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Aula 2 - A Evolucao do pensamento em Geopolitica - Parte 1

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2. A evolução do pensamento em Geopolítica
2.1. Geopolítica Clássica
2.1. Geopolítica Clássica
• A disciplina de Geopolítica divide-se em duas 
tendências: 
– a Geopolítica Clássica (De Ratzel (1897) até os anos 1970) 
e a 
– Nova Geopolítica (a partir de 1970). 
• Na Geopolítica Clássica, o espaço é visto como um 
instrumento de hegemonia e de poder. O poder torna-
se instrumento para a gestão da preservação do espaço 
territorial. 
1. Rudolf Kjellén
Foi quem cunhou o termo geopolítica em 1905. Ao 
pretender renovar a ciência política e inserir o 
nacionalismo como um de seus modos de 
manifestação, vislumbrou quatro elementos como 
elaboradores do Estado: território, economia, 
sociedade e governo.
A política teria cinco “dedos” ou estudos: a 
geopolítica (território), a demopolítica (povo, raças), a 
ecopolítica (atividade econômica e política), a 
sociopolítica (sociedade) e a cratopolítica (governo).
Na obra – O Estado como forma de vida (1916) – ele 
define a geopolítica como “a ciência do Estado 
como organismo geográfico”.
(1864-1922)
2.1. Geopolítica Clássica - autores clássicos
2. Alfred MAHAN - (Almirante norte Americano)
Principal nome da estratégia naval. Enfatizou o poder 
marítimo (controle dos mares ou das rotas de comércio);
Obra principal: The influence of Sea Power upon History
(1890).
Influenciou a política externa e as forças armadas dos EUA 
no final do séc. XIX e início do XX (ex: Canal do Panamá);
Apresentou seus conceitos de Teoria do Poder Marítimo 
analisando o progresso do poder marítimo de grandes 
potências e as batalhas da Inglaterra contra a França e 
Holanda e concluiu que o controle de áreas marítimas tinha 
papel decisivo em todas as guerras desde o séc. XVII.
“Aquele que comanda o mar, comanda todas as coisas”.
(1840-1914)
2.1. Geopolítica Clássica - autores clássicos
Canal do Panamá
• A passagem mais curta, mais rápida e mais segura para a Costa Oeste dos Estados 
Unidos e para os países banhados pelo Pacífico, permitiu que essas regiões se 
tornassem mais integradas à economia mundial. O tempo aproximado para cruzar o 
canal varia entre 20 e 30 horas. Antes de existir, as embarcações tinham que viajar 20 
mil quilômetros até contornar a extremidade sul da América do Sul.
• Inaugurado em 1914 o canal 
com 77,1 Km foi criado para 
conectar o Oceano Atlântico 
ao Pacífico — visando facilitar 
o comércio marítimo 
internacional — a construção 
foi iniciada pelos franceses 
em 1881. Contudo, devido a 
uma série de problemas de 
engenharia e ao grande 
número de vítimas (cerca de 
20 mil morreram) por conta de 
doenças tropicais, as obras 
foram paralisadas até que, em 
1904, os EUA assumiram os 
trabalhos. 
Canal do Panamá (USA X Colômbia)
• Theodore Roosevelt estava convencido de que os EUAs podiam terminar o 
projeto. Sabia que o controle da passagem seria de uma importância militar e 
econômica considerável.
• Na época, o Panamá fazia parte da Colômbia. Roosevelt começou as 
negociações para obter a permissão necessária. Em 1903, foi assinado 
o Tratado Hay-Herran dois países, mas o senado colombiano não o ratificou. 
No que foi então, e ainda hoje é, um movimento polêmico. Roosevelt deu a 
entender aos rebeldes panamenhos que, se eles se revoltassem contra a 
Colômbia, a marinha estadunidense apoiaria a causa de independência 
panamenha. 
• Assim, o Panamá proclamou sua independência em 03.11.1903. Muitos 
argumentam que o medo de uma guerra contra os EUA obrigou os colombianos 
a evitar uma oposição séria ao movimento de independência. 
• Os panamenhos vitoriosos devolveram o favor a Roosevelt permitindo aos EUAs
o controle do canal em 23.02.1904 por US$ 10 milhões (como previsto 
no Tratado Hay-Bunau-Varilla, assinado em 18.11.1903) e de uma renda anual 
de 250 mil dólares a partir de 1913. Em 1977 os termos do tratado foram 
revistos, e o Panamá passou a controlar o canal a partir de 31.12.1999.
