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Policiamento Montado

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“POLICIAMENTO MONTADO” 
- 40 ANOS - 
 
- A HISTÓRIA DE UM SONHO - 
 
 
 
FERNANDO D`AUSTRIA E CARAVELLAS FILHO - CEL QOPM RR 
 
 
 
BRASÍLIA – DF 
MARÇO DE 2021 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
A DEUS e aos que ELE colocou no meu caminho ... 
 
Aos que se foram... E aos que virão... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“SOLDADOS! É FÁCIL A MISSÃO DE COMANDAR 
HOMENS LIVRES; BASTA MOSTRAR-LHES O 
CAMINHO DO DEVER!” 
 
(MARECHAL MANOEL LUÍS OSÓRIO) 
 
 
DADOS DO AUTOR 
 
FERNANDO D’AUSTRIA E CARAVELLAS FILHO 
CEL QOPM RR 
 
 
- Praça Especial: 01 de março de 1990 (Aluno-Oficial/ Cadete) 
- Aspirante a Oficial: 11 de dezembro de 1992 
- 2º Tenente: 25 de agosto de 1993 
- 1º Tenente: 25 de agosto de 1995 
- Capitão: 21 de abril de 1998 
- Major: 26 de dezembro de 2003 
- Tenente Coronel: 26 de dezembro de 2009 
- Coronel: 21 de abril de 2015 
- Reserva Remunerada: 11 de maio de 2020 
 
 
 
FUNÇÕES DESEMPENHADAS 
 
- Todas as funções de Oficial Subalterno e Intermediário do Regimento de Polícia Montada - PMDF (1993 a 
2000); 
- Instrutor de Cursos de Policiamento Montado - PMDF (1993 a 2004); 
- Comandante da 3ª Companhia de Radiopatrulha do 4º Batalhão de Polícia Militar - PMDF (2001); 
- Oficial de Operações do Comando de Policiamento Regional I - PMDF (2001 a 2002); 
- Instrutor de Tiro Defensivo na Preservação da Vida – “Método Giraldi” - PMDF (2002); 
- Oficial de Operações do Comando de Policiamento Regional Metropolitano - PMDF (2003); 
- Coordenador do 1º Curso de Operações de Choque Montado - PMDF (2004); 
- Subcomandante do Regimento de Polícia Montada – PMDF (2004); 
- Comandante do Corpo de Alunos do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) - PMDF 
(2006); 
- Chefe da Seção de Pessoal do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) - PMDF (2007); 
- Chefe da Divisão de Ensino da Academia de Polícia Militar de Brasília (APMB) - PMDF (2002, 2007 e 
2008); 
- Chefe da Divisão Administrativa da Academia de Polícia Militar de Brasília (APMB) - PMDF (2008 e 2009); 
- Comandante do Regimento de Polícia Montada “Regimento Coronel Rabelo” - PMDF (Mar 2010 a Jan 
2012); 
- Chefe da Seção de Apoio da Diretoria de Especialização e Educação Continuada do Departamento de 
Ensino e Cultura - PMDF (2012); 
- Subcomandante e Chefe da Seção Operacional do Comando de Policiamento Regional Sul - PMDF (2012 e 
2015); 
- Comandante do 27º Batalhão de Polícia Militar - PMDF (2013 - 2014); 
- Diretor de Pesquisa e do Patrimônio Histórico e Cultural da PMDF (2015); 
- Diretor de Projetos da PMDF (2016); 
- Corregedor-Adjunto da PMDF (2016); 
- Diretor de Apoio Logístico e Finanças da PMDF (2017); 
- Comandante do Comando de Policiamento Montado da PMDF (Mar de 2017 a Jan de 2019); 
- Comandante de Comando de Missões Especiais (Jan de 2019 a Mai de 2020). 
 
 
 
 
CURSOS/ESTÁGIOS (MILITARES e CIVIS) 
 
- Curso de Formação de Oficiais – PMDF (1990 a 1992) 
- Curso de Policiamento Montado – PMDF (1993) 
- Estágio de Choque Montado – PMDF (1993) 
- Curso Básico em Equoterapia – ANDE BRASIL/ DF (1999) 
- Extensão em Equoterapia – UNB/ DF (1999) 
- Curso de “POLICE HIGH RISK PATROL” na TACTICAL EXPLOSIVE ENTRY SCHOOL/ TEES BRASIL 
(1999) 
- Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais – PMDF (2000) 
- Curso de “Patrulhamento Policial de Alto Risco” na SNIPER TREINAMENTOS ESPECIAIS – Brasília/ DF 
(2001) 
- Curso de Instrutor de Tiro Defensivo na Preservação da Vida - “MÉTODO GIRALDI” - PMESP (2002) 
- Estágio Básico de Combatente de Montanha – Exército Brasileiro (2003) 
- Mergulhador Autônomo - SCUBA DIVER (2003) 
- Curso de Operações de Choque Montado - PMDF (2004) 
- Curso de Coordenação de Busca e Salvamento (SAR 005) – Força Aérea Brasileira (2007) 
- Curso de Paraquedista Operacional – PMDF/ Nível AFF (2007) 
- Bacharel em Direito – UNIEURO (2008) 
- 10 º SWAT (Centro Avançado em Técnicas de Imobilização - CATI) – Brasília/ DF (2008) 
- Curso de Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas – Nível Leve/ CBMDF (2009) 
- Curso de Altos Estudos – Especialista em Gestão Estratégica em Segurança Pública/ PMDF (2009) 
- Curso de Primeiros Socorros - Nível Básico - CRUZ VERMELHA BRASILEIRA/ Brasília – DF (2011) 
- Curso de Instrutor de Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas– Nível Leve/ CBMDF (2012) 
- Curso de Atendimento Pré-Hospitalar Tático – Centro de Capacitação e Desenvolvimento Profissional 
(2013) 
- Curso de Sistema de Comando de Incidentes – Nível Avançado/ CBMDF (2014) 
 
 
 
CONDECORAÇÕES 
 
- Medalhas de 10, 15, 20, 25 e 30 Anos de Bons Serviços Prestados à Segurança Pública – PMDF 
- Medalha JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER – “Tiradentes” – PMDF (2004) 
- Medalha do Pacificador – Exército Brasileiro (2004) 
- Medalha “Sangue de Heróis” – Força Expedicionária Brasileira (2005) 
- Medalha Comemorativa aos 200 anos da PMDF (2009) 
- Medalha da Ordem dos Cavaleiros Honorários – RCECS/ PMERJ – (2010) 
- Medalha do Centenário do Regimento de Cavalaria “9 de Julho” - PMESP (2011) 
- Medalha de Mérito Militar da Polícia Militar do Maranhão – PMMA (2011) 
- Medalha do Bicentenário do Regimento de Cavalaria de Guardas – “Dragões da Independência” – Exército 
Brasileiro (2011) 
- Medalha Mérito da Ordem Pública e Social do Distrito Federal – SEOPS (2012) 
- Medalha da Ordem do Mérito Judiciário Militar – STM (2014) 
- Medalha da Vitória – Ministério de Defesa (2015) 
- Medalha “70 anos do Término da II Guerra Mundial” – Associação de Ex-Combatentes do Brasil/ Brasília 
(2015) 
- Medalha da Ordem dos Cavaleiros de Rabelo – PMDF (2017) 
- Medalha Comemorativa do 4º RBG – BMRS (2017) 
- Medalha Mérito Segurança Pública do Distrito Federal com Colunata em Prata/ SSPDF (2020) 
 
 
 
 “PREFÁCIOS” 
 
 
 
 
 
“CUIDADO COM SEUS PENSAMENTOS, POIS 
ELES SE TORNAM PALAVRAS; 
CUIDADO COM SUAS PALAVRAS, POIS ELAS 
SE TORNAM AÇÕES; 
CUIDADO COM SUAS AÇÕES, POIS ELAS SE 
TORNAM HÁBITOS; 
CUIDADO COM SEUS HÁBITOS, POIS ELES SE 
TORNAM O SEU CARÁTER; 
E CUIDADO COM SEU CARÁTER, POIS ELE SE 
TORNA O SEU DESTINO”. 
 
 (FRANK OUTLAW) 
 
 
____________________ 
Foi com satisfação e orgulho que recebi a presente publicação, a qual me fez voltar aos idos 
de 1954, quando de minha Declaração de Aspirante a Oficial de Cavalaria, do Exército Brasileiro. 
Quis o destino que, após servir no 9º Regimento de Cavalaria em São Gabriel/RS, eu fosse 
para Brasília/DF, onde fui incorporado à Polícia Militar do Distrito Federal e onde, posteriormente, 
tive a honra de ser indicado para comandar o que hoje é esta grandiosa força, defensora da lei e 
da ordem. 
Parabenizo-me com o CEL CARAVELLAS que, com garbo e vibração, elevou com orgulho 
os sentimentos daqueles que um dia realizaram o que muitos achavam ser impossível. 
Minha continência ao autor. 
ALOYSIO MARTINS FERNANDES – MAJ PMDF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
____________________ 
Esclareço que meus contatos, diretos e presenciais, em Brasília, sempre foram muito 
intensos, embora eu seja do Estado de São Paulo. 
Eu vivenciei, por muitos anos, os estudos para a transferência da Capital do Brasil para o 
Planalto Central e suas indefinições; 
Eu vivenciei a demarcação do local, a polêmica causada pelo nome “Brasília”, que muitos 
não aceitavam, e as dificuldades que os estrangeiros teriam para pronunciá-lo; 
Eu vivenciei o projeto para construção de Brasília e todo o trabalho dos “candangos”, 
normalmente chegados do nordeste, com a “cara e a coragem”, com a finalidade de participar da 
construção da nova Capital Federal, bem como todas as dificuldades para isso existentes; 
Eu vivenciei a construção do “Catetinho”, onde Juscelino Kubistchek, então presidente do 
Brasil, permanecia e despachava quando das suas visitas/inspeções às obras de Brasília; 
Eu vivenciei as idas e vindas do Presidente“BOSSA NOVA”, do Rio de Janeiro para Brasília 
e vice versa, a fim de acompanhar sua construção; idas e vindas essas que receberam, da mídia 
da época, a expressão: “Lá vai ele... Lá vem ele...” 
Eu vivenciei a inauguração da Capital e a transferência da PMDF, do Rio de Janeiro para o 
atual Distrito Federal e todas as dificuldades dessa mudança; 
Eu vivenciei a construção das cidades satélites e a formação do Lago Paranoá; 
Eu vivenciei a criação do Núcleo do Regimento de Cavalaria “CEL FRANCISCO RABELO 
LEITE NETO”, a chegada da cavalhada e o lançamento oficial do Policiamento Ostensivo Montado 
da PMDF; 
Eu vivenciei as comemorações do 40º aniversário do Policiamento Montado da PMDF, “um 
sonho” que virou realidade e que deu origem a esta obra; 
 
 
Estou vivenciando o lançamento da esplêndida obra “POLICIAMENTO MONTADO – 40 
ANOS” - A HISTÓRIA DE UM SONHO -, de autoria do CEL QOPM RR FERNANDO D’AUSTRIA E 
CARAVELLAS FILHO, que integra e passa a fazer parte da História do Brasil, do Distrito Federal, 
de Brasília, da PMDF, e do Regimento Coronel Rabelo; 
Estou, com muita honra, participando, com outros, do prefácio desse trabalho. 
“HOMEM/CAVALO - CAVALO/HOMEM”. 
Qual o mistério que une ambos, a tal ponto que um só se sente bem e completo junto do 
outro? Uma integração tão grande, que apenas homem/cavalo - cavalo/homem podem sentir. 
Quem nessa integração não se enquadra e, por isso, nem sempre a entende, terá dificuldades para 
valorizar tamanha amizade. 
Mas essa integração e confiança, um no outro, não surge de repente. É fruto de muita 
análise mútua, até que, em ambos, surge um vínculo de respeito duradouro. 
O binômio é símbolo histórico de audácia, exemplo, destemor, coragem, luta, abnegação, 
força, disciplina, determinação... 
Alguém pode imaginar o “Grito do Ipiranga” sem Dom Pedro montado no seu cavalo? 
A “Proclamação da República” sem o Marechal Deodoro montado no seu cavalo? 
Napoleão Bonaparte sem estar montado no seu cavalo? 
Alguém pode imaginar São Jorge sem estar montado no seu cavalo? 
E muitíssimos outros heróis que honram nossa História. 
E isso tudo, e mais ainda, está muito bem contido e explícito na obra, hora referenciada. 
 Agora já estamos no passo seguinte. 
 
