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ANATOMIA • É a principal via de comunicação entre o encéfalo e o sistema nervoso periférico (SNP) abaixo da cabeça. • Função: integrar as informações aferentes e produzir respostas por meio de mecanismos reflexos Fonte: VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016. – DEFINICÃO LOMBALGIA Lombalgia – dor de característica mecânica, localizada entre a parte mais baixa do dorso (última costela) e a prega glútea, que aparece após força física excessiva em estruturas normais ou após ação de força física normal em estruturas lesadas. Lombociatalgia – surge quando esta dor se irradia para as nádegas e/ou membros inferiores. CARACTERIZAÇÃO O termo lombalgia refere-se à dor na coluna lombar. As algias são decorrentes ao esforço exercidos no trabalho e na vida diária. Ao exame, o paciente em crise costuma apresentar imobilidade e/ou deformidade antálgica da coluna vertebral, as quais, qualquer tentativa de movimento ativo ou passivo irá produzir a dor. É uma disfunção que pode variar de uma dor súbita à dor intensa e prolongada, geralmente de curta duração. Em geral, é agravada por fatores psicológicos (ansiedade, estresse, insatisfação), mudanças climáticas e tarefas que exigem força que ultrapassam a capacidade do trabalhador. Classificação As lombalgias e lombociatalgias podem ser primárias ou secundárias, com e sem envolvimento neurológico, sendo classificadas em: 1. Mecânico-degenerativas; 2. Não mecânicas localizadas: inflamatórias, infecciosas e metabólicas; 3. Psicossomáticas; 4. Como repercussão de doenças sistêmicas. 1. Causas Mecânico-Degenerativas Quando ocorre a ação de forças mecânicas sobre o segmento anterior (vertebrais e disco) e o segmento posterior (articulações interapofisárias ou zigoapofisárias corpos), levando à dor por estimulação direta de terminações nervosas, ou pela liberação de substâncias do núcleo pulposo que desencadeiam dor e processo inflamatório. O disco intervertebral possui cerca de 85% dos casos de dor – discopatias – cuja degeneração aumentaria a carga nas facetas articulares e alteraria a distribuição de cargas no platô vertebral e osso subcondral. O disco degenerado tem sua capacidade de nutrição pela difusão passiva reduzida, levando a um acúmulo de íon hidrogênio que estimula receptores químicos de dor, situados na parte externa do anel fibroso. Discopatias – as fissuras, rupturas, abaulamentos, diminuição da altura do disco e hérnias que podem ser protrusas e extrusas. Essas alterações degenerativas do disco intervertebral acrescentam um esforço adicional nas outras estruturas de suporte da coluna como as articulações das facetas, ligamentos e cápsulas articulares. Consequentemente, espessamento da membrana sinovial e cápsula articular, formação de tecido cicatricial, diminuição do espaço articular nas articulações facetárias, formação de osteófitos e esclerose do osso subcondral. Fonte:https://clinicapinheirofranco.com.br/doencas_da_c oluna/discopatia-ou-doenca-degenerativa-discal/. 2. Causas Não Mecânicas Inflamatórias: As principais causas são as espondiloartropatias soronegativas, como a espondilite anquilosante, síndrome de Reiter, espondilite psoriásica e as espondiloartropatias associadas a doenças intestinais (doença de Chron, retocolite ulcerativa inespecífica e doença de Whipple). Infecciosas: Espondilodiscites infecciosas. Metabólicas: Osteoporose, osteomalácia e hiperparatireoidismo, originando fraturas vertebrais que consequentemente levarão a transtornos biomecânicos nas unidades anátomo-funcionais provocando a lombalgia ou lombociatalgia. 3. Psicossomáticas Causas emocionais que podem levar à lombalgia ou agravar outras causas já existentes. 4. Repercussão de Doença Sistêmica Doenças sistêmicas que podem acometer estruturas intra e extra-raquideanas, a fibromialgia e a síndrome miofascial que podem causar contraturas musculares e hipóxia tecidual gerando dor. CLASSIFICAÇÃO POR DURAÇÃO → Aguda: até 4 semanas (1 mês). → Subaguda: entre 4 e 12 semanas (1-3 meses). → Crônica: dor por, pelo menos, 12 semanas (3 meses) e dor em pelo menos metade dos dias nos últimos 6 meses. Alterações mecânicas ou degenerativas – Dor com o movimento corporal ao longo do dia, ou desencadeada por longos períodos de permanência em pé. Comprometimento sistêmico – a dor lombar, geralmente, tem um começo gradual e progressivo, distribuição simétrica ou alternante, sem relação com o movimento e sem melhora com o repouso, e pode ser acompanhada de rigidez matinal de duração superior a trinta minutos. Neuralgia