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Conceito e Evolução do Estado

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Aula 14 - Somente em
PDF - Profº Stefan
Fantini
TJ-MA - Noções de Gestão Pública e
Ética - 2024 (Pós-Edital)
Autor:
Stefan Fantini, Tiago Zanolla
21 de Abril de 2024
70418331278 - Homero Camurça Varela
Stefan Fantini, Tiago Zanolla
Aula 14 - Somente em PDF - Profº Stefan Fantini
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Conceito e Evolução do Estado. Formas de Estado. Sistemas de Governo. Três Poderes 3
..............................................................................................................................................................................................2) Questões Conceito e Evolução do Estado. Formas de Estado. Sistemas de Governo. Três Poderes 26
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ESTADO: CONCEITO E EVOLUÇÃO DO ESTADO MODERNO. 
1 – O que é Estado? 
Conforme vimos em nossa aula 00, o termo “Estado” surgiu pela primeira vez em 1513, na obra O 
Príncipe, de Maquiavel. 
Para Maquiavel, o Estado é uma sociedade política organizada, que exige autoridade própria e 
regras bem definidas, com o objetivo de permitir a convivência de seus membros. 
Foi com o advento do chamado Estado Moderno que a definição mais aceita de Estado foi 
difundida. Nesse sentido, é com Jellinek que se verificam os elementos essenciais (elementos 
constitutivos) do Estado. De acordo com o autor, o Estado “é a corporação de um povo, assentado 
num determinado território e dotada de um poder originário de mando”. 
Conforme explica Alexandre de Moraes, “Estado é forma histórica de organização jurídica, 
limitado a um determinado território, com população definida e dotado de soberania, que em 
termos gerais e no sentido moderno configura-se como um poder supremo no plano interno e um 
poder independente no plano internacional”.1 
Ou seja, os elementos básicos/essenciais, originários, e indissociáveis do Estado (ou elementos 
constitutivos do Estado), segundo a doutrina tradicional, são: território, povo e governo 
soberano. Vejamos cada um desses elementos:2 
Território: trata-se do limite de atuação soberana do Estado. Ou seja, é a área geográfica na 
qual o Estado exerce a sua soberania. 
No âmbito do respectivo território, o poder do Estado é uno. Isso é, naquela área geográfica 
não existem outras “autoridades” (em outras palavras, no âmbito de seu território o Estado 
não “divide” a sua soberania com qualquer outro Estado). 
Povo: É o conjunto de cidadãos de um Estado. A cidadania é adquirida pelo indivíduo 
quando ele é integrado ao Estado mediante o preenchimento de certos requisitos 
elaborados pelo Estado quando de seu surgimento (quando de sua constituição). 
Governo Soberano (ou Poder Político): Conforme explica Scalabrin, atualmente, o conceito 
de soberania progrediu para considerar duas perspectivas:3 
 
1 MORAES (2015) apud PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. 
p.22 
2 JELINEK apud BONAVIDES (2009) apud SCALABRIN, Felipe. MELO, Débora S. S. Ciência política e teoria geral do estado. São 
Paulo, Editora SAAH: 2017. p.35 
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a) poder supremo do Estado (perspectiva “interna”): no sentido de o Estado é o mais 
elevado poder daquela sociedade e, portanto, a última instância de decisão sobre 
qualquer norma jurídica. Trata-se de dimensão interna que evidencia a superioridade 
do Estado sobre as demais organizações da própria sociedade. 
b) poder de independência do Estado (perspectiva “externa”): no sentido de que o 
Estado não se submete a potências estrangeiras. Assim, o Estado é independente 
nas suas relações com os demais Estados. 
 
Povo ≠ População ≠ Nação 
 
Povo, População e Nação são coisas diferentes! 
 
Conforme vimos, povo é o conjunto de cidadãos. Ou seja, é o conjunto de indivíduos 
que preencheram os requisitos para serem considerados cidadãos de determinado 
Estado. 
 
População, por sua vez, é apenas um conjunto de pessoas que estão no território de 
um Estado em determinado momento (ainda que temporariamente). Ou seja, a 
população designa apenas uma expressão “numérica”, econômica ou demográfica.4 
 
Por exemplo: um francês que está de férias no Brasil em dezembro pode, naquele 
momento, ser considerado parte da população brasileira (contudo, não será 
considerado parte do povo brasileiro). 
 
Por fim, a nação é um conceito relacionado ao conjunto de indivíduos que, fixados em 
um território, compartilham origem, cultura, língua, religião, costumes, afinidades 
materiais, afinidades espirituais, afinidades econômicas, etc. Ou seja, são indivíduos que 
possuem uma identidade e estão ligados por “laços” comuns. 
 
 
3 SCALABRIN, Felipe. MELO, Débora S. S. Ciência política e teoria geral do estado. São Paulo, Editora SAAH: 2017. p.40 
4 SCALABRIN, Felipe. MELO, Débora S. S. Ciência política e teoria geral do estado. São Paulo, Editora SAAH: 2017. p.35 
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(VUNESP – Prefeitura de Mogi das Cruzes-SP – Procurador Jurídico – 2016 - ADAPTADA) 
O primeiro teórico a utilizar a palavra Estado para denominar uma sociedade política foi 
Maquiavel, em sua obra O Príncipe, em 1513. 
Comentários: 
Isso mesmo! O termo “Estado” surgiu pela primeira vez em 1513, na obra O Príncipe, de 
Maquiavel. 
Gabarito: correta. 
(CESPE – INSS – Perito) 
Povo, território e governo soberano são elementos do Estado. 
Comentários: 
Isso mesmo! Os elementos básicos/essenciais, originários e indissociáveis do Estado (ou elementos 
constitutivos do Estado), segundo a doutrina tradicional, são: território, povo e governo soberano 
(poder político). 
Gabarito: correta. 
(FMP Concursos – TJ-MT – Juiz - ADAPTADA) 
Nação é um conceito ligado a um agrupamento humano cujos membros, fixados num território, 
são ligados por laços culturais, históricos, econômicos e linguísticos. 
Comentários: 
Isso mesmo! A assertiva trouxe, corretamente, um conceito de Nação. 
Gabarito: correta. 
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2 – Origem e Formação dos Estados2.1 – Modos de Formação dos Estados 
Conforme explica Azambuja, existem 03 modos pelos quais, historicamente, os Estados se 
formam5: 
a) Modos Originários: a formação do Estado é inteiramente nova. O Estado nasce 
diretamente da população e do país, sem “derivar” de outro Estado preexistente. 
b) Modos Secundários: ocorre quando vários Estados se unem para formar um novo Estado, 
ou então quando um Estado se “divide” (se fraciona) para formar outros Estados. 
c) Modos Derivados: a formação do Estado ocorre por influências exteriores (influências 
advindas de outros Estados). 
 
