Buscar

Citopatologia Ginecológica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CITOPATOLOGIA GINECOLÓGICA
1-INTRODUÇÃO
Prof. Dra Elaine Campana Sanches Bornia
Citopatologia Ginecológica
Introdução
Avaliação microscópica de esfregaços cérvico-vaginais é realizada com o objetivo de:
detectar lesões pré-cancerosas e câncer inicial do colo uterino;
detectar carcinomas do endométrio;
avaliação da ação de hormônios ovarianos e de processos inflamatórios do TGF.
O rastreamento e a interpretação dos esfregaços cérvico-vaginais são tarefas das mais difíceis realizadas pela medicina laboratorial.
Patologistas e citotécnicos são obrigados a respeitar os mais altos padrões já impostos a um grupo profissional.
Qualquer desrespeito a essas normas pode ter grandes e infelizes conseqüências médicas e legais.
Princípio simples: comparar células desconhecidas da preparação citológica com as imagens de células normais, registradas na memória visual.
 Se as células desconhecidas são muito semelhantes às normais
 Esfregaço dentro dos limites da normalidade
Se as células desconhecidas são diferentes das normais 
 Esfregaço anormal, exige análise mais detalhada
Citopatologia Ginecológica
Introdução
A citologia cérvico-vaginal exige amplo conhecimento de morfologia e endocrinologia do trato genital feminino.
Correlação com a histologia – dá o diagnóstico.
Segurança depende de boas técnicas associadas à:
- coleta (áreas celulares presentes na amostra), fixação e coloração do material para posterior análise.
- interpretação da leitura do material,
- confecção do relatório (laudo),
- controle de qualidade.
Citopatologia Ginecológica
Introdução
HISTÓRICO – períodos de descobertas.
Invenção do microscópio – Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723).
Microscópio composto – ocular +objetiva (início do século XIX).
Publicações – 1ª metade do séc. XIX
 Atlas de Donné – 1845
Atlas de Pouchet – 1847
- Anos seguintes muitos estudos sobre a citologia e histologia do TGF
 
