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FARMACOLOGIA E-BOOK FARMACOLOGIA Seja bem-vindo! Obrigado por fazer parte do nosso propósito de levar conhecimento com qualidade para o maior número de pessoas possíveis, por confiar e acreditar no nosso trabalho assim como nós acreditamos e confiamos no seu potencial. Acreditamos que você pode chegar onde quiser sempre com mais conhecimento. Você já é diferente por ter acesso a esse e-book e certificado. Você poderá ter acesso aos nossos cursos e congressos pelo nosso site: www.cessetembro.com.br Quer ser um Aluno Premium? Faça parte da A Nova Classe: www.anovaclasse.com.br Vamos fazer história juntos! @CESSETEMBRO @ANOVACLASSE http://cessetembro.com.br/cursos http://www.anovaclasse.com.br/ http://instagram.com.br/CESSETEMBRO http://instagram.com.br/ANOVACLASSE Clique no ícone da impressora. 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Farmacologia: estudo dos efeitos dos fármacos no funcionamento de sistemas vivos Interação entre um fármaco e um sistema biológico 4500 a.C. – Mesopotâmia: registros escritos de 250 plantas medicinais como a papoula e a mandrágora; 1550 a.C. – Egito: um dos primeiros registros históricos que menciona o uso de fármacos (Papiro de Edwin Smith) e relato da forma de preparo e uso cerca de 700 remédios extraídos de plantas como romã, babosa, cebola, alho, coentro (Papiro de Ebers); 77 d.C.: Dioscórides escreveu "Sobre Material Médico" com 944 preparações de 657 de plantas; 131-200 d.C.: Galeno de Pérgamo escreve “Drogas paralelas”; Séc. XV: Paracelso, fundador da Bioquímica e da Toxicologia, escreveu “A dose faz o veneno”; Séc XVII-XVIII – Iluminismo: pensamento científico e conhecimento fisiológico; HISTÓRICO DA FARMACOLOGIA Era natural: conhecimento empírico baseado em plantas. 1804: Friedrich Sertürner isola a morfina 1817: Carl Linnaeus isola a estriquinina 1820: Pierre-Joseph Pelletier e Joseph Bienaimé Caventou isolam o quinino usado no tratamento da malária 1828: Johann Buchner isola a salicilina usada no tratamento de dores e febre 1847: Rudolf Buchheim funda o primeiro instituto de Farmacologia 1897: Felix Hoffmann sintetiza a aspirina a partir do ácido salicílico 1932: Josef Klarer e Fritz Mietzsch sintetizam o prontosil precursor dos antibióticos Era sintética: farmacologia como ciência 1978: Genentech produz insulina humana a partir de E. Coli com DNA recombinante 1981: Genentech produz hormônio de crescimento (GH) com DNA recombinante 1990: Primeira tentativa de terapia gênica Era biotecnológica: avanços na farmacologia Interações químicas entre fármacos e tecidos: Receptores; Enzimas; Moléculas transportadoras; Canais iônicos; Como agem os fármacos “Um fármaco não agirá, a menos que esteja ligado.” Paul Ehrlich Interação fármaco-receptor: ligação pode ou não resultar na ativação do receptor Na ativação o receptor é afetado pelo fármaco, alterando seu comportamento e desencadeando uma resposta tecidual Dois fatores influenciam na ligação e ativação do receptor: Afinidade: ligação Eficácia: ativação Interação fármaco-receptor: ligação pode ou não resultar na ativação do receptor AGONISTA: se liga e causa resposta Total: resposta máxima, mesmo sem ocupar 100% dos receptores Parcial: resposta submáxima, mesmo com ocupação de 100% dos receptores Eficácia intermediária Inverso: resposta oposta Eficácia negativa ANTAGONISTA: se liga, não causa resposta e impede ligação do agonista Agonista e antagonista competem pelo mesmo sítio de ligação Irreversível: antagonista não se dissocia ou se dissocia muito lentamente do receptor e mesmo com aumento da dose do agonista, não haverá ligação Não haverá efeito Reversível: com aumento da concentração do agonista, há deslocamento do antagonista, ligação do agonista Efeito ANTAGONISTA: se liga, não causa resposta e impede ligação do agonista Interação fármaco-receptor: ligação pode ou não resultar na ativação do receptor. ANTAGONISTA: se liga, não causa resposta e impede ligação do agonista Agonista e