2.2 – Evolução do “Estado” e surgimento do Estado Moderno 
Conforme bem resume Matias-Pereira, antes do surgimento do Estado Moderno, havia 04 “tipos” 
de Estado:6 
Sociedade nômade: cuja organização era bastante primitiva. 
Estado-cidade (Cidade-estado): surgido com a Grécia Antiga, e cuja sociedade era muito 
sofisticada. 
Império Burocrático: adotado na China. 
Estado feudal: o qual, a partir dos excedentes agrícolas, criou as condições básicas para 
acelerar o dinamismo do mercado. 
Em relação ao surgimento do Estado moderno, Norberto Bobbio destaca duas teses antagônicas e 
igualmente válidas para justificar a realidade política posterior à época medieval:7 
Teoria da descontinuidade: de acordo com essa corrente de pensamento, o Estado 
moderno representou uma verdadeira ruptura com a sociedade política medieval, através 
de um processo de inevitável concentração do poder de comando sobre determinado 
 
5 AZAMBUJA, Darcy. Introdução à ciência política. São Paulo, Globo: 2005. p.101 
6 MATIAS-PEREIRA, José. Administração Pública: foco nas instituições e ações governamentais, 5ª edição. São Paulo, Atlas: 
2018. P.19 
7 BOBBIO (2007) apud SCALABRIN, Felipe. MELO, Débora S. S. Ciência política e teoria geral do estado. São Paulo, Editora SAAH: 
2017. p.50 
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território mais vasto e da monopolização de alguns serviços essenciais para a ordem 
interna. 
Desta forma, são considerados elementos constitutivos do Estado moderno “a presença de 
um aparato administrativo com a função de prover a prestação de serviços públicos e o 
monopólio legítimo da força”. 
Teoria da continuidade: de acordo com essa linha de pensamento, o Estado moderno é, na 
realidade, um produto da evolução das sociedades medievais. Por essa razão, muitos 
elementos presentes no pensamento moderno (como a noção de soberania e de povo) já 
eram tratados pelos pensadores gregos e romanos. 
Não é à toa, por exemplo, que, mesmo no período medieval, persistia a noção de um rei e 
de um império, que somente ganhou vigor graças aos comentadores medievais da legislação 
romana. É, portanto, ainda na Idade Média que se coloca em discussão a questão da 
fundamentação do poder, que depois evoluirá para o pensamento sobre o Estado moderno. 
 
2.3 – Teorias sobre a Origem do Estado 
Vejamos, a seguir, uma síntese das principais teorias sobre a Origem do Estado: 8 
Teorias Não Contratuais 
Teorias da Origem Violenta (Dialética): De acordo com essas Teorias, o Estado nasceu da 
força e da violência. Quando uma pessoa (ou um grupo de poucas pessoas) controlam as 
demais pessoas. 
De acordo com Oppenheimer, a norma básica do Estado é o poder. Ou seja, o Estado é visto 
pela sua origem: violência transformada em poder. Trata-se de uma organização social 
impostar por um “grupo vencedor” (grupo que “conquistou”) a um “grupo vencido”. 
Teoria Familial (Teoria da Origem Familiar / Teoria Evolucionária / Teoria Patriarcal): De 
acordo com essa teoria, o Estado desenvolveu-se naturalmente, a partir da união de laços 
de parentesco, onde o mais forte (ou mais experiente) detinha o controle do poder. 
Trata-se de uma Teoria bem antiga, muito criticada e pouco aceita atualmente. Isso, pois, é 
uma teoria que não pode ser confirmada historicamente e, além disso, o Estado é sempre a 
reunião de inúmeras famílias. 
 
8 MATIAS-PEREIRA, José. Administração Pública: foco nas instituições e ações governamentais, 5ª edição. São Paulo, Atlas: 
2018. p.20 e AZAMBUJA, Darcy. Introdução à ciência política. São Paulo, Globo: 2005. pp.89-100 
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Teoria do Direito Divino: Essa Teoria surgiu na Europa, entre os séculos XV e XVIII. De 
acordo com a Teoria do Direito Divino, o Estado foi criado por Deus, e é Deus que dá o 
poder divino aos reis para que eles governem. 
Teoria da Origem Patrimonial (Econômica): trata-se de uma Teoria desenvolvida por Karl 
Marx e Friedrich Engels, que está relacionada à origem econômica: proteção da 
propriedade privada e regulamentação de relações patrimoniais. 
De acordo com os autores, o surgimento do poder político e do Estado decorre da 
dominação econômica do homem pelo próprio homem. Nesse sentido, o Estado vem a ser 
uma ordem coativa, instrumento de dominação de uma classe sobre a outra. Os autores 
explicam que todos os fenômenos históricos são produto das relações econômicas entre os 
homens. 9 
Teoria da Origem no Desenvolvimento Interno da Sociedade (Teoria Natural): De acordo 
com essa Teoria, o próprio desenvolvimento natural e “espontâneo” da sociedade que dá 
origem ao Estado. Ou seja, quando as sociedades atingem um maior grau de 
“desenvolvimento” e alcançam uma forma mais “complexa”, elas passam a necessitar de 
um “Estado” o qual, consequentemente, naturalmente se constitui. 
 