crural – quando a dor se irradia para a face anterior da coxa, não ultrapassando o joelho. EPIDEMIOLOGIA • Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as dores da coluna (cervical, torácica, lombar e pélvica) são a segunda condição de saúde mais prevalente do Brasil (13,5%), entre as patologias crônicas identificadas por algum médico ou profissional de saúde, superadas apenas pelos casos de hipertensão arterial (14%). • É uma condição que pode atingir até 65% das pessoas anualmente e até 84% das pessoas em algum momento da vida. • O maior índice são pacientes do sexo feminino entre 22 a 45 anos de idade. • A prevalência de lombalgia aumenta com a idade até a faixa dos 60 anos, aproximadamente; após essa idade, a prevalência é menos estudada. • No Brasil as classes que mais apresentaram lombalgia foram trabalhadores específicos (de construção civil e enfermagem) e estudantes. • A ocorrência de dor lombar na vida adulta é maior entre aqueles que apresentaram os sintomas na adolescência. • A maioria dos casos há resolução espontânea. Mais de 50% melhora após 1 semana; 90% após 8 semanas; e apenas 5% continuam apresentando os sintomas por mais de 6 meses ou apresentam alguma incapacidade. • Possui padrão de recorrência em 30% a 60% dos casos quando relacionados ao trabalho. • É uma doença de relevância socioeconômica, pois apresenta elevado índice de incapacidade e morbidade, desencadeando prejuízos incalculáveis. • Apresentando uma prevalência pontual de aproximadamente 11,9% na população mundial, o que causa grande demanda aos serviços de saúde. Entretanto, esses valores podem estar subestimados uma vez que menos de 60% das pessoas que apresentam dor lombar procuram por tratamento. • Um diagnóstico específico sobre possíveis causas da dor lombar não é determinado entre 90-95% dos casos, uma vez que a dor lombar apresenta caráter multifatorial. Trabalho físico pesado X Sedentarismo Alguns estudos atribuem a dor lombar a um conjunto de causas, como fatores sociodemográficos, estado de saúde, estilo de vida, comportamento e ocupação (trabalho físico pesado, movimentos repetitivos). Entretanto foi verificado que nos países desenvolvidos onde a demanda física no trabalho é menos intensa, a prevalência da dor lombar é 2 vezes maior, quando comparada à população dos países de baixa renda, onde a exigência física laboral é maior. Com base nos achados deste estudo, o sedentarismo parece ter um maior impacto na ocorrência da dor lombar quando comparado ao trabalho físico intenso. FATORES DE RISCO Tagismo – influencia a nutrição do disco intervertebral e aumenta a chance de sua degeneração; por conseguinte, torna mais frequente a incidência de dor lombar. Excesso de peso corporal – fator predisponente na gênese da dor lombar. Elevado número de horas dirigindo veículos motorizados e o uso de carros mais velhos também foram considerados fatores de alto risco para prolapso de disco intervertebral. Genética – Estudos em gêmeos idênticos indicam que a influência genética na degeneração discalé tão ou mais importante do que idade e a sobrecarga mecânica. Outros: Fatores psicossociais, insatisfação laboral, obesidade, hábito de fumar, grau de escolaridade, realização de trabalhos pesados, sedentarismo, síndromes depressivas, litígios trabalhistas, fatores antropológicos, hábitos posturais, alterações climáticas, modificações de pressão atmosférica e temperatura. TIPOS DE LOMBALGIA Lombalgia mecânica comum (a forma mais prevalente), na maioria dos casos, se limita à região lombar e nádegas. Raramente se irradia para as coxas. Pode aparecer subitamente pela manhã e apresentar-se acompanhada de escoliose antálgica. O episódio doloroso tem duração média de 3 a 4 dias. Após esse tempo, o paciente volta à completa normalidade, com ou sem tratamento. Hérnia de disco: quando se realiza um esforço de flexão durante o dia, o material nuclear é impelido para trás, em sentido anteroposterior, através das fibras do anel fibroso, mas por ele ainda é contido. Neste momento pode ainda não aparecer dor. No entanto, durante a noite, em razão de uma maior embebição aquosa do núcleo e consequente elevação da pressão intradiscal, as fibras do anel se rompem, dando então início, durante as primeiras horas do dia, à sintomatologia de quadro doloroso agudo, intenso, com irradiação da dor para um ou outro membro inferior e com manobras semióticas positivas de compressão radicular. A dor se exacerba com os esforços. Osteoma osteóide, a dor é desencadeada pela liberação de prostaglandinas pelas células tumorais durante a madrugada. Os