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TEO GER DO PROC E FASE DE CONHEC NO PROC CIVIL (1) (1)


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Elementos identificadores da ação ou da demanda
Uma ação é identificada pela presença de três elementos:
Sujeitos
Pedido
Causa do pedido 
Pedido
Pedido (elemento objetivo)
É a pretensão deduzida em juízo, sujeita à tutela jurisdicional.
Auxilia na fixação de competência
ex: Se civil ou da fazenda pública.
Determina o procedimento
ex: se juizado especial ou comum
Inércia e Adstrição da Jurisdição
fixa os limites da atuação jurisdicional
Juiz tem sua atuação delimitada aos pedidos que foram postulados
Pedido
Delimitação do pedido
Por força da adstrição, o pedido deve ser certo, determinado ou determinável, e coerente com a causa de pedir
Art. 322. O pedido deve ser certo.
Art. 324. O pedido deve ser determinado.
Pedido Imediato e Mediato
Imediato: atividade jurisdicional postulada para obter o bem da vida pretendido
Tutela declaratória
Tutela constitutiva
Tutela condenatória
Tutela executiva
Tutela mandamental
Mediato: consiste no bem da vida pretendido
Em uma ação indenizatória
Bem da vida (mediato): indenização em dinheiro
Tutela pretendida (imediato): condenação ao pagamento da indenização 
Pedido
Cumulação de Pedidos
Simples: Quando são formulados pedidos independentes, de modo que o acolhimento de um pedido não interfere no outro.
Condenação de danos morais e materiais em uma ação contra companhia aérea
Sucessiva: o acolhimento de um pedido é condição para a análise do outro pedido, inexistindo independência entre os pleitos.
Ex: investigação de paternidade com pedido de alimentos.
Cumulação Imprópria
Alternativa:
São formulados dois pedidos sem ordem de preferência, ou seja, pleitos concomitantes, mas excludentes.
ex: Troca da mercadoria ou devolução do dinheiro
Subsidiária
Há formulação de um pedido principal, ao qual se confere preferência, e somente no caso de indeferimento desse pedido é que será analisado o pedido subsidiário.
ex: entrega da mercadoria ou, não sendo possível, a devolução do dinheiro.
Pedido
Vícios da Sentença
Ultra petita: mais do que foi pedido pelo autor;
Citra petita: menos do que foi pedido pelo autor 
(cuidado; aqui o problema é na fundamentação, pois é possível que o pedido seja julgado parcialmente procedente…);
Extra petita: pedido diverso daquele postulado pelo autor.
Pode dizer respeito ao pedido mediato (objeto da relação de direito material; bem da vida), ou ao pedido imediato (tutela jurisdicional).
Causa de Pedir
Causa de Pedir
É o elemento causal da ação
Razões de fato e de direito que embasam o pedido
É identificada:
Causa de Pedir Remota
Pelos fatos que embasam a providência jurisdicional postulada
Causa de Pedir Próxima
Fundamentos Jurídicos
Não se confunde com os dispositivos legais
Causa de pedir é o direito subjetivo que decorre dos fatos.
Regras de competência previstas no Código de Processo civil
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer as regras de competência previstas no Código de Processo Civil.
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Competência e Processo
Competência 
Conceito e princípios 
Do juiz natural 
O primeiro princípio impõe que o juízo responsável por processar e julgar um processo seja previamente estabelecido por lei. 
Da perpetuação da jurisdição
O princípio da perpetuação da jurisdição impede a modificação da competência após o registro ou distribuição da petição inicial (ARAUJO; MELLO, 2015, p. 83). 
Da competência-competência 
O princípio competência-competência impõe que o juízo em que houve o registro/distribuição da demanda seja o primeiro a analisar se possui competência para processar e julgar o litígio que lhe foi submetido (DIDIER JÚNIOR, 2016, p. 200).
Para alcançar essa finalidade, a competência se alicerça em três princípios:
Critérios para definição do juízo competente 
Objetivo
 
Leva-se em consideração a demanda apresentada ao Poder judiciário como o dado relevante para a distribuição da competência
Territorial
Estabelece a competência do órgão jurisdicional segundo limites geográficos 
Funcional 
É fixada com base nas funções exercidas pelos órgãos jurisdicionais, os quais podem atuar de forma coordenada para prática de um ato processual (competência funcional horizontal) ou hierarquizada (competência funcional vertical).
Competência 
Regra geral do CPC é que o juízo competente para processamento e julgamento de uma ação de direito pessoal ou real mobiliária é o domicílio do réu (art. 46 do CPC) (DIDIER JÚNIOR, 2016, p. 219). 
Regras específicas
Competência 
Regras de competência 
Competência 
Regras de competência 
Competência 
Regras de competência 
Código de Defesa do Consumidor
art. 101: foro de domicílio do consumidor
Salvo se este optar pelo endereço do fornecedor
Justiça Federal
art. 109 da CF:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
Competência 
Regras de competência 
Ocorre quando um processo tramita em juízo que não possui competência para processá-la e julgá-la. 