antagonista competem pelo mesmo sítio de ligação Interação fármaco-receptor: ligação pode ou não resultar na ativação do receptor Um determinado fármaco liga-se preferencialmente em determinado receptor, assim como receptores específicos reconhecem apenas uma classe de fármacos Não existe fármaco completamente específico Aumento de dose favorece a ligação inespecífica de um fármaco Efeitos colaterais Um determinado fármaco liga-se preferencialmente em determinado receptor, assim como receptores específicos reconhecem apenas uma classe de fármacos Não existe fármaco completamente específico Aumento de dose favorece a ligação inespecífica de um fármaco Efeitos colaterais Menor potência, mais efeitos colaterais Bons fármacos precisam ser o mais específico possível Um mesmo fármaco pode ser agonista total em determinado tecido e agonista parcial ou antagonista em outro tecido Número de receptores, natureza do acoplamento e tipo de resposta MODULAÇÃO DE RESPOSTA MODULAÇÃO ALOSTÉRICA: fármacos se ligam na região alostérica do receptor e influenciam sua resposta Aumento/diminuição da afinidade agonista-receptor, alteração da eficácia, geração de resposta independente ANTAGONISMO QUÍMICO: combinação de duas substâncias que resulta na perda da atividade do fármaco Quelantes, infliximabe (anti-inflamatório ANTAGONISMO FARMACOCINÉTICO: redução da concentração de um fármaco em seu local de ação Aumento da velocidade do metabolismo, redução da velocidade de absorção gastrointestinal ou aumento da velocidade de eliminação renal MODULAÇÃO DE RESPOSTA BLOQUEIO DA RESPOSTA: bloqueio da cadeia de eventos pós ativação do receptor que leva a produção de resposta pelo agonista Cetamina ANTAGONISMO FISIOLÓGICO: interação entre dois fármacos com ações opostas no organismo que tem como resultado anulação mútua de efeito Histamina e omeprazol DESSENSIBILIZAÇÃO E TOLERÂNCIA: redução gradual do efeito de um fármaco administrado continuamente Dessensibilização (rápido), tolerância (lento), refratariedade (perda de eficácia terapêutica) e resistência (antimicrobianos/antineoplásicos ALTERAÇÃO EM RECEPTORES: alteração conformacional, fos ALTERAÇÃO EM RECEPTORES: alteração conformacional, fosforilação de proteínas ou internalização de receptores (translocação) DEPLEÇÃO DE MEDIADORES: depleção de substância intermediária essencial Anfetamina ALTERAÇÃO NO METABOLISMO: administração repetida de uma mesma dose de um fármaco leva redução progressiva da concentração plasmática Aumento do metabolismo ADAPTAÇÃO FISIOLÓGICA: alteração de expressão gênica levando a anulação do efeito do fármaco Alteração dos níveis de moléculas reguladoras Os fármacos agem primeiramente através da ativação de receptores, gerando efeitos terapêuticos imediatos RESPOSTA IMEDIATA E DURADOURA Efeitos secundários e mais lentos Alteração da função celular, alteração nos receptores e expressão gênica COMO OS MEDICAMENTOS FUNCIONAM? INTRODUÇÃO Farmacocinética: o que o organismo faz com o fármaco vs. Farmacodinâmica: o que o fármacofaz no organismo Administração, absorção, distribuição, metabolismo e excreção TRANSLOCAÇÃO DE MOLÉCULAS Moléculas dos fármacos se movem pelo organismo de duas maneiras: Fluxo de massas: corrente sanguínea, fluído linfático e líquor Não importa características químicas da molécula Sistema cardiovascular Difusão: interação molécula-molécula (curtas distâncias) Difere muito entre diferentes fármacos Lipossolubilidade, tamanho e carga das moléculas Difusão simples ou por transportadores Simples: moléculas sem carga e lipossolúveis Difere entre os órgãos Diferentes tipos de membranas Difusão simples ou por transportadores Transportadores: carreadores e dependentes de ATP Carreadores amplamente distribuídos Antibióticos, anti-inflamatórios, antineoplásicos Dependentes de ATP túbulos renais, canalículos biliares, TGI, astrócitos Metformina Interação de fármacos Variação genética Perda/aumento de resposta Membranas celulares diferem entre os órgãos – Constituição e transportadores