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Proprietária Mylena kledja Resumo SOI IV — N1 #DRGE: • Fisiopatologia: relaxamento inapropriado do EEI. • Etiologia: idiopática, causas cirúrgicas, esclerodermia, esofagite, tabagismo, BCC, nitratos. • Fatores que precipitam o refluxo: gestação, ascite, obesidade, gastroparesia diabética, hérnia de hiato. • Quadro clínico: pirose e regurgitação. • Manifestações atípicas: dor torácica, globus, tosse crônica, pneumonia de repetição, asma de difícil controle, rouquidão, pigarro, sinusite crônica, afta e hipersalivação. Disfagia só nas complicações! (Estenose peptica, adenocarcinoma esofagiano, doença doença motora do esôfago. • Diagnóstico: Clínico! História + exame físico e pode iniciar o tratamento. • Exames: padrão ouro — phmetria de 24h, outros exames — EDA + biópsia (usada para olhar complicações suspeitas como esôfago de barret ou lesões com malignidade. • Tratamento não farmacológico: controle de peso, elevação da cabeceira, dieta fracionada evitando alimentos como café, álcool, condimentos, molho de tomate etc. • Tratamento farmacológico: IBP, bloqueadores de H2, antiácidos e procinéticos. #Acalasia e megaesôfago: • Fisiopatologia: Lesão nos plexos mioentélicos ocasionando déficit no relaxamento do EEI, hipertonia no EEI, atonia e hipocontratilidade do corpo esofágico. • Etiologia: idiopática e doença chagásica. • Quadro clínico: disfagia, regurgitação, perda ponderal, dentre outros como pirose e tosse. • Exame: padrão ouro — manometria esofágica. Outros: EDA, Esofagograma contrastado • Classificação: A. Resende: grau I, II, III, IV B. Manometria esofágica: incipiente, não avançado e avançado C. Associação entre as classificações: incipiente – grau I, não avançado – grau II e III, avançado – grau IV. Proprietária Mylena kledja • Diagnóstico: pode ser por causa idiopática mas antes, se necessário, dosar sorologia pra chagas ou observar se há essa doença em outros sistemas como cardíaco. • Tratamento: cirúrgico com a cardiomiotomia, EDA inserindo um balão, alternativos medicamentosos com uso de BCC e nitratos. #Gastrite • Etiologia: geralmente infecção por H.pylori, mas pode ser por AINES, etilismo, tabaco, hiperacidrez gástrica, refluxo gastroduodenal. • Fisiopatologia: reação inflamatória na parede do estômago. A bactéria produz amônia e dióxido de carbono que são tóxicos para a mucosa e neutralizam ao redor da bactéria causando uma espécie de proteção contra o suíço gástrico. O sistema imune responde de forma agressiva mas enzimas bacterianas (catalase) conferem proteção a bactéria. Além disso, lipases e proteases sintetizadas pela bactéria lhe conferem infiltração na mucosa estomacal possibilitando a lesão endotelial. • Quadro clínico: sintomático — dispepsia e dor epigástrica. Assintomática — úlcera peptica, adenocarcinoma, linfoma de MALT. • Diagnóstico/exames: Invasivos — EDA + biópsia (padrão ouro), visualização histológica, cultura. Não invasivos: teste respiratório com ureia marcada com carbono C13, teste de antigeno fecal (SAT). Tratamento: antibiótico terapia Terapia tripla IBP + Claritromicina + Azitromicina Tratamento inicial Esquema alternativa a primeira linha IBP + subcitrato de bismuto coloidal + cloridrato de tetraciclina + metronidazol IBP + amoxilina + claritromicina + metronidazol ou tinidazol Terapia quádrupla com bismuto Ou Terapia concomitante (sem bismuto) Esquema de rastreamento. Tratados inicialmente com esquemas utilizando claritromicina. IBP + Amoxilina + Levofloxacina IBP + subcitrato de bismuto coloidal + cloridrato de tetraciclina + metronidazol. Terapia tripla. Ou Terapia quádrupla com bismuto. Alérgicos a penicilina IBP + subcitrato de bismuto