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Patologias Neurológicas na Prematuridade

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PATOLOGIAS NEUROLÓGICAS 
DA PREMATURIDADE
ESPINHA BÍFIDA
O que é espinha bífida e como ocorre?
Qual a diferença entre espinha bífida 
cística e espinha bífida oculta?
Bolsa Fechada
 Quando o tecido nervoso fica acoplado em uma 
superfície interna da bolsa.
Bolsa Aberta
 Quando o tecido nervoso e o tubo neural ficam 
expostos.
Defeito pode ocorrer:
Região Cervical
Região Torácica
Região Lombar (a mais comum)
Alterações vertebrais 
 Defeito nas vértebras encontra-se nas 
lâminas e processos espinhosos, de 
forma que eles não se fundem na 
região posterior da vértebra, 
podendo, inclusive, estar ausentes.
Comprometimento Medular
 A medula espinhal pode se encontrar 
presa na parte inferior do canal 
vertebral, fazendo com que as raízes 
nervosas passam horizontalmente 
pelos buracos de conjugação, ao 
invés de se dirigirem para baixo.
Etiologia
 Desconhecida:
 Alguns fatores de risco estão associados:
 Fatores genéticos 
 Fatores ambientais(exposição à radiação)
 Fatores nutricionais (deficiência do ácido fólico)
Espinha bífida oculta 
Distúrbio da porção caudal do 
tubo neural, pele intacta, 
deformidades dos pés, assimetria 
de MMII e distúrbios 
esfincterianos.
Meningocele
 É a forma mais leve da EBC, com 
protusão apenas das meninges e líquor
para dentro da bolsa:
 O acometimento está restrito a pele, 
ossos e dura-matér;
Mielomeningocele
É a forma mais grave e mais comum do EBC:
Falha da função dos arcos vertebrais posteriores e 
displasia ( crescimento anormal) da medula 
espinhal e da meninges que a envolvem;
Dividem-se em:
 Fechada: lesão e coberta por pele e tecido 
conjuntivo, mas comum em região torácica e 
lombossacra.
 Aberta: lesão exposta mais comum em 
toracolombar.
Mielosquise: semelhante a mielomeningocele, 
porém não tem aparência externa cística nem 
cobertura óssea e está associado a defeitos na 
base do crânio e da região cervical
Incidência
- Mielomeningocele: 94% dos casos da EB;
- EB: 120.000/ano, em todo mundo;
- Mais encontrada em classe social baixa;
Reabilitação
 Prognóstico motor
 Nível torácico: sem controle motor abaixo do nível de lesão, flacidez de MMII-
¨pernas de sapo¨ Necessitam de enfaixamento dos MMII com bandagem 
elástica sendo necessário órtese para todo o corpo.
 L1/L3: em geral, necessidade de órtese mais longa devido a fraqueza da 
musculatura de joelhos e quadris.
 L4/L5: Em geral há necessidade de,
MAFO e muletas para longas ou até mesmo curtas distâncias 
devido a fraqueza muscular presente.
S1/S2: geralmente marcha livro, mas com alteração dos padrões 
de macha como na impulsão e comprimento da passada porém 
podem necessitar de órtese para tornozelo
Intervenção Fisioterapêutica
- Avaliação;
- Determinar o nível da lesão através da sensibilidade 
motricidade voluntária e forçar muscular do pct.;
- Verificar a integridade medular abaixo do nível de lesão 
através do tônus muscular;
- Desenvolvimento neuromotor;
- Atenção as deformidades, nível cognitivo e com sinais de 
hipertensão intracraniana.
Objetivos 
 Estimular as aquisições motoras 
 Mantes boas condições neuromusculares e articulares
 Prevenir as complicações de maneira geral;
 Estimular independência e autonomia em todos as 
atividades de vida diária: 
 Proporcionar um programa domiciliar de instruções a 
fim de facilitar o desenvolvimento motor mais próximo 
possível da idade cronológica.
 Adaptar os equipamentos ortopédicos
HIDROCEFALIA
Hidrocefalia
 Hidrocefalia é o acúmulo anormal e excessivo de líquor dentro dos 
ventrículos ou do espaço subaracnóide. É tipicamente associado com 
dilatação ventricular e aumento da pressão intracraniana; pode ocorrer em 
crianças (diversas faixas etárias) ou adultos, tendo causas específicas
 Pode ser classificado como hidrocefalia comunicante ou não comunicante, 
dependendo da sua etiologia; outro termo utilizado é a hidrocefalia ex-
vácuo, quando relacionado com atrofia cerebral
 Hidrocéfalo não comunicante se refere a hidrocefalia que resulta de lesões 
que obstruem o sistema ventricular e hidrocéfalo comunicante se refere a 
lesões que afetam e obstruem o espaço subaracnóide.
Causas
 Algumas causas de hidrocefalia infantil podem ser por obstrução liquórica, 
tais como: gliose, cisto colóide, gliomas, craniofaringeomas, cistos de 
aracnóide, meduloblastomas, ependimomas, astrocitomas, tumores, 
estenose.
 Outras causas de hidrocefalia comunicante são: 
 Trauma
 Hemorragia subaracnóide
 Infecção
 Idiopática
 É importante considerar em crianças prematuras a hemorragia 
intraventricular com hidrocéfalo pós-hemorrágico (ocorre cerca de 4 
semanas após).
Tratamento de Hidrocefalia
 Utilizam-se medidas para fazer o escoamento desse excesso de líquor 
ventricular com a adoção de válvulas para drenagem deste líquido para o 
peritônio (derivação ventrículo peritonial - DVP); ou para o átrio 
(derivação ventrículo atrial - DVA)
 Existem algumas medicações que fazem baixar a produção liquórica 
(acetazolamida), porém nem sempre tão eficientes
 É importante salientar que são crianças que necessitam de 
acompanhamento neurológico intenso e verificação do grau de 
desenvolvimento que pode ou não sofrer prejuízo

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