 
Sem o primeiro passo HOMEM/CAVALO – CAVALO/HOMEM, retro explanado, jamais 
teríamos este segundo passo: “HOMEM/CAVALO - CAVALO/HOMEM SERVINDO E 
PROTEGENDO A SOCIEDADE”, missão nobre da Polícia Militar em todos os rincões do nosso 
Brasil. 
O livro esbanja inteligência, sabedoria, conhecimento e profissionalismo, relacionados à 
atuação do Regimento de Polícia Montada nessa missão, durante os últimos 40 anos. A cada 
página uma nova emoção, sem que a anterior tenha terminado. A cada imagem, um sonho 
realizado, dentro do qual nos sentimos como se dele tivéssemos participado. Arrepia! 
A exaltação e dignificação de pessoas, de todos os níveis, que, de alguma forma, 
contribuíram para o sucesso do Regimento nesses anos de labor, também emocionam, assim 
como emocionam as publicações históricas que deram a ele o fortalecimento e o direcionamento 
correto para chegar aos dias atuais, como chegou. 
A extraordinária capacidade do autor em transferir a realidade para dentro do volume, faz 
com que, ao lê-lo, nos sintamos a essa realidade integrados. Impossível começar a ler e não ter 
ansiedade de continuar até o seu final. Os dados históricos ultrapassam a imaginação do leitor e se 
perpetuam na sua mente para sempre, tal é a solidez com que são apresentados. 
Como destaques, também extraordinários estão algumas das principais ações do 
Regimento na área de Segurança Pública e no controle da Ordem Pública, e nas atividades 
paralelas, como a equitação e ações sociais que são de uma enorme e valorosa grandeza. 
O destaque feito pelo escritor, relacionado à atuação do RPMon na “Equoterapia”, junto a 
integrantes da PMDF e da sociedade carente, o eleva aos píncaros da glória e da dignidade 
humana. 
Parabéns, meu “FILHO”! 
 
 
Que Deus o abençoe e o proteja! À sua Família, ao seu lar e aos seus trabalhos! E, 
também, à nossa querida PMDF e, em particular, ao seu eterno Regimento! 
Abração. 
NILSON GIRALDI - CEL PMESP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
____________________ 
Foi com muita alegria e vivo interesse que recebi uma ligação, já no final do mês de 
dezembro desse ano tão singular e doloroso, do meu amigo e irmão de Cavalaria CEL 
CARAVELLAS, com quem tive o privilégio de servir. Eu, TEN CEL Comandante do Regimento; ele, 
um jovem e entusiasmado 1º Tenente. 
Fez-me um convite para ler algumas páginas escritas por ele, com narrativas de fatos que 
marcaram a trajetória do nosso Regimento Coronel Rabelo. 
Já nas primeiras páginas fui tomado pela surpresa e motivação, por encontrar narrativas de 
acontecimentos que levaram-me a períodos que antecederam a criação do Regimento, transcritos 
com tamanha fidedignidade, cronologicamente apresentados e com fotografias que ilustram os 
acontecimentos. 
Imediatamente fui transportado aos idos de 1973, quando ingressei na Corporação, oriundo 
da Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro. 
Logo no ingresso, soube que havia um efetivo destinado à criação de um Esquadrão de 
Cavalaria na PMDF, mas que esse contingente fora utilizado para criar uma unidade tática de 
Operações Especiais, a COE. 
Ao ser nomeado Comandante-Geral da Corporação, o CEL CAV do EB RABELO, tratou de 
iniciar os estudos para implantar um núcleo de cavalaria, não completando seu objetivo, face à sua 
morte prematura. 
Assumiu o comando da corporação o então CEL EGÊO, também oriundo da arma de 
cavalaria do Exército Brasileiro, o qual, finalmente, adquiriu cavalos no Rio Grande Sul, criando, 
assim, o embrião do Regimento. 
 
 
Recordo-me que no comando do CEL RABELO eu exercia a função de Subcomandante da 
Companhia de Guardas, situada no aquartelamento ocupado, hoje, pelo 3º Batalhão, situado ao 
lado da sede do DETRAN e que, naquela época, por ocasião das comemorações do aniversário de 
criação da Companhia de Guardas, consegui realizar, com o apoio da Sociedade Hípica de 
Brasília, um concurso hípico. Acredito que tenha sido o primeiro evento da modalidade organizado 
pela PM, cujo vencedor, foi o então TEN DOMINGUES. 
Durante algum tempo frequentei, principalmente nos finais de semana, o aquartelamento 
ocupado pelos nossos pioneiros, nas precaríssimas instalações cedidas pela Fundação 
Zoobotânica, onde tive o privilégio de conhecer profissionais dedicados e comprometidos com o 
desenvolvimento do nosso policiamento montado. Esses episódios estão descritos com extrema 
fidelidade nas páginas do trabalho em comento. Que esses exemplos sirvam de estímulo aos 
novos e futuros integrantes do Regimento CEL RABELO. A esses bravos pioneiros, minha 
admiração e eterno reconhecimento. 
Reverenciar o passado é assumir um compromisso de sucesso com o futuro. Parafraseando 
Alceu Amoroso Lima “O passado não é aquilo que passa, é aquilo que fica do que passou”. 
Acrescento que o seu registro escrito é fundamental para que não se perca no tempo. 
 Esta obra, de importância singular, elaborada pelo meu então “pica-fumo”, nos enche de 
orgulho e de recordações e tem o condão de eternizar a linda história do nosso Regimento de 
Cavalaria, abrigo de tantos heróis dedicados à causa de servir, inclusive, com o sacrifício da 
própria vida, à população do Distrito Federal. 
Minhas reverências ao CEL CARAVELLAS. 
“FORÇA E HONRA!”. 
PAULO CÉSAR GAMA FONTANA – CEL PMDF 
 
 
 
____________________ 
 
 
 
ESPAÇO RESERVADO 
(PREFÁCIO DO CEL QOPM ANTÔNIO RIBEIRO DA CUNHA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
____________________ 
No ano de 2013 foi financiado e lançado, pela fundação americana Andrew W. Mellon, um 
projeto para oferecer a educadores, pesquisadores e ao público em geral, uma nova perspectiva 
sobre a 1ª GuerraMundial. Considera-se que esse evento foi um dos mais importantes para 
mudanças consolidadas na História dos Estados Unidos da América. Mas, o que deve estar 
tilintando agora em sua mente é: “Sim... Tudo bem... Mas o que isso tem a ver com essa 
publicação?”. 
Bom, isso tem uma conexão com um ativo que precisa ser mais valioso do que qualquer 
outro existente nos dias atuais, onde informação é lançada aos “litros”, para todos, em canais de 
comunicação jamais imaginados em nossa humanidade. O ativo a que me refiro se chama 
HISTÓRIA. Muito da complexidade do que enfrentamos hoje nas relações sociais se repete e, é 
claro, com aspectos culturais e temporais diferentes. 
A história explica como nossa sociedade, bem como todas as suas escolhas, chegaram 
onde estão. Quando se compreende a história de uma nação, uma região ou os fatos que 
ocorreram nesse espaço, você compreende as pessoas que ali habitam ou transitam. E melhor, 
como disse um dos grandes filósofos do Século XVII, Benedito Spinoza: “Quando você não estuda 
e compreende o passado, estará condenado a repeti-lo”. 
A história presente nas descrições feitas pelo Coronel da reserva da PMDF FERNANDO 
D’AUSTRIA E CARAVELLAS FILHO tem mais do que fatos. É possível perceber a textura, as 
cores, o cheiro e a alma de quem incorporou a cada segundo do que será apreciado daqui em 
diante. Sou suspeito ao falar de história desde que me tornei um apaixonado por ela. E digo isso 
tendo colocado os pés em quase 40 países (e continuo a jornada). Viajo por ter sido instigado a 
buscar essa senhora do tempo quando fui alcançado por autores que foram competentes a ponto 
de traduzir sensações. Mas além disso, que pudessem eternizá-las nas palavras certas, nas 
imagens bem selecionadas e nas minuciosas descrições. 
 
 
A mesma senhora história revela o quão desafiante é doar-se a escrever sobre o que nos 
marca cronologicamente. O ápice dessa curva é balizado pelos poucos que têm a coragem e a 
sensibilidade de fazê-lo. Isso me lembra a dificuldade encontrada por historiadores na descoberta 
do modo de vida e costume dos Citas, povo nômade que dominou milhões de quilômetros 
quadrados entre o que nominamos hoje como Rússia e Irã. Ficaram conhecidos pelo exímio 
controle que possuíam sobre as técnicas de guerra usando arcos e flechas. Mas tudo isso era 
aliado a um quesito fundamental para a sua respeitabilidade e larga sobrevivência: o apreço e 
respeito que nutriam pelos cavalos, desdobrando-se em décadas de domínio territorial. 
Nessa obra, o filho CARAVELLAS nos entrega esse domínio técnico em forma de história. 
O pai CARAVELLAS nos estende um respeitável tapete didático nas minúcias e detalhes 
coletados. O Coronel policial militar CARAVELLAS nos lidera a compreender o domínio que 
devemos ter sobre nossos valores institucionais. Mas o ponto alto de tudo isso vem do meu amigo 
e irmão FERNANDO. Esse nos mostrará que o mais valioso está nas reflexões do historiador e 
professor Doutor Christopher Capazzola, do MIT - Massachussets Institute of Technology – 
contradizendo o pensamento de Spinoza ao remodelar a frase quase negativa sobre condenação 
de repetir os erros do passado. Capazzola nos mostra o outro lado da moeda: “Pessoas que não 
conhecem o passado também não têm a chance de repeti-lo.” 
Em “Policiamento Montado – 40 anos” é possível, sim, ter a certeza de que histórias podem 
e devem ser parte de um sonho. 
 