Teorias Contratuais 
Teoria Contratual (Teoria do Contrato Social): De acordo com essa Teoria, o Estado nasce 
de um contrato social, evoluindo do “estado de natureza” para o “Estado democrático”. 
*O Estado de Natureza significa o período em que os indivíduos se organizavam 
apenas pelas “Leis da Natureza”. Ou seja, os indivíduos podiam fazer o que quisessem 
e se utilizavam de todos os meios para atingir seus objetivos. 
Conforme Hobbes explica, os indivíduos têm uma tendência natural à violência, e 
seus desejos individuais, em um estado de natureza, geravam disputadas que 
poderiam levar à morte. É daí que surge a famosa frase de Hobbes: “O homem é o 
lobo do homem”. 
Os principais teóricos da Teoria Contratual são: John Locke, Thomas Hobbes, Jean-Jacques 
Rousseau, Grotius e Spinoza. Vejamos alguns aspectos desses teóricos: 
Hobbes afirma que “ante a tremenda e sangrenta anarquia do estado de natureza, 
os homens tiveram que abdicar em proveito de um homem ou de uma assembleia os 
 
9 MATIAS-PEREIRA, José. Administração Pública: foco nas instituições e ações governamentais, 5ª edição. São Paulo, Atlas: 
2018. p.25 
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seus direitos ilimitados, fundando assim o Estado, o Leviatã, o Deus mortal, que os 
submete à onipotência da tirania que eles próprios criaram.”10 
De acordo com Hobbes, o homem já nasce mau e não sabe viver em sociedade. O 
autor defende o Estado Absolutista. 
Para Hobbes, o Estado se apresenta como o “senhor absoluto”, cabendo aos 
cidadãos (ou súditos) a obediência sem questionamento, pois o Estado funciona 
como uma ordem absoluta e controladora, com o objetivo de tirar os homens da 
guerra de “todos contra todos”. 11 
Spinosa, ao seu turno, também considera que os homens se viram forçados a pôr fim 
ao estado de natureza mediante um contrato (com o qual criaram o Estado), 
abdicando, neste contrato, todos os direitos (menos o de pensar, de falar e de 
escrever).12 
Grotius explica “que os homens, levados pela simpatia recíproca, associaram-se por 
um pactovoluntário”.13 
Locke, por sua vez, “baseia o contrato e, portanto, o Estado, no consentimento de 
todos, que desejavam criar um órgão para fazer justiça e manter a paz”.14 
Para Locke, o nascimento do Estado é um ato de liberdade de decisão e princípio de 
sobrevivência e preservação. Locke sustenta que o contrato não gera um Estado 
Absoluto, uma vez que esse contrato poderia ser desfeito (como qualquer outro 
contrato) e que o Estado não pode tirar dos indivíduos o poder supremo de sua 
propriedade. 
De acordo com Locke, os homens são bons, livres e independentes. Locke é 
considerado o pai do individualismo e defende o Estado Liberal. 
Rousseau, por fim, entende que “o contrato deve ter sido geral, unânime e baseado 
na igualdade dos homens”.15 Rousseau foi autor da obra “O contrato social”. 
Para Rousseau, deve haver a participação direta do povo nos atos do legislativo. O 
autor defende a ideia do Estado Democrático. 
 
 
10 AZAMBUJA, Darcy. Introdução à ciência política. São Paulo, Globo: 2005. p.91 
11 MATIAS-PEREIRA, José. Administração Pública: foco nas instituições e ações governamentais, 5ª edição. São Paulo, Atlas: 
2018. p.20 e AZAMBUJA, Darcy. Introdução à ciência política. São Paulo, Globo: 2005. pp.89-100 
12 Ibid 
13 Ibid 
14 Ibid 
15 Ibid 
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(ESAF – ANA – Analista Administrativo) 
Segundo as teorias não-contratualistas, em sua forma originária, o Estado teria uma entre as 
seguintes origens, exceto: 
a) a ampliação do núcleo familial ou patriarcal. 
b) os atos de força, violência ou conquista. 
c) as causas econômicas ou patrimoniais. 
d) o desenvolvimento interno da sociedade. 
e) o fracionamento de Estados preexistentes. 
Comentários: 
A única assertiva que não traz um modo originário de formação do Estado é a letra E. 
O “fracionamento de Estados” preexistentes é um modo secundário de formação do Estado. 
Todas as demais alternativas (A, B, C e D) trazem Teorias Não Contratualistas de formação 
originária do Estado. 
O gabarito é a letra E. 
 
3 – Evolução do Estado Moderno (Segundo Matias-Pereira) 
Conforme explica Matias-Pereira “o Estado Moderno é resultado de uma evolução que teve início 
há mais de três séculos. A fase mais antiga é a Monarquia; a segunda fase do Estado Moderno é o 
Estado Liberal, criado em decorrência das Revoluções Liberais na França e na Inglaterra; a terceira 
fase do Estado Moderno, que surge no final do século XIX, com a crise do Estado Liberal, que não 
consegue mais responder às demandas sociais – fase em que surgem as ideologias de Direita 
(Fascismo) e de Esquerda (Comunismo); na quarta fase surge o Estado Democrático Liberal, em 
função dos reflexos da crise econômica e social ocorrida em 1929, que muda a forma de atuação 
do Estado e amplia a democracia para a sociedade como um todo (veja a esse respeito os estudos 
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de John Maynard Keynes). Na Europa, como resultado da crise de 1929 e da Segunda Guerra 
Mundial, aprofunda-se o Estado-providência”.16 
Ou seja, de acordo com o autor, a criação do estado moderno passou por 04 fases/estágios: 
 
 
 
(CESPE – CGE-CE – Auditor de Controle Interno - 2019) 
Desde a sua formação inicial, o estado moderno atravessou três séculos de evolução, passando por 
quatro estágios consecutivos de desenvolvimento. A respeito desses estágios, é correto afirmar 
que 
a) o segundo estágio de desenvolvimento do estado moderno é a monarquia. 
 