BHE e placenta são menos permeáveis Proteção contra substâncias tóxicas e dificuldade para distribuição e atividade dos fármacos Fígado e baço apresentam endotélio não contínuo Livre passagem Outros fatores podem influenciar a ação dos fármacos Ligação a proteínas plasmáticas Maior parte dos fármacos se encontra ligado à proteínas no plasma sanguíneo (ativo – livre) Atividade e eficácia Albumina: competição de fármacos Afinidade do fármaco pela proteína e concentração de proteínas Outros fatores podem influenciar a ação dos fármacos Partição na gordura corporal – Grande compartimento apolar Fármacos altamente lipossolúveis Administração aguda Anestésicos gerais Administração crônica Benzodiazepínicos e inseticidas Outros fatores podem influenciar a ação dos fármacos Partição em outros locais Cloroquina - melanina Retina Toxicidade ocular Amiodarona (arritmia cardíaca) – fígado e pulmão Hepatite e fibrose Tetraciclina – cálcio Ossos e dentes Não recomendado para crianças ABSORÇÃO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Absorção: passagem do fármaco do local de administração para o plasma Não acontece na administração pela via intravenosa Metabolismo de primeira passagem: enzimas metabolizadoras hepáticas e intestinais agem sobre o fármaco antes que ele chegue na corrente sanguínea Biodisponibilidade: fração do fármaco que chega de forma intacta na circulação Metabolismo de primeira passagem: enzimas metabolizadoras hepáticas e intestinais agem sobre o fármaco antes que ele chegue na corrente sanguínea Biodisponibilidade: fração do fármaco que chega de forma intacta na circulação Característica do fármaco, variação das atividades enzimáticas, pH gástrico, motilidade intestinal Preparação vs. Indivíduo vs. Ocasião Bioequivalência: genéricos – BD 80%-125% ABSORÇÃO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • Absorção: passagem do fármaco do local de administração para o plasma Não acontece na administração pela via intravenosa Metabolismo de primeira passagem: enzimas metabolizadoras hepáticas e intestinais agem sobre o fármaco antes que ele chegue nacorrente sanguínea Biodisponibilidade: fração do fármaco que chega de forma intacta na circulação Metabolismo de primeira passagem: enzimas metabolizadoras hepáticas e intestinais agem sobre o fármaco antes que ele chegue na corrente sanguínea Biodisponibilidade: fração do fármaco que chega de forma intacta na circulação Característica do fármaco, variação das atividades enzimáticas, pH gástrico, motilidade intestinal Preparação vs. Indivíduo vs. Ocasião Bioequivalência: genéricos – BD 80%-125% Vias de administração: Ora Sublingual Retal Aplicação: pele, córnea, vagina, mucosa nasal Inalação Injeção: subcutânea, intramuscular, intravenosa, intratecal, intravítrea Vias de administração: Vias de administração e absorção: Via oral: maioria dos fármacos Maior parte da absorção acontece no intestino 75% – 1-3 horas Conteúdo e motilidade intestinal, fluxo sanguíneo, tamanho e formulação das partículas e interação entre fármacos Formulações específicas: cápsulas/comprimidos que permanecem intactos por várias horas (retardar absorção), mistura de componentes para promover absorção rápida e sustentada (administração menos frequente) Vancomicina: pouca absorção intestinal – tratamento de infecção por Clostridium Via sublingual: absorção na cavidade oral Efeito rápido Não tem efeito de primeira passagem Fármacos instáveis em pH gástrico ou rapidamente metabolizados pelo fígado ABSORÇÃO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Via retal – supositório Efeito local: Colite ulcerativa Efeito sistêmico Quadro emético ou incapacidade de deglutição Diazepam em crianças em quadro epiléptico Absorção pela mucosa que recobre o tecido linfoide nasal Hormônio liberador de gonadotrofina Hormônio antidiurético Calcitonina Ocitocina Aplicação cutânea Efeito local: Pouca absorção na pele intacta Efeito sistêmico: Gel anti-inflamatório Nicotina Reposição hormonal de estrógeno/testosterona