Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
14/03/2018 1 AVALIAÇÃO PEDIÁTRICA Profa. Dra. Cynthia Bedeschi IMPORTANTE • Para melhor colaboração da criança: • Ambiente amigável • Brinquedos • Jaleco ?? • Apresente-se • Explique à família o que irá acontecer e por quanto tempo 14/03/2018 2 IMPORTANTE • Observar o comportamento espontâneo da criança a todo tempo!!! IDENTIFICAÇÃO • Nome • Data de Nascimento • Idade • Sexo • Cor • Naturalidade • Telefone • Profissão • Escolaridade • Hemisfério Dominante • Data da Avaliação • Aluno (nome e RA) 14/03/2018 3 DIAGNÓSTICO MÉDICO DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO • 1 - Plegia ou paresia? • hemi, para, tetra, mono, tri, di • Proporcionada ou desproporcionada? 14/03/2018 4 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO • 2 – Predomínio? • Braquial – em membros superiores • Crural – em membros inferiores • 3 – Caráter? • Proximal • Distal ANAMNESE • História prenatal e perinatal • Antes da concepção? • Idade dos pais • Hábitos e vícios • Gestações prévias • Partos • Abortos • Diminuição súbita dos movimentos fetais – pode ser sinal precoce de acometimento motor 14/03/2018 5 ANAMNESE • História neonatal: • Peso ao nascer • APGAR • Amamentação • Internações – complicações, medicações, VM, alta • Crises convulsivas • Prematuridade – muito baixo peso – alto risco APGAR 14/03/2018 6 APGAR ANAMNESE • Atraso para atingir marcos motores – sugere acometimento neuromuscular • Principal queixa dos pais: falta de movimentação espontânea • DNPM muito rápido pode mascarar deteriorações lentas decorrentes de doenças neurológicas progressivas • Avaliação do DNPM deve considerar interações entre os contextos: alterações cognitivas pode por si só atrasar desenvolvimento motor de habilidades grossas e finas 14/03/2018 7 ANAMNESE • Anamnese deve ser feita com família ou cuidadores • Crianças em idade pré-escolar devem ser encorajadas a fornecerem informações • Pré-adolescentes e adolescentes preferem ressaltar suas aspirações e problemas em privacidade • Mesmo que existam gravações, os responsáveis devem ser encorajados a passar a história da criança por suas próprias palavras – conhecimento e avaliação dos cuidados com a criança ANAMNESE • Alergias • O risco e incidência de crises convulsivas são altos em doenças do SNC • Complicações respiratórias • Ex: disfunção ventilatória central é uma complicação da malformação de Arnold Chiari • Pesadelos, insônia e suores noturnos podem estar relacionados a hipercapnia ou estágios avançados de distrofias musculares • Hipercapnia e apnéia do sono podem ocorrer em acometimentos do SNC 14/03/2018 8 ANAMNESE • Pequenas aspirações ou doenças pulmonares restritivas podem ocorrer devido à deformidades espinhais • Mobilidade restrita da medula e caixa torácica pode estar presentes em espondilite anquilosante e artrite reumatoide juvenil • Dispneia após exercícios físicos podem ser indícios de comprometimento pulmonar em crianças com alterações motoras ANAMNESE • Descompensação cardíaca principalmente direita (pulmonar) pode ocorrer em crianças mais velhas • Arritmias podem ser sinais sem relação com falência cardíaca • Acometimentos da audição e visual são mais comuns em crianças com alterações • Vômitos, cefaléias, irritabilidade ou letargia podem ser sinais prodrômicos de hidrocefalia na mielo ou PC • Cefaléias recorrentes podem ser manifestações de disreflexia autonômica em lesões da medula, em conjunto com distensões da bexiga • Imunizações? 14/03/2018 9 COMPORTAMENTO • O examinador deve perguntar sobre o temperamento e personalidade da criança • “Bebê bonzinho” – pode refletir em crianças que não choram ou dormem mais do que o esperado para sua idade • Choro excessivo • Alterações súbitas de humor – letargia a hiperatividade EDUCAÇÃO E ATIVIDADE SOCIAL • Tipo de educação acadêmica – regular, inclusão, especial, individual • Atividade social • Tempo de lazer 14/03/2018 10 HISTÓRIA FAMILIAR • Outras crianças na família com alterações • Adulto com alterações motoras, deficiências membros ou outras malformações • Consanguinidade • Disfunções genéticas • Dismorfias faciais QUEIXA PRINCIPAL • Levar sempre em consideração!!!! 