LEONARDO JOSÉ RODRIGUES DE SANT’ANNA – CEL PMDF 
 
 
 
 
 
____________________ 
Com muita honra e privilégio recebi o convite de ser um dos prefaciadores desta obra 
onde, por muito tempo, pude criar referências de vida. 
Esta obra reúne os relatos documentais da instituição “Regimento Coronel Rabelo”, 
denominação conferida ao Regimento de Polícia Montada do Distrito Federal, no dia 30 de julho 
de 1999, pelo então Governador do Distrito Federal, Joaquim Domingos Roriz. Mais do que isso, 
esta obra reúne os registros da realização de um sonho coletivo e da perseverança de todos os 
irmãos cavalarianos que contribuíram para a concretização do Regimento. 
Muito para além da intenção de se fazer um registro meramente histórico, a obra se 
concentra em demonstrar alguns dos valores tão caros e raros que permearam a trajetória do 
RPMon/PMDF e de todos os policiais militares através da exposição de fatos recônditos e 
memórias. 
Todos os atores citados neste livro fazem parte da história da PMDF e do Regimento, 
porém, estes mesmos atores fizeram e fazem parte da história de cada irmão cavalariano com 
quem dividiram o árduo trabalho do policiamento ostensivo e as memórias afetivas de toda uma 
carreira profissional. 
Fazer parte desta história é, para todos os envolvidos, uma maneira de relembrar e 
guardar em lugar cativo todos os sentimentos e memórias. Um lugar de contemplação não é 
apenas uma estrutura física ou obra arquitetônica a que se deve admirar. Um lugar de 
contemplação é tudo aquilo que faz dele uma memória viva que sempre resplandece quando 
visitada. 
“CAVALARIA, TU ÉS NA GUERRA NOSSA ESTRELA GUIA!” 
ARMANDO JOSÉ BASÍLIO – ST PMDF 
 
 
______________________ 
Prefaciar esta obra, de tamanha importância histórica para a Polícia Militar da Capital 
Federal e, por consequência natural, do Brasil, muito me honra, haja vista ter sido produzida por 
quem , essencialmente, dedicou toda uma vida e carreira à Arma ligeira - força terrestre imponente 
e notável, que transpõe os montes, pelo caminho da luta e da vitória - sendo importante frisar que o 
Autor, o caríssimo Comte. CARAVELLAS, um típico exemplo de tropier como perfil, desde os 
primórdios de sua existência, muito aprendeu com ilustre militar vocacionado - seu amado pai - em 
quem se inspirou como exemplo de vida, de profissionalismo e de dedicação patriótica. 
Esse cavalariano-raiz, testado e experimentado em todos os níveis de formação, lapidado, 
a cada passo profissional, nos postos que ocupou, é a chancela da transferência, para o papel e 
para os leitores, da genuína “História de Um Sonho” que tornou-se realidade, a qual foi construída 
pela trajetória do conjunto homem/cavalo, em honra à farda, à população por este protegida e aos 
patronos da “Estrela Guia” - Mal. Osório e Cel. Rabelo. 
A Cavalaria é a mais móvel de todas as armas e a segunda mais antiga na história das 
guerras, sendo precedida pela Infantaria. Apesar de pouco utilizada pelas Forças de Segurança da 
atualidade, as quais substituíram os animais por máquinas de combate motorizadas, com alto 
poder de fogo, a Polícia Militar do Distrito Federal constitui honrosa exceção a essa regra mundial, 
eis que atua com efetividade no dia a dia do cidadão brasiliense, tendo demonstrado sua 
contundência de precisão cirúrgica por inúmeras vezes no impedimento e na dissuasão de 
manifestações potencial ou realmente violentas, controlando a ordem pública. 
Quantas vezes somos impactados psicologicamente ao depararmos com Conjuntos de 
Cavalaria transitando pelo centro de Brasília, em meio a carros, a vias movimentadas, a palácios 
dos Poderes da República, situação que imediatamente nos passa a sensação de segurança, 
diante da visão da imagem quase que medieval dos cavalarianos, com suas armaduras modernas, 
cujos imponentes cavalos mansamente desfilam a exuberância de suas presenças, não deixando 
dúvidas de que estão prontos para fazer o que bem sabem: manobrar com agilidade; surpreender 
 
 
pela ligeireza; multiplicar forças, “eis que a cavalhada, numa avançada, ousada e forte, não teme a 
morte. Os corcéis sabem que a glória só se conquista com a vitória no revés” (“Dobrado - Saudade da 
Minha Terra”, do 1º Sgt Luiz Evaristo Bastos, 1893). 
A sabedoria popular, aliada à de grandes pensadores, como William Shakespeare e Ronald 
Duncan, em seus versos aqui parafraseados, sabe retratar o cavalo como grande amigo do 
homem, ao defini-lo como “criatura sem igual; poesiaem movimento, que voa sem possuir asas e 
conquista sem empunhar espadas, nos emprestando a força e a liberdade que não temos; tão 
importante para o homem, quanto as asas para os pássaros...”. 
Conhecer os nomes de Francisco Rabelo Leite Neto; de Egêo Correia de Oliveira Freitas; 
de Hellen José Futuro Rocha Filho; a história da formação do Regimento de Polícia Montada do DF 
e da Tropa de Choque Montado; bem como as da Tradição do Bigode; da simbologia do Brasão do 
Regimento; do Forte Apache; das Cargas de Cavalaria; e a da essência da alma cavalariana; é 
um presente sui generis. 
Aprender sobre o cavalo - fruto dos ancestrais Eohippus e Equus - essa figura nobre, 
porém, sem arrogância; amiga, mas, desprovida de inveja; bela, contudo, sem vaidade; leal, sem 
pedir contrapartidas; e determinada, em qualquer circunstância; faz-nos voltar aos tempos da 
Grécia antiga, nos quais surgiu o mito do centauro - fruto do melhor dos sonhos filosóficos de seus 
pensadores - que juntou a inteligência humana ao vigor físico e a tantas outras qualidades dos 
cavalos, atingindo o que se desenhou como o guerreiro perfeito. 
Por tudo isto, creio ter o trabalho atingido seus objetivos, mostrando o sucesso da briosa 
Cavalaria do Distrito Federal, alcançado pela aplicação de fórmula que mescla o exercício do dever 
policial com a humanidade dos cavaleiros do Regimento Rabelo, e a força, com inteligência, de 
seus inseparáveis amigos, os cavalos. 
Esta Cavalaria resta muito bem retratada na figura do Comte. FERNANDO D’AUSTRIA E 
CARAVELLAS FILHO – CORCEL 03; ESCORPIÃO 280; MONTANHA 13.781 – cujo nome está 
 
 
incrustado indelevelmente na história da Corporação - abrigo dos que carregam o coração de um 
leão e o penetrante olhar da águia – sendo ele paradigma de grande soldado: patriota, valente, 
enérgico e devotado. 
À CARGA! 
 
FLÁVIO AUGUSTO NOGUEIRA NORONHA 
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil-AHIMTB-DF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O ONTEM É HISTÓRIA, O AMANHÃ É UM 
MISTÉRIO E O HOJE É UMA DÁDIVA, PORISSO 
CHAMA-SE PRESENTE!” 
 
 (MESTRE OOGWAY) 
 
 
SUMÁRIO 
 
“INTRODUÇÃO” ............................................................................................................................................... 23 
“SE” ......................................................................................................................................................................... 24 
“ANTIGO BRASÃO DO REGIMENTO DE POLÍCIA MONTADA” ................................................. 25 
“ATUAL BRASÃO DO REGIMENTO CORONEL RABELO” ............................................................ 26 
“A POLÍCIA MILITAR NO BRASIL E NO DISTRITO FEDERAL” ................................................ 27 
“CANÇÃO DA CAVALARIA” ........................................................................................................................ 33 
“A CAVALARIA E A POLÍCIA MONTADA” ............................................................................................ 34 
“SER DE CAVALARIA” .................................................................................................................................. 39 
“POLÍCIA MONTADA NO DISTRITO FEDERAL” .............................................................................. 40 
“O PATRONO” ................................................................................................................................................... 41 
“AS LANÇAS DE CHICO” .............................................................................................................................. 48 
“ORDEM DO DIA” (23 DE JUNHO DE 2011) ........................................................................................... 49 
“GALERIA DE HONRA” ................................................................................................................................ 55 
“BOLETIM ESPECIAL Nº 006 DE 12DEZ1980” (TRANSCRIÇÃO) ................................................... 66 
“ESQUADRÃO DE POLÍCIA MONTADA e o 
NÚCLEO REGIMENTO DE CAVALARIA” ............................................................................................. 77 
“FOTOS HISTÓRICAS” .................................................................................................................................. 78 
“ORAÇÃO DO CAVALARIANO” ................................................................................................................. 84 
“REGIMENTO DE POLÍCIA MONTADA” ............................................................................................... 85 
“PRAÇA DO MEDO” ........................................................................................................................................ 87 
“RECEBIMENTO E ENTRONIZAÇÃO DO PAVILHÃO NACIONAL” .......................................... 89 
“COMANDANTES DO REGIMENTO DE POLÍCIA MONTADA” ................................................... 91 
“FOTOS HISTÓRICAS” .................................................................................................................................. 93 
“DOBRADO - SAUDADE DA MINHA TERRA” ................................................................................... 102 
“REGIMENTO CORONEL RABELO” ...................................................................................................... 103 
“COMANDANTES DO REGIMENTO CORONEL RABELO” .......................................................... 104 
“CENTRO DE MEDICINA VETERINÁRIA” E “SEÇÃO DE FERRADORIA” ........................... 109 
“PROJETOS SOCIAIS” .................................................................................................................................. 111 
“TEMPORADAS HÍPICAS” ......................................................................................................................... 114 
“A TRADIÇÃO DO TRA-LA-LÁ” ............................................................................................................... 118 
“A TRADIÇÃO DO BIGODE” ..................................................................................................................... 119 
“O CAVALO” ..................................................................................................................................................... 122 
 
 
“CARROSSEL MILITAR” E “ENCENAÇÃO HISTÓRICA” .............................................................. 123 
“CARGA DE CAVALARIA” .......................................................................................................................... 125 
“ESPECIALIZAÇÕES” 
“CURSO DE POLICIAMENTO MONTADO” ........................................................................................ 126 
“CURSO DE OPERAÇÕES DE CHOQUE MONTADO” .................................................................... 129 
“ORDEM DOS CORCÉIS” ............................................................................................................................ 136 
“PRECE DOS DE CHOQUE MONTADO” .............................................................................................. 143 
“ORDEM DO DIA” (30 DE ABRIL DE 2004) .......................................................................................... 144 
“COMANDO DE POLICIAMENTO MONTADO” ................................................................................ 147 
“ALMA CAVALARIANA” .............................................................................................................................. 149 
“MEDALHA DA ORDEM DOS CAVALEIROS DE RABELO” ........................................................ 150 
“ORDEM DO DIA” (29 DE JUNHO DE 2017) ......................................................................................... 155 
“CANÇÃO DO REGIMENTO CORONEL RABELO” ..........................................................................158 
“ALGUNS MOMENTOS DA HISTÓRIA” 
“BATALHA DO BURITI” (1991) .................................................................................................................. 160 
“TERMO DE SACRIFÍCIO Nº 001/90” ...................................................................................................... 163 
“TERMO DE NECRÓPSIA Nº 019/90” ...................................................................................................... 164 
“OPERAÇÃO POSSE” (2003) ........................................................................................................................ 165 
“O DILÚVIO” (2011) ........................................................................................................................................ 167 
“TOCHA OLÍMPICA NO RPMON” (2016) ............................................................................................... 171 
“OPERAÇÃO COPA DO MUNDO” (2014) ............................................................................................... 173 
“FORA DILMA E A NOMEAÇÃO DE LULA PARA A FUNÇÃO DE MINISTRO CHEFE DA 
CASA CIVIL” (2016) ......................................................................................................................................... 177 
“24 DE MAIO DE 2017” – “O DIAS EM QUE A PMDF SALVOU A CAPITAL” ........................... 183 
“ESTUDANTES DA UNB PROTESTAM NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO” (2018) ............. 187 
“MOMENTO” .................................................................................................................................................... 192 
“ESQUADRÃO DA SAUDADE” ................................................................................................................. 193 
“MENSAGEM DE DESPEDIDA” (08 DE FEVEREIRO DE 2017) .................................................... 194 
“CONSIDERAÇÕES FINAIS” ..................................................................................................................... 203 
“REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS” ..................................................................................................... 204 
“REGISTRO” ..................................................................................................................................................... 205 
 