16 MATIAS-PEREIRA, José. Administração Pública: foco nas instituições e ações governamentais, 5ª edição. São Paulo, 
Atlas: 2018. p.20 e AZAMBUJA, Darcy. Introdução à ciência política. São Paulo, Globo: 2005. pp.21-22 
4 - Estado Democrático Liberal
Surgiu em função dos reflexos da crise econômica e social ocorrida em 1929, que muda a forma de atuação do 
Estado e amplia a democracia para a sociedade como um todo.
3 - Crise do Estado Liberal
Surge no final do século XIX, em decorrência da crise do Estado Liberal, que não consegue mais responder às 
demandas sociais. Nessa fase, surgem as ideologias de Direita (Fascismo) e de Esquerda (Comunismo).
2 - Estado Liberal
Criado em decorrência das Revoluções Liberais na França e na Inglaterra.
1 - Monarquia
É a primeira fase. Fase mais antiga.
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b) o estado liberal é considerado o estágio de desenvolvimento mais avançado do estado 
moderno. 
c) a criação de movimentos políticos de direita e esquerda antecede a crise do estado liberal. 
d) o quarto estágio de desenvolvimento do estado moderno é o estado democrático liberal. 
e) o primeiro e o segundo estágios de desenvolvimento do estado moderno são, respectivamente, 
a monarquia e o estado-providência. 
Comentários: 
A questão se baseou na visão de evolução do Estado Moderno de Matias-Pereiras. 
Letra A: errada. De acordo com Matias-Pereira o segundo estágio de desenvolvimento do estado 
moderno é o Estado Liberal. 
Letra B: errada. Nada disso. O Estado Liberal é o segundo estágio/fase. 
Letra C: errada. É na fase da Crise do Estado Liberal que surgem as ideologias de Direita (Fascismo) 
e de Esquerda (Comunismo). 
Letra D: correta. Isso mesmo. De acordo com Matias-Pereira, a quarta fase de desenvolvimento do 
estado moderno é o estado democrático liberal. 
Letra E: errada. O primeiro e o segundo estágios de desenvolvimento do estado moderno são, 
respectivamente, a monarquia e o Estado Liberal. 
O gabarito é a letra D. 
 
 
 
 
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FORMAS DE ESTADO E SISTEMAS DE GOVERNO 
1 – Formas de Estado 
A Forma de Estado se refere a maneira pela qual o poder está territorialmente dividido, ou seja, é 
a forma como o Estado se organiza politicamente. O que irá definir a Forma de Estado é a 
repartição territorial do poder. Nesse sentido, um Estado poderá ser unitário ou federal. 
Estado Unitário: No Estado Unitário o poder está territorialmente centralizado. Sua 
característica, portanto, é a centralização política. Existe um único poder político central 
em todo o território do Estado. 
Estado Federal: No Estado Federal, por sua vez, o poder está territorialmente 
descentralizado. Sua característica, portanto, é a descentralização política. Existem diversos 
Entes Políticos autônomos distribuídos pelo território do Estado. 
O Brasil, por exemplo, adota a Federação como forma de Estado. A República Federativa do 
Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados (estados-membros), Municípios e do 
Distrito Federal. 
Portanto, o Brasil é um Estado Federal, no qual existem diversos Entes Federativos (União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios), todos autônomos, que possuem capacidade 
política e governo próprio. Essa autonomia se baseia na capacidade de autolegislação, 
autoadministração, auto-organização e autogoverno. 
 
Soberania ≠ Autonomia 
 
Soberania e Autonomia são duas coisas diferentes! 
 
Conforme vimos anteriormente, a soberania se relaciona ao caráter supremo de um 
poder, no sentido de que o Estado, no âmbito externo, não se submete a potências 
estrangeiras e, no âmbito interno, é o mais elevado poder daquela sociedade. Ou seja, 
o Estado é independente nas suas relações com os demais Estados e não há qualquer 
outro poder acima (ouigual) a ele. 
 
Autonomia, por sua vez, pressupõe as capacidades de autolegislação, 
autoadministração, auto-organização e autogoverno. 
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Apenas a República Federativa do Brasil – RFB (ou seja, o “Estado Brasileiro”) é 
considerada soberano. 
 
Os entes internos (União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) são todos 
autônomos (jamais soberanos!) 
 
2 – Sistemas de Governo 
O Sistema de Governo, ao seu turno, se refere à maneira como os Poderes se relacionam 
(especialmente o Poder Executivo e o Poder Legislativo). Nesse sentido, há dois sistemas de 
governo: parlamentarismo e presidencialismo. 
Parlamentarismo: O parlamentarismo teve origem na Inglaterra. Suas principais 
características são as seguintes: 
a) No âmbito do Poder Executivo, há distinção entre as funções de Chefia de Estado 
(representação do País nas relações internacionais) e as funções de Chefia de 
Governo (chefia da Administração Pública Federal e direção das políticas públicas do 
Estado). Portanto, o Chefe de Estado e o Chefe de Governo não são a mesma pessoa; 
em outras palavras, a chefia do Poder Executivo é dual. 
b) Há a interdependência entre os Poderes Legislativo e Executivo. O Primeiro 
Ministro (Chefe de Governo – Poder Executivo) só se mantém no poder enquanto 
possuir o apoio do Parlamento (Poder Legislativo). Caso o Primeiro-Ministro perca o 
apoio do Parlamento, poderá ser destituído por ele. 
Da mesma forma, caso o povo perca a confiança no Parlamento, o Primeiro-Ministro 
(Chefe de Governo – Poder Executivo) poderá destituir e dissolver o Parlamento 
(Poder Legislativo) e convocar novas eleições para a formação de um novo 
Parlamento. 
c) O mandato é por prazo indeterminado. No âmbito do parlamentarismo, o 
Primeiro-Ministro (Chefe de Governo) ocupa o cargo por tempo indeterminado. Ou 
seja, enquanto mantiver o apoio do Parlamento. 
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Presidencialismo: O presidencialismo teve origem nos EUA. Suas principais características 
são as seguintes: 
a) No âmbito do Poder Executivo, a Chefia de Estado (representação do País nas 
relações internacionais) e a Chefia de Governo (chefia da Administração Pública 
Federal e direção das políticas públicas do Estado) são exercidas pela mesma pessoa 
(o Presidente da República). Portanto, o Chefe de Estado e o Chefe de Governo são a 
mesma pessoa (o Presidente da República); em outras palavras, a chefia do Poder 
Executivo é unipessoal (ou monocrática). 
b) Há a independência entre os Poderes Legislativo e Executivo. Ou seja, não existe 
qualquer vínculo entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo. O Presidente pode 
ser eleito mesmo que não detenha o apoio do parlamento. Da mesma forma, o 
Presidente não pode interferir no mandato dos parlamentares (Deputados e 
Senadores). 
c) O mandato é por prazo determinado. No âmbito do presidencialismo, o 
Presidente da República ocupa o cargo por um tempo pré-determinado. Ou seja, 
quando o presidente é eleito, ele já possui um prazo “pré-fixado” durante o qual irá 
exercer suas funções. 
O Brasil, por exemplo, adota o Presidencialismo como sistema de Governo. O Presidente da 
República é eleito para um mandato de 04 (quatro) anos, podendo haver uma única 
reeleição. 
 