3. Halford MACKINDER (geógrafo e estrategista 
britânico)
Principal teórico da geopolítica clássica, via a 
Geografia como Pivot (base) da História. Na 
configuração de cenários políticos ele foi o 
mais proeminente.
Criou os conceitos de Heartland (terra-coração), 
World Island (ilha mundial) e outros, enfatizando 
o poderio terrestre (a guerra no solo, o controle 
de áreas geoestratégicas na Europa central). Na 
obra, The Geographical Pivot of History (1904), 
formulou a Teoria do Heartland, que influenciaria 
a política externa das potências mundiais desde 
então.
(1861-1947) 
2.1. Geopolítica Clássica - autores clássicos
Sua teoria política do pivô geográfico da 
história, mais conhecida como Teoria do 
Poder Terrestre, dividia o mundo em três 
grandes áreas: 
(1) a Ilha Mundial (Europa, Ásia e África, 
ligados pelos Montes Urais e pelo istmo de Suez), 
abrangendo a maior parte do poder da terra; 
(2) as Ilhas do Exterior (Américas e 
Austrália); e 
(3) a massa líquida (oceanos).
(1861-1947) 
2.1. Geopolítica Clássica - autores clássicos
• Para Mackinder, o Heartland se localizaria no centro da Eurásia
(Europa + Asia), estendendo-se do Volga (mais longo rio da 
Europa) ao Yangtzé (Mar da China Oriental) e do Himalaia ao 
Ártico. Tal região foi controlada principalmente pelo Império 
Russo, posteriormente pela União Soviética.
• Inclui a noção de que esta é uma vasta região com grande quantidade e 
diversidade de recursos naturais, que vão das grandes florestas e grandes 
planícies e estepes do centro da Eurásia, até os ricos campos ucranianos e as 
grandes reservas petrolíferas do Mar Cáspio (Banha a Rússia, o Azerbaijão, 
o Turquemenistão, o Cazaquistão e o Irã, com as estepes da Ásia Central ao 
norte e a leste).
• As disputas pelo controle do Heartland estariam no centro da Geopolítica 
global, na interpretação de Mackinder, pois o Estado que controlasse todo o 
Heartland poderia tentar obter saídas para mares abertos e tornar-se uma 
potência anfíbia que poderia dominar o que ele denominava Ilha Mundo 
(World Island). 
• Dominando a Ilha Mundo este Estado decidiria os rumos da política mundial. 
Assim, as recomendações de Mackinder para a Inglaterra, às vésperas da I 
Guerra Mundial, eram no sentido de garantir uma aliança entre a potência 
que dominava o Heartland (Rússia), contra a maior potência industrial da 
Europa, que buscava controlar os recursos do Heartland, a Alemanha.
Conceito de Heartland
• Entre as causas da guerra inclui-se as políticas imperialistas estrangeiras das 
grandes potências da Europa, como o Império Alemão, o Império Austro-
Húngaro, o Império Otomano Turquia), o Império Russo, o Império Britânico, 
a Terceira República Francesa e a Itália. 
• Em 28.07.1914, o assassinato do arquiduque Francisco Fernando da 
Áustria, o herdeiro do trono da Áustria-Hungria, pelo nacionalista 
iugoslavo Gavrilo Princip, em Sarajevo, na Bósnia, foi o gatilho imediato da 
guerra.
• Diversas alianças formadas ao longo das décadas anteriores foram invocadas, 
assim, dentro de algumas semanas, as grandes potências estavam em 
guerra; através de suas colônias, o conflito logo se espalhou ao redor do 
planeta.
• Mais de 9 milhões de combatentes foram mortos. Foi o sexto conflito mais 
mortal na história da humanidade e que posteriormente abriu caminho para 
várias mudanças políticas, como revoluções em muitas das nações 
envolvidas.
Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918)
• Até o final da guerra, quatro grandes potências imperiais — os impérios Alemão, 
Russo, Austro-Húngaro e Otomano — deixaram de existir. Os Estados 
sucessores dos dois primeiros perderam uma grande quantidade de seu 
território, enquanto os dois últimos foram completamente desmontados. O mapa 
da Europa central foi redesenhado em vários países menores.
• O nacionalismo europeu provocado pela guerra, a separação dos impérios, as 
repercussões da derrota da Alemanha e os problemas com o Tratado de 
Versalhes foram fatores que contribuíram para o início da Segunda Guerra 
Mundial.
