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SERVIÇO PÚBLICO
Elabore um texto dissertativo de, no mínimo, duas laudas, discutindo todos os temas mencionados a seguir:
1. Definição de serviço público.
2. Os critérios usados para definir serviços públicos essenciais.
3. Performance e disponibilidade de serviços públicos no Brasil.
4. Cidadania  na oferta de serviços públicos no Brasil.
Definição de serviço público
	Os serviços públicos são criados e mantidos pelas administrações das cidades, dos estados e do país e tem o intuito de atender as necessidades da comunidade e, principalmente, garantir os direitos da população. Todo serviço público é regulamentado por leis e/ou decretos que regulamentam a quem aquele serviço se destina, o responsável por executá-lo, o que cabe oferecer, como deve funcionar, dentre outras especificações.
 
	O conceito “serviço público” é originário da França, tendo uma ampla dimensão histórica, pois esses serviços eram relacionados a toda atividade Estatal, sendo sempre citado pelos estudiosos como sinônimo de bem-estar da coletividade.
	A partir da Constituição Federal de 1988, Alexandre Santos de Aragão adota uma forma para o conceito de serviço público: ''serviços públicos são as atividades de prestação de utilidades econômicas a indivíduos determinados, colocados pela Constituição ou pela Lei a cargo do Estado, com ou sem reserva de titularidade, e por ele desempenhadas diretamente ou por seus delegatários, gratuita ou remuneradamente, com vistas ao bem-estar da coletividade''. Tal conceito mostra o beneficio direto dos indivíduos, onde a prestação de serviço público se dá em prol da satisfação de necessidades, as quais demandam a utilização de bens e serviços, além de recursos escassos. Alexandre de Aragão ainda cita um trecho da obra de Edgon Bockmann Moreira ,em que se dispõe que o Estado, quando se tratar de um serviço público, tem o dever de atuar de forma direta ou indireta, uma vez que é exigido uma prestação pública contínua e adequada. Não se atribui importância à titularidade do serviço público no conceito proposto, mas sim à responsabilidade do Estado sobre a atividade, a obrigação de prestar tal serviço público.
	Maria Sylvia Zanella di Pietro define serviço publico como “toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente as necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente publico.”. A autora deixa claro que cabe a escolha ao Estado, por meio da lei, acerca de quais atividades são consideradas serviços públicos. 
	Com o tempo, o significado de serviço público se transformou, tornando-se mais abrangente, onde passou a incluir atividades comerciais, industriais e sociais.  Porém sempre dependendo da legislação de cada país, onde as normas especificam uma maior ou menor abrangência de atividades consideradas serviços públicos. 
	Já Celso Antonio Bandeira de Mello define o serviço publico como “toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material destinada a satisfação da coletividade em geral, mas fruível singularmente pelos administrados, que o Estado assume como pertinente a seus deveres e presta por si mesmo ou por quem lhe faca as vezes, sob um regime de Direito Publico- portanto consagrador de prerrogativas de supremacia e de restrições especiais-, instituído em favor dos interesses definidos como públicos no sistema normativo.”
	Para o autor José Carvalho Pinto o conceito de serviço público pode ser definido da seguinte forma: ''toda atividade prestada pelo Estado ou por seus delegados, basicamente sob regime de direito público, com vistas à satisfação de necessidades essenciais e secundárias da coletividade''. Trata-se de um conceito marcado por um Sujeito Estatal, em que pode ser delegado a particulares a execução de determinados serviços públicos, ressalvando que o Estado possui o poder jurídico de controlar, fiscalizar, alterar e regulamentar o serviço. Destaca-se o interesse coletivo no conceito delimitado, assim como o Regime de Direito Público, admitindo, entretanto, regime híbrido.
	
