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ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES Autores: Luciano de Almeida Campos Orlando José Ferreira Torres ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES Este é um material de uso restrito aos empregados da PETROBRAS que atuam no E&P. É terminantemente proibida a utilização do mesmo por prestadores de serviço ou fora do ambiente PETROBRAS. Este material foi classificado como INFORMAÇÃO RESERVADA e deve possuir o tratamento especial descrito na norma corporativa PB-PO-0V4-00005“TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES RESERVADAS". Órgão gestor: E&P-CORP/RH Ao final desse estudo, o treinando poderá: • Identificar a estabilidade de corpos flutuantes; • Identificar os critérios de estabilidade de estruturas oceânicas flutuantes, respeitando as determinações da Organização Marítima Internacional. Autores: Luciano de Almeida Campos Orlando José Ferreira Torres ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades profissionais na Companhia. É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados e a reciclagem de antigos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. Programa Alta Competência Programa Alta Competência Agradecimentos Agradecemos a toda Comunidade Técnica de Engenharia Naval da Petrobras/E&P, em especial ao pessoal da área de Estabilidade, que nos motivou para a elaboração dessa apostila. Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila está organizada e assim facilitar seu uso. No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. Autor Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá: • Identifi car procedimentos adequados ao aterramento e à manutenção da segurança nas instalações elétricas; • Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao aterramento de segurança; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. ATERRAMENTO DE SEGURANÇA Como utilizar esta apostila Objetivo Geral O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 20 Alta Competência 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a quatro fatores fundamentais: Tensão;• Resistência elétrica do corpo; • Área de contato;• Duração do choque.• Os riscos elétricos, independente do tipo de • instalação ou sistema, estão presentes durante toda a vida útil de um equipamento e na maioria das instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou de continuidade operacional. Os • choques elétricos representam a maior fonte de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das medidas de engenharia para seu controle, a obediência a padrões e procedimentos de segurança. 1.4. Exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir,trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. 48 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. 56 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 57 Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade – Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. 3.5. Bibliografi a3.4. Glossário Objetivo Específi co O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 20 Alta Competência 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a quatro fatores fundamentais: Tensão;• Resistência elétrica do corpo; • Área de contato;• Duração do choque.• Os riscos elétricos, independente do tipo de • instalação ou sistema, estão presentes durante toda a vida útil de um equipamento e na maioria das instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou de continuidade operacional. Os • choques elétricos representam a maior fonte de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das medidas de engenharia para seu controle, a obediência a padrões e procedimentos de segurança. 1.4. Exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemasdestinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. 48 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. 56 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 57 Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade – Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. 