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MATERIAIS NATURAIS E ARTIFICIAIS Enga Dra Monica Machado Stuermer Madeira TIPOS DE MADEIRA Madeira Maciça Maciça Natural retirada de reservas naturais, com manejo adequado Maciça de Reflorestamento proveniente de outros países Madeira Laminada Laminas de madeira maciça coladas NORMA: 7190/1997 Cálculo e Execução das estruturas de madeira Peroba Rosa, Cupiúba, Jatobá, Angelim, Ipê Eucalipto Citriodora, Eucalipto Grandis Peroba RosaJatobá PROCESSAMENTO: Madeira em Tora( Roliça ) - Facilidade de transporte (5 a 6m) Madeira falquejada (aparada) - Seção aproximadamente retangular Madeira Serrada (Aparelhada) Desdobro Obtenção de peças estruturais de madeira maciça TIPOS DE MADEIRA PROCESSAMENTO: .Madeira falquejada (aparada) TIPOS DE MADEIRA PROCESSAMENTO: Madeira serrada (Aparelhada) Arquiteto Mauro Munhoz CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA MADEIRA Cerne : parte do lenho que armazena seiva, mais densa, menos permeável a líquidos e gases, mais resistentes ao ataque de fungos e insetos, apresenta maior resistência mecânica. Alburno : constituído pelas camadas externas do lenho, é menos denso, mais permeável a líquidos e gases e mais sujeito ao ataque de fungos e insetos, além de apresentar menor resistência mecânica. Estrutura fibrosa do lenho Madeira Classificação: DICOTILEDÔNEAS • Mais utilizadas na construção civil • Vasos condutores de seiva concentrados maximizam a utilização do lenho. • LENHO: Parte aproveitável de madeira. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA MADEIRA A característica estrutural mais importante da madeira é o fato da madeira ser um material anisotrópico, isto é, apresenta diferentes comportamento em relação à direção de crescimento das fibras e a direção do esforço atuante. Ao longo do tempo foi sendo identificado três direções principais com comportamento estrutural semelhantes: longitudinal, radial e tangencial Principais propriedades físicas da madeira que podem influenciar significativamente no desempenho e resistência como material de construção : Umidade : corresponde ao mínimo de água livre, também denominado de “ponto de saturação das fibras”. Madeiras brasileiras : umidade em torno de 25%. A perda além do ponto de saturação das fibras causa retração, com aumento da resistência. Para as aplicações na construção civil a madeira é considerada seca quando seu teor de umidade estiver entre de 12% a 15%. Retratilidade : redução das dimensões de uma peça pelo processo de secagem. Retração longitudinal : 0,5% de variação dimensional Retração tangencial : 10% de variação dimensional, podendo causar problemas de torção nas peças de madeira Retração radial: 6% da variação dimensional, podendo causar problema de rachaduras nas peças de madeira. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA MADEIRA Densidade : A proporção relativa entre o volume de parede celular e o volume de “vazios” (as cavidades/lumens das células) determina a densidade/massa volúmica da madeira Durabilidade natural : durabilidade da madeira, com relação a biodeterioração, depende da espécie, de onde a peça de madeira foi retirada, do projeto arquitetônico e do local da obra. Resistência química : não há grandes diferenças na composição das diversas espécies. Principais elementos - Carbono (C), o Hidrogênio (H), o Oxigênio (O) e o Nitrogênio (N), este em pequenas quantidades. Substâncias macromoleculares : Celulose, Polioses (hemiceluloses), e Lignina CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA MADEIRA Resistência ao fogo A madeira tem um aspecto interessante em relação ao comportamento diante do fogo. Seu problema é a inflamabilidade. No entanto, diante de altas temperaturas provavelmente terá maior resistência que o aço, pois sua resistência não se altera sob altas temperaturas. Assim, em um incêndio ela pode ser responsável pela propagação do fogo, mas em contrapartida suportará a ação do fogo em alta temperatura durante um período de tempo maior. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA MADEIRA PROPRIEDADES MECÂNICAS Compressão Paralela as fibras Compressão Perpendicular as fibras A resistência da madeira na direção paralela a fibra é muito grande devido a densidade e a continuidade da fibra na direção longitudinal. Enquanto que na direção perpendicular a fibra (radial e tangencial) existem maiores vazios. Compressão e tração PROPRIEDADES MECÂNICAS 90fc 0fc DEFEITOS DEFEITOS NATURAIS DEFEITOS POR SECAGEM Dicas: 1- Evite comprar madeiras com rachaduras facilmente percebidas na hora da compra. 