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Aula 6 - Agressão e defesa

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Professor: Jailton Lobo
Disciplina: Agressão e Defesa
 Durante muito tempo os fungos foram classificados como
vegetais;
 Somente a partir de 1969 passaram a ser classificados em um
reino à parte: Reino Fungi;
 Reino Fungi: fungos macroscópicos e fungos microscópicos;
 Habitam os mais diversos ambientes, como agentes
degradadores;
 Podem ser aquáticos, mas a maioria é terrestre;
 A proliferação sobre a superfície de seres vivos pode se
apresentar sob a forma de doenças em plantas ou animais.
Enzimas digestivas secretadas 
pelo fungo
Enzimas quebram o 
substrato
Alimento é 
digerido
Compostos mais simples são
absorvidos pelo fungo
 Eucarióticos
 Heterotróficos – Não produzem seu próprio alimento
 Saprófitas – substâncias em decomposição
 Simbiontes – associação com organismo (ajuda mútua)
 Parasitas – usa nutrientes da célula do hospedeiro
 Absorvem nutrientes – digestão externa (enzimas);
 Reprodução: Sexuada e/ou Assexuada
MICOLOGIA = Micos – fungo / logia - estudo 
 As células dos fungos microscópicos existem em dois tipos
morfológicos básicos:
 Leveduras
o Possuem formal oval ou esférica;
o Fazem reprodução assexuada por brotamento;
o Algumas espécies podem formar pseudohifas;
 Hifas
o São células alongadas e ramificadas, encontradas nos fungos
filamentosos (bolores ou mofo).
 Poucos fungos, chamados de dimórficos, podem existir nas duas formas,
dependendo das condições de crescimento, principalmente da temperatura.
Esta variabilidade na morfologia é particularmente característica de alguns
fungos patogênicos.
 Em meio de cultivo desenvolvem colônias de dois tipos:
 Leveduriformes
Unicelulares - leveduras
 Filamentosas
Pluricelulares – bolores e cogumelos
Leveduras Fungo Filamentoso
O meio de cultura utilizado para fungos é o Ágar Sabouraud, geralmente 
acrescido de cloranfenicol para inibir o crescimento de contaminantes. 
Fungos Filamentosos
 Núcleo com cromossomos e membrana nuclear.
 Organelas citoplasmáticas
 A parede celular é rígida formada predominantemente por
QUITINA
oDetermina a forma e garante a estrutura da célula fúngica;
oProtege contra injúrias mecânicas;
oEvita a lise osmótica;
Estrutura somática
* hifas: filamentos tubulares ramificados, com crescimento apical
Conjunto de hifas = micélio
Septo
* hifas septadas
* hifas desprovidas de septos: cenocítica ou asseptadas
Hifa septadaHifa cenocítica
Estrutura somática
* leveduras: sem micélio ou dimórficas
Candida albicansSaccharomyces cerevisiae
HIFA Micélio
Micélio septado
Micélio cenocítico
Fungo filamentoso
Levedura
Pseudomicélio
o Cada filamento é chamado hifa.
o Um conjunto de hifas forma o
micélio.
o A porção do micélio que se projeta
acima da superfície do substrato é o
micélio aéreo ou reprodutor.
o A porção que penetra no substrato e
absorve os alimentos é o micélio
vegetativo ou nutritivo.
 Temperatura de crescimento
* ótima: 20-30ºC
**algumas espécies termófilas (> 50ºC) e psicrófilas (< 0ºC)
 Crescem bem em pH 5,0
 Oxigênio
* aeróbios (maioria)
* anaeróbios facultativos: respiração e fermentação 
Ex: leveduras
 Luz
* desnecessária para o crescimento vegetativo
* pode ser importante para indução de estruturas
reprodutivas
 São exigentes quanto à umidade, mas se estiverem num ambiente
desidratado, esporulam e permanecem como forma de resistência.
• Por que os fungos não são considerados plantas?
As plantas usam a clorofila para produzir seu próprio alimento a
partir da energia luminosa.
Os organismos que podem fazer seu próprio alimento são
autotróficos e os fungos são heterotróficos.
As plantas têm parede celular composta basicamente de celulose,
enquanto que os fungos têm quitina e glucanas.
• Por que os fungos não são considerados animais?
Os animais e fungos são heterotróficos. Porém os animais têm que
“comer” seu alimento e digerir internamente em estruturas
específicas. Os fungos secretam enzimas para hidrolisar
externamente onde o alimento é quebrado e absorvido pelas suas
células.