	Outro aspecto importante do serviço público é a diferenciação da titularidade do serviço publico e a prestação de serviço publico. A titularidade do serviço público pertence ao Estado, ou seja, a União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Porém, o fato do Estado ser titular desses serviços não significa que ele seja obrigado a presta-los. Portanto, o Estado tem a opção de conferir a “entidades estranhas ao seu aparelho administrativo (particulares e outras pessoas de direito publico interno ou da administração indireta delas)” a titularidade da prestação por meio de autorização, permissão, ou concessão, salvo nas situações em que o Poder Público detenha a exclusividade do serviço. Essas entidades deverão prestar o serviço de acordo com as condições fixadas pelo Estado durante o período de tempo que for conveniente ao interesse público, sem prejuízo dos interesses econômicos destas entidades.
Os critérios usados para definir serviços públicos essenciais
A definição do conceito de serviço público essencial não é tarefa fácil, fato este que leva a discussões acerca do que vem a ser um serviço de natureza essencial.
Quando o artigo 21 da Constituição Federal expressa que "compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água", ela está prevendo uma atividade que, dada sua importância na oportunidade da elaboração da Constituição, foi tida como uma atividade primordial, necessária ao desenvolvimento da sociedade, imprescindível à manutenção da dignidade da pessoa humana e, por isso, foi retirada do domínio dos particulares e foi entregue ao Estado, estando, o mesmo, obrigado a desempenhar esta atividade.
          Nesta vereda, o único suporte normativo reside na lei de greve, n° 7.783/89, Art. 10, a qual complementa o que preceitua a Carta Constitucional em seu art. 9°, §1°, a saber, "São necessidades inadiáveis, da comunidade aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população."
          Portanto, o art. 10 da lei de greve cita categoricamente o que são serviços considerados essenciais, assim sendo esse dispositivo normativo mostra os serviços cuja necessidade tornou-se imprescindível para uma boa e normal existência da sociedade. 
Assim sendo, o Art. 10 da Lei 7783/89, cita que: São considerados serviços ou atividades essenciais:
I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia
elétrica, gás e combustíveis;
II - assistência médica e hospitalar;
III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;
IV - funerários;
V - transporte coletivo;
VI - captação e tratamento de esgoto e lixo;
VII - telecomunicações;
VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e
materiais nucleares;
IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais;
X - controle de tráfego aéreo;
XI - compensação bancária.
	
Pelo elencado, Rizzatto Nunes entende que todo serviço público, simplesmente por ser público, possui natureza essencial. Assim sendo entende que a sociedade não conseguiria subsistir sem o fornecimento mínimo desses serviços, "[...] então é que se diz que todo serviço público é essencial [...]". 
          Por tudo o que até agora foi explanado,  entende-se que os serviços públicos essenciais estão diretamente ligados às necessidades básicas das pessoas, sendo os mesmos fornecidos pelo Estado ou concessionárias, de forma continuada.
Performance e disponibilidade de serviços públicos no Brasil
	O povo brasileiro reclama por serviços públicos de melhor qualidade. Saúde, educação, transporte estão no topo da lista de reclamações, e estes serviços são considerados “essenciais” para uma boa qualidade de vida. Os impostos pagos pelos brasileiros são exorbitantes e a população não vê isso revertido em sua benfeitoria.
	Inicialmentepeguemos como exemplo a saúde, as filas enormes nos postos de saúde, indivíduos esperando por atendimento em corredores de hospitais, disso tudo se conclui que a saúde brasileira está doente. 
	O Programa Mais Médicos, implantado pelo Governo Federal, tentou melhorar o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, que previa mais investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde há escassez e ausência de profissionais. Porém até o presente momento não se vislumbrou melhora com tal atitude.
	Citemos agora a educação, que segundo a revista Exame “O Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) é mais um órgão internacional a martelar o que mesmo as autoridades brasileiras reconhecem: quando se trata de educação, o Brasil está mais perto dos piores exemplos do mundo do que dos melhores. Em seu Relatório de Capital Humano, o WEF colocou o país na 88ª posição de um total de 122 países quando se trata de educação”.
	Falta investimento na educação? Não, pois o Brasil é a sétima economia do mundo e investe na área 5,7% do PIB, porém isso não é o bastante. Muito tem se tentado melhorar a educação no Brasil, porém anda-se a passos de tartaruga.
	Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler; 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita e professores recebem menos que o piso salarial.
Outro ponto: transporte: a disseminação da onda de protestos e manifestações no  ano de 2013 no Brasil é representativa do descontentamento da sociedade – ou de parte dela – para com o transporte público. Mais do que simplesmente insatisfeita com o aumento do preço das passagens, a população também se queixa da qualidade dos serviços prestados em todo o país.
 