pacientes se queixam de dor neste período, ou no começo do dia. Estreitamento do canal raquidiano artrósico, a dor lombar, às vezes, é noturna; outras vezes, à ela se associa ciatalgia uni ou bilateral intensa, que melhora ao sentar-se. Pode ser acompanhada de dor na panturrilha e de claudicação neurogênica intermitente. O processo doloroso piora ao caminhar, principalmente ladeira abaixo, e melhora ladeira acima, o que a diferencia da claudicação vascular, que piora ladeira acima. O sinal de Lasègue é negativo, enquanto na hérnia discal pode ser positivo. A manobra de Romberg é positiva. A extensão da coluna lombar, durante 30segundos, desencadeia a dor. Espondiloartropatias soronegativas, que são doenças reumáticas inflamatórias, é característica a exacerbação matinal dos sintomas; aqui, a fisiopatogenia da dor é influenciada pelo ritmo circadiano da secreção do cortisol e pelo sistema nervoso autônomo. A sacro-iliíte bilateral, às vezes unilateral, consolida o diagnóstico. Espondilite anquilosante Nesta doença, um conjunto de cinco informações, prestadas pelo paciente, que inclui positivo se confirmar 4 de 5 perguntas: (1) lombalgia de caráter insidioso, (2) antes dos 40 anos de idade, (3) com duração maior do que três meses, (4) acompanhada de rigidez matinal e (5) melhora com a atividade física. Apresenta sensibilidade de 95% e especificidade de 85% para a sua identificação. Espondilite anquilosante é uma doença inflamatória que afeta o esqueleto axial com sintomas que começam em geral no final da adolescência e início da idade adulta, sendo que o marcador principal é a sacroileíte. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Dor de origem extra-raquidiana – não tem relação com os movimentos da coluna, aparecendo mesmo com o repouso. Nesta situação, devem ser lembradas de alguns como: Sistêmica • Fratura por osteoporose (4%) • Infecção (osteomielite, abscesso paraespinhal, tuberculose) (0,01%) • Malignidade (0,7%) • Espondilite anquilosante (0,3%) • Doenças do tecido conectivo Referida • Aneurisma aórtico • Pancreatite aguda • Pielonefrite aguda • Cólica renal • Úlcera péptica Dor psicossomática – pode ser detectada em pacientes que apresentem sensibilidade dolorosa superficial ou de distribuição não-anatômica, com queixa de dor vaga, imprecisa, um dia num lugar, outro dia em outro, com irradiação bizarra para peito, coluna dorsal, abdômen e dramatização do quadro clínico. Deve-se atentar para a pesquisa dos “sinais de alerta”, pois a causa da lombalgia ou lombociatralgia pode estar fora da coluna vertebral, principalmente nas lombalgias e lombociatalgias agudas e subagudas visando causas tumorais, fraturas osteoporóticas e outras. COMPLICAÇÕES Quando suspeitar de CÂNCER como causa da lombalgia: ➢ Paciente com história de câncer. ➢ Pacientes que não melhoram em 4-6 semanas. ➢ Pacientes acima de 50 anos. Sintomas da síndrome da cauda equina: ➢ Lombalgia severa. ➢ Retenção urinária ou incontinência urinária e fecal. ➢ Anestesia em sela. ➢ Fraqueza nas pernas. DIAGNÓSTICO GERAL Geralmente não é possível obter diagnóstico exato. Infelizmente, na maioria dos pacientes, os médicos não conseguem identificar qual a estrutura específica que origina a lombalgia. Em razão da falta de evidências radiológicas de lesão. Pois apenas 30% dos pacientes apresentam alterações da coluna lombar na mielografia, tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética. Como a maioria dos casos não necessita cirurgia, há poucas informações que comprovam a existência da lesão tecidual correlacionada com os sintomas dolorosos. Além disso, a inervação da coluna é difusa e entrelaçada e torna difícil localizar a lesão apenas com base nos dados da história e exame físicos do paciente. Finalmente, existem, frequentemente associados, espasmos musculares reativos que protegem a coluna de outros danos e muitas vezes mascaram a verdadeira causa da dor. DIAGNÓSTICO CLÍNICO A história clínica é essencial para avaliação diagnóstica do paciente com lombalgia e lombociatalgia. Idade – poderá indicar a causa da dor, pois a incidência de certas doenças varia de acordo com a idade e com o sexo. Trabalho e lazer (isto é, esportes praticados) – pois uma flexão e rotação da coluna lombar aumenta a pressão no segmento motor inferior. Exemplo: Quando uma pessoa de 70kg, com um peso de 20kg nas mãos, curva para a frente somente 20 graus, a pressão no disco aumenta de 150kg para 210kg na posição ereta e para 275kg na posição sentada. Resultado: Os fatores de risco para prolapso agudo do disco intervertebral referiram