CENTRO DE ESTUDOS DA SAÚDE
 Micoses são infecções incômodas e resistentes, causadas por
aproximadamente 100 espécies diferentes de fungos, algumas
vezes confundidas com alergias ou mesmo hanseníase;
 Alimentando-se de gordura e/ou queratina presentes no corpo,
os fungos desenvolvem-se quando encontram situações
propícias para tal, como alta umidade e calor; ou quando a
imunidade da pessoa está comprometida.
 Fungos patogênicos primários
 Conseguem invadir os tecidos de um hospedeiro normal
 Fungos patogênicos oportunistas
 Somente são invasores de tecido de indivíduo
imunocomprometidos
 Candida albicans e leveduras do gênero Malassezia são
constituintes de nossa microbiota normal;
 Os demais patogênicos vivem sapróbios na natureza
 Via inalatória
 Via oral
 Via Cutânea
 Penetração através das mucosas;
 Deposição na pele;
 Introdução por objetos e instrumentos perfuro-cortantes
 Acidente laboratorial
 Pacientes transplantados
 Uso de cateter e ventilação mecânica por mais de 48h
 Pacientes imunodeprimidos
 Antibioticoterapia, corticoidoterapia
 Estresse
 Desnutrição
 Lesões pré-existentes
 Condições higiênicas precárias
 Superficial
 Cutânea
 Subcutânea
 Sistêmicas
 Oportunistas
 Micoses que desenvolvem alterações apenas na camada
mais superficial do estrato córneo e não induz, na
maioria das vezes, qualquer resposta inflamatória no
hospedeiro.
 Principais doenças e agentes etiológicos:
 Pitiríase versicolor - Malassezia furfur
 Piedra negra - Piedraia hortae
 Piedra branca - Trichosporon beiguele
 Tinea nigra - Hortaea werneckii
 Caracteriza-se por manchas cutâneas de tonalidades que variam
da hipo a hiperpigmentação, com distribuição mais frequente no
tronco, membros superiores e face, mas distribuindo-se, às vezes
atipicamente, pela região crural, membros inferiores, couro
cabeludo, havendo referências de regiões palmar e plantar;
 O agente etiológico: Malassezia furfur
 Faz parte da microbiota humana;
 Apresenta sintomas subjetivos quase nulos, pois apenas o
prurido está presente em alguns casos, e, assim mesmo,
provavelmente por causas psicogênicas.
Exame corado com tinta da ChinaExame direto com KOH 10%
 Micose que se caracteriza clinicamente pelo aparecimento, nos
cabelos e raramente em outros pelos do corpo humano, de
nódulos endurecidos e de coloração escura. Doença benigna,
baixo contágio, caráter crônico, frequentemente recidivante que
afeta ambos os sexos;
 O agente etiológico: Piedraia hortae;
 Microscopicamente observam-se hifas, formando um pseudo-
tecido, devido a justaposição das mesmas. O aspecto é de
mosaico, com áreas mais claras, onde se localizam os ascos
contendo ascosporos, só visíveis após esmagamento e
clareamento com KOH.
 Nesta micose o fungo cresce sobre a haste dos pelos, formando
nódulos de hifas hialinas septadas e ramificadas, facilmente
destacáveis dos pelos, que podem se desarticular, resultando em
artroconídios retangulares que se tornam esferoides ou
poliédricos;
 O agente etiológico: Trichosporon beigelli;
 Nódulos fracamente aderidos aos cabelos ou pelos de cor branca-
amarelado. Doença de distribuição geográfica com predileção por
climas tropicais e temperados, de caráter assintomático, benigno e
de baixo contágio, que acomete indistintamente cabelos e pelos
das regiões axilares, pubianos, perianal, barba e bigode.
 Micose que se manifesta pelo aparecimento de manchas ou
máculas com tonalidade negra, algumas vezes cor de café-
com-leite, tendo distribuição mais característica na região
palmar, mas podendo localizar-se em qualquer região do
tegumento cutâneo;
 O agente etiológico: Hortaea werneckii;
 O exame direto do raspado das lesões, entre lâmina e
lamínula, com KOH 10%, revela imediatamente hifas mais ou
menos escuras, septadas, sinuosas.
 Essas micoses se caracterizampor serem causadas por
fungos que invadem toda a espessura da capa côrnea da
pele ou a parte queratinizada intrafolicular dos pelos ou a
lâmina ungueal. Na pele, as lesões se manifestam como
mancha inflamatória, nos pelos como lesões de tonsura e na
unha por destruição da lâmina ungueal. O contágio é feito
através de animais, homens ou de solo infectado.
