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CONCURSO PÚBLICO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE XINGUARA/PA 2020 CONTEÚDO ESPECÍFICO ANALISTA DE SISTEMAS PARTE 1 AVISO IMPORTANTE A CUCA Apostilas não está vinculada as organizadoras de Concurso Público. A aquisição do material não garante sua inscrição ou ingresso na carreira pública. Sua Apostila aborda os tópicos do Edital de forma prática e Esquematizada. Dúvidas sobre matérias podem ser enviadas através do ZAP. PIRATARIA É CRIME: É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal. Introdução a Engenharia de SoftwareSoftware Prof. Anderson Cavalcanti UFRN-CT-DCA O que é Software? O que é software? • São programas de computadores, em suas diversas formas, e a documentação associada. • Um programa é um conjunto de soluções algorítmicas, codificadas numa linguagem de programação, executado numa máquina real.numa máquina real. • Os produtos de software podem ser desenvolvidos para um cliente em particular ou para o mercado geral. – Genérico (COTS – Commercial Off-The Shelf) – Personalizado – sob encomenda • Software é um produto conceitual e lógico. Características • Invisibilidade – Software é invisível e invisualizável • Complexidade – Software é mais complexo do que qualquer outro– Software é mais complexo do que qualquer outro produto construídos por seres humanos • Mutabilidade – Existe sempre uma pressão para se fazer mudanças em um software Características • Conformidade – O software deve ser desenvolvido conforme o ambiente. Não é o ambiente que deve se adaptar ao software. Se o software esta conforme os requisitos (o– Se o software esta conforme os requisitos (o ambiente) todo o suporte operacional deve se adaptar ao software. Formas do Software Mitos do Software • O estabelecimento de objetivos gerais é suficiente para se começar a escrever programas. • Dê a uma pessoa técnica um bom livro de programação e você terá um programador. • Mudanças no software podem ser feitas facilmente porque ele é "flexível".porque ele é "flexível". • Até que o programa esteja "rodando" não é possível verificarmos a sua qualidade. • Uma vez que o programa esteja escrito e funcionando, nosso trabalho está feito. • Um projeto é bem sucedido se conseguirmos um programa funcionando corretamente. Histórico • Os primeiros anos (1950 a início dos 60) – Aplicações científicas e de engenharia • A segunda era (1960 a meados de 80) – Aplicações comerciais em grande-porte (sistemas de– Aplicações comerciais em grande-porte (sistemas de informação BD) • A terceira era (meados de 70 e década de 80) – Aplicativos pessoais em microcomputadores • A quarta era (meados de 80 a meados de 90) – Aplicativos com Interfaces Gráficas – Redes e Arquitetura Cliente-Servidor Histórico • A quinta era (de meados de 90 a ???) – Software Distribuídos, Internet, Groupwares e Intranets • Sexta era??• Sexta era?? – Computação Pervasiva, Móvel e Ubíqua Categorias de Tamanho de Softwares • Win 95: teve 11 milhões de linhas e 200 programadores • Nestscape: teve 3 milhões de linhas e 120 programadores Contextualização da Engenharia de Softwarede Software O que é a Engenharia de Software? • É uma disciplina da engenharia dedicada a todos os aspectos da produção de software. • Engenheiros de software devem adotar uma abordagem sistemática e organizada para o seu trabalho e usar técnicas e ferramentas apropriadas,trabalho e usar técnicas e ferramentas apropriadas, de acordo com o problema a ser resolvido, e com as restrições e recursos disponíveis. Engenharia • Desenvolvimento de um produto; • Processo de desenvolvimento envolvendo análise, design, implementação e avaliação; • Baseado em teoria, princípios, modelos, métodos,• Baseado em teoria, princípios, modelos, métodos, técnicas e ferramentas; • Equipe de especialistas; • Planejamento e gerenciamento de recursos, custos e prazos. Objetivos da Engenharia de Software • Aplicação de teoria, modelos, formalismos, técnicas e ferramentas da ciência da computação e áreas afins para o desenvolvimento sistemático de software. • Aplicação de métodos, técnicas e ferramentas para o gerenciamento do processo de desenvolvimento. • Produção da documentação formal destinada a comunicação entre os membros da equipe de desenvolvimento bem como aos usuários. Definições de Engenharia de Software • O estabelecimento e uso de princípios de engenharia para a produção economicamente viável de software de qualidade que funcione em máquinas reais; • A engenharia de software é a disciplina envolvida com a produção e manutenção sistemática de software que sãoprodução e manutenção sistemática de software que são desenvolvidos com custos e prazos estimados; • Disciplina que aborda a construção de software complexo com muitas partes interconectadas e diferentes versões por uma equipe de analistas, projetistas, programadores, gerentes, "testadores", etc. Aspectos históricos • 1968 Conferência da OTAN, Garmisch • Objetivo: resolver a “Crise do Software” • Software é entregue: – Atrasado– Atrasado – Com orçamento estourado – Com falhas residuais • Custo do hardware decrescente e custo do software em ascensão. Qual a diferença entre engenharia de software e engenharia de sistemas? • A engenharia de sistemas está interessada em todos os aspectos de um sistema baseado em computador, incluindo hardware, software, fatores humanos, informação e o processo. A engenharia de software é parte dela.parte dela. Princípios da Engenharia de Software • Todo engenheiro de software deve desenvolver com: – Rigor e Formalidade – Separação de interesses – Modularidade– Modularidade – Abstração – Antecipação de mudanças – Generalidade – Possibilidades de evolução Processos de Software Como transformar necessidades em software? • Principais Atividades Envolvidas: – Entender as necessidades do cliente; – Planejar uma solução; – Implementar e testar a solução;– Implementar e testar a solução; – Entregar a solução. • Como essas atividades são executadas? – De forma desordenada e informal; – Apenas por uma pessoa. Processo de Desenvolvimento • O conjunto de atividades de desenvolvimento, sua ordem temporal e a atribuição de responsabilidades (papéis de desenvolvedores) definem um processo de desenvolvimento de software; • Um processo de software é a especificação do processo de transformar necessidades em software; • Ciclo de Vida de um Processo: – Determina as fases do processo; – Define atividades importantes e opcionais para cada fase. Modelagem O que são modelos? • Modelos descrevem um determinado sistema, muitas vezes de forma simplificada; • Modelo de um processo de desenvolvimento: – É a especificação (documentada) de um processo de– É a especificação (documentada) de um processo de desenvolvimento de software que servirá de parâmetro para uso/especificação de um processo para uma equipe/projeto. Modelos de Software • Na construção de sistemas de software, assim como na construção de sistemas habitacionais, também há uma gradação de complexidade: – A construção desses sistemas necessita de um planejamento inicial Modelos de Software • Um modelo pode ser visto como uma representação idealizada de um sistema que se planeja construir; • Maquetes de edifícios e de aviões e plantas de circuitos eletrônicos são apenas alguns exemplos de modelos. Razão para a Construção de Modelos • Em princípio, podemos ver a construção de modelos como uma atividade que atrasa o desenvolvimento do software propriamente dito; • Mas essa atividade propicia... – O gerenciamento da complexidade inerente ao– O gerenciamento da complexidade inerente ao desenvolvimento de software. – A comunicação entre as pessoas envolvidas. – A redução dos custos no desenvolvimento. – A predição do comportamentofuturo do sistema. • Entretanto, note o fator complexidade como condicionante dessas vantagens. Diagramas e Documentação • No contexto de desenvolvimento de software, correspondem a desenhos gráficos que seguem algum padrão lógico. • Podemos também dizer que um diagrama é uma apresentação de uma coleção de elementos gráficosapresentação de uma coleção de elementos gráficos que possuem um significado predefinido. • Diagramas normalmente são construídos de acordo com regras de notação bem definidas. – Ou seja, cada forma gráfica utilizada em um diagrama de modelagem tem um significado específico. Diagramas e Documentação • Diagramas permitem a construção de uma representação concisa de um sistema a ser construído. – “uma figura vale por mil palavras” No entanto, modelos também são compostos de informações textuais Diagramas e Documentação • Dado um modelo de uma das perspectivas de um sistema, diz-se que o seu diagrama, juntamente com a informação textual associada, formam a documentação deste modelo. Modelagem de Software A modelagem de sistemas de software consiste na utilização de notações gráficas e textuais com o objetivo de construir modelos que representam as partes essenciais de umque representam as partes essenciais de um sistema, considerando-se diversas perspectivas diferentes e complementares. Paradigmas Paradigma? • Um paradigma é uma forma de abordar um problema; • No contexto da modelagem de um sistema de software, um paradigma tem a ver com a forma pela qual esse sistema é entendido, projetado e construído. Paradigma? • A primeira abordagem usada para modelagem de sistemas de software foi o paradigma estruturado. Paradigma da Orientação a Objetos • Hoje em dia, praticamente suplantou o paradigma anterior, o