coloidal + cloridrato de tetraciclina ou doxiciclina metronidazol. IBP + claritromicina + levofloxacina 1ª linha Para retratamo-nos • Controle de cura: repetir teste da ureia respiratória ou antigeno fecal a partir de 4 semanas após o tratamento. Proprietária Mylena kledja #Ulcera peptica • Fisiopatologia: lesão na mucosa gástrica ou duodenal por fatores agressores > que os protetores. • Etiologia: A. H.Pylori: infecção no antro —> ataca as células D (somatostatina) que inibem cel. G (produtoras de gastrina) —> cenário de hipercloridría —> úlcera peptica. Com o avançar da doença a infecção se dissemina atacando as cél. Parientais —> quadro de hipocloridria. Continuamente, ataca todas as cél. Estomacais ocasionando úlcera peptica. B. AINES: inibi a Cox-1 que estimula as prostaglandinas que estimula a barreira de proteção da mucosa gástrica —> úlcera peptica. • Clínica da doença: dispepsia (azia, sensação de plenitude, saciedade precoce) + dor gástrica (dor vem com a alimentação) ou duodenal (dor 2 a 3h após a alimentação). • Diagnóstico: padrão ouro — EDA. Em pacientes jovens não faz EDA e da diagnóstico por presunção. • Sinais de alarme: disfagia, anemia, vômitos, emagrecimento. Paciente > 45 anos ou sinais de alarme faz EDA, se gástrica associa a biópsia, • Tratamento: terapia antisecreção ac. Por 4-8 semana: IBP + bloqueador histaminico (ranitidina). * Tipos de úlcera: classificação de johnson: A. Hipercloridria - úlcera duodenal - úlcera gástrica II: corpo gástrico e associado a úlcera duodenal - úlcera gástrica III: pré-pilórica B. Hipocloridria: - gástrica I: pequena curvatura baixa - gástrica IV: pequena curvatura alta. #Alergias alimentares • Conceito: resposta imune a determinados antígenos alimentares. Vale ressaltar, que todos somos tolerantes porém quando essa tolerância é rompida haverá lesão no intestino podendo ter fundo genético que pode ocasionar mudanças na microbiota bacteriana. Ademais, no organismo há cel. T reguladoras que impedem que uma resposta imune seja produzida, características da tolerância do organismo. Proprietária Mylena kledja • Fisiopatologia: a exposição do organismo a esses alergenos induzem uma resposta imune que dar-se-á por 3 formas. 1. A cél. M transporta o antígeno para a célula dentritica. 2. A cél. Dentrítica com os enterocitos emitindo projeções para captar o antigeno. 3. Passagem dos antígenos entre os enterocitos, como uma bactéria virulenta, que quebre as junções dos enterocitos encontrando as cel. Dentriticas. 4. Resposta imune: a cel. Dentritica – secretará citocinas - ativará o linfócito TCD4 que vai sinalizar para os linfócitos B — produção de IgA. Além disso, o linfócito T, pela via Th2, ocasionará hipersensibilidade do tipo 1 no intestino. Continuamente, haverá produção de IgE e liberação de histamina. • Sintomas: variam mas os principais são prurido oral e angiodema, hiperemia mucosa intestinal, peristaltismo aumentado, urticária, rubor, coceira, dentre outros. • Diagnóstico: pela história clínica, as vezes pelos testes de IgE sérica específicos para antígenos, testes cutâneos e/ou dietas de eliminação que desencadeia a reação. Ex.: provocação oral IgE e não IgE — duplo cego placebo controlado. #Diarreias • Conceito: mais de 3 episódios em 24h de fezes líquidas ou amolecidas. • Fisiopatologia: agente infeccioso -> lesão intestinal -> disbiose intestinal -> infecção intestinal. Classificação da OMS 1. Diarreia aquosa aguda - menor que 14 dias de duração. - vírus e bactérias. - desidratação e desnutrição. Diarreias agudas 2. Diarreia aguda com sangue (Disenteria) - lesão na mucosa intestinal. - bactérias, principalmente shingella. - infecção sistêmica e desidratação. 