Buscar

Lombociatalgia - resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANATOMIA 
 
• É a principal via de comunicação entre o encéfalo e o sistema nervoso periférico (SNP) abaixo da cabeça. 
• Função: integrar as informações aferentes e produzir respostas por meio de mecanismos reflexos 
 
 
 
 
 
Fonte: VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016.
 
–
DEFINICÃO LOMBALGIA 
Lombalgia – dor de característica mecânica, 
localizada entre a parte mais baixa do dorso 
(última costela) e a prega glútea, que aparece após 
força física excessiva em estruturas normais ou 
após ação de força física normal em estruturas 
lesadas. Lombociatalgia – surge quando esta dor 
se irradia para as nádegas e/ou membros 
inferiores. 
 
CARACTERIZAÇÃO 
O termo lombalgia refere-se à dor na coluna 
lombar. As algias são decorrentes ao esforço 
exercidos no trabalho e na vida diária. Ao exame, 
o paciente em crise costuma apresentar 
imobilidade e/ou deformidade antálgica da 
coluna vertebral, as quais, qualquer tentativa de 
movimento ativo ou passivo irá produzir a dor. 
É uma disfunção que pode variar de uma dor 
súbita à dor intensa e prolongada, geralmente de 
curta duração. Em geral, é agravada por fatores 
psicológicos (ansiedade, estresse, insatisfação), 
mudanças climáticas e tarefas que exigem força 
que ultrapassam a capacidade do trabalhador. 
 
Classificação 
As lombalgias e lombociatalgias podem ser 
primárias ou secundárias, com e sem 
envolvimento neurológico, sendo classificadas 
em: 
1. Mecânico-degenerativas; 
2. Não mecânicas localizadas: inflamatórias, 
infecciosas e metabólicas; 
3. Psicossomáticas; 
4. Como repercussão de doenças sistêmicas. 
 
1. Causas Mecânico-Degenerativas 
Quando ocorre a ação de forças mecânicas 
sobre o segmento anterior (vertebrais e disco) e o 
segmento posterior (articulações interapofisárias 
ou zigoapofisárias corpos), levando à dor por 
estimulação direta de terminações nervosas, ou 
pela liberação de substâncias do núcleo pulposo 
que desencadeiam dor e processo inflamatório. 
O disco intervertebral possui cerca de 85% dos 
casos de dor – discopatias – cuja degeneração 
aumentaria a carga nas facetas articulares e 
alteraria a distribuição de cargas no platô 
vertebral e osso subcondral. O disco degenerado 
tem sua capacidade de nutrição pela difusão 
passiva reduzida, levando a um acúmulo de íon 
hidrogênio que estimula receptores químicos de 
dor, situados na parte externa do anel fibroso. 
Discopatias – as fissuras, rupturas, 
abaulamentos, diminuição da altura do disco e 
hérnias que podem ser protrusas e extrusas. 
Essas alterações degenerativas do disco 
intervertebral acrescentam um esforço adicional 
nas outras estruturas de suporte da coluna como 
as articulações das facetas, ligamentos e cápsulas 
articulares. Consequentemente, espessamento da 
membrana sinovial e cápsula articular, formação 
de tecido cicatricial, diminuição do espaço 
articular nas articulações facetárias, formação de 
osteófitos e esclerose do osso subcondral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://clinicapinheirofranco.com.br/doencas_da_c
oluna/discopatia-ou-doenca-degenerativa-discal/. 
2. Causas Não Mecânicas 
Inflamatórias: As principais causas são as 
espondiloartropatias soronegativas, como a 
espondilite anquilosante, síndrome de Reiter, 
espondilite psoriásica e as espondiloartropatias 
associadas a doenças intestinais (doença de 
Chron, retocolite ulcerativa inespecífica e doença 
de Whipple). 
Infecciosas: Espondilodiscites infecciosas. 
Metabólicas: Osteoporose, osteomalácia e 
hiperparatireoidismo, originando fraturas 
vertebrais que consequentemente levarão a 
transtornos biomecânicos nas unidades 
anátomo-funcionais provocando a lombalgia ou 
lombociatalgia. 
 
3. Psicossomáticas 
Causas emocionais que podem levar à lombalgia 
ou agravar outras causas já existentes. 
 
4. Repercussão de Doença Sistêmica 
Doenças sistêmicas que podem acometer 
estruturas intra e extra-raquideanas, a 
fibromialgia e a síndrome miofascial que podem 
causar contraturas musculares e hipóxia tecidual 
gerando dor. 
 
CLASSIFICAÇÃO POR DURAÇÃO 
→ Aguda: até 4 semanas (1 mês). 
→ Subaguda: entre 4 e 12 semanas (1-3 meses). 
→ Crônica: dor por, pelo menos, 12 semanas (3 
meses) e dor em pelo menos metade dos dias nos 
últimos 6 meses. 
 
Alterações mecânicas ou degenerativas – 
Dor com o movimento corporal ao longo do dia, 
ou desencadeada por longos períodos de 
permanência em pé. 
 
Comprometimento sistêmico – a dor lombar, 
geralmente, tem um começo gradual e 
progressivo, distribuição simétrica ou alternante, 
sem relação com o movimento e sem melhora com 
o repouso, e pode ser acompanhada de rigidez 
matinal de duração superior a trinta minutos. 
 
