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Maria Luisa Siquier de Ocampo, Maria Esther Garáa Arzeno, Elza Grassano de Piccolo e colaboradores O PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO E AS TÉCNICAS PROJETIVAS T'"'11~üo .>.'IIUJ\.\I m:lV."~Zl>'i\l.8 - tmm, WIS WW.20 RW[AA ~ umif martinsfontes s.,c.o o~ .f:a, .... ,..,,,,... ...................... ,...,,~.-- tA) rt0~uw»T(7ff&.1)·a r11DCCJOl'SIC'Q(ll.~·óqrn ,_..._J ·'-~,,,,,,.,."'"" ~C'~•'--W....S.4.IC..._,.~ ,m ("~ICl/i-•I ,-.,.,......_,~F.,..._l.lill, )4, ,-,.. ,_...,,,__ ..... ,:.._ .... , 11!~:....0, .::~"'' anWe._. r..~~<I --,,__...,..._, ---(",.,....11,.. .... --~J ll.... Elllt,nd OadM .. , • • ·~-~.a:PJ .U...'"6h••hN..~ ..... s....- & Oc:air \twtl. l.- ôr-ie-o ,o~ .. ~..,.,.... ..... w.. t...iN ,,, .... *OCaafw' \W,Íll,....(laM,.._,.I..Jd~· Pla,rile~ .11: ....... ,..m.d~.~ --..i-1..-z1t•-- -· ,,. g.,-.. ....... .,... ...... ,...._.. C..à,, ...... ,-.e t&rlpl ~....-.,.i...m.....,,.«~•)dPfll)Ol'IICl>I'\~ - ,11a., "li.S-,rt.-lJ."'·' 1 P 5 7 :.1~"'°~"·' <i-*' "'-,Mo. na t;aaa. U. Gnamodr ,,_.,._ D.ta.. D. bua. L-. ......,.__ Jl;l'lllllla\s.Are (Tl().A 16.L ....0, ~ .... ~~ ............... -~ ... ~ e.....~ •16.t",Qi~ =~~~~ r".e.:. ......... •i•JN ) ,~ ~ ~0-Nlfâ.• ,~ d F.,.,. WlJI- V... F,,,.. LIM.. r,ff{ l.Nnt ,:..,..., dr~ •• IJJ 0/J~!JJO ~ Ptud,; ~~ &...Jlil r,. ,ins!9J~JSIJ ra,11~J1r,1 tí>I? .-,J,.,ffAl/t~l~J,,r ltlq,.~IA_,,,,_t,,....!Li:aiw Índice Prefácio l Capitulo l O pro~CiS() psicodiagnósrico María L S. de Oc,,mpn e M~ri~ E Garçia Arzeno J Capítulo li A ,mtre,•i~ta inicial ~laría l. S. de Ornmpo e Maria E. GaTCia Arzeno 15 Copítldo Ili E,,treristas para o apli~ação de 1esres \faria L. S. de Ocampo e Maria E Garcia Arzeno 4"' Capitulo/V O qurnionário desidertlli>'O 63 1. força e.fruque::a da ule1111dade ,w te,te des1dera111'0 Maria L. S. de <>campo e Maria E. Garcia Ao.eno 65 :!. FaJJJasia,, de morre ,w teste de.s1deramv, Hebe Fricdenthal e Maria L. S. de Ocampo 87 J. Índices d1agnó11icos e prog11ós11cos no teste desideronvo a partir ckJ estudo das defesas Maria C de Schust e Elza Gra~sano de Piccolo 95 4. Identificação proje11m e meca,rismos esquizó1des no teste desideratíW) Alberto Brodesi-')', Nidia Madanes e Diana Rabinovtcb l/ 3 Capítr1fo V O tene de relaçiiõ objetais de Herb«t Phillipson Maria L S. de Ocampo e \1aria E. García Arzeno / 19 CapúuJo VI O teste de a~rcepção infantil (CA. T.J de l. e S. BcllaJ. / "'li Guia de imerpretaçõo do teste de apercepçôt) infOlllil {C.A.r-AJ de L. Bellak Sara Baringoltz de Hirsch J 81 Capftulo Vil A /wra de jogo diagnóstica 205 /. A hora de ;ogo dragnthrica Ana Maria Efroo. Esther fainberg. Yolanda Klemer. Ana María Siga! e Pola Woscoboinik 10i :!. Por um mQ<Íe/o e:.rn1rurol da hora de jogo diagnóstica Analia Kornhlit 139 Capitulo Vlll O, tesies gráficos 153 Defesas 110s tesres gráficos Elza Grassano de Piccolo 155 Capitulo/X A c11trevista de devolução de infnrmação 381 J. Det-oluçào de infomwçiio ,w processo psicodingnastico Maria L. S. de Ocampo e '\faria E. García Aoeno 381 ?. Técnica de dewJ/uçâQ em casal 'lorberto '\1ario Ferrer e Elida Esther Fernàndez JIJ7 Capitulo X O i11/on11e psicológico 441 O infom,e ps,cológico: exemplificação arra~is de um caso Renata Frank de \~rthdyi #J Capítulo XI Indicadores para a recomendação de terapia bre1-e atraídos da e11tm·isra dt derolução Mari3 L. S. de Ocrunpo e Maria E. Garda Arzeno 475 C'1piru/o XII .-ts técnicas projecfras no diag116Slico das dificuldades k aprendi;JJgein Bianca E. Edelberg de Tamopolsky 48i C'1pirulo XIII O ensino do psícodiagn6slico 517 Uma experiê11cia no ensino do psicodiagnósric.o. Técnica do ··ro/e-pÚI)-ing · Enza M. Appiani, Esllie1 Fai111J.!1g. '.\faria E. M1..-Guin: de Llaur6 e Yolanda KJemer 519 Capítulo l O processo psicodiagnóstico CaracJUizaçw. {}t,jetiwJ..<. Momenro, do Processo. Enquadmme,uo. \ faria L. S de Ocampo e \.faria E. G3rcfa Arzeno A concepção do processo psicodiagnósrico, tal como o postulamos nesta obra. é relativamente no,-a. T radictonalmente era considerado .. a partir de fora". como uma situação em que o psicólogo aplica wn teste em alguém, e era nestes termos que se fazia o encaminhamento. Em alguns casos especificava-se, mclus1ve. que teste, ou testes.. se de,,e- ria aplicar. A indicação era formulada então como ·fazer um Rorschach·· ou ~:.phcar um des,derau,o-- em alguém. De ouuo ponto de vista. "a pamr de denuo•·. o psicólogo tradicmnalmente sentia sua tarefa como o cumprimento de uma ..oi ici1.ação com a:, cara.:1eriS1Jcas de uma demanda a ,e,- ,..~tisfeita seguindo os passo, e utili7.ando os instrumentos indi- CJdo. por outros (psiquiatra. psicanalista. pediatra. neurolo- gista. etc.). O objetivo fundamental de seu contato com o pa- <:tCnh: cra. então. a investigação do qu.: este fa.: diante dos Cl,JÍ- ,..,u los apresentados. Deste modo. o psicólogo atuava como al- guém que aprendeu. o melhor que pôde. a aplicar um teste. O pacie,ite, por s.:u lado. representava alguém cuja presença é -nprcscindi,el; alguém de quem se ~era que colabore docil- -iente. mas que só interessa como objeto parcial. isto é, como aquele que de, e fazer o Rorscbach ou o Teste das Duas ~ oas . Tudo que se desviasse deste propósito ou interferisse 6 em seu suces,o era consid.:rado como uma perturbação que afeta e complic.i o tmbalho. Ternunad:I a aplica.;!o do úl1tmo teste. em gemi. ~ d13-sc o paciente e enviava-se ao remetente um informe elabo- rado COTD enfoque atomit.aJo. isto e, 11 .. .,,tc por tel>t.: e com uma ampla gama de deulhes. a pomo de indmr. cm algun, casos, o protocolo de n:g1ruo d<» t,:;,1.es aplicado,, sem IC\-ar cm coou qu.: o profissio1ul remetente não tmh:i conhecuncntos espcc1 fico, ,uficicn1c, rara extrair alguma mfonnaçio uul de todo e;ic m.i.1.cnal. G1c tipo de mfonnc p,1,ológfoo f1111Ciona coll'O uma prestação de conw. do psrcólogo ao outro pcofissional. que é ,colido como um ,.ipcrego c,u~cnte e inqui,idor. Atr:h des.._<e desejo de mostrar dctalhad3mentc o que aconteceu com: ',CU pactent, e ele. csconJ..:--.c uma grande in~'llr-Jnça. fruto de SWl frágil idenudade profi,sronal. Surge. em.lo. wna neces- s1dJde unpcrio-.J de Justificar-.,,: e Jll'O"U (e prO\.lJ' para si) que procoocu oom:tamente. detalhamio e.,cessi-,uncnte o que aco-n· teceu por medo de não moi.'tr.lr nada que 5eJ3 e.....cncia.J e cli- mcamente útil. Cs><?s infuc 1nes psicológico:; são. à luz d;: 00'>· sos conhecimentos at\13i,. uma fria enumeração de dados. traço,., formula.<. etc .. freqüent~mcme não integrados 'luma Ges:.ilr que apreendl o esscnC'l31 da personalidade do paciente e pcr- m1tn evidencia-ln. O psicóloi:o unbalhou durante muito tempo com um mo- delo ,imitar ao do médico clinico que. para proceder com efi- aen.:ia e obJet1,.1dade. toma a ID310r distância po,,s1veJ em re- lação a ,;eu paciente a fim de ~ahelccer um , incuto afemo que não lhe impeça de trabalhar com a tranqüilidade e a ob:ic- uv1<13dc nc:cCSSJrias Cm no,,a opmião, o p,1cologo frcqüememcn1c agia assim e amda age por carecei de uma 1d .. 'llttdade sóhd3 que Ih<: pcmui:a sabt.'l' quem é e qu.-1 é seu ,enJadeiro trabalho dentro dJ, ocupa.,;c,, hg:idas à saúde mental. Por isso tomou cmpres- 1J11h passi-.am<-'111i:. o modelo de trabalho do médico clinico lpe· di.11ra. neurolog1'1.:l. etc. l qu.: Ih.: da,-:i um r-,cudo-al{vio sob dm~ 7 a,;pccui-. Por um lado. tomou emprestada uma pseudo-identi- dade. nc1,'30do a,, diferenças e nào pensando para não dtslin- guir e 'ic.ir de n,,..,. desprotegido. O pnço de,te ali\ io, além da unposição extemJ, foi a submbS.io rntenor que o empobre- cia sob todos os pontos de .i,ta. ainda que lhe ~ítasse um quest><mamento sobre quem era e como d.:\ena trabalhar. A aào-mda1,,ação de tudo o que se referia au ",tc!ma comuru.-:a- cional dinâmico umentavn a distancia entre o psiool<>so e o pac1eote e dunim • .1 a ~ibilidade de ,l\enciar a angu,tia que tal rcl .. çàopode despertar .\ ,,,m. uuhzavam-se o,, te~ como -.: eles coost1tu1ssan rn1 ,, mesmo,, o ~u, o do p$ico- diagnó,tico e COMO um escudo entre o profis:.1onal e o pacien- te. p;,:ra !!' m p,.-n~uncmo:. e scnumento, qu.: mob L~ afeto. pena. reje,çào, comp,"ào· medo. etc.) \las nem lodos os psicólogo, aguam de aconlo com c:,ta dcscri,fio Muitos cxpcrimcntarum o dC'><!JO de uma aproxima- ção autêntica com o paciente. Para pô-lo .. -m práuca. u.eram de :ibandonar o modelo médico enfrentando por um lado a de~pm<cçao e. por outro. a ,nbre,:arga atcuva pelos d.:ixi,11os• de q\at eram ob;eto, sem c,1arcm prepamdos para 1~. Podia acon cc.:r cotão que a.ruassem de acordo com os papeis indu- zido,. pdo pac1a.te: que se de1xa....em im.id1r. seduzrr. que o SUJ)Cfllrotcgessem. n abandonassem, etc. O n:,ultado era wna contra-identificação projeti,a com o paciente. incom.cniente r,orqc.e interferia cm seu trabalho De\.cmOS IC\1lf cm conta que é e~= a confiança que poo..,no,, ter em um d.lJgnósti- co t.T1 que ,enh3 operado este mecanismo, -.em poss1b11id.ldes de com:i,:ão po:,ter1or. De\1do à difusão crescente da ps1c:iná- lise "° ;in,bito uni,.:" tário e sua adoção como marw de refe- rencia. os psicólogo:. optaram por accua l:1 como modelo de trab,.,.'lo, diante da necessidade d.:: achar uma 1magrm de iden- llficu;Jo que lhes pennitis.sc cn;)ccr e se fonaleter.1;.sta aqui- 8 - ----- O proresso psict>diagni,sriro" as u!oricas projeriwn sição significou um progresso de valor inestimh-el, lll3S pro- ''OCOU· ao mesmo tempo. uma nova crise de identidade no psi- cólogo. Tentou 1ransferir a dinâmtca do processo psica.nalilico para o processo ps.icodlagnósnco. sem lev3T cm conta as C3· ractensocas e,,-,:,ccíficas deste. Isto trouxe, paralelamente, uma distorção e um cmpobrccimento de caráter diferente dos da hnha antenor Enriqueccu-:.c a compreensão dinãmica do caso mas forllTn desvalorizados os instrumentos que não eram utili- zados pelo p;,icanallSta. A técnica de enlfC\ista IÍ\Te foi sup,:r- ,,uorizada enquanto era relegado a um segundo plano o valor dos testes. embora fosse para ISSO que ele e;,tives.se mais pre- parado Sua atitude em relação ao paciente esla,a condtciooa- da por sua ven.