 Principais doenças :
 Dermatofitose
 Candidíase
 Pertencem ao grupo dos fungos denominados de dermatófitos os
fungos filamentosos, hialinos, septados, algumas vezes
artroconidiados, queratinofílicos, passíveis de colonizar e causar
lesões clínicas em pelos e/ou extrato córneo de homens e animais.
 São divididos em três gêneros:
 Trichophyton
 Microsporum
 Epidermophyton
 Em relação ao seu habitat:
 Geofílicos - vivem em solos;
 Zoofílicos – vivem em animais;
 Antropofílicos – vivem no homem.
 Os aspectos clínicos das lesões dermatofíticas são bastante variados
e resultam da combinação de destruição da queratina associada a
uma resposta inflamatória, mais ou menos intensa, na dependência
do binômio parasito/hospedeiro.
 Descrição das principais dermatofitoses e seus agentes mais
frequentes:
Tinea pedis (tinha do pé): T. rubrum, T. mentagrophytes, E.floccosum
Tinea ungueum (tinha da unha, onicomicose): T. rubrum, T.
mentagrophytes
 Tinea corporis, Tinea circinada (tinha de pele glaba): T. rubrum, T.
mentagrophytes, M. canis
 Tinea barbae (tinha da barba): T. verrucosum, M. canis, T. violaceum
 Tinea cruris (tinha da região inguino-crural): T. rubrum, E. floccosum
 Tinea fávica (tinha alopeciante): T. schoenleinni
 Tinea capitis (tinha do couro cabeludo):endotrix: T. mentagrophytes,
T. violaceum, T. tonsurans – ectotrix: M. canis, M. gypseum
Obs.: endotrix: parasitismo no interior do pelo – ectotrix: parasitismo fora do pelo
Tinea faciei Tinea corporis
Tinea interdigitalis
Tinea unguium
Onicomicose -
infecção das unhas.
Tinea capitis Tinea barbae
 Micose causada por leveduras do gênero Candida, em especial
pela espécie C. albicans;
 Microbiota do trato gastrintestinal do homem e de determinadas
regiões do tegumento cutâneo;
 A Candida pode invadir a camada córnea da pele ou a lâmina
ungueal de hospedeiros normais, provocando lesões de
localização peculiar:
unhas das mãos e região inguinal;
espaços interdigitais das mãos;
 região submamária;
 axilar.
 São infecções causadas por um grupo diversificados de fungos que ataca
o homem e os animais. As lesões aparecem inicialmente a partir de um
ponto de inoculação de estruturas fúngicas, através de traumatismos
diversos. Podem permanecer localizados ou se espalhar pelos tecidos
adjacentes, por via linfática ou hematogênica. As maiorias dos fungos
envolvidas são sapróbios habituais do solo e vegetais em decomposição.
 As principais micoses subcutâneas são:
 Cromoblastomicose
 Esporotricose
 Micetoma (eumicetoma e actinomicetoma)
 Zigomicose
 Rinosporidiose
 Doença de Jorge Lobo
 Feo-hifomicose
 Hialo-hifomicose.
 É uma micose que afeta a pele e o tecido subcutâneo, causada por um
grupo de fungos de coloração escura (fungos demáceos). Dentre eles, o
mais comum no Brasil é a Fonsecaea pedrosoi.
 A principal manifestação é a presença de pápula ou nódulo que evolui
para uma grande placa verrucosa. Nota-se a presença de pontos
enegrecidos, característicos dessa infecção. A lesão ocorre de um só lado
do corpo, em geral nos membros inferiores (pé ou perna). Pode sofrer
infecção secundária por bactéria, evoluindo com mau cheiro.
 O exame micológico direto do material, obtido do raspado do ponto
enegrecido (colônia fúngica), pode mostrar estruturas fúngicas típicas no
microscópio. A cultura para fungos define a espécie do agente etiológico.
O exame histopatológico (biópsia de pele) é característico, entretanto,
não define a espécie fúngica.
 Infecção de evolução sub-aguda ou crônica, caracterizada por pequenos
tumores subcutâneos (gomas), que tendem à supuração e ulceração;
 O agente etiológico é o Sporothrix schenckii, fungo dimórfico, que se
introduz nos tecidos orgânicos através de traumatismo ou, raramente, por
inalação;
 A forma clínica mais frequente da micose é a linfangite nodular ascendente,
que se inicia pela inoculação do agente, geralmente nas extremidades
(cancro de inoculação), atingindo os glânglios linfáticos;
 Exame direto: “A fresco” não revela nenhuma forma conclusiva do S.
schenckii. Esfregaços de pus corados pelo Gram, PAS ou Gomori,
raramente permitem a visualização do fungo. As células fúngicas
observadas nas lesões são raras, e quando presentes são vistas pequenas
leveduras com ou sem brotamento em forma de navete, ou sob a forma de
corpo asteroide.