Pode ser absoluta ou relativa (art. 64 do CPC)
Após ser suscitada, o juiz concederá prazo para manifestação das partes (art. 64, § 2º do CPC). Caso reconheça sua incompetência, o juiz enviará os autos ao juízo competente (art. 64, § 3º do CPC) (SCHENK, 2015, p. 239).
Competência 
Incompetência
Incompetência Absoluta
Existe para proteger interesses públicos
Não pode ser alterada por convenção entre as partes
Não é impactada por conexão ou continência
Regra geral, é fixada em razão de:
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes.
Matéria
Divórcio perante vara da família
Trabalhista
Bancário
Militar
Pessoa
Ação contra ente público na vara da fazenda
Competência originária de tribunais em ações contra secretários de estado
Função
julgamento de recurso
segunda instância
Competência 
Também há incompetência absoluta
Valor da causa nos juizados especiais da fazenda
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
Pode ser alegada a qualquer tempo e reconhecida de ofício:
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§ 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
Reconhecida a incompetência:
Remessa ao juízo competente
§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
Ratificação das Decisões
§ 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
Se for reconhecida após o trânsito em julgado
Permite-se o ajuizamento de ação rescisória para desconstituir a decisão judicial (art. 986, II, do CPC)
Competência 
Incompetência Relativa
Protege interesses privados
Pode ser alterada por convenção entre as partes
Ex: cláusula de eleição de foro
Normalmente decorre de descumprimento de critério
territorial
valor da causa
Não pode ser reconhecida de ofício
Arguida pelo Réu ou MP
Não arguição:
Juízo se tornará competente
Decisões não poderão, por essa razão, ser objeto de rescisória
Reconhecimento
Remessa ao juízo competente
Ratificação dos atos praticados
Competência 
Modificação de Competência
É alterada e/ou prorrogada “quando se amplia a esfera de competência de um órgão judiciário para conhecer certas causas que não estariam, ordinariamente, compreendidas em suas atribuiçõesjurisdicionais” (FREDIE DIDIER)
Existem quatro situações que impõem a modificação da competência relativa:
A conexão (art. 54 do CPC).
A incontinência (art. 54 do CPC).
A existência de cláusula de eleição de foro (art. 63 do CPC).
A preclusão do direito de arguir a incompetência relativa (BUENO, 2019).
Competência 
Modificação de competência 
1. A conexão (art. 54 do CPC).
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
Reunião no Juízo Prevento
art. 55 § 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.
art. 58 A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.
Juízo Prevento: Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
Além disso, é utilizada para evitar decisões contraditórias
§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
Competência 
2. A incontinência (art. 54 do CPC).
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
Identidade de:
Partes
Causa de pedir
Pedido de uma contém o da outra.
Se a demanda com pedido menos abrangente for proposta depois, há extinção
Se a demanda com pedido mais abrangente for proposta depois, os processos serão reunidos no juízo prevento.
 Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
Competência 
3. A existência de cláusula de eleição de foro (art. 63 do CPC).
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
Celebração por Escrito: § 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
Obriga Herdeiros e Sucessores: § 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
Abusividade Reconhecível de Ofício: § 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
i) se, no momento da celebração, a parte aderente não dispunha de intelecção suficiente para compreender o sentido e as consequências da estipulação contratual; 
ii) se da prevalência de tal estipulação resultar inviabilidade ou especial dificuldade de acesso ao Judiciário; 
iii) se se tratar de contrato de obrigatória adesão, assim entendido o que tenha por objeto produto ou serviço fornecido com exclusividade por determinada empresa.
Abusividade Alegada pelo Réu - Preclusão: 
§ 4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão
Competência 
4. A Preclusão do direito de arguir a incompetência relativa
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
Competência 
Classificações de processo e conceito de procedimento 
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as classificações de processo e o conceito de procedimento.
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Competência e Processo
Processo
Conceito e natureza jurídica 
O objetivo desse instrumento público é pacificar conflitos (COUTINHO; CARMO, 2018) pela correta aplicação do direito material nos litígios (DIDIER JÚNIOR, 2016, p. 40), garantindo, assim, o estabelecimento de uma ordem jurídica justa (CINTRA, 2015, p. 65).
“
Os pressupostos são aquelas exigências legais sem cujo atendimento o processo, como relação jurídica, não se estabelece ou não se desenvolve validamente. E, em consequência, não atinge a sentença que deveria apreciar o mérito da causa. São, em suma, requisitos jurídicos para a validade da relação processual. São, pois, requisitos de validade do processo.
(THEODORO JÚNIOR, 2015)
Processo
Pressupostos de existência e validade do processo
Litispendência
Coisa julgada 
Convenção de arbitragem 
Qualquer outra nulidade prevista em lei 
Humberto Theodoro Júnior aponta que, para a validade de um processo, não pode existir (THEODORO JÚNIOR, 2015):
Processo
Pressupostos de existência e validade do processo
Há três espécies de processo:
Processo de conhecimento
Processo de execução
Processo
Espécies de processos
Processo cautelar
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