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Contração do Músculo Esquelético Profª Liliany Amaral Introdução Sistema Nervoso Sensorial • Transdução de sinais físicos e químicos • Representação do mundo exterior e do estado interno do corpo • Percepção: detectar, analisar e estimar o significado dos estímulos ambientais (gnosias) Sistema Nervoso Motor • Transdução de sinais neurais em força contrátil que se manifestam por movimentos e posturas • Movimentos Reflexos -baixa complexidade, evocados por estímulos específicos, inatos e estereotipados, utiliza poucas unidades de trabalho da motricidade • Movimentos Voluntários - alta complexidade, planejamento e estratégia, amplamente modulado pela aprendizagem e utiliza todas as unidades de trabalho da motricidade O Controle Hierárquico do Movimento 1. Informações visuais para localizar o alvo. 2. Áreas motoras do lobo frontal planejam e comandam o movimento. 3. A medula leva as informações para a mão. 4. Neurônios motores levam a mensagem p/ os músculos da mão. 5. Receptores sensoriais nos dedos enviam a mensagem p/ o córtex sensorial informando q a caneca foi apanhada. 6. A medula leva as informações sensoriais até o cérebro. 7. Os gânglios basais julgam a força e o cerebelo corrige erros do movimento. 8. O córtex sensorial percebe que a caneca foi pega. “O Sistema nervoso funciona como um todo.” Introdução • Atividades motoras somáticas - permitem ao organismo relacionar-se com o ambiente: – Manter-se em posição, apesar da gravidade tender a aproximá-lo do chão – Locomover-se – Reagir a estímulos sensoriais específicos – Manipular objetos – Realizar comunicação (linguagem e expressão facial) Tipos de Fibras Musculares Músculo Cardíaco Músculo Esquelético Músculo Liso Controle Involuntário Controle Voluntário Músculo Estriado Músculo Estriado Músculo Liso SISTEMA MOTOR SOMÁTICO SISTEMA MOTOR VISCERAL Características da Musculatura Esquelética • 40% do peso corporal • Associados ao esqueleto • Propriedade contrátil • Contração rápida e lenta • Metabolismo aeróbico/ anaeróbico • Funções básicas: – Produzir movimentos e posturas – Termorregulação – Neoglicogênese Níveis de Organização Morfológica do Músculo Esquelético Unidade contrátil da fibra muscular • Fibra muscular • Sarcolema • Miofibrilas – Filamentos de actina e miosina • Moléculas filamentares de titina Anatomia Fisiológica do Músculo Esquelético • Sarcoplasma • Retículo sarcoplasmático • Túbulos T Organização Molecular do Sarcômero Sarcômero Filamentos Finos Filamentos Grossos MiosinaActina Tropomiosina Troponina 2 cadeias pesadas 4 cadeias leves Mecanismo Geral da Contração Muscular 1. Um PA percorre um axônio motor até suas terminações nas fibras musculares 2. Secreção de pequena quantidade de acetilcolina 3. A acetilcolina abre canais iônicos da membrana da fibra muscular 4. Influxo de grande quantidade de íons Na+ para o interior da membrana da fibra muscular, desencadeando um PA 5. O PA se propaga ao longo da membrana da fibra muscular Vídeo 1 Mecanismo Geral da Contração Muscular 6. O PA despolariza a membrana da fibra e penetra no seu interior 7. Liberação de grande quantidade de íons Ca++ pelo retículo sarcoplasmático para a miofibrila 8. Os íons Ca++ geram forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina, fazendo com que deslizem um em direção ao outro, o que constitui o processo contrátil. 9. Os íons Ca++ são bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático 10.Término da contração muscular Vídeo 2 FILAMENTO GROSSO FILAMENTO FINO Função ATPase da cabeça da miosina Troponina Tropomiosina Dupla hélice de Actina Cada molécula de actina está ligada a uma molécula de ADP, que é um sitio de ligação para a cabeça de miosina. Sítio de ligação p/ actina Sítio de ligação p/ ATP A troponina contém 3 subunidades: troponina I, troponina T e troponina C Mecanismo Molecular da Contração Muscular Estado de repouso (a miosina não consegue se ligar à actina) Mecanismo Molecular da Contração Muscular O Ca++ liga-se à troponina e remove a tropomiosina liberando os sitios de ligação A ligação da miosina com a actina, traciona a cabeça da miosina O filamento fino desliza sobre o grosso ATP – Energia para a Contração 1. Antes da contração, as cabeças das pontes cruzadas fixam ATP, que é clivado em ADP e Pi, energizando e provocando extensão da cabeça da miosina 2. Uma vez tendo ocorrido a inclinação da cabeça, isso permite