Neuralgia crural – quando a dor se irradia 
para a face anterior da coxa, não ultrapassando o 
joelho. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), as dores da coluna 
(cervical, torácica, lombar e pélvica) são a 
segunda condição de saúde mais prevalente do 
Brasil (13,5%), entre as patologias crônicas 
identificadas por algum médico ou profissional 
de saúde, superadas apenas pelos casos de 
hipertensão arterial (14%). 
 
• É uma condição que pode atingir até 65% das 
pessoas anualmente e até 84% das pessoas em 
algum momento da vida. 
 
• O maior índice são pacientes do sexo feminino 
entre 22 a 45 anos de idade. 
 
• A prevalência de lombalgia aumenta com a 
idade até a faixa dos 60 anos, 
aproximadamente; após essa idade, a 
prevalência é menos estudada. 
 
• No Brasil as classes que mais apresentaram 
lombalgia foram trabalhadores específicos (de 
construção civil e enfermagem) e estudantes. 
 
• A ocorrência de dor lombar na vida adulta é 
maior entre aqueles que apresentaram os 
sintomas na adolescência. 
 
• A maioria dos casos há resolução espontânea. 
Mais de 50% melhora após 1 semana; 90% 
após 8 semanas; e apenas 5% continuam 
apresentando os sintomas por mais de 6 meses 
ou apresentam alguma incapacidade. 
 
• Possui padrão de recorrência em 30% a 60% 
dos casos quando relacionados ao trabalho. 
 
• É uma doença de relevância socioeconômica, 
pois apresenta elevado índice de incapacidade 
e morbidade, desencadeando prejuízos 
incalculáveis. 
 
• Apresentando uma prevalência pontual de 
aproximadamente 11,9% na população 
mundial, o que causa grande demanda aos 
serviços de saúde. Entretanto, esses valores 
podem estar subestimados uma vez que menos 
de 60% das pessoas que apresentam dor 
lombar procuram por tratamento. 
 
• Um diagnóstico específico sobre possíveis 
causas da dor lombar não é determinado entre 
90-95% dos casos, uma vez que a dor lombar 
apresenta caráter multifatorial. 
 
Trabalho físico pesado X Sedentarismo 
Alguns estudos atribuem a dor lombar a 
um conjunto de causas, como fatores 
sociodemográficos, estado de saúde, estilo de 
vida, comportamento e ocupação (trabalho 
físico pesado, movimentos repetitivos). 
Entretanto foi verificado que nos países 
desenvolvidos onde a demanda física no 
trabalho é menos intensa, a prevalência da 
dor lombar é 2 vezes maior, quando 
comparada à população dos países de baixa 
renda, onde a exigência física laboral é maior. 
Com base nos achados deste estudo, o 
sedentarismo parece ter um maior impacto 
na ocorrência da dor lombar quando 
comparado ao trabalho físico intenso. 
 
FATORES DE RISCO 
Tagismo – influencia a nutrição do disco 
intervertebral e aumenta a chance de sua 
degeneração; por conseguinte, torna mais 
frequente a incidência de dor lombar. 
Excesso de peso corporal – fator predisponente 
na gênese da dor lombar. 
Elevado número de horas dirigindo veículos 
motorizados e o uso de carros mais velhos 
também foram considerados fatores de alto risco 
para prolapso de disco intervertebral. 
Genética – Estudos em gêmeos idênticos indicam 
que a influência genética na degeneração discalé 
tão ou mais importante do que idade e a 
sobrecarga mecânica. 
Outros: Fatores psicossociais, insatisfação 
laboral, obesidade, hábito de fumar, grau de 
escolaridade, realização de trabalhos pesados, 
sedentarismo, síndromes depressivas, litígios 
trabalhistas, fatores antropológicos, hábitos 
posturais, alterações climáticas, modificações de 
pressão atmosférica e temperatura. 
 
