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Bioquímica Clínica Aula 1 – Métodos Analíticos em Bioquímica Clínica Profa. Dra. Fernanda P. Gullo Luzente INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE BIOMEDICINA 2024 EMENTA Abordar o funcionamento de diferentes órgãos e doenças que acometem os seres humanos, relacionando-as com a interpretação dos resultados laboratoriais de testes bioquímicos obtidos a partir de diversos materiais biológicos. Profa. Dra. Fernanda Gullo BIOQUÍMICA CLÍNICA Objetivo Geral Fornecer conhecimento e habilidades para que o futuro profissional possa atuar em laboratórios de análises clínicas, na área de Bioquímica Clínica, através de exercício das técnicas de rotina para as determinações bioquímicas dos líquidos biológicos. Avaliar os procedimentos e técnicas utilizadas através da implantação de sistemas de controle de qualidade. Objetivos Específicos Preparar o aluno para discussão da inter-relação entre os metabólitos lipídicos, proteicos e glicídicos, correlacionando com a fisiopatologia dos órgãos comprometidos por intermédio de análise técnica e interpretação dos diversos analitos realizados em laboratório de análises clínicas. Profa. Dra. Fernanda Gullo BIOQUÍMICA CLÍNICA O QUE VAMOS ESTUDAR? • Métodos analíticos: reações colorimétricas e cinéticas com ou sem enzimas. Ensaios imunoenzimáticos, eletroforese e Fotometria. • Perfil Bioquímico do Pâncreas endócrino e exócrino. • Perfil Bioquímico Hepático; • Perfil Bioquímico Lipídico; • Perfil Bioquímico Cardíaco; • Perfil Bioquímico Renal; • Perfil Bioquímico das enfermidades ósseas; • Metabolismo do Ferro; • Perfil funcional tireodiano. Profa. Dra. Fernanda Gullo Bioquímica ClínicaBIOQUÍMICA CLÍNICA Profa. Dra. Fernanda Gullo BIOQUÍMICA CLÍNICA MINHA BIBLIOTECA Responsável por 1/3 das investigações laboratoriais. ➢ Sangue; ➢ Urina; ➢ Aspirado de suco gástrico; ➢ Líquor ➢ Entre outras. ➢ Diagnóstico de patologia; ➢ Exclusão de diagnóstico; ➢ Monitoramento de tratamentos; ➢ Monitoramento do curso da doença; ➢ Estabelecimento do prognóstico; ➢ Triagem Quais amostras podemos analisar na Bioquímica? Por que realizar o diagnóstico bioquímico? Profa. Dra. Fernanda Gullo BIOQUÍMICA CLÍNICA 1. Fase Pré-Analítica 2. Fase Analítica 3. Fase Pós-Analítica Profa. Dra. Fernanda Gullo Bioquímica Clínica Deve-se ter o conhecimento e controle para evitar variações que possam interferir na exatidão dos resultados laboratoriais. A) Orientações ao Paciente: ➢ Necessidade de jejum? Quanto tempo? ➢ Restrição alimentar? ➢ Tipo de amostra a ser coletada ➢ Fornecimento de frasco para coleta ➢ Como fazer a coleta? ➢ Horário da coleta X horário de entrega da amostra ao laboratório B) Coleta: ➢ Quant i d a de a dequa da de amo st ra (Garroteamento e escolha de tubos adequados); ➢ Registro do paciente e amostra; ➢ Escolha do tudo correto (sangue); ➢ Viabilidade da amostra.C) Armazenamento e Transporte: ➢Tempo ➢Refrigeração: 2 a 10º C Profa. Dra. Fernanda Gullo FASE PRÉ-ANALITICA Aumento de Triglicerídeos Aumento de triglicerídeos, amônia, uréia, insulina e glucagon Aumento de secreção de insulina Efeito agudo: Reduz glicemia, aumenta ácido úrico. Efeito crônico: Aumenta triglicerídeos Efeito prolongado: Aumenta Gama-GT, AST, ALT Aumento enzimas musculares (CK, AST e LDH) Aumento de glicose, renina plasmática e catecolaminas. Aumento de ácidos graxos, glicerol livre, entre outros. Quais hábitos do paciente podem interferir em um exame bioquímico? Profa. Dra. Fernanda Gullo FASE PRÉ-ANALITICA Profa. Dra. Fernanda Gullo Qual tipo de tubo usar? Qual a sequencia correta de