paradigma da orientação a objetos... • O paradigma da OO surgiu no fim dos anos 60. • Alan Kay, um dos pais desse paradigma, formulou a• Alan Kay, um dos pais desse paradigma, formulou a chamada analogia biológica. • “Como seria um sistema de software que funcionasse como um ser vivo?” Analogia Biológica • Uma “célula” interage com outras células enviando mensagens para realizar um objetivo comum; • Adicionalmente, cada célula se comportaria como uma unidade autônoma; • De uma forma mais geral, Kay pensou em como construir um sistema de software a partir de agentes autônomos que interagem entre si. Fundamentos da OO • Através de sua analogia biológica, Alan Kay definiu os fundamentos da orientação a objetos – Qualquer coisa é um objeto; – Objetos realizam tarefas através da requisição de– serviços a outros objetos; – Cada objeto pertence a uma determinada classe. Uma classe agrupa objetos similares; – A classe é um repositório para comportamento associado ao objeto; – Classes são organizadas em hierarquias. Sistema de Software OO: uma analogia Resumindo • O paradigma da orientação a objetos visualiza um sistema de software como uma coleção de agentes interconectados chamados objetos. • Cada objeto é responsável por realizar tarefas específicas. É através da interação entre objetos que umaespecíficas. É através da interação entre objetos que uma tarefa complexa é realizada. • Um sistema de software orientado a objetos consiste de objetos em colaboração com o objetivo de realizar as funcionalidades deste sistema. Cada objeto é responsável por tarefas específicas. É através da cooperação entre objetos que a computação do sistema se desenvolve. Conceitos e Princípios de OO • Conceitos: – Classe – Objeto – Mensagem– Mensagem • Princípios: – Encapsulamento – Polimorfismo – Generalização (herança) – Composição Classes, Objetos e Mensagens • O mundo real é formado de coisas; • Na terminologia de orientação a objetos, estas coisas do mundo real são denominadas objetos; • Seres humanos costumam agrupar os objetos para• Seres humanos costumam agrupar os objetos para entendê-los; • A descrição de um grupo de objetos é denominada classe de objetos, ou simplesmente de classe. O que é uma Classe? • Uma classe é um molde para objetos. Diz-se que um objeto é uma instância de uma classe; • Uma classe é uma abstração das características relevantes de um grupo de coisas do mundo real – Na maioria das vezes, um grupo de objetos do mundo real é muito complexo para que todas as suas características e comportamento sejam representados em uma classe Como detectar propriedades relevantes? • Uma abstração é qualquer modelo que inclui os aspectos relevantes de alguma coisa, ao mesmo tempo em que ignora os menos importantes. • Abstração depende do observador. Abstração em OO • A orientação a objetos faz uso intenso de abstrações – Os princípios da OO podem ser vistos como aplicações da abstração • Princípios da OO: encapsulamento, polimorfismo, • Princípios da OO: encapsulamento, polimorfismo, herança e composição Objetos como Abstrações • Uma abstração é uma representação das características e do comportamento relevantes de um conceito do mundo real para um determinado problema. • Dependendo do contexto, um mesmo conceito do mundo real pode ser representado por diferentesmundo real pode ser representado por diferentes abstrações: – Carro (para uma transportadora de cargas) – Carro (para uma fábrica de automóveis) – Carro (para um colecionador) – Carro (para uma empresa de kart) – Carro (para um mecânico) Mensagens • Para que um objeto realize alguma tarefa, deve haver um estímulo enviado a este objeto. • Pense em um objeto como uma entidade ativa que representa uma abstração de algo do mundo real – Então faz sentido dizer que tal objeto pode responder a estímulos a ele enviados – Assim como faz sentido dizer que seres vivos reagem a estímulos que eles recebem. Mensagens • Independentemente da origem do estímulo, quando ele ocorre, diz-se que o objeto em questão está recebendo uma mensagem • Uma mensagem é uma requisição enviada de um objeto a outro para que este último realize alguma operação Encapsulamento • Objetos possuem comportamento. – O termo comportamento diz respeito a que operações são realizadas por um objeto e também de que modo estas operações são executadas. Encapsulamento • De acordo com o encapsulamento, objetos devem “esconder” a sua complexidade... • Esse princípio aumenta qualidade do SSOO, em termos de: – Legibilidade – Clareza – Reuso Encapsulamento • O encapsulamento é uma forma de restringir o acesso ao comportamento interno de um objeto – Um objeto que precise da colaboração de outro para realizar alguma tarefa simplesmente envia uma mensagem a este último;mensagem a este último; – O método (maneira de fazer) que o objeto requisitado usa para realizar a tarefa não é conhecido dos objetos requisitantes. • Na terminologia da orientação a objetos, diz-se que um objeto possui uma interface – A interface de um objeto é o que ele conhece e o que ele sabe fazer, sem descrever como o objeto conhece ou fazou faz – A interface de um objeto define os serviços que ele pode realizar e conseqüentemente as mensagens que ele recebe Encapsulamento • Uma interface pode ter várias formas de implementação; • Mas, pelo princípio do encapsulamento, a implementação utilizada por um objeto receptor de uma mensagem não importa para um objeto remetente da mesma. Polimorfismo Objeto Receptor Objeto Receptor Objeto Remetente (Jogo de Futebol?) É a habilidade de objetos de classes diferentes responderem a mesma mensagem de diferentes maneiras. Generalização (Herança) • A herança pode ser vista como um nível de abstração acima da encontrada entre classes e objetos; • Na herança, classes semelhantes são agrupadas em hierarquias: – Cada nível de uma hierarquia pode ser visto como um nível de abstração – Cada classe em um nível da hierarquia herda as características das classes nos níveis acima Herança • A herança facilita o compartilhamento de comportamento entre classes semelhantes; • As diferenças ou variações de uma classe em particularpodem ser organizadas de forma mais clara; Entendido o Paradigma, como criar modelos? • O rápido crescimento da capacidade computacional das máquinas (lei de moore) resultou na demanda por sistemas de software cada vez mais complexos; • O surgimento de sistemas de software mais complexos resultou na necessidade de reavaliação dacomplexos resultou na necessidade de reavaliação da forma de desenvolver sistemas; • Conseqüentemente as técnicas utilizadas para a construção de sistemas computacionais têm evoluído de forma impressionante, notavelmente no que tange à modelagem de sistemas. Entendido o Paradigma, como criar modelos? • Na primeira metade da década de 90 surgiram várias propostas de técnicas para modelagem de sistemas segundo o paradigma orientado a objetos • Houve uma grande proliferação de propostas para modelagem orientada a objetos – diferentes notações gráficas para modelar uma mesma perspectiva de um sistema; – cada técnica tinha seus pontos fortes e fracos. Entendido o Paradigma, como criar modelos? • Percebeu-se a necessidade de um padrão para a modelagem de sistemas, que fosse aceito e utilizado amplamente; • Alguns esforços nesse sentido de padronização, o principal liderado pelo “três amigos”; • Surge a UML (Unified Modeling Language) em 1996 como a melhor candidata para ser linguagem “unificadora”. UML UML (Linguagem de Modelagem Unificada) • “A UML é a linguagem padrão para visualizar, especificar, construir e documentar os artefatos de software de um sistema.” • Unificação de diversas notações anteriores • Mentores: Booch, Rumbaugh e Jacobson – “Três Amigos” – IBM Rational (www.rational.com) UML (Linguagem de Modelagem Unificada) • UML é... – uma linguagem visual – independente de linguagem de programação. – independente de processo de desenvolvimento– independente de processo de desenvolvimento • UML não é... – uma linguagem programação (mas possui versões!) – uma técnica de modelagem Diagramas da UML • Um diagrama na UML é uma apresentação de uma coleção de elementos gráficos que possuem um significado predefinido – No contexto de desenvolvimento de software, correspondem a desenhos gráficos que seguem algumcorrespondem a desenhos gráficos que seguem algum padrão lógico Diagramas da UML • Um processo de desenvolvimento que utilize a UML como linguagem de modelagem envolve a criação de diversos documentos: – Estes documentos, denominados artefatos de software, podem ser textuais ou gráficossoftware, podem ser textuais ou gráficos • Os artefatos gráficos produzidos no desenvolvimento de um SSOO são definidos através dos diagramas da UML. Referências • JACOBSON, I.; BOOCH, G. and RUMBAUGH, J. The Unified Software Development Process. Readding, MA.: Addison-Wesley, 1999, • LARMAN, C. Utilizando UML e Padrões: uma introdução á análise e ao projeto orientados a objetos e ao Processo Unificado. 2a edição - Porto Alegre: Bookman, 2004. • ALLEIXO, F. Notas de aula da disciplina de Análise e Projeto Orientado a Objeto, CEFET/RN, 2007. • LEITE, J.C. Notas de aula da disciplina de Engenharia de Software, UFRN, 2006. DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA - DPI Guia Prático em Análise de Ponto de Função Projeto: Jhoney da Silva Lopes Orientador: José Luis Braga 2 Sumário 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3 1.1 Análise de Ponto de Função ................................................................................... 