TIPOS DE LOMBALGIA 
Lombalgia mecânica comum (a forma mais 
prevalente), na maioria dos casos, se limita à 
região lombar e nádegas. Raramente se irradia 
para as coxas. Pode aparecer subitamente pela 
manhã e apresentar-se acompanhada de 
escoliose antálgica. O episódio doloroso tem 
duração média de 3 a 4 dias. Após esse tempo, o 
paciente volta à completa normalidade, com ou 
sem tratamento. 
Hérnia de disco: quando se realiza um esforço 
de flexão durante o dia, o material nuclear é 
impelido para trás, em sentido anteroposterior, 
através das fibras do anel fibroso, mas por ele 
ainda é contido. Neste momento pode ainda não 
aparecer dor. No entanto, durante a noite, em 
razão de uma maior embebição aquosa do núcleo 
e consequente elevação da pressão intradiscal, as 
fibras do anel se rompem, dando então início, 
durante as primeiras horas do dia, à 
sintomatologia de quadro doloroso agudo, 
intenso, com irradiação da dor para um ou outro 
membro inferior e com manobras semióticas 
positivas de compressão radicular. A dor se 
exacerba com os esforços. 
Osteoma osteóide, a dor é desencadeada pela 
liberação de prostaglandinas pelas células 
tumorais durante a madrugada. Os pacientes se 
queixam de dor neste período, ou no começo do 
dia. 
Estreitamento do canal raquidiano 
artrósico, a dor lombar, às vezes, é noturna; 
outras vezes, à ela se associa ciatalgia uni ou 
bilateral intensa, que melhora ao sentar-se. Pode 
ser acompanhada de dor na panturrilha e de 
claudicação neurogênica intermitente. O processo 
doloroso piora ao caminhar, principalmente 
ladeira abaixo, e melhora ladeira acima, o que a 
diferencia da claudicação vascular, que piora 
ladeira acima. O sinal de Lasègue é negativo, 
enquanto na hérnia discal pode ser positivo. A 
manobra de Romberg é positiva. A extensão da 
coluna lombar, durante 30segundos, desencadeia 
a dor. 
Espondiloartropatias soronegativas, que são 
doenças reumáticas inflamatórias, é 
característica a exacerbação matinal dos 
sintomas; aqui, a fisiopatogenia da dor é 
influenciada pelo ritmo circadiano da secreção do 
cortisol e pelo sistema nervoso autônomo. A 
sacro-iliíte bilateral, às vezes unilateral, consolida 
o diagnóstico. 
Espondilite anquilosante Nesta doença, um 
conjunto de cinco informações, prestadas pelo 
paciente, que inclui positivo se confirmar 4 de 5 
perguntas: (1) lombalgia de caráter insidioso, (2) 
antes dos 40 anos de idade, (3) com duração 
maior do que três meses, (4) acompanhada de 
rigidez matinal e (5) melhora com a atividade 
física. Apresenta sensibilidade de 95% e 
especificidade de 85% para a sua identificação. 
Espondilite anquilosante é uma doença 
inflamatória que afeta o esqueleto axial com sintomas 
que começam em geral no final da adolescência e início 
da idade adulta, sendo que o marcador principal é a 
sacroileíte. 
 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
Dor de origem extra-raquidiana – não tem 
relação com os movimentos da coluna, 
aparecendo mesmo com o repouso. Nesta 
situação, devem ser lembradas de alguns como: 
Sistêmica 
• Fratura por osteoporose (4%) 
• Infecção (osteomielite, abscesso 
paraespinhal, tuberculose) (0,01%) 
• Malignidade (0,7%) 
• Espondilite anquilosante (0,3%) 
• Doenças do tecido conectivo 
 
Referida 
• Aneurisma aórtico 
• Pancreatite aguda 
• Pielonefrite aguda 
• Cólica renal 
• Úlcera péptica 
 
Dor psicossomática – pode ser detectada em 
pacientes que apresentem sensibilidade dolorosa 
superficial ou de distribuição não-anatômica, 
com queixa de dor vaga, imprecisa, um dia num 
lugar, outro dia em outro, com irradiação bizarra 
para peito, coluna dorsal, abdômen e 
dramatização do quadro clínico. 
 
Deve-se atentar para a pesquisa dos “sinais de 
alerta”, pois a causa da lombalgia ou 
lombociatralgia pode estar fora da coluna 
vertebral, principalmente nas lombalgias e 
lombociatalgias agudas e subagudas visando 
causas tumorais, fraturas osteoporóticas e 
outras. 
COMPLICAÇÕES 
Quando suspeitar de CÂNCER como causa da 
lombalgia: 
➢ Paciente com história de câncer. 
➢ Pacientes que não melhoram em 4-6 semanas. 
➢ Pacientes acima de 50 anos. 
 
Sintomas da síndrome da cauda equina: 
➢ Lombalgia severa. 
➢ Retenção urinária ou incontinência urinária e 
fecal. 
➢ Anestesia em sela. 
➢ Fraqueza nas pernas. 
 
DIAGNÓSTICO GERAL 
Geralmente não é possível obter diagnóstico 
exato. 
Infelizmente, na maioria dos pacientes, os 
médicos não conseguem identificar qual a 
estrutura específica que origina a lombalgia. Em 
razão da falta de evidências radiológicas de lesão. 
Pois apenas 30% dos pacientes apresentam 
alterações da coluna lombar na mielografia, 
tomografia computadorizada ou ressonância 
nuclear magnética. 
Como a maioria dos casos não necessita 
cirurgia, há poucas informações que comprovam 
a existência da lesão tecidual correlacionada com 
os sintomas dolorosos. 
Além disso, a inervação da coluna é difusa e 
entrelaçada e torna difícil localizar a lesão apenas 
com base nos dados da história e exame físicos do 
paciente. Finalmente, existem, frequentemente 
associados, espasmos musculares reativos que 
protegem a coluna de outros danos e muitas vezes 
mascaram a verdadeira causa da dor. 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
A história clínica é essencial para avaliação 
diagnóstica do paciente com lombalgia e 
lombociatalgia. 
Idade – poderá indicar a causa da dor, pois a 
incidência de certas doenças varia de acordo com 
a idade e com o sexo. 
Trabalho e lazer (isto é, esportes praticados) – 
pois uma flexão e rotação da coluna lombar 
aumenta a pressão no segmento motor inferior. 
Exemplo: Quando uma pessoa de 70kg, com um 
peso de 20kg nas mãos, curva para a frente 
somente 20 graus, a pressão no disco aumenta de 
150kg para 210kg na posição ereta e para 275kg 
na posição sentada. 
 
Resultado: Os fatores de risco para prolapso agudo 
do disco intervertebral referiram que, se se curvar 
mais de 20vezes ao dia, com um peso superior a 
10kg, este será o maior fator de risco. 
 