a liberação do ADP e do Pi que estavam presos à cabeça 3. No local de onde foi liberado o ADP, prende-se outra molécula de ATP, que provoca o desprendimento da cabeça à actina 4. Após esse desprendimento, a nova molécula de ATP também é clivada, e a energia novamente "engatilha" a cabeça para iniciar um novo ciclo Ciclo das Pontes Cruzadas 1. O ATP é hidrolisado 2. Formação da ponte cruzada 3. A cabeça da miosina inclina- se em direção à linha M 4. Deslizamento do filamento fino sobre o grosso 5. O sarcômero se encurta Enquanto houver Ca++ e ATP disponíveis, o ciclo se repete. Mecanismo Molecular da Contração Muscular Os filamentos finos deslizam sobre os grossos, as lin has Z se aproximam uma da outra e o sarcômero se encurta. Se t odos os sarcômero se encurtarem, a miofibrila como um todo encu rta-se e ocorre a contração do músculo. Mecanismo Molecular da Contração Muscular Tipos de Contração Não há encurtamento do músculo Encurtamento do músculo contra uma carga fixa Potencia MédiaMuito potente Pouco potente Força contrátil Intermediário Curto Longo Tempo de contração RápidaRápida Lenta Velocidade de contração MédioAnaeróbico Aeróbico Metabolismo Média Baixa Alta Quantidade de mioglobina FreqüentesNumeroso Raros Grânulos de Glicogênio Intermediário Baixo Grande No mitocôndrias Intermediário Pobre Rico Suprimento sanguíneo IntermediárioBranco Vermelho Cor Tipo RRFTipo RTipo LPropriedades Tipos de Fibras Musculares RF = rápidas fatigáveis RRF = rápidas resistentes a fadiga L = lentas Mecânica da Contração do Músculo Esquelético • Unidade Motora = fibra muscular + fibra nervosa Mecânica da Contração do Músculo Esquelético • Somação das forças – Somação por fibras múltiplas – Princípio do tamanho – Somação por frequência e Tetanização Abalos Isolados Somação Mecanica Tétano incompleto Tétano completo A força de contração pode ser aumenta aumentando-se a freqüência dos PA, a duração do estimulo e recrutando cada vez mais fibras do músculo em atividade. Fenômeno de escada Mecânica da Contração do Músculo Esquelético • Tônus muscular – Resulta da baixa frequência de impulsos nervosos • Fadiga muscular – Depleção de glicogênio – Redução da transmissão neuromuscular – Redução do fluxo sanguíneo durante a contração Mecânica da Contração do Músculo Esquelético Remodelamento Muscular • Hipertrofia • Atrofia • Desnervação – Recuperação da contração na Poliomielite: Desenvolvimento de Unidades Macromotoras Rigidez Cadavérica Rigor Mortis (Rigidez cadavérica) • Começa apos 3 to 4 h da morte e atinge o pico máximo em 12 h. Diminui dentro de 48 h. • A deterioração do reticulo sarcoplasmático libera Ca+ • Estimula a formação de pontes cruzadas • Não há ATP para causar o relaxamentoRigidez cadavérica Junção Neuromuscular SNC Medula Raízes ventraisFibras musculares Junção neuromuscular nervo Sarcômero Terminação nervosa Ramificação nervosa RELAÇÃO DE INERVAÇAO Alta: 1/poucas fibras PRECISÂO Baixa : 1/muitas fibras POTÊNCIA MECÂNICA A sinapse neuromuscular ocorre na região do sarcolema denominada placa motora para onde os NT são liberados. Eventos da Neurotransmissão • PA atinge a junção neuromuscular • Abertura de canais de Ca+ • Influxo de Ca+ para o terminal nervoso • 125 vesículas de acetilcolina são liberadas na fenda sináptica • Acetilcolina se liga aos canais nicotínicose provoca abertura dos mesmos • Influxo de Na+ • Alteração do potencial local: Potencial da placa motora, que inicia um PA que se propaga ao longo do sarcolema • Contração muscular Vídeo 3 Eventos da Neurotransmissão Função dos Túbulos T 1. Condução do PA pelo sarcolema 2. Despolarização dos Túbulos T 3. Abertura de Canais de Ca++ do retículo sarcoplasmático 4. Difusão de Ca++ 5. Aumento de [Ca++] no mioplasma 6. Inicio da contração muscular Acoplamento Excitação-contração Eventos da Neurotransmissão • Papel da acetilcolinesterase • Drogas com ação semelhante à acetilcolina – metacolina, carbacol e a nicotina • Drogas que inativam a acetilcolinesterase – neostigmina, fisostigmina e fluorofosfato de diisopropil • Drogas que bloqueiam a transmissão da junção neuromuscular – drogas curariformes (D- tubocurarina) bloqueiam a ação da acetilcolina Miastenia Gravis • Paralisia muscular – Doença auto-imune – anticorpos atacam os canais de Na+ acetilcolina-dependentes • Tratamento – Neostigmina (droga anticolinesterásica) Até a próxima...
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