(CESPE – MI – Analista Técnico) 
Consoante o modelo de Estado federativo adotado pelo Brasil, os estados-membros são dotados 
de autonomia e soberania, razão por que elaboram suas próprias constituições. 
Comentários: 
Nada disso! Os estados-membros são dotados de autonomia (jamais de soberania!). 
Apenas o Estado Brasileiro (ou seja, a República Federativa do Brasil – RFB) é que possui soberania. 
Gabarito: errada. 
(FCC – DPE-PR – Defensor Público – 2017 - ADAPTADA) 
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A soberania é atributo exclusivo do Estado Federal, restando aos Estados-membros a autonomia, 
na forma da descentralização da atividade administrativa e do poder político. 
Comentários: 
Isso mesmo! 
Apenas o Estado Brasileiro (ou seja, a República Federativa do Brasil – RFB) é considerado 
soberano. 
Os entes internos (União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) são todos autônomos. 
Gabarito: correta. 
(FCC – DPE-PR – Defensor Público – 2017 - ADAPTADA) 
O Estado Unitário é conduzido por uma única entidade política, que centraliza o poder político; o 
Estado Federal é composto por mais de um governo, todos autônomos em consonância com a 
Constituição. 
Comentários: 
Isso mesmo! 
No Estado Unitário o poder está territorialmente centralizado. Sua característica, portanto, é a 
centralização política. Existe um único poder político central em todo o território do Estado. 
No Estado Federal, por sua vez, o poder está territorialmente descentralizado. Sua característica, 
portanto, é a descentralização política. Existem diversos Entes Políticos autônomos distribuídos 
pelo território do Estado. 
Gabarito: correta. 
 
 
 
 
 
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TRÊS PODERES DO ESTADO 
De início, vale dizer que a expressão “Separação de Poderes” ou “Tripartição de Poderes” não está 
tecnicamente correta. 
Isso, pois, o poder (que emana do povo), é uno, indivisível e indelegável. Nesse sentido, o mais 
correto seria dizer “separação de funções” de um mesmo poder (o Poder Político). 
Contudo, a expressão “separação de poderes” é comumente utilizada. 
O Estado moderno é formado por três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. 
A Teoria da Separação dos Poderes foi difundida pelo pensamento de Montesquieu, em sua obra 
o “Espírito das Leis”. 
De acordo com Montesquieu, “quando na mesma pessoa ou no mesmo corpo de magistratura o 
poder Legislativo está reunido ao Poder Executivo, não há liberdade, pois que se pode esperar que 
esse monarca ou esse senado façam leis tirânicas para executá-las tiranicamente”. 17 
Ou seja, a Teoria da Separação dos Poderes parte do pressuposto de que quando o poder político 
está totalmente concentrado em uma única pessoa, a tendência é que essa pessoa abuse do poder 
e cometa arbitrariedades. 
Portanto, o que se busca com a Teoria da Separação dos Poderes é limitar o poder Estatal e evitar 
arbitrariedades, através da desconcentração do poder político. 
Destaque-se que a Constituição Federal de 1988 não adotou um modelo rígido de separação de 
poderes. Ou seja, a CF/88 adotou um modelo flexível de separação de poderes. Isso significa que 
os poderes, além de exercerem suas funções típicas (funções de caráter predominante), também 
exercem funções atípicas (ou seja, funções “acessórias”, as quais são exercidas 
predominantemente pelos outros poderes). 
Por exemplo: 
Poder Legislativo: Exerce a função típica de legislar (elaborar normas gerais e abstratas). 
Contudo, também exerce funções atípicas de natureza executiva (como quando dispõe 
sobre sua organização) e funções atípicas de natureza jurisdicional (como quando o Senado 
Federal julga o presidente da República nos crimes de responsabilidade). 
 
17 DALLARI (2013) apud SCALABRIN, Felipe. MELO, Débora S. S. Ciência política e teoria geral do estado. São Paulo, Editora 
SAAH: 2017. p.61 
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Poder Executivo: Exerce as funções típicas de executar as leis, e exercer atos de 
administração e chefia do Estado e do Governo. Contudo, também exerce funções atípicas 
de natureza legislativa (como quando o Presidente da República edita Medidas Provisórias, 
com força de lei) e funções atípicas de natureza jurisdicional (como quando julga recursos 
administrativos). 
Poder Judiciário: Exerce a função típica de julgar (função jurisdicional). Contudo, também 
exerce funções atípicas de natureza legislativa (como quando elabora o regimento interno 
de seus Tribunais) e funções atípicas de natureza executiva (como quando concede licenças 
e férias aos magistrados – função tipicamente administrativa do executivo). 
Conforme destaca o art. 2° da CF/88, “são Poderes da União, independentes e harmônicos entre 
si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” 
Dizer que os poderes são independentes, significa que eles não estão subordinados 
hierarquicamente uns aos outros. Dizer que os poderes são harmônicos, por sua vez, significa 
dizer que eles não atuam de forma “isolada”; mas sim em um regime de cooperação e 
colaboração mútua. 
Contudo, cabe destacar que essa “independência” é limitada pelo sistema de freios e contrapesos 
(checks and balances). 
O sistema de freios e contrapesos estabelece mecanismos de fiscalização e responsabilização 
recíprocos entre os Poderes, com o objetivo de evitar abusos. Ou seja, o sistema de freios e 
contrapesos consiste em uma sistemática de “interferência”/”interpenetração” legítima de um 
poder sofre o outro, nas condições e nos limites estabelecidos na Constituição Federal, com o 
objetivo de estabelecer o equilíbrio e evitar abusos por parte de algum dos poderes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO ESTRATÉGICO 
O que é Estado? 
Conforme explica Alexandre de Moraes, “Estado é forma histórica de organização jurídica, 
limitado a um determinado território, com população definida e dotado de soberania, que em 
termos gerais e no sentido moderno configura-se como um poder supremo no plano interno e um 
poder independente no plano internacional”.18 
 
Povo ≠ População ≠ Nação 
 
Povo, População e Nação são coisas diferentes! 
 