2- Manchas escuras formadas pela resina, prejudicam a fixação. 3- fuja das vigas com nós, ao se quebrar comprometem a estrutura. Classificação por defeitos ( ou aparência ) Pressupõe que a peça de madeira será utilizada nas dimensões originais, portanto não sujeita a ser recortada em outras dimensões correspondentes àquelas requeridas pelo uso final. Nesse sistema é considerado o número, a importância e a distribuição dos defeitos que apareçam em uma ou ambas as faces da peça serrada. Classificação mecânica Realizada em máquinas informatizadas, baseia-se na correlação entre o módulo de ruptura na flexão e o módulo de elasticidade. Este sistema apresenta maior confiabilidade que o sistema visual e também alta. Embora ainda não disponível noBrasil, será incluído na NBR 7190. Classificação por uso final proposto A classificação para uso em estrutura pode ser feita pelo método visual ou pelo método mecânico. No primeiro caso, a classificação está baseada no fato que os defeitos afetam a resistência e a rigidez das peças de madeira. As regras de classificação especificam tolerâncias para os tipos de defeitos, seu tamanho, quantidade e posição, que devem ser comparados visualmente pelo classificador, peça por peça. Este tipo de classificação é empregado pela NBR 7190 “Projeto de Estruturas de Madeira”. DEFEITOS CLASSIFICAÇÃO DAS PEÇAS DE MADEIRA DE ACORDO COM A NORMA NBR 7190/1997 Primeira categoria: são peças cujas características mecânicas são iguais a, pelo menos, 85% das obtidas em pequenos corpos de prova isentos de defeitos. A madeira é de qualidade excepcional, sem nós e retilínea. Segunda categoria: apresenta características mecânicas iguais a, pelo menos, 60% dos valores correspondentes aos obtidos em ensaios com pequenos corpos de prova isentos de defeitos. A madeira é de qualidade estrutural corrente, com pequenas incidências de nós firmes e outro defeitos. Terceira categoria: madeira de qualidade estrutural inferior, com nós em ambas as faces. APLICAÇÕES DA MADEIRA MACIÇA Facilidade de ser trabalhada, cortada ou moldada. A guariúba, o cedro, peroba-rosa e freijó são as mais indicadas. O cedrinho (não confundir com o cedro) é bom, mas pode mudar de tamanho com o tempo. Para o forro, basta tomar precauções contra umidade, usar manta, por exemplo. L a m b ri s e F o rr o s madeira de pinho imunizada proveniente de cultivos reflorestados, os quais formam um tecido translucido. Instalação: réguas são fixadas com pregos ou parafusos na estrutura do telhado. Encaixe saia-e-blusa - tábua mais larga embaixo de outra mais estreita, resultando em dois níveis que formam um canal. Encaixe macho-e-fêmea - uma peça de saliência contínua se encaixa em outra com reentrância. Manutenção: aplicação de verniz, stain ou tinta a cada dois anos. APLICAÇÕES DA MADEIRA MACIÇA Assoalhos Uma madeira ideal para piso deve ser durável e resistente a choques, além de ter uma estabilidade dimensional adequada e ser boa para trabalhar. O ipê é a madeira apresenta a melhor estabilidade dimensional. O cumaru, apesar de ser muito utilizado, pode apresentar problemas de estabilidade dimensional, se for assentado de modo inadequado ou colocado em uma contrapiso úmido, por exemplo, corre risco de empenar. Madeira maciça: veio direto do tronco da árvore e portanto cuja composição não sofreuinterferência. Vantagens: mais resistente a danos mecânicos (arranhões e furos - recuperada com a utilização de lixa e verniz adequados); mais resistente à umidade e cupins; alta durabilidade. Desvantagens: valor mais elevado; instalação mais demorada. Assoalho (em réguas ou faixas): réguas de madeira maciça com comprimento, espessura e larguras variáveis. No Brasil a espessura é de 1,9 ou 2 cm, com largura de 6,5 a 20 cm (eventualmente podem ser encomendadas réguas com largura maior). Instalação - impermeabilizar o contrapiso para evitar que a umidade provoque o apodrecimento precoce na madeira. Em seguida, há dois caminhos a escolher: parafusar as tábuas diretamente no contrapiso ou em barrotilhas de madeira chumbadas no