ão do modelo analíuco e s.:u enquadramento específico: permitir a seu paciente desenvolver o tipo de con- duta que surge espontaneamente em cada sessão. in1cq,retar com base neste material contando com um tempo prolongado para conseguir seu objeti..-o. podendo e de.endo ser continen- te de cerias condutas do paciente. tais como recusa de falar ou brincllT (caso trabalhasse com crianças). silét1cKl5 prolonga- dos, faltas n.:p.:tidas, atrasos. etc. Se o psicólo<.JO de-.e faz« um psicodiagn6!>11co. o enqua- dramento não pode !><.T C,..\C: ele dispõe de um tempo limitado: a duração excessi,-a do processo toma-se prejudicial; s.: não i,e colocam limites às reJeiçõcs. bloqueios e atrasos. o trabalho fracassa, e este dC\.e ser protegido po.- todos os meios. Em re- lação à tccnica de entre,,sta li,re ou 1otahnente aberta. se ado- tamos o modelo do psicanalista (que nem t.Odns adotam). de- vemos dei,~arque o paciente fale o que qub.:r e quando quiser. IStO é. respeitaremo& seu timi11g. Mas com isto C3iremos numa confu..<ão: não dispomo~ de tempo ilimitado. Em nosso contra- to com o paciente falamos de -algumas entreVistas" e à, ve?.eS até se especifica mais ainda, =larecendo que se trata de.: 1~ ou quatro. Portanto. aceitar silêncio;; muito prolongados. lacu- nas lotais em temas fundamentais. wsiStência em um mesmo tema. etc .• ··pocque é o que o paciente deu". é funcionar com uma 0 prí)Cd,O fLrioodiag,,áshco, _____________ -c...9 1denndade alheia (a do terapeuta) e romper o próprio enqua- dramento. Daremos um exemplo: S<! o paciente chega muilO atrasado il sua sc:.5ào, o lcrapcuta interpretará em função do matc.:rial com que conta. e c.,se atrdso pode con,1ituir para ele uma conduta saudável em oerto momento da terapia. como, por exemplo. no caso de ser o primeiro sinal de tranSferência negam-a em um paciente muno predisposto a idealizar seu , ínculo com ele. ~o caso do psicólogo que de-,e real.Jzar um d!agnóslico. esses poucos mmutos que resuun não lhe senem para nada, já que. no máximo, poderá aplicar algum tesle grá- fico 1113.i sem garantia do: que~ l><:r concluído no momento preci,;o. Pode ococrer então que prolongue a entre.;sta. rom- pendo seu enquadramento, ou interrompa o teste: tudo isto per- turba o paciente e anula seu trabalho. já que um teste não con- cluiclo não tem ,-alidade. Css,e mesmo atraso significa. nesse segundo caso. um ataque mais séno ao vinculo com o profis- Yonal porque ataca direLaIDente o enquadramento prC\ ,amen- te estabelecido. 1'ào re-.ta a menor dúvtda de que a teoria e a lécruca ~·- canaliticas deram ao psicólogo um marco de referência im- prescindível que o ajudou a entender corretamente o que acon- tecia em seu contato com o paciente. Mas. as,,-ün como uma ,ez teve de se rebelar contra sua própria tendência a ser um aplic:idor de testes, submettdo a um modelo de trabalho frio . des11ma01Vldo, atomizado e superdetalhtsta, tambêm chegou um momento (e duiamos que estamo, ,i.cndo ~e momento) em que teve de defin ir suas s.:mclhanças e diferenças em rela- ção ao tcr.1p,.:u1a p,icanalítico Todo este processo se deu, entre outras razões, pelo fato de ser uma profissão 00\-a. pela fonna- çào m:.:bida {pró ou antipsicanalítica) e fatom. pessoais. Do nosso ponto de vista, até a inclusão da teona e da técmca ps1- canal.ocas. a tarefa psicod!agnósuca carecia de um marco de referência que lhe desse consis1éncia e utilidade clinica, espe- c.almente quando o d1a.gnósuco e o prognóstico eram reah1.a- do~ em função de uma possí,el terapia. A apro~imação entre _1_0___ _ __ O processo psicod1agná.<tico e <IS téttll'as pmJ.:fÍliJ;; a wefa psicodiagnõsnca e a teoria e a técn.ca psicanalíticas rea- lizou-se por um esforço mútuo. Se o psicólogo uaba~ha com seu proprio marco de reforência. o psican~h<;ta de~1ta mar- confiança e esperanças na correção e na uhlidade da informa- ção que recebe dele. O psicanalista se abriu mais à infonn~ção proporcionada pc lo psicõlogo. e e:s!C, por seu lado. ao i.enur-se mais bem n.~ebido. redobrou seus esforços para dar algo cada vez melhor. :\tê há pouoo lcmpo. o falo de o informe pS1C-0l~- oo incluir a enumeração dos mecanismos dcfenmos utilizadOi pelo paciente coostituia wna informação importan~. f\o 4:5_1:ido arual das coisas. consideramo, que dizer que o paciente unhza a dissociação, a idenbficaçào projci,va e a idealização é d3r uma informação alê certo ponto útil mal, in,uficicnte. Possivelmente. lOdo s« humano apela para todas as o.:fesas conhecidas de acor- do com a situ3Ç.ào iou.-ma que de\"e cnfn..-ntar Por ISSO, pensamOi que o mais útil é d=-.:ras siruações que põem em jogo essas dcf~ a sua mtensidadc e as _probabilidades de que sqam efi- cazes Consideramos que o terapeuta extrairá uma informação mais útil d,; um informe dessa narureza. U psicólogo teve ~ pcrc«Tcr ai. 111esmas ~pas que um indivíduo percorre em seu crescuncnto. Buscou figura~ boas paro se identificar. aderiu ingénua e dogmalicamente a ema _ideo- logia e 1denrificou-se iotroJetmunente com ouuos proflS!>,o.. nais que fimcionaram como imagens parenlais. até que pôde questionar-se. às \•ezes com crueldade excessi,"ll (como ado- lescentes cm crise). sobre a possibilidade de não ser como eles. Pensamos que o psicõlogo entrou num período de maturidade ao perceber que utilizava uma .. pscuoo·· identidade qo,:. f~ qual fosse. di,;orcia sua idenndade real. Para perc~ esta uh,- ma, teve de tomar uma certa distância. p<.'TlSar cnt1camente no que era dado como inquest1oná,,el, 31--aliar o que era positi..-o e digno de ser incorporado e o que era negath-o ou _oomplem~- te alheio à sua amidade. ao que te\'e de renuncrat. Conseguru assim wna maior autonomia de pensamento e prálica. com a qual não só se di~tinguirã e fortalecerá sua identidadeprópna, li como também poderá pensar mais e melhor em si mesmo, contribuindo para o ermquecimemo da teona e da prática p!>i- colôgica inerente a seu campo de ação. Caracter/UJ-çào do proces~o p~icodiagnóstico IIIMitudonalmrnte. o processo p~icodiagmbtico configu- ra uma situação com papéis bem definidos e com um contrato no qual uma pessoa (o paciente) p,:de que a ajudem. e outra 10 psicólogo) accila o pedido e se compromete a sansfazé-lo na medida de suas possibilidade5. É uma s1ruaçào bipessoal (psi- cólogo-paciente ou psicólogo-grupo fam,har), de duração limi- tada. cujo obielivo é conseguir uma descrição e compreensão. o mais profW>da e compk:ta po»ivcl. da personalidade total do paciente ou do grupo familiar Enfatiza também a invesngação de algum ~p.:cto cm particular. segundo a smtomatolog1a e a!, caracterislicas da indicação (se hou~er). Abrange os :»'J)Cctos passados. presentes (diagnósuco) e futuros (progaóslico) desta personalidade, UtJhzando para alcançar tais objen~-os cenas téc- nicas (entrensta semidirigida, técnicas projeti~olS. entrev,sr.a de de,-olução). Objetiros Em nossa caracterização d-O processo psicodiagnósbco adiantamos algo a respeito de seu obje1ivo. Vejamo-lo ma.r.s detalhadamente. Dizemos que nossa investigação psicolõgica oo-e conseguir uma descrição e compreensão da ~ll.'.llidade do pacienle. Mencionar seus elementos constitutivos não satis- faz nOSSJs exigências. Além disso. ê mister explicar a dinâmi- ca do caso tal como aparece no material recolhido, integran- do-o num quadro global. Uma .,.ez alcançado um panorama pre- ciso e oornpleio do caso. inclwndo os aspectos patológicos e 11 __ O~ psrcodiagr:ósrico eas tknkas projetnm os adaptati,·os. trataremos de fomntl:rr recomendações tera- péuncas adequadas (terapia breve e prolongada, individual, de casal. de grupo ou de grupo familiar, com que freqüéncia: se é recomendável um terapeuta homem ou mulher; se a terapia pode ser analillea ou de orientação analítica ou outro tipo de tecapi~ se o caso necessita de um tratamento medicamentoso paralelo. etc.). ,\fomentos do processo psicodiagnóstiro Segundo nosso enfoque, reconh ... -cemos no processo pst- codiagnósuco os seguintes pas:so!>· 1 ~) Pnmeiro contato e entn:,·ista inicial com o paciente. 2~) Aphc;ição de tcst~~ e técnicas proJCtivas. 3~) EncerTamento do processo: devolução oral ao pacien- te (e.ou a ,eus pillS). 4 ~) Informe escrito para o remetente. Ko momento de aberturo estabekccmos o primetro con- tato com o paciente. que pode ser direto (~oalment~ ou poc telefone) ou por intermédio de outra pessoa. Também incluí- mos aqui a primeira entrevista ou entrevista inicial, à qual nos referiremos detalhadamcnlé no cap,rulo li. O segundo momen- to consiste na aplicação da batena previamente ,clcc,onada e ordenada de acordo com o caso. Também incluimos agw o tem- po que o psicólogo deve dedicar ao estudo do matenal recolhi- do. O terceiro e o quarto momentos são integrados respectiva- mente pela entre,ista de devolução de informação ao paciente (e/ou aos pillS) e pela redação do informe peninente para o pro- fissional que o encaminhou. Estes passos poSSJoilitam infor- mar o paciente acerca do que pensamos que se passa com ele e onentá-lo com relação à atirude mais recomcndâ,el a ser tomada em seu caso. faz-se o mesmo em relação a quem emiou o caso para psicodtagnóstico A forma e o conteúdo do infonnc dependem de quem o solicitou e do que pediu que fosse investigado mais especificamente. /J Enquadramento J;í nos referimos ã necessidade de unlizar um enquadra- mento ao longo do processo ps,codiagnóstico. Definiremos ago- ra o que entcndcmos por enquadramento e esclareceremos alguns pontos a =--peito disto. Uttlízar um enquadramento significa. para nós. manter constantes certas ,ariâ,-eis que intervêm no processo, a saber. Esd:rrec1mento dos papéis respecti,os (naturcu e limi- te da função que cada parte integrante do conuaio de- sempenha). - Lugares onde se rcalizanio as entrevistas - Horário e duração do processo ( em termos aproxrma- dos. tendo o cuidado de não estabelecer uma duração nem muito curta nem muito longa). Honorários ( caso se trate de uma consulta particular ou de uma inslituição paga) "Ião se pode defirur o enquadramento com m:uor precisão porque seu conteúdo e ~u modo de formulação d.:pendem, em muitO!