3. Diarreia persistente - maior igual a 14 dias de duração. - desnutrição e desidratação. - altoíndice de complicações (sepse, imunodeficiência associada). 4. Diarreia crônica - maior ou = 28 dias de duração Diarreia crônica • Fatores de agravo: - mais de 2 meses. - doenças de base (DM, imunossuprimidos, dialíticos). - vômitos persistentes (desidratação). - maior que 8 episódios de evacuação/dia: desidratação. Proprietária Mylena kledja • Exame físico: orientados para critérios de desidratação como: - aceitação da dieta - se come, caso sim, o que ? - Peso ? Se basear em peso anterior: - bebe água avidamente ? - está urinando bem ? - avaliar estado neurológico: alerta ou irritação? A) Desidratação leve – 5% do peso corporal: 50ml/kg B) desidratação moderada – 5 a 10% do peso corporal: 50-100ml/kg C) Desidratação moderada – maior que 10% do peso corporal: 100ml/kg Obs.: para placo C precisa apresentar 2 sinais porém pelo menos 1 tem que ter o *. • Tratamento: 1. Plano A. - tratamento a domicílio ou ambulatorial. - reposição eletrolítica: SRO prontos ou caseiros, - oferecer soro após evacuação diarreica logo o volume vai depender do n* de diarreias. Após cada episódio para: o Crianças < 1 ano: 50 a 100ml após cada episódio. o 1-10 anos: 100-200ml o Crianças > 10 anos: o que aceitar o Para lactentes: demanda livre - orientar sobre medidas de higiene. - Orientação OMS: suplementar com sulfato de zinco. Ø Sinais de alerta: ü piora na diarreia, vômitos repetidos ü Oligúria (não consegue urinar) ü Muita sede ü Recusa de alimento ü Sangue nas fezes durante evolução na diarreia 2. Plano B: - tratamento no hospital ou UBS. - SRO: 50-100ml/kg em 4-6h - reavaliação continua do paciente após o soro, situações: § Sem desidratação – casa + plano A § Desidratado – gastróclise, se piorar plano C § Desidratação grave – plano C 3. Plano C: - UBS ou tratamento hospitalar (preferencialmente). - reidratar por via venosa - dieta 0 no momento de reidratação - desidratação grave: fase de expansão (rápida) + fase de manutenção/reposição. - Alta com plano A. Proprietária Mylena kledja • Se após esses tratamentos se o paciente que foi para casa retorna com sangue nas fezes tratar com antibiótico. • Possibilidades alternativas (ministério da saúde não inclui mas sociedade brasileira de pediatria sim): Anti-eméticos, Probióticos, Racecadotrila. #Diarreia Persistente • Quadros mais comuns: Ø Condições higienesanitárias deficientes Ø Persistência de infecção intestinal devido a lesões de diarreia anterior Ø Pacientes mal nutridos Ø Imunossuprimidos Ø Doença celíaca Ø Alergias alimentares Ø Erros alimentares, ex.: excesso de bebidas açucaradas. • Avaliação § Desidratação e sepse § Avaliação nutricional -> já era desnutrido antes ou só agora ? § Infecções extra-intestinais § Doenças de base § Tem diarreia osmótica ? • Exames o Ph fecal: se acidótico sugere quadro de desabsorção por lesão intestinal o Presença de glicose fecal: “ “ “ “ “ o Pesquisa de subs. Redutoras: “ “ “ “ “ o Coprocultura: agente etiológico o Pesquisa de rotavírus, entemoeba histolytica e giárdia. • Tratamento: - Manejo de hidratação classificando paciente como hidratado, desidratado e desidratado grave - Manejo dietético: orientar na alimentação - Reposição de vit A, zinco, ac. Fólico, cobre - Avaliação de antimicrobianos (dependendo do achado laboratorial - Probióticos - Anti-diarreicos (Racicodotrila) # Diarreia crônica > 4 semanas • Causas: - alergia a proteína do leite ou intolerância à lactose - quadros infecciosos - higiene sanitárias ruins - uso de antibióticos - laxantes - procinéticos para tratar DRGE - antineoplásicos - diarreia funcional em crianças jovens • Principais agentes infecciosos: - Vírus: rotavírus, norovírus, astrovírus, adenovírus, CMV. - bactérias: salmonella, campylobacter, E. Coli. - parasitas: clostridioides difficile, cryptosporidium, isospora, cyclospora, giárdia lamblia. • Classificação da diarreia crônica Ø Diarreia aquosa: - osmótica: intolerância à lactose, puxa liq p/ lúmen intestinal, fezes com bastante água - secretora: aumento da secreção intestinal, diarreia só água Proprietária Mylena kledja Ø Diarreia inflamatória: sangue nas fezes Ø Diarreia gordurosa: são mais esbranquiçadas e ficam boiando • Diferença entre as diarreias: Ø Secretora - não responde ao jejum - ph fecal normal - aumento de eletrólitos - osmolaridade normal Ø Osmótica - fezes mais volumosas - respondem ao jejum - diminuição de ph fecal e eletrólitos - aumento da osmolaridade fecal Ø Inflamatória - sangue oculto nas fezes - calciproteina fecal Ø Gordurosas - coloração do Sudão - coleta de fezes por 72h • Tratamento, depende! ü Em caso de suspeita de alergia e intolerâncias: suspender alimento suspeito. ü Em casos de suspeita de agentes infecciosos: exames + antibióticos. ü Em casos de suspeita de DC: solicitar ajuda do gastroenterologista. #Pancreatite aguda • Fisiopatologia: - ativação de pro enzimas dentro do pâncreas causando a digestão pancreática. • Etiologia: - litíase biliar e álcool • Clínica: - dor em barra - náuseas e vômitos - icterícia leve - sinais semiológicos como: cullen ( periumbilical), grey-turner (flancos) e fox (base do pênis). • Diagnóstico: 2 a 3 dos seguintes! Ø Dor abdominal em barra Ø Aumento das enzimas hepáticas (amilase e lipase) > ou = 3x o normal Ø Amilase + sensível e lipase + específico Ø Sobre os Exames de imagem: - Qual o primeiro: USG - Qual o definitivo: TC com contaste. Só pede 48- 72h de internação ou se paciente grave estiver piorando. - Se suspeito de microlitíase: USG endoscópica Proprietária Mylena kledja • Tratamento: - dieta zero - hidratação e controle eletrolítico, principalmente cálcio - analgesia com OPOIDES - reiniciar dieta, se preferir VO, se o paciente relatar fome, diminuição da dor e pcr diminuido. - se o paciente vomitar: cateter nasogástrico ou nasojejunal. - se não tolerar outra dieta: nutrição parenteral total. • Tratamento de pancreatite biliar: cirúrgico #Pancreatite crônica • Anatomopatologia: irreversível e incurável • Etiologia: álcool • Clínica: tríade clássica Ø Calcificação pancreática: - esteatorreia: perda da função exócrina - diabetes: perda da função endócrina Ø Outros achados: - dor abdominal após ingesta, principalmente gorduras. - emagrecimento • Diagnóstico - laboratório: elastase fecal < 200 - exames de imagem: o US-EDA: melhor para fase inicial o TC o CPRE se não puder fazer TC ou RNM. • Tratamento clínico - cessar etilismo e tabagismo - dieta pobre em gorduras e fracionada - analgesia escalonada - enzima pancreática + prazol ou bloqueador de H2 - insulina, se DM • Grande complicação: hipertensão portal! Proprietária Mylena kledja #Câncer de pâncreas • Anatomopatologia: adenocarcinoma de cabeça de pâncreas • Fator de risco: tabagismo • Clínica: ü Icterícia colestática verdilínea por compressão do coleduto, vai ficando bile p/ vesícula que fica palpável e indolor (Sinal de Courvoisier) ü Emagrecimento ü Dor abdominal ü Linfonodo supraclavícular esquerdo ü A clínica geralmente demora para aparecer e já é tarde para a terapia pra Terapia curativa. • Exames - marcador tumoral: CA 19-9 - USG endoscópico - TC de abdômen - biópsia percutânea transduodenal #Doença das vias biliares — icterícia obstrutiva • Etiologia: geralmente por formação de cálculos de colesterol (amarelados) que podem ficar retidos na vesícula, ir para o ducto cístico,coleduto (ducto biliar) ou ampola de vater. Outros