Conforme vimos, povo é o conjunto de cidadãos. Ou seja, é o conjunto de indivíduos 
que preencheram os requisitos para serem considerados cidadãos de determinado 
Estado. 
 
População, por sua vez, é apenas um conjunto de pessoas que estão no território de 
um Estado em determinado momento (ainda que temporariamente). Ou seja, a 
população designa apenas uma expressão “numérica”, econômica ou demográfica.19 
 
Por exemplo: um francês que está de férias no Brasil em dezembro pode, naquele 
momento, ser considerado parte da população brasileira (contudo, não será 
considerado parte do povo brasileiro). 
 
Por fim, a nação é um conceito relacionado ao conjunto de indivíduos que, fixados em 
um território, compartilham origem, cultura, língua, religião, costumes, afinidades 
materiais, afinidades espirituais, afinidades econômicas, etc. Ou seja, são indivíduos que 
possuem uma identidade e estão ligados por “laços” comuns. 
 
18 MORAES (2015) apud PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. 
p.22 
19 SCALABRIN, Felipe. MELO, Débora S. S. Ciência política e teoria geral do estado. São Paulo, Editora SAAH: 2017. p.35 
ESTADO TERRITÓRIO POVO
GOVERNO 
SOBERANO 
(PODER 
POLÍTICO)
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Modos de Formação dos Estados 
 
Teorias sobre a Origem do Estado 
 
Modos de 
Formação dos 
Estados
Modos 
Originários
a formação do Estado é inteiramente nova. O Estado nasce diretamente da população
e do país, sem “derivar” de outro Estado preexistente
Modos 
Secundários
ocorre quando vários Estados se unem para formar um novo Estado, ou então quando 
um Estado se “divide” (se fraciona) para formar outros Estados
Modos Derivados
a formação do Estado ocorre por influências exteriores (influências advindas de 
outros Estados).
Teorias sobre 
a Origem do 
Estado
Teorias Não 
Contratuais
Teorias da 
Origem Violenta
(Dialética)
o Estado nasceu da força e da violência. Quando uma pessoa (ou um grupo 
de poucas pessoas) controlam as demais pessoas. De acordo com 
Oppenheimer, a norma básica do Estado é o poder. Ou seja, o Estado é visto 
pela sua origem: violência transformada em poder. Trata-se de uma 
organização social impostar por um “grupo vencedor” (grupo que 
“conquistou”) a um “grupo vencido”.
Teoria Familial
(Teoria da Origem 
Familiar / Teoria
Evolucionária /
Teoria Patriarcal)
o Estado desenvolveu-se naturalmente, a partir da união de laços de 
parentesco, onde o mais forte (ou mais experiente) detinha o controle do 
poder. Trata-se de uma Teoria bem antiga, muito criticada e pouco aceita 
atualmente. Isso, pois, é uma teoria que não pode ser confirmada 
historicamente e, além disso, o Estado é sempre a reunião de inúmeras 
famílias.
Teoria do Direito 
Divino
Essa Teoria surgiu na Europa, entre os séculos XV e XVIII. De acordo com a 
Teoria do Direito Divino, o Estado foi criado por Deus, e é Deus que dá o
poder divino aos reis para que eles governem.
Teoria da Origem 
Patrimonial 
(Econômica)
trata-se de uma Teoria desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels, que 
está relacionada à origem econômica: proteção da propriedade privada e 
regulamentação de relações patrimoniais. De acordo com os autores, o 
surgimento do poder político e do Estado decorre da dominação econômica
do homem pelo próprio homem. Nesse sentido, o Estado vem a ser uma 
ordem coativa, instrumento de dominação de uma classe sobre a outra. 
Teoria da Origem 
no 
Desenvolvimento 
Interno da 
Sociedade (Teoria 
Natural)
De acordo com essa Teoria, o próprio desenvolvimento natural e 
“espontâneo” da sociedade que dá origem ao Estado. Ou seja, quando as 
sociedades atingem um maior grau de “desenvolvimento” e alcançam uma 
forma mais “complexa”, elas passam a necessitar de um “Estado” e ele, 
consequentemente, naturalmente se constitui.
Teorias 
Contratuais
Teoria Contratual
(Teoria do 
Contrato Social)
De acordo com essa Teoria, o Estado nasce de um contrato social, evoluindo 
do “estado de natureza” para o “Estado democrático”. 
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Evolução do Estado Moderno (Segundo Matias-Pereira) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 - Estado Democrático Liberal
Surgiu em função dos reflexos da crise econômica e social ocorrida em 1929, que muda a forma de atuação do 
Estado e amplia a democracia para a sociedade como um todo.
3 - Crise do Estado Liberal
Surge no final do século XIX, em decorrência da crise do Estado Liberal, que não consegue mais responder às 
demandas sociais. Nessa fase, surgem as ideologias de Direita (Fascismo) e de Esquerda (Comunismo).
2 - Estado Liberal
Criado em decorrência das Revoluções Liberais na França e na Inglaterra.
1 - Monarquia
É a primeira fase. Fase mais antiga.
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==2002c0==
Formas de Estado e Sistemas de Governo 
 
 
 