> aspo..-cto!>. das cara~"teri,ticas do paciente e dos pais. Por isso recomendamos esclarecer desde o começo os ele- mentos ,rnprescmdiveis do enquadramento. de1Xando os res- tantes para o final da primeira entre.ism. Perceber qua l o en- quadramemo adequado para o caso e poder mante-lo de ime- diato o: um demento tão importante quanto difícil de aprender na tarefa psicodiagn6s0<:a. O que nos parece mais recomendá- •el é uma atin,de permeável e :11><:rta (tanto para com as neces- sidades do paciente como para com as próprias) para não esta- belecer condiçõc, que logo se tomem insu,tcntávcis !falta de limites ou limites muito rígidos, prolongamento do processo, delineamento confuso de sua tarefo, etc.) e que prejudiquem especialmente o paciente. A plasticidade aparece como uma condição ,aliosa para o psicólogo quando este a unl.iz.a para se siruar acenadamente diante do caso e manter o enquadramen- 1-1 O prouno psicodiag,óslico <' as rkmcas projerrras to apropriado Também o é quando sabe discriminar enire uma necessidade real de modificar o enquadramento prefixado e urna ruptura de enquadramento por atuação do psicólogo indu- zida pelo paciente ou por seus pais. A contra-idennficação pro· jetiva com algum deles (paciente ou p:ú) pode mduzrr a t:llS erros. Capitulo II A e11trevista inicial \faria L. S. de Oc3mp0 e ~lariaE.GarcíaAruno Caracterizamos a entre..-ista inicial como entrevi!.ta scmi- dirigida. l..1113 entreVb'U é semidirigida quando o paciente tem !Jberdade para expor seus problemas começando por onde pre- ferir e inclwndo o que dese_iar. Isto é. quando penrute que o campo psicológico configurado pelo entre,,stador e o pacien- 1.: se estruture cm função d.: , et0res as,inala<b. J><!IO últ:uno. ,1as. diferindo da técnica de entreVista totalmcme livre. u entre- vistador intervém a fim de: a) assinalar alguns v.:tores quando o entrevismdo não sabe como começar ou continuar. Estas per- guntas são feitas.. é claro, da maneira m.us ampla possível: b) assinalar situações de bloqueio ou paralisação por incremento da angústia para assegurar o cumprimento dos obJetJvos da cnlrc-;sta: e) indagar acerca de aspectos da conduta do cntre- ,;stado, aos quais este não se referiu espontaneamente:. ac.:rca de "licunas·· na informação do paciente e que são consick.--ra- das de especial !Dlportância... ou acerca de contradições. ambi- 5üidades e verba!Jzações "obscuras". Em tennos gerais. recomendamos começar com uma téc- nica diretiva no primeiro momento da entrevi~,. correspon- dente à apresentação mútua e ao esclarecimento do enquadra- mento pelo psic.ólogo e. em seguida. trabalhar com a técnica de entrev tSta h..-re para que o paciente tenha oportunidade de expres- sar livremente o motivo de sua consulta. Finalmente, no úllimo momento ~'"ti primeira entrevista.. de\=. forçosamente, ado- tar uma técnica direlÍ\'a para poder "preencher" nossas "lacu- na,,-. Esla ordem recomendada func1oru:i como um guia. e cad.1 psicólogo de,-.: aprender qual é, em cada caso, o momento opor- tuno em que <kvc manter a alltudc adotada ou mudá-la, para falar ou calar e escutar. Para recomendar estl técnica de entre\ista semidirigida levamos em conta dua:, razões: a primeira é que devemos co- nhecer exaustr.amente o paciente. e a segunda responde à neces- ~idade de e>.tmir d3 entre, i,1a certos dado, que nos permnam formular hipótcs.:s, plane.iar a bateria de testes e. posterior- menle. inlerprclar com maior precisão os dados <b. l~cs e da emre\ista final. A correlação entre o que o paciente l e seus p.llS) mostra 03 pnmeira entre\'b'U. o que aparece nos 1e:.tese o que surge na entrev1su de devolução, ofCf'CCe um importan- te ma1erial diagnostico e prognó,t,co. Do nO$SO pon10 de ,i~ta. a en1re, i~ clinica é ·'uma·• téc- nica. não "a" técnica. É =bslituivel enquanto ci.mpre certo,, objetivos do processo psicodiagnóstico. mas os tesles (e oo-, referimos paniculannente aos testes projetivos) apresentam ceruis \antagens que os tomam insubstituíveis e imprescindi- ,eis. \1encionaremos entre elas sua padroruzaçào. caracterís- tica <Juc dá ao diagi1óstico uma maior margem de segurança. a exploração de outros tipo, de conduta que não podem ser uwes- tigadas na entreVÍSGJ clinica (por exemplo, a conduta brráfica l e que podem muito bem constituir o reduto dos aspectos mais ~ológicos do paciente. ocultos atrás de uma boa capacidade de verbahzação. Em síntese, os testes consLituem. para nós. mstn.anentos fundamentais. Já esclarecemos que no, refenmos oos lesteS pro- jetivos. E&o.:s apn.:,entam Clótirnulo, ambíguos mas definido,, (pranchas, perguntas. etc.). Operam de aconlo com instruções que são verbalizações controladas e d.:finiib,, que tramm.itcm .o pac1ettte o ripo de conduta que esperamos dele oeste mome11- -~ "'111Tri<!a ,nrwl _________________ I_9 to ante este e;timulo. A maioria dos teStes inclui um t11terroga1õ- rio. F8let perguntas e n."CCber respo,ias é um lrabalho em que colaboram am~ o; inlcgr..mt"'i do processo. numa tarefa igual- mente comum. Também a entre,;s1a se inclui neste contexto. E:."tá enquadrada dentro destas mesmas linhas. já que não incluímos cm nossa técruca a mterpretaçào. Quando nos acha- mos d1an1e de uma situ3Çào de bloqueio. não nos hnuumos a ..ssma.a-la como úruco mdJcador únl paro o dJagoosnco. Já que re,,1nog1r-nos a 1s,;o oca,,1ona séria., conseqü.:nc1:i.-. Ao empo- brecimento de no,;.so diagnóstico se soma a total ignorância cm n:la<,:ão ao que tal bloqueio encobre. Necessitamos mais informações e as obtemos fazendo in- dicações para mobilizar o paciente durante a entrevista cliruca e aphcando testes apropriados. Se quisermos marcar uma dife- rença entre a entre\1sta clíruca e a dedicada il aplicação de tes- te,,. diremos que a primeira oferece uma tela mais ambígua, -.at1clhan1e " prancha em branco do TA T ou do Phillipson J>or i,<,0 extrai una amostra de conduta d.: tipo diferenle da que se llra 03 aplicação de lestes. Os critérios gerais que utili- zamos para interprelar a entrevista inicial coincidem com os q..e apucamos para os testes. At incluímos: o tipo de vínculo que o .,,,ciente e:.tabelece com o psicólogo. a transferência e a con- 1ra11-an,ferência. a classe de, incuto que estabelece com outros ,-, sua, rda,;õc~ in1crpc,sooi, a, am,iedatle1, predominanlcs, a, condulas defensivas utilizadas habitualmente, os aspectos ra1ológicos e adaptativos. o diagnóstico e o prognósuco. Para obter toda esta informação devemos pm:isar quais sSo o, objeu,os ~ cntrevist.i inicial: 1. 1 Perceber a pnmcira impressão que aos desperta o pa- ' .:nle e ver,..: ela ,e manti!m ao longo de toda a entre\. ista ou mml,1 .: cm que sentido S.'io aspectos importantes: sua lingua- gem ,urporal sua~ roup0s, !oeU> gcslos, ,ua maneira p.:culiar Je íi,•r qujeto ou de mover-se, seu semblante, etc. 2. 1 Colliideraro que verbaliza: o que, como e quando ver- baliza e com que ritmo. Comparar ISlO com a imagem que tranS· 20 mite au,,,~ de ,ua maneira de falar qu,ndo no~ "1hcna a con suita u;eralmcntc por te efooe). Avaliar a, cara.:teri!,lJC.aS de sw linguagem a clarc:,a ou confus!o com que se c~pre,,.-:i. a prcfcréncia por tennos cqui,ocos, 1mprcc1SOS ou ambiguos. a uuh.1açào do tom de ,oz que pod.! entorpecer a comuricação a ponto de não se entender o que d17. amda quando fale Cll"'I uma linguagem precisa e adequada Quanto ao comeudo dJ, ,crb,1li1ações.. é importante levarem conta quais o,, asp«1os de SI.Ili vida que ,.,.,.-01.'le paro comccar a ',lar. quai, o, a._<.peetos a que :;e refere prefcrenculmente. qu.u, os que pr r,oc..m blo- queios. ansiedade,. etc., hto e. rudo que indica um de-, 10 e, relação ao clima reinante anteriormente. Aquilo que e,prc!-.-a como motÍ\'O mamfe,to dt ,..a comuha pode manter-..:. anu- 11r.,e, iJllPhwr-~ ou re:.--mni;ír-,..: durante o resto dc,ta primeira er1n.-.1,1a ou do processo e COfbtiru, outro dado importante Por uutro lado, o p:mcntc inclui cm ,ua ,crbnh1ação os tr.:, tempo, de sua , ida: passado. ~sente e futuro, d.alo, que ser..o dq,ois confronr;i.\.». com -.u:i prod~.K>- por ew""JIIO. "O tes e d.. Ph111ípson E importante que nem o paciente nem o J)l,tcó- logo tentem rc~ringir-s.: a um ou dois destes momcnro, vira , Isto e uni pan apreciar a capacidade de 1n.s1gJ.• do paciente c,,m n:ferênc1a a urur seu pa,-a.Jo eum -..:u preser e e seu futu- ro Prum0\1do pelo psicôk>{:o (que, p,.r c,ernplo. recorre pe!"· sistcnt,mc.-nre a perguntas do tipo: o qu.: aconteceu ames'? Acoo teceu-lhe algo ""''lar quando era pequ.:no·> D,;: que ,o.."ê g0&- l.l\.1 de brincar qu.indo era cnança 'I ou trazid.) c,p.. tanca- mente pelo paciente. a pers1,t<!nc1:i na C\"OCação do p3Ssado pode coovencr-sc em uma fug;i defens1, a que c,11a ter insight com o que~ oconmdo oo ··aqui e agora comi~"'- Poder-" diab'll<-.ltcar da mesma forma a fuga ~'1n ~3o 30 futuro. A aritudc maí, produu,'3 é ccnuar-se no prc,,ente e a partir dai procurar inti;grar o passado e o fl!turo do paciente Oe,te modo pod~'Tt""'10S tmib,;-m apreciar a 1>bstiCki.lde com -. ,e 00'.'lta pa.,;i entrar e sair de cada scqüên,m temporal = angu,har--se ck- ma1,. Isto é por si ,;ô um elcrnenro mdlcador de b<x! capaci<bd.! .f OlmlJlll inirial ____ _ 21 de mtci:ração e, como tal, de bom prognóstico. Na entn:vista 1ruCtal devemo5 C'(tr.ur certas hipóteses da sequência tem~ ral. e~ foi. é e ser.i o pacien1e. Uma ,u confront3da:. com o que foi c,aai.do dos lestes e da cn1n.