3.5. Bibliografi a3.4. Glossário Objetivo Específi co Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC,2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a 14 Alta Competência 15 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança durante o projeto da instalação, como por exemplo: A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado ao ambiente; A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• A correta manutenção do sistema elétrico.• O aterramento funcional do sistema elétrico tem como função permitir o funcionamento confi ável e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da sensibilização dos relés de proteção, quando existe uma circulação de corrente para a terra, provocada por anormalidades no sistema elétrico. Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados à ocorrência de incêndio e explosão: Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a 14 Alta Competência 15 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança durante o projeto da instalação, como por exemplo: A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado ao ambiente; A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• A correta manutenção do sistema elétrico.• O aterramento funcional do sistema elétrico tem como função permitir o funcionamento confi ável e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da sensibilização dos relés de proteção, quando existe uma circulação de corrente para a terra, provocada por anormalidades no sistema elétrico. Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados à ocorrência de incêndio e explosão: Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza éa parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos SumárioSumário Introdução 21 Capítulo 1 - Equilíbrio Objetivos 23 1. Equilíbrio 25 1.1. Conceito de equilíbrio 25 1.2. Definição de momento 28 1.3. Empuxo 29 1.4. Teorema dos momentos 32 1.5. Condição de equilíbrio desejada 34 1.6. Cálculo da altura metacêntrica (GM ) 36 1.7. Exercícios 39 1.8. Glossário 40 1.9. Bibliografia 41 1.10. Gabarito 42 Capítulo 2 - Estabilidade Objetivos 43 2. Estabilidade 45 2.1. O que é estabilidade? 45 2.2. Tipos de equilíbrio 47 2.3. Relação entre metacentro e centro de gravidade 50 2.4. Exercícios 53 2.5. Glossário 54 2.6. Bibliografia 55 2.7. Gabarito 56 Capítulo 3 - Cálculo da altura do centro de gravidade Objetivos 57 3. Cálculo da altura do centro de gravidade 59 3.1. Centro de gravidade 59 3.2. Usando momentos para encontrar KG 60 3.3. Cálculo de GG’ 63 3.4. Procedimento para encontrar o VCG (carga/descarga) 65 3.5. Relação entre altura metacêntrica e período de balanço 66 3.6. Perda proporcional de estabilidade 68 3.7. Efeito de GM negativo 68 3.8. Exercícios 73 3.9. Glossário 76 3.10. Bibliografia 77 3.11. Gabarito 78 Capítulo 4 - Cálculo de KM Objetivos 81 4. Cálculo de KM 83 4.1. Cálculo de KB 83 4.2. Cálculo de BMT 84 4.2.1. Cálculo de BM para um plano que não seja retangular 87 4.3. Análise do movimento vertical do metacentro transversal 89 4.4. Movimento de M com a inclinação transversal 90 4.5. Estudo de caso 92 4.6. Exercícios 96 4.7. Glossário 97 4.8. Bibliografia 98 4.9. Gabarito 99 Capítulo 5 - Teste de inclinação Objetivos 101 5. Teste de inclinação 103 5.1. Teste de inclinação com transferência de pesos 104 5.1.1. Aplicações do teste de inclinação 108 5.1.2. Estimativa do peso de teste 109 5.1.3. Problemas de inclinação 109 5.2. Exercícios 112 5.3. Glossário 113 5.4. Bibliografia 114 5.5. Gabarito 115 Capítulo 6 - Cálculo de estabilidade para grandes ângulos de inclinação Objetivos 117 6. Cálculo de estabilidade para grandes ângulos de inclinação 119 6.1. Curvas de estabilidade 119 6.2. Curvas cruzadas de estabilidade (CCE) 120 6.3. Curvas de estabilidade estática (CEE) 122 6.3.1. Construção das curvas de estabilidade estática (CEE) 122 6.3.2. Análise das curvas de estabilidade estática (CEE) 126 6.3.3. Inclinação em relação às curvas de estabilidade estática (CEE) 130 6.4. Método dos grandes ângulos 132 6.5. Exercícios 135 6.6. Glossário 136 6.7. Bibliografia 137 6.8. Gabarito 138 Capítulo 7 - Superfície livre Objetivos 139 7. Superfície livre 141 7.1. Fatores que influenciam na superfície livre 142 7.1.1. Efeito das dimensões na superfície livre 142 7.1.2. Efeito das densidades do líquido no tanque e do fluido no qual a