 
 
 
 
23 
 
“INTRODUÇÃO” 
 
O mundo atravessa momentos de horror no tocante à violência, elevados índices de 
criminalidade, corrupção e descomunal taxa de desemprego. Tais fatores manifestam-se como 
fortes indícios de colapso social, aumentando a preocupação dos órgãos responsáveis pela 
preservação da ordem pública. Cabe ao Estado, através dos órgãos responsáveis pela Segurança 
Pública, proporcionar à Nação uma convivência harmônica entre os cidadãos, impedindo a 
ocorrência de violação da lei. 
Assim, quesitos técnicos devem ser seguidos para a preparação dos efetivos policiais, não 
havendo quaisquer escusas para justificar equívocos ou erros que venham a macular o Estado, a 
comunidade ou atingir o cidadão. 
O aprimoramento das tropas policiais militares, por meio da especialização técnico-
profissional, envolve quesitos imprescindíveis à sua atuação, no qual os resultados esperados 
estão diretamente ligados à assimilação dos procedimentos a serem adotados. A aplicação de 
doutrina na formação de Tropas Montadas apresenta-se com o escopo de aperfeiçoar os 
conhecimentos adquiridos, potencializando sua capacidade operacional. 
Deixo bem claro que o presente trabalho, iniciado em 2010 quando exercia a função de 
Comandante do “Regimento Coronel Rabelo”, não tem qualquer interesse financeiro da minha 
parte ou de meus colaboradores e sim, por escopo, trazer ao conhecimento público 
considerações e curiosidades sobre a epopeia das Unidades de Cavalaria da Polícia Militar do 
Distrito Federal, deixando-as, por herança, às futuras gerações de cavalarianos. 
Dito isso comecemos a navegar pela HISTÓRIA de nossas saudosas Unidades Hipo e da 
nossa briosa e bicentenária Corporação. 
Boa leitura a todos! 
 
24 
 
“SE” 
 
“SE podes conservar o teu bom senso e a calma no mundo a delirar para quem o louco és tu ... 
SE podes crer em ti com toda a força de alma quando ninguém te crê ... 
SE vais faminto e nu, trilhando sem revolta um rumo solitário ... 
SE à torva intolerância, à negra incompreensão, tu podes responder subindo o teu calvário com 
lágrimas de amor e bênçãos de perdão ... 
SE podes dizer bem de quem te calunia ... 
SE dás ternura em troca aos que te dão rancor, mas sem a afetação de um santo que oficia, nem 
pretensões de sábio a dar lições de amor ... 
SE podes esperar sem fatigar a esperança ... 
SE podes sonhar, mas conservar-te acima do teu sonho ... 
SE podes fazer do pensamento um arco de aliança, entre o clarão do inferno e a luz do céu 
risonho ... 
SE podes encarar com indiferença igual o triunfo e a derrota, eternos impostores ... 
SE podes ver o bem oculto em todo o mal e resignar sorrindo o amor dos teus amores ... 
SE podes resistir à raiva e à vergonha de ver envenenar as frases que disseste e que um velhaco 
emprega eivadas de peçonha com falsas intenções que tu jamais lhe deste ... 
SE podes ver por terra as obras que fizeste, vaiadas por malsins, desorientando o povo, e sem 
dizeres palavra, e sem um termo agreste, voltares ao princípio a construir de novo ... 
SE puderes obrigar o coração e os músculos a renovar um esforço há muito vacilante, quando no 
teu corpo, já afogado em crepúsculos, só exista a vontade a comandar avante ... 
SE vivendo entre o povo és virtuoso e nobre ... 
SE vivendo entre os reis, conservas a humildade ... 
SE inimigo ou amigo, o poderoso e o pobre são iguais para ti à luz da eternidade ... 
SE quem conta contigo encontra mais que a conta ... 
SE podes empregar os sessenta segundos do minuto que passa em obra de tal monta que o 
minuto se espraie em séculos fecundos ... 
Então, oh ser sublime, o mundo inteiro é teu! Já dominaste os reis, os tempos, os espaços! ... 
Mas, ainda para além, um novo sol rompeu, abrindo o infinito ao rumo dos teus passos. 
Pairando numa esfera acima deste plano, sem receares jamais que os erros te retomem, quando 
já nada houver em ti que seja humano, alegra-te, meu filho, então serás um homem!" 
 
(RUDYARD KIPLING/ 1835-1936) 
 
25 
 
“ANTIGO BRASÃO DO REGIMENTO DE POLÍCIA MONTADA” 
Escudo clássico peninsular ou português de fundo esmaltado na cor 
branca, orlado por esmalte da cor azul turquesa. Ao centro, um pilar do 
Palácio da Alvorada, identificador do Distrito Federal, dividido 
verticalmente em duas partes iguais e subdividido horizontalmente na 
altura das pontas da colunata, sendo seu lado inferior esquerdo e o lado 
superior direito na cor azul turquesa e o restante na cor branca, encimada 
por duas pistolas cruzadas em santor, na cor amarelo ouro, símbolo que significa “POLÍCIA 
MILITAR1”. Superposta à colunata de Brasília, a abreviatura “PMDF” e, sobrepostas à abreviatura 
“RPMon”, na cor vermelha, ao fundo do escudo, por trás da colunata, duas lanças cruzadas na cor 
amarelo ouro (Jalne), com bandeirolas em sua parte superior, divididas horizontalmente em duas 
partes iguais na cor vermelha, no quarto de cima, e amarelo no de baixo. Sobreposta perto da 
lança, ao centro, uma estrela de cinco pontas na cor azul turquesa. Acima da colunata, apoiada 
sobre a lança do lado direito e abaixo da bandeirola, uma cabeça de cavalo, em perfil, à direita. 
 
 
2º VERSÃO 3º VERSÃO 4º VERSÃO 
 
 
1 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL 
 
26 
 
“ATUAL BRASÃO DO REGIMENTO CORONEL RABELO” 
“Escudo peninsular português boleado, contornado de jalne, rematado 
pela coroa da Família Real Portuguesa em timbre (alusivo à Guarda Real 
de Polícia – GRP), terciado em faixa, partido o 2º de jalne e blau, 
carregado em chefe com a sigla “PMDF” em sable, sobre fundo goles.Na segunda faixa, à destra, em jalne, a imagem das linhas criadas pelo 
arquiteto Oscar Niemeyer das colunas do Palácio da Alvorada em prata e 
a sinistra em blau. A sigla da Unidade Policial Militar, em prata e em 
abismo sable, representa a prudência, a abnegação, a humildade, a 
honestidade e a modéstia. A efígie de um equino cosido de prata e sable por entre duas lanças 
cruzadas com bandeirolas de goles, cosidas de jalne, unidas ao ponto de honra pela representação 
estilizada do Brasão de Armas do Distrito Federal, esquartelado em jalne e sinopla. Sobrepostas, 
ao centro, duas pistolas cruzadas em santor, em jalne, representando o Comando de Policiamento 
Montado da Polícia Militar do Distrito Federal.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em meados de 1953, esta medalha de prata, de origem francesa, 
foi encontrada em uma das nas baias do antigo 8º Regimento de Artilharia 
Montada (atual 14º GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA do 
Exército Brasileiro - Pouso Alegre/ MG). 
 
Em 2010, com a edição do Manual de Identidade Visual da PMDF, tal 
efígie foi inserida no atual brasão do Regimento Coronel Rabelo. 
 
A medalha foi encontrada pelo meu saudoso pai, TEN CEL INT AER 
FERNANDO D’AUSTRIA E CARAVELLAS (IN MEMORIAM), então um jovem 
de 10 anos de idade. 
 
 
27 
 
“A POLÍCIA MILITAR NO BRASIL E NO DISTRITO FEDERAL” 
 
Desde os primórdios da civilização, o homem, preocupado com a sua segurança, a 
preservação da vida e a sobrevivência do grupo, viu-se obrigado a deixar a condição de isolado e 
criar as primeiras comunidades. Com o passar dos tempos, os direitos individuais foram limitados 
e, consequentemente, os choques de interesses começaram a abalar os alicerces da convivência 
ordenada e pacífica. 
Surgiu, nesse momento, a necessidade da criação de uma força destinada a exercer 
vigilância nos núcleos sociais, no intuito de garantir ao organismo social condições propícias à sua 
evolução. 
 A Polícia foi criada pelo Estado, visando, através de prescrições legais e regulamentares 
estabelecidas, exercer a vigilância, mantendo a ordem pública, as condições morais, o bem-estar 
coletivo, a garantia da propriedade e distintos direitos individuais. 
 A Polícia no Brasil foi instituída por D. João III, em 1530, nas Capitanias Hereditárias, para 
administração, organização da ordem pública e justiça, haja vista incidências de invasões por 
holandeses, franceses e ingleses. 
 Em 1760, em Minas Gerais, foram criadas as Companhias de Dragões, tropas pagas e 
subalternas ao Governo da Província, que tinham aspecto ostensivo com incumbências de ronda, 
condução de presos e patrulhamento local, e autonomia em manter a ordem pública. 
Em 1775 é criada a mais antiga Força Pública do Mundo, hoje Polícia Militar de Minas 
Gerais. 
 No Brasil Colônia, a justiça era de posse dos Juízes, de Oficiais de Justiça e de homens 
escolhidos, juramentados, os quais respondiam pelos deveres de polícia para defender as vilas, 
bem como o patrimônio. 
 
28 
 
 Em 1808, com a Família Real já instalada no Brasil, após a fuga de Portugal em decorrência 
do bloqueio continental imposto por Napoleão Bonaparte, é criada a Intendência-Geral de Polícia e, 
em 13 de maio de 1809, o primeiro estatuto a dar vida à Divisão Militar da Guarda Real de Polícia, 
nos moldes da já existente Guarda Real de Polícia de Portugal. Essa Divisão, subordinada ao 
Governador das Armas da Corte, tinha a incumbência de guardar a família real e vigiar a cidade do 
Rio de Janeiro. Posteriormente, seu nome é substituído por Corpo de Quadrilheiros. 
 O período regencial brasileiro foi um dos momentos mais conturbados do Império Brasileiro 
devido à natureza da época, revoltas, problemas internos e movimentos revolucionários contra o 
governo, considerados perigosos para a estabilidade do Império e para a manutenção da ordem 
pública. Por esses motivos foi criado, por meio de um decreto regencial, o Corpo de Guardas do 
Rio de Janeiro. 
O modelo das polícias modernas surge na primeira metade do século XIX, com a criação de 
um órgão de força interna visando a evitar a utilização do Exército na repressão das revoltas 
sociais, tornando-se, desde então, inerente ao Estado como instituição fundamental para manter a 
preservação da incolumidade das pessoas, do patrimônio e da ordem pública na comunidade. 
 Assim, conforme a particularidade e a história de cada país, começam a se destacar as 
polícias dos tipos Gendarmerie2 (do francês “gente de armas”), com cunho militar e que tem como 
escopo a presença ostensiva e a prevenção dos crimes, e Civilis3, com a missão investigativa e 
judiciária. 
 Em 1889, no Brasil República, houve a descentralização da administração pública, segundo 
premissas do regime federativo, conferindo aos estados-membros autonomia administrativa para 
organizar sua própria polícia. 
 