3 1.2 Objetivo .................................................................................................................. 3 1.3 Motivação e Benefícios .......................................................................................... 4 1.4 Pontos chave .......................................................................................................... 4 2. COMO REALIZAR A CONTAGEM DE PONTO DE FUNÇÃO ............................................. 6 2.1 Visão geral .............................................................................................................. 6 2.1.1 Requisitos ........................................................................................................ 6 2.2 Determinar o tipo de contagem ............................................................................. 7 2.2.1 Projeto de desenvolvimento ........................................................................... 7 2.2.2 Projeto de melhoria ......................................................................................... 7 2.2.3 Aplicação .......................................................................................................... 8 2.2.4 Aplicando o conhecimento .............................................................................. 8 2.3 Identificar o escopo da contagem .......................................................................... 8 2.3.1 Aplicando o conhecimento .............................................................................. 9 2.4 Contar funções do tipo dado .................................................................................. 9 2.4.1 Arquivo Lógico Interno .................................................................................. 10 2.4.2 Arquivo de Interface Externa......................................................................... 10 2.4.3 Determinação da complexidade e da contribuição ...................................... 10 2.4.4 Aplicando o conhecimento ............................................................................ 12 2.5 Contar funções do tipo transação ........................................................................ 15 2.5.1 Entrada Externa ............................................................................................. 15 2.5.2 Saída Externa ................................................................................................. 16 2.5.3 Consulta Externa ............................................................................................ 16 2.5.4 Determinação da complexidade e da contribuição ...................................... 16 2.5.5 Aplicando o conhecimento ............................................................................ 18 2.6 Pontos de função não ajustados .......................................................................... 22 2.6.1 Aplicando o conhecimento ............................................................................ 23 2.7 Determinar o fator de ajuste ................................................................................ 23 2.7.1 Aplicando o conhecimento ............................................................................ 24 2.8 Realizar o cálculo dos pontos de função ajustados .............................................. 24 2.8.1 Aplicando o conhecimento ............................................................................ 25 3. DERIVAÇÕES ............................................................................................................... 26 3.1 Esforço .................................................................................................................. 26 3.1.1 Aplicando o conhecimento ............................................................................ 27 3.2 Custo ..................................................................................................................... 27 3.2.1 Aplicando o conhecimento ............................................................................ 27 3.3 Prazo ..................................................................................................................... 27 3.3.1 Aplicando o conhecimento ............................................................................ 28 4. CONSIDERAÇÕES.........................................................................................................29 5. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 30 1 . I N TR O D U Ç Ã O 3 1. INTRODUÇÃO A elaboração desse guia visa auxiliar micro e pequenas empresas na utilização de uma técnica para estimar os seus projetos em custo, prazo e esforço. Muitas empresas não utilizam de técnicas para estimar os seus projetos, a maioria possui um funcionário com experiência que avalia os projetos a partir do seu “feeling” sem utilizar nenhum padrão. Na fase inicial de um projeto a necessidade em obter o custo, prazo e o esforço é observado em todas as empresas, pois as mesmas precisam gerar um orçamento para os seus clientes e avaliar uma série de projeções. Este guia organiza de forma simples e introdutória conhecimentos sobre a análise de ponto de função. O guia não tem a intenção de substituir o uso apropriado e completo da contagem de ponto função, mas mostrar que existem ferramentas usuais que solucionam problemas recorrentes de várias empresas. 1.1 Análise de Ponto de Função Análise de Ponto de Função é uma técnica de medição do tamanho funcional de um software. Essas funções são operações extraídas dos requisitos funcionais gerados a partir da visão do usuário1. A partir dessa medição é possível estimar o esforço para implementação do sistema utilizando Ponto de Função que é a unidade de medida desta técnica. APF tem por definição medir o que o software faz, e não como ele foi construído, portanto o processo de medição é fundamentado em uma avaliação padronizada dos requisitos lógicos do usuário. Sobre o estudo desse método é importante destacar que pontos de função não medem diretamente o esforço, produtividade, custo ou outras informações específicas. É exclusivamente uma medida de tamanho funcional de software que aliado a estimação de outras variáveis, poderá ser usado para derivar produtividade, custo e estimar esforço. Essa técnica surgiu no início da década de 70 na IBM, desenvolvida por Allan Albrecht (Vazquez,2009), como uma alternativa às métricas baseadas em linhas de código. O IFPUG (International Function Point Users Group) é uma entidade sem fins lucrativos, composta por pessoas e empresas de diversos países cuja finalidade é promover um melhor gerenciamento dos processos de desenvolvimento e manutenção de software com o uso de pontos de função e outros métodos (www.ifpug.org). 1.2 Objetivo Muitas micro e pequenas empresas passam pela dificuldade de orçar prazo, custo e esforço para os seus projetos. A elaboração desse guia não tem por objetivo tratar de todas as possíveis variações no processo de contagem, mas sim proporcionar uma visão geral sobre a metodologia e com isso auxiliar em uma aproximação do valor real da contagem, ou seja, uma estimativa desse valor. O objetivo desse guia é auxiliar na estimativa em pontos de função na fase inicial do ciclo de vida de um projeto de desenvolvimento. Na fase inicial, você possui apenas a proposta para o projeto, por este motivo não é possível medir o tamanho 1 Em APF usuário possui um conceito mais amplo. Qualquer entidade que se relacione com o sistema ou produza um ônus ao mesmo. Ex: Pessoa, aplicação, leis, restrições e etc. http://www.ifpug.org/ 1 . I N TR O D U Ç Ã O 4 funcional do software, pois os requisitos não estão maduros, mas é possível realizar uma estimativa em pontos de função para o mesmo. Essa abordagem simples e direta tem por finalidade também difundir o uso da técnica de análise de ponto de função, realizando uma visão geral com o intuito de instigar os seus utilizadores a estudos mais aprofundados sobre a metodologia. Não é objetivo deste guia ofender nenhuma organização ou profissional certificado e experiente na utilização da metodologia nem tão pouco limitar o estudo e utilização da mesma. 1.3 Motivação e Benefícios É necessário saber qual é a sua verdadeira motivação para a utilização da técnica de análise de ponto de função. O que ganhamos medindo um software? Pense em um terreno, esse possui uma área, você o mediria para poder vender, comprar, construir. Fica fácil perceber motivos pelos quais você mediria um terreno, certo? Você compraria um terreno sem saber o seu tamanho? Com softwares deveria ser a mesma situação. Em uma obra você precisa saber a área a ser construída para poder comprar os materiais, contratar pessoas e com isso também avaliar o tempo de elaboração da mesma. Quando medimos softwares utilizando a técnica de análise de ponto de função, podemos realizar as mesmas derivações a partir do seu tamanho funcional, ou seja, estimar o esforço, custo e prazo. Com isso é possível observar uma série de benefícios enumerados por (VAZQUEZ,2009): 1. Controlar o andamento da produtividade de um determinado software. Um sistema pode ter mais de uma equipe envolvida em seu desenvolvimento, é possível avaliar a produtividade de diferentes equipes pela quantidade de Pontos de Função entregados. 2. Realizar a medição do tamanho funcional do software e com isso estimar, custo, esforço e prazo. Uma vez realizada a medição ou estimativa dos Pontos de Função totais do sistema é possível utilizar este número para realizar derivações. 