e anticoncepcional Taxa estável de absorção e sem metabolismo de primeira passagem Aplicação nasal – spray Aplicação ocular – colírio Efeito local sem causar efeitos colaterais sistêmicos Antibióticos e anti-inflamaórios Tratamento de glaucoma (dorzolamida) Redução da pressão ocular Não afeta os rins Pode causar broncoespasmos em asmáticos Bolus x infusão constante Subcutânea e intramuscular: geralmente mais rápida que via oral Depende do local da injeção e do fluxo sanguíneo Intratecal (subaracnóide): patologias do SNC e anestesia local Intravítrea: ranibizumabe (ac monoclonal) – tratamento da degeneração macular associada a idade Inalação Anestésicos voláteis e gasosos para os pulmões Corticóides e broncodilatadores: Necessidade de alcançar altas concentrações local Minimizar os efeitos adversos sistêmicos (taquicardia) Pode ocorrer absorção parcial Injeção Intravenosa: via rápida DISTRIBUIÇÃO Os fármacos são distribuídos de maneiras distintas entre os diferentes compartimentos líquidos do organismo (plasma, líquido intersticial, líquido intracelular, líquido transcelular e gordura) Depende da permeabilidade das membranas, das ligações dentro dos compartimentos, pH, lipossolubilidade Fármacos não lipossolúveis ficam no plasma e líquido intersticial, mas não penetram no SNC Fármacos lipossolúveis chegam a todos os compartimentos e podem ser acumular no tecido adiposo Um fármaco pode interferir na distribuição do outro Competição para se ligar em proteínas plasmáticas ou teciduais Barreira hematoencefálica Eliminação na urina de forma inalterada ou como metabólito polar (maioria) Secretados na bile pelo fígado Reabsorvidos no intestino Eliminação nas fezes Pulmão (agentes voláteis e gasosos) Leite e suor (pequenas quantidades) Barreira hematoencefálica A eliminação dos fármacos se dá pela saída definitiva do organismo Diversas formas: Metabolismo: principalmente no fígado – citocromo P450 Redução de lipossolubilidade e aumento da eliminação renal Fases 1 e 2 Fase 1: oxidação, redução ou hidrólise Catabólica Produtos mais tóxicos que o fármaco original CYP1, 2 e 3: polimorfismo genético Indução/inibição enzimática: suco de laranja (-), erva de São João e couve de Bruxelas (+) METABOLISMO E ELIMINAÇÃO Metabolismo: principalmente no fígado – citocromo P450 Redução de lipossolubilidade e aumento da eliminação renal Fases 1 e 2 Fase 2: conjugação Anabólica Produtos inativos Ocorre principalmente no fígado Metabolismo Fases 1 e 2 Interações medicamentosas causadas por indução enzimática Redução da atividade farmacológica Aumento de toxicidade em caso de metabólito ativo tóxico Antibiótico/anticoncepcional Interações medicamentosas causadas por inibição enzimática Aumento da atividade farmacológica Perda de atividade quando ação se deve ao metabólito ativo Coquetel HIV Interações medicamentosas causadas por indução/inibição enzimática Interações medicamentosas causadas por alteração na excreção Alteração da ligação com proteínasplasmáticas – albumina Alteração na filtração glomerular – amiodarona e digoxina Inibição da secreção tubular Alteração do fluxo e pH urinário – diuréticos Problemas renais e idosos (arritmia cardíaca) FARMACOCINÉTICA Farmacodinâmica: o que o fármaco faz no organismo Estudos dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação vs. Farmacocinética: o que o organismo faz com o fármaco MECANISMOS DE AÇÃO Os efeitos da administração dos fármacos resultam da interação fármaco-alvos farmacológicos no organismo, que levam à respostas bioquímicas e fisiológicas que são características de cada fármaco Os efeitos da administração dos fármacos resultam da interação fármaco-alvos farmacológicos no organismo, que levam à respostas bioquímicas e fisiológicas que são características de cada fármaco Alvos farmacológicos proteicos: receptores, canais iônicos, enzimas e transportadores Exceções: fármacos que agem em proteínas estruturais (tubulina), em proteínas citosólicas (imunofilinas), em DNA/constituintes da parede