contrapiso. Finalizar com raspagem e aplicação de sinteco, cera ou seladora. Vantagens - durabilidade e acabamento. Paginações também na diagonal. Parquete: placas compostas por pequenos tacos rejuntados, formando mosaicos. Constituem padrões geométricos compostos de tacos de madeira individuais mantidos no lugar por fixação mecânica ou adesivo. Tacos: pequenas placas de madeira maciça com tamanhos variáveis. Instalação - Colagem sobre o contra piso. Atualmente, colas especiais tornaram a fixação mais resistente, diminuindo o risco das peças descolarem. Madeira laminada: composta por folha de madeira aplicada ao longo de um compensado, aglomerado de partículas ou de algum outro material interno mais barato Ex. chapas compensadas ou aglomeradas resultantes geralmente de reciclagem de sobras de madeiras. Os laminados existem há séculos. Séc. 18 conheciam técnicas de laminados mas com a produção em massa na metade do séc. 19 utilização de laminados como medida de redução de custos. Vantagem: não precisa de cera ou polimento; pode ser colocado em cozinha ou banheiro; mais econômica; mais leve; fácil instalação (contra piso de cimento bem liso para a manta que vai abaixo das réguas) Desvantagem: não é facilmente consertado se arranhado ou rasgado; calçamento especial sob os pisos laminados para reduzir o potencial de ruído do piso. Painéis para vedação Surgem pela necessidade de amenizar as variações dimensionais da madeira maciça, diminuir seu peso e custo e manter as propriedades isolantes, térmicas e acústicas. Adicionalmente, suprem uma necessidade reconhecida no uso da madeira serrada e ampliam a sua superfície útil, através da expansão de uma de suas dimensões (a largura), para, assim, otimizar a sua aplicação. O desenvolvimento tecnológico verificado no setor dos painéis à base de madeira tem ocasionado o aparecimento de novos produtos no mercado internacional e nacional, que vêm preencher os requisitos de uma demanda cada vez mais especializada e exigente. 1. Compensado Surgiram no início do século XX como um grande avanço, ao transformar toras em painéis de grandes dimensões, possibilitando um melhor aproveitamento e, conseqüente, redução de custos. Composto de várias lâminas desenroladas unidas através de adesivo ou cola, sempre em número ímpar, fornecendo maior estabilidade e possibilitando que algumas propriedades físicas e mecânicas sejam superiores às da madeira original. Espessura: de 3 a 35 mm, com dimensões de 2,10 m x 1,60 m; 2,75 m x 1,22 m e 2,20 m x 1,10 m. Tipos: laminados, sarrafeados e multissarrafeados. Laminados: produzidos com finas lâminas de madeira prensada. Sarrafeado: o miolo é formado por vários sarrafos de madeira, colados lado a lado. Multissarrafeado: possui o miolo composto de lâminas prensadas e coladas na vertical, fazendo um “sanduíche”. Podem receber aplicação de lâminas de madeira de uso mais nobre ou mesmo laminado plástico. 2. Chapas de fibra: chapa dura As chapas duras ou hardboards são obtidas pelo processamento da madeira de eucalipto, de cor natural marrom, apresentando a face superior lisa e a inferior corrugada. As fibras de eucalipto aglutinadas com a própria lignina da madeira são prensadas a quente, por um processo úmido que reativa esse aglutinante, não necessitando a adição de resinas, formando chapas rígidas de alta densidade, com espessuras que variam de 2,5 mm a 3,0 mm. 3. Chapa de fibra: MDF – Chapa de densidade média As chapas MDF (medium density fiberboard), com densidade entre 500 e 800 kg/m³, são produzidas com fibras de madeira aglutinadas com resina sintética termofixa. Apresentam superfície plana e lisa, adequada a diferentes acabamentos, como pintura, envernizamento, impressão, revestimento e outros. Estes painéis possuem bordas densas e de textura fina, apropriados para trabalhos de acabamento. Pode ser serrada, torneada, lixada, furada, trabalhada de diversas e recebe bem pregos, parafusos e colas, sendo utilizada em portas de armário, frentes de gavetas, tampos de mesa, molduras, pisos e outras aplicações. A matéria-prima preferida para sua fabricação é a madeira de florestas plantadas, sendo favorecido o pinus. 