3. Sabendo o tamanho funcional de um software é possível realizar comparações. Pode ser realizada uma avaliação entre dois ou mais sistemas. 4. Com a utilização da técnica é possível tomar decisões do tipo “Make or Buy”, seria a decisão de desenvolver um sistema ou comprar uma solução pronta no mercado. 5. Utilizar a medida para fundamentar contratos de compra e venda de softwares ou contratar serviços. 1.4 Pontos chave 1. Análise de Ponto de função é uma técnica que mede o tamanho funcional de um software do ponto de vista do usuário; 2. IFPUG - International Function Point Users Group é o órgão internacional responsável pela manutenção e evolução da técnica; 1 . I N TR O D U Ç Ã O 5 3. Medir ou estimar? Para a utilização da técnica de APF com o intuito de medição, é necessário que os requisitos do sistema estejam maduros. Logo a efetividade de uma medida só é possível após a instalação da aplicação; 4. Análise de ponto de função não leva em consideração como o software é construído, mas sim o que ele faz. 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 6 2. COMO REALIZAR A CONTAGEM DE PONTO DE FUNÇÃO 2.1 Visão geral Este capítulo apresentará uma visão geral sobre todos os passos necessários para utilização da técnica de análise de ponto de função, para a realização de estimativas na fase inicial de um projeto de desenvolvimento, proporcionando ao leitor uma visão restrita da técnica, mas suficiente para estimar um projeto em sua fase inicial e com isso realizar derivações de acordo com a necessidade do usuário. A análise em ponto de função fundamenta-se em seis passos: 1. Determinar o tipo de contagem 2. Identificar o escopo da contagem e a fronteira da aplicação 3. Contar funções: a. Tipo dados b. Tipo transação 4. Determinar a contagem de pontos de função não ajustados 5. Determinar o valor do fator de ajuste 6. Calcular o número dos pontos de função ajustados Figura 2.1: Passos para a contagem dos pontos de função 2.1.1 Requisitos São as necessidades e características que o sistema deve ter para atingir as expectativas do cliente. A extração dos requisitos consiste em uma parte crítica na elaboração de uma proposta, ela está ligada diretamente ao sucesso ou ao fracasso de um projeto. Na aplicação da análise de ponto de função a definição destes requisitos é tão importante quanto para qualquer outro fim, pois você pode subestimar ou superestimar sua contagem e com isso afetar todas as derivações possíveis da técnica.Claro que é impossível extrair todos estes requisitos nesta fase inicial, logo uma melhor extração irá gerar uma melhor estimativa. 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 7 2.2 Determinar o tipo de contagem O primeiro passo para a contagem: Figura 2.2: Determinar o tipo de contagem Na análise de ponto de função existem três tipos de contagem: 1. Projeto de desenvolvimento; 2. Projeto de melhoria; 3. Aplicação. O guia tem por objetivo apresentar a solução de contagem para projeto de desenvolvimento, mas os outros tipos também serão apresentados. 2.2.1 Projeto de desenvolvimento É caracterizado como projeto de desenvolvimento, um novo projeto desde a fase de extração de requisitos até a instalação do mesmo. Neste tipo de projeto é contado na análise de ponto de função todas as funcionalidades fornecidas aos usuários até a instalação do sistema, ou seja, funcionalidades de conversão também são contadas. Por exemplo: Um sistema A possui uma lista de funcionários cadastrados, o sistema B sendo contado deverá incluir todos esses funcionários em sua base de dados, essa funcionalidade será disparada uma única vez que é durante a instalação do sistema, sendo caracterizada como função de conversão. Nós só conseguimos todos os requisitos de um sistema após o término do projeto, sendo assim toda a contagem de um projeto de desenvolvimento pode ser entendida como estimativa e não medição. 2.2.2 Projeto de melhoria O projeto de melhoria mede todas as funcionalidades novas, modificadas e excluídas de um determinado sistema. Ao término de um projeto de melhoria a aplicação deverá ser contada com o intuito de atualizar o valor em pontos de função da mesma. 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 8 2.2.3 Aplicação Entende-se por contagem do tipo aplicação2 um software instalado, ou seja, a contagem após o término de um projeto de desenvolvimento. Neste caso não levamos em consideração as funções do tipo conversão. 2.2.4 Aplicando o conhecimento Esta etapa está pronta, o foco deste guia são as derivações dos pontos de função para auxiliar na elaboração da proposta do projeto para o cliente. A sua contagem será de um projeto de desenvolvimento. Exemplo de caso: Tipo de contagem - Projeto de desenvolvimento. 2.3 Identificar o escopo da contagem O segundo passo para a contagem: Figura 2.3: Identificar o escopo da contagem e a fronteira da aplicação Muitas vezes a identificação do escopo e da fronteira da aplicação não são levados tão a sério, principalmente por empresas que não utilizam de gerência de projetos. Esta é uma etapa crucial para o andamento do projeto, a definição de um escopo3 errado pode acarretar em prejuízos incalculáveis para o projeto ou até a perda total dele, o escopo define quais funções serão incluídas na contagem, ele pode abranger todas as funcionalidades, apenas as utilizadas ou específicas. A fronteira da aplicação a ser contada seria a linha que separa uma aplicação de outra, dentro de um escopo de contagem podem existir mais de uma aplicação a ser contada, por isso é importante definir qual é a sua fronteira. Uma tarefa simples para não errar nesta etapa, é seguir a regra do IFPUG que é determinar a fronteira da aplicação baseado no Ponto de Vista do Usuário. O usuário define o que ele entende sobre as atribuições do sistema e de cada aplicação. 2 Aplicação neste caso pode ser interpretada como sistema. 3 Escopo do projeto é o trabalho que precisa ser realizado para entregar um produto, serviço ou resultado com as características e funções especificadas (PMBOK, 2004), o escopo da contagem é tudo aquilo que deve ser contado. 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 9 Exemplo: Neste caso são apresentadas três aplicações, AP01, AP02 e AP03, cada uma com arquivo lógico interno – ALI e referenciando arquivos de interface externa – AIE, serão apresentados detalhes sobre os arquivos lógicos no próximo tópico. Figura 2.4: Arquivos lógicos e fronteiras das aplicações 2.3.1 Aplicando o conhecimento Como foi visto, nesta etapa devemos definir o escopo da contagem e a fronteira da aplicação. Exemplo de caso: Software destinado a uma empresa que realiza locação de automóveis, o sistema é simples e composto por uma única aplicação. 2.4 Contar funções do tipo dado O terceiro passo primeira parte: Figura 2.5: Contar funções do tipo dados Nesta etapa iniciamos o processo de contagem, as funções do tipo dado são as funcionalidades fornecidas para o armazenamento de dados na aplicação sendo 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 1 0 contada, são caracterizados como arquivos lógicos e eles podem ser mantidos pela aplicação ou lida de outra, como no exemplo da (figura 2.4). Arquivos lógicos que estão dentro da fronteira da aplicação e mantidos pela mesma são chamados de Arquivos Lógicos Internos (ALI), já os arquivos lógicos lidos de outra aplicação são chamados de Arquivos de Interface Externa (AIE). 2.4.1 Arquivo Lógico Interno Grupo lógico de dados e persistentes mantidos dentro da fronteira da aplicação e alterado por meio de processos elementares4. Considere a (figura 2.4), a AP01 possui três arquivos lógicos internos (ALI), a primeira vista parecerá que cada tabela do banco de dados da sua aplicação será um ALI, mas é um erro realizar essa premissa, pois um grupo de tabelas pode ser considerado como um único arquivo lógico. Exemplos: 1. Arquivo de configuração, conexão, segurança (senhas) mantidos pela aplicação. 2. Tabelas ou grupos de tabelas do banco de dados mantidas pela aplicação. Não são exemplos: 1. Arquivos temporários ou de backup. 2. Tabelas temporárias ou views. 2.4.2 Arquivo de Interface Externa Grupo lógico de dados e persistentes mantidos dentro da fronteira de outra aplicação, mas requerido ou referenciado pela aplicação que está sendo contada. Considere a (figura 2.4), a AP01 referencia arquivos lógicos da AP02 e AP03, estes arquivos são denominados arquivos de interface externa (AIE). Exemplos: 1. Dados de segurança armazenados em arquivos lógicos e mantidos por aplicações específicas a este fim. 2. Dados salariais armazenados na aplicação financeira, mas utilizados pela aplicação contada. Não são exemplos: 1. Dados armazenados na aplicação sendo contada e utilizados por uma aplicação externa. Neste caso a sua aplicação possui um ALI e outra aplicação reconhece estes dados vindos de um AIE. 2.4.3 Determinação da complexidade e da contribuição Complexidade é o grau de influência que um arquivo lógico tem para o tamanho funcional do sistema. A contribuição é a conversão do grau de complexidade em pontos de função. Essa complexidade é calculada a partir da contagem dos tipos de dados e dos tipos de registro. Tipos de dados (TD): É um campo não recursivo de dado, único e reconhecido pelo usuário, em uma visão geral e limitada, seria cada atributo de uma tabela. 4 Um processo elementar é a menor unidade de atividade significativa para o usuário final (VAZQUEZ,2009). É a menor funcionalidade disponibilizada ao usuário. 