que, se se curvar mais de 20vezes ao dia, com um peso superior a 10kg, este será o maior fator de risco. ANAMNESE A história deve tentar eliminar a chance de alguma patologia específica, procurando classificar de acordo com a especificidade da lombalgia, em um de três grupos. → Grupo 1: lombalgia associada à radiculopatia. → Grupo 2: lombalgia associada a alguma causa específica, como cauda equina, neoplasia, infecção, fratura vertebral, artrite inflamatória, pielonefrite, disfunção sacroilíaca. → Grupo 3: lombalgia inespecífica. Em geral, quando há compressão do nervo ciático, os sintomas, como dor, irão “descer” da parte posterior da coxa até as pontas dos pés. Quase sempre tendo: formigamento, dormência, e/ou choque → ex. de causa comum: hérnia de disco. Exemplos de perguntas para sistematizar o plano de ação para a lombalgia: ➢ Duração: “Você está com essa dor há quanto tempo?” ➢ Frequência: “Quantos dias a dor veio nos últimos 7 dias?” ➢ Severidade (escala de dor): “De zero a 10, quanto dói em geral?” ➢ Constância: “Quais momentos do dia a dor aparece?” ➢ Presença de irradiação: “A dor vai para as pernas? Para qual perna? Até onde ela vai?” ➢ Fraqueza: “Além da dor, tem fraqueza? Para fazer qual movimento?” ➢ Alteração na sensibilidade: “Tem alguma dormência ou formigamento?” ➢ Demais órgãos afetados: “Tem alguma alteração na urina ou nas fezes?” ➢ Relação com o trabalho: “Trabalha com o quê? Acha que pode ter relação com o trabalho?” ➢ Tratamentos anteriores:“Quais remédios já tomou para esta dor?” Perguntas-chave a serem respondidas durante a história: 1. Existe uma doença sistêmica grave causando a dor? 2. Existe comprometimento neurológico que possa exigir avaliação cirúrgica? 3. Existe sofrimento social ou psicológico que possa amplificar ou prolongar a dor? Outros aspectos a serem identificados e abordados na história: ➢ Cronologia. ➢ Natureza da dor (irradiada ou não irradiada) e desencadeantes. ➢ Impacto na função. ➢ Sinais de alerta que indiquem causa específica ou urgência (vermelho). ➢ Sinais de alerta que indiquem um prognóstico ruim (amarelo). Sinais de alerta vermelho Um dos principais objetivos da história é identificar sinais de alerta que indiquem alguma conduta específica ou urgência. Nem sempre a presença de sinais de alerta vermelho indica a necessidade de referenciar para urgência, mas sim que se deve seguir um protocolo específico, em geral referenciamento para outro serviço (que pode ser uma urgência) e/ ou exame de imagem ou complementar: ❖ Sinais ou sintomas sistêmicos: febre, calafrios, sudorese noturna e/ou perda de peso inexplicada (infecção/malignidade). ❖ Déficit neurológico focal progressivo ou profundo. ❖ Trauma/lesão em alta velocidade. ❖ Dor que é refratária a medicamentos/injeções e persistente por mais de 4 a 6 semanas ❖ Idade avançada (acima dos 70 anos). ❖ Uso prolongado de corticosteroides. ❖ Contusão ou abrasões na coluna vertebral. ❖ Doença sistêmica que cause imunocomprometimento, como Aids ou uso de drogas intravenosas (aumento do risco de osteomielite, que pode causar abscesso epidural). ❖ História de câncer. ❖ Incontinência ou retenção urinária. Sinais de alerta amarelo (psicossociais) É fundamental identificar sinais de alerta amarelo que predizem risco de recorrência ou cronicidade. Portanto, uma conduta menos expectante, como presença de vulnerabilidades psicossociais, baixa capacidade de lidar com a lombalgia (evita atividades por medo de ter dor ou por medo de ter algum dano na região lombar). ❖ Pensamento catastrófico (antecipa o pior desfecho possível para a lombalgia) ❖ Presença de sintomas que não apresentem correlação com a lombalgia (sintomas sem uma base anatômica ou fisiológica definida) ❖ Elevado comprometimento funcional basal ❖ Baixo estado geral de saúde ❖ Depressão, ansiedade ou pessimismo diante da vida O Primeiro Consenso Brasileiro sobre Lombalgias e Lombociatagias estabeleceu as seguintes diretrizes: Deve-se avaliar se a dor aparece de manhã ou no decorrer do dia: ❖ Hérnias discais e lombalgias de causa inflamatória – ocorre pela manhã. ❖ Canal estreito artrósico – pode também iniciar de manhã e piorar ao longo do dia. ❖ Osteoma osteóide – a dor aparece de madrugada. ❖ Espondiloartropatias – a dor é matinal, projeta-se nas nádegas, melhora ao longo do dia, e às vezes desaparece à tarde. ❖ Lombalgia mecânico-degenerativa – a dor aparece com os movimentos, no fim da tarde após o trabalho e se relaciona com estresse físico e emocional. ❖ Dor raquidiana – geralmente tem relação com os movimentos da coluna; já a extra- raquidiana