14/03/2018 11 EXAME FÍSICO • Inicia-se mesmo antes de tocar na criança • Bebês e crianças mais novas: Atenção à separação dos pais no momento da consulta: choro, interesse no ambiente e em brinquedos, alterações visuais e auditivas • Colaboração • Contactuação • Exploração espontânea • Concentração • Vocabulário complexidade da linguagem, qualidade da fala • Interação com o examinador • Toque gentil • Barulhos engraçados ajudam a manter a criança relaxada EXAME FÍSICO • A habilidade em seguir comandos simples e complexos indica linguagem receptiva preservada mesmo quando não há verbalização • As crianças podem – em substituição à fala: • Chorar • Apontar • Sorrir • Vocalizar 14/03/2018 12 EXAME FÍSICO • Atraso no desenvolvimento da comunicação pode significar: • 1 – alteração da linguagem nos domínios de recepção e expressão • 2 – Disfunção motora oral que interfere na produção de fala • 3 – alteração significativa da audição EXAME FÍSICO • Acometimento motor oral está associado à PC, em especial tipos espástico e discinético • Audição está intimamente relacionada ao desenvolvimento da fala • Balbuciar – característica inata dos bebês, independente da linguagem falada • Crianças com alterações auditivas começam a cair para trás após 6 a 8 meses – aprendizado da vocalização dependente da audição 14/03/2018 13 INSPEÇÃO • Idade pré-escolar: dar opções de escolha aumenta o engajamento (“vamos olhar seu braço ou perna agora?”) • INSPEÇÃO • Deformidades faciais • Malformações orelhas, dedos, artelhos – sugerem acometimento prenatal • Diminuição dos cabelos na porção posterior do crânio sugere fraqueza muscular cervical INSPEÇÃO • Fraqueza língua • Movimentos involuntários dos olhos – nistagmo • Ulcerações de pele • Deformidades em valgo ou varo • Pseudohipertrofias – comum em distrofias musculares 14/03/2018 14 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO • Inspeção e palpação de ossos, tecidos, músculos e articulações • Esta constituição altera-se ao longo dos anos • Mensurar ADM passiva e ativa • Bebês: podem apresentar limitações em extensão de cotovelo (+- 25º) devido ao predomínio do tônus extensor, e limitação de 30º em extensão de quadril até 6 meses • Hipotonia pode favorecer hiperextensão SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO • Ao nascimento e logo após – rotação externa mais evidente que rotação interna • Diferenças entre abdução de quadril, aparente encurtamento de um MI sugere anomalias congênitas, como displasia • Configuração fetal em crianças com alterações físicas que não deambulam favorecem efeitos maléficos na articulação do quadril, contribuindo para deslocamentos de quadril na mielo ou PC. 14/03/2018 15 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO • Ângulo poplíteo: 180º em prematuros hipotônicos e 90º em bebês a termo • Combinação do tônus flexor e retroversão proximal da tíbia causa limitação na extensão de joelho – resolução espontânea aos 10 anos SINAIS VITAIS • Em crianças com atraso no DNPM, sopro cardíaco pode sugerir alguma síndrome 14/03/2018 16 AVALIÇÃO RESPIRATÓRIA • AP (MV + (global, apical, basal), sem ruídos adventícios OU com roncos, sibilos, estertores crepitantes... qual localização?) • • Padrão Respiratório (Eupneico, Taquipneico, Bradipneico) • • Tipo Respiratório (Apical, Abdominal, Misto) • • Expansibilidade Torácica (Preservada ou Diminuída) MOBILIZAÇÃO ATIVA / PASSIVA • ADM • Apresenta diminuição da ADM em quais articulações? • Esta é limitante? • É intensa, moderada ou discreta? • • ENCURTAMENTOS MUSCULARES • Apresenta encurtamentos em quais grupos musculares? • Avaliar seguintes grupos musculares das seguintes regiões: ombro; cotovelo; punho; dedos; quadril; joelho; tornozelo; tronco 14/03/2018 17 TÔNUS MUSCULAR • Em crianças recém nascidas e maisnovas, o nível de alerta, atividades podem influenciar o tônus • Primeiros cinco meses de vida – tônus flexor predomina • Hipertonia – lesão trato córtico-espinhal ou núcleos da base • Hipotonia – alterações cerebelares, miopatias, lesões do neurônio motor inferior, neuropatias, mielomeningocele, ou estados prévios de lesões isquêmicas perinatais – este estágio leva mais tempo em PC discinéticas MOBILIZAÇÃO ATIVA / PASSIVA • • TÔNUS MUSCULAR • • - Palpação • • - Alongamento passivo • Apresenta tônus muscular preservado, hipotonia, ou hipertonia? • Em quais os grupos musculares? • - UTILIZAR ESCALA DE ASHWORT MODIFICADA • Avaliar seguintes grupos musculares das seguintes regiões: ombro; cotovelo; punho; dedos; quadril; joelho; tornozelo; tronco 14/03/2018 18 REFLEXOS • BICCIPITAL 14/03/2018 19 REFLEXOS • TRICIPITAL REFLEXOS • ESTILORRADIAL 14/03/2018 20 REFLEXOS • PATELAR REFLEXOS • ADUTOR 14/03/2018 21 REFLEXOS • AQUILEU REFLEXOS • Seguir: • 0 ausente • + hiporeflexia • ++ normoreflexia • +++ hiperreflexia • ++++ hiperreflexia com aumento da área reflexógena • • NO (não obtido – justificar!!) • 14/03/2018 22 REFLEXOS • BABINSKI REFLEXOS • CLÔNUS 14/03/2018 23 REFLEXOS • Reflexos primários infantis: Sucção; Olhos de Boneca; Galant; Extensão Cruzada; Quatro Pontos Cardeais; Marcha Automática; Preensão Palmar e Plantar; RTCA; RTCS; RTL; Moro; Apoio Positivo; Landau • Seguir: NO (não obtido); (0) ausente; (+) presente 14/03/2018 24 SENSIBILIDADE • Apenas em crianças mais velhas • Mover o membro diante de uma picada denota sensibilidade a dor • Não confundir reflexo de retirada com sensação real • Negligência e monitoramento visual de MMSS e MMII podem ser sugestivos de alterações sensoriais • Objetos atrativos e luz brilhante para campo visual • Auditiva: bater palmas, sussurrar ou falar alto, sino, brinquedos • SENSIBILIDADE • SENSIBILIDADE PROPRIOCEPTIVA: • Colocar a criança em posição desconfortável 14/03/2018 25 FORÇA MUSCULAR • ANÁLISE SUBJETIVA DA MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA DA CRIANÇA! • Observação durante o desempenho de atividades funcionais para detectar fraqueza muscular deve-se considerar a idade da criança e as conquistas esperadas para cada estágio de desenvolvimento • Observação – marcha digitígrada, sentar sem utilizar MMSS • Trendelenburg – após 4 anos de idade – estabilidade pélvica • Importante comparar com hemicorpos FORÇA MUSCULAR • ANÁLISE SUBJETIVA DA MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA DA CRIANÇA! • Escala de Kendal – crianças em idade escolar – exceção alterações sérias de comportamento ou mentais • Para lesões MNS – considerar posição da cabeça e grandes articulações – podem afetar o recrutamento das unidades motoras e produzir padrões de movimentos sinérgicos. 14/03/2018 26 COORDENAÇÃO MOTORA • Sinal comum de alteração central – incoordenação motora • Observação da motricidade fina e grossa • Comparação entre os hemicorpos • Tarefas globais: bater palmas, pular, imitação de gestos FUNCIONALIDADE • 4 grandes áreas da função: • Linguagem – ler, escrever, soletrar, argumentar, desenhar, resolver problemas • Habilidades motoras finas e adaptativas • Habilidades motoras grossas • Comportamento social 14/03/2018 27 TROCAS POSTURAIS / TRANSFERÊNCIAS • Avalia a capacidade em assumir e manter posturas em condições estáticas e dinâmicas; capacidade em se locomover. • • POSTURAS: • Decúbito dorsal (DD) • Decúbito lateral (DL) • Decúbito ventral (DV) • Sedestação • Gato • Ajoelhado • Semi-ajoelhado • Bipedestação TROCAS POSTURAIS / TRANSFERÊNCIAS • Descrever detalhadamente cada postura seguindo a orientação: • 1 - Assume independentemente? Se sim, como o paciente realiza a aquisição postural? Se não, por que o paciente não assume esta postura? • 2 – Mantém a postura adequadamente? Se sim, como o paciente mantém a postura? (detalhar posicionamento). Se não, por que o paciente não mantém a postura? O que ocorre perante os desequilíbrios? Quais desequilíbrios são piores, o anterior, posterior ou látero-lateral? (avaliar ajustes posturais compensatórios) • 3 – Realiza atividades na postura? Se sim, como o paciente realiza estas atividades? Se não, por que o paciente não realiza? O que ocorre? (avaliar ajustes posturais antecipatórios) • • 14/03/2018 28 MARCHA • Até 3 anos – andar em linha reta • Após 3 anos – marcha tandem • Comprimento do passo assimétrico • Marcha em tesoura e outras patológicas • Descarga de peso na hemiparesia • Trendelenburg gait • Ataxias • Tremores • Discinesias CONCLUSÃO • O seu paciente é independente, parcialmente dependente ou totalmente dependente para aquisição de posturas e realização de AVDs? Por que? • Quais os sinais e manifestações de cunho neurológico que influenciam estas manifestações comportamentais? • Alterações de tônus? Reflexos? Força muscular? Cognição? Ajustes posturais? Doença de base? Atraso no DNPM?... • • EXEMPLO: “Paciente J.V, X anos, com diagnóstico médico de W e diagnóstico fisioterapêutico de Y. O paciente em questão é parcialmente dependente para aquisição de posturas (principalmente posturas altas a partir da sedestação) e realização de AVDs devido à.....” • Importante: A conclusão não é um resumo da avaliação! 14/03/2018 29 OBJETIVOS E CONDUTAS • - TRAÇAR 01 (UM) OBJETIVO FUNCIONAL • • - Traçar objetivos específicos ao objetivo funcional citado • • - Planejar a conduta de acordo com seus objetivos • Descrever detalhadamente seu programa de tratamento fisioterapêutico!!! • OBRIGADA!!
Compartilhar