 
 
 
 
 
ANAMNESE 
A história deve tentar eliminar a chance de 
alguma patologia específica, procurando 
classificar de acordo com a especificidade da 
lombalgia, em um de três grupos. 
→ Grupo 1: lombalgia associada à 
radiculopatia. 
→ Grupo 2: lombalgia associada a alguma 
causa específica, como cauda equina, neoplasia, 
infecção, fratura vertebral, artrite inflamatória, 
pielonefrite, disfunção sacroilíaca. 
→ Grupo 3: lombalgia inespecífica. 
Em geral, quando há compressão do nervo ciático, os 
sintomas, como dor, irão “descer” da parte posterior 
da coxa até as pontas dos pés. 
 
Quase sempre tendo: formigamento, dormência, e/ou 
choque → ex. de causa comum: hérnia de disco. 
Exemplos de perguntas para sistematizar o plano 
de ação para a lombalgia: 
➢ Duração: “Você está com essa dor há quanto 
tempo?” 
➢ Frequência: “Quantos dias a dor veio nos 
últimos 7 dias?” 
➢ Severidade (escala de dor): “De zero a 10, 
quanto dói em geral?” 
➢ Constância: “Quais momentos do dia a dor 
aparece?” 
➢ Presença de irradiação: “A dor vai para as 
pernas? Para qual perna? Até onde ela vai?” 
➢ Fraqueza: “Além da dor, tem fraqueza? Para 
fazer qual movimento?” 
➢ Alteração na sensibilidade: “Tem alguma 
dormência ou formigamento?” 
➢ Demais órgãos afetados: “Tem alguma 
alteração na urina ou nas fezes?” 
➢ Relação com o trabalho: “Trabalha com o 
quê? Acha que pode ter relação com o 
trabalho?” 
➢ Tratamentos anteriores:“Quais remédios já 
tomou para esta dor?” 
 
Perguntas-chave a serem respondidas durante 
a história: 
1. Existe uma doença sistêmica grave causando a 
dor? 
2. Existe comprometimento neurológico que 
possa exigir avaliação cirúrgica? 
3. Existe sofrimento social ou psicológico que 
possa amplificar ou prolongar a dor? 
 
Outros aspectos a serem identificados e 
abordados na história: 
➢ Cronologia. 
➢ Natureza da dor (irradiada ou não irradiada) e 
desencadeantes. 
➢ Impacto na função. 
➢ Sinais de alerta que indiquem causa específica 
ou urgência (vermelho). 
➢ Sinais de alerta que indiquem um prognóstico 
ruim (amarelo). 
 
Sinais de alerta vermelho 
Um dos principais objetivos da história é 
identificar sinais de alerta que indiquem alguma 
conduta específica ou urgência. Nem sempre a 
presença de sinais de alerta vermelho indica a 
necessidade de referenciar para urgência, mas 
sim que se deve seguir um protocolo específico, 
em geral referenciamento para outro serviço (que 
pode ser uma urgência) e/ ou exame de imagem 
ou complementar: 
❖ Sinais ou sintomas sistêmicos: febre, calafrios, 
sudorese noturna e/ou perda de peso 
inexplicada (infecção/malignidade). 
❖ Déficit neurológico focal progressivo ou 
profundo. 
❖ Trauma/lesão em alta velocidade. 
❖ Dor que é refratária a medicamentos/injeções 
e persistente por mais de 4 a 6 semanas 
❖ Idade avançada (acima dos 70 anos). 
❖ Uso prolongado de corticosteroides. 
❖ Contusão ou abrasões na coluna vertebral. 
❖ Doença sistêmica que cause 
imunocomprometimento, como Aids ou uso de 
drogas intravenosas (aumento do risco de 
osteomielite, que pode causar abscesso 
epidural). 
❖ História de câncer. 
❖ Incontinência ou retenção urinária. 
 
Sinais de alerta amarelo (psicossociais) 
É fundamental identificar sinais de alerta amarelo 
que predizem risco de recorrência ou cronicidade. 
Portanto, uma conduta menos expectante, como 
presença de vulnerabilidades psicossociais, baixa 
capacidade de lidar com a lombalgia (evita 
atividades por medo de ter dor ou por medo de ter 
algum dano na região lombar). 
❖ Pensamento catastrófico (antecipa o pior 
desfecho possível para a lombalgia) 
❖ Presença de sintomas que não apresentem 
correlação com a lombalgia (sintomas sem 
uma base anatômica ou fisiológica definida) 
❖ Elevado comprometimento funcional basal 
❖ Baixo estado geral de saúde 
❖ Depressão, ansiedade ou pessimismo diante 
da vida 
 
O Primeiro Consenso Brasileiro sobre 
Lombalgias e Lombociatagias estabeleceu as 
seguintes diretrizes: 
Deve-se avaliar se a dor aparece de manhã ou no 
decorrer do dia: 
❖ Hérnias discais e lombalgias de causa 
inflamatória – ocorre pela manhã. 
 
❖ Canal estreito artrósico – pode também iniciar 
de manhã e piorar ao longo do dia. 
 
❖ Osteoma osteóide – a dor aparece de 
madrugada. 
 
❖ Espondiloartropatias – a dor é matinal, 
projeta-se nas nádegas, melhora ao longo do 
dia, e às vezes desaparece à tarde. 
 
❖ Lombalgia mecânico-degenerativa – a dor 
aparece com os movimentos, no fim da tarde 
após o trabalho e se relaciona com estresse 
físico e emocional. 
 