não tem (p.ex., cólica renal). ❖ Hérnias de disco centrais – pode não haver dor irradiada. ❖ Compressões radiculares – a dor obedece quase sempre um trajeto dermatomérico. Algumas vezes, isso pode não ocorrer (superposição de dermátomos e esclerótomos). ATENÇÃO!!! Quando as lombalgias e lombociatalgias surgem acompanhadas de “sinais de alerta” (queixas sistêmicas), é necessário fazer anamnese de outros órgãos e sistemas. EXAME FÍSICO O paciente com lombalgia ou lombociatalgia deve ser examinado levando-se em conta que a pressão intradiscal varia em função dos movimentos e das posições do corpo. Desta forma, deve-se sempre observar: Inspeção ✓ O paciente caminhando, tipo de marcha e se existe posição antálgica; ✓ Se não há abaulamento ou sinais de trauma. ✓ Se existem assimetrias (desnível dos ombros, pregas subcostais, cristas ilíacas, pregas glúteas, alteração nas curvaturas da coluna lombar como retificação da lordose, acentuação da cifose torácica ou escoliose); ✓ Presença de lesões de escaras, traumas ou cirurgia anterior. Flexão: se a dor aparece ou é agravada por este movimento ou se irradia para os membros inferiores, admite-se que existe lesão discal (protrusão ou hérnias discais). Teste de Shober: Espondilite anquilosante se menor que 5cm. Distância mão-chão. Extensão: a dor aparece nos casos de artrose zigoapofisárias e estenose de canal artrósico. Flexão lateral direita e esquerda: pesquisar dor e ou limitação da amplitude dos movimentos Rotação direita e esquerda: dor e/ou limitação da amplitude dos movimentos. Palpação ✓ Presença ou não de hipertonia muscular e pontos dolorosos; ✓ Lembrar de palpar as articulações sacrilíacas; TESTES ESPECÍFICOS – Manobra de Valsalva: a exacerbação da dor ou sua irradiação até o pé pode significar que exista compressão radicular. – Manobra de Lasègue ou teste da perna estendida: o exame deve ser feito com o paciente em decúbito supino, a mão esquerda do examinador deve imobilizar o ilíaco e a mão direita elevar-lhe o membro inferior segurando-o na altura do tornozelo. O teste é considerado positivo se houver irradiação ou exacerbação da dor no dermátomo de L4-L5 ou L5-S1 em um ângulo de 35° a 70°. Em hérnias extrusas ou volumosas pode ser positiva abaixo de 35°. Dor acima de 70° resulta em teste é negativo, isto é, não existe compressão radicular. – Sinal do arco da corda (manobra de Bragard): deve-se proceder como na manobra de Lasègue: ao iniciar a dor, dobra-se o joelho (flexão); se a dor diminuir ou desaparecer significa que o teste é positivo. Fonte: NATOUR, Jamil. Coluna vertebral. 2ª ed. São Paulo, Etcetera, 2004. Sinal das pontas de “De Sèze”: • Andar no calcanhar (dorsiflexão do tornozelo), não consegue: compressão da raiz de L4 ou L5. • Andar na ponta dos pés (flexão plantar do tornozelo), não consegue: compressão da raiz de S1. PESQUISA DE REFLEXOS: • Ausência do reflexo patelar indica comprometimento da raiz de L3 e/ou L4. • Ausência do reflexo aquiliano indica comprometimento da raiz de S1. Pesquisa da força de flexão e extensão dos pododáctilos: • Hálux: ausência ou força diminuída indica deficiência motora por compressão radicular de L5. • O 2º e 3º pododáctilos: ausência ou força diminuída indica deficiência motora por compressão radicular de S1. DERMATOTOS PARA TESTE DE SENSIBILIDADE Fonte: GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro Ceratti. Tratado de Medicina de Família e Comunidade. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. Sinais não orgânicos de lombalgia psicossomática • Sensibilidade dolorosa exacerbada em locais de distribuição não anatômica e superficial. • Há simulação de dor lombar que aparece após compressão crânio caudal ou à rotação da pelve e ombros sem movimentar a coluna. - Sinal de Lasègue exagerado quando pesquisado sentado ou deitado. • Alterações regionais de sensibilidade (hiperestesia em bota) em pacientes não diabéticos e fraqueza generalizada. EXAMES COMPLEMENTARES EXAMES DE IMAGEM Radiologia convencional: • Nas lombalgias mecânicas agudas ou subagudas (até 4 semanas), sem “sinais de alerta”, os estudos de imagens não são necessários. • Nas lombalgias crônicas e agudas com “sinais de alerta” se faz necessário solicitar a radiografia simples na primeira consulta. Tomografia axial computadorizada (TC), indicadas em comprometimentos: • Discais, • Das faces intervertebrais (platôs vertebrais), • Das articulações zigoapofisárias, • Do canal vertebral eforames intervertebrais. Ressonância nuclear magnética (RNM): é superior à tomografia axial computadorizada em razão da melhor visualização