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aditamento 19 - desistência do pedido, rescisão indireta e verbas rescisórias

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 1ª VARA DO TRABALHO DE CURITIBA/PR.
			
ADITAMENTO À INICIAL.
PROCESSO 0000000-00.2020.0.00.0000
 				FULANO DE TAL, devidamente qualificado nos autos do processo supra, que litiga em face de EMPRESA LTDA, vem o reclamante, por seu advogado que a esta subscreve, expor e requerer o seguinte:
	 			ADITAMENTO À INICIAL, nos seguintes termos:
				I – DESISTÊNCIA DO PEDIDO. 								Consoante se verifica na peça de ingresso dos presentes autos, o item X da reclamatória trata-se da Rescisão Indireta do Contrato de Trabalho, o qual fundamenta-se no artigo 483 letra “d” da CLT, ou seja, ante aos diversos descumprimentos contratuais sofridos pela autora.
				Ocorre Excelência que conforme Aviso Prévio que ora junta, a obreira foi demitida sem justa na data de 16/03/2017, após o protocolo da presente demanda o qual se deu em 23/02/2017, por esta razão e neste ato, a autora vem informar que desiste do pedido Rescisão Indireta do Contrato de Trabalho, nos termos do artigo 267 do CPC.
 				Desta forma, requer a V. Exa. a desistência do pleito Rescisão Indireta do Contrato de Trabalho constante no item X da exordial, bem como, a extinção do feito neste sentido, nos termos do artigo 267 do Código de Processo Civil, haja vista que já se operou a rescisão contratual em 16/03/2017, conforme se verifica na CTPS da obreira e Aviso Prévio que ora junta.
				II – DAS VERBAS RESCISÓRIAS – TUTELA DE EVIDÊNCIA COM PEDIDO LIMINAR – DANO MORAL. 	
				Das Verbas Rescisórias. Conforme exposto acima, a reclamante foi demitida sem justa causa em 16/03/2017, no entanto, por ocasião da demissão a reclamante não recebeu os direitos rescisórios, tais como: férias + 1/3 constitucional, não houve depósitos fundiários, quitação da multa de 40% e aviso prévio. 
				Assim, vem requerer a condenação das reclamadas para que efetuem o pagamento dos seguintes direitos: 
a) aviso prévio, 78 dias, com a projeção no tempo de serviço, mais reflexos, artigo 487, § 1o, da CLT, e Lei 12.506, de 11 de outubro de 2011; 
b) Gratificação de Natal integral, 2016, bem como, 06/12 de 2017; 
c) férias integrais mais 07/12 proporcionais, todos acrescidos do 1/3 constitucional; 
d) Liberação das guias para saque do FGTS, referente ao período, mais a indenização de 40%; 
e) aplicação do disposto no artigo 467, da CLT, 50% das rescisórias se não pagas em primeira audiência; 
f) seguro desemprego, 05 parcelas, liberação das guias pela reclamada ou indenização dos valores pelas rés;
g) aplicação do disposto no artigo 467, da CLT, 50% das rescisórias se não pagas em primeira audiência;
				Como não houve quitação das verbas rescisórias, requer seja quitado à reclamante a indenização de uma remuneração, artigo 477, § 8o, da CLT.
 				Tutela de Evidência. É certo que as verbas rescisórias são direitos indisponíveis e de natureza salarial. Como já exposto, a empregadora não realizou o pagamento das verbas rescisórias até a presente data.
 				O artigo 311, do Código Processo Civil, autoriza Vossa Excelência a conceder a Tutela de Evidência, com conhecimento liminar, haja vista o perigo da demora, já demonstrado, a verossimilhança das alegações da reclamante e a demonstração do bom direito.
				Incontroversa a demissão sem justa causa, bem como, o não pagamento das verbas rescisórias.
				Assim, requer que Vossa Excelência, com fulcro no artigo 311, inc. 4º. do NCPC, conceda a Medida Liminar na pretendida Tutela de Evidência, determinando às rés, o seguinte:
a) o depósito da indenização da multa de 40% do FGTS decorrente da injusta demissão;
c) a entrega das guias para levantamento do Fundo de Garantia e requerimento do Seguro Desemprego;
d) imediato pagamento das verbas rescisórias, conforme descrito no item acima, sob pena de cominação de multa diária.
e) requer que Vossa Excelência, ainda com fundamento no artigo 311, do CPC, oficie a CEF para liberar o FGTS, bem como, o Ministério do Trabalho para liberação do seguro-desemprego, em favor da reclamante.
 				Dano Moral. Indiscutivelmente, o não pagamento das verbas rescisórias, a não entrega da documentação hábil para recebimento do FGTS e do seguro-desemprego, gerou e continua gerando um grande prejuízo à reclamante, seja material, seja moral. 
				Por conta disso, a autora vem passando por privações e, dessa forma, tem que se socorrer de amigos e parentes para se manter o que lhe causa grande constrangimento.
				Vale destacar que era dos salários da reclamante que provinha o sustento de sua família e na situação em que se encontra, não conseguirá quitar suas contas e honrar com seus compromissos. 
				Todas essas situações vêm ocorrendo em virtude do descumprimento das condições contratuais por parte das Reclamadas, que não somente a prejudicou financeiramente, mas também moralmente, pois atingiu sua honra, sua imagem perante a sociedade e sua dignidade como pessoa de boa-fé.
				Cediço que o contrato de trabalho é uma relação bilateral, contendo direitos e obrigações recíprocas, portanto, se o empregado prestou seus serviços, deveria ter recebido tempestivamente suas verbas devidas. Em razão dos descumprimentos das obrigações contratuais devem as rés assumir as consequências de seus atos, na forma do artigo 159 do CC.
				Neste sentido, a súmula 33, I, do TRT da 9ª região, traz a seguinte previsão:
ATRASO REITERADO OU NÃO PAGAMENTO DE SALÁRIOS OU DE VERBAS RESCISÓRIAS. DANO MORAL. INDENIZAÇÃO.
I - O atraso reiterado ou o não pagamento de salários caracteriza, por si, dano moral, por se tratar de dano in re ipsa;
 
				Desta forma, as reclamadas devem indenizar à autora pelos danos morais sofridos em virtude de toda a situação relatada, devendo o valor ser fixado em, no mínimo, R$ 20.000,00 (vinte mil reais), considerando-se a extensão do dano e a capacidade dos ofensores.
Desta forma, vem requerer que V. Exa. defira o aditamento da inicial para que seja deferida a desistência do pedido de Rescisão Indireta do contrato ante a demissão sem justa causa, para que inclua-se os pedidos de pagamento de verbas rescisórias, Danos Morais à exordial e que V. Exa condene a ré liminarmente ao pagamento das verbas rescisórias devidas, além dos direitos descritos acima.
 
Termos em que pede e espera deferimento. 
				Curitiba, 20 de fevereiro de 2020
Advogado
OAB/PR 000.000
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