tubos? Profa. Dra. Fernanda Gullo TIPOS DE AMOSTRAS SANGUINEAS SANGUE TOTAL ➢ Hemoglobina glicada (Usar tubo com EDTA – Roxo ou Cinza) FASE PRÉ-ANALITICA TIPOS DE AMOSTRAS SANGUINEAS SORO ➢ Parte líquida do sangue (Plasma sem fibrinogênio) ➢ Coletar sem anticoagulante ou com ativador de coágulo (vermelho ou amarelo); ➢ Centrifugar após a coagulação. FASE PRÉ-ANALITICA Profa. Dra. Fernanda Gullo TIPOS DE AMOSTRAS SANGUINEAS PLASMA ➢ Uréia, glicose, creatinina ➢ Coletar com anticoagulante (verde) ➢ Obtido após centrifugação FASE PRÉ-ANALITICA Profa. Dra. Fernanda Gullo PROBLEMAS – AMOSTRAS DE SANGUE LIPEMIA ✓ Interferência em métodos colorimétricos ou turbidimétricos; ✓ Elevação triglicerídeos (período pós-prandial ou de forma continua em dislipidemia) ✓ Alteração no aspecto do soro ou plasma, de límpido para grau variado de turbidez. FASE PRÉ-ANALITICA Profa. Dra. Fernanda Gullo PROBLEMAS – AMOSTRAS DE SANGUE HEMÓLISE ✓ Liberação dos constituintes intracelulares para o plasma ou soro; (ruptura de hemácias com liberação de hemoglobina – amostra avermelhada após centrifugação ou sedimentação) ✓ Interferência em resultados de dosagens de alguns analitos; FASE PRÉ-ANALITICA Profa. Dra. Fernanda Gullo ✓ Atender especificações pertinentes ao ensaio; ✓ Programa de calibração / verificação antes do uso; ✓ Operações realizadas por pessoas autorizadas e especializadas; ✓ Registros de incompatibilidades; ✓ Inventário e histórico do equipamento; ✓ Validação de software e integridade dos dados; ✓ POP (manuseio e manutenção); ✓ Reagentes e Insumos; ✓ Calibração e limpeza dos dispositivos de medição e ensaio (vidrarias, pipetas, etc). FASE ANALITICA Profa. Dra. Fernanda Gullo Reações colorimétricas e cinéticas com ou sem coenzimas Ensaios imunoensaios • Elisa • Imunoquimioluminescência Fotometria, Quimioluminescência Eletroforese MÉTODOS ANALÍTICOS FASE ANALITICA – Métodos Profa. Dra. Fernanda Gullo REAÇÕES COLORIMÉTRICAS ✓ Método analítico quantitativo com base na comparação da cor produzida por uma reação química com uma cor padrão. ✓ De acordo com a intensidade da cor produzida, infere-se a concentração do determinado analito (substância que se quer analisar). Dosagem de Uréia NH4 + Salicitado + NaClO nitroprussiato Indofenol azul (COR) Uréia + H2O urease 2NH4 + CO2 FASE ANALITICA – Métodos Profa. Dra. Fernanda Gullo ESPECTROFOTOMETRIA ou FOTOMETRIA Método baseado na medida quantitativa da absorção da luz (comprimentos de onda) pelas soluções. ✓ Método seguro de ser verificar a coloração de uma amostra. ✓ Compara a intensidade de cor com uma cor estabelecida, chamada “branco”. ✓ Branco: solução em que o espectrofotômetro é zerado. FASE ANALITICA – Métodos Profa. Dra. Fernanda Gullo Leitura da Transmitância: Relação entre a quantidade de luz incidente e a quantidade de luz emergente. Leitura da Absorbância: Intensidade de luz absorvida por uma solução colorida. O que é Comprimentos de onda? ▪ Luz branca – mistura de diversas ondas com comprimentos diferentes. ▪ Representado pelo ƛ, medido em nanômetros (nm) e indica a distância medida longitudinal entre dois picos ou vales da onda. ƛ FASE ANALITICA – Métodos Profa. Dra. Fernanda Gullo PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO DA LUZ Lei de Beer [ ] padrão =. [ ] teste Abs padrão. Abs teste [ ]teste = [ ]padrão x Abs teste Abs padrão FASE ANALITICA – Métodos Profa. Dra. Fernanda Gullo PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO DA LUZ Lei de Beer [ ] padrão =. [ ] teste Abs padrão. Abs teste [ ]teste = [ ]padrão x Abs teste Abs padrão FASE ANALITICA – Métodos Profa. Dra. Fernanda Gullo A absorbância