Primeira Guerra 
Mundial (1914 a 1918)Mapa 2 – A Europa entre 
as duas guerras
Desapareceram os três 
impérios europeus: o alemão, 
o austro-húngaro e o russo, 
que dividiam entre si o território 
polaco. A Polónia conquista a 
sua independência após 123 
anos de dominação, sendo o seu 
território redefinido. A Alemanha 
perde a Alsácia e a Lorena 
para a França. A Renânia é 
desmilitarizada e o Sarre, 
passa a ser governado, por um 
período de 15 anos, pela 
Sociedade das Nações, sendo 
as suas minas de carvão 
cedidas à França. Na Europa 
Central surgem os novos 
estados da Checoslováquia, Fi
nlândia, Letónia, Lituânia, Estó
nia e Jugoslávia, tendo-se 
redesenhado o mapa da Áustria 
e da Hungria.
4. Karl HAUSHOFER (general aposentado)
Tornou-se o nome mais conhecido da geopolítica clássica, 
devido ao uso de suas idéias pela política expansionista 
da Alemanha nazista e pela revista Zeitschrft für
Geopolitik, por ele editada entre 1924 a 1944, na qual
repercutia as idéias de “raça [ariana] superior”.
Identificado com a idéia de Espaço vital ou “ Espaço 
é Poder”;
Uso de conceitos de Mahan e principalmente de 
Mackinder com vistas ao poderio alemão e uma 
(nova) ordem mundial ideal.
2.1. Geopolítica Clássica - autores clássicos
(1869-1946)
Geopolítica Alemã 
A geopolítica alemã surgiu como uma reação ao Tratado de Versalhes, ou 
seja, à derrota alemã na Primeira Guerra Mundial. Além disso, a coesão social 
obtida por Bismarck tinha sido rompida. A então República de Weimar
conhecia uma acirrada luta de classes, com ameaças dos comunistas, da 
aristocracia conservadora e dos racistas nacionalistas. O desemprego era 
grande, e a inflação elevadíssima.
Nesse contexto, Haushofer por meio da Revista de Geopolítica, apregoou um 
desmanche no Tratado de Versalhes, uma restauração dos territórios perdidos 
(Alsácia, Lorena, Renânia e o Sarre) e uma reconstrução da Alemanha 
que se tornaria numa potência mundial. Tudo apoiado em pretensas leis 
científicas e princípios geopolíticos. As pan-regiões, idealizadas seriam áreas 
que permitiriam a realização do ideal de uma nova ordem mundial. 
Discriminou quatro pan-regiões: 
1. Pan-América, liderada pelos Estados Unidos, 
2. Pan-Euráfrica, liderada pela Alemanha, 
3. Pan-Rússia, liderada pela União Soviética, e 
4. Pan-Ásia, liderada pelo Japão 
Geopolítica Alemã 
A geopolítica alemã surgiu como uma reação ao Tratado de Versalhes, ou 
seja, à derrota alemã na Primeira Guerra Mundial. Além disso, a coesão social 
obtida por Bismarck tinha sido rompida. A então República de Weimar
conhecia uma acirrada luta de classes, com ameaças dos comunistas, da 
aristocracia conservadora e dos racistas nacionalistas. O desemprego era 
grande, e a inflação elevadíssima.
Nesse contexto, Haushofer por meio da Revista de Geopolítica, apregoou um 
desmanche no Tratado de Versalhes, uma restauração dos territórios perdidos 
(Alsácia, Lorena, Renânia e o Sarre) e uma reconstrução da Alemanha 
que se tornaria numa potência mundial. Tudo apoiado em pretensas leis 
científicas e princípios geopolíticos. As pan-regiões, idealizadas seriam áreas 
que permitiriam a realização do ideal de uma nova ordem mundial. 
Discriminou quatro pan-regiões: 
1. Pan-América, liderada pelos Estados Unidos, 
2. Pan-Euráfrica, liderada pela Alemanha, 
3. Pan-Rússia, liderada pela União Soviética, e 
4. Pan-Ásia, liderada pelo Japão 
5. Nicholas John SPYKMAN (holandês naturalizado norte-
americano)
Em 1942 apresentou sua teoria, considerando que a 
base geográfica de um Estado exercia relevante 
influência em sua política externa. Para ele, as 
seguintes características influiriam, de forma direta, 
no planejamento estratégico e político: a extensão 
territorial, a densidade populacional, a organização 
econômica, os recursos naturais, a localização 
geográfica (em relação aos centros de poder, às 
zonas de conflito e às principais rotas oceânicas) e a 
inter-relação com outros Estados..
Autor da obra America’s Strategy and World Politics (The
United States and the Balance of Power).