unidade flutua 146 7.1.3. A quantidade de líquido no tanque não afeta o efeito de superfície livre 146 7.1.4. Superfície livre – fatores relevantes 148 7.2. Correção no KG devido ao efeito de superfície livre 148 7.3. Efeito de superfície livre em grandes ângulos de inclinação 149 7.4. Exercícios 153 7.5. Glossário 154 7.6. Bibliografia 155 7.7. Gabarito 156 Capítulo 8 - Estabilidade - intacta e em avaria Objetivos 157 8. Estabilidade - intacta e em avaria 159 8.1. Efeito do alagamento sobre a estabilidade transversal 159 8.2. Método da perda de flutuabilidade 159 8.3. Método do peso acrescentado 162 8.4. O perigoso efeito decorrente do alagamento em wing tanks 164 8.5. Exercícios 169 8.6. Glossário 170 8.7. Bibliografia 171 8.8. Gabarito 172 Capítulo 9 - Trim Objetivos 173 9. Trim 175 9.1. Eixos de referência e convenção de sinal de trim 175 9.2. Momento para mudar trim de 1 polegada 176 9.3. Formulação de MT1 177 9.4. Análise para LCF fora da seção mestra 180 9.5. Exercícios 182 9.6. Glossário 183 9.7. Bibliografia 184 9.8. Gabarito 185 Capítulo 10 - Curvas hidrostáticas (plataformas semi-submersíveis - SS) Objetivos 187 10. Curvas hidrostáticas (plataformas semi-submersíveis - SS) 189 10.1. Interpretação das curvas hidrostáticas de plataformas semi- submersíveis (SS) 190 10.1.1. Curva calado x deslocamento 190 10.1.2. Curva centro de carena x calado 191 10.1.3. Curva metacentro x calado 191 10.1.4. Curva TPC x calado 192 10.1.5. Curva área de linha d’água (Awp) x calado 193 10.1.6. Curva momento para trimarou dar banda de 1cm x calado 193 10.1.7. Curva centro de flutuação x calado 194 10.2. Exercícios 198 10.3. Glossário 199 10.4. Bibliografia 200 10.5. Gabarito 201 Capítulo 11 - Boletim de estabilidade Objetivos 203 11. Boletim de estabilidade 205 11.1. Elementos do boletim de estabilidade 205 11.1.1. Dados registrados, cálculos e verificações efetuados no boletim 205 11.1.2. Conclusões e recomendações importantes 206 11.2. Tanques de lastro 207 11.3. Tanques de água potável, água industrial e óleo diesel 209 11.4. Tanques de convés 209 11.5. Tanques de lama 210 11.6. Cargas de convés e almoxarifado 210 11.7. Silos e sacarias 211 11.8. Tensões nas linhas de ancoragem e risers 212 11.9. Sumário de cargas 213 11.10. Cálculo de estabilidade e trim 213 11.11. Exercícios 216 11.12. Glossário 217 11.13. Bibliografia 218 11.14. Gabarito 219 Capítulo 12 - Critérios de estabilidade de sistemas flutuantes Objetivos 221 12. Critérios de estabilidade de sistemas flutuantes 223 12.1. Critério de estabilidade intacta 224 12.2. Critério de estabilidade em avaria e compartimentagem 227 12.2.1. Avaria e alagamento 227 12.2.2. Extensão de avaria 228 12.2.3. Razão de áreas 229 12.3. Plataformas semi-submersíveis (SS) 229 12.3.1. Eixo crítico de estabilidade 229 12.3.2. Definição e obtenção da curva de KGmax admissível para plataformas 232 12.4. Exercícios 235 12.5. Glossário 236 12.6. Bibliografia 237 12.7. Gabarito 238 Capítulo 13 - Requisitos do MODU CODE 1989 Objetivos 239 13. Requisitos do MODU CODE 1989 241 13.1. Teste de inclinação 241 13.2. Curvas de momento de endireitamento e emborcamento 242 13.3. Critério de estabilidade intacta 245 13.4. Subdivisão e estabilidade em avaria 247 13.4.1. Unidades estabilizadas por colunas 247 13.4.2. Todos os tipos de unidades 249 13.5. Extensão de avaria 250 13.5.1. Unidades estabilizadas por colunas 250 13.6. Integridade da estanqueidade 251 13.6.1. Aberturas internas 251 13.6.2. Aberturas externas 252 13.7. Exercícios 254 13.8. Glossário 255 13.9. Bibliografia 256 13.10. Gabarito 257 21 Introdução A aquisição de conhecimentos na área de Estabilidade de Corpos Flutuantes é de fundamental importância para operadores de lastro e coordenadores de embarcação de Unidades Móveis Offshore (MOU – Mobile Offshore Units). Entendendo o caráter crítico desse conhecimento para a operação de MOUs, a Organização Marítima Internacional (IMO – International Maritime Organization), através da Resolução A.891(21), de 25 de Novembro de 1999, estabeleceu padrões mínimos de competência e de treinamento para as funções de BCO – Ballast Control Operator - e de BS – Barge Supervisor -, uma vez que tais profissionais são