desencadeadores podem ser os tumores periampulares. • Fisiopatologia: Para causar icterícia obstrutiva o cálculo provocará a regurgitação da bile até os hepatocitos (hipertensão) e esses regurgitam os sais biliares para a corrente sanguínea. • Clínica: icterícia, colúria (urina escura) e acolia fecal. • Características laboratoriais da icterícia obstrutiva: - aumento de fosfatase alcalina - aumento de GGT - aumento de BD • Manifestações: dor em torno de 6h. Sinal de murphy positivo, febre. • Tipos de cálculo: - amarelo: colesterol que precipita e vira Cálcio - pretos: bilirribunato de cálcio formado na vesícula por cirrose - castanhos: formados no próprio coleduto por parasitas • Tratamento: cirúrgico Para diferenciar Colelitiase(dor<6h) US abdominal Colecistite aguda(dor>6h,febre) Padrão ouro: cintilografia biliar Coledocolitiase (assintomático) Clínico + USG Colange Clínico – icterícia e courvoisier Proprietária Mylena kledja #Hepatites virais Hepatites virais Doença e causa Manifestações clínicas, sinais e sintomas Transmissão e Incubação Formas crônicas Achados laboratoriais Prevenção/ Tratamento Hepatite A - VHA - Lesões – necrose do parênquima e cel. De kupfer; - acúmulo de cel. De defesa (macrófagos, neutrófilos e linfócitos); - fase podrômica: anorexia, febre, fadiga, mal-estar, mialgia, náuseas e vômitos; - fase ictérica: mucosas (conjuvites e pele) com cores amareladas, icterícia, urina escura e fezes sem cor, as transaminases dobram em relação a fase podrômica. 15-45 dias. - transmissão Fecal- oral. Não. - IgG e IgM (esse último aparece no sangue com 4 semanas e desaparece com 6 meses); - PCR. Vacina e medidas profiláticas, inclusive pós exposição como a administração da imunoglobulina humana (IGHN). Hepatite B - VHB. É hepatotrópico mas na literatura já foram descritas casos de infecção em linfócitos. A maior parte da infecção vai ocorrer na forma subclínica estando a minoria dos doentes expostos a fase ictérica. - Quadro de icterícia, dor abdominal, náuseas, vômitos e urina escura. - Menos comumente podem ocorrer lesões extrahepáticas como poliartrite nodosa. 30-180 dias. - transmissão vertical; - transmissão horizontal; - sexual; - Percutânea; - hemotransfusão (rara) - transplante de órgãos. Sim (após 6 meses da doença). - RN: 90%. - Crianças: 20 a 25%. - Adultos: 5 a 10%. - fase aguda: HBsAG e anti-HBc IgM (ambos aumentam) que é mais imunogênico que HBsAg e HBeAg. - vacinação. - profilaxia pós-exposição (uso de IGHN). - para infecções agudas não há tratamento definido. - na infec. Crônica uso de interferon, antivirais (inibidores da transcriptase reversa). Hepatite C – HCV - icterícia, dores musculares, perda de peso, cansaço e ascite. - Manifestações extrahepáticas: linfoma, acometendo sistemas renais, tireoide. 15-150 dias. - transmissão por Uso de drogas, principalmente IV. - Hemotransfusão. - Hemodiálise. - Sexual. - Percutânea. Sim (após 6 meses). - Adultos: 85 a 90%. - Anti-HCV. Obs.: no início da infecção dificilmente observa-se os antígenos do vírus porém as alterações hepáticas são encontradas. - tratamento com imunomoduladores e agentes antivirais. - Não há vacina aprovada. Hepatite D – acusada pelo agente delta - causa forma grave de hepatite. - sintomas prodômicos: fadiga, letargia, anorexia, náuseas e vômitos. - fase ictérica. Semelhante a Hep. B porém menor na superinfecção (15- 56 dias). - transmissão: Sempre como coinfecção com o vírus B, via sexual e percutânea. Sim (após 6 meses). - Anti-HVD; - busca por antígenos da hepatite. Obs.: sempre que um indivíduo for positivo para hepatite D ele também possuirá a B. - Não há tratamento específico porém a vacinação contra a hepatite B reduz a infecção por hepatite D. Proprietária Mylena kledja Hepatite E – hepatite aguda de transmissão entérica - não causa sintomas muito exuberantes salvo em imunodeprimidos, os mais comuns são icterícia, anorexia e hepatomegalia. 