2 Força Policial Militar Francesa. 
3 Relativa à Polícia Civil.
 
 
29 
 
 No início do século XX, depois da instauração da República, as províncias se constituíram 
em estados autônomos e, logo, seus governadores passaram a constituir pequenos exércitos 
estaduais (Forças Públicas)4 que depois se transformaram na Polícia Militar. 
 Por determinação do Regime Militar (1964-1985), tomaram a forma atual de Polícias 
Militares, vez que, naquela época, visando a manter rígido controle sobre as corporações policiais 
armadas, o governo militar extinguiu as Guardas Civis e regulamentou as normas fiscalizadoras do 
Exército sobre as Polícias Militares, inclusive, nomeando oficiais do Exército para comandá-las em 
todos os estados. Com isso, passaram a agir não só nas revoluções internas do país, mas também 
de forma gradual na segurança pública e no policiamento ostensivo, por força do Decreto-Lei nº. 
667, de 02 de julho de 19695. 
 Até a Constituição Federal de 19886, Carta Magna da República, as polícias praticamente 
não existiam na ordem constitucional e, por longo tempo, eram como agregados do Estado e não 
como parte da Administração Pública. Em seu artigo 144, no capítulo relacionado à Segurança 
Pública, a missão precípua da Polícia Militar é firmada. 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, 
é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e 
do patrimônio, através dos seguintes órgãos (...) V - polícias militares (...) § 5º - às 
polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública (...) § 
6º - As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva 
do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (BRASIL, 2004, p. 88). 
 
Com a transição do regime militar para o regime democrático, houve significativa 
transformação estratégica nas Polícias Militares que, preocupadas com a integração do policial 
 
4 Conhecida, atualmente, como Polícia Militar. 
5 Reorganiza as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, e dá outras providências. 
6 BRASIL, Constituição (1988). Constituição da república federativa do Brasil. 28. ed. Brasília, DF: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2004. 
http://pessoas.hsw.uol.com.br/proclamacao-da-republica.htm
 
30 
 
com a comunidade, ou melhor, com o cidadão, assumiram um compromisso com o Estado 
Democrático Social de Direito, atuando na garantia dos direitos fundamentais do cidadão. 
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) recebeu sua denominação atual em 1920, em 
substituição à de Brigada Policial do Distrito Federal. 
Quando da construção e instalação da nova capital, em Brasília, criou-se um mecanismo 
para atender às necessidades de proteção e segurança dos canteiros de obras e dos núcleos 
habitacionais.A Guarda Especial de Brasília (GEB), organização fardada, mas de caráter civil, que 
prestava serviço de vigilância ligado à Companhia Urbanizadora da Nova Capital (NOVACAP)7, era 
enquadrada como força policial e responsável pelo policiamento urbano em apoio ao Serviço de 
Polícia Metropolitana (encarregada das atribuições de Polícia Judiciária, pelos distritos policiais e 
delegacias especializadas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 Companhia Urbanizadora responsável pela construção da futura capital do Brasil. Durante o período das obras recebeu a incumbência de tratar da educação, cultura e 
lazer, saúde, segurança e transporte, finanças, telecomunicações e habitação, abastecimento de água e luz. 
 
 
31 
 
Com a mudança da Capital Federal para Brasília, em 1960, a Corporação foi, 
compulsoriamente, “incorporada” ao efetivo da Polícia Militar do recém-criado Estado da 
Guanabara, sem perder, no entanto, sua denominação. Injustamente e de maneira depreciativa, 
passou a PMDF ser responsável tão somente pela guarda das instalações do próprio federal, 
remanescentes, no Rio de Janeiro. 
Em 1965, o Diretor do Departamento Federal de Segurança Pública, ao qual a PMDF era 
subordinada, determinou ao Comandante-Geral da Corporação, através da portaria n.º 120, que 
instalasse em Brasília uma Unidade Administrativa, com efetivo orgânico de uma Companhia de 
Polícia Militar e com a finalidade de executar o serviço de trânsito do DF. 
Assim, em 20 de janeiro de 1966, cumprindo planejamento administrativo e de intendência e 
com o objetivo de preparar a vinda da tropa designada, chega a Brasília o Pelotão Precursor, 
composto de artífices e profissionais qualificados (pintores, mecânicos, motoristas, eletricistas, 
datilógrafos, cozinheiros, entre outras especialidades). 
 
 
 
32 
 
No dia 14 de fevereiro de 1966, sob o comando do então 
CAP PM ABENANTE DE MELLO E SOUZA, 150 (cento e 
cinquenta) policiais militares embarcam com destino ao Planalto 
Central e, às 15h30 do dia 15, após 30 (trinta) horas de viagem, a 1ª 
Companhia Independente de Brasília firma pé, definitivamente, em 
terras brasilienses, em substituição à Guarda Especial de Brasília 
(GEB). 
A PMDF foi composta de militares que optaram por permanecer no novo Distrito Federal e 
que aguardavam o seu remanejamento definitivo do estado da Guanabara para o Planalto Central - 
Oficiais Temporários do Exército Brasileiro (R/2), pessoal oriundo da extinta GEB e mais alguns 
remanejados de outras instituições de segurança pública, em virtude da reorganização do Distrito 
Federal. 
O Grupamento ocupou, 
inicialmente, um tosco galpão de 
madeira improvisado, apelidado 
de "FORTE APACHE" (atual 
Departamento de Polícia 
Federal), enquanto aguardava a 
construção do 1º Batalhão de 
Polícia Militar do Distrito Federal 
- Batalhão “PIONEIRO”, hoje 
Academia de Polícia Militar de 
Brasília8. 
 
 
 
 
8 Unidade - Escola da PMDF responsável ensino superior da Corporação. 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Academia_de_Pol%C3%ADcia_Militar_de_Bras%C3%ADlia&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Academia_de_Pol%C3%ADcia_Militar_de_Bras%C3%ADlia&action=edit&redlink=1
 
33 
 
“CANÇÃO DA CAVALARIA” 
 
ARMA LIGEIRA QUE TRANSPÕE OS MONTES, 
CAUDAIS PROFUNDOS, COM ARDOR E GLÓRIA, 
ESTRELA GUIA EM NEGROS HORIZONTES, 
PELO CAMINHO DA LUTA E DA VITÓRIA. 
 
CAVALARIA, CAVALARIA, 
TU ÉS NA GUERRA A NOSSA ESTRELA GUIA. 
 
ARMA DE TRADIÇÃO QUE O PEITO EMBALA, 
CUJA HISTÓRIA É DE LUZ E DE FULGOR, 
PELO CHOQUE, NA CARGA, ELA AVASSALA, 
E, AO INIMIGO, IMPÕE O SEU VALOR. 
 
CAVALARIA, CAVALARIA, 
TU ÉS NA GUERRA A NOSSA ESTRELA GUIA. 
 
MONTADO SOBRE O DORSO DESTE AMIGO: 
O CAVALO QUE, ALTIVO, NOS CONDUZ, 
LEVAMO-LO, TAMBÉM, PARA O PERIGO, 
PARA LUTAR CONOSCO SOB A CRUZ. 
 
CAVALARIA, CAVALARIA, 
TU ÉS NA GUERRA A NOSSA ESTRELA GUIA. 
 
DE ANDRADE NEVES O OSÓRIO, LEGENDÁRIO, 
E OUTROS HERÓIS QUE HONRAM A NOSSA HISTÓRIA, 
EVOCAMOS O VALOR EXTRAORDINÁRIO 
PELO BRASIL A NOSSA MAIOR GLÓRIA! 
 
CAVALARIA, CAVALARIA, 
TU ÉS NA GUERRA A NOSSA ESTRELA GUIA. 
 
 
GEN BDA TEÓFILO OTTONI DA FONSECA 
 
34 
 
“A CAVALARIA E A POLÍCIA MONTADA” 
 
Por anos o homem empregou o cavalo como arma de guerra, travando batalhas, 
conquistando territórios, riquezas, poder, defendendo sua soberania, sua dignidade e escrevendo a 
história. 
Nesse período, a cavalaria atingiu seu máximo desenvolvimento e sua reconhecida 
importância como arma decisiva no combate. Nascia, assim, uma nova Casta Guerreira - 
cavaleiros com Código de Honra e valores éticos. Suas façanhas proporcionaram abundante 
literatura que, muitas vezes, exagerou os fatos épicos daquela época, misturando realidade, lenda 
e mito. 
 O cavaleiro tinha que ser um valente, um homem corajoso, um ousado que tinha que 
respeitar, sobretudo, o código moral de combater pela justiça, pela religião, pela defesa dos fracos 
e oprimidos, pelas donzelas em perigo ou pela honra delas. Seus ideais eram a generosidade e a 
lealdade, o desprezo pela morte, devendo ir até o sacrifício pessoal em busca de seus ideais, com 
pleno destemor, e o combate lhe era prazeroso, desejado e considerado nobre. 
Infelizmente as potências não se preocuparam com a evolução das táticas e o 
adestramento das tropas, deixando de lado vários ensinamentos adquiridos ao longo dos anos. O 
esplendor para a Arma de Cavalaria chegava, temporariamente, ao fim. 
Durante as grandes Guerras Mundiais os combates a cavalo diminuíram consideravelmente 
e passou-se a empregá-lo em reconhecimentos, incursões, segurança, ação retardadora, 
aproveitamento do êxito, perseguição ao inimigo e, particularmente, nos momentos de crise, em 
que era necessário o sacrifício. 
O crescimento industrial e bélico fez com que o cavalo fosse, gradualmente, substituído, 
deixando de estar presente nas frentes de batalhas, nos deslocamentos de suprimentos e 
 
35 
 
equipamentos. Porém, pela sua versatilidade e sociabilidade, foi remanejado para prestar serviços 
a Unidades Policiais em todo o mundo. Deixou de ser uma antiga “arma de guerra” para tornar-se 
agente na preservação e manutenção da ordem pública. 
 Assim, voltou ao cenário, indiferente a todas as evoluções tecnológicas que poderiam julgá-
lo ultrapassado. 
A Cavalaria Brasileira teve origem nos Regimentos Auxiliares, sendo o mais antigo, o 
Regimento Regular de Cavalaria de Minas - “DRAGÕES REAIS DE MINAS”, atual REGIMENTO 
DE CAVALARIA ALFERES TIRADENTES (RCAT), da Polícia Militar de Minas Gerais. É 
referenciada com a Unidade-Mater das Polícias Militares do Brasil. 
Páginas de bravura, lealdade, disciplina e devotamento foram escritas com lanças, espadas 
e pontuadas a patas de cavalo. 
Visando fortalecer os Regimentos de Cavalaria do Exército e disseminar nas forças 
auxiliares a adaptação do cavalo à atividade de segurança pública, lançou-se mão das doutrinas 
das escolas europeias. 
Na província de São Paulo, entre 1831 e 1832, foi criado um Corpo de Guardas Municipais 
Voluntários (núcleos de infantaria e cavalaria com missões de guarda da lei e manutenção da 
ordem), o qual deu origem à atual Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP9). 
Em continuidade aos atos previstos, em 1892, é criado o Corpo de Cavalaria (atual 
Regimento de Cavalaria “9 de Julho”). 
 Propondo instruir as tropas paulistas que foram chamadas para enfrentar revoltas pelo país 
afora e precisavam estar em condições de atender a esses reclamos, decide-se pela contratação 
de Missões Militares com doutrina francesa. Os seus membros vinham de uma Unidade do Exército 
Francês que realizava atividade de polícia em Paris. 
 