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 1 1 Tipos de Registro (TR): É um subgrupo de dados. Em uma análise míope, quando um agrupamento de tabelas são caracterizadas como um único arquivo lógico, ALI ou AIE, a tabela reconhecida pelo usuário é contada e as demais se tornam tipos de registro. Os campos de dados dos tipos de registro são atribuídos a todos os arquivos lógicos relacionados a estes tipos de registro. Exemplo: Figura2.6: Especialização é um tipo de registro Neste exemplo contamos funcionários como uma ALI ou AIE e incluímos as demais tabelas como tipo de registro e os seus tipos de dados são somados a Funcionários. Exemplo: Figura 2.7: Especialização na visão do usuário Temos a seguinte definição: Descrição Tipo TD TR Funcionários ALI ou AIE 4 3 Tabela 2.1: Descrição do Tipo de Registro (TR) e Tipo de Dado (TD) São contados três tipos de registro, pois todo arquivo lógico é um tipo de registro dele mesmo. É importante perceber que essa solução é tomada, uma vez que o usuário enxerga auxiliar e dentista como funcionário e não entidades separadas, ou seja, o importante é a visão do negócio. 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 1 2 Figura 2.7: Visão do Negócio Tabela de complexidade: A tabela de complexidade é padronizada pelo IFPUG, todos os usuários da técnica de análise de pontos de função utilizam os mesmos valores. Ti p o s d e R eg is tr o Tipos de Dados < 20 20 – 50 > 50 1 Baixa Baixa Média 2 – 5 Baixa Média Alta > 5 Média Alta Alta Tabela 2.2: Complexidade ALI e AIE Tabela de contribuição: A tabela de contribuição é padronizada pelo IFPUG, todos os usuários da técnica de análise de pontos de função utilizam os mesmos valores. Após identificar a complexidade de cada ALI e AIE do seu sistema, é possível determinar a contribuição desses para a contagem dos pontos de função. Tipo de Função Baixa Média Alta Arquivo Lógico Interno 7 PF 10 PF 15 PF Arquivo de Interface Externa 5 PF 7 PF 10 PF Tabela 2.3: Tabela de contribuição 2.4.4 Aplicando o conhecimento Para facilitar a identificação dos tipos de arquivos, deve-se elaborar um modelo lógico. Uma dica geral e objetiva, mas passível de erro, é contar um arquivo lógico ALI ou AIE para cada tabela reconhecida pelo usuário, ou seja, se a tabela existe no ponto de vista do usuário ela deve ser contada, caso contrário não. Se o usuário não reconhece a tabela, mas reconhece os tipos de dados presentes na mesma, provavelmente essa tabela será um tipo de registro. Dica para classificar um arquivo lógico: 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 1 3 Figura 2.8: Fluxo para classificação do tipo lógico Passos para uma estimativa da contagem desta etapa: 1. Elabore um modelo lógico do seu projeto Exemplo: Figura 2.9: Modelo lógico 2. Identifique todas as tabelas reconhecidas pelo usuário, ou seja, as que fazem parte da visão do negócio e classifique-as como ALI ou AIE. Exemplo: Descrição Tipo Usuário ALI Cliente ALI Carro ALI Tabela 2.4: Classificação dos arquivos lógicos Todas as tabelas foram caracterizadas como arquivo lógico interno, pois elas são mantidas pelo sistema sendo contado. 3. Faça uma análise da todas as tabelas que não estão na visão do negócio: 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 1 4 a. Se a tabela não pertence à visão do negócio, mas os seus tipos de dados pertencem, conte-a como um tipo de registro para cada arquivo lógico relacionado a ela e atribua os seus tipos de dados a cada um deles. b. Se nem a tabela nem os seus tipos de dados pertencem à visão do negócio, descarte-a da contagem. Exemplo: Aluga foi considerada um tipo de registro, pois na visão do negócio os campos hora_aluguel e data_aluguel, são reconhecidos pelo usuário e por este motivo eles foram somados aos tipos de dados de Cliente e Carro. Descrição Tipo TD TR Usuário ALI 4 1 Cliente ALI 7 2 Carro ALI 8 2 Tabela 2.5: Tipo de Dado (TD) e Tipo de Registro (TR) 4. Determine a complexidade de cada arquivo lógico. Exemplo: Para definir a complexidade basta analisar a quantidade de tipos de dados mais os tipos de registro e conferir (tabela 2.2): Descrição Tipo TD TR Complexidade Usuário ALI 4 1 Baixa Cliente ALI 7 2 Baixa Carro ALI 8 2 Baixa Tabela 2.6: Complexidade 5. Determine a contribuição de cada arquivo lógico. Exemplo: Para determinar a contribuição basta verificar na (tabela 2.3) o ponto de função referente a cada complexidade. Descrição Tipo TD TR Complexidade Contribuição Usuário ALI 4 1 Baixa 7 Cliente ALI 7 2 Baixa 7 Carro ALI 8 2 Baixa 7 Tabela 2.7: Contribuição 6. Realize a soma de todas as contribuições. Exemplo: Para finalizar a contagem das funções do tipo dados, some as contribuições de todos os arquivos lógicos: Descrição Tipo TD TR Complexidade Contribuição Usuário ALI 4 1 Baixa 7 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 1 5 Cliente ALI 7 2 Baixa 7 Carro ALI 8 2 Baixa 7 Total de Pontos de Função = 21 Tabela 2.8: Contagem das funções do tipo dados 2.5 Contar funções do tipo transação Terceiro passo segunda parte: Figura 2.10: Contar funções do tipo transação Agora que aprendemos a contar funções do tipo dados, podemos dar continuidade a contagem da aplicação. As funções do tipo transação são as funcionalidades base para o funcionamento do sistema, estas funções são chamadas de processos elementares e são classificadas em Entradas Externas, Saídas Externas, Consultas Externas. Um processo elementar é a menor unidade de uma função disponível ao usuário. Por exemplo, consultar clientes pode ser entendido como uma função, mas o mesmo não pode ser entendido como um processo elementar, uma vez que podem ser realizadas inúmeras consultas diferentes aos clientes, consultar clientes pelo nome, consultar clientes em débito, consultar registro de clientes e outras, podemos perceber que cada consulta é uma funcionalidade única e independente, desta forma para determinar um processo elementar é necessário identificar todas as funcionalidades únicas e independentes de uma função. Um processo elementar deve ser único. Por exemplo, consultas que diferem uma da outra pela organização dos dados gerados, não podem ser consideradas diferentes. 2.5.1 Entrada Externa Uma entrada externa é um processo de controle, ela também realiza o processamento de dados do sistema e direciona o mesmo para atender os requisitos da aplicação. Definida por (VAZQUEZ,2009) como sua principal intenção manter (incluir, alterar ou excluir dados) um ou mais Arquivos Lógicos Internos e/ou alterar a forma como o sistema se comporta. 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 1 6 Exemplos: 1. Transações destinadas a manter Arquivos Lógicos Internos. 2. Processos destinados a realizar registros. Não são exemplos: 1. Telas de filtro. 2. Preenchimento de campos de dados. 3. Telas de login. 4. Gerar relatórios. 2.5.2 Saída Externa Processo elementar destinado a apresentação de informação ao usuário ou a outra aplicação externa que utiliza de cálculos para processar essas informações. Definida por (VAZQUEZ,2009) como sua principal intenção apresentar informação a partir de lógica de processamento que não seja uma simples recuperação de dado ou informação de controle, podendo manter Arquivos Lógicos Internos e alterar o comportamento do sistema. Exemplos: 1. Tela de login (com criptografia). 2. Relatórios financeiros, supondo estes gerados por cálculos. 3. Consultas complexas com processamento de dados a partir de cálculos. 4. Apresentação de gráficos com dados processados a partir de cálculos. Não são exemplos: 1. Telas de filtro. 2. Consultas simples, sem processamento de dados utilizando cálculos. 2.5.3 Consulta Externa Processo elementar que apresenta informação ao usuário ou a outra aplicação externa por meio de recuperação simples. Definida por (VAZQUEZ,2009) como sua principal intenção apresentar informações ao usuário por meiode uma simples recuperação de dados ou informações de controle de ALIs e/ou AIEs, sendo que a lógica de processamento não deve conter cálculos ou fórmulas matemáticas e não deve alterar o comportamento do sistema. Exemplos: 1. Consultar clientes pelo nome. 2. Apresentar dados em formato gráfico a partir de recuperação simples. Não são exemplos: 1. Relatórios financeiros, gerados a partir de cálculos. 2. Telas de filtro. 