Citopatologia Ginecológica
Introdução
Citopatologia Ginecológica
Introdução
Últimos anos do Séc. XIX – muitos estudos da morfologia microscópica de alterações patológicas – câncer. 
Começo do Séc. XX – descrições morfológicas dos tecidos humanos normais praticamente completas.
Schauenstein (1908) e Rubin (1910) foram os primeiros a descrever as lesões pré-cancerosas de colo uterino e a demonstrar que a detecção e a erradicação precoce das lesões são capazes de prevenir o carcinoma invasivo.
Schottlaender & Kermauner (1912) – utilização do termo “carcinoma in situ” para a descrição de lesões pré-cancerosas do colo uterino.
Schiller (1928) - utilizou amplamente o termo “carcinoma in situ” , estudou centenas de casos colaborando para esclarecer estágios iniciais do carcinoma da cérvice. 
 - elaborou uma coloração específica que demonstra áreas com possível alteração celular de onde o material deve ser coletado para biópsia. 
Citopatologia Ginecológica
Introdução
Carcinoma “in situ” X Carcinoma invasor
Hinselmann (1925) – desenvolvimento do colposcópio para visualização e identificação das lesões pré-cancerosas no colo do útero.
Citopatologia Ginecológica
Introdução
Colposcopia 
A colposcopia é um exame visual especializado do trato genital inferior (colo uterino, vagina e vulva), em que se utiliza o colposcópio – aparelho semelhante a um binóculo que possibilita a visualização dessas áreas com aumento que varia de 6 a 40 vezes. O exame é indolor e demora alguns minutos para ser realizado. 
Indicações para o exame de colposcopia:
 mulheres que apresentam alteração no exame de Papanicolaou (colpocitologia oncótica),
 mulheres com lesões no colo do útero, vagina ou vulva ou com antecedente de infecção por HPV. 
Citopatologia Ginecológica
Introdução
 Para a realização da colposcopia, é necessária a introdução do espéculo vaginal (também conhecido por “bico de pato”) para separar as paredes vaginais. 
 O colo uterino é visualizado através do colposcópico, que permanece a uma distância de aproximadamente 30 centímetros (sem encostar na paciente). 
 Após a colocação do espéculo, observam-se as estruturas e realiza-se a coleta de Papanicolaou, quando necessário. 
 Em seguida, aplica-se uma pequena quantidade de ácido acético, o qual evidencia áreas com alterações celulares deixando-as esbranquiçadas (as células alteradas são desidratadas mais rapidamente), ou a solução de Schiller, em que se aplica uma solução com iodo (solução de Lugol forte) no colo uterino.
Citopatologia Ginecológica
Introdução
Colo uterino normal Teste de Schiller negativo  (lugol positivo)
Colo uterino com alteração causada pelo vírus HPV 
Colo uterino com alteração causada pelo vírus HPV – Teste de Schiller positivo (lugol negativo)
Colo uterino normal 
 Caso os testes realizados evidenciem alguma alteração, realiza-se a biópsia da área alterada. A biópsia pode gerar um pouco de desconforto na paciente, semelhante a uma cólica menstrual, mas com efeito rápido e passageiro.
As amostras obtidas com a biópsia são então encaminhadas a um laboratório para serem avaliadas por um patologista.
É importante ressaltar que a colposcopia é um exame indolor, de fácil realização e um importante instrumento na prevenção do câncer de colo uterino. 
Citopatologia Ginecológica
Introdução
George N. Papanicolaou e Aurele Babés – foram os primeiros a reconhecer a importância do método citológico no diagnóstico do câncer do colo uterino.
Associação entre Papanicolaou e Herbert Traut– publicação de artigo no Am J Obstet Gynecol (1941) e livro em 1943 (possibilidade de se fazer o diagnóstico de câncer de colo uterino mediante células atípicas presentes em esfregaço).
Validade das informações confirmadas por diversos autores nos anos seguintes.
Ayres (1947-1948) – amostragem direta de cérvice com espátula.
Citopatologia Ginecológica
Introdução
ESPÁTULA DE AYRES
HISTÓRICO – períodos de entusiasmo.
 Década de 60 – esforços em grande escala dos países industrializados (Europa, EUA e Canadá) em documentar o valor da técnicas citológicas no rastreamento em massa das lesões pré-cancerosas do colo uterino.
Formação de vários centros importante de citologia nestes países.
Década de 70 e 80 – publicações dos primeiros resultados.
Anderson et al (1998) – mostra que no Canadá em 30 anos a prevalência de câncer cervical invasivo caiu em 78% e a mortalidade foi reduzida em 72%.
Citopatologia Ginecológica
Introdução
HISTÓRICO – período de crítica
Gunn & Gould (1973) e diversos autores entre as décadas de 70 e 80 relataram a incapacidade dos esfregaços cérvico-vaginais detectarem em tempo hábil as lesões pré-cancerosas.
No início as críticas não alteraram a prática da citologia.
1987 – jornais e revistas leigas: Wall Street Journal e Newsweek – publicaram notícias de mortes de mulheres jovens por câncer cervical após um ou mais esfregaços falso-negativos. Grande repercussão.
1988 – Congresso nos EUA – Clinical Laboratory Improvement Act (CLIA): imposições de regras restritivas e pesadas sobre a prática da citopatologia ginecológica (Lei de melhoria dos Laboratórios Clínicos)
 ** Início do Sistema Bethesda
Citopatologia Ginecológica
Introdução
Principais problemas apresentados pelo sistema de detecção citológica do câncer cervical:
Alvos na população rastreada
Mulheres de alto risco: dificuldade de acesso ao sistema
Controvérsia quanto ao prazo ideal entre os exames.
2) Técnicas de preparo dos esfregaços são falhas, levando a uma amostra não representativa
Esfregaço inadequado – resultados falsos-negativos devido à falta de células com valor diagnóstico. 
Citopatologia Ginecológica
Introdução
Citopatologia Ginecológica
Introdução
Principais problemas apresentados pelo sistema de detecção citológica do câncer cervical:
3) Técnicas de coloração, rastreamento e interpretaçãomicroscópica não são adequadas
- Células anômalas estão presentes, mas não podem ser reconhecidas devido à fixação ou coloração incorreta (falsos-negativos).
- Células anômalas passam despercebidas ou são vistas, porém não reconhecidas como tais (falsos-negativos).
Alterações celulares benignas são interpretadas como malignas (falsos-positivos).
4) Os resultados fornecidos pelo laboratório não são adequadamente compreendidos e o seguimento clínico é inadequado
Acontece por falta de comunicação adequada entre o laboratório e o clínico.
Um sistema informatizado de relatórios e prontuários do paciente é útil para se obter dados de seguimentos e uma correlação clínico-citológica.
REFERÊNCIAS
KOSS, Leopold G.; GOMPEL, Claude; BERGERON, Christine.Introdução à citopatologia ginecológica com correlações histológicas e clínicas. São
Paulo: Roca, 2006.
SOLOMON, Diane; NAYAR, Ritu; KURMAN, Robert J.; DAVEY, Diane D.; WILBUR, David C.; PROLLA, João Carlos. Sistema bethesda para
citopatologia cervicovaginal definições, critérios e notas explicativas. Rio de Janeiro: Revinter, 2005.
MARIA-ENGLER, Silvya Stuchi; CONSOLARO, Márcia Edilaine Lopes. Citologia clínica cérvico-vaginal: texto e atlas. São Paulo: Rocca, 2014. xviii, 270 p. ISBN 978-8-541-20-024-0.
image1.jpeg
image2.jpeg
image3.jpeg
image4.jpeg
image5.jpeg
image6.png
image7.png
image8.png
image9.jpeg
image10.jpeg
image11.jpeg
image12.jpeg
image13.jpeg
image14.jpeg
image15.jpeg
image16.jpeg
image17.jpeg
image18.jpeg
image19.jpeg
image20.jpeg

Continue navegando