2.1. Geopolítica Clássica - autores clássicos
(1893-1943 )
2.1. Geopolítica Clássica - autores clássicos
(1893-1943 )
Spykman contrapôs ao princípio mackinderiano de 
controle do Heartland o princípio da contenção do 
Rimland (região das fímbrias = franja, orla), que 
abrangeria as faixas marginais e mediterrâneas da 
Eurásia. Compunha, desta forma, o acesso marítimo 
que integrava a Ilha Mundo em termos de poder 
marítimo. 
Por apresentar uma frente marítima e outra continental, 
o Rimland teria a possibilidade de realizar ações tanto 
ofensivas, como defensivas, por terra ou pelo mar. A 
política de segurança na Eurásia deveria adotar, 
portanto, o seguinte lema: “Quem controlar os 
espaços periféricos – o Rimland – , dominará a 
Eurásia; quem dominar a Eurásia, controlará os 
destinos do mundo”. 
6. Giulio DOUHET (general italiano )
Utilizando como argumento o fator emocional em suas 
avaliações geopolíticas, apresentou o bombardeio intenso 
dos centros vitais do inimigo e a ofensiva aérea como ações 
relevantes para abaixar o moral da população inimiga e, 
conseqüentemente, sua vontade de prosseguir lutando. 
Defendia que o poderio aéreo deveria decidir a guerra no 
futuro. 
“A arma aérea, a arma suprema, podia ela só irromper 
sobre os inimigos e obter a decisão, atacando em massa 
os centros vitais do adversário”.
2.1. Geopolítica Clássica - autores clássicos
(1869-1930)
Exército e a Marinha não deveriam considerar a 
Aeronáutica somente como um meio auxiliar, 
mas verdadeiramente como uma terceira 
força armada. Com a sua teoria, surgiu o 
conceito de domínio do espaço aéreo, no qual 
a conquista do domínio do ar é um requisito 
indispensável para realizar, com vantagem, as 
operações de guerra no terreno e no mar.
2.1. Geopolítica Clássica - autores clássicos
(1869-1930)
5. Alexander SEVERSKY (piloto naval russo, 
naturalizado norte-americano)
Deu continuidade aos estudos de Douhet e arquitetou uma 
força aérea independente das forças terrestres e navais, 
com aviões de grande raio de ação e bases de apoio nas 
costas próximas às principais rotas oceânicas.
Sobre uma carta geográfica, de projeção azimutal 
equidistante e centrada no pólo Norte, dividiu o globo 
terrestre em duas grandes áreas de domínio aéreo: uma 
dos Estados Unidos e outra da União Soviética. A área de 
sobreposição dos dois domínios, que envolvia quase todo o 
hemisfério norte, foi denominada “área de decisão”. 
Segundo Seversky, para sua segurança, os Estados Unidos 
deveriam manter o predomínio nessa área.
2.1. Geopolítica Clássica - autores clássicos
(1894-1974)
Causas da Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945)
• O Tratado de Versalhes pode ser visto como a causa indireta mais 
importante para o início da guerra. Culpando apenas a Alemanha e os seus 
Aliados pela Primeira Guerra Mundial, o tratado impôs, além de intensos 
pagamentos por parte da Alemanha aos Aliados, aplicando um forte golpe 
na economia do país e elevando a inflação a índices astronômicos, um 
irrecuperável sentimento de humilhação para os cidadãos alemães.
• A preocupação primária de Hitler durante esse período foi com a 
necessidade alemã de Lebensraum, ou seja, de espaço vital. Se o país 
devia passar de nação de segunda categoria para grande potência mundial, 
necessitava de espaço para se expandir. Se precisava comportar uma 
população em rápido crescimento e exigindo prosperidade, necessitava de 
terras para cultivo e matérias-primas para energia e indústria.
• Na verdade, o que as potências imperialistas - particularmente a Alemanha, 
o Japão, os Estados Unidos e a União Soviética - buscavam conquistar, com 
a guerra, política e economicamente, continentes inteiros, como etapa 
preliminar à conquista da hegemonia mundial, mediante a combinação de 
força militar e superioridade econômica. (Ernst Mandel)
O que há de comum nos geopolíticos clássicos 
(Kjellén, Mahan, Mackinder, Haushofer e outros)? 
1. Ênfase no poderiomilitar, na guerra e na(s) grande(s) 
potência(s) mundial(is);
2. Preocupações com o “seu” Estado nacional e com o 
fortalecimento dele;
3. Criação de idéias (ou melhor, projetos) estratégicas e 
pragmáticas que sempre têm o Estado como sujeito;
4. Visão geoestratégica do poder, ou seja, não diferenciação 
entre Geopolítica e Geoestratégia.

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