2.5.4 Determinação da complexidade e da contribuição Complexidade é o grau de influência que um processo elementar tem para o tamanho funcional do sistema. A contribuição é a conversão do grau de complexidade em pontos de função. Essa complexidade é calculada a partir da contagem dos tipos de dados e dos arquivos referenciados. Tipos de dados: 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 1 7 É um campo não recursivo de dado, único e reconhecido pelo usuário, ou seja, é cada campo preenchido ou apresentado ao usuário. Por exemplo, em um formulário os campos nome, CPF, endereço, o botão de confirmação, uma janela de mensagem de erro entre outros são tipos de dados, já em um relatório, o código do produto, o nome, a descrição, o valor, em um gráfico o raciocínio é o mesmo: Figura 2.11: Apresentação de relatório gráfico Contamos um tipo de dado para o nome do produto, um para a quantidade e um para o valor. No total temos três tipos de dados neste relatório. Arquivo Referenciado: Um arquivo referenciado é todo arquivo lógico lido, pode ser um ALI ou AIE, ou todo arquivo lógico mantido, neste caso só pode ser um ALI. Um tipo de registro não é um arquivo lógico, ele pertence a um. Não devemos contar tipos de registro e arquivos lógicos lidos várias vezes, são contados apenas uma única vez. Tabela de complexidade: A tabela de complexidade é padronizada pelo IFPUG, todos os usuários da técnica de análise de pontos de função utilizam os mesmos valores. A rq u iv o s R ef e re n ci ad o s Tipos de Dados < 5 5 – 15 > 15 < 2 Baixa Baixa Média 2 Baixa Média Alta > 2 Média Alta Alta Tabela 2.9: Complexidade Entrada Externa (EE) A rq u iv o s R ef e re n ci ad o s Tipos de Dados < 6 6 – 19 > 19 < 2 Baixa Baixa Média 2 – 3 Baixa Média Alta > 3 Média Alta Alta Tabela 2.10: Complexidade Saída Externa (SE) e Consulta Externa (CE) Tabela de contribuição: 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 1 8 A tabela de contribuição é padronizada pelo IFPUG, todos os usuários da técnica de análise de pontos de função utilizam os mesmos valores. Após identificar a complexidade de cada processo elementar do seu sistema, é possível determinar a contribuição desses para a contagem dos pontos de função. Tipo de Função Baixa Média Alta Entrada Externa 3 PF 4 PF 6 PF Saída Externa 4 PF 5 PF 7 PF Consulta Externa 3 PF 4 PF 6 PF Tabela 2.11: Tabela de Contribuição 2.5.5 Aplicando o conhecimento Para finalizar o terceiro passo nós devemos determinar a contagem das funções do tipo transação. O fluxo a seguir auxilia na determinação do tipo do processo elementar: Figura 2.12: Fluxo para classificação do processo elementar 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 1 9 Esta é uma visão geral, o importante é saber o que o seu processo elementar tem por finalidade. Por exemplo, um cadastro é uma EE o mesmo pode apresentar informações ao final do processamento que não o torna uma CE ou SE, pois sua finalidade era cadastrar. Outra dica, quando você não reconhece a classificação de uma função de transação, pode ser que esta ainda não é um processo elementar, cabe então reconhecer todos os processos elementares no interior desta função antes de verificar a classificação em Entrada Externa (EE), Consulta Externa (CE) ou Saída Externa (SE). 1. Identifique todos os processos elementares Exemplo: Descrição Incluir Cliente Excluir Cliente Alterar Cliente Incluir Usuário Excluir Usuário Alterar Usuário Incluir Automóveis Excluir Automóveis Alterar Automóveis Registrar Locação Finalizar Locação Login (com criptografia) Consulta clientes por nome Consulta carros alugados Consulta data do aluguel Consulta clientes com carro alugado Consulta carro mais alugado Consulta cliente que mais aluga Tabela 2.12: Identificação dos processos elementares 2. Classifique o processo elementar quanto ao seu tipo Para facilitar a identificação utilize o fluxo (figura 2.12). Exemplo: Descrição Tipo Incluir Cliente EE Excluir Cliente EE Alterar Cliente EE Incluir Usuário EE Excluir Usuário EE Alterar Usuário EE Incluir Automóveis EE Excluir Automóveis EE 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 2 0 Alterar Automóveis EE Registrar Locação EE Finalizar Locação EE Login (com criptografia) SE Consulta clientes por nome CE Consulta carros alugados CE Consulta data do aluguel CE Consulta clientes com carro alugado CE Consulta carro mais alugado CE Consulta cliente que mais aluga CE Tabela 2.13: Tipos dos processos elementares 3. Determine os tipos de dados e os arquivos referenciados Neste passo é necessário analisar cada processo elementar e definir seus tipos de dados e os arquivos aos quais referencia. Este passo é mais relevante quando os tipos de dados ou os arquivos referenciados estão na fronteira da mudança da complexidade. Longe da fronteira, erros neste ponto não irão influenciar na contagem. Exemplo: Descrição Tipo TD AR Incluir Cliente EE 6 1 Excluir Cliente EE 3 1 Alterar Cliente EE 6 1 Incluir Usuário EE 3 2 Excluir Usuário EE 3 2 Alterar Usuário EE 3 1 Incluir Automóveis EE 7 2 Excluir Automóveis EE 3 2 Alterar Automóveis EE 7 1 Registrar Locação EE 3 2 Finalizar Locação EE 4 2 Login (com criptografia) SE 4 1 Consulta clientes por nome CE 3 2 Consulta carros alugados CE 3 2 Consulta data do aluguel CE 3 2 Consulta clientes com carro alugado CE 3 3 Consulta carro mais alugado CE 3 3 Consulta cliente que mais aluga CE 3 2 Tabela 2.14: Tipos de Dados (TD) e Arquivos Referenciados (AR) 4. Verifique a complexidade Após definir os tipos de dados e os arquivos referenciados, determine à complexidade de cada processo elementar consultando a (tabela 2.9 ou tabela 2.10). Exemplo: Descrição Tipo TD AR Complexidade 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 2 1 Incluir Cliente EE 6 1 Baixa Excluir Cliente EE 3 1 Baixa Alterar Cliente EE 6 1 Baixa Incluir Usuário EE 3 2 Baixa Excluir Usuário EE 3 2 Baixa Alterar Usuário EE 3 1 Baixa Incluir Automóveis EE 7 2 Média Excluir Automóveis EE 3 2 Baixa Alterar Automóveis EE 7 1 Baixa Registrar Locação EE 3 2 Baixa Finalizar Locação EE 4 2 Baixa Login (com criptografia) SE 4 1 Baixa Consulta clientes por nome CE 3 2 Baixa Consulta carros alugados CE 3 2 Baixa Consulta data do aluguel CE 3 2 Baixa Consulta clientes com carro alugado CE 6 3 Média Consulta carro mais alugado CE 3 3 Baixa Consulta cliente que mais aluga CE 3 2 Baixa Tabela 2.15: Complexidade 5. Determine a contribuição de cada processo elementar Para determinar a contribuição basta verificar na (tabela 2.11) o ponto de função referente a cada complexidade. Exemplo: Descrição Tipo TD AR Complexidade Contribuição Incluir Cliente EE 6 1 Baixa 3 Excluir Cliente EE 3 1 Baixa 3 Alterar Cliente EE 6 1 Baixa 3 Incluir Usuário EE 3 2 Baixa 3 Excluir Usuário EE 3 2 Baixa 3 Alterar Usuário EE 3 1 Baixa 3 Incluir Automóveis EE 7 2 Média 4 Excluir Automóveis EE 3 2 Baixa 3 Alterar Automóveis EE 7 1 Baixa 3 Registrar Locação EE 3 2 Baixa 3 Finalizar Locação EE 4 2 Baixa 3 Login (comcriptografia) SE 4 1 Baixa 4 Consulta clientes por nome CE 3 2 Baixa 3 Consulta carros alugados CE 3 2 Baixa 3 Consulta data do aluguel CE 3 2 Baixa 3 Consulta clientes com carro alugado CE 6 3 Média 4 Consulta carro mais alugado CE 3 3 Baixa 3 Consulta cliente que mais aluga CE 3 2 Baixa 3 Tabela 2.15: Contribuição 6. Determine a contribuição total 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 2 2 Para finalizar a contagem das funções do tipo dados, some as contribuições de todos os processos elementares. Exemplo: Descrição Tipo TD AR Complexidade Contribuição Incluir Cliente EE 6 1 Baixa 3 Excluir Cliente EE 3 1 Baixa 3 Alterar Cliente EE 6 1 Baixa 3 Incluir Usuário EE 3 2 Baixa 3 Excluir Usuário EE 3 2 Baixa 3 Alterar Usuário EE 3 1 Baixa 3 Incluir Automóveis EE 7 2 Média 4 Excluir Automóveis EE 3 2 Baixa 3 Alterar Automóveis EE 7 1 Baixa 3 Registrar Locação EE 3 2 Baixa 3 Finalizar Locação EE 4 2 Baixa 3 Login (com criptografia) SE 4 1 Baixa 4 Consulta clientes por nome CE 3 2 Baixa 3 Consulta carros alugados CE 3 2 Baixa 3 Consulta data do aluguel CE 3 2 Baixa 3 Consulta clientes com carro alugado CE 6 3 Média 4 Consulta carro mais alugado CE 3 3 Baixa 3 Consulta cliente que mais aluga CE 3 2 Baixa 3 Total de Pontos de Função = 57 Tabela 2.16: Contagem das funções do tipo transação 2.6 Pontos de função não ajustados O quarto passo é determinar a contagem dos pontos de função não ajustados: Figura 2.13: Determinar pontos de função não ajustados Neste ponto nós entendemos a relação de um arquivo lógico com um processo elementar: 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 2 3 Figura 2.14: Relação arquivo lógico e processo elementar Neste exemplo temos uma aplicação AP01 com um arquivo lógico interno e uma série de processos elementares, a mesma realiza uma leitura de um arquivo lógico da aplicação AP02, este arquivo lógico localiza-se fora da fronteira da aplicação AP01 e deve ser classificado como um arquivo de interface externa. Agora nós devemos realizar a contagem dos pontos de função não ajustados, esta análise é simples. Devemos apenas somar as contribuições das funções do tipo dado com as contribuições das funções do tipo transação. 2.6.1 Aplicando o conhecimento Devemos somar as contribuições de todas as funções do tipo dado e do tipo transação. Exemplo: Descrição Contribuição Funções do tipo dado 21 PF Funções do tipo transação 57 PF Total de Pontos de Função Não Ajustados = 78 PF Tabela 2.17: Pontos de função não ajustados 2.7 Determinar o fator de ajuste O quinto passo é determinar o fator de ajuste: 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 2 4 Figura 2.15: Determinar o fator de ajuste Para o quinto passo devemos determinar o fator de ajuste, mas nós não iremos realizar esta análise e atribuiremos o valor do fator de ajuste como um. O fator de ajuste pelo seu caráter subjetivo e o impacto gerado na contagem, podendo ser de +35% a -35%, fez com que vários utilizadores da técnica de análise de ponto de função ignorassem esta etapa antes mesmo do IFPUG adotá-la como opcional em 2002. Este guia tem por objetivo estimar pontos de função, a inclusão de análises subjetivas afetará a contagem e aumentará o erro. 2.7.1 Aplicando o conhecimento Não será feita análise para esta etapa, uma vez que a mesma é instituída opcional pelo IFPUG e pode aumentar o erro na estimativa. Exemplo: Valor de ponto de função não ajustado (VAF) = 1 O VAF sendo um não irá interferir na contagem. 