dos tecidos moles e por ser multiplanar com amplo plano de visão. Usada nos casos sugestivos de: • Infecção • Câncer ou • Comprometimento neurológico persistente. Mielografia e mielotomografia: métodos invasivos com indicação voltada para casos de dúvidas de compressão radicular após TC e RNM ou associadas a radiografias dinâmicas em casos de estenose de canal vertebral e foraminal. Discografia: método invasivo e de indicação restrita nos casos de hérnia de disco com reprodução da dor referida. Cintilografia: nos casos suspeitos de tumor, infecção e doença óssea difusa. Eletroneuromiografia: indicada no diagnóstico diferencial entre envolvimento radicular e outras doenças do sistema nervoso periférico. Densitometria óssea: nos casos de osteoporose primária ou de osteoporose secundária, devendo ter em mente que somente a presença de perda de massa óssea não justifica a lombalgia ou lombociatalgia. EXAMES LABORATORIAIS A grande maioria dos indivíduos não necessita de exames laboratoriais na avaliação inicial. Para pessoas idosas, com sintomas constitucionais ou com falha terapêutica, podem ser solicitados exames como: • Hemograma completo, velocidade de hemossedimentação (VHS), proteína C-reativa: processo inflamatório ou neoplasia. • Cálcio sérico e fosfatase alcalina (FA): doença óssea difusa. • Eletroforese de proteínas séricas e urinárias: mieloma múltiplo. • Antígeno prostático específico (PSA): metástase por câncer de próstata. • Análise qualitativa da urina: doença renal. • Sangue oculto nas fezes: úlceras e tumores gastrintestinais. CONDUTA TERAPÊUTICA Uma abordagem terapêutica correta da lombalgia aguda com a combinação de tratamento conservador, escolas de coluna, orientação ergonômica e fisioterápica é capaz de influenciar sua evolução evitando a cronicidade. TRATAMENTO CONSERVADOR 1.° REPOUSO Posição: decúbito supino, joelhos fletidos e pés apoiados sobre o leito e/ou com flexão das pernas num ângulo de 90° com as coxas e destas com a bacia. Objetivo: retificar a coluna lombar (posição de Zassirchon). Duração: em média 3 a 4 dias, máximo 5 a 6 dias, não deve ser prolongado, pois a inatividade tem ação deletéria sobre o parelho locomotor. O retorno às atividades habituais deve ser feito o mais rápido possível. 2.° MEDICAMENTOS Analgésicos Não Opioides: • Paracetamol (acetaminofen) 500mg de 4 a 6 vezes ao dia, nas dores leve a moderada. Cautela em pacientes com hepatopatias e associado a antiinflamatório não hormonal. • Dipirona 500mg até 4 vezes ao dia. Analgésicos Opióides: Usados em lombalgia aguda e lombociatalgia por hérnias discais resistentes a outros analgésicos, fraturas e metástases. • Fosfato de codeína 30mg 3 a 4 vezes ao dia. • Cloridrato de tramadol 100 a 400mg por dia. • Oxicodona 5 a 10mg, 3 a 4 vezes ao dia. • Sulfato de morfina: indicação restrita a casos graves. Anti-inflamatórios Não Hormonais (AINH): São utilizados frequentemente, pois apresentam efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e antipiréticos associados. Uma revisão do “Cochrane Controlled Trials Reistry” mostrou que são efetivos no controle dos sintomas em curto prazo, nas lombalgias mecânicas agudas, e nenhum tipo específico mostrou claramente ser mais efetivo que outro. Inibidores da atividade das cicloxigenases (COX 1/COX 2) e das prostaglandinas: todas as classes podem ser utilizadas nas doses usuais recomendadas. Inibidores da cicloxigenases II (COX 2): pacientes de risco para complicações gastrointestinais e idosos. • Valdecoxibe: 10mg/dia • Rofecoxibe: 50 mg/dia • Celecoxibe: 100 a 200mg de 12/12 horas. Glicocorticóides: Indicados nos casos de lombociatalgia aguda. Relaxantes Musculares: Podem ser associados aos AINHs mostrando melhor resultado do que quando usados isoladamente. • Ciclobenzaprina: 5 a 10 mg/dia, relaxante muscular de ação central estruturalmente relacionados com os antidepressivos tricíclicos. • Carisoprodol: 350 mg/dia, medicação de uso em curto prazo. Antidepressivos: Indicados nas lombalgias crônicas com componente psicossomático e nas fibromialgias. 3.° INFILTRAÇÃO Apenas as infiltrações epidurais com glicocorticóides, anestésicos e opióides podem ser utilizadas nos casos de lombociatalgia aguda após falha com o tratamento medicamentoso e medidas físicas. Deve ser feita por especialistas experientes e se possível com fluoroscopia. 4.