-.1sta de de\.olução. serão nrificada.,, ou niio. 3• E,tabelecer o grau de coerência ou d1l>Crepânc1a entre llldo o q ic foi ,crl,a.hz.ado e tudo o que captamos &tra\'és de sua linguagem niio-\erb.1.1 (roupas. geslos. ele.). O que e;,,prc:;- ,;a não ,erb3lmentc..: algo real=~ mwto menos control do do q.:ae as ,-erbalizaçõcs Tal confronto pode informar-nos '-Obre a " ,erêo.;.a oi. discrcp;incia entre o que é apttscnudo COINl mo- 11,0 mamfe,10 da consulta e o que percebemos como moti~-o ,ubjacentc. Poderíamos exemplificar isto do segwnte modo: um paa,:nte pode estar nos aplicando que e-tá preocupado c.-n seu, fracasso,, mtclect:Uab e .1oompanlw- c,,te!. comcn~- rios com ge,tos claramente afetados. Num caso as:,'im obser- 'iiD'I°" desde a primeira encrc,.1sro a dtscrcp.ioc1a entn: u que o ruc1en•e pensa que c,tã acontecendo com ele e o que nó, pço- ...mio~. O dl.lgnósnco scri ba....:ado no grau de coeréncia ou d1..crcplnc1a en1rc os dados obtido., na pnm<1ra enlrtV1>t3, nos l~cs e na enuevma de devoluçào É intcre,<,aiue comparar as ,a:racte:'1<.11ca,. das ,eroohzaçõe,, do paciente n=s ~ opoc- 1W1ida~ tão difcrent~. 4, 1 Planejar a 001~-r,a de testes mais adequada quanto a. a) elementos a utilizar (quantidade e qualidade dos teste-. C!>CO- dos b) scqiiênc111 (ordem d,: aplicação). e cl riuno fnúme- , de entre"\ .istas que calculano,, para a aplicação do,, testes ~ ,~olh1do,). 5~ F!.labeleccir um bom rapport com o paciente pan re- auzir ao mínimo a pol>Slbthdaclc de bloquciu, ou pan.lL-açõcs e criar um clima preparatório f3\·ora\'el à aplicação de testes. 6 ) Ao longo de toda a entre"\ 1sta é unponanlc caplar o que o racie"lte no~ tra~fere e o que isto nos provoca Rcfc- mno-no, aqui aO!> asp,:~ tran~fcrencllllS e contratr.msfcn:n- "u" do \111<:ulo. É imponame tambêm poder captar que tipo _1_z ______ o proc~= pvcodiagnóstico ea.r ;éaticm projerrw de vinculo o paciente procura estabelecer com o psicólogo: se procura seduzi-lo, confundi-lo. evita-lo, manter-se a dlsulncia, depender excesSÍ\'am<:nte dele. etc .• porque isto indica de que maneira específica sente seu cootalO com ele (como perigo.so, invasor. maternal.etc./. Contratransfercncialm..>ntc surgem no psicólogo certos sentimentos e fantasias de importância ,irai para a compreensão do caso, que permitem determinar o tipo de ,·inculo objetal que opera como modelo interno inconsciente no paciente. 7!) Na entre\.;sta inicial com os pais do pac1eme é impor- tante detectar também qual é o vinculo que une o casal, o ~in- eulo entre eles como casal e o filho, o de cada um deles com o filho, o deste último com e.ida um deles e com o ca,;al, o do casal com o psicólogo. Outro vínculo é o que procuram indu- nr-nos a esmbelecer com o filho ausente e ainda desconhecido (o qu.: dizem dele), que pode facilitar ou penurt>ar a ~fa pos- terior. Por isso pode ser útil. cm alguns casos. trabalb:ir com a té(;nica de Meltzer. que vê primeiro o filho e depois os pais. 8?) Avaliar a capacidade dos patS de elaboração da sawa- ção dmgnõsoca amai e potencial. É interessante ~ar se ambos - ou um e. nesse caso. qU31 deles - podem pro1t1owr, colaborar ou, pelo menos, aceitar as experiências de mudança do fílbo caso este comece uma terapia. É importante detectar a capacidade dos pais de aceitá-las na medicb. qualidade e momento em que se dêem, pois disso depende muitas vezes o começo e. especialmente. a conánwdade de um tratamento. Já que nos referimos à eotreYista com os pais, queremos esclarecer que a presença de ambos ê impn:scindi~cl. Considera- mos a criança como emergente de um grupo familiar e pode- mos entendê-la melhor se vemos o casal parental. Entendemos que é mais produtivo romper o estereótipo segundo o qual a enire..ista com a mãe se impõe somente pelo estreito vinculo que se estabelece entre ela e o filho. Isto é certo e plenamente válido nos primeiros meses de ,,ida da cnança. Mas.. na histó- ria do filho. o pai desempenha freqüentemente um pspel tão i emm,<ro ir.iria! ___ _ ZJ importante quanto o da mãe_ mesmo quando é uma figura pra- ticamente ausente da vida fa.miliar. O filho UllroJetou algum ripo de imagem paterna que. seguramente, terá ligação com sua sm.tomatologia atual e a problemática subjacente: daí a ne- cessad:lde de sua presença. Pedir-lhe que , -enha e criar condi- ções para tal é valorizá-lo. colocan~o no seu papel corres- pondente. É CYidentc que trabalhamos com o conceito de que o filho é o produto de um casal (não somente da mãe) e que am- bos de,. cm ,i r às entrevistas. a menos que se trate de UJYl3 siruaçào anormal (pai que vaaJa constantemente. doente, inter- nado por longo tempo. pais separad~. etc.). Quando chama- mos só a mãe, parece que a estamos destacando do resto do grupo fumihar, ma, isto tem sua contrapartida: atnbuimos uru- camente a ela a responsabilidade por aquilo que seu filho e. 'ão garantir a presença do pai eqw,aJe a pensar que ele nada tem a ver com isso. Por outro lado, se recomendamos uma te- rapia. ambos devem receber esta anfomlllçào. encarar c,,ta res- ponsabilidade e adotar uma re,;olução. Entendemos que infor- mar tudo iStO apenas à mãe Mgnifica tr.rni;fenr-lhe o que e res- ponsabilidade do p~icólogo Dado que o pai não foi incluído em nenhum mom1.--nto prévio do processo que culmina com tal informação (por C"templo. necessidade de terapia). não está pn:iJ<lrado para recebê-la e. contudo. ele pode ser o responsá- \CI por um elemento muito importante para sua concn::tiaição. t:il como sua aceitação. o pagamento dos honorários e a conti- nwdade do tratamento. De acordo com o aspecto dissociado e projetado no marido, aspecto que ficou marginalizado na emrc, i,,.a pela ausência deste, enfrentar-se-à maiores ou me- ores dificuldades Pode acontecer que o aspecto dissociado e ....:~.ado no ausente seja o de uma séna res1Stênc1a em rela- \-'io ao tratamento. A mãe se mostrará, por exemplo, receptiva, , 'llaboradora e complacente. mas. em seguida. pod.o;.-rã racío- ""llizar. "Meu mando não quer:· Deste modo no marido atua ro. aspecto de resistência à mudança que parece caracterizar , :te grupo fami liar sem que o psicólogo possa ter opommidade u de 1rabalhar com e.'-,;e a.<;peeto mcluído nas entr.,;sta!,. pro-. o- caruma tolll8da de consc,êncta da sua dinâmica. Em relação á resistência diante da manipulação da culpa dizemos: entre,;,. w somente a mãe facilita a adnuss.ào de toda a culpa pela doença do filho: a presença de ambo, permne dl\~d1-la e, por- t.mto. dunmui-la. Por outro lado. se pensamos que a devolução de mfonnação procura cenos bcncficí~ p!,icológicos, por que dá-los ,omente à màe e não ao casal? Ê freqü,:nlc acontecer que, tk."·ido a uma con:,ulta pelos filhos.. os pais :,cabem reconhecen- do a própria necessidade de um tratamento e o procurem. Vamos agora mudar de perspecuva e nos situar no ponto de vista do psicólogo. Entendemos que a presença do pai e da mlie lhe é útil e indispensâ~cl por ,-.irias razões. A mclusão de ambos implica a observação in situ de como são, que papéis desempenha cada um deles em relação ao ou1ro. em relação ao psicólogo. o que cada um traz. que aspectos do filho mostram respcchvamente, como vivenctam o p:,;codiagnfutico e a po,- sibilidade de uma psicoterapia. Muitas vezes um desempenha o papel de corretor do que o outro diZ. Se a atitude de um é de muita desconfiança e imcja, o nutro pode eqwbbra-la com s10ais de maior agradecimento e confiança. Se exclwmos um dos membros do casal das entrevistas, perdemos um destes dois aspectos do vínculo com o psicólogo Como produto do in1erjogo de emergentes que existem. há maiores po-.ibilida- des de detectar , ic,os e comgi-los. Por outro lado. a presença de ambos C\-ita o perigo de aceitar o ausente como ~bode ex- piatório". isto é, como depositário de todo o mal do ,'ÍDCulo. e o presente como repres.:ntante do que é bom e bem-sucedido. :-Ião mcluir o pai é tratá-lo COJDO terceiro excluído e.. deste modo. negar o complexo edipiano, qu,.: é um ~ núcleos bási- cos da compreensão de rada caso. Isto estimula ciúmes e riva- füladc no excluído. Há pais que não reagem cm prote.to por sua não-inclusão. ma.s depo!S, de uma fonna ou de outr<1, ata· ram o psicodiagnóstico ou a terapia (mterrompem, negam-!>C a pagar o estipulado. interferem constantemente. etc.). Acaba- . .t enirt?'rt!a mrial _______ _ 15 mos de nos referir a um aspecto do enquadramento, o econô- mico. que é outra razão para a inclusão do p3.1. É ele que geral- mente paga os honorários. Se atnbuímos a este aspeclo não ,;ó o sigrnficado monetârio mas tambem reparatóno do , inculo com o psicólogo. de quem se recebeu algo (tempo. dedicação. orientação. esclare,-:imento. etc.). dC\-cmos incluir o pai para que assuma a responsabilidade econômica e para que tenha a oponumdade de sentir-.><! como reparador do filho e do psicó- logo. e não como ~lguêm que deve assumir urna mera obnga- ~-ão comercial Se o psicólogo insiste em coosiderar prescindi- ,d a presença do pai. está cxclumdo-o. 1mplic11a ou e~plicua- '"lenle. mostrando assim um aspecto regressi~o próprio, poi~ e ·ita a situac;lo de ficar transformado em terceiro c:<cluido ante um casa. umdo "contra- o psicólogo-filho. A ,;sualizaçào de um casal mu110 unido. l><!ja a aliança sã ou patológica. pode mob1laar uneja e desejos de destrui-lo.:\ insistência em ver som.:nte a mfü: ou a ambos os pais. por<!m separados. é uma Lírica e,-asiva que pode encobrir estes sentimentos. !\esse ca.'iO. • psicologo. atr.i, ~ de seus aspectos uúanus, não suporta fun- ..-ionar como terceml excluído com a fantasia de ,;er espcc1a- .i" obrigatório da cena pruruuva 1meJada. Se no curso da en- m:vista começam as discussõe,. e a., rcpro,~içôe!