os responsáveis a bordo por garantir as condições de flutuabilidade da embarcação, sobre a qual assentam-se os equipamentos necessários à atividade fim da plataforma. Adicionalmente, a IMO reconheceu que o Gerente da Plataforma (OIM – Offshore Installation Manager) deve possuir conhecimentos mínimos dessa disciplina para entender melhor os problemas de estabilidade que possam ocorrer com a unidade marítima e, assim, atuar de forma mais eficaz em situações de emergência. Cabe destacar que os conhecimentos teóricos sobre Estabilidade de Corpos Flutuantes devem ser complementados por treinamentos práticos, preferencialmente com o uso de simuladores, visando a garantir o perfeito entendimento dos conceitos por parte dos operadores e coordenadores da embarcação. A estabilidade é um requisito fundamental para garantir a operação de uma unidade marítima flutuante de exploração e produção de petróleo. Ela depende de diferentes fatores que você deve conhecer. Nesta apostila – Estabilidade de Corpos Flutuantes – apresentaremos os principais conceitos relacionados ao tema em estudo. Detalharemos diversos aspectos inerentes ao comportamento dos corpos flutuantes. Serão abordados conhecimentos de equilíbrio, momento, efeito de RESERVADO 22 Alta Competência superfície livre, curvas e boletim de estabilidade, particularidades das unidades marítimas, contingências e aspectos legais, entre outros. Deste modo, você conhecerá as principais condições para avaliar a estabilidade de um corpo flutuante, inclusive aquelas decorrentes de possíveis avarias. O domínio desses conhecimentos, por parte de operadores de sistemas de lastro e coordenadores de embarcação, é de suma importância para a segurança operacional das unidades marítimas em condições normais e durante emergências de estabilidade. RESERVADO PREFáCIO C ap ít u lo 1 Equilíbrio Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Conceituar equilíbrio e os diferentes tipos de equilíbrio; • Definir momento; • Descrever o princípio de Arquimedes. RESERVADO 24 Alta Competência RESERVADO 25 Capítulo 1. Equilíbrio 1. Equilíbrio No século III A.C. o rei de Siracusa, uma cidade grega, encomendou a um ourives uma nova coroa. Entregou-lhe uma determinada quantidade de ouro para a tarefa. Ao receber pronta a coroa, ele desconfiou que parte do ouro havia sido substituída por prata, metal de menor valor. Então, o rei delegou ao seu amigo Arquimedes, um dos maiores matemáticos e inventores da Grécia Antiga, a missão de verificar a constituição de sua coroa, se realmente ela era de ouro puro ou se procedia a sua desconfiança em relação ao ourives. Enquanto tomava banho, raciocinando sobre a tarefa que lhe fora confiada, Arquimedes reparou que a água transbordava à medida que seu corpo submergia na banheira. Ao mesmo tempo, ele observou que sentia-se mais leve. Arquimedes, exultante, teria saído da banheira em direção à rua e percorrido a cidade sem roupa gritando “Eureka, eureka!” (palavra grega que significa “descobri”, “achei”, “encontrei”). A partir disso, ele concluiu que poderia verificar o problema que lhe apresentara o rei. Eureka! Mas, afinal, o que Arquimedes descobriu? Adiante voltaremos à historieta sobre Arquimedes. Aguarde! 1.1. Conceito de equilíbrio Um corpo está em equilíbrio quando o somatório das forças e dos momentos que atuam sobre ele é nulo. A natureza desse equilíbrio vai depender da forma como essas forças e momentos atuarão sobre o corpo quando este for levemente perturbado. RESERVADO 26 Alta Competência Considerando que: P - Força Peso N - Força Normal R - Resultante Onde: P corresponde ao efeito exercido pela gravidade sobre a massa do corpo, ao qual denominamos Peso. N é uma força de reação perpendicular que aparece quando um corpo esta em contato com uma superfície. R pode ser definida como o resultado da interação entre as forças envolvidas. A relação entre tipo de equilíbrio, tendência e conseqüência está representada nas figuras seguintes. R = P + N Observe que o equilíbrio depende do que ocorre quando se perturba o corpo em questão (um corpo em equilíbrio). Observe a figura a seguir: P P N P P N P P N N NN a a R R O tipo de equilíbrio depende do que ocorre quando se perturba