15-60 dias. - transmissão: Fecal- Oral. Raro (imunodeprimidos). - Anti-HEV. - Não há tratamento específico para a infecção pelo HEV, porém quando os sintomas são persistentes pôde- se lançar mão de medicamentos sintomáticos. HBs- vírus na superfície celular. HBc- vírus presente no capsídeo celular. HBe- replicação viral. #Cirrose • Fisiopatologia: células de kuppler sofrem injúrias por ação de toxinas - álcool, drogas e medicamentos – e passam a secretar citocinas inflamatórias. A partir disso, há produção de colágeno pelas células estreladas e esse processo ocasionará a capilarização dos sinusóides que perdem suas fenestrações que impedirão as trocas gasosas entre o sangue e o hepatócito e nesse contexto o hepatocito acaba morrendo e se regenerando formando os chamados nódulos/ilhas de regeneração. Além disso, as células estreladas passam a produzir miofibroblastos, contexto em que a cirrose pode evoluir para hipertensão portal intra-hepática. • Manifestações clínicas: - hálito hepático - imunodeficiência hepática - encefalopatia (pode ser complicação) - icterícia (BD) • Sinais: - eritema palmar - telangiectasia - ginecomastia - equimoses - cabeça de medusa • Complicações: - ascite - hemorragia digestiva alta - hipertensão portal - varizes esôfagos-gástricas • Diagnóstico: - níveis séricos de albumina ou bilirrubina anormais - aumento de INR e creatinina - baixa contagem de plaquetas - TC, USG e RNM • Achados em imagens - contorno hepático nodular - fígado diminuído com ou sem hipertrofia do lobo caudado ou esquerdo - esplenomegalia • Tratamento: - voltado para interrupção ou reversão da fibrose. - transplante hepático • Analisar gravidade da cirrose com base na classificação de CHILD-PUGH Classificação de CHILD-PUGH 1 2 3 Bilirrubina < 2 2-3 >3 Encefalopatia - Grau I e II Grau III e IV Albumina >3,5 2,8 - 3,5 < 2,8 TAP <1,7 1,7 – 2,3 >2,3 Ascite - Leve Moderada 5 – 6 pontos: GRAU A (…): GRAU B >ou = 10 pontos: GRAU C • Causas primárias da cirrose hepática Proprietária Mylena kledja #Doença hepática gordurosa alcoólica • Para diferenciar: 1. Esteatose alcoólica: bebado crítico que não exagera 2. Hepatite alcoólica: bebedor crônico que resolveu exagerar um dia 3. Cirrose alcoólica: bebado crônico que todo dia exagera • Manifestações clínicas: - podem ter casos assintomáticos - mal-estar, febre e icterícia - anorexia e perda de peso - desconforto abdominal superior e hepatomegalia dolorosa a palpação e febre - pode apresentar complicações como ascite e hemorragia digestiva • Diagnóstico - hiperbilirrubinemia - fosfatase alcalina elevada (<3x do valor máximo) - leucocitose neutrófila - TGO > TGP ambas elevadas, GGT e VCM alto - biópsia só para descartar cirrose e hepatite C e B - USG para diferenciar icterícia obstrutiva • Tratamento: - zero álcool, medicações - transplante hepático #Doença hepática gordurosa não alcoólica • Fisiopatologia: apresentação de resistência à insulina e presença de triglicerídeos no fígado. • Manifestações: assintomático, TGP>TGO • Etiologia: obesidade, resistência insulínica e dislipidemia; • Achados laboratoriais: elevação de enzimas hepáticas ou alteração ao ultrassom (hepatomegalia e/ou fígado hiperecogênico). • #Doença de Wilson (Cobre) • Fisiopatologia: alterações genéticas que desencadearam deposição de cobre. • Manifestações clínicas: - alterações neurológicas (alteração no movimento) - doenças hepáticas (aguda, crônica ou cirrose) - Anel de Kanye “acúmulo de cobre nos olhos” • Exames: - medição