-. o psicólogo çJrenta uma cena primitiva sãdica. que reativa nele a fantasia ue ter conseguido ...:parar o casal Fm tais casos pode aconte- L'Cr que um dos pais - ou os dois alternadamente o procure < ""º •liado para transformar o outro em terceiro e\ccluido Se • ns1cólogo não está alert:i, pode estabelecer diferentes tipo, ,1 alianças perigosas para o filho. para os pa" e para ele mc;,mo. <tO ~ , álido para OIS prus de criança..,e de adolescentes Queremos nos deter em outro terna que pode provocar Juv1cbs em relação ao ,eu manejo t.icnico: o caso de filhos de iU" :,er,:.trado,,. O p,icólogo deve aceitar os fatos consumados pdu ca...il. Se csle casal jâ não existe como ral, suas tentati,as de von:1r a uni-lo. aJém de infrutiferas. poderiam re~ultar nun1a cria interferência em seu trabalho. Podemos dizer que se con- ]6 ira-identificou projetivamente com o filho em seus aspectos ncgadun.:s da realidade (a separação) e que. pela culpa de ter conseguido concretii3r = lànta~ia,edipiana~ e pela dor fren. te a essa perda real. trata de juntá-los. seja mediante tentati,as efetuadas diretamente por ele ou aansferidas a outro, (ncsre caso, o psicólogo). Se desejam vir juntos às entrevistas. tere- mos um ca,o em que a técnica não será diferente do que foi dito anteriorm:ntc. Se. pelo contráno, deseJam \lf separada- mente. temos de respeitá-los. PoJ.: acontecer também que de- sejem vir separados e com seus respectivos novo, companhei- ro,. 1'este caso. a realidade se mostra mediante esse, dois ca- <:ais atuais que representam (cada um dos pais dJ criança) dois aspectos il"I'C"'--rsivdmcntc d1-.sociados. Ocvemos 1.1111bêm advenir o psicólogo a respeito de seus impulsos contrános oos de urur o casal. Referimo-nos aos casos em que, contralrans- ferencialmente. sente que não ··sintoniza·• bem com o ca,al. que ··essa mulher não ê para esse homem- ou , icc-"ersa. Se ama• o que eles lhe 1ran~feriram. procurará conseguir urna separação pedindo. exphcitarn,:ntc. que venham separados. ou manipulando a dinâmic:i da entfe\ista de tal maneira que se acentuem os pontos de divergência entre o casal. em vez de efetuar um balanço justo dos aspectos divergentes e comn- gentes que n:almenl<: C'<iSlem. Outro tema a ser considerado e que ml!receria um dcscn- ,olvimento muito mais amplo do que podemos realizar aqui é o dos lílhos adou\os. Segundo nossa experiêncra. geralmente «ão as mães que estão dispostas a pedir a consulta e iniciar o proce,,.,u. transmitindo a ~ensação de que tudo deve tr.111Spare- cer o mínimo possível. O psicólogo deve procurar fazer com que , fflham ambos os pais pelas razões já c.'IJOSI~ e. além di.-.,,o. • O ttnnoot,ul(.in seri unlínrlo no semdo de pas~ ao aio (udl"Y ~.,, emprq;.,.ndo-~ cnmr oomo o verbo ~pond....·ntc. t'Jl>WI' unediJtaa rnen1c .\ ,çJo <mi 1n=rnedl3Çio do pensamento aiúoo. segwioo definôcão de M t S de Oc3mpo tN do E.) f entm'tila ,mrial ________ _ z; porque necessita investigar elementos essenciais, tais como as fant~ias de cada wn a respeito da adoção (não se sennr inte- rior ao- outros por não ter filhos. não estar só agora ou no dia de amanhã. ter a quem dei= uma herança, etc., podem apa- r..-c~'r como motivos manifestos da adoção. além das moti,'3ções inconscientes que tambem dt"·em ser m,esttgadas). Outros da- dos que dc,'.:m ser levados em conta são. como ,entcm atual- mente a situação de patS adotivos. se estão de acordo com a decisão tomada. se puderlll1l comumcá-la ao filho e a outro,.. Quando a adoção não foi esclarecida, centramo, o falo da ado- çJo como motivo real e subjacente da oon,ulla, sem desvalo- nzar o que tragam como mori.o da mesma Todos os demais :noti\t>S que apareçam. ,ejam mai, ou mcno,; graves. depen- dem, para sua solução. da elaboração pmia. por parte dos pais. de sua cond1c,'iio de pai, de filhos adotivos.. Por isso. recomen- à3m0'. que. no momcnlo em que surgir a infonn~ào de que o hlho e adoti\'O, o p~icólogo :,e dedique a elaborar este ponto de urgência com o,, pais. OC\-erá esclarecê-los sobre o fato de "tuc o filho dt."YC saber a verdade porque tem direito a ela, que ó /ê-lo ni10 constitui, como eles cri:em. um dano, mas, pelo .:,tntr.mo, wn bem que a própria criança pode estar reclaman- ,•n inctmscienrcmente através de outros conflitos (roubos, cnu- rc"-C, problt:mas de aprendizagem. problemas de conduta., etc.). J>,:nsamos que a situação do filho adoti\'O conStitui um fenô- meno que é fonte de possíveis conflitos. que pode chegar a se,- ,.,,, si mesma um conflito. de acordo com a forma com que os p.ns manipulam e elaboram esta s1ruaçào. Geralmente. é mdis- pnisá, el ter algumas entre\tstas do upo operati,o• nas quais 5C veja. o melhor possi, el. o que está 1mped1ndo os pais de Jiz.:r a ,crdade ou fazendo com que se oponham terminant.:- mmte a CSl3 idéia. Freqüentemente. pensam que o psicólogo • E li\." >li na qul >e ado1a 1 1<.~ruca <lpCl'3ln'3 propo>11 por l'achoo ~ .. ,é.-.,. •er 1<..,,.; Bleg,,r. Tem:z, de psu:oiog:a. Sio Paulo. ~"1rtm.< Fon"'-". SO'-doEI 28 quer destruir as fantasias que alimentaram durante anos, nrar- lhes o filho. em suma. casugã-los. Mas tudo isso eStà relac10- naclo com a.~ fantasia.~ anteriore-, concomitante-. e po<Jcriores a adoção. O fato de o filho 1,er ou não adotivo é tão 1.-».;ncial à identidade que a ,ohição de todos os conflitos em tomo dessa Situação tem primazia l>Obre as outras. Por isso. continuar o processo psicodiagnôstico centrado no molivo trazido pelos pais ê algo assim como cair numa armadilha. Seja qual for o caminho de abordagem do caso. encontrar-nos-emos.. no fun- do. com o problema centrado na propna idenudade. Se os pais. apesar da intervenção terapéuuca. ainda resistem a e,clan.-..:cr a criança (eles de-.em a.,;sumir e,,"ta responsabilidade), devemos adverti-los a re:."J)Cito das dificulood.:, que surgirão no 1n1ba!ho psicodiagnôstico com a criança. não tanto durante a aplicação dos testes. mas na entre\ista de de,olução. J\.essc momento deveremos dar nossa opinião verdadetra a respeito do que ocor- re com ela. Se aceitamos pre\tamente o limite llllposto pelos pais no sentido de não mclurr a ,erdade 1a adoção), deixare- mos de lado ou onuuremos por completo uma temática que, sem dúvida, deve ter aparecido no m3fcrial e que. Sê o ego da cnan,;a é ,uficicntcmcntc forte. dcHtriamos incluir na de\olu- ção. Se aceitamos a limitação imposta pelos pais, es1abelecc- mos com eles uma aliança baseada no engano e na imposrura, enganamos e decepcion:imos a criança e podemos ate transmi- tir-lhe a sensação de que é um doente que desconfia de todos, ocultJndo-lhe que. moonsc1entemcnte. ela rerc,:bcu algo real e obJeti\'O (sua adoção) e o conflito surge por causa de,;sa l'L'a- hdade. Entrar no J<>gO do, pai~ sigmfica também dar-lhes um pseudo-a Ih io, já quc p,:rceberam certos sintomas do filho e conwharJrn o psicúlogo. Aparentemente. eles cumpnram seu dever e nôs cumprimos o nosso. Mas o filho é duplamente enganado. e. por isso. não seria estranho que su.i smtomatolo- gia se agravasse. É interessante registrar em que momento os Pª"' comuni- cam esta infomlaÇão: se surge e,;(lOntaneamente. <e deixam que 4 e11m,ista uucial _________________ 2_9 se3a percebida de alguma formn ( bcunas mnêm1cas qll3ndo se pergunta a respc110 da graHdez e do pano. expressão muno culposa aoompanhada de ,crhali:taÇ<ic'> incompleta~. mas que pcrmitcm ,uspcitar) ou se a c.;condem até o último momo:nto e ela surge ,;ó na entrevista de devolução Kcstc = pode acon- tecer que o digam em um momento de insig/ir de-.ido a algu- ma coisa que o psicólogo lhes est.i explicando. Podemos tomã- lo tnmo como um dado de bom prognósiico porqut implica uma maior abertura em relação à atitude micial.1:.sta,a.m o.:ul- tando a \ erdade ao psicólogo até o momento em que o senti- rJm como wn bom continente com quem se pode compartilhar a verdade. É a C'<prcssào de um impul~o reparador. Em outros casos. os pais 1.!Sperdm qw o ~icôl~o faça uma pergunta direta. Esta pode surgir graças a uma certa pcr- ccpção inconsciente do pstcôlogo ou de dados claramente ex- pressos pelo filho no material que forneceu. Lembramos. por exemplo. o caso em que uma menina unha desenhado uma c.1sa e duas árvores de cada lado. Como apareciam outros ele- mentos recorrentes à alusão de ter dois casai,, de pais e uma fa- mília muito grande, formulou-',e :izy., pais uma pergunta direta e ~cs responckrnm que.de fato. a menina era filha ado!Í\'a. " m situações como estas. cm que os pais escondem a verdade até o final não podemos deixar de incluí-la de forma direta. cr.1 Outro ponto imponante que d~e ser investigado na primeira entre\'lsta é o motim da cons11/1a. Retomamos aqui os cc,oce1to, expressos em outro trabalho nosso'. Ko motivo da consulta de\'e-sc discrimiror entre motfro num!f<'SIO e moti1'() lotenre. O moino manifc:.to ê o witoma que preocupa a quem solicita a consulta. a ponto de tomar-se um , ma de alanna. Isto é. algo o preocupou. reconhece que o.io . Ocompo, M. L. S. ~e~ Ar.cálO. !>L E.. -E1 mofü-o de comul· LJ , d11,;.:., coo la de\c,lucioo de informJ-,ic)n .,, d ci.:rre d<I Jlí"'-°""" 1.-.k·od gnós:ico-. tnbalho •preser.lado no t Coogte>SO NgellUOO de Psico- p.,10L " ln' no-Ju,cnil. Bueno>1\ircs. 1969 30 pode resolvê-lo sozmho e resoh e pedir ajuda. Em alguns ca- sos o receptor do smal de alarma e wn terceiro (parente. amigo, pediatra. etc 1, que é quem ~olicita a con,ulta ou mobiliza o paciente a faz.:-lo. &te dado nos indica poc si só wn grau menOI" de insight com referência à própria doença. Na maioria dos casos o mom·o manifesto é. dentro de um número mais ou menos extenso de sintomas q~ aíligem o paciente. ou aqueles que comwem com ele. o óltoos ansiógeno. o lll3JS inócuo. o ID3is fã,11 e com-emente de ser dtto ao psicologo, a quem, ge- ralmente, acaba de conhecer. Este, por seu lado, .:nquanto ~- cuia e P<,'lll>3 ,obre o ca,;o. pode elaborar alguma:, hipótese!