2.8 Realizar o cálculo dos pontos de função ajustados Este é o sexto e último passo para a contagem: 2 . C O M O R EA LI ZA R A C O N TA G EM D E P O N TO D E FU N Ç Ã O 2 5 Figura 2.15: Calcular os pontos de função ajustados Esta é a etapa final para obter o tamanho funcional do seu projeto. Existem três tipos de contagem, como já foi dito: 1. Projeto de Desenvolvimento 2. Projeto de Melhoria 3. Aplicação Como este guia visa à contagem de projeto de desenvolvimento não entraremos em detalhes dos demais tipos de contagem. Para determinar os pontos de função ajustados para projeto de desenvolvimento é necessário aplicar a seguinte fórmula: DFP = (UFP + CFP) x VAF Sendo: DFP: O número de pontos de função do projeto de desenvolvimento. UFP: Número de pontos de função não ajustados das funções disponíveis aos usuários após a instalação CFP: Número de pontos de função não ajustados das funções de conversão, ou seja, as funções transitórias que são inutilizadas após a instalação. VAF: Valor do fator de ajuste. 2.8.1 Aplicando o conhecimento Todos os valores estimados até este ponto serão utilizados para determinar os pontos de função ajustados. Exemplo: Para terminar a contagem do projeto de desenvolvimento, substitua os valores estimados até aqui na fórmula. DFP = (78 + 0) x 1 A minha aplicação não possui funções de conversão, por este motivo somei zero as funções disponíveis após a instalação. 3 . D ER IV A Ç Õ ES 2 6 A minha aplicação contada possui um tamanho funcional estimado em 78 pontos de função. 3. DERIVAÇÕES Neste ponto já possuímos o tamanho funcional da nossa aplicação, agora será apresentado as derivações que podem ser realizadas com ele. Até aqui utilizamos a análise de pontos de função na perspectiva de produto, agora iremos fazer uma análise na perspectiva de processo (esforço, custo e prazo). Independente da derivação o importante é possuir um histórico de projeto, só assim será possível estimar esforço, custo e prazo. Na primeira vez que aplicar estas estimativas o erro será grande, mas conforme for ampliando a sua base de históricos de projeto tenderá a diminuir este erro. 3.1 Esforço Para calcular o esforço é necessário conhecer quantos pontos de função são produzidos em uma hora e saber quantas horas de trabalho são consideradas em um mês na sua empresa. A estimativa de esforço pode ser: Pontos de Função por Homem Mês (PF/HM) Pontos de Função por Hora (PF/H) Temos por base que a taxa de produtividade é media em hora por ponto de função (H/PF). Cada linguagem ou tecnologia demandam um esforço diferente, essas características não influenciam nos pontos de função, mas sim no esforço que demanda produzir cada ponto de função. Existem vários editais para licitação que incluem tabelas de produtividade mínima no desenvolvimento de projetos. Desenvolvimento e manutenção de sistemas Tecnologia Produtividade Mínima Java 15 h/PF ASP (Vbscript e Javascript) 10 h/PF PHP 11 h/PF JSP 13 h/PF HTML 7 h/PF Cold Fusion 11 h/PF Delphi 9 h/PF Crystal reports 9 h/PF PL/SQL 9 h/PF Visual Basic 9 h/PF Tabela 3.1: Tabela de produtividade mínima ACINE Utilizar bases de editais (sem o conhecimento sobre o projeto) ou de outras empresas, se constitui um risco muito grande, pois a produtividade é intrínseca de cada empresa, pois essas possuem funcionários e processos diferenciados. 3 . D ER IV A Ç Õ ES 2 7 3.1.1 Aplicando o conhecimento Exemplo: A nossa aplicação foi estimada em 78 pontos de função. Considere uma empresa que possui uma taxa de produtividade mínima em Java de 5 H/PF e com uma carga de trabalho de 130 horas por homem mês: Esforço = (5 x 78) Esta empresa gastaria 390 horas pra produzir o sistema ou três meses. 3.2 Custo A estimativa do custo de um projeto é a informação primordial na hora de elaborar uma proposta, este não pode exceder as expectativas do cliente e nem tão pouco ter um valor inferior ao necessário para o funcionamento da empresa. Como na determinação do esforço o custo também é estimado a partir de dados da empresa, neste casoé necessário ter o conhecimento do custo da hora da equipe de desenvolvimento ou o valor de um ponto de função para sua empresa. O custo é dado por: Custo por hora vezes hora por ponto de função (C/H x H/PF). Assim nós obtemos o custo por ponto de função. 3.2.1 Aplicando o conhecimento Exemplo: Suponha que a hora de trabalho custa R$ 21,00 e como é produzido um ponto de função a cada cinco horas o valor do ponto de função é de R$ 105,00. Estimamos que os esforços necessários para produzir nossa aplicação são de 390 horas e a mesma possui 78 pontos de função. Custo = (78 x 100,00) Podemos assim inferir que a aplicação tem um custo de aproximadamente R$ 7800,00. 3.3 Prazo O prazo é um fator crítico a ser determinado, pois para estimativas nós supomos ele sendo uma função linear com o recurso, o que é uma suposição muito falha. Por exemplo, se um projeto desenvolvido por dois desenvolvedores gasta um prazo de dois meses, alocar mais dois desenvolvedores para o projeto não necessariamente implica que o mesmo irá durar apenas um mês. A análise empírica mostra que essa linearidade não existe, uma mulher demora nove meses para gerar um bebê, nove mulheres não geram um bebê em um mês (VAZQUEZ,2009). Quanto maior o tamanho funcional de um projeto, maior será o prazo e maior será o erro. Para projetos pequenos o erro é aceitável, mas novamente voltamos ao ponto de que a melhor maneira de evitar estes erros é possuindo uma base histórica dos projetos desenvolvidos. Implicamos o prazo da seguinte forma: Prazo é a relação de esforço por recurso. 3 . D ER IV A Ç Õ ES 2 8 Prazo = 3.3.1 Aplicando o conhecimento Exemplo: Foi definido que o esforço necessário para produzir a aplicação é de 390 horas ou três meses. Suponha que esta empresa possua dois funcionários habilitados a desenvolver o projeto na tecnologia estabelecida. Prazo = (3 / 2) Utilizando dessas informações concluímos que o prazo para a entrega do sistema será de um mês e meio. Esforço Recurso 4 . C O N SI D ER A Ç Õ ES 2 9 4. CONSIDERAÇÕES Durante a elaboração deste guia tive contato com outras técnicas de estimativas de software, contagem por linha de código, contagem de telas, pontos por caso de uso e outras, foi possível perceber que das soluções usuais encontradas a Análise de Ponto de Função – APF é uma ótima solução e consegue atender de forma satisfatória as necessidades do mercado. Para elaboração deste guia foi utilizado artigos, livros e vídeos-aula. Atribuo grande parte do meu conhecimento ao livro Análise de Pontos de Função (VAZQUEZ,2009) que sem o qual eu teria grande dificuldade em terminar o meu projeto. Outra fonte de conhecimento que me foi de grande ajuda, não pela estrutura formal, mas pelos conhecimentos gerados diariamente a partir de dúvidas dos usuários da técnica, foi o grupo de leitores de APF, disponível em: <http://groups.yahoo.com/group/livro-apf/>. Finalizando as considerações, agradeço ao José Luis Braga meu orientador por me possibilitar o conhecimento nesta área e estar sempre à disposição para ajudar e indicar materiais surpreendentes sobre os mais variados conhecimentos desde engenharia de software, gerência de projetos a conhecimentos do mundo e fora dele. Não se limite a este guia, pois ele apresenta uma visão superficial da técnica de análise de pontos de função e que ele te instigue a buscar mais conhecimentos sobre essa área. “Um conhecimento nunca é mantido constante, ou ele é perdido ou é enriquecido.” http://groups.yahoo.com/group/livro-apf/ 5 . B IB LI O G R A FI A 3 0 5. BIBLIOGRAFIA VAZQUEZ,C.E. , SIMÕES,G.S. , ALBERT,R.M. Análise de ponto de função medição, estimativa e gerenciamento de projetos de software. São Paulo, Editora Érica, 2009. Softex. MPS.BR - Melhoria de processo do software brasileiro - Guia geral, 2009. IFPUG(International Function Point Users Group). Disponível em: <http://www.ifpug.org>. Acesso em: 01 nov 2010. BFPUG(Brazilian Function Point Users Group). Disponível em: <http://www.bfpug.com.br>. Acesso em: 01 nov 2010. PMI (Project Management Institute). Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamentos de Projetos (PMBOK). Estados Unidos: PMI Publications, 2004. DEKKERS, C. Pontos de Função e Medidas - O Que é um Ponto de Função?. QAI Journal, dez. 1998 DEKKERS, C. Desmistificando Pontos de Função: Entendendo a Terminologia. IT Metrics Strategies, out. 1998. ACINE. Anexo XVIII – Tabelas de produtividade mínima, 2008. Disponível em: <http://www.ancine.gov.br/media/concorrencia0012008/AnexoXVIII.pdf>. Acesso em: 19 jun 2011. http://www.bfpug.com.br/Artigos/Dekkers-PontosDeFuncaoEMedidas.htm http://www.ancine.gov.br/media/concorrencia0012008/AnexoXVIII.pdf Projeto e Desenvolvimento de Sistemas de Informação Prof. Flávio de Oliveira Silva, Ph.D. 1 Projeto e Desenvolvimento de Sistemas de Informação Prof. Flávio de Oliveira Silva, Ph.D. flavio@ufu.br Projeto e Desenvolvimento de Sistemas de Informação Prof. Flávio de Oliveira Silva, Ph.D. Objetivos Identificar problemas do mundo real implementáveis computacionalmente; Realizar a análise e projeto de soluções em software de forma padronizada e eficiente 2 Projeto e Desenvolvimento de Sistemas de Informação Prof. Flávio de Oliveira Silva, Ph.D. Ementa Apresentação de um problema a ser solucionado através do computador Especificação do software a ser implementado Implementação do software especificado Problemas e práticas recomendadas no desenvolvimento de software Visão geral do processo de desenvolvimento Planejamento e Elaboração; análise e projeto; implementação 3 Projeto e Desenvolvimento de Sistemas de Informação Prof. Flávio de Oliveira Silva, Ph.D. Programa Identificação de um problema Análise Problemas e práticas recomendadas Levantamento de requisitos Custos relacionados Metodologias de Análise Modelagem de Banco de Dados Diagramas para análise Visão geral das ferramentas de análise Projeto Técnicas de projeto Projeto de Telas e Banco de Dados Escolha de Ferramentas de desenvolvimento Modelos de construção de software Camadas de software Componentes e reutilização de software Criação de Protótipos 4 Projeto e Desenvolvimento de Sistemas de Informação Prof. Flávio de Oliveira Silva, Ph.D. Bibliografia Básica Blaha, Rumbaugh. Modelagem e projetos baseados em objetos com UML 2. Elsevier: Campus. 