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RESUMO DO ARTIGO PROCEDIMENTOS CLINICOS UTILIZADOS NA ANALISE DA COMPOSIÇÃO CORPORAL.

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ALUNO: VICTOR LUIS CAZELLA CORREIA
RESUMO DO ARTIGO: PROCEDIMENTOS CLINICOS UTILIZADOS NA ANALISE DA COMPOSIÇÃO CORPORAL.
Atualmente as técnicas de bioimpedância elétrica e antropometria são os procedimentos clínicos mais utilizados para monitoramento da composição corporal, sendo menos invasivas e, uma vez que utilizado a metodologia correta, garantem precisão próxima ao que se alcançaria através de procedimentos laboratoriais complexos.
O eixo da técnica de bioimpedância elétrica baseia-se nos diferentes níveis de condução elétrica dos tecidos submetidos a várias frequências de corrente, sendo capaz de determinar a quantidade de água no corpo e a relação de gordura corporal e massa livre de gordura. Para a realizar a avaliação é necessário que o indivíduo realize cuidados prévios como jejum, não fazer uso de diuréticos e não ingerir bebidas alcoólicas. Além disso, roupas, itens de metal, hidratação, ingestão de alimentos e posição a ser executada, podendo ser horizontal ou vertical, influenciam significativamente no resultado da avaliação. A bioimpedância horizontal também conhecida como tetrapolar se resume na colocação de eletrodos emissores distalmente no dorso das mãos e pés e de eletrodos receptores proximalmente também nesses locais, devendo ser fixados nas mãos e pés direitos e o avaliado estar em posição supina, dessa forma esse protocolo diminui os efeitos da gravidade que influenciam no acúmulo de água corporal nos membros inferiores, que ocorre quando em posição ortostática. Nessa posição é realizada a bioimpedância bipolar ou vertical, em que o indivíduo coloca os pés sobre a plataforma que contém eletrodos e nessa posição a corrente elétrica irá passar pelas extremidades inferiores e abdome e fornecer imediatamente a quantidade de gordura em relação ao peso corporal. Conforme o equipamento utilizado pode também ser analisado a região superior do tronco e membros, dessa forma o avaliado deverá segurar o instrumento com os braços estendidos e mãos em cima dos eletrodos. Apesar da praticidade, quando comparada à bioimpedância tetrapolar, percebe-se diferenças relevantes e significativas, em que a BIA vertical costuma não ser tão fiel as medidas de massa livre de gordura, sendo um alerta para a utilização da mesma. 
Apesar da bioimpedância elétrica disponibilizar um parâmetro satisfatório sobre a composição corporal, condições como custo do aparelho, preparação prévia e uso metódico a tornam limitada. Em vista disso a técnica antropométrica é cada vez mais adotada pelos profissionais, sendo simples de aplicar e interpretar por se referir a medidas corporais externas. Dentre os indicadores antropométricos, a medida da espessura das dobras cutâneas é o mais usual. Essas precisam ser feitas em várias regiões para que dessa maneira o capacitado tenha melhor concepção sobre a disposição de gordura no tecido subcutâneo. Assim como na bioimpedância, também existem protocolos padrões dessa técnica para aperfeiçoar a precisão das medidas, como por exemplo, serem feitas as medidas do lado direito, identificar e indicar o local referente à dobra e manter a mesma elevada durante a aferição. A precisão dessa técnica pode variar de acordo com a experiência do avaliador, equipamento utilizado e o reconhecimento do ponto anatômico. Outro método antropométrico amplamente utilizado são as medidas de circunferências, contando com as mesmas vantagens que a medida de dobras, porém não consegue prever a quantidade de gordura corporal visto que não mensura apenas o tecido adiposo. Nessa técnica o avaliador costuma se atentar ao padrão da distribuição de gordura, sendo a razão entre circunferência da cintura e quadris a mais utilizada para identificar o local de predominância da gordura. Outra forma proposta de prever o risco à saúde associado ao maior acúmulo de gordura na região central do corpo é a repetição da relação cintura/estatura. Nesse caso, os valores da razão altura/estatura maior que 0,50 indicam maior incidência de distúrbios cardiometabólicos. A principal vantagem do uso da relação cintura/estatura, se deve ao fato de que, em teoria, essa relação deveria ser mais sensível para analisar padrões de distribuição de gordura.
Equações preditivas que viabilizam a utilização de medidas de dobras cutâneas, tem sido sugeridas como forma de elaborar estimativas sobre a quantidade de gordura no corpo. Essas equações podem ser divididas em dois tipos, generalizadas e específicas. As específicas surfem a partir de informações sobre faixa etária, sexo e níveis de gordura parecidos, portando são empregadas em indivíduos com características semelhantes, já as generalizadas envolvem uma ampla variação em idade e quantidade de gordura corporal. Apesar das específicas validarem medidas mais precisas quando utilizada em um grupo homogêneo, quanto maior sua especificidade menos aplicável ela se torna, por isso as equações generalizadas e originadas a partir de um grupo heterogêneo, com grande diferença em relação a idade e adiposidade, é mais vantajosa.
Dessa forma, é visível que de acordo com a necessidade de precisão de medidas, os procedimentos clínicos citados anteriormente são uma opinião admissível para realizar a análise corporal, sendo as mais recorrente a bioimpedância e a antropometria através de medidas cutâneas. Apesar de serem técnicas similares a bioimpedância se mostra mais confortável e simples por não necessitar de experiência por parte do avaliador e ser menos invasiva ao avaliado. Boa parte das equações voltadas para a análises que abrangem técnicas de BIA e espessuras de dobras são encontrados na literatura, porém como forma de evitar erros acima do esperado, é recomendado o uso de equações vindas de modelos multicompartimentais e que tenha como parâmetro procedimentos laboratoriais.

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