O transporte público no Brasil estrutura-se, principalmente, pela utilização de ônibus, além de metrôs e trens, em algumas cidades ou regiões. De acordo com a Constituição Federal, o serviço deve ser administrado e mantido pelos municípios, mas os investimentos devem ser realizados também pelos estados e pelo Governo Federal.
 
De um modo geral, o transporte público no Brasil é considerado ruim e ineficiente, com passagens caras e ônibus frequentemente lotados, veículos em condições ruins, além do grande tempo de espera nos pontos de ônibus e metrô. 
 
Pelos três exemplos citados conclui-se que os serviços públicos no Brasil não são eficientes, com parca disponibilidade e deixando muito a desejar.
 
Cidadania  na oferta de serviços públicos no Brasil
	O serviço público é um produto do qual se espera que concorra para o bem comum e a melhoria do bem-estar social. Porém o respeito a princípios éticos e a valores morais, de forma a preservar ou melhorar a qualidade dos serviços, e garantindo ou ampliando os direitos de cidadania é falho, pois a oferta de serviços públicos no Brasil é ineficiente. 
	É notório que o Estado brasileiro, atualmente, está longe de satisfazer às legítimas expectativas da sociedade no que diz respeito a três de suas responsabilidades clássicas: educação, transporte e saúde. 
	A carga tributária paga pelos brasileiros, no entanto, dá-lhes o legítimo direito a um serviço público de melhor qualidade. Traduzido em um sistema público de saúde capaz de atender pronta e eficientemente, além de dignamente a todos; num sistema de educação básica que atraia a todos e em um transporte digno e eficaz.
	Quando a Constituição vigente garante às pessoas residentes no país direitos fundamentais como a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade, não só prescreve quais são estes direitos, em 77 incisos subsequentes, como é seu dever possibilitar a qualquer cidadão recorrer aos órgãos públicos para exigir aquelas prestações, concretamente, passando da era das promessas constitucionais para o exercício pleno da cidadania.
	Ao passo que quando esses direitos são violados, os cidadãos não são respeitados em suas necessidades para poderem exercer plenamente sua cidadania. 
Referências Bibliográficas:
http://download.rj.gov.br/documentos/10112/751060/DLFE45597.pdf/Revista_61_Doutrina_pg_27_a_79.pdf, acessado em 21 de agosto de 2014
http://www.diariodopoder.com.br/artigos/estado-servicos-publicos-e-cidadania/,
acessado em 21 de agosto de 2014
http://felipemagalhaess.jusbrasil.com.br/noticias/114841067/educacao-no-brasil, acessado em 21 de agosto de 2014
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/educacao-brasileira-fica-entre-35-piores-em-ranking-global, acessado em 21vde agosto de 2014
DE MELLO, Celso Antonio Bandeira; Curso de Direito Administrativo. Malheiros Editores. 14o Ed. 2001. São Paulo
SANTOS DE ARAGÃO,Alexandre;, Direito Dos Serviços Públicos. Editora Forense. 1a Ed. 2007. Rio de Janeiro
ZANELLA DI PIETRO, Maria Sylvia; Direito Administrativo. Editora atlas. 20o Ed. 2006. São Paulo

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