celular de células/microorganismos e anticorpos que sequestram citocinas ALVOS FARMACOLÓGICOS PROTEICOS RECEPTORES: elementos sensores no sistema de comunicações químicas que coordenam a função de todas as células do organismo Mensageiros químicos – hormônios, transmissores ou outros tipos de mediadores CANAIS IÔNICOS: portões que se abrem e fecham e estão presentes nas membranas celulares permitindo a passagem seletiva de íons Controlados por ligantes ou por voltagem Fármacos agem de maneira direta, por ligação ortostérica ou alostérica ou por bloqueio do canal e por ação indireta, envolvendo a ligação com a proteína G ou alterando o nível de expressão dos canais na superfície celular ENZIMAS: o fármaco é um substrato análogo e age como inibidor competitivo ou não competitivo da enzima ou é um falso substrato que altera a via metabólica normal Captopril (anti-hipertensivo) e fluoruracila (antineoplásico) • TRANSPORTADORES: proteínas que ajudam no transporte de substâncias não lipossolúveis através das membranas Fármacos podem bloquear o sistema de transporte TIPOS DE RECEPTORES A ligação fármaco-receptores podem resultar em diferentes tipos de respostas e efeitos celulares Respostas podem ser desde muito rápidas (milissegundos) até extremamente lentas (horas ou dias) Tipos: receptores ionotrópicos (canais iônicos), receptores metabotrópicos (acoplados à proteína G), receptores ligados a quinase (fosforilação/desfosforilação), receptores nucleares (expressão gênica) Ionotrópicos: receptor colinérgico nicotínico, GABAa, 5-HT3 Quando moléculas se ligam há alteração conformacional de forma que as subunidades se afastam e haja abertura do canal Canais permeáveis a cátions (+) ou ânions (-) Neurotransmissores do SNC: abertura de canais promove hiperpolarização (inibição) ou despolarização (excitação) Eventos sinápticos muito rápidos Ionotrópicos Neurotransmissores do SNC: Metabotrópicos: receptor muscarínicos, DA, 5-HT Diferentes subtipos de proteínas G Respostas diferentes Proteínas G agem sobre diferentes alvos para controlar aspectosda função celular e gerar resposta: adenil ciclase (AMPc),fosfolipase C (fosfato de inusitol e diacilglicerol), canais iônicos(Ca2+ e K+), Rho A/Rho quinase (crescimento e proliferação celular)e MAP quinase (divisão celular) Dessensibilização: fosforilação e internalização dos receptores Desfosforilado e reinserido na membrana ou degradado pelos lisossomos Metabotrópicos Diferentes subtipos de proteínas G: Respostas diferentes Metabotrópico Proteínas G agem sobre diferentes alvos: Metabotrópicos Proteínas G agem sobre diferentes alvos: AMPc e fofolipase C Metabotrópicos Proteínas G agem sobre diferentes alvos: AMPc e fofolipase C Metabotrópicos Proteínas G agem sobre diferentes alvos: MAP quinase Metabotrópico Dessensibilização: fosforilação e internalização dos receptores Ligados a quinases: medeiam ações de fatores de crescimento, citocinas e hormônios (insulina e leptina) Efeitos através da alteração da expressão gênica Controle da diferenciação, crescimento e divisão celular, inflamação e reparo tecidual, apoptose e respostas imunológicas Receptor tirosina quinase (RTK), receptor serina/treonina quinase e receptor de citocinas Fosforilação e desfosforilação de proteínas por quinases e fosfatases Imatinibe: leucemia mieloide crônica TIPOS DE RECEPTORES Ligados a quinases Receptor tirosina quinase Receptor de citocinas Imatinibe Receptores nucleares: receptores para hormônios esteróides tireoidianos e vitaminas D e A Não estão inseridos nas membranas celulares Receptores presentes no citoplasma das células e são translocados para o núcleo depois da ligação com seu ligante Podem interagir diretamente com o DNA Alvos farmacológicos de 10-15% dos fármacos Inflamação, câncer, diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade e distúrbios na reprodução Classe I (glicocorticóides, mineralocorticóides, estrógeno, progesterona e androgênio) e II (ligantes lipídicos) Receptores nucleares Classe I Classe