9 Polícia Militar do Estado de São Paulo 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia_Militar36 
 
 
CAPITÃO DA FORÇA PÚBLICA FRÉDÉRIC STATTMULLER 
 
Busto, em bronze, localizado na lateral da Pista de Saltos do 
Regimento “9 de julho” da Polícia Militar do Estado de São Paulo 
 
 A firme ação francesa fez-se sentir na organização e na formação do caráter da Polícia 
Militar como instituição, aliando a estética militar ao serviço de policiamento executado para 
segurança da sociedade. Os ensinamentos franceses introduziram uma visão globalizada, a qual 
permitiu que a Força Pública se reformulasse e se modernizasse, contribuindo, sobremaneira, para 
a formação moral e patriótica do policial militar. 
A tática da Cavalaria acompanhou o ritmo frenético de modernização e a Unidade conheceu 
dias de instruções constantes, manobras e exercícios diários, participando ativamente dos 
principais eventos que marcaram a história nacional. 
 
37 
 
A identidade da Força Pública Paulista com a Cavalaria Francesa foi tamanha que esta a 
influenciou quanto à utilização do símbolo das lanças cruzadas com bandoleiras, em substituição 
ao símbolo português (dois sabres cruzados). A mudança de símbolo atingiu o próprio Exército 
Brasileiro, consagrando-se nacionalmente, no ano de 1935, para toda a arma de Cavalaria. 
 
 
 
 
LANÇAS FRANCESAS SABRES PORTUGUESES 
 
O Policiamento Montado apresentou um crescente desenvolvimento no Brasil. Mesmo 
passando por várias inovações, com importantes tecnologias e equipamentos para a execução do 
Policiamento Ostensivo, ainda não foi apresentado um substituto para o processo, mostrando-se 
cada vez mais relevante, não como forma perfeita de se realizar o policiamento, mas como uma 
das mais efetivas na prevenção de delitos. As Unidades de Polícia Montada no Brasil consolidaram 
sua doutrina e hoje são referências no manejo e emprego do cavalo na atividade policial. 
A irmandade entre os elementos de Cavalaria é tão grande que em 2010, durante o 1º 
SEMINÁRIO NACIONAL DE POLICIAMENTO MONTADO, no Regimento de Polícia Montada 
“REGIMENTO CORONEL ENYR CONY DOS SANTOS”, da Polícia Militar do Estado do Rio de 
Janeiro, foi fundada a “CONFRARIA DOS RR - CAMARADAS DE CAVALARIA”. O fato 
despretensioso e simples, porém extremamente marcante, ocorreu debaixo de umas árvores, ao 
lado do Júri da pista de saltos daquela Unidade, ao sabor de um churrasquinho, cervejas geladas e 
ao entoar do “TRA-LA-LÁ”10, bem aos moldes da tradição da Arma Ligeira. 
 
 
10 Será esclarecido em tópico específico. 
 
38 
 
 
 (Arte produzida pelo CEL PMMT ALBERTO NEVES) 
 
39 
 
“SER DE CAVALARIA” 
SER DE CAVALARIA – É MAIS DO QUE UM PRIVILÉGIO. É, PRINCIPALMENTE, 
UMA PESADA RESPONSABILIDADE. QUEM NÃO SOUBER MEDIR A VERDADEIRA 
EXTENSÃO DESTA RESPONSABILIDADE: PARA TRÁS! SÓ ASSIM NÃO VIRÁ A SER UM 
PIGMEU ENTRE GIGANTES! 
SER DE CAVALARIA – É SER DIFERENTE, COM ESPONTANEIDADE E SEM 
ARROGÂNCIA, COM DISCRIÇÃO E LEALDADE. 
SER DE CAVALARIA – É PERSEGUIR UM IDEAL QUE NÃO SE OFUSCA. PELA 
GLÓRIA, O CAVALARIANO PELEJA, SE SUPERA E SE SACRIFICA ATÉ CHEGAR, PELO 
MENOS, À VIZINHANÇA DO INFINITO. PELA TRADIÇÃO ELE SE MOLDA, SE 
ROBUSTECE, AGE E REAGE, SOB A INSPIRAÇÃO DA PERPETUIDADE, QUE É O 
FUNDAMENTO EXISTENCIAL DA ARMA. 
SER DE CAVALARIA – É SER DA ASTÚCIA, ENAMORADO; DA BRAVURA, 
AMANTE; DA AUDÁCIA, APAIXONADO. 
SER DE CAVALARIA – É FAZER DA RENÚNCIA UM CREDO E DA RESIGNAÇÃO 
UM APOSTOLADO. A RENÚNCIA É A INESGOTÁVEL FONTE DE ENERGIA QUE 
MANTÉM ACESA A CHAMA INTERIOR DO CAVALARIANO. A RESIGNAÇÃO 
RETEMPERA SUA ALMA, PARA TRANSMUDAR ESPINHOS EM FLORES E PARA 
VENCER O VÍRUS DO DESESTÍMULO. 
SER DE CAVALARIA – É AMAR COM EXALTAÇÃO O CAVALO, NUM MISTO 
SENTIMENTO DE AMIZADE E DE RECONHECIMENTO. RECONHECIMENTO PELA SUA 
CAPACIDADE DE PAGAR COM AFETO, O AFETO QUE LHE É DEDICADO. 
RECONHECIMENTO PELA SUA COOPERAÇÃO NAS GLÓRIAS IMORREDOURAS DA 
ARMA. 
SER DE CAVALARIA – É PRESTIGIAR OS BLINDADOS E SENTIR QUE NELES 
TAMBÉM PULSA UM CORAÇÃO CAVALARIANO. A ELES CABERÁ NOS CONDUZIR NA 
GUERRA MODERNA, IMPULSIONADOS PELA CHAMA IMORTAL QUE ARDE EM 
NOSSAS ENTRANHAS. 
SER DE CAVALARIA – É, AO MESMO TEMPO, SER MONARCA E SER ESCRAVO. 
MONARCA DOS ESPAÇOS LIVRES E PROFUNDOS, DE ÍNVIAS E ÁSPERAS VEREDAS. 
ESCRAVO PENOSO DO TRIBUTO, SÓ COMPARÁVEL À BELEZA DE SUAS MISSÕES 
CLÁSSICAS, ANTES, DURANTE E DEPOIS DA BATALHA. 
SER DE CAVALARIA – É, ANTES DE MAIS NADA E APESAR DE TUDO, NASCER, 
VIVER E MORRER SEMPRE DE CAVALARIA! 
 
“Carta a um Cadete” 
CEL CAV LUIS FELIPE AZAMBUJA 
 
40 
 
“POLÍCIA MONTADA NO DISTRITO FEDERAL” 
 
 
A Guarda Especial de Brasília (GEB) e sua “Cavalaria” 
 
 
 
Como dito anteriormente, ao tempo da construção e instalação da nova capital, a GEB era 
uma força policial responsável em atender às demandas de segurança pública, no que se referia 
ao policiamento ostensivo nos diversos canteiros de obras espalhados em Brasília. 
Naquela época, já com uma visão proativa e inovadora, implantaram, temporariamente e de 
maneira empírica, um Pelotão para desempenhar o “Policiamento Montado” em áreas rurais. 
Seu primeiro Comandante foi o TEN GEB WASHINGTON BATISTA ALVES, falecido em um 
acidente automobilístico na Av. W3, em Brasília, em 1960. Em decorrência da tragédia foi 
substituído pelo TEN GEB JOSÉ CARLOS GENTIL. 
No início de 1962, é nomeado para comandar a “Cavalaria da GEB” o então TEN GEB 
ALOYSIO MARTINS FERNANDES, o qual viria a ser o primeiro Comandante do 1º Esquadrão de 
Polícia Montada/ Núcleo do Regimento de Cavalaria “CEL FRANCISCO RABELO LEITE NETO”. 
Por questões de logística, essa subunidade foi desativada e extinta pouco tempo depois. 
 
41 
 
“O PATRONO” 
 
O então CEL CAV QEMA FRANCISCO RABELO 
LEITE NETO nasceu em Riachuelo – Sergipe, em 10 de julho 
de 1931, apesar de que, em sua Certidão de Nascimento, 
conste como sendo no mês de junho. 
Sentou Praça nas fileiras do Exército Brasileiro em 02 
de março de 1949, no 3º Ano da Escola Preparatória de Porto 
Alegre/ RS. Em 06 de novembro de 1952 foi declarado 
Aspirante a Oficial da Arma de Cavalaria, na AMAN11. 
 
Integrou equipes Brasileiras de 
Hipismo nos Jogos Pan-Americanos (1959 e 
1963) e nos Jogos Olímpicos (Roma/1960). 
Sagrou-se Campeão Militar Sul-Americano 
(Caracas – Venezuela) e, por diversas vezes, 
Cavaleiro Campeão do Exército Brasileiro. 
 
 
 
Bagdá e o então Cap Rabelo (1959) 
 
 
11 Academia Militar das Agulhas Negras - instituição de ensino superior responsável pela formação dos oficiais combatentes de carreira do Exército Brasileiro. 
 
42 
 
Durante a carreira comandou o Esquadrão de Cavalaria do Colégio Militar do Rio de 
Janeiro, o Esquadrão de Cavalaria Mecanizada, em Recife, o 1º Regimento de Cavalaria de 
Guardas (1º RCG), em Brasília, entre outros. 
Em 10 de abril de 1979, assumiu o Comando-Geral da PMDF envergando as cores de 
nossa farda. 
 
 
“Chico”, como era carinhosamente tratado pela família e pelos amigos mais próximos, 
faleceu em 01 de novembro de 1979, no pleno desempenho da função. 
Seu corpo foi velado no Palácio Tiradentes (QCG/PMDF) e transladado para o Cemitério 
Campo da Esperança (Brasília/DF), onde foi sepultado em área especial reservada aos 
“PIONEIROS”, próximo ao Mausoléu da família Kubitschek. 
 
43 
 
 
 
44 
 
Post mortem, foi promovido ao Posto de General de Brigada. 
 
 
 
 
45 
 
Em junho de 1987, sua espada, símbolo do oficialato, foi entregue aos cuidados e guarda 
do Regimento de Polícia Montada/PMDF por sua esposa, Sr.ª Therezinha Rabelo, sendo utilizada, 
desde então, exclusivamente, pelo Comandante da Unidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À esquerda, o Ten Cel Jair Assumpção (Comandante do RPMon), Sr.ª Therezinha Rabelo e o então 
1º Ten Hellen José Futuro Rocha Filho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A espada e algumas condecorações do Patrono46 
 
Seus ASSENTAMENTOS, entregues à Unidade em 2005 pelos formandos da Escola de 
Equitação do EB/ 2004 (Turma Coronel Francisco Rabelo Leite Neto), em um almoço nos “Dragões 
da Independência”, encontram-se em local de destaque na Galeria de Honra do Patrono. 
Em 08 de junho de 2011, com a formal autorização da família, seu corpo foi exumado e 
cremado e, no dia 23, durante as festividades do aniversário da Unidade, as cinzas, de forma 
solene, foram conferidas ao Comando do Regimento, onde, desde então, repousam sob o 
Monumento em Homenagem à Tropa Montada, sob a guarda de seus soldados. 
 