❖ Dor raquidiana – geralmente tem relação com 
os movimentos da coluna; já a extra-
raquidiana não tem (p.ex., cólica renal). 
 
❖ Hérnias de disco centrais – pode não haver dor 
irradiada. 
 
❖ Compressões radiculares – a dor obedece 
quase sempre um trajeto dermatomérico. 
Algumas vezes, isso pode não ocorrer 
(superposição de dermátomos e esclerótomos). 
ATENÇÃO!!! 
Quando as lombalgias e lombociatalgias surgem 
acompanhadas de “sinais de alerta” (queixas 
sistêmicas), é necessário fazer anamnese de 
outros órgãos e sistemas. 
 
 
EXAME FÍSICO 
O paciente com lombalgia ou lombociatalgia deve 
ser examinado levando-se em conta que a pressão 
intradiscal varia em função dos movimentos e das 
posições do corpo. Desta forma, deve-se sempre 
observar: 
 
Inspeção 
✓ O paciente caminhando, tipo de marcha e se 
existe posição antálgica; 
✓ Se não há abaulamento ou sinais de trauma. 
✓ Se existem assimetrias (desnível dos ombros, 
pregas subcostais, cristas ilíacas, pregas 
glúteas, alteração nas curvaturas da coluna 
lombar como retificação da lordose, 
acentuação da cifose torácica ou escoliose); 
✓ Presença de lesões de escaras, traumas ou 
cirurgia anterior. 
 
Flexão: se a dor aparece ou é agravada por este 
movimento ou se irradia para os membros 
inferiores, admite-se que existe lesão discal 
(protrusão ou hérnias discais). 
Teste de Shober: Espondilite anquilosante se 
menor que 5cm. Distância mão-chão. 
Extensão: a dor aparece nos casos de artrose 
zigoapofisárias e estenose de canal artrósico. 
Flexão lateral direita e esquerda: pesquisar dor 
e ou limitação da amplitude dos movimentos 
Rotação direita e esquerda: dor e/ou limitação 
da amplitude dos movimentos. 
 
Palpação 
✓ Presença ou não de hipertonia muscular e 
pontos dolorosos; 
✓ Lembrar de palpar as articulações sacrilíacas; 
 
TESTES ESPECÍFICOS 
– Manobra de Valsalva: a exacerbação da dor ou 
sua irradiação até o pé pode significar que exista 
compressão radicular. 
– Manobra de Lasègue ou teste da perna 
estendida: o exame deve ser feito com o paciente 
em decúbito supino, a mão esquerda do 
examinador deve imobilizar o ilíaco e a mão 
direita elevar-lhe o membro inferior segurando-o 
na altura do tornozelo. O teste é considerado 
positivo se houver irradiação ou exacerbação da 
dor no dermátomo de L4-L5 ou L5-S1 em um 
ângulo de 35° a 70°. Em hérnias extrusas ou 
volumosas pode ser positiva abaixo de 35°. Dor 
acima de 70° resulta em teste é negativo, isto é, 
não existe compressão radicular. 
– Sinal do arco da corda (manobra de Bragard): 
deve-se proceder como na manobra de Lasègue: 
ao iniciar a dor, dobra-se o joelho (flexão); se a dor 
diminuir ou desaparecer significa que o teste é 
positivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NATOUR, Jamil. Coluna vertebral. 2ª ed. São Paulo, 
Etcetera, 2004. 
 
Sinal das pontas de “De Sèze”: 
• Andar no calcanhar (dorsiflexão do tornozelo), 
não consegue: compressão da raiz de L4 ou L5. 
• Andar na ponta dos pés (flexão plantar do 
tornozelo), não consegue: compressão da raiz 
de S1. 
 
PESQUISA DE REFLEXOS: 
• Ausência do reflexo patelar indica 
comprometimento da raiz de L3 e/ou L4. 
• Ausência do reflexo aquiliano indica 
comprometimento da raiz de S1. 
Pesquisa da força de flexão e extensão dos 
pododáctilos: 
• Hálux: ausência ou força diminuída indica 
deficiência motora por compressão radicular 
de L5. 
 
• O 2º e 3º pododáctilos: ausência ou força 
diminuída indica deficiência motora por 
compressão radicular de S1. 
 
DERMATOTOS PARA TESTE DE 
SENSIBILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro Ceratti. Tratado 
de Medicina de Família e Comunidade. 2ª ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2019. 
Sinais não orgânicos de lombalgia 
psicossomática 
• Sensibilidade dolorosa exacerbada em locais 
de distribuição não anatômica e superficial. 
• Há simulação de dor lombar que aparece após 
compressão crânio caudal ou à rotação da 
pelve e ombros sem movimentar a coluna. 
- Sinal de Lasègue exagerado quando pesquisado 
sentado ou deitado. 
• Alterações regionais de sensibilidade 
(hiperestesia em bota) em pacientes não 
diabéticos e fraqueza generalizada. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
EXAMES DE IMAGEM 
Radiologia convencional: 
• Nas lombalgias mecânicas agudas ou 
subagudas (até 4 semanas), sem “sinais de 
alerta”, os estudos de imagens não são 
necessários. 
• Nas lombalgias crônicas e agudas com “sinais 
de alerta” se faz necessário solicitar a 
radiografia simples na primeira consulta. 
 
Tomografia axial computadorizada (TC), 
indicadas em comprometimentos: 
• Discais, 
• Das faces intervertebrais (platôs vertebrais), 
• Das articulações zigoapofisárias, 
• Do canal vertebral eforames intervertebrais. 
 
