessoas enfrentam trade-offs ■ Exemplo: – Casal decidindo como gastar a renda da família: comprar comida, comprar roupas; gastar nas férias; poupar para o futuro, etc. – Quando se gasta um real em alguns desses itens, eles ficam com um real a menos para as outras despesas. ■ Outros exemplos: redução de poluição x nível de renda, etc. ■ Esses dilemas são os trade-offs enfrentados pelos agentes da sociedade (indivíduos, empresas e governos) ao tomarem suas decisões. ■ O fato de reconhecer que as pessoas enfrentam inúmeros trade-offs não nos diz, por si só, quais decisões serão tomadas. ■ Porém, reconhecer os trade-offs da vida é importante porque as pessoas só tomam decisões acertadas se entenderem as opções disponíveis. Princípio 2: O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la ■ Como as pessoas enfrentam trade-offs, a tomada de decisões exige a comparação dos custos e benefícios das várias ações. ■ Custo de Oportunidade: É o valor daquilo que se deixa de fazer, ao realizar uma escolha. É o que se abre mão. ■ Contudo, o custo de oportunidade de uma ação nem sempre é óbvio. Princípio 2: O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la ■ Exemplo: Qual o custo de cursar uma universidade? – Custos Diretos: moradia, alimentação, mensalidade, transporte, livros, etc. ■ Porém, essa definição ignora o maior custo de frequentar a universidade: seu tempo. – Custo de Oportunidade: você poderia usar seu tempo para trabalhar e ganhar um salário (seria o melhor uso alternativo do seu tempo). ■ O custo de oportunidade de uma escolha é justamente o valor de seu melhor uso alternativo (aquilo que se deixa de fazer). ■ Assim, ao tomar qualquer decisão, deve-se estar atento ao custo de oportunidade que acompanha cada ação possível. Princípio 3: Pessoas racionais pensam na margem ■ As decisões econômicas raramente são do tipo tudo ou nada, mas geralmente lidam com alterações incrementais. ■ Exemplo: – Na véspera de uma prova, a decisão do aluno não é entre estudar nada ou estudar as 24 horas do dia, mas entre gastar mais uma hora revendo a matéria ou dormir cedo. ■ Exemplo: – Sua decisão de nível de estudo não é entre abandonar a escola no primário ou chegar até um pós Doutorado. Mas, normalmente são decisões do tipo: vale a pena após a faculdade estudar mais um ano para fazer uma pós graduação? Princípio 3: Pessoas racionais pensam na margem ■ Os economistas empregam a expressão “Alteração Marginal” para descrever esses pequenos ajustes incrementais em um plano de ação. Margem = pequenas alterações, alterações marginais. ■ Um tomador de decisões racional empreende uma ação se, e somente se, o benefício marginal de tal ação exceder seu custo marginal (ou seja: o acréscimo no benefício deve ser maior que o acréscimo no custo). ■ Em muitas situações, as pessoas tomarão decisões melhores se pensarem na margem. Princípio 4: Pessoas respondem a incentivos ■ Como as pessoas tomam decisões comparando custos e benefícios, seu comportamento pode mudar quando estes se alteram (ou seja, as decisões econômicas não são imutáveis). ■ Exemplo: – As pessoas escolheram consumir maçã devido ao seu baixo preço. Contudo, quando o preço da maçã aumenta, as pessoas decidem comer mais pêras e menos maçãs. ■ Houve uma resposta a um incentivo → aumento no preço causou alteração na escolha. ■ Quando o governo adota políticas econômicas (como alterações em impostos e no salário mínimo), ele deve ter em mente (para que as políticas tenham sucesso) como as pessoas responderão a esses incentivos. Como as pessoas interagem umas com as outras? ■ Os primeiros 4 princípios trataram da tomada de decisão individual. Mas muitas decisões atingem também outras pessoas. Os três próximos princípios analisam a forma pela qual as pessoas interagem entre si (Já que a economia é exatamente um reflexo dessa interação). Princípio 5: O comércio pode melhorar a situação de todos ■ A concorrência existente no comércio entre países (e entre pessoas) pode dar a impressão de que isso é prejudicial aos agentes econômicos envolvidos. ■ Porém, ocorre o contrário: o comércio pode beneficiar todos os lados envolvidos. ■ Pode-se usar o exemplo de uma família: se ela se isolasse de todas as outras (ou seja, se não fizesse nenhuma transação