 Trata-se de um grupo de doenças infecciosas que acometem a pele e o
tecido subcutâneo, e que podem ser causadas por diferentes espécies de
bactérias (actinomicetomas endógenos e exógenos (ex: Nocardia
brasiliensis) ou por fungos (eumicetomas (ex: Madurella mycetomatis)).
Apresentam características clínicas e histopatológicas comuns, apesar de
apresentarem etiologias distintas.
 Caracterizam-se por lesões tumorais endurecidas que apresentam
microabscessos e fístulas por onde há saída de secreção com grânulos ou
grãos. As lesões habitualmente são unilaterais e de localização preferencial
nos membros inferiores, locais mais sujeitos a traumatismos, que são a
provável forma de inoculação do agente etiológico;
 A confirmação diagnóstica é feita pelo exame direto com KOH 10% (grãos
secretados nas fístulas), exame anatomopatológico e/ou cultura para
fungos, bactérias aeróbicas e anaeróbicas.
 Infecções causadas por fungos pertencentes à classe dos Zygomycetes.
Em sua maioria, esses organismos são saprofíticos, vivendo no solo,
água e nos vegetais em decomposição. São fungos filamentosos
constituídos de hifas largas e sem septo;
 Os agentes etiológicos mais frequentes:Mucor sp., Rhizopus sp.,
Rhizomucor sp. e Absidia sp.;
 As principais formas clínicas: cutânea (trauma mecânico), pulmonar (bola
fúngica), rinocerebral (forma clínica mais comum - inicia-se nos seios
paranasais e evolui para o celebro) e sistêmica (está relacionada com a
forma primária pulmonar).
 O diagnóstico é feito por exame direto com KOH 10%, observam-se hifas
largas, não septadas, irregulares. Cultura: Meio Sabouraud – Não usar
meio com cicloeximida pois impede o crescimento do fungo.
Rinocerebral Pulmonar
 Trata-se de uma doença de pele e do tecido subcutâneo, causada pelo
fungo Lacazia loboi. Também chamada de “miraip” entre os índios Caiabi.
 Diversos tipos de lesões de pele são observadas:
 nódulos ou placas (caroços) de cor avermelhada e de consistência
endurecida;
 lesões atróficas e lesões que lembram cicatrizes (queloides);
 úlceras (feridas)
 A doença não altera a saúde geral do paciente, mas pode haver
complicações, como infecções por bactérias. A transformação em câncer
de pele é rara, mas pode ocorrer;
 O diagnóstico é feito por exame micológico direto, biópsia da pele e
análise microscópica, que demonstram grande quantidade de estruturas
fúngicas. Esse fungo não cresce em meio de cultura.
 Infecções cutâneas, subcutâneas e profundas, agudas ou crônicas, com
predileção cerebral, causadas por uma grande variedade de fungos
escuros com exceção dos agentes da cromoblastomicose;
 Os principais agentes etiológicos são; Bipolaris oregonensis,
Cladosporium bantianum e Exophiala jeanselmei;
 O diagnóstico da micose, portanto, é difícil por se confundir com a
sintomatologia de tumor cerebral de outra origem. Muitas das formas
arredondadas são parecidas com as que se encontram na cromomicose.
O micélio aparece também em aspecto moniliforme.
 Essas micoses se caracterizam por serem adquiridas por inalação
de propágulos fúngicos, sendo, consequentemente a lesão
primária pulmonar, com tendência à regressão espontânea.O
fungo pode se disseminar pelo corpo através do sangue,
originando lesões extrapulmonares nos indivíduos. Os agentes de
micoses sistêmicas raramente são implantados traumaticamente;
quando isso ocorre, determinam uma lesão granulomatosa
circunscrita, com ou sem linfangite regional, que regride
espontaneamente.
 Trata-se de infecção granulomatosa de evolução crônica, com grande
polimorfismo clínico, onde as formas pulmonares e cutâneo-mucosas
predominam, seguindo-se outros órgãos, como gânglios linfáticos,
suprarenal, baço fígado, intestinos, ossos, etc;
 É adquirida pela inalação de esporos que vivem na natureza, no solo,
vegetais ou na água, determinando lesões primárias pulmonares;
 Agente etiológico: Paracoccidioides brasiliensis. Fungo dimórfico térmico
– a 25ºC –forma micelial – 37ºC forma de levedura;
 O diagnóstico é realizado pela pesquisa direta do agente em escarro,
biopsia de lesão, pus de linfonodos ou pesquisa de anticorpos no soro.