Ressonância nuclear magnética (RNM): é 
superior à tomografia axial computadorizada em 
razão da melhor visualização dos tecidos moles e 
por ser multiplanar com amplo plano de visão. 
Usada nos casos sugestivos de: 
• Infecção 
• Câncer ou 
• Comprometimento neurológico persistente. 
 
Mielografia e mielotomografia: métodos 
invasivos com indicação voltada para casos de 
dúvidas de compressão radicular após TC e RNM 
ou associadas a radiografias dinâmicas em casos 
de estenose de canal vertebral e foraminal. 
 
Discografia: método invasivo e de indicação 
restrita nos casos de hérnia de disco com 
reprodução da dor referida. 
 
Cintilografia: nos casos suspeitos de tumor, 
infecção e doença óssea difusa. 
 
Eletroneuromiografia: indicada no diagnóstico 
diferencial entre envolvimento radicular e outras 
doenças do sistema nervoso periférico. 
 
Densitometria óssea: nos casos de osteoporose 
primária ou de osteoporose secundária, devendo 
ter em mente que somente a presença de perda de 
massa óssea não justifica a lombalgia ou 
lombociatalgia. 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
A grande maioria dos indivíduos não necessita de 
exames laboratoriais na avaliação inicial. Para 
pessoas idosas, com sintomas constitucionais ou 
com falha terapêutica, podem ser solicitados 
exames como: 
• Hemograma completo, velocidade de 
hemossedimentação (VHS), proteína C-reativa: 
processo inflamatório ou neoplasia. 
• Cálcio sérico e fosfatase alcalina (FA): doença 
óssea difusa. 
• Eletroforese de proteínas séricas e urinárias: 
mieloma múltiplo. 
• Antígeno prostático específico (PSA): metástase 
por câncer de próstata. 
• Análise qualitativa da urina: doença renal. 
• Sangue oculto nas fezes: úlceras e tumores 
gastrintestinais. 
CONDUTA TERAPÊUTICA 
Uma abordagem terapêutica correta da lombalgia 
aguda com a combinação de tratamento 
conservador, escolas de coluna, orientação 
ergonômica e fisioterápica é capaz de influenciar 
sua evolução evitando a cronicidade. 
 
TRATAMENTO CONSERVADOR 
1.° REPOUSO 
Posição: decúbito supino, joelhos fletidos e pés 
apoiados sobre o leito e/ou com flexão das 
pernas num ângulo de 90° com as coxas e 
destas com a bacia. 
Objetivo: retificar a coluna lombar (posição de 
Zassirchon). 
Duração: em média 3 a 4 dias, máximo 5 a 6 
dias, não deve ser prolongado, pois a inatividade 
tem ação deletéria sobre o parelho locomotor. O 
retorno às atividades habituais deve ser feito o 
mais rápido possível. 
 
2.° MEDICAMENTOS 
Analgésicos Não Opioides: 
• Paracetamol (acetaminofen) 500mg de 4 a 6 
vezes ao dia, nas dores leve a moderada. 
Cautela em pacientes com hepatopatias e 
associado a antiinflamatório não hormonal. 
• Dipirona 500mg até 4 vezes ao dia. 
 
Analgésicos Opióides: 
Usados em lombalgia aguda e lombociatalgia por 
hérnias discais resistentes a outros analgésicos, 
fraturas e metástases. 
• Fosfato de codeína 30mg 3 a 4 vezes ao dia. 
• Cloridrato de tramadol 100 a 400mg por dia. 
• Oxicodona 5 a 10mg, 3 a 4 vezes ao dia. 
• Sulfato de morfina: indicação restrita a casos 
graves. 
 
Anti-inflamatórios Não Hormonais (AINH): 
São utilizados frequentemente, pois apresentam 
efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e 
antipiréticos associados. Uma revisão do 
“Cochrane Controlled Trials Reistry” mostrou que 
são efetivos no controle dos sintomas em curto 
prazo, nas lombalgias mecânicas agudas, e 
nenhum tipo específico mostrou claramente ser 
mais efetivo que outro. 
Inibidores da atividade das cicloxigenases 
(COX 1/COX 2) e das prostaglandinas: todas as 
classes podem ser utilizadas nas doses usuais 
recomendadas. 
Inibidores da cicloxigenases II (COX 2): 
pacientes de risco para complicações 
gastrointestinais e idosos. 
• Valdecoxibe: 10mg/dia 
• Rofecoxibe: 50 mg/dia 
• Celecoxibe: 100 a 200mg de 12/12 horas. 
 
 
Glicocorticóides: 
Indicados nos casos de lombociatalgia aguda. 
 
Relaxantes Musculares: 
Podem ser associados aos AINHs mostrando 
melhor resultado do que quando usados 
isoladamente. 
• Ciclobenzaprina: 5 a 10 mg/dia, relaxante 
muscular de ação central estruturalmente 
relacionados com os antidepressivos 
tricíclicos. 
• Carisoprodol: 350 mg/dia, medicação de uso 
em curto prazo. 
 
Antidepressivos: 
Indicados nas lombalgias crônicas com 
componente psicossomático e nas fibromialgias. 
 