4. Chapas de partículas: aglomerado Chapa de partículas de madeiras (pinus ou eucalipto) provenientes de reflorestamento e aglutinadas com resina sintética termofixa. São chapas estáveis, podendo ser cortadas em qualquer direção permitindo maior aproveitamento. O aglomerado deve ser revestido, sendo indicado na aplicação de lâminas de madeira natural e laminados plásticos. É amplamente utilizado pela indústria de móveis, construção civil entre outros. Por não apresentar resistência à umidade, o aglomerado deve ser utilizado em ambientes internos e secos. As espessuras mais utilizadas para painéis e divisórias são de 24 e 32 mm. Por ser um material com uma densidade não muito boa seu preço é menor. serragem unida com cola e revestida com uma película de madeira ou plástico, mais leve porém menos durável que a madeira maciça. 5. Chapas de partículas: OSB – Painéis de partículas orientadas Formados por camadas de partículas ou de feixes de fibras com resinas fenólicas orientados em uma mesma direção e prensados. Cada painel consiste de três a cinco camadas, orientadas em ângulo de 90 graus umas com as outras. A resistência à flexão é alta, não tanto quanto a da madeira maciça, mas tão alta quanto a dos compensados estruturais, com custo mais baixo devido ao emprego de matéria-prima menos nobre. Não admitem incorporar resíduos finos, como no caso dos aglomerados. Os OSB têm a elasticidade da madeira aglomerada convencional mas são mais resistentes mecanicamente. Aplicação em pisos, divisórias (paredes), coberturas (telhados) e obras temporárias (tapumes e alojamentos). 6. Cimento-madeira Painel composto basicamente de partículas ou fibras de madeira (agregado), cimento Portland (aglomerante) e água, numa proporção de 1:3:1,5 (com base no peso). Aditivos químicos têm sido empregados com o propósito de reduzir o tempo de endurecimento do cimento, acelerando o desenvolvimento da resistência. Indicado para ambientes úmidos e com riscos de incêndios, onde o emprego de aglomerados convencionais se torna inadequado. O uso é destacado para paredes de casas pré- fabricadas, bancadas (parapeito), pisos, revestimento de túneis, paredes divisórias, paredes isolantes térmico e acústico, portas corta fogo, forros de casas, pavilhões, estádios e edifícios públicos, banheiros, lavanderias, cozinhas, E s q u a d ri a s Além de durável e com boa fixação mecânica, a espécie precisa ter estabilidade dimensional, ou seja, não pode apresentar grandes alterações de tamanho ao longo do tempo, o que acontece no contato com a água, por exemplo. As melhores são angelim-pedra, freijó e mogno APLICAÇÕES DA MADEIRA MACIÇA Esquadrias A madeira apresenta diversas vantagens para a fabricação de esquadrias: 01. Durabilidade. Existem portas seculares por todo o mundo, abrindo e fechando diariamente. 02. A beleza natural incomparável da madeira. 03. A possibilidade de pintura em cores diversas.04. A possibilidade de projetar esquadrias especiais. 05. Isolamento termo-acústico. 06. Facilidade de manutenção. 07. Segurança - Possibilidade de instalação de grades metálicas fixas ou móveis (pantográficas). 08. Esquadria estruturada, permitindo a instalação sem os vidros. 09. Maiores opções de escolha de modelos. E s tr u tu ra Na obra do arquiteto José Berti Kirsten (foto) , foi utilizado na estrutura o ipê. As madeiras recomendadas para estrutura são: Piquiá Itaúba Jarana Maçaranduba Garapa Cumaru Cupiuba Angelim-pedra Eucalipto Citriodora Eucalipto Grandis APLICAÇÕES DA MADEIRA MACIÇA E s tr u tu ra Residência das Algas - MarchettiBonetti + Arquitetos Associados. Com orientação leste- oeste para aproveitar ao máximo a insolação, o projeto com 334 m² em Florianópolis (SC) tem esquadrias ripadas que favorecem a ventilação cruzada e o aproveitamento da luz do sol, sem perder a privacidade Casa GCP - Bernardes Arquitetura. Localizada em Porto Feliz (SP), a casa de fim de semana, com 910 m² de área construída, é definida por dois pavilhões. Um deles, que concentra os ambientes sociais, tem estrutura de madeira com brises pivotantes de cobre azinhavrado (oxidação esverdeada da superfície), que protegem as salas do sol da tarde Residência Itatiba - RoccoVidal P+W. A casa com 1.800 m², projetada para os fins de semana da família, possui elementos contemporâneos que evidenciam as texturas de materiais como pedras naturais e madeira. Casa NSN - Biselli + Katchborian Arquitetos Associados. Localizada em Curitiba, a residência apresenta um jogo de volumes