 É uma doença granulomatosa, tendo como agente etiológico o fungo
Histoplasma capsulatum (fungo dimórfico térmico), que apresenta especial
afinidade pelo sistema retículo endotelial, produzindo diversas
manifestações clínicas;
 O contágio é através da inalação de esporos do fungo;
 O diagnóstico é realizado através do exame direto: Material biológico com
KOH – as formas de leveduras dificilmente são encontradas por este
método. Em corte de tecido corado pela H.E.: Células parasitárias
arredondadas, aparecendo como elementos intracelulares, de parede
grossa e citoplasma retraído. Observa-se uma zona clara entre a parede e
o citoplasma, o que simula uma cápsula.
 É uma infecção geralmente benigna na sua forma pulmonar, porém grave
na pequena porcentagem de casos que evoluem para disseminação;
 Agente etiológico: Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii;
 Atualmente a C. posadasii foi observada nos estados do Piauí e Ceará, em
caçadores de tatus que revolveram a terra para desentocar a caça.
Recentemente houve três casos em Pernambuco (2017).
 O diagnóstico é realizado através do exame direto, o material é geralmente
o escarro, mas pode ser pus ou qualquer exsudato de lesões viscerais. O
exame a fresco com KOH revela a forma característica, endosporulada,
arredondada, paredes espessas e quando há lesões cavitárias, é possível
o encontro de hifas, além das formas arredondadas. Na cultura, o fungo
cresce sob a forma micelina, tendo como elementos mais característicos
os artrósporos.
 Essas micoses são causadas por fungos termotolerantes (que
crescem a uma temperatura de 37ºC), de baixa virulência e que
determinam doenças em hospedeiros com graves deficiências do
sistema imunodefensivo. Esses fungos têm porta de entrada
variável, usualmente provocam reação supurativa necrótica.
Podem acometer os mais variados órgãos, produzindo quadros
polimórficos que se apresentam como manifestação cutânea,
subcutânea ou sistêmica. Os fungos invadem os tecidos como uma
hifa.
 É uma infecção levedurótica aguda, subaguda ou crônica, de foco
primitivo geralmente pulmonar, podendo disseminar-se, na maioria
das vezes, para o sistema nervoso central, mas repercutindo também
na pele, mucosa, ossos e vísceras;
 Agente etiológico: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii;
 Diagnóstico: Materiais biológicos: líquor, escarro, pus ganglionar,
exudatos de lesões cutâneas e mucosas, urina e sangue. Exame
direto: A fresco com tinta nanquim. O fungo é visualizado como uma
célula arredondada. Culturas de crescimento rápido (3 dias). Colônia
plana ou levemente elevada, brilhante, úmida, com frequência
mucóide. Cor inicialmente creme tornando-se bronzeada.
 A arpergilose no seu sentido amplo é definida como um grupo de doenças
na qual fungos do gênero Aspergillus estão envolvidos. Esses fungos são
cosmopolitas e extremamente presentes na natureza, sendo encontrados
em restos orgânicos, no solo, no ar e sobre a superfície de seres vivos,
etc.;
 As principais manifestações clínicas são:
 Aspergilose pulmonar: Aspergiloma (bola fúngica);
 Aspergilose invasiva, Aspergilose alérgica;
 Aspergilose bronco-pulmonar;
 Aspergilose disseminada.
 Diagnóstico: Exame direto: Em KOH hifas hialinas. Cultura: Colônia de
crescimento rápido, inicialmente branca, passando a azul, verde, amarela
ou preta. Reverso incolor, amarelo ou preto. Pulvurulenta ou granulosa,
com borda franjada e contorno circular ou lobado, mas limitado.
1. Os fungos pertencem a qual reino?
2. O que significa dizer que os fungos são heterotróficos?
3. Quanto a morfologia, como podem ser classificados os fungos?
4. Qual o meio de cultura utilizado para o cultivo dos fungos?
5. O que é micose?
6. Quais as vias de penetração dos fungos?
7. O que são fungos dimórficos?
8. Como são classificadas as micoses?
9. Cite 5 fatores de risco para desenvolvimento de micose?
10. Quais as principais doenças e agentes etiológicos da micose superficial?
11. A técnica de Porto é utilizada para o diagnóstico de qual micose?

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