Formas de 
Estado e 
Sistemas de 
Governo
Formas de 
EstadoEstado Unitário
No Estado Unitário o poder está territorialmente centralizado. Sua 
característica, portanto, é a centralização política. Existe um único poder 
político central em todo o território do Estado
Estado Federal
No Estado Federal, por sua vez, o poder está territorialmente 
descentralizado. Sua característica, portanto, é a descentralização 
política. Existem diversos Entes Políticos autônomos distribuídos pelo 
território do Estado.
Sistemas de 
Governo
Parlamentarismo
No âmbito do Poder Executivo, há distinção entre as funções de Chefia de 
Estado (representação do País nas relações internacionais) e as funções 
de Chefia de Governo (chefia da Administração Pública Federal e direção 
das políticas públicas do Estado). A chefia do Poder Executivo é dual.
Há a interdependência entre os Poderes Legislativo e Executivo. 
O mandato é por prazo indeterminado.
Presidencialismo
No âmbito do Poder Executivo, a Chefia de Estado (representação do País 
nas relações internacionais) e a Chefia de Governo (chefia da 
Administração Pública Federal e direção das políticas públicas do Estado) 
são exercidas pela mesma pessoa (o Presidente). A chefia do Poder 
Executivo é unipessoal (ou monocrática).
Há a independência entre os Poderes Legislativo e Executivo. 
O mandato é por prazo determinado. 
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Soberania ≠ Autonomia 
 
Soberania e Autonomia são duas coisas diferentes! 
 
Conforme vimos anteriormente, a soberania se relaciona ao caráter supremo de um 
poder, no sentido de que o Estado, no âmbito externo, não se submete a potências 
estrangeiras e, no âmbito interno, é o mais elevado poder daquela sociedade. Ou seja, 
o Estado é independente nas suas relações com os demais Estados e não há qualquer 
outro poder acima (ou igual) a ele. 
 
Autonomia, por sua vez, pressupõe as capacidades de autolegislação, 
autoadministração, auto-organização e autogoverno. 
 
Apenas a República Federativa do Brasil – RFB (ou seja, o “Estado Brasileiro”) é 
considerada soberano. 
 