com outra família), o que aconteceria com ela? – Ela teria que produzir seus alimentos, suas roupas, construir sua própria casa, entre outras coisas que seriam extremamente inviáveis. ■ O comércio permite que cada pessoa se especialize na atividade em que tenha maior habilidade, receba seu salário e compre os produtos que quiser (sem precisar produzi-los). Comercializando com outras pessoas, cada um pode ter acesso a uma maior variedade de bens e serviços. Para isso é crucial o papel da moeda/dinheiro. Princípio 6: Os mercados são uma boa forma de organizar a atividade econômica ■ Economia de Mercado (ou Livre Mercado): as decisões econômicas são tomadas pelas próprias empresas e famílias, sem interferência governamental. ■ No Livre Mercado, eu decido o que vou consumir, a empresa decide o quê e quanto produzir e qual preço cobrar, etc. ■ Mas isso não seria o normal? Não. Existe uma outra forma de organizar a atividade econômica: – Economia Planejada (Centralizada): o governo é o agente que orienta a atividade econômica, decidindo quais bens e serviços produzir, quanto produzir e quem produziria e consumiria esses bens e serviços. ■ Mas uma decisão planejada pelo governo não seria melhor do que famílias e empresas agindo por conta própria? – Não necessariamente (porque são decisões individuais). Princípio 6: Os mercados são uma boa forma de organizar a atividade econômica ■ A empresa é o agente mais indicado para estabelecer o preço do seu próprio produto.(Se ela cobrar um preço abusivo, as pessoas simplesmente deixarão de comprar). ■ O consumidor é o agente mais indicado para decidir o que ele irá comprar e se ele irá pagar aquele preço. – Obs.: Estamos falando de bens de natureza privada. Bens Materiais, Bens de Consumo. ■ Mão Invisível (Adam Smith) → famílias e empresas interagem no mercado (buscando seu próprio interesse), como se estivessem sendo guiados por uma mão invisível que conduz aos resultados desejáveis. Princípio 7: Os governos podem às vezes melhorar os resultados do mercado ■ Porém, podem ocorrer situações em que o livre mercado não funciona da forma mais eficiente → Falhas de Mercado. ■ Na existência de falhas de mercado, o governo intervémpara melhorar os resultados de mercado, promovendo a eficiência e a equidade. ■ Entre as principais causas das falhas de mercado tem-se: – Externalidades – Poder de mercado. Princípio 7: Os governos podem às vezes melhorar os resultados do mercado ■ Externalidade: é quando a ação de um agente econômico afeta o bem-estar de outro (É uma consequência indireta) – Ex.: Uma empresa que ao produzir gera poluição, e isso afeta o bem estar das pessoas (Externalidade Negativa). O governo pode intervir para criar regras ou multas. ■ Poder de Mercado: é a capacidade que uma única empresa tem para influenciar o preço de mercado. – Ex.: Numa cidade em que só há um produtor de uma certa mercadoria (por exemplo, um serviço essencial como Energia Elétrica), ele tem poder para estabelecer o preço que quiser o que é prejudicial aos consumidores. O governo pode regular a atuação dessa empresa para aumentar a eficiência econômica. – Obs.: A eficiência do livre mercado pressupõe a livre concorrência. Como funciona a economia como um todo ■ O último princípio trata do funcionamento da economia com um todo. Princípio 8: O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços ■ Observando os países do mundo percebe-se uma grande diferença no padrão de vida. O que causa essa diferença? – A produtividade, isto é, a quantidade de bens e serviços produzidos em um certo período de tempo. ■ Nos países onde os trabalhadores podem produzir grande quantidade de bens e serviços por unidade de tempo, a maior parte das pessoas têm um alto padrão de vida. ■ Ferramentas para se elevar a produtividade: educação, tecnologia e investimentos como um todo. ■ Essas ferramentas devem ser a busca dos formuladores de política econômica que desejam aumentar o padrão de vida de uma população. Princípios 9 e 10 (Observação: Não serão estudados nesse momento) ■ Princípio 9: Os preços sobem quando o governo emite moeda demais ■ Princípio 10: A sociedade enfrenta um trade-off de curto prazo entre inflação e desemprego
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