de cobre secretadona urina - exame oftalmológico - sangue: medir concentrações de ceruloplasmina • Tratamento: medicamentos e transplante hepático #Hipertensão Portal • Etiologia: cirrose, esquistossomíase ou alterações hepáticas. Em suma, haverá um aumento na resistência ao fluxo de sangue na veia porta. Causas comuns, é a doença dentro do fígado. • Sinais e sintomas: - geralmente a sintomática e o sinais e sintomas resultam de suas complicações como sangramento varicoso agudo ou de gastropatia hipertensiva, circulação colateral: abdominal e varizes de esôfago, gástricas e anoretais;. Proprietária Mylena kledja - ascite, esplenomegalia, encefalopatia. • Diagnóstico: - avaliação clínica + achados (USG e TC) • Tratamento: betabloqueadores ou TIPS • Exame para avaliação inicial = USG com doppler do sistema porta #Ascite: • Definição: Acúmulo de líquido livre na cavidade peritoneal. Definir se líquido ascítico é transudato ou exsudato através do cálculo do gradiente de albumina soro/ascite (GASA) , subtraindo o valor da albumina no soro do valor da albumina no líquido ascítico. • Com o cálculo, diagnóstico: - GASA < 1,1 >> exsudato = doença peritoneal - GASA ≥1,1 >> transudato = hipertensão portal #Polipos Intestinais - Fisiopatologia: crescimento anormal da mucosa para pólipos não neoplásicos e processo adenocarcinoma para pólipos neoplasicos. - Etiologia: esporádico ou pré disposição genética como a PAF. - Podem ser sesseis ou pedunculado - são divididos em A. Não neoplasicos: 1. Hiperplasicos 2. Hamartomas 3. Inflamatórios B.Neoplasicos – adenomatosos (podem malignizar) e adenocarcinoma 1. Tubulosos (menos maligno) 2. Túbulo viloso (intermediário) 3. Viloso (mais maligno) Nota: Os sangramentos são sinais de malignidade. OBS. 2: os pólipos serrilhamos são mistos, possuem tecido hiperplasico + adenomatosos. • Grau de displasia A. Baixo: mucosa e submucosa B. Alto: ultrapassa a lâmina própria C. Carcinoma In Situ: invade mais ainda a parede • Sinais e Sintomas: geralmente assintomáticos mas podem apresentar diarreia ou constipação, sangue nas fezes. • Conduta: padrão ouro – colonoscopia, a literatura diz que pólipos devem ser ressecados é feito o histopatologico para descartar neoplasias. • Outras poliposes: síndrome polipoides hereditários; Peutz-Jeghers, Cowden • Rastreio: para pólipos de baixa displasia refazer colonoscopia com 5 anos, para pólipos com alta displasia refazer colonoscopia em 3 anos. Vale ressaltar que o processo adenocarcinoma dura 8-10 anos. Proprietária Mylena kledja #PAF - Polipose Adenomatosa Familiar • Características: - são muitos adenomatosos logo alto risco de câncer no futuro. - hiperpigmentação da retina: tumor desmoide na parede abdominal • Etiologia: alterações no gene APC • Diagnóstico: colonoscopia apresentando 10- 20 polipos PAF atenuado • Conduta: - proctolectomia total com bolsa ileal - pesquisar mutação no gene APC no paciente e parentes de primeiro grau. Caso positivo nos parentes, recomendar colonoscopia 10 anos antes do diagnóstico do parente apresentando a doença. - repetir colonoscopia em menos de 8 anos. Síndromes clínicas do intestino grosso associadas a neoplasias. Patologias no intestino grosso Causa e órgãos atingidos Sintomas, sinais e manifestações clínicas Neoplasias RCU Desconhecida entretanto uma possível causa pode ser distúrbios no sistema imune. A RCU acomete, exclusivamente, o intestino grosso e reto. Frequentemente Diarreias, hemorragias, cólicas e febre. Câncer colorretal. CROHN Disfunção no sistema imunológico. Transmural e acomete todo o tgi – do anus a boca. Pouco Frequente diarreia, cólicas abdominais, febre e, por vezes, sangramento retal. Câncer colorretal. CA colorretal As