> a respeito do verdadeiro motivo que traz o paciente (ou seus pais) à consulta. Geralmente o mou~o é outro. mais sério e mais relevante do que o invocado em primetro lugar. Denommamo- lo morim la1e,ue. lUbjacen1e ou profwulo da consulta. Ourro elemento diagnóstico e prognóstico importante é o momer.to em que o paciente toma consciência (se pud<..TI dcs:s.: notivo mais profundo. Se o faz durante o processo psicodiag- nostico. o prognóstico é melhor. Deve-se esclat\.'Cel" se e posst· , el ou não 10cluir esta informação na entre\ isra de devolução. Caso ela seJa mcluida. a reação do paciente será outro elemen- to 1mportnnte: se recebe a mformação e a aceita corno po,,si,-.:1. o prognóstico é melhor. Se se nega totalmente a rccoabccê-la como própria.. cal><: p.:n,ar que ;1$ rcsi:,-tcncia~ são muito fones e, portanto, o prognóstico não é muito favorável. Esta discrepância surge como consequência de um p- cesso de dissociação iotrapsíquica que ocorreu no pac1ente. É unporunte que aquilo que foi dissociado intmp:,iqwcan1erue pelo paciente não seja também dissociado pelo psicólogo no material recolludo e no informe final Como ,cremos mah adiante, esta é uma das razões pelas quais nos parece impres- ciodi,el a devolução de informação: e a oportunidade que se dâ ao paciente para que integre o que aparece dissociado entre o manifesto e o latente. Em certos grupos familiares, o grau de dissociação é tal que o membro que trazem ã consulta é o -• en1,-.,..ut<1 illiânl___ _ _ _ _ 3/ menos doente, ficando assim oculto o verdadeiro foco do pro- blema. a meno, que o psicólogo possa detectar e c:sclarecer esta ~1ruação. Por isso. é importante saber se o ,intoma trazi- do é egos:.intõnico ou cgodistôruco para o paciente e seu grupo familiar. S3ber primeU'O se o paciente trazido à consul- ta (ou o que veio por sua conta) l>Cnte que sofre pelo smtoma r,u se este não o preocupa nem o faz sofrer. Caso não sofra. deve-se im~,igar se é d.!vido à sua patologia especial (proje- ção do confüto e dos ~.:nlimeotos doloroso; cm outro membro do grupo que os a,,ume) ou se o que acontece é que ele se con- . eneu no de~itário dos confhtos de outro ou outros mem- bros do grupo familiar que não ,,eram se eon>-ultar ou que \ ie- r.un oomo pai. mãe. CÔOJuge. etc. O grau d.: dissociação. o aspec- to maii doeme do paciente ( ou de seu grupo familiar). influirá no tempo e na quanndade de energia ncc=os para o proce:-,o de integrá-lo conscientemente A dissociação é tanto ma,s accn- 1uada e mac; resll,lente à melhora. quanto ma.is intenso:, forem os sennmentos de culpa. ansiedade. repressão. etc., que tal con- llito mobihz.a no paciente e que funcionam como rel>l)Onsá,eis por e,,u di,-ociaçào. t.;ma atitude recomendá\el para o p~icólogo é a de escu- t.ar o p'l<:icn1e. mas não ficar. ingcnuamcnle. com a versão que de lhe transmite. O paciente conta sua história como pode. , entra o ponto de urgência d.: !>CUS problemas onde lhe pare- ce mCDOS aDSJógeno. Fsta alitude ingênua .. e no fundo de pre· gar:>ento. unpcdiu muitas ,·czcs o psicólogo de escutar e Jul· PT com liberdade. Diante de um dado que -não encaixa·• com o esq....:ma inicial do ca,,o. surpreendeu-se muita!> veze, pela anarente incoerência. Por exemplo: se a hiSlÕna do caso é muito ,mi,tra csforçar-:;e-á para ach:ir todo ttpo d.: t=ornos. tendo <,1mo certo que ficou wna grave scqüda. Parccer-lhe-á 1111pos- , "d diagnosticar que esta cnança apre,;enta um grau de saúde m.-nta aceitável, apesar de todos os males que padeceu. Pode ' mbem acontecer o contrãriu. iMo é, que ante um cru.o aprc- -.enlado como um simples problema de aprendizagem limite- 31 se a in,estigar a dificuldade pedagógica. eliminando a possi- bilidade de ex1s1êocia de outros conflitos que podem ser mais ~rios. T\\mcmos como exemplo o caso de um j(J',cm que foi trazido para a consulta porque não podia estudar sozinho: mas. na entre\ista inicial. surgiu a s~'llin1e mfonnação: ele go,1a,a de passear nu e de se enco:,.ar na m~e cada ,ez que o razia. Se o psicólogo não centra e5tes último, dado,. como po~lo _de maior gravidade e urgência do caso e s.: rc-tnnge ao pnme1ro problema. ca.J na me,ma :m1ude negadora dos p.w. e rec!uz ao mínimo as possibilidades de ajuda efetiva ao paciente .. \s ,e- zes. são <>l> pais ou o paciente que dissociam e negam m1por- tância ao que ê mais gra,·e. O próprio psicólogo. influenciado pela primetnt aproXll!laçào do paci,mte ou de seus pais, ,e fecha a qualquer 011tra mfonnação que não coincida com a do começo da ent:re,,il>la e nurumiza ou nega francamente a rch:- , ãnc1a dos dados que ~ão surgindo à medida que o proces><> a-.ança. O momento e a forma como emergem os aspectos mais doentes fazem par1c da dmãm1ca do caso. e deve-se pres- tar muita atencão a eles. Anali:.aremos em seguida outro aspecto relacionado ao motivo da consulta. Trata-se de imest1gar se o paciente funcio- na como terceiro e.~cluido ou incluído em relação ao mofüo dn inicio do processo psicodiagnós1ico. É comum aconle(.°Cr que os pau; de uma crianc;n ou de um adok,cente não esclare- om ao paciente o motivo pelo qual o levam a um psicólogo. 'sestc caso. traia-se o paciente como terceiro excluído. Se lhe esclarecem o motivo. funciona como terceiro induído. mas é preciso ob!>L'l'\ar até que ponlO os pais (ou quem inten-ém como encaminhante) o fazem participar desta informação. Em ruguos casos comumcam-lhe um moti,o real, mas não aq.u:lt: que nuis os preocupa Para que tenham tomado esta dec1sao. d,.:vem e.iustir wrta, fan1aS1as a respeito do que ocorreria se llk! cont.'l,...:m todJ a ,-erdadc. Oi riamos, então. que e«tes pais tram- milir,un ao f tlho o moti'° marufesto mas ocultaram o motÍ\"O profiMJo. Fm ourros casos. cm face da recomendação do psi- 33 cólogo de que esclareçam o paciente sobre o motivo real de sua presença no consultório. aceitam e o fazem. mas nem sem- pre conseguem a1er-se à ,erdade. Surgem então distorções, ne- gações. etc .. que na realidade confundem o paciente e aumen- tam os seus contluos :unda mlllS que o conhecunento da \Cf· dade. E.iremplificaremos isto com um caso. Trata-se de uma crianc;n de sete ano,;.. com um irmão g.:.-mco. um irmão maio«' de no,e anos. e uma irrnãúnha de ~ anos Desde o primeiro mocm .. -nio os pais di=m que estavam coll>Ultando porque este filho goslava de disfarçar-se de espanhola. de dançar. rejeita\-a os espones mascu inos como o futebol. cOlllla mmos que seu irmão gêmeo e era muitoapegado à mãe. :-.!o entanto. res1s11- ram a dizer-lhe a verdade e lhe falaram que o estavam trazen- do porque comia pouco. A fanta.<ia que atuava como inibictora do motl\O real da consulta procedia ei,pccialmcnlc do pai e con,islia cm que dí7Cr a ,crda&: â criança -poc1ia criar-lhe ur- lrauma .. Analisaremos. a partir desie e~emplo. as conseqüên- cia~ que sobre\<êm se o psicólogo não modifica isto e segue o processo sem retificações. Em primeiro lugar. o processo se m1cia com um enqua- dramento em que se deslocou o verdadeiro ponto de urgência. l\o exemplo. deveríamos nOl> centrar na im.c,,1ig:ição de un caso de perturbação ela dentidacle se,-ual mfanlil. ma:, o dcs- t..quc recaiu na oralidade: do paciente Em l>et,'llndo lugar, complica-se a tarefa de estudo do ma- terial recolhido na hora de jogo e ~ 1es1es. O paciente con- trola melhor o motivo apresentado por quem o irou.~e. mas.. inconscimtemente. percebe a incongruência ou o eng;mo e o transmiie ou projeta no material que nos conmnica. !\esta crisn- Ça doerue surgiram sen1101ent0l> de surpresa. jã que sua recu-,,. a come,-preocupava n~ pais mais do que todos os ,eus amanci- r°'" 'lento, e d..'mais trnço, hom=.s.uaís. que ~oca,1UD rea- çõc,, nq,'lltiva:. cm todos.. especialmenle no pai Esta atitude <ia,- pais também mobilizou sentimentos de estafa e até de cumplicidade. Se o p,icólogo acena tudo tsto. entra neste jogo pengoso, no qual finge est:Jr imestigando uma coisa mas. sor- rateiramente. explora outra socia~nte re1e1tada e S.1nciona- da. Quando trabalha. por exemplo. com o matenal dos Lestes. deve. por um lado. estudar como aparece o mo11, o apreserua- do pelos pai, (oralidadel. pois terá de falar sobre i~-.o com a criança e com os pais na entre\ 1st1 final. Por outro lado. dc,e- ra in\'e,tigM o que rcalmcnLc preocupa os pais e também a cnãnça. ESC! situação inlrodu7 nO\ as vana,·e1s. torna o pano- rama confu:;o e produz uma sensação de estar trabalhando "em duas po<1tas··. Se os pais aceitam e reconhecem o moovo real d3 con,ulta e o tr.lllSmllem fielmente ao p,icólogo e ao filho. o panorama que se abre :io psicólogo é mais coerente. Em terceiro lugar, aiam-se dmculdade:; muno séria!> quau- do o psicólogo de,-e dar sua op1mão profissional oa entrc,;'ila de devolução. !\este mom.:ntO pode opmr por não falar. enlrJ.n- do assim em cumplicidade com os pais e, em úluma instância.. com a patologia: pode manter uma alitude amb1gua, sem calar tola\Mênte nem falar cl:iro. ou dizer a verdade, na medida em que a força .:gó,ca dos pais e do paciente o permitam. Cm quarto lugar. o destino de uma possível terapia futu- ra.. caso seja necessária.. é mwto diferente conforme tenha ha- , 1do esse clima de ocultamento e distorções ou de franqu.:1:a dosada durante o processo psicodiagnósnco. lndubitavelmenh.:, .:,~e clima pode Ler criado uma n:laçào transforeocial peculiar com o psicólogo que realizou a rarefa. Na medida em que este ,inculo csu.ja , icl:ldo. predispõe o pacicnL.: a trabalhar com a fantasia de qu.: a mesma experiência se repetirã com o fulUTO terapeuta. Em mui10,, do;, c:isos em que o paciente se perde na passagem do psicodiagnóstico para a terapia. este foi um dos fatores deCJS1vos. Poc todas estas razões rccomend'.lrnos especificamente de- tectar a cot0c1déncia ou discn.-pância entre o mouvo manifes- 10 e o moti\'o latente da consulta. o grau de aceitação, por parte dos pai, e do paciente. daquele que se n."Vcla :,er o ponto de mJJoc urgência asSim como a possibilidade do paci.:nte. e de seus pais, 4 entrnitla i•idol __ _ JS de conseguir um msight. Sem dúmla, esta dinâmica surge por- que o moti"o da consull:l é o elemento g.:rador da ansiedade que emerge na pnmeim entre-.ista ( ou mais adiante). Em outro trabalho referimo-nos á importância da instrumentação dcsta ansiedade dentro do processo'. Em geral. aquilo que os pais (ou mesmo o paciente) dis- -ociam. adi:un ou evi131ll transmitir ao psicólogo é o mais an- siógeoo. Em ouuos casos ~erbaliLam o que det·eria ;;er m111to ansiógeno para eles m~ não assumem a ansiedade como sua, transferindo-a ao psicólogo. Assim acontece, por e,emplo, quando os pais se mostram preocupados porque o filho é cnu- rêtico mas. apesar de incluírem n fato de que também se mos- tra passivo. que busca o ,solam<..