° REABILITAÇÃO Deve ser baseada em 6 pilares: • Controle da dor e do processo inflamatório através dos meios físicos. Deve-se lembrar de que não existem evidências científicas de sua eficácia no tratamento da dor lombar. São utilizados apenas como coadjuvantes. • Restauração da amplitude dos movimentos articulares e alongamento dos tecidos moles. Exercícios de extensão podem reduzir a compressão radicular, assim como exercícios de flexão reduzem a tensão nas facetas articulares e o espasmo da musculatura dorso lombar. O uso de ultrassom pode melhorar a extensibilidade do colágeno. • Melhora da força e resistência musculares. Exercícios de treinamento para melhorar e fortalecer a estrutura musculoligamentar, buscando minimizar o risco de lesão das estruturas envolvidas na dor (disco intervertebral, articulações interfacetárias e estruturas ligamentares). Iniciar com exercícios isométricos e a seguir exercícios isotônicos. • Coordenação motora. Exercícios dinâmicos com atividade coordenada de grupos musculares que proporcionam o controle da postura e da função muscular com estabilidade da coluna. • Melhora do condicionamento físico. Através de programas de caminhada, atividades aquáticas, bicicleta ou esteira pode-se aumentar os níveis de endorfina, promovendo sensação de bem-estar e diminuição da percepção dolorosa. • Manutenção de programas de exercícios. Prática de exercícios em casa que devem ser programados de acordo com a tolerabilidade e habilidade do paciente. Exercícios (Base Fisiológica) O exercício aumenta o nível de ß endorfina no sangue periférico e diminui o pH no interior do disco intervertebral por aumentar a concentração de O2, diminuindo assim, o estímulo doloroso. Na fase aguda das lombalgias e lombociatalgias os exercícios devem ser considerados com cautela, pois são importantes para o tratamento da lombalgia crônica, podendo ser feitos: 1. Alongamento Fonte: NATOUR, Jamil. Coluna vertebral. 2ª ed. São Paulo, Etcetera, 2004. 2. Relaxamento 3. Exercícios isométricos de quadríceps e tríceps sural. B. Exercícios aeróbicos Devem ser considerados na fase crônica. Caminhada continua sendo a melhor forma de exercício: • Corrige todos os aspectos da fisiologia corporal, • Envolve todos os tecidos assegurando seu alongamento fisiológico inclusive das fibras anulares do disco intervertebral. Outros: natação e ciclismo. Fonte: NATOUR, Jamil. Coluna vertebral. 2ª ed. São Paulo, Etcetera, 2004. C. Exercícios de flexão • Indicado na síndrome do recesso lateral por osteoatrose zigoapofisária. • Contraindicado nas hérnias discais e protrusões discais difusas acentuadas. Fonte: NATOUR, Jamil. Coluna vertebral. 2ª ed. São Paulo, Etcetera, 2004. D. Exercícios de Extensão Indicados nas hérnias, protrusões difusas e focais do disco, fora do período agudo. Fonte: NATOUR, Jamil. Coluna vertebral. 2ª ed. São Paulo, Etcetera, 2004. Acupuntura? Ação analgésica por aumento da endorfina e ACTH através da “hiperestimulação analgésica”. Acupuntura e lombalgiaTem ação local e sistêmica, promovendo analgesia e relaxamento muscular e combatendo a inflamação, e em algumas poucas sessões pode ajudar melhorando o quadro de dor e contraturas. A nível central a acupuntura modula a liberação de neurotransmissores e hormônios neurais, liberando opioides endógenos. Dessa forma, a acupuntura não apenas alivia a dor, mas também harmoniza os distúrbios físicos e psicológicos por ela provocados. É um método seguro inclusive para idosos e gestantes, diminuindo a necessidade do uso de medicamentos, e pode ser usada a longo prazo como suplemento do tratamento ortopédico. Segundo as diretrizes da American Pain Society e American College of Physicians, os médicos devem considerar a acupuntura como terapia complementar para lombalgia crônica que não melhora com o tratamento convencional. PORÉM EXISTEM CONTROVÉRSIAS: Não existem evidências científicas que comprovem o benefício da acupuntura em pacientes lombálgicos, porque os resultados das pesquisas não são controlados para os fatores de confusão devido ao tamanho da amostra, do desenho do estudo e o uso de placebos. Órtese? Indicada na lombalgia aguda e lombociatalgia, para manter as articulações em repouso. Alivia a dor e promove o relaxamento muscular por diminuir o estresse raquídio através do aumento da pressão intraabdominal com ação de um cilindro semi-rígido ao redor da coluna lombar. PORÉM EXISTEM CONTROVÉRSIAS: necessitam de comprovação através de estudos prospectivos, controlados e randomizados, de melhor qualidade e consistência metodológica Manipulação Deve ser realizada por médicos especialistas capacitados. Abrange desde o estiramento suave (mobilização) até a aplicação de força manual (manipulação). Ainda não se confirmaram os benefícios desta técnica. Terapia Comportamental Nas lombalgias