da luz é diretamente proporcional à concentração da solução ✓ A atividade da enzima é analisada por meio da reação dela com um composto químico denominado SUBSTRATO, formando um PRODUTO; ✓ Reação acoplada a uma reação colorimétrico; ✓ Leituras sucessivas em intervalos de tempos iguais devem ser feitas. Substrato Analito (enzima) Produto (reação colorimétrico) Geralmente utilizado em reações em que o analito é uma ENZIMA. REAÇÃO ENZIMÁTICA! REAÇÕES CINÉTICAS Profa. Dra. Fernanda Gullo ❑ Quantidade de produto formado/ tempo ❑ Quantidade de substrato consumido / tempo Profa. Dra. Fernanda Gullo REAÇÕES CINÉTICAS ❑ Início: Velocidade da reação aumenta ❑ Final: Velocidade da reação reduz (saturação) Cinética enzimática – estudo da velocidade das reações químicas catalisadas por enzimas. REAÇÕES CINÉTICAS ENZIMÁTICAS Profa. Dra. Fernanda Gullo ❑ A velocidade de formação do produto é medida após um tempo fixo de leitura. ❑ A interrupção da formação do produto ocorre pela adição de um reagente próprio, os INIBIDORES. REAÇÕES CINÉTICAS ENZIMÁTICAS – de Tempo Fixo ou Ponto Final Profa. Dra. Fernanda Gullo ❑ Inibidores Fisiológicos - controle de reações associadas à alterações das condições fisiológicas. ❑ Inibidores Farmacológicos - adicionados para “parar" uma reação (reversíveis ou irreversíveis) INIBIDORES ENZIMÁTICOS REVERSÍVEIS TIPOS DE INIBIDORES ENZIMÁTICOS Profa. Dra. Fernanda Gullo Também conhecidos como INATIVADORES, são substâncias que se ligam fortemente ao substrato, gerando modificações estruturais no sítio de ligação da enzima. INIBIDORES ENZIMÁTICOS IRREVERSÍVEIS Avaliação da velocidade de formação do produto em intervalos de tempo. Exemplo: em 10 minutos REAÇÕES CINÉTICAS ENZIMÁTICAS – Contínua Profa. Dra. Fernanda Gullo ❑ É uma variante da reação cinética contínua. ❑ Nesses casos, faz-se uma leitura aos 30 segundos (serve como branco) e a outra leitura aos 90 segundos; REAÇÕES CINÉTICAS ENZIMÁTICAS – De 2 tempos Profa. Dra. Fernanda Gullo ELETROFORESE Consiste na migração de moléculas ionizadas, de acordo com suas cargas elétricas e pesos moleculares em campo elétrico. ✓Moléculas com carga negativa: migram para pólo positivo (ânodo). ✓Moléculas com carga positiva: migram para pólo negativo (cátodo). O sentido e velocidade de migração é determinado pelo tamanho e carga das moléculas FASE ANALITICA – Métodos Profa. Dra. Fernanda Gullo Profa. Dra. Fernanda Gullo ELETROFORESE ✓Troca de amostras ✓ Erros de pipetagem (pipetas não aferidas) ✓ Vidrarias e recipientes mal higienizados ✓ Reagentes e padrões (contaminados, mal conservados, vencidos, erros no preparo dos reagentes, [ ] errada) ✓ Água (deionizada e destilada) ✓ Presença de interferentes na amostra (medicamentos, lipidemia, hemólise, coagulo, fibrina) ✓ Equipamentos sem manutenção e não calibrados ✓ Não linearidade do método ✓ Valores dos controles fora do limite estabelecido FASE ANALITICA – Erros comuns Profa. Dra. Fernanda Gullo ETAPAS • Cálculos; • Análise de Consistência dos Resultados; • Liberação dos Laudos; • Armazenamento da Amostra do Paciente; • Transmissão e Arquivamento dos Resultados; • Consultoria Técnica. FASE PÓS-ANALITICA Profa. Dra. Fernanda Gullo • Identificação errada do paciente • Transcrição de dados incorreta • Resultado ilegível • Unidades erradas • Não identificação de substâncias interferentes • Especificidade, sensibilidade e precisão dos teste não adequados • Erros na interpretação do resultado e compatibilidade com o quadro clínico Profa. Dra. Fernanda Gullo FASE PÓS-ANALITICA – Erros Comuns Bons estudos!
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