Os entes internos (União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) são todos 
autônomos (jamais soberanos!) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. (UERR – SETRABES – Agente - 2018) 
O Estado, consoante o Direito Administrativo, possui três elementos originários e indissociáveis: 
a) povo, território e governo soberano. 
b) povo, nação e governabilidade. 
c) povo, território e governabilidade. 
d) Governo soberano, independência e nação. 
e) povo, soberania e governo independente. 
Comentários: 
Os elementos básicos/essenciais, originários e indissociáveis do Estado (ou elementos constitutivos 
do Estado), segundo a doutrina tradicional, são: território, povo e governo soberano (poder 
político). 
O gabarito é a letra A. 
2. (FEPESE – PGE-SC – Procurador do Estado - 2018) 
Apenas a República Federativa do Brasil possui soberania, ao passo que os Estados-Membros, o 
Distrito Federal e os Municípios detêm autonomia. 
Comentários: 
Isso mesmo! Assertiva perfeita! 
Gabarito: correta. 
3. (CESPE – TRT 8a Região – Analista Judiciário - 2016) 
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A respeito dos elementos do Estado, assinale a opção correta. 
a) Povo, território e governo soberano são elementos indissociáveis do Estado. 
b) O Estado é um ente despersonalizado. 
c) São elementos do Estado o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder Executivo. 
d) Os elementos do Estado podem se dividir em presidencialista ou parlamentarista. 
e) A União, o estado, os municípios e o Distrito Federal são elementos do Estado brasileiro. 
Comentários: 
Os elementos básicos/essenciais, originários e indissociáveis do Estado (ou elementos constitutivos 
do Estado), segundo a doutrina tradicional, são: território, povo e governo soberano (poder 
político). 
O gabarito é a letra A. 
4. (NUCEPE – PC-PI – Perito Criminal – 2018 - ADAPTADA) 
No Parlamentarismo, as funções de Chefe de Estado e de Chefe de Governo não são exercidas 
por uma única pessoa. 
Comentários: 
Isso mesmo! 
No parlamentarismo, no âmbito do Poder Executivo, há distinção entre as funções de Chefia de 
Estado (representação do País nas relações internacionais) e as funções de Chefia de Governo 
(chefia da Administração Pública Federal e direção das políticas públicas do Estado). Portanto, o 
Chefe de Estado e o Chefe de Governo não são a mesma pessoa; a chefia do Poder Executivo é 
dual. 
Gabarito: correta. 
5. (NUCEPE – PC-PI – Perito Criminal – 2018 - ADAPTADA) 
No Presidencialismo, as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo encontram-se nas 
mãos de uma única pessoa, qual seja, o Presidente da República; esta forma de governo é a 
prevista na Constituição Brasileira. 
Comentários: 
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Muito cuidado! 
A primeira parte da assertiva está correta. De fato, no Presidencialismo, as funções de Chefe de 
Estado e Chefe de Governo encontram-se nas mãos de uma única pessoa. 
Contudo, a segunda parte da assertiva está errada. Isso, pois, o presidencialismo é um sistema de 
governo (e não “forma” de governo, conforme mencionado pela assertiva). 
Gabarito: errada. 
6. (NUCEPE – PC-PI – Perito Criminal – 2018 - ADAPTADA) 
O Brasil adota um sistema de governo presidencialista, no qual o principal representante do 
Executivo é o presidente da República, que desempenha o papel de chefe de Estado e de 
Governo. 
Comentários: 
Isso mesmo! 
O sistema de governo adotado no Brasil é o presidencialismo. Nesse sistema, o chefe de Estado e 
chefe de Governo são a mesma pessoa (Presidente da República). 
Gabarito: correta. 
7. (CCV – UFC – Assistente em Administração - 2015) 
Os elementos essenciais para justificar a existência de um Estado são: 
a) o povo, o território e o poder político. 
b) o executivo, o legislativo e o judiciário. 
c) a união, os estados e os municípios. 
d) o mercado, a economia e a política. 
e) o governo, a política e o congresso. 
Comentários: 
Os elementos básicos/essenciais, originários e indissociáveis do Estado (ou elementos constitutivos 
do Estado), segundo a doutrina tradicional, são: território, povo e governo soberano (poder 
político). 
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O gabarito é a letra A. 
8. (Exército – EsFCEx – Administração - 2014) 
Conceitualmente são definidos como elementos essenciais para a constituição do Estado 
Moderno: 
a) Território, Sociedade e Estado Constituído. 
b) Povo, Território e Poder político. 
c) Sociedade, Poder Político e Governo. 
d) Governo, Povo e Nação. 
e) Nação, Povo e Território. 
Comentários: 
Os elementos básicos/essenciais, originários e indissociáveis do Estado (ou elementos constitutivos 
do Estado), segundo a doutrina tradicional, são: território, povo e governo soberano (poder 
político). 
O gabarito é a letra B. 
9. (CESPE – TC-DF – Analista de Administração Pública - 2014) 
A autonomia dos estados-membros caracteriza-se pela sua capacidade de auto-organização, 
autolegislação, autogovernoe autoadministração, ao passo que a soberania da União 
manifesta-se em todos esses elementos e, ainda, no que concerne à personalidade 
internacional. 
Comentários: 
Muito cuidado! 
A primeira parte da assertiva está correta. De fato, a autonomia dos estados-membros caracteriza-
se pela sua capacidade de auto-organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração. 
Contudo, a segunda parte da assertiva está errada. Isso, pois, a União não é soberana. Assim como 
os Estados-membros, os Municípios, e o DF, a União é autônoma (jamais soberana!). 
Apenas a República Federativa do Brasil (ou seja, o “Estado Brasileiro”) é soberana. 
Gabarito: errada. 
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10. (CESPE – CRPM – Analista - 2013) 
O Brasil adotou a forma republicana de governo e o modelo federativo de Estado que se embasa 
na autonomia e na soberania dos estados-membros, expressa pela capacidade destes de se 
auto-organizarem por meio das constituições estaduais. 
Comentários: 
Nada disso! 
Os estados-membros não são soberanos! 
Os estados-membros são autônomos. 
Apenas a República Federativa do Brasil (ou seja, o “Estado Brasileiro”) é soberana. 
Gabarito: errada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
1. (UERR – SETRABES – Agente - 2018) 
O Estado, consoante o Direito Administrativo, possui três elementos originários e indissociáveis: 
a) povo, território e governo soberano. 
b) povo, nação e governabilidade. 
c) povo, território e governabilidade. 
d) Governo soberano, independência e nação. 
e) povo, soberania e governo independente. 
2. (FEPESE – PGE-SC – Procurador do Estado - 2018) 
Apenas a República Federativa do Brasil possui soberania, ao passo que os Estados-Membros, o 
Distrito Federal e os Municípios detêm autonomia. 
3. (CESPE – TRT 8a Região – Analista Judiciário - 2016) 
A respeito dos elementos do Estado, assinale a opção correta. 
a) Povo, território e governo soberano são elementos indissociáveis do Estado. 
b) O Estado é um ente despersonalizado. 
c) São elementos do Estado o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder Executivo. 
d) Os elementos do Estado podem se dividir em presidencialista ou parlamentarista. 
e) A União, o estado, os municípios e o Distrito Federal são elementos do Estado brasileiro. 
4. (NUCEPE – PC-PI – Perito Criminal – 2018 - ADAPTADA) 
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No Parlamentarismo, as funções de Chefe de Estado e de Chefe de Governo não são exercidas 
por uma única pessoa. 
5. (NUCEPE – PC-PI – Perito Criminal – 2018 - ADAPTADA) 
No Presidencialismo, as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo encontram-se nas 
mãos de uma única pessoa, qual seja, o Presidente da República; esta forma de governo é a 
prevista na Constituição Brasileira. 
6. (NUCEPE – PC-PI – Perito Criminal – 2018 - ADAPTADA) 
O Brasil adota um sistema de governo presidencialista, no qual o principal representante do 
Executivo é o presidente da República, que desempenha o papel de chefe de Estado e de 
Governo. 
7. (CCV – UFC – Assistente em Administração - 2015) 
Os elementos essenciais para justificar a existência de um Estado são: 
a) o povo, o território e o poder político. 
b) o executivo, o legislativo e o judiciário. 
c) a união, os estados e os municípios. 
d) o mercado, a economia e a política. 
e) o governo, a política e o congresso. 
8. (Exército – EsFCEx – Administração - 2014) 
Conceitualmente são definidos como elementos essenciais para a constituição do Estado 
Moderno: 
a) Território, Sociedade e Estado Constituído. 
b) Povo, Território e Poder político. 
c) Sociedade, Poder Político e Governo. 
d) Governo, Povo e Nação. 
e) Nação, Povo e Território. 
9. (CESPE – TC-DF – Analista de Administração Pública - 2014) 
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==2002c0==
 
A autonomia dos estados-membros caracteriza-se pela sua capacidade de auto-organização, 
autolegislação, autogoverno e autoadministração, ao passo que a soberania da União 
manifesta-se em todos esses elementos e, ainda, no que concerne à personalidade 
internacional. 
10. (CESPE – CRPM – Analista - 2013) 
O Brasil adotou a forma republicana de governo e o modelo federativo de Estado que se embasa 
na autonomia e na soberania dos estados-membros, expressa pela capacidade destes de se 
auto-organizarem por meio das constituições estaduais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
1. Letra A 
2. CORRETA 
3. Letra A 
4. CORRETA 
5. ERRADA 
6. CORRETA 
7. Letra A 
8. Letra B 
9. ERRADA 
10. ERRADA 
 
 
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Referências Bibliográficas 
AZAMBUJA, Darcy. Introdução à ciência política. São Paulo, Globo: 2005. 
MATIAS-PEREIRA, José. Administração Pública: foco nas instituições e ações governamentais, 5ª edição. 
São Paulo, Atlas: 2018. 
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. 
SCALABRIN, Felipe. MELO, Débora S. S. Ciência política e teoria geral do estado. São Paulo, Editora SAAH: 
2017. 
 
 
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