um corpo em equilíbrio. P: força peso N: força normal R: resultante R= P + N Tipo de equilíbrio – tendência e conseqüência RESERVADO 27 Capítulo 1. Equilíbrio O equilíbrio pode ser estável, instável ou indiferente, conforme diferentes situações. Equilíbrio instável• O sistema, uma vez perturbado, não tem a capacidade de retornar à sua condição original Equilíbrio instável Equilíbrio indiferente• O sistema fica sempre em equilíbrio após determinada perturbação. Equilíbrio indiferente Equilíbrio estável• Uma vez perturbado, o sistema tende a retornar à sua posição inicial. Equilíbrio estável RESERVADO 28 Alta Competência 1.2. Definição de momento Fisicamente, momento (conjugado) é o resultado da multiplicação de força por distância. y x z Ponto ou eixo de aplicação do momento M = F x d M = F x d z Momento A distância d é sempre a menor distância entre a força e o eixo ou o ponto de aplicação do momento. A distância d chama-se braço do momento. O tipo deequilíbrio depende da força ou momento resultante, de como variam as forças que agem no corpo quando este é perturbado. BB G M FIGURA 9 - TIPOS DE EQUILÍBRIO (B) O TIPO DE EQUILÍBRIO DEPENDE DA FORÇA OU MOMENTO RESULTSANTE Momento resultante Peso Normal Peso Normal Peso Normal Equilíbrio instávelEquilíbrio indiferenteEquilíbrio estável Não há momento resultante Momento resultante M = G M G O tipo de equiliíbiro dependerá de como variam as forças que agem no corpo quando este é perturbado. Tipos de equilíbrio – momento resultante RESERVADO 29 Capítulo 1. Equilíbrio y x y / / y / / x Decomposição de força Um corpo ou sistema está em equilíbrio estático se estiver satisfazendo as equações de equilíbrio de forças e momentos ΣFx = ΣFy = ΣFz = 0 ΣMx = ΣMy = ΣMz = 0 1.3. Empuxo Retomemos o desafio proposto a Arquimedes. Vejamos o que aconteceu. Ele pegou uma barra de ouro, igual a que foi entregue ao ourives, colocou-a em um recipiente com água e registrou o quanto a água subiu. Fez o mesmo com a coroa. Em seguida, comparou os dois registros e verificou que existia uma diferença, o que lhe permitiu concluir que o ouro não havia sido totalmente utilizado para a confecção da coroa. Mas como pôde Arquimedes chegar a essa conclusão? Durante seu banho, ele observou que, ao submergir uma parte do seu corpo, o nível de água subia. A partir dessa observação, concluiu RESERVADO 30 Alta Competência que seu corpo se tornava mais leve devido a uma força - vertical e para cima - exercida pelo líquido sobre o corpo. Essa força é denominada empuxo. A partir da descoberta de Arquimedes, foi criado um princípio fundamental para o estudo da estabilidade, que ficou conhecido como o Princípio de Arquimedes e assim enunciado: “Todo corpo mergulhado em um líquido sofre uma força – que atua verticalmente para cima - igual ao peso do líquido deslocado pelo corpo. Essa força é chamada empuxo.” Como o empuxo depende do volume, ele pôde concluir que havia uma mistura de outros metais na coroa. Portanto, o empuxo é a resultante das forças de pressão atuantes na parte imersa do corpo. As componentes horizontais das forças de pressão se anulam e o somatório das componentes verticais compõe a força de empuxo. F=Força h=Altura Distância entre a aplicação da força até a superfície Empuxo: corpo flutuando e corpo submerso RESERVADO 31 Capítulo 1. Equilíbrio A força é sempre perpendicular à área em que a pressão atua e as forças horizontais sempre se anulam. Somente as pressões de origem gravitacional interessam para a estabilidade, ou seja p = γh γ = peso específico do líquido (kgf/m3) h = profundidade do ponto onde atua a pressão A pressão em um ponto é igual em todas as direções. F=Força h=Altura Distância entre a aplicação da força até a superfície Empuxo: pressão igual em todas as direções F = p.A = γhA B = Σ γhiAi = γh3A2 - γh1A1 (empuxo) RESERVADO 32 Alta Competência As áreas A3 e A4 não nos interessam, pois as forças que nelas atuam se anulam. z x h1 h2 F1x F2x F2z F1z F2 F4 F3 F4x F3x F4z F3z F1 F1x F1z F1 = + F2x F2z F2 = + F3x F3z F3 = + F4x F4z F4 = + F1x F2x Fx = =+ F1x F2x= - F3x F4x= - F3x+ F4x+ 0 pois A2 A1 A4 A3 F=Força h=Altura Distância entre a aplicação da força até a superfície Empuxo: forças que se anulam B = Σ Fz = F3Z - F1Z + F4Z - F2Z = γh2A3 - γh1A1 + γh2A4 - γh1A2 considerando A = A1 = A2 = A3 = A4 então Observe que o empuxo depende apenas da diferença entre as cotas e não da profundidade. A pressão, naturalmente, depende da profundidade. 