 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aposição da urna contendo as cinzas do GEN RABELO no Monumento em Homenagem à Tropa Montada. 
Em segundo plano vemos a Sr.ª Therezinha Rabelo (viúva), Fátima Rabelo (filha) e Cel Dornelles 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“SENTINELA DO PLANALTO” 
 
 
48 
 
“AS LANÇAS DE CHICO” 
 
 
 Alguns presentes que nos são ofertados possuem, agregados, valores inestimáveis, 
principalmente quando são pessoais ou fruto de lembranças dos que fizeram parte de nossas 
vidas. 
Após a formatura de inauguração do Monumento em Homenagem à Tropa Montada e da 
aposição das cinzas do CEL RABELO, fui surpreendido pela Sr.ª Therezinha Rabelo informando 
que as insígnias de Cavalaria pertencentes ao Patrono seriam repassadas às minhas mãos para 
que, como “filho”, as usasse durante o serviço ativo e, posteriormente, as guardasse, entre minhas 
recordações. 
Naquele instante, tomado de grande emoção e honrado com a altiva distinção, jurei usá-las 
para sempre, como respeito e gratidão. E, assim, o fiz! 
Estas insígnias estarão comigo até o dia em que 
minh’alma for recolhida pelo Criador e meu corpo, 
reduzido a cinzas. 
Que fique aqui registrado esse meu desejo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
“CORONEL! A CAVALARIA SELECIONA HOMENS!” 
 (CAP QOPM LUIZ COELHO RODRIGUES JÚNIOR ao 
CEL QOPM LUIZ ANTÔNIO DA ANNUCIAÇÃO) 
 
49 
 
“ORDEM DO DIA” 
23 de junho de 2011 
(TRANSCRIÇÃO) 
 
 
SENHORAS E SENHORES! 
NÃO QUERO QUE, NA TENTATIVA DE EXPRESSAR SENTIMENTOS, PALAVRAS 
EMBARGADAS VENHAM A TURVAR O MOMENTO DE NOSTALGIA E REFLEXÃO. 
 ENTÃO, APRUMEMOS A POSTURA, RESPIREMOS FUNDO E SIGAMOS EM FRENTE. 
A HISTÓRIA REFLETE A AÇÃO DO HOMEM E ANALISA OS EVENTOS OCORRIDOS EM 
DETERMINADOS MOMENTOS. ESSE PROCESSO COMEÇA QUANDO ENCONTRAM OS 
ELEMENTOS DE SUA EXISTÊNCIA NAS REALIZAÇÕES DAQUELES QUE OS ANTECEDERAM. 
A HISTÓRIA É, CERTAMENTE, PRODUTO DE SONHOS... 
NÃO SE PASSA PELA VIDA SEM DEIXAR RASTROS DO CAMINHAR, ERROS COMETIDOS, 
TOMADAS DE DECISÕES, MÁGOAS, PRINCÍPIOS, HONRA, ENFIM, MARCAS INDELÉVEIS DE 
ATITUDES. 
AS AÇÕES SÃO BALIZAS QUE MOSTRAM O CAMINHO A SER SEGUIDO FAZENDO COM 
QUE, DIA APÓS DIA, O AZIMUTE ESTABELECIDO PELA BÚSSOLA DA VIDA SELE O CARÁTER E 
A RETIDÃO. 
COMO A AFRONTAR O DESCONHECIDO, UM DIA ALGUNS OUSARAM SONHAR O QUE 
OS OUTROS DIZIAM SER IMPOSSÍVEL ALCANÇAR. 
OUTROS, MAIS ADIANTE, MESMO NA INCERTEZA OU IMPOSSIBILIDADE DE SUCESSO, 
OUSARAM TRANSFORMAR A ASPIRAÇÃO EM REALIDADE. 
ASSIM, POR UM INSTANTE, TENTEMOS VOLTAR NO TEMPO. 
 
50 
 
O RELÓGIO DA MEMÓRIA, EM SUA CADÊNCIA DE REGRESSO, DESCOMPASSA O 
CORAÇÃO INQUIETO E EMOCIONADO. 
É HORA DE RECORDAR! 
RELEMBRAR A FATÍDICA TARDE DE 01 DE NOVEMBRO DE 1979 É MEXER NA DOR MAIS 
PROFUNDA DA ALMA. 
A MORTE PREMATURA DO SR. CEL CAV QEMA FRANCISCO RABELO LEITE NETO, 
ENTÃO COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL, ATINGE A 
TODOS COMO UM GOLPE INESPERADO E SENTIDO. 
AS DORES DA PERDA E DA SAUDADE NÃO PASSAM. SÃO ETERNAS E, INFELIZMENTE, 
TEMOS QUE CONVIVER COM ELAS. 
OS QUE VIVERAM TAL EPISÓDIO, ENTRETANTO, MAL SABIAM QUE NAQUELA TARDE, 
DIANTE DE TÃO INGRATO INFORTÚNIO, O SONHO COMEÇAVA A DAR SEUS PRIMEIROS 
PASSOS E A TOMAR FORMA. 
SEU SUCESSOR, CEL EB EGÊO CORREIA DE OLIVEIRA FREITAS, HOJE GENERAL, 
FOCADO EM PENSAMENTO QUE JÁ O ATORMENTAVA, DETERMINA QUE SEJAM 
RELACIONADOS VOLUNTÁRIOS PARA COMPOREM UMA NOVA UNIDADE NA PMDF. 
 OFICIAIS E PRAÇAS, REFERENCIADOS COMO PIONEIROS, SÃO SUBMETIDOS A UM 
ESTÁGIO DE EQUITAÇÃO MILITAR COM O OBJETIVO DE HABILITÁ-LOS NA ARTE EQUESTRE. 
SALIENTO QUE NOSSA CARTILHA, NO QUE SE REFERIA À DOUTRINA DE 
POLICIAMENTO MONTADO, FORA REGIDA PELO QUE DE MAIS RECONHECIDO HAVIA À 
ÉPOCA. 
APRESENTO, AQUI, NESTA OPORTUNIDADE, NOSSO PREITO DE GRATIDÃO E 
RESPEITO AO 1º REGIMENTO DE CAVALARIA DE GUARDAS “REGIMENTO DRAGÕES DA 
INDEPENDÊNCIA” E ÀS POLÍCIAS MILITARES DE MINAS GERAIS, RIO DE JANEIRO E SÃO 
PAULO, NA PESSOA DE SEUS COMANDANTES, POR TUDO O QUE FIZERAM E REPRESENTAM 
 
51 
 
PARA O REGIMENTO CORONEL RABELO. 
SEGUINDO A TOADA DA HISTÓRIA, EM 10 DE JULHO DE 1980 É ASSINADA PORTARIA 
PMDF QUE CRIAVA O NÚCLEO DO REGIMENTO DE CAVALARIA CORONEL FRANCISCO 
RABELO LEITE NETO, O QUAL ERA COMPOSTO INICIALMENTE POR UM ESQUADRÃO HIPO E 
SUBORDINADO ADMINISTRATIVA E OPERACIONALMENTE AO 2º BATALHÃO DE POLÍCIA 
MILITAR. 
PERMITAM QUE EU, TARDIAMENTE, FAÇA UM AGRADECIMENTO ESPECIAL À 
SECRETARIA DE AGRICULTURA E À FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA DO DISTRITO FEDERAL. 
AMBAS FORAM PRIMORDIAIS NO QUE CONCERNE À CESSÃO DE CAMPOS, INSTALAÇÕES E 
ASSISTÊNCIA VETERINÁRIA PARA QUE O NÚCLEO PUDESSE ESTABELECER, 
PROVISORIAMENTE, SUA SEDE NA GRANJA MODELO DO RIACHO FUNDO. 
COM A CHEGADA DOS OITENTA PRIMEIROS CAVALOS ADQUIRIDOS PELA PMDF, 
ORIUNDOS DO RIO GRANDE DO SUL, E A INCLUSÃO DE NOVOS VOLUNTÁRIOS, 
INCORPORADOS AO EFETIVO INICIAL, A TROPA COMEÇA SEUS TREINAMENTOS. 
MUITOS AQUI ESTÃO PARA ESTE MOMENTO DE JÚBILO. 
PEÇO ESCUSAS EM NÃO CITÁ-LOS NOMINALMENTE, O QUE PARA MIM SERIA, ALÉM 
DE UM PRIVILÉGIO, UMA HONRA. TEMO, PORÉM, SER INJUSTO COM AQUELES QUE, 
INDIRETAMENTE, TENHAM CONTRIBUÍDO PARA COM A IMPLANTAÇÃO DE NOSSA 
UNIDADE. 
EM DEZEMBRO DE 1980, O POLICIAMENTO OSTENSIVO MONTADO É, OFICIALMENTE, 
IMPLANTADO EM TERRAS CANDANGAS, ATIVIDADE ESTA QUE, INCANSAVELMENTE, VEM 
SENDO DESEMPENHADA DESDE ENTÃO. 
O NÚCLEO, COMO ERA CONHECIDO, EM 23 DE JUNHO DE 1982, POR FORÇA DO 
DECRETO GDF Nº. 6.828, É ELEVADO À CONDIÇÃO DE REGIMENTO DE POLÍCIA MONTADA, 
COM AUTONOMIA ADMINISTRATIVA, ATRIBUIÇÃO DE EXECUTAR O POLICIAMENTO 
OSTENSIVO MONTADO EM TODO O DISTRITO FEDERAL E CUMPRIR MISSÕES 
 
52 
 
DETERMINADAS PELO COMANDANTE–GERAL DA CORPORAÇÃO. 
O FUTURO CARREGA UM POUCO DO PASSADO E ESTE, POR NÃO CONHECER LIMITES 
DE ESPAÇO E TEMPO, SEMPRE ESTARÁ PRESENTE. ISSO É INQUESTIONÁVEL! 
O TEMPO PASSOU E AINDA HAVIA MAIS UMA ETAPA A SER CUMPRIDA. 
CORRIA O ANO 1999 E POR ORDEM DO ENTÃO COMANDANTE DO RPMON, SR TEN CEL 
HELLEN JOSÉ FUTURO ROCHA FILHO, TEVE, ESTE OFICIAL, A VENTURA DE CONFECCIONAR 
A MINUTA DO DECRETO, O QUAL SERIA ASSINADO NA ÍNTEGRA PELO EXCELENTÍSSIMO 
SENHOR GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL. 
TAL EXPEDIENTE OUTORGAVA, DEFINITIVAMENTE, A DENOMINAÇÃO HISTÓRICA 
DE “REGIMENTO CORONEL RABELO” AO REGIMENTO DE POLÍCIA MONTADA DA PMDF. 
EXATAMENTE HOJE, 23 DE JUNHO DE 2011, O REGIMENTO DE POLÍCIA MONTADA 
“REGIMENTO CORONEL RABELO” COMPLETA 29 ANOS DE RELEVANTES SERVIÇOS 
PRESTADOS À COMUNIDADE, À POLÍCIA MILITAR, AO DISTRITO FEDERAL E À NAÇÃO. 
GERAÇÕES DE POLICIAIS MILITARES TRANSPUSERAM ESTES PORTÕES, 
DEFENDERAM NOSSAS CORES E SÍMBOLOS, NOSSAS TRADIÇÕES E IDEAIS. 
OUTROS AINDA TERÃO ESSA HONRA! 
ANSIAMOS PELA CHEGADA DE NOVOS VOLUNTÁRIOS. 
POR PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PÚBLICA QUE COMUNGUEM DAS NOSSAS 
ALEGRIAS E TRISTEZAS, QUE COMPARTILHEM RISOS E LÁGRIMAS, QUE VIBREM COM O 
TINIR DAS ESPORAS, OU MESMO COM O RELINCHAR MATREIRO DE ALGUM POTRO 
DESGARRADO. 
QUE ACREDITEM NAQUILO QUE ESTARÃO FAZENDO E QUE ESTEJAM DISPOSTOS A 
PROTEGER SEUS SEMELHANTES, NEM QUE, PARA ISSO, TENHAM QUE SE ENTREGAR EM 
SACRIFÍCIO. 
 