-nlo. qu.: não fala e prefere brincar sozinho. não dão sinais de que isto seja uma preocupa- ção para ele,,. 1'.cstes casos procuram fazer com que algum profissional ratifique suas fantasias de doença hcrdlda ou conslllucional ou. pelo menos, da base orgámca do confino psicológico. Estas teonas atuam em parte como redutoras da an· sicdade. na medida em que dt:,;ligam os pais de sua respoo- sabihd:lde no processo patológico mas. por outro lado. incre- mentam-na porque supõem um maior grau de t.rre,er.;ibilidadc do sir•oma Alguns pais relatam com muita ansiedade um ~-intoma que . ao psicólogo. parece pouco relc,antc. J\cslcs casos pode-se pensar que a carga de ansiedade foi deslocada p3r3 um sinto- ma le,,c ma., que, no entanto, pr!)\'l!m de outro mais séno do qu:il os pais não tomaram consciência ou que não se alrC\em a en- ca.rar, e .:uja transcen&ocia se expressa atra\ié., di quan1idade de ansiedade deslocada ao sintoma que chegam a verbalizar. 2. Oc._, M. L S de< G.vda Araeno. \i. E .. -EJ mallCJO de la amiedad cn cl molÍ\'O de conw1r.a y ~ rebdón con Ja ~OIUl..'1.ón de inÍN· ,ión cn d cim-c de prooao p'1cc,diag1>6s1100 cn niilo,-. tnilicuho apn,- >entado oo I Coogrc:s>o Latmo-am<neano de Psiqu1'ltri, lní:,nnl. Pwtta dcl F«e. Un.i;uni. oun:mbro de 1969. J6 Relalaremos um caso para mostmr isso m.ais deralhad:!- mente. Jorgc é uma <,TÍança de llO\e anos. que é levad:l por sua mãe ao l lospilal de Clínicas porque 1cm certa~ dificuldades na escola: confunde o -M" e o ··'J~. o .. S .. e o ·-e·. o ··v .. e o ··8''. ,ão apareceu nenhum outto dado como moli\o da consuh:a duran:e a admtssào e nem ao se realizar a primeira entrensla com a mãe. Antes de pr=guir com a supervisão do matcnal dos te-.tes da mãe e da crunça. deovemo-nos em alguims ques, tõcs· É = a maneira pela qual comumcnte wna mãe encara um problema de aprendiaigern tão simples como este? Por que não rccom:u a uma profo,sora particular? O que ha\erá por uás desta dificuldade escolar que ju,tifiquc a rnobih7.açào da mie e <1.; criança para acc1raro proces,,o psico<liagnóstioo. geral- mente desconhec,do e. portanto. aosiógeoo? Como resposta cabe peosa.r na exislência de algum outro pmbkma tão mais sério quanto mais mirumizado foi o motivo da consuha e mail. categoncameme negado. para manter afas- lada a inlen<.a an,iedade pcn;ecu1óna que sua emergência mo- biliz:ma. Contmuando cum a supc~ ,l>ão do caso. descobrunos que a criança ha,ia somdo uma <,-raníoc,tcno,c. cm -azào da qual fot operad:l aos seis meses e esteve hospilaliLad:l durante um ano e meio. Aos seis anos fez uma arnigdaketomia 'JCl>..-.:aS oportunidades. nada lhe foi explicado. nem antes. nem duran- te, nt:m d<,-pois das 1n1er.e11ções. A isto soma,a-se a intcn.,.a ansiedade da mãe por fanta~JaS de mone durante a gravidez e parto deste filho e pela morte real de vános familiares. Mle e filho compartilha\'am da fantasia de que este havia sido par- cialmente es\'azíado na primeira op...·mçào. de que 11 ,ha i-tdo transformado em um microcéfalo {isto é ,~sto com clare,a nos gráficos d:l mãe e do filho) e de que. dai. era torpe. incapal. -n- po1ente. Desta per.;pectiva. pudemos compreender o s inloma tnvido para a consulta como expres:;ão do alto nível de eiti- gúncia e a margem de erro mimma permitida pela mãe ao filho leram erro, de ortografia bastante comuns) ame seu conscm- tc temor da realila,;-Jo d.: tai, fantasias de castração em todos .4 enur,isra uucwf _____ _ J7 os m,eis. ao me<-mo tempo que uma espécie de necessid3de permanente de reasscgurnmento de que sua cabeça funcionava bem. Pedia-no,. indiretamente. que revisássemos a cabeça do filho e a sua e lirassemos suas incógnitas.E.,;ta tática obedeceu. poi~ do JXJ"'IO de vista do m11s doente. a um ocultam:nro do que era mais patológico. por medo de entrar cm pânico. Do ponto de ,;,1a adJplam o. por ouiro lado. respondeu a uma necessi- dade sentidJ. mas não consc1entitada. pela mãe e ptlo meruno de que fossem subme1ido, a um trabalho de asseps1ª menta 1 que. na oportumdadc certa. não foi feito. e que esta\ a ,nterfc- nndo no d~emolvim:nco sadio dos dois. A acomodação do paciente e ou de seu.~ pa,s ao sintoma 137 com q...: diminua o ní,el de ansiedade (qualquer que s.:ja 3 sua :iatureza) e fique facilnado o seu depósito maciço no psi- ~ólogo. que de,era dtscmruná-la e rcmrcgrá-la com maiores dificuldades na entte-. ista de de-. olução. Pelo comr.uío. urna conduta CUJOS elemcntOl. latcnlc~ alannarn o ego do paciente, e fünd11nentalmente seus pais. poderia mobilizar ouiro tipo de ansiedade e cu lpa. o que. por sua wz. cond1c1onaria ou1ro upo de manejo técnico desde o começo do proce1-so e uma dc,olu- çào de mfonnação mais fácu. Os primeiros sinais de an:;1ed3de aparecem. nonnalmen- te, na primeira encre,~sta. quando os pais começam a relatar a história do filho. Se o p,icólogo não adora uma amude m2ê- nua. não pode esperar registrnr uma história ordenada e com- pleta. Os pais tran,mitcm a história que querem e podem dar. Por seu lado, o p,icólogo emende a históna que pode enlender. ?\a pnmc,ra cntrçyista .: imponante registrar o que di" cada um dos pai,. como e quando o dizem, o que lembram e como o fiucm. o que esquecem. de maneira a po1for n.:construir pos- erionneme. com a maior fidelidade possível. o diálogo e os elementos nào-\'erlxus do enconcro. As amnésias são sempre '"'luito signuícab\aS porque supõem um grande volume de an- si~dade que de1erminou uma inibição no processo mnêmico. Um mdic10 favor.h·cl da boa C-OIJlunicaç3o entre os pai,; e o p,,i- )8 cólogo é o dccrésdmo de,;.: \'Olumc de anS1edade. a supiessão da Ulib1ção e o aparecimento do dado esquecido. É uul averiguar. desde o principio. que làntasias. que con- cepção da vida. da saúde e da doença têm os pai;; c:Jou o pa- ciente, o conhecimento destes esquemas referenciais pennit~ compreender melhor o caso e e.~tar a emergência de ansieda- de, confusionais ou pen;eeutórias. Conhecendo estes esque- mas poderemos. por exemplo, entender melhor pôf ~ eS16 pais pell53TaID que o filho está docn1.c. como deveria e,,iar para que eles o considerassem curado e o que ill:'>eria fazer o tera- peuta para consegw-lo. Muitas 'liCU:,. esse:,. dados JJ<,'mliler:'I pn."wer interrupções do tratamento (confusão por parte dos pai~ entre uma '·fuga .. na saude ou um estado maníaco e a verda- deira saúde mmlal. ou crença de que um acesso de fúria é um m:uor 'lldicador <k doença do que o aces:,.o de asma a.ntenor ao tral3memo ). Ao mesmo tempo. o esclarecimento dClilcs ponto,, penru- te ao psicólogo determinar se os próprios pais necessitarão de ass1stêoc1a ps1col6g1ca ou não. e. caso a necessitem, qual a têc- mea lll3tS apropriada (terapia profunda individual de um dos dois. terapia de casal, grupo de patS. terapia familiar. etc.). Oucro clcm.:nlo digno de s.:r levado cm conta ~do se tra· rolha rom a técnica <k entn..'Vista livre é a seqiiêneta de aspectos do filho que os pais vão mo:,.'trando ou dos aspectoc; de SJ que o paciente adulto vai mostrando. Quando se trata de pais que \'IC· ram por seu filho (cri:inça ou adolcscenlc). pod,:mos registrar al1emati\'as distintas: um mostra os aspectos sadios do filho e o owro os rruw, doentes. e isto se m:inlém ao longo da primeira entn....,.;sta e de lodo o processo. Os papéis se alternam, e quando um do, dois mosua algo sadio o ouu-o mostra um aspecto doon- te Ambos mowam o mesmo. só o sadio ou só o doente. É poSSi\Cl, também, que a ênfase vá passando. ao longo da en=;sta. domai~ sadio ao mais doente ou vice-,·ersa. Como, neste sentido. o psicólogo outorga aoc; pais a mais ainpta liber- dade. tem direito a considerar tal seqüência como sigiuficaú\3. ~ "71/>"i'\'><'.D intdal _________ _ )9 Considen:1110,; em pnmeiro lugar o caso de pais que co- meçam pelo, a~10~ ma,s sadio, e gnmfícames do filho. incluindo paulati03mente o mais doente. Se esta é a seqüência escolhida. pensamos que se trata de pai, que se preparam e preparam o psicólogo para receber gradualmente o mai, ansió- geoo. Além russo. pode-se dizer que adotam uma alltude mai~ pmtctora e Dl<!nos devastadora em relação ao filho exremo e ~-m rcln.;ão a ~eus próprios aspecios mfantis. Isto leva a diag, OOMicar a J)Ol,l,ibilidade de uma boa elaboração depressiva d! ansiedade, com o que se pode p=er também uma colabora- ção positiva com o psicólogo durante o processo p,ícod1aguõs- uco e com o terapeuta. se a criança necessitar de tratamento. Pode ocorrer que os país mostrem exclus1vamcntc o~ a:.- Jl<!CIOS posimos do filho. até um ponto em que o psicólogo se pcrgume a rar.;;o da consulta e de,'3 perguntá-lo aos pais Alguns necessitam que o psicólogo lhes mostre que ele pane do prin- cipio de que algo anda mal, que se de,·e encarar o que ~-tá fa. 'bando e que esta atitude não pressupõe a invalidação do que funcioru bem. O que é mais dificil para o p~icólogo diante de c.1$0S como estes é con,cguir que os pais considerem o, aspec- '°" mais doentes do filho como algo que deve ser mo.:ilrddo e q;.,c dC\em integrar com o J>OSIIIVO, sobretudo ll3 últim3 cntre- ,,sta. Como é evidente, estes p31S necess11am idealizar o filho. 'lCgal' maníacamente a doença porque :i sanem como algo muito ansiógeno e porque, no caso de admiti-la. deverão arcar com l-.'113 dose exccssi\'a de culpa persecutória. É ju,1amente essa probabilidade de cair alternativamente em ambos os estados de ârumo que toma dificil o contato com os pais e a oom,ccu- ,ão de um dos pnnc1pai:i objetivos do psicodiagnóstico: mos- trar-lhes uma imagem mais completa po:;sivel do filho. F.m outros casos. a seqüência escolluda e a inversa: apare- a.'1l1 pr,mciro os al,J)CCtOS mais doentes e depois. ocasionalmen- te incluem o adaptativo. Consideramos isto. em termos gerais, oomo wn indicador do dcscJo ck depositar no p,.icólogo. de for- ma rápida e maciça. o mais ansiógcno, para prosseguir a entre- -10 ___ O p,= p<.