1.4. Teorema dos momentos O teorema dos momentos é usado para calcular os centros geométricos, momentos de área, volumes, centros de empuxo, de flutuação, etc. Os exemplos apresentados a seguir, permitirão que você visualize essa aplicação. RESERVADO 33 Capítulo 1. Equilíbrio Exemplo 1 Calcule o centro geométrico do quadrado de 4 x 4 cm, em relação ao eixo xx, sendo conhecidos os centros dos quadrados de 2 x 2 cm. Exemplo 1 Exemplo 2 Calcule o centro de empuxo B de uma embarcação em relação à sua base. k B k k KB = vi di vi Exemplo 2 KB= vidi vi Σ RESERVADO 34 Alta Competência 1.5. Condição de equilíbrio desejada Como você sabe, uma embarcação flutuando está em permanente movimento. Ventos, ondas, pesos internos fazem com que ela se movimente, dentro de certos limites. É necessário que a embarcação esteja em equilíbrio estável, ou seja, uma vez perturbada por forças externas, ela deverá retornar à condição inicial ou oscilar dentro de uma faixa aceitável. As figuras seguintes mostram as três condições possíveis de equilíbrio de um corpo. Um círculo apoiado (pinado) no ponto B pode girar e parar em • qualquer posição, caracterizando equilíbrio indiferente. O semicírculo pinado em B, com G acima de B, caracteriza • equilíbrio instável. O semicírculo pinado em B e com G abaixo de B, caracteriza uma • situação de equilíbrio estável. G B G B Equilíbrio indiferente : Equilíbrio instável : Equilíbrio estável : Condições de Equilíbrio RESERVADO 35 Capítulo 1. Equilíbrio Considerando um segmento de círculo apoiado numa superfície plana teremos: M G B = K Segmento de círculo em equilíbrio G = centro de gravidade B = centro de apoio (empuxo) K = ponto mais baixo (linha de base) M = metacentro (centro da circunferência descrita pelo movimento de B) Aplicando uma pequena perturbação angular no segmento de círculo teremos: G B z M Momento de endireitamento RESERVADO 36 Alta Competência MR = peso. GZ (momento de endireitamento) ∆ = peso do volume do líquido deslocado GZ = GM sin θ ≅ GM θ (pequenos ângulos) MR = ∆. GM sin θ KM = altura do metacentro em relação à linha de base GM = altura metacêntrica (distância entre G e M). É o principal parâmetro da estabilidade estática. M G Z B B1 k d v Altura metacêntrica 1.6. Cálculo da altura metacêntrica (GM ) Para o cálculo da altura metacêntrica você deverá considerar que: Sendo: KB = distância do centro de empuxo (centro de carena) à linha de base. É função unicamente do formato da embarcação, sendo uma propriedade geométrica. RESERVADO 37 Capítulo 1. Equilíbrio BM = distância do centro de empuxo ao metacentro KG = distância da linha de base ao centro de gravidade KM = KB + BM = altura do metacentro em relação à linha de base Exemplo 3 Calcule o KB de uma embarcação prismática de peso = 1.000 tonf, comprimento = 50 m, boca = 10 m e pontal = 5 m. 10 m h ( calado ) 50 m 5 m Exemplo 3 γ = 1 tonf/m3 P=∆=∇.γ ⇒ ∇ = 1.000m3 L x B x h = 1.000 ⇒ h = 2 metros tonf = tonelada força Kb vi h = 2 m i KB = = 1 mvikbi vi BM = I Exemplo 3 BM = I∇ KB = = 1 metroΣ Σ vi vi kbi I = momento de inércia do plano de linha d’água RESERVADO 38 Alta Competência • Dizemos que um corpo está em equilíbrio quando o somatório das forças e dos momentos que atuam sobre ele é nulo. A natureza desse equilíbrio vai depender da forma como essas forças e momentos atuarão sobre o corpo quando este for levemente perturbado. • Uma embarcação flutuando está em perma- nente movimento. Ventos, ondas, pesos internos fazem com que ela se movimente, dentro de cer- tos limites. É necessário que a embarcação esteja em equilíbrio estável, ou seja, uma vez pertur- bada por forças externas, ela deverá retornar à condição inicial ou oscilar dentro de uma faixa aceitável. • Momento é o resultado da multiplicação de força por distância. • Empuxo é a resultante das forças de pressão atuantes na parte imersa de um corpo. • O teorema dos momentos é usado para calcular os centros geométricos, momentos de área, volumes, centros de empuxo, de flutuação, etc. O princípio de Arquimedes, fundamental para o estudo da estabilidade, pode ser assim enunciado: “Todo corpo mergulhado em um líquido sofre uma força – que atuaverticalmente para cima - igual ao peso do líquido deslocado pelo corpo. Essa força é chamada empuxo.” RESERVADO 39 Capítulo 1. Equilíbrio 1.7. Exercícios 1) Defina equilíbrio. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Quais os tipos de equilíbrio? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3) Defina momento. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 4) Descreva o Princípio de Arquimedes. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 5) Quais os símbolos que representam o centro de gravidade, centro de empuxo e a linha de base? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 6) Qual o principal parâmetro da estabilidade estática? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ RESERVADO 40 Alta Competência Centro de carena - é o centro de gravidade do volume da água deslocado por um corpo. O ponto no qual está aplicada a resultante da força de empuxo. É o centro do volume imerso. Metacentro - é a interseção da linha de força que passa pelo centro de gravidade, quando a unidade está na vertical, e a linha de força que passa pelo centro de carena, quando a unidade está inclinada de um pequeno ângulo. Prismática - com forma de prisma. Somatório - resultado da soma dos valores. Teorema dos momentos - cálculo empregado para determinar os centros geométricos, volumes, centro de empuxo e demais itens de estabilidade, utilizando o principio físico do resultado da multiplicação de força (peso) por distância. 1.8. Glossário RESERVADO 41 Capítulo 1. Equilíbrio CALHEIROS, César. Notas de aula do curso de formação de Operadores de Lastro. Macaé, 1989. DEPER/GEPEM. Estabilidade de Plataformas Flutuantes. Macaé, 1987. LOPES, Thiago. Notas de aula de Arquitetura Naval II. UFRJ. Rio de Janeiro, 1982. MARDEL. Notas de aula do Curso de Estabilidade de Plataformas Flutuantes. USP. São Paulo, 1990. RAWSON, K.J. e TUPPER, E.C. Basic Ship Theory. Fourth Edition, Butterworth & Heinemann, Oxford, 1994. SEMYONOV, V. e SHANSKY, T. Statics and Dynamics of the Ship. Peace Publishers: Theory of buoyancy, stability and lauching. Honolulu, Hawaii: University Press of the Pacific, 2004 SHELTEMA, R.F. e BAKKER, A.R. Buoyancy and Stability of Ships. Culemborg, H.Stam, 1969. 1.9. Bibliografia RESERVADO 42 Alta Competência 1) Defina equilíbrio. Um corpo está em equilíbrio quando o somatório das forças e dos momentos que atuam sobre este corpo é nulo. 2) Quais os tipos de equilíbrio? Equilíbrio Instável - Equilíbrio Indiferente - Equilíbrio Estável. 3) Defina momento. Fisicamente, momento (conjugado) é o resultado da multiplicação de força por distância. 4) Descreva o Princípio de Arquimedes. Todo corpo mergulhado em um líquido sofre uma força (atuando verticalmente para cima) igual ao peso do líquido deslocado pelo corpo. Essa força é chamada empuxo. 5) Quais os símbolos que representam o centro de gravidade, centro de empuxo e a linha de base? G = centro de gravidade B = centro de carena (empuxo) K = ponto mais baixo (linha de base, quilha) 6) Qual o principal parâmetro da estabilidade estática? A altura metacêntrica (distância entre G e M) é o principal parâmetro da estabilidade estática. 1.10. Gabarito RESERVADO PREFáCIO C ap ít u lo 2 Estabilidade Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Definir estabilidade; • Explicar os fatores que interferem na manutenção do equilíbrio; • Definir metacentro e centro de gravidade. RESERVADO 44 Alta Competência RESERVADO 45 Capítulo 2 - Estabilidade 2. Estabilidade A expressão estabilidade está associada à idéia de permanência em um determinado estado. Por exemplo: quando dizemos que o tempo está estável, queremos dizer que ele permanecerá no estado em que se encontra. Ao contrário, quando falamos em tempo instável, queremos dizer que ele sofrerá alterações, podendo ou não retornar ao estado inicial. Essa idéia, como você verá a seguir, se aplica aos corpos flutuantes. 