2006 Maldonado, Delamaro, Jino. Introdução ao Teste de Software. Campus, 2007. Guedes. UML 2 – Uma abordagem prática. Novatec. 2009 Lowe, Pressman. Engenharia Web; LTC, 2009. Complementar FURLAN, José Davi. Modelagem de Objetos através UML. Makron Books, 1998. LAIRMAN, Craig. Utilizando UML e Padrões. Ed. Bookman, 2007. OESTEREICH, Bernd; Weilkiens, Tim. UML 2 Certification Guide. MORGAN KAUFMANN, 2006. PENDER, Tom, UML – A Bíblia. Elsevier: Campus. 2004. Pressman. Engenharia de Software, 7ª. Edição. Sommerville. Engenharia de Software, 9ª. Edição SOMMERVILLE, Ian. Engenharia de Software. Editora Pearson / Addison Wesley, 2003 BOOCH, Grady; Jacobson, Ivar; Rumbauch,James. UML: Guia do Usuário. Campus, 2006. 5 Projeto e Desenvolvimento de Sistemas de Informação Prof. Flávio de Oliveira Silva, Ph.D. Avaliação Trabalho em Grupo Foco Trabalho Cooperação / Colaboração Coordenação Responsabilidade Gestão Ferramentas: Gerenciamento de Projeto Gerenciamento de versões (svn, github, google code, etc.) Issue Tracker (bugzilla, github, etc.) Cada fase terá como foco uma Disciplina Modelagem de Negócios Requisitos Análise e Projeto Implementação e Implantação 6 Projeto e Desenvolvimento de Sistemas de Informação Prof. Flávio de Oliveira Silva, Ph.D. RUP Projetoe Desenvolvimento de Sistemas de Informação Prof. Flávio de Oliveira Silva, Ph.D. Avaliação Disciplinas x Artefatos Modelagem de Negócios Documento de Visão Diagrama Caso de Uso Contexto do Sistema com todas as funcionalidades Requisitos Especificação de Casos de Uso Modelo de Domínio Análise e Projeto Diagramas com Visões da Arquitetura Protótipo de telas Persistência Integrações Implementação e Implantação 8 Projeto e Desenvolvimento de Sistemas de Informação Prof. Flávio de Oliveira Silva, Ph.D. Disciplinas x Nota 2019/01 Modelagem de Negócios (20 pontos) Documento de Visão Diagrama de Contexto (Diagrama de Caso de Uso) Data final – 08/04/19 Requisitos (30 pontos) Especificação dos Casos de Uso Modelo de Domínio (Diagrama de Classes) Data final – 06/05/19 Análise e Projeto (35 pontos) Documento de Arquitetura Data final – 17/06/19 Implementação (10 pontos) e Implantação (5 pontos) Protótipos Data final – 13/07/19 9 1 Amanda Meincke Melo Lara Schibelsky Godoy Piccolo Ismael Mattos Andrade Ávila Cláudia de Andrade Tambascia (organizadores) Usabilidade, Acessibilidade e Inteligibilidade Aplicadas em Interfaces para Analfabetos, Idosos e Pessoas com Deficiência Resultados do Workshop IHC 2008 - VIII Simpósio Brasileiro sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais 1ª Edição CPqD Campinas, SP 2009 CPqD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações Rodovia Campinas/Mogi-Mirim, km 118,5 – 13086-902 Campinas – SP – Brasil Tel.: 0800-7022773 1ª edição – abril de 2009 Editores Amanda Meincke Melo Lara Schibelsky Godoy Piccolo Ismael Mattos Andrade Ávila Cláudia de Andrade Tambascia Reprodução autorizada, desde que citada a fonte de referência da publicação e os autores dos artigos. Distribuição gratuita. 1 Apresentação É com grande satisfação que compartilhamos esta compilação de artigos apresentados e discutidos durante o workshop “Usabilidade, Acessibilidade e Inteligibilidade aplicadas em interfaces para analfabetos, idosos e pessoas com deficiência”. O evento ocorreu em outubro de 2008, em Porto Alegre - RS, integrado ao IHC'2008 – Simpósio Brasileiro sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais. O primeiro capítulo desta publicação apresenta os objetivos e os resultados alcançados com o workshop, sumarizando as principais contribuições de cada trabalho. Os capítulos subseqüentes trazem os artigos na forma em que foram submetidos pelos autores. Desejamos profundamente que este material possa contribuir à reflexão sobre acessibilidade, usabilidade e inteligibilidade visando à promoção da qualidade da experiência do cidadão brasileiro no acesso indiscriminado ao conhecimento e à participação na sociedade mediados por Tecnologias de Informação e Comunicação. Os organizadores. 2 Sumário Usabilidade, Acessibilidade e Inteligibilidade aplicadas em interfaces para analfabetos, idosos e pessoas com deficiência – Resultados do Workshop..................3 Amanda Meincke Melo, Lara Piccolo, Ismael Ávila, Claudia de Andrade Tambascia Personas para Caracterização da Experiência de Uso de Tecnologia pela População Digitalmente Excluída........................................................................................................ 15 Lucia Filgueiras, Stefan Martins, Danilo Correa, Alexandre Osorio XLupa – Um Ampliador de Tela com Interface Adaptativa para Pessoas com Baixa Visão................................................................................................................................... 23 Jorge Bidarra, Clodis Boscarioli, Claudia Brandelero Rizzi O Selo Não Garante a Acessibilidade............................................................................... 31 Horácio Pastor Soares, Simone Bacellar Leal Ferreira, Luiz Carlos Monte Tornando os Requisitos de Usabilidade mais Aderentes às Diretrizes de Acessibilidade.................................................................................................................... 43 Simone Bacellar Leal Ferreira, Ricardo Rodrigues Nunes, Denis S. Silveira, Horácio Pastor Soares Avaliando a Qualidade Afetiva de Sistemas Computacionais Interativos no Cenário Brasileiro ............................................................................................................................ 55 Elaine Hayashi, Vânia Neris, Cecília Baranauskas, Maria Cecília Martins, Lara Piccolo, Rosely Costa Sumarização Automática para Simplificação de Textos: Experimentos e Lições Aprendidas ......................................................................................................................... 63 Paulo R. A. Margarido, Thiago A. S. Pardo, Sandra M. Aluísio www.cpqd.com.br 3 Usabilidade, Acessibilidade e Inteligibilidade aplicadas em interfaces para analfabetos, idosos e pessoas com deficiência – Resultados do Workshop Amanda Meincke Melo1 ammelobr@gmail.com Lara S. G. Piccolo2 lpiccolo@cpqd.com.br Ismael Ávila2 avila_an@cpqd.com.br Claudia de Andrade Tambascia2 claudiat@cpqd.com.br 1 Faculdade Comunitária de Campinas – Unidade 3 2 Fundação CPqD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações Palavras-chave Usabilidade, Acessibilidade, Inteligibilidade, Inclusão digital Resumo O workshop “Usabilidade, Acessibilidade e Inteligibilidade aplicadas em interfaces para analfabetos, idosos e pessoas com deficiência”, integrado ao IHC'2008 – Simpósio Brasileiro sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais teve como objetivo promover o debate acerca de desafios que permeiam o desenvolvimento de interfaces que incluam pessoas social e digitalmente excluídas no Brasil. Este artigo sumariza os resultados do workshop, refletindo sobre as contribuições dos trabalhos apresentados durante o evento. U sa b ili d ad e, In te lig ib ili d ad e e A ce ss ib ili d ad e - R es u lt ad o s d o W o rk sh o p 4 www.cpqd.com.br Introdução Conforme enunciado pela Sociedade Brasileira de Computação, propor soluções que permitam o “Acesso participativo e universal do cidadão brasileiro ao conhecimento” (BARANAUSKAS e DE SOUZA, 2006) é um grande desafio a pesquisas em computação do Brasil. Conceber soluções inclusivas mediadas por Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no contexto brasileiro passa pela compreensão das necessidades do cidadão no uso de sistemas de informação interativos, nos mais variados cenários. Além das barreiras em decorrência das deficiências sensoriais, física e mental, o baixo nível de escolaridade representa também uma grande barreira eminente ao uso pleno de computadores no Brasil. Cerca de metade da população tem alfabetização insuficiente para uma utilização autônoma e desenvolta de grande parte dos conteúdos e das interfaces computacionais hoje existentes. A construção de ambientes, produtos e serviços inclusivos, que considerem as necessidades de toda a população, na maior extensão possível, é urgente na sociedade contemporânea (BRASIL, 2004; BRASIL, 2006; MANTOAN e BARANAUSKAS, 2006; MELO, 2007; PICCOLO et al, 2007). Diante disso, é pertinente investigar aspectos de usabilidade, acessibilidade e inteligibilidade em soluções de interface que tragam melhores resultados em termos de facilidade no uso de computadores por um público analfabeto ou com baixo letramento, idoso e/ou com algum tipo de deficiência, tirando proveito das habilidades e capacidades que este já possui e que utiliza em seu dia-a-dia. Assim, barreiras iniciais ao uso de computadores podem ser transpostas, além de visar a uma crescente autonomia na interação humano-computador. O trato com um público tão rico em diferenças exige reflexões sobre métodos e técnicas de IHC – Interação Humano-