estruturados em madeira, pedra natural e concreto. No térreo, a área social, livre de pilares em seus dez metros de vão, abre-se completamente para o pátio interno Residências da Mata - Gui Mattos. Erguidas sobre pilotis, as casas deste condomínio em Porto Feliz (SP) tiram proveito da topografia acidentada. O projeto arquitetônico previu a racionalização da montagem por meio de estruturas metálicas e lajes pré-fabricadas. Treliças para a fachada em madeira e banheiros prontos também agilizaram a execução do conjunto com 5,3 mil m² Bambu CONSTRUÇÃO CIVIL Infra-estruturas • Pontes • Estabilizações/ estradas • Drenagem • Contenção de talude • Postes, etc. Bambu CONSTRUÇÃO CIVIL Edificações • Pilares • Vigas • Contraventamentos • Reforço estrutural Bambu CONSTRUÇÃO CIVIL Edificações • Pilares • Vigas • Contraventamentos • Reforço estrutural Pré-fabricados • Vedações tubulares • Vigamentos • Blocos - Painéis • Telhas • Estruturação de forros Auxiliares • Andaimes • Escadas • Estroncas • Formas Laminados • Pisos / rodapés • Forros • Lambris • Portas, etc. A recente produção em larga escala dos laminados de bambu chamados de plybooem referência aos laminados de madeira (Plywood), possibilitou um novo mercado na utilização do bambu na construção. Existem uma série de máquinas próprias para o processamento de bambu. Laminados Centro Cultural Max Feffer, Pardinho, SP • Existem mais de 1.100 espécies e 90 gêneros originários de todos os continentes, com exceção do Europeu; • É a planta de mais rápido crescimento de todo o reino vegetal; • Produz maior quantidade de oxigênio que qualquer outra planta; • Produz mais do dobro de biomassa do que qualquer outra espécie florestal (ha/ano); • Embora atinja a plenitude produtiva entre 5 e 7 anos, permite o primeiro corte já aos três anos; Tratamentos o bambu não tratado pode apresentar uma vida útil entre um e três anos quando utilizado em áreas abertas; em contato com o solo, de quatro a seis anos quando em áreas cobertas e de livre de contato com solo; e entre 10 e 15 anos, quando utilizado em áreas cobertas em excelentes condições. Quando os bambus são tratados, a vida útil pode se estender por vários anos, como ocorre com as madeiras de reflorestamento. a) Cura na touceira: após o corte, deixa-se o bambu na própria moita, afastado do solo por quatro semanas, com suas ramas e folhas. Esse processo permite uma diminuição do teor de amido, pela assimilação da seiva pelas folhas. Após esse período, cortam-se as folhas e ramas e efetua- se a secagem em área coberta e ventilada. b) Cura pela imersão em água: em contato com a água, procura-se reduzir ou eliminar o amido, por meio da fermentação biológica anaeróbica (ausência de ar), por um período de quatro a sete semanas, preferencialmente submergindo os colmos em água corrente. c) Cura pela ação do fogo: para eliminar a seiva por exsudação e alterar quimicamente o amido, tornando-o menos atrativo aos insetos. Neste processo, ocorre o derretimento da cera existente na camada superficial do bambu, criando uma coloração marrom característica nos móveis e varas de pesca em bambu d) Imersão em solução de sais hidrossolúveis: deve-se imergir totalmente os colmos secos na solução preservativa (sulfato de cobre (1%) + dicromato de sódio (1%) + acido bórico (1%) e então armazená- los por vários dias, para a dispersão do produto. e) Autoclave: utiliza-se o mesmo equipamento para tratamento de madeiras usuais; no caso do bambu, deverá estar previamente tratado para evitar o ataque de insetos durante a secagem, assim como perfurado em seus internós para saída do ar durante a execução do vácuo. f) Método Boucherie modificado: é considerado o método mais eficiente para tratamento de colmos de bambu. A seiva ainda líquida do colmo recém-colhido é retirada por pressão (de 7 mca) e em seu lugar é colocado um produto preservativo(borato de cobre cromatado), de ação inseticida e fungicida. Método Boucherie modificado Autoclave Resistência os nós têm influência maior quando as cargas são concentradas na direção perpendicular às fibras do colmo, ampliando a resistência em 45%, em relação às seções sem nós. Se uma carga de compressão é aplicada paralelamente à fibra, os valores da resistência das seções do colmo, incorporando os nós, são cerca de 8% superiores às seções sem os nós