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Contestação em Ação de Cobrança

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AO JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CURITIBA/PR
PROCESSO N. XXX
JORGE, nacionalidade, estado civil, empresário, inscrito no CPF n. xxx, residente e domiciliado no endereço XXX, por meio de seu Advogado, devidamente constituído, conforme mandato anexo, inscrito na OAB/ES nº XXX, com endereço profissional XXX, vem oferecer:
 C O N T E S T A Ç Ã O nos termos do artigo 335 do Código de Processo Civil
 
Em face da AÇÃO DE COBRANÇA, em trâmite nesse Juízo, registrado sob o n. XXX, proposta por MIGUEL, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF n. xxx, residente e domiciliado no endereço XXX, pelos reais fatos emotivos de direito expostos a seguir.
RESUMO DOS FATOS
A parte requerente alega que decide delegar a gestão de seus bens imóveis ao requerido através de mandato, afim de que tenha resultados lucrativos na administração dos bens. Em contrato ficou estipulado a remuneração ao requerido de 5% sobre a receita gerada.
O requerido recebe uma oferta de Maria sobre um apartamento do qual tem uma redução de 10% sobre o valor de mercado, chegando a quantia de R$1.000.000,00 (um milhão de reais). O mesmo assim o fez, sem comunicar o requerido.
O requerido celebrou o instrumento particular de compromisso de compra e venda, recebendo o valor de R$20.000,00 (vinte mil reais) como um sinal, após comunicou o requerente sobre a transação finalizada, e que irá transferir o valor de venda, deduzindo a sua remuneração, sendo 5% sobre a venda, o que totaliza R$50.000,00 (cinquenta mil reais).
Acontece, que o requerente não pretendia se desfazer de nenhum imóvel de sua propriedade. E os poderes que o requerido possuía não outorgavam o direito de alienar imóveis. Sendo assim, o requerido solicita a anulação do negócio.
A anulação do negócio, gerou para Maria o direito de multa sobre a devolução do sinal, com ressarcimento em dobro, o que totaliza R$40.000,00 (quarenta mil reais). O requerente solicita ainda que seja recebido por ele o valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais) que se refere ao negócio jurídico feito, pois alega que é devido pelo seu esforço despendido, mesmo que negócio não tenha gerado receita de lucro ao requerente.
O requerido solicita que o requerente deposite em sua conta o valor de R$90.000,00 (noventa mil reais) para desfazer a operação, de modo a compensar o ressarcimento da Maria e sobre a cobrança de seu suposto trabalho em desacordo estipulado em contrato.
Pelo requerente não concordar com as cobranças, não faz o pagamento, e procede com a revogação de poderes concedidos ao requerido. Embora toda a alegação da parte requerida, tais informações não devem prosperar, pois houve quebra de clausula contratual, que excedeu os poderes que lhe foram outorgados.
DO DIREITO
De acordo com o Código Civil, o mandato é uma espécie de contrato, em que uma pessoa (mandatário) recebe poderes de outra (mandante), para, em nome e por conta desta, praticar ato ou administrar interesses.
Verifica-se que o contrato de mandato foi firmado nos termos do artigo 661 do Código Civil, ou seja, não foi concedido ao mandatário poderes para alienar imóveis. Todavia, mesmo não possuindo poderes e sem permissão do mandante, o mandatário alienou imóvel para Maria por valor abaixo de mercado, configurando ato “ultra vires”, tipificado no artigo 1015 do Código Civil.
Dessa forma, mostra-se impróprio que o mandante restitua qualquer valor ao mandatário haja vista que não lhe foi concedido poderes e nem autorização para alienar qualquer bem do mandante, portanto, mostra-se, inviável que o mandante efetue pagamento de 5% sobre o valor de venda tendo em vista que ela não foi concretizada por não possuir poderes para tanto, conforme artigo 662 do CC.
Infere-se que não cabe ao réu efetuar o pagamento de valor em dobro requerido por Maria no montante de R$40.000,00 (quarenta mil reais) uma vez que não deu causa a promessa de venda, conforme artigo 675 do CC.
Tanto é verdade que logo após a comunicação de venda, o mandante determinou que o negócio fosse desfeito imediatamente por ter agido com excesso de poderes. Após o negócio efetivamente desfeito, Jorge revogou os poderes anteriormente concedidos.
DOS PEDIDOS
Requer que sejam os pedidos do autor julgados totalmente improcedentes;
Protesta por todos os meios de direito admitidos para comprovar os fatos alegados, especialmente prova documental, testemunhal e depoimento pessoal das partes.
Manifesta-se a parte requerida sobre seu interesse na realização de audiência de conciliação ou mediação, nos termos do art. 319, VII do CPC.
Termos em que,
Pede deferimento.
Cidade, dia, mês, ano.
Advogado
OAB nº

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