-,vd,'Wfixlica " a; timica:< projermu \"ista com maior tranqüilidade e soltura_ Em mwtos casos, este recurso e,.acua11,'0 sene para os pats esumarem o poder do osicõlogo como continente cfa doença do filho É algo aS!>irn como um cie,,afio ao ego do psicólogo. que ~ ,.:. dewe oco- "'lêÇO. crivado por relatos muito angustiados. '-'esta dinâmica podemos J)TC'·er dificuldades na entre\ ista de devolução. já que estes pais dificilmente poderão tolerar o ínsight dos aspectos mais doentes do filho. Assim como nos referimos antes ao c= do!> pais que idea- lizam o filho. encontramo:, também o caso opo,10, o daqueles que não coo._<.egucm rc,gatar nada d<! posiu,o e tratam-no co- mo a caixa de re,iduos que lhe,, ser.e para não aswrnir seus próprios aspec10-, doente, e a culpa pela doença do filho Neste,, caso!, a devolução de informação também é difkil pois os p3.Ís não toleram a incl~o de 35pee1os sadios e adaptauvos do filho dl:'ido à culpa que isto lhes suscitaria. A culpa e a ansie- dade concomitantes seriam de npo depressl\o. senumeruos es,.e,, que estes pais não suponan1. É multo frustrante trabalhar ~ pais 3SSllJl em ps1codiagnóst1co ou em ~icoterapia, jã que ,e eles roo recebem a a.~i~tência terapêutica para que h3ja urna mudança ~,tí,a. n:,i,tirão ~mpre a admjtir a melhora e os pr0grcswi, do filho. O psicólogo espera que ambos os pais. indistimarnente. tr.1garn. associando li, rememe. aspectos positi\os e ~tÍ\os. que formem uma un.agem do filho. que se completa à medida que a entre'l 1sta ,.11 transcorrendo. bta expectauva nem sem- pre se reaJ123. Dá-~e o ca_'° de pais com papéi, fran~mente contrânos (não complementar-e,, que "-iO 0-, mai\ pró,imo, a normalidade). Um do!, pai, 8S!,-Ume o papel de advogado de dcfci;a e ooutro de acusador do filho_ Um relata algo posith·o e o outro imediatamente associa algo negativo que ill\-alicb o qut> foi relatado antes_ Suponhamos. por e:<emplo. que a m.ie diga: ~É muito ordeiro .. e o pai acrescente: --sim. mas ontem dei- xou tudo Jogado. seu guano estava desarrumado:· Em alguns casos. cada um d~es dois papéis é lixo e desempenhado por 41 ------... nltf'n'lrt.!I ini,...-il ___ _ um do,, pais ao longo de tocb a primeira cn=·ista e. inclusi- ,e. de todo o processo. l:.rn outr0s ca._<os o que vemos é que são pap,;is intcrcamb,:hcis e que o que esses pais necessitam não é a função que dctcmtinado papel lhes confere e Sllll a existên- cia de ambos os papéi:,.. não importando quem o~ desempenhe. 1':ào toleram estar de acordo. não Miportam que o filho seja al- gi,ém que tnOStr.l cocrcmcmcnlc a mesma coisa a todo,. não po- dem concordlr com o que vêem e. às ,-ezes. o que, écm não tem muito ,alor para eles. empenhados numa luta permanente. di- reta ou indire1a. :-;a entrevista. o psicólogo se sente oomo o 'i!'io do cai.ai, como espectador obngado das bngas continU35 e com dificuldades para entender as mensagens. pots estas são pem1an.:ntementc contmditôna,. fates J)J.l!, chegam a ent:re- ,ist., final com a fantasia de que. por fim, saher-,e-á qual dos 001s unha razão. Quando pcro.:bem que o psicólogo não torna l'3Jtido de ninguém. mas que oompreende os dois. co,tumarn all\'iar-se ou irritar-se. de acordo com o ca:;o. O ali,10 surge quando conseguem um insight do tipo d<! casal que constituem.. q.,ando não -..! ~t~m recnnunados por isso, quando com- pn:cn&m que entender-se um com o outro lhes permite enten- der melhor o filho Não há dúvida de que nestes prus há uma ~:;cn.i de smtimentos dep=i.o, que~ mo,unentam qu:in- do o 1>5icólogo lhes mostra os efeitos do tipo de , incuto que e,tabeleceram entre s i e com o filho. A irritação. manifesta ou encobena, surge quando sentem o que o psicólogo diz como uma rcpro,ação ou um castigo pelas lutas continuas. O casti- !,'<1 consiste em sentir-se tratado como terceiro excluído que recebe ~ admoc~taÇÕCS do c.i.sal parental. reprc:;cntado ent.'io pelo p,icólogo aliado com o outro_ Por esta razão é tão impor- tante abster-se de entrar na atitude de iomar partido ou de de- sautorizar francamente mn dos pais do paciente. O ma,s sau- d.vel e mostrar aquilo em que cada um e.;tã cec10 e O\> efeito, que os erros de cada um produzem no filho. Ponanto. não é recomélldá, el entrar no Jogo de três que. inconscientemente. propõem ao psicólogo. ma.~ sim mostrar-lhes que eles consti- tuem um casal e que o terceiro é o filho, a quem se deve dar fofase em tudo o que se fala. Outra dificuldade que pode se apresentar já desde a primei- ra entrevista deriva da semelhança entre a patologia do filho e a de um de seus pais. !\este, ulll3 reação defensi:\11 comum po- de ~cr a dt: diminuU" a importância de tal patologia reforçando isio com racionalização do tipo· -Eu era igual quando peque- oo. e agorJ estou bem." Os dados que apontam para e5ta pato- logia não aparecem como motivo manifestn ou n:io se lhes dá primazia. É o psicólogo que deve captã-los, perguntar nws exausnvamente sobre isso e urur os dados do fílho com o r,a.. teria. ,erbal e pré-verbal do pa,. da mãe ou de ambo:. (gestos de contrariedade ncno,i,mo. d.:scjo~ de ir embora, wrborra- gia im11siva ou moder.tçào extrema e todo tipo de tentativas de convencer o psicólogo de que é melhor não pergunur m.us a respeito daquilo). i:. muito importante. então. que o psicólogo não se lóllbmeta a tais imposições para poder obter todo o mate- rial necessáno. sem se altar à patologia do grupo familiar. arcan- do com todas as conseqüências que <-"'lC pap,:1 tIU consigo A, difículdadcs a~ladas.. e muitas outras que não podmi -.er e,gotad.il. o~tc capitulo, swgem das características psico- dimimicas do paciente ou do grupo familiar que nos consulta. t: das do próprio psicólogo. Este de\e se ocupar. desde o pn- meiro momento. em discnminar idenndades dentro do grupo familiar que o consulta. É mwto importante que estabeleça quais e de que upo e inten~idade são :i~ identifíc:içõcs projcti- ,as que cada pai faz com o lilho e ~e oom eles De--e estu- dar, em cada C3\0. :is probabilidades que tem de =bchx:er uma aliança terapêutica sadia entre seus aspectos mais sérios. n:paradores e maduros e os dos pais. Se. ao contrário. se esta- belecer uma aliança entre seus aspeetos mais infantis e os dos pais. soo poucas as suas probabtlidades de fazer um bom diag- nóstico e prc!ver com correção o prognóstico do caso, assim como de planificar uma terapia adequad:i para ele. Quanto me- nos e:<periência tiver e quanto menos elaborados e.tiverem :1 OIIMÍ>la inici,J _________________ 4_1 5e'llS conflitos pessoais. maJS exposto o psicólogo estará ao mec=to de conua-identitic:içüe proje1iva. Esta pode se dar com um dos pais. com ambos como casal ou com o filho. Di- mmui accntuadamcn1c a compreensão do caso e as possibili- dades reparatórias da dC\·oluçào. A ansiedade desempenha um papel importante em tudo isso, :6SÍm como também o grau de matundade alcançado pelos aspectos infantis do psicólogo e dos pais do paciente. Se o p;;icólogo mantém uma ~ubmissão mfan1il cm relação a SCU$ pais internos.. pode pei-m11ir-se pouca hbcruadc de pensamento e de ncão diil.lltC do casal qw o consulta Tender.ia crer no que d1,,erem, a aceitar o cnquadrdffiento que eles ÍLxarem. será di- ficil ou im~ível colocar-lhes limites se for necessano. etc. Isto significa confundir-se e não tomar dis1ância suficiente para pensar de forma adequ;ida sobre o caso. Tambt..'m surge ansiedade no psicólogo e nem sempre ele pode in~trumenlá-la em seu bcnet1c10. A ansiedade funcíoru nele como um ,inal de alarme ante um emergente num determinado momento da en- trevma. Se, enliio, puder in,1rumo..'Tltá-la. conseguim urn melhor in.<ight. Se. ao contr:1rio. o ego observador do psicólogo se do:ixa m,-~dir pela ansiedade. perde capacidade de discnnun:i- ção. se confunde, deixa-se manipular. incorre em aIUações, etc. Sua capacidade de penetração no outro frocassa ou toma um rumo que nada tem a ver com o ponto de urgência que deter- minou o surgunemo do alanna. A ansiedade pode favonxer ou ,- bir as pos.,;,b11tdades do psicólogo de pcq,'IDltar. escutar. reter. .:laborar hipoteses. integrar dados e efetuar uma boa sintese e ro<icrior dc,olução Por i5SO consideramos oponuno desmcar a impo,rtância da qualidade do mundo interior do psicólogo. suas possibilidades rcparntónas em relaçJo a seus próprios :b-pectos infantis e a seus pais internos. Se es1e aspecto é favo- r.h el. é bem possível que possa tomar urna distância ótima e :>doclr 3 técruca l!l3JS adequada. Do tootráno. st contra-iden- nficará com~ pai,. aiacW1do o filho ou com o lilho atacando os pais. interfenndo em ;eu próprio trabalho. até o pomo de se 44 ---- O processo p,icoáiag'l()stk.:, e as w,:nica! proje,,,.,, tomar uma barreira impeoeu-ável na comunicação. Esta difi- culdade é transmitida mais através da forma do que através do conteúdo d3quilo ~e se diz. C&e último é mais bem controlado do que um tom de \'OZ conanle. seco. ~ivo e indiferente. Além da ansiedade. a culpa dcs..'Illpcnha um papel prepon- derante tanto nos pais e no paciente quanto no psicólogo Quanto maior ê a ansiedade que detectamos na entrevista. maior é tam- bém a culpa bllbjaccnte. Em alguns e~ os pai, veroalil.llm- na dm:ndo: -Que terei íci10 de crradoT lndepcndentenl<!ntc da quan11dade e da qualidade da culpa, quase sempre aparece nos pa1s a fantn,"ia de 1rreparab11idade. quando se enfi-enlil.lll com uma lus1óna mais ~I que inclui seus aspectos amorosos e desuutivos. Enfren1ar-se com sua qualidade de pais não per- feitos dói. e se o psicólogo não o compreende. pode aparecer como figura censora que os ca,tígará como a filhos surpn.>cn- didos em falta. Esta dor nem sempre é elaborada favoravel- mente; para alguns pais o fr-Jca~,;o de sua onipo1êneta é :111,'-0
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