 
3.° INFILTRAÇÃO 
Apenas as infiltrações epidurais com 
glicocorticóides, anestésicos e opióides podem ser 
utilizadas nos casos de lombociatalgia aguda 
após falha com o tratamento medicamentoso e 
medidas físicas. Deve ser feita por especialistas 
experientes e se possível com fluoroscopia. 
 
4.° REABILITAÇÃO 
Deve ser baseada em 6 pilares: 
• Controle da dor e do processo inflamatório 
através dos meios físicos. Deve-se lembrar de 
que não existem evidências científicas de sua 
eficácia no tratamento da dor lombar. São 
utilizados apenas como coadjuvantes. 
 
• Restauração da amplitude dos movimentos 
articulares e alongamento dos tecidos 
moles. Exercícios de extensão podem reduzir 
a compressão radicular, assim como exercícios 
de flexão reduzem a tensão nas facetas 
articulares e o espasmo da musculatura dorso 
lombar. O uso de ultrassom pode melhorar a 
extensibilidade do colágeno. 
 
• Melhora da força e resistência musculares. 
Exercícios de treinamento para melhorar e 
fortalecer a estrutura musculoligamentar, 
buscando minimizar o risco de lesão das 
estruturas envolvidas na dor (disco 
intervertebral, articulações interfacetárias e 
estruturas ligamentares). Iniciar com 
exercícios isométricos e a seguir exercícios 
isotônicos. 
 
• Coordenação motora. Exercícios dinâmicos 
com atividade coordenada de grupos 
musculares que proporcionam o controle da 
postura e da função muscular com 
estabilidade da coluna. 
 
• Melhora do condicionamento físico. Através 
de programas de caminhada, atividades 
aquáticas, bicicleta ou esteira pode-se 
aumentar os níveis de endorfina, promovendo 
sensação de bem-estar e diminuição da 
percepção dolorosa. 
 
• Manutenção de programas de exercícios. 
Prática de exercícios em casa que devem ser 
programados de acordo com a tolerabilidade e 
habilidade do paciente. 
 
Exercícios (Base Fisiológica) 
O exercício aumenta o nível de ß endorfina no 
sangue periférico e diminui o pH no interior do 
disco intervertebral por aumentar a concentração 
de O2, diminuindo assim, o estímulo doloroso. Na 
fase aguda das lombalgias e lombociatalgias os 
exercícios devem ser considerados com cautela, 
pois são importantes para o tratamento da 
lombalgia crônica, podendo ser feitos: 
1. Alongamento 
 
 
 
 
 
Fonte: NATOUR, Jamil. Coluna vertebral. 2ª ed. São Paulo, 
Etcetera, 2004. 
 
2. Relaxamento 
3. Exercícios isométricos de quadríceps e tríceps 
sural. 
B. Exercícios aeróbicos 
Devem ser considerados na fase crônica. 
Caminhada continua sendo a melhor forma de 
exercício: 
• Corrige todos os aspectos da fisiologia 
corporal, 
• Envolve todos os tecidos assegurando seu 
alongamento fisiológico inclusive das fibras 
anulares do disco intervertebral. 
Outros: natação e ciclismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NATOUR, Jamil. Coluna vertebral. 2ª ed. São Paulo, 
Etcetera, 2004. 
 
C. Exercícios de flexão 
• Indicado na síndrome do recesso lateral 
por osteoatrose zigoapofisária. 
• Contraindicado nas hérnias discais e 
protrusões discais difusas acentuadas. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NATOUR, Jamil. Coluna vertebral. 2ª ed. São Paulo, 
Etcetera, 2004. 
 
D. Exercícios de Extensão 
Indicados nas hérnias, protrusões difusas e 
focais do disco, fora do período agudo. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NATOUR, Jamil. Coluna vertebral. 2ª ed. São Paulo, 
Etcetera, 2004. 
 
Acupuntura? 
Ação analgésica por aumento da endorfina e 
ACTH através da “hiperestimulação analgésica”. 
Acupuntura e lombalgiaTem ação local e sistêmica, promovendo 
analgesia e relaxamento muscular e combatendo 
a inflamação, e em algumas poucas sessões pode 
ajudar melhorando o quadro de dor e contraturas. 
A nível central a acupuntura modula a liberação 
de neurotransmissores e hormônios neurais, 
liberando opioides endógenos. 
Dessa forma, a acupuntura não apenas alivia 
a dor, mas também harmoniza os distúrbios 
físicos e psicológicos por ela provocados. É um 
método seguro inclusive para idosos e gestantes, 
diminuindo a necessidade do uso de 
medicamentos, e pode ser usada a longo prazo 
como suplemento do tratamento ortopédico. 
Segundo as diretrizes da American Pain Society 
e American College of Physicians, os médicos 
devem considerar a acupuntura como terapia 
complementar para lombalgia crônica que não 
melhora com o tratamento convencional. 
PORÉM EXISTEM CONTROVÉRSIAS: 
Não existem evidências científicas que comprovem o 
benefício da acupuntura em pacientes lombálgicos, 
porque os resultados das pesquisas não são controlados 
para os fatores de confusão devido ao tamanho da 
amostra, do desenho do estudo e o uso de placebos. 
Órtese? 
Indicada na lombalgia aguda e lombociatalgia, 
para manter as articulações em repouso. Alivia a 
dor e promove o relaxamento muscular por 
diminuir o estresse raquídio através do aumento 
da pressão intraabdominal com ação de um 
cilindro semi-rígido ao redor da coluna lombar. 
 PORÉM EXISTEM CONTROVÉRSIAS: 
necessitam de comprovação através de estudos 
prospectivos, controlados e randomizados, de 
melhor qualidade e consistência metodológica 
 
Manipulação 
Deve ser realizada por médicos especialistas 
capacitados. Abrange desde o estiramento suave 
(mobilização) até a aplicação de força manual 
(manipulação). Ainda não se confirmaram os 
benefícios desta técnica. 
 