53 
 
MUITOS NÃO ENTENDEM ESSE SACERDÓCIO. NÃO IMPORTA, ESTAREMOS SEMPRE 
PRONTOS NOS MOMENTOS DE PROVAÇÕES. 
AQUI ESTÃO ALGUNS PIONEIROS. AQUI ESTÃO ETERNOS COMANDANTES! AQUI 
ESTÃO FAMILIARES E AMIGOS, TODOS UNIDOSEM SINGULAR IRMANDADE E EM NOME DE 
UM PROPÓSITO. 
ENTRETANTO, NADA DISSO SERIA POSSÍVEL E CONQUISTADO SEM O AUXÍLIO DO 
NOBRE AMIGO, O CAVALO, ATOR PRINCIPAL DE INÚMERAS HISTÓRIAS CONTADAS AO 
LONGO DOS TEMPOS. 
FAÇAMOS, ENTÃO, A “FESTA NA CAVALHADA”. 
USEMOS NOSSAS MÃOS PARA UM AFAGO E QUE ESTA DEMONSTRAÇÃO DE CARINHO 
REPRESENTE TUDO AQUILO QUE SENTIMOS POR ESTE SER MAGNÍFICO E, PORQUE NÃO 
DIZER, QUASE PERFEITO. 
O MONUMENTO EM HOMENAGEM À TROPA MONTADA, QUE HORA SERÁ 
INAUGURADO, TAL QUAL UMA SENTINELA VIGILANTE, GUARDA IMPÁVIDO E SOLITÁRIO, O 
PÔR DO SOL DESTE PLANALTO, NA CERTEZA DE UMA NOVA ALVORADA. 
CONVICTO DESSA ASSERTIVA E NA CONDIÇÃO DE COMANDANTE DESTA UNIDADE 
DE POLÍCIA MONTADA, FICO EXTREMAMENTE ENVAIDECIDO PELA DIVINA 
OPORTUNIDADE QUE ME FOI CONCEDIDA EM PODER PRESTAR A JUSTA HOMENAGEM 
ÀQUELES QUE FIZERAM A HISTÓRIA DESTE AQUARTELAMENTO E AOS QUE FAZEM COM 
QUE ELA JAMAIS PEREÇA E SEJA, SEMPRE, COROADA DE SUCESSO. 
QUE NOS SEJA PERMITIDO, NO MOMENTO DERRADEIRO, QUANDO O ESTRIDENTE 
CLARIM ANUNCIAR A ÚLTIMA ORDEM, TER A CERTEZA DE QUE ESTAREMOS JUNTOS PARA 
A CARGA FINAL. 
NÓS, INTEGRANTES DO REGIMENTO CORONEL RABELO, ESTAMOS DEVERAS 
LISONJEADOS EM TÊ-LOS AQUI PARA ESCREVERMOS, JUNTOS, MAIS ESTA PÁGINA DA 
HISTÓRIA DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. 
 
54 
 
QUE O SENHOR TODO-PODEROSO NOS DÊ FORÇAS E NOS CUBRA DE BENÇÕES! 
MUITO OBRIGADO! 
 
RPMON-DF, 23 DE JUNHO DE 2011 
 
FERNANDO D’AUSTRIA E CARAVELLAS FILHO – TEN CEL QOPM 
COMANDANTE DO RCR 
 
 
 
 
 
 
“NÓS CUIDAMOS DOS NOSSOS!" 
 
(1º TEN MÉD AER R/2 IELVES ROSA MADUREIRA) 
 
55 
 
“GALERIA DE HONRA” 
 
Personalidades que contribuíram diretamente para a criação e o engrandecimento do 
Policiamento Montado no Distrito Federal. 
 
CEL CAV 
AIMÉ ALCIBÍADES 
SILVEIRA LAMAISON 
 
Governador do Distrito Federal 
 
29MAR1979 - 02JUL1982 
 
CEL CAV QEMA 
EGÊO CORREIA DE OLIVEIRA 
FREITAS 
 
Comandante-Geral da PMDF e 
responsável pela criação do 
Esquadrão de Polícia Montada e do 
Núcleo do Regimento de Cavalaria 
“Cel Francisco Rabelo Leite Neto”. 
 
16DEZ1979 - 31JUL1982 
 
 
 
 
CEL CAV 
PAULO AZAMBUJA DE 
OLIVEIRA 
 
Secretário de Segurança do Distrito 
Federal 
 
29MAR1979 - 02JUL1982 
 
 
 
TEN CEL PM 
EVANILDO BATHOMARCO 
PASTORI 
 
Comandante do 
2º BPM/PMDF – Taguatinga/ 
DF, ao qual o Esquadrão de 
Polícia Montada era subordinado. 
 CEL INF QEMA 
WLADIR CAVALCANTE DE 
SOUSA LIMA 
 
Comandante-Geral da PMDF 
 
27AGO1982 - 11MAR1983 
 
56 
 
Ao nos aprofundarmos em pesquisas e entrevistas obtivemos informações valiosíssimas 
quanto aos primeiros passos do sonho de instalação da nossa Cavalaria. 
 
 
 
 
 
 
 
O então Presidente da República, GEN JOÃO BAPTISTA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO, 
quando Coronel, comandou a Força Pública de São Paulo (1966 a 1967), atual PMESP, e o 1º 
Regimento de Cavalaria de Guardas (1967 a 1969), além de ser amigo pessoal do CEL RABELO, 
amizade essa iniciada em 1958, quando participavam do Campeonato de Hipismo do Exército, em 
Porto Alegre/ RS. 
Tal laço afetivo durou por toda a vida, sendo, também, extensivo às respectivas famílias. 
Amante de cavalos, das nobres tradições da Cavalaria e conhecedor da doutrina de 
Policiamento Montado, tinha, o Presidente, anseio de ver criado em Brasília, aos moldes da Força 
Pública Paulista e de outras unidades da federação, uma unidade montada de policiamento. 
O CEL RABELO, ao assumir a função de Comandante-Geral da PMDF o fez já com a 
sugestão presidencial para que envidasse esforços nesse sentido. Contudo, como sabido, o 
destino foi implacável e não permitiu o cumprimento da missão. 
 
57 
 
O CEL EGÊO assume o comando da instituição e, logo nos primeiros dias do ano de 1980, 
propõe ao Comandante do 2º BPM/PMDF, TEN CEL PASTORI, o desafio de criar nossa Cavalaria, 
o que, de imediato, é aceito pelo referido oficial. 
Outra questão foi a indicação do então CAP PM ALOYSIO MARTINS FERNANDES para a 
função de Comandante da futura Unidade Policial, por ser de extrema confiança do Presidente 
Figueiredo e com o qual havia servido no Sul do Brasil, quando Oficial R/2. 
 
 
Cavalaria da Força Pública paulista 
https://www.policiamilitar.sp.gov.br/institucional/historia-da-pm 
 
Em março de 1980, cumprindo os objetivos de adequação e modernização traçados pelo 
Comando da Corporação e aos moldes de diversas polícias espalhadas pelo mundo, a PMDF inicia 
a implantação, em sua estrutura, do processo montado de policiamento, dando início a um antigo 
anseio. Esforços foram envidados para que fosse criado, sob a subordinação do 2º BPM/PMDF, o 
“ESQUADRÃO DE POLÍCIA MONTADA”. 
MISSÃO DADA! MISSÃO CUMPRIDA! 
 
58 
 
Para a organização do primeiro Quadro Orgânico, os oficiais e praças foram remanejados 
dos efetivos das diversas Unidades Policiais Militares. 
Com apoio da Secretaria de Agricultura e da Fundação Zoobotânica do Distrito Federal, 
cedendo campos, instalações e assistência veterinária, foi possível estabelecer, provisoriamente, a 
sede da Unidade. 
Visando habilitar policiais militares na arte equestre para a efetiva inserção desse processo 
de policiamento no contexto da segurança pública do DF, a PMDF, com o apoio do 1º Regimento 
de Cavalaria de Guardas – “DRAGÕES DA INDEPENDÊNCIA”12, do Exército Brasileiro, iniciou um 
Estágio de Equitação para Oficiais e Praças, passo determinante rumo à efetivação de nossa 
Unidade Montada. 
 
 
DISTINTIVO DA OM 
 
Em julho daquele ano é assinada a Portaria PMDF criando, na Corporação, o “NÚCLEO 
DO REGIMENTO DE CAVALARIA”. A data da Portaria foi escolhida por ser a mesma de 
aniversário do CEL RABELO. 
 
 
 
12 O 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (1º RCG), oficialmente denominado como Dragões da Independência, é uma Unidade do Exército Brasileiro, cuja missão 
principal é guarnecer as instalações da Presidência da República. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/1.%C2%BA_Regimento_de_Cavalaria_de_Guardas. 
Acessado em 26 de dezembro de 2020, às 16h50. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_militar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ex%C3%A9rcito_Brasileiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Presid%C3%AAncia_da_Rep%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/1.%C2%BA_Regimento_de_Cavalaria_de_Guardas
 
59 
 
 
 
 
 
60 
 
No dia 29 de agosto de 1980 chegavam a Brasília 80 (oitenta) cavalos oriundos do Rio 
Grande do Sul, os quais formaram o primeiro plantel hipo da Corporação. 
 
Caminhão “boiadeiro” utilizado no transporte dos primeiros cavalos da PMDF. 
 
 
 
 
 
 
Cel Egêo (Comandante-Geral) e Cap Aloysio (Comandante do Núcleo de Cavalaria) observando 
a primeira cavalhada 
 
 
 
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Presidente Figueiredo ladeado pelo Cap Aloysio (PMDF) e por “BRIGADIANOS”, os quais foram designados pelo 
Cel Edson Marconi Goggia, Comandante do 2º Regimento de Polícia Montada da 
BRIGADA MILITAR DO RIO GRANDE DO SUL para acompanhar a viagem da primeira Cavalhada 
 
 
 
 
 
Policiais Militares da BRIGADA MILITAR DO RIO GRANDE DO SUL (Regimento de Santana do Livramento) 
recebendo os agradecimentos das autoridades do GDF pelo apoio prestado quando do transporte dos cavalos 
do SUL para o DF 
 
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Cap Aloysio (Comandante do Núcleo do Regimento), Cel Egêo (Cmt-Geral) e 
Ten Cel Pastori (Cmt do 2º BPM) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cavalhada em frente às antigas instalações do 2º BPM/PMDF, em Taguatinga 
 
 
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Em 16 de setembro de 1980, objetivando suprir a necessidade de logo iniciar os 
treinamentos de homens e animais para a execução do Policiamento Ostensivo Montado, foram 
incorporados ao 2º BPM e ao “Núcleo”, 80 (oitenta) recrutas, voluntários, da 27ª Turma de 
Soldados, do Quartel de Sobradinho/DF. Imediatamente tem-se início o 1º Curso de Policiamento 
Montado da PMDF. 
Mais uma vez o apoio incondicional do 1º RCG

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