causas são variadas, podem ocorrer em detrimento de ma alimentação, por exemplo rica em gorduras e carne vermelha, outro fator desencadeante pode ser o etilismo, tabagismo, alterações genéticas principalmente no que tange os fatores protetores da música intestinal, dentre outros. Mudanças nos hábitos intestinais podendo variar entre diarreia e constipação. Além disso, sensação de não esvaziavam após a evacuação, sangue nas fezes, dor tipo cólica, inchaço abdominal, perda de peso ponderal cansaço e fadiga. Câncer no cólon e reto. Pólipos intestinais Existem vários tipos de pólipos porém sua origem dar-se-á por mutações cromossômicas de algumas células da mucosa alterando seu comportamento. Mudanças nos hábitos intestinais variando entre diarreia ou prisão de ventre, sangue nas fezes, dor ou desconforto abdominal a exemplo das cólicas ou flatulências. Pólipos adenomatosos seguindo a sequência adenoma carcinoma. Síndrome de Peutz-Jeghers Origem a partir de mutações genéticas. Dor abdominal, escurecimento da mucosa labial, pólipos do tipo hamartomas presentes em tubo digestivo. Cânceres colorretal, de intestino delgado, mama e pâncreas. Síndrome de Turcot Mutações dos genes MMR ou APC. Sangramento do reto, diarreia, constipação, dor abdominal, perda de peso ponderal. Neoplasia primária do SNC e polipose colorretal. Risco para desenvolver câncer de cólon e outros mais. Proprietária Mylena kledja Síndrome de Gardner Desordem rara autossômica e dominante. Osteomas, anomalias dentárias como dentes supranumerários e impacção dentária. Câncer colorretal. #Doenças inflamatórias intestinais #CA colorretal • Fatores de risco: - dieta rica em carne vermelha - obesidade - tabagismo - RCU - DC - DII - síndromes genéticas • Exames: - colonoscopia - TC de tórax e abdômen - CEA - USG endoanal - RNM da pelve • Tratamento: - p/ lesão inicial, restrita a um pólipo, um carcinoma In Situ: ressecção endoscópica - lesão invasora indo a submucosa, invadindo vasos: colectomia com linfadectomia. • Acompanhamento - se acompanha o paciente pós cirurgia pelos próximos 2 anos de 3 em 3 meses dosando o CEA. Rastreio geral acima dos 50 anos. #Doença celíaca • O que é? - Doença celíaca é uma doença autoimune causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, como massas. • Sintomas: - aparecem entre os seis meses e dois anos e meio de vida. Portadores da doença podem manifestar os sintomas na fase adulta. - diarreia ou prisão de ventre crônica; - dor abdominal; - inchaço na barriga; Proprietária Mylena kledja - danos à parede intestinal; - falta de apetite; - baixa absorção de nutrientes; - osteoporose; - anemia; - perda de peso e desnutrição. • Diagnóstico: - exames TtG, EMA, AGA, biópsia do duodeno (padrão ouro). • Tratamento: dieta com total ausência de glúten #Alergia a proteína do leite - Resposta imunológica. • sinais e sintomas - costumam aparecer de imediato ou em até 2 horas após ingerir o leite – ou derivados. Entretanto, em algumas pessoas eles se manifestam mais tardiamente. - Boca, língua e rosto inchados; - Urticária; - Erupção cutânea; - Vermelhidão; - Coceira na pele e olhos. - Choque anafilático; - Sibilos (som similar a um assobio que ocorre durante a respiração); - Rinite; - Tosse seca; - Vômito; - Dif iculdade para respirar; - Asma ou desconforto respiratório. • Diagnóstico: - padrão ouro: teste respiratório de H2 expirado e biópsia jejunal/duodenal. - IgE alfa-lactoalbumina, IgE beta-lactoalbumina, IgE caseína • Tratamento: dieta sem produtos que tenha leite e derivados. Nota: para os intolerantes à lactose utiliza-se teste de tolerância a lactose. Para isso, tratamento é utilizar lactase oral.
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