Terapia Comportamental 
Nas lombalgias crônicas pode-se reduzir a 
incapacidade através da mudança dos padrões 
comportamentais. Há evidências obtidas por meio 
de meta-análises que demonstram melhora da 
dor e capacidade funcional na lombalgia crônica, 
porém não existem evidências de melhora a curto 
prazo. 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
Deve ser baseado no diagnóstico clínico e nos 
exames por imagens. Na lombalgia mecânica é 
indicado apenas nos casos resistentes ao 
tratamento conservador com evolução atípica, 
podendo ser feitas infiltrações nas discopatias, 
dos pontos dolorosos e perifacetárias além de 
denervação facetária e artrodese do segmento 
vertebral. 
Nas hérnias discais é indicado nos casos de 
déficit neurológico grave agudo com ou sem dor, 
nas lombociatalgias de difícil controle álgico após 
três meses de tratamento conservador e na 
síndrome da cauda equina. 
Na síndrome do canal estreito é realizado em 
caráter individual nos casos incapacitantes e 
progressivos. 
Na lombalgia de origem tumoral através de 
técnica por abordagem direta. 
Em alguns casos de fraturas por osteoporose 
podem ser realizadas vertebroplastia, 
descompressão e artrodese, porém, tais 
procedimentos são raramente utilizados. Nas 
lombalgias inflamatórias como a espondilite 
anquilosante indica-se raramente o tratamento 
cirúrgico nos casos de dor por compressão do 
canal vertebral e instabilidade. 
Nas espondilodiscites (lombalgias infecciosas) 
é indicado nos casos de evolução desfavorável 
com o tratamento clínico, recomendando-se a 
biópsia diagnóstica fechada ou aberta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÁRVORE DE DECISÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro Ceratti. Tratado de Medicina de Família e Comunidade. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. 
 
CONDUTA EDUCACIONAL 
➢ É sempre importante reforçar que se manter 
ativo é uma das bases da terapia (isso pode 
envolver modificações no trabalho, mas não 
afastamentos por longo período). 
 
➢ Atividades físicas muito intensas, de forma 
esporádica, como prática de esporte ou 
realização de tarefas domésticas, podem 
causar lesões mecânicas agudas, como 
distensões. 
 
➢ Fazer atividade física regularmente, alimentar-
se adequadamente e dedicar-se à higiene do 
sono ajudam na recuperação e na prevenção 
da lombalgia e devem ser sempre abordados no 
curso do cuidado com a pessoa. 
 
A inclusão de educação e aconselhamento 
sobre anatomia e doença espinhal, dor, exercício 
físico, postura, elevação e movimentação, 
estratégias de autoajuda e técnicas relaxamento 
são meios para que os pacientes possam se 
ajustar à percepção da sua dor e à sua limitação, 
visto que a atividade e/ou educação física, 
princípios e cognitivas comportamentais 
conduzem a um aumento da sensação de controle 
e de confiança para gerir à sua condição uma 
melhor compreensão dela, e/ou expectativas 
mais realistas de suas habilidades. 
Podem incluir palestras, vídeos e programa de 
exercícios específicos de alongamento e 
relaxamento. 
A razão é normalizar os padrões de 
comportamento e dar às pessoas a confiança para 
vencerem o medo do movimento decorrente da 
dor, bem como uma condição prévia para lidar 
com a dor. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
• Fonte: NATOUR, Jamil. Coluna vertebral. 
2ª ed. São Paulo, Etcetera, 2004. 
 
• SBD. Sociedade Brasileira de 
Reumatologia. Lombalgia. São Paulo, 
2019. Disponível em: 
https://www.reumatologia.org.br/doenca
s-reumaticas/lombalgia/>. 
 
 
• SOARES, Lourdes. Acupuntura e 
lombalgia: o que precisamos saber. 2018. 
Disponível em: < 
https://pebmed.com.br/acupuntura-e-
lombalgia-o-que-precisamos-saber/>. 
 
• NASCIMENTO, Paulo Roberto Carvalho 
do; COSTA, Leonardo Oliveira Pena. 
Prevalência da dor lombar no Brasil: uma 
revisão sistemática. Cad. Saúde Pública, 
Rio de Janeiro, v. 31, n. 6, p. 1141-1156, 
Junho 2015. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=s
ci_arttext&pid=S0102-
311X2015000601141&lng=en&nrm=iso 
 
• PIRES, Renata Alice Miateli; DUMAS, 
Flavia Ventura Ladeira. Lombalgia: 
revisão de conceitos e métodos de 
tratamentos. Universitas: ciências da 
saùde, v. 6, n. 2, p. 159-168, 2008. 
 
https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/lombalgia/
https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/lombalgia/
https://pebmed.com.br/acupuntura-e-lombalgia-o-que-precisamos-saber/
https://pebmed.com.br/acupuntura-e-lombalgia-o-que-precisamos-saber/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2015000601141&lng=en&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2015000601141&lng=en&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2015000601141&lng=en&nrm=iso

Continue navegando