II CONTROLE DA EXPRESSÃO Receptores não são elementos fixos Respondem a mudanças nas concentrações dos ligantes e a atividade dos próprio receptores Alterações de curto (dessensibilização) e longo prazo (aumento ou diminuição da expressão) Proliferação de receptores pós-sinápticos após desnervação Up-regulation de receptores de citocinas em resposta à inflamação Indução de receptores de fatores de crescimento em células tumorais Receptores não são elementos fixos Respondem a mudanças nas concentrações dos ligantes e a atividade dos próprio receptores Auto anticorpos direcionados contra as proteínas dos próprios receptores Miastenia gravis (fraqueza e fadiga muscular nos músculos de controle voluntário Comunicação ineficiente entre nervos e músculos) Mutação nos genes que codificam os receptores Câncer, resistência hormonal, epilepsia Fármacos precisam ter efeitos a curto e longo prazo Reestabelecer o número de receptores Tolerância (benzodiazepínicos) Resistência (antimicrobianos e antineoplásicos RECEPTORES E DOENÇAS Diversas doenças estão diretamente ligadas ao mau funcionamento de receptores RECEPTOR E DIFERENTES EFEITOS Mesmo receptor desempenha papéis diferentes em diferentes locais do organismo Efeitos terapêuticos e colaterais INTRODUÇÃO Dificuldade na terapêutica se deve ao fato de que uma mesma dose de um fármaco nem sempre produz a mesma resposta em diferentes indivíduos Fatores ambientais e genéticos Variações farmacocinéticas: Diferença na concentração do fármaco no local de ação Variações farmacodinâmicas: Diferente resposta a uma mesma concentração de um fármaco Lítio, anti-hipertensivos e anticoagulantes Prescrição individualizada Influência de genes Alteram expressão de proteínas envolvidas no processamento de fármacos, alteração nas proteínas G e suas vias e maior suscetibilidade a reações adversas Testes farmacogenômicos e medicina personalizada Escolha individualizada de um fármaco efetivo e que não cause toxicidade sem ser necessário recorrer a tentativa e erro VARIAÇÃO INDIVIDUAL DE RESPOSTA Etnia: herança genética e cultural comum Afro-americanos com insuficiência cardíaca apresentam melhores respostas e maior expectativa de vida ao tratamento com hidralazina + nitrato Americanos não têm esse efeito Asiáticos são mais sensíveis aos efeitos cardiovasculares do propanolol que europeus brancos, já os afro-caribenhos são menos sensíveis Asiáticos metabolizam propanolol mais rapidamente Etnia: herança genética e cultural comum Japoneses tem três vezes mais probabilidade de responder bem ao tratamento com gefitinibe para tumor pulmonar avançado que indivíduos brancos Asiáticos metabolizam etanol de forma distinta Produzem maior concentração plasmática de acetaldeído Rubor e palpitações Idade: metabolismo e eliminação de fármacos é menos eficiente em recém-nascidos e idosos Efeitos maiorese mais prolongados Alteração na composição corporal com a idade Maior proporção de gordura corporal em idosos altera volume de distribuição de fármacos Idosos utilizam diversos fármacos concomitantemente Maior potencial de interação entre eles Idade: metabolismo e eliminação de fármacos é menos eficiente em recém-nascidos e idosos Efeitos maiores e mais prolongados Função renal declina em idosos (50%-75 anos) Administração crônica de digoxina (arritmia) ao longo dos anos leva ao aumento progressivo da concentração plasmatica toxidade Idade: metabolismo e eliminação de fármacos é menos eficiente emrecém-nascidos e idosos Efeitos maiores e mais prolongados Recém-nascidos prematuros (20% da função renal) apresentam maior meia-vida para antibiótico gentamicina que bebês a termoou adultos Reduzir/espaçar doses para evitar toxicidade Morfina não pode ser utilizada como anestésico no parto Atravessa placenta e não é metabolizada por fetos Depressãorespiratória prolongada no recém-nascido Idade: metabolismo e eliminação de fármacos é menos eficiente em recém-nascidos e idosos Efeitos maiores e mais prolongados Baixa atividade de enzimas