crônicas pode-se reduzir a incapacidade através da mudança dos padrões comportamentais. Há evidências obtidas por meio de meta-análises que demonstram melhora da dor e capacidade funcional na lombalgia crônica, porém não existem evidências de melhora a curto prazo. TRATAMENTO CIRÚRGICO Deve ser baseado no diagnóstico clínico e nos exames por imagens. Na lombalgia mecânica é indicado apenas nos casos resistentes ao tratamento conservador com evolução atípica, podendo ser feitas infiltrações nas discopatias, dos pontos dolorosos e perifacetárias além de denervação facetária e artrodese do segmento vertebral. Nas hérnias discais é indicado nos casos de déficit neurológico grave agudo com ou sem dor, nas lombociatalgias de difícil controle álgico após três meses de tratamento conservador e na síndrome da cauda equina. Na síndrome do canal estreito é realizado em caráter individual nos casos incapacitantes e progressivos. Na lombalgia de origem tumoral através de técnica por abordagem direta. Em alguns casos de fraturas por osteoporose podem ser realizadas vertebroplastia, descompressão e artrodese, porém, tais procedimentos são raramente utilizados. Nas lombalgias inflamatórias como a espondilite anquilosante indica-se raramente o tratamento cirúrgico nos casos de dor por compressão do canal vertebral e instabilidade. Nas espondilodiscites (lombalgias infecciosas) é indicado nos casos de evolução desfavorável com o tratamento clínico, recomendando-se a biópsia diagnóstica fechada ou aberta. ÁRVORE DE DECISÃO Fonte: GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro Ceratti. Tratado de Medicina de Família e Comunidade. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. CONDUTA EDUCACIONAL ➢ É sempre importante reforçar que se manter ativo é uma das bases da terapia (isso pode envolver modificações no trabalho, mas não afastamentos por longo período). ➢ Atividades físicas muito intensas, de forma esporádica, como prática de esporte ou realização de tarefas domésticas, podem causar lesões mecânicas agudas, como distensões. ➢ Fazer atividade física regularmente, alimentar- se adequadamente e dedicar-se à higiene do sono ajudam na recuperação e na prevenção da lombalgia e devem ser sempre abordados no curso do cuidado com a pessoa. A inclusão de educação e aconselhamento sobre anatomia e doença espinhal, dor, exercício físico, postura, elevação e movimentação, estratégias de autoajuda e técnicas relaxamento são meios para que os pacientes possam se ajustar à percepção da sua dor e à sua limitação, visto que a atividade e/ou educação física, princípios e cognitivas comportamentais conduzem a um aumento da sensação de controle e de confiança para gerir à sua condição uma melhor compreensão dela, e/ou expectativas mais realistas de suas habilidades. Podem incluir palestras, vídeos e programa de exercícios específicos de alongamento e relaxamento. A razão é normalizar os padrões de comportamento e dar às pessoas a confiança para vencerem o medo do movimento decorrente da dor, bem como uma condição prévia para lidar com a dor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Fonte: NATOUR, Jamil. Coluna vertebral. 2ª ed. São Paulo, Etcetera, 2004. • SBD. Sociedade Brasileira de Reumatologia. Lombalgia. São Paulo, 2019. Disponível em: https://www.reumatologia.org.br/doenca s-reumaticas/lombalgia/>. • SOARES, Lourdes. Acupuntura e lombalgia: o que precisamos saber. 2018. Disponível em: < https://pebmed.com.br/acupuntura-e- lombalgia-o-que-precisamos-saber/>. • NASCIMENTO, Paulo Roberto Carvalho do; COSTA, Leonardo Oliveira Pena. Prevalência da dor lombar no Brasil: uma revisão sistemática. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 31, n. 6, p. 1141-1156, Junho 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=s ci_arttext&pid=S0102- 311X2015000601141&lng=en&nrm=iso • PIRES, Renata Alice Miateli; DUMAS, Flavia Ventura Ladeira. Lombalgia: revisão de conceitos e métodos de tratamentos. Universitas: ciências da saùde, v. 6, n. 2, p. 159-168, 2008. https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/lombalgia/ https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/lombalgia/ https://pebmed.com.br/acupuntura-e-lombalgia-o-que-precisamos-saber/ https://pebmed.com.br/acupuntura-e-lombalgia-o-que-precisamos-saber/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2015000601141&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2015000601141&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2015000601141&lng=en&nrm=iso
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