metabolizadoras em recém- nascidos Baixa conjugação e altas concentrações plasmáticas de fármacos kernicterus (bilirrubina) e síndrome do bebê cinzento (cloranfenicol) Gravidez: alterações fisiológicas que influenciam distribuição dos fármacos na mãe e feto. Redução da concentração plasmática de albumina, aumento do débito cardíaco e aumento da eliminação renal de fármacos na grávida. Placenta permite a passagem de fármacos lipofílicos mas não hidrofílicos Alguns fármacos administrados às mães chegam ao feto. Fetos: eliminação mais lenta, menor atividade de enzimas metabolizadoras e eliminação renal leva fármaco para líquido amniótico (volta para o feto). Doença: doenças dos órgãos responsáveis pelo metabolismo e excreção de fármacos e seus metabólitos alteram tempo e tipo de resposta Comprometimento da função renal/hepática favorecem toxicidade Efeitos intensos e prolongados devido aumento na concentração do fármaco após dose comum Situação de estase gástrica ou doença intestinal Menor absorção de fármacos Síndrome nefrótica modifica a distribuição de fármacos Alteração dos níveis de albumina plasmática (ligação) Insensibilidade aos diuréticos como furosemida Deficiência em colinesterase plasmática: 1:300 indivíduos é incapaz de inativar o suxametônio (anestésico) devido anormalidade da colinesterase plasmática Efeito analgésico prolongado VARIAÇÃO GENÉTICA DE RESPOSTA Porfiria aguda intermitente: doença autossômica dominante Alteração na via bioquímica da biossíntese do grupo heme (hemoglobina) Redução da atividade enzimática da PBGD e acúmulo de porfirinas Fármacos que induzem CYP (barbitúricos, carbamazepina e estrogênios) podem precipitar crise Maior acúmulo de porfirina Alteração na acetilação de fármacos: Taxa de acetilação varia entre populações devido polimorfismosgenéticos Acetiladores rápidos e lentos (acetiltransferase) Lentos: neuropatia periférica; rápidos: hepatotoxicidade • Ototoxicidade por aminoglicosídeos: Gene mitocondrial (mãe) Mutação responsável por 30-60% da ototoxicidade na China Aumento da afinidade da ligação do fármaco com ribossomos das células ciliares cocleares TESTES FARMACOGENÔMICOS Prever a capacidade de resposta à fármacos Prescrição de forma efetiva Utilização de fármacos diferentes ou regimes distintos de dosagens de acordo com a variabilidade genética individual Teste de HLA (sistema imunológico), genes que controlam o metabolismo de fármacos e que codificam alvos farmacológicos Abacavir: Inibidor da transcriptase reversa Tratamento da infecção por HIV Variante no gene HLAB*5701 Limita uso por causar graves rashes cutâneos Carbamazepina: Anticonvulsivante Mutação no gene HLAB*1502 Graves rashes cutâneos potencialmente fatais Mutação quase exclusiva em asiáticos Também pode acontecer com uso da fenitoína Varfarina: Anticoagulante Polimorfismo na VKOR e CYP2C9 alteram resposta e efeito anticoagulante Tamoxifeno: Metabolizado em antagonista de estrogênio Tratamento de câncer de mama Variações polimórficas no CYP2D6 alteram eficácia do tratamento Trastuzumabe: Anticorpo monoclonal que antagoniza o fator de crescimento epidérmico pela ligação no receptor HER2 Tratamento de câncer de mama em tumores que superexpressam HER2 Sem efeito em outros tipos de ca. de mama Desatinibe: Inibidor de tirosina quinase em leucemia mieloide crônica e linfoblástica aguda Mutação no gene BCR/ABL gera resistência ao efeito inibidor Tratamento deixa de ser eficaz FARMACOGENÔMICA EM PSIQUIATRIA Transtornos mentais: grande variação de resposta aos tratamentos entre os pacientes Painel farmacogenômico: analisa os genes que estão relacionados ao funcionamento do metabolismo, como medicamentos reagem no organismo e precursores de neurotrasmissores Metilfolato e depressão: Mutação MTHFR C667T produção reduzida de folato Tratamento adjuvante com L-metilfolato PERGUNTAS E RESPOSTAS OBRIGADA! E-book oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro em parceria com o Professora Aline Camargo Ramos para o curso de "FARMACOLOGIA".