2.1. O que é estabilidade? Estabilidade é a tendência de um corpo flutuante de retornar para a sua posição original de equilíbrio, após ter sido inclinado devido a perturbações externas. Observe as situações de carregamento seguintes: a) Flutuante com carga concentrada na sua parte superior: Movimento de • roll (balanço) de grande amplitude; Fraca tendência de retornar à posição vertical;• Estabilidade pobre;• Dependendo das forças externas, a unidade pode perder • sua estabilidade. b) Flutuante com carga concentrada na parte inferior: Movimento de • roll (balanço) de pequena amplitude; Alta tendência para retornar à posição vertical;• Estabilidade excessiva;• Situação de desconforto.• RESERVADO 46 Alta Competência Considerando os conceitos apresentados no quadro, acompanhe as considerações relativas a cada um dos esquemas apresentados a seguir: Centro de Gravidade (G) O ponto no qual está aplicada a resultante da força de gravidade. É o centro de massa da unidade flutuante. Centro de Carena (B) O ponto no qual está aplicada a resultante da força de empuxo. É o centro do volume imerso. Força de Gravidade Sempre age no sentido vertical para baixo. Força de Empuxo Sempre age no sentido vertical para cima. Note que as forças de gravidade e de empuxo agem sempre em direções paralelas e sentidos opostos. G B G Z M B B F. EXT. Momento de endireitamento Assim temos: GZ = braço de endireitamento ∆ = deslocamento Momento de endireitamento = ∆ GZ O braço de endireitamento é um indicador da estabilidade, visto que o deslocamento não muda com a inclinação, já que não há variação no peso total. Observe que o metacentro (M), representado na figura a seguir, é a interseção da linha de força que passa pelo centro de gravidade, quando a unidade está na vertical, e a linha de força que passa pelo centro de carena, quando a unidade está inclinada de um pequeno ângulo, ou seja, de até aproximadamente 5o. RESERVADO 47 Capítulo 2 - Estabilidade B B G M Metacentro 2.2. Tipos de equilíbrio Um corpo está em equilíbrio quando o somatório das forças e o somatório dos momentos que atuam sobre o corpo são nulos. Observe as figuras abaixo, levando em conta o tipo de equilíbrio (estável, instável ou indiferente) e a posição relativa entre G e M. Considere que: a) Mesma inclinação (B permanece fixo); b) Mesmo deslocamento total; c) Carregamentos diferentes (G muda de posição). Observe, com atenção, cada um dos casos: Caso A G baixo;• G abaixo de M;• Equilíbrio estável;• RESERVADO 48 Alta Competência Grande • braço de endireitamento GZ; GZ• positivo. M G Z B Caso A Caso B G2 acima de G1;• G abaixo de M;• Equilíbrio estável;• G2Z2• diminui em relação a G1Z1; GZ• positivo. M G G Z BB Caso B RESERVADO 49 Capítulo 2 - Estabilidade Caso C G coincide com M;• Equilíbrio neutro ou indiferente;• GZ• = 0. B B M G Caso C Caso D G acima de M;• Equilíbrio instável;• GZ• negativo. M GZ Caso D RESERVADO 50 Alta Competência Caso E G alto;• G acima de M;• Equilíbrio instável;• GZ• = 0. Caso E M Z G B B 2.3. Relação entre metacentro e centro de gravidade A posição particular do metacentro é a posição máxima de G para que o equilíbrio continue estável. Quando G permanece abaixo de M a unidade possuirá tendência para verticalizar-se. À medida que G se aproxima de M, a tendência deverticalização se torna cada vez menor devido à diminuição do braço de endireitamento. Quando KG se torna maior que KM a unidade ocupará uma nova posição. A distância entre os pontos G e M está diretamente relacionada com o braço de endireitamento GZ. Conseqüentemente, podemos usar GM como medida de estabilidade de um corpo flutuante. RESERVADO 51 Capítulo 2 - Estabilidade G Z M B Relação entre M e G Não se deve usar a altura metacêntrica como medida de estabilidade para ângulos superiores a 5 graus, porque o metacentro não permanece na mesma posição para ângulos acima desse limite. ATENÇÃO! A expressão GZ = GMsin θ ≅ GM θ é válida somente para pequenos ângulos de inclinação. O problema se resume em encontrar a posição do centro de gravidade G. A posição de G acima da quilha, KG, é calculada e comparada com KM. Logo, a altura metacêntrica GM = KM - KG é uma medida da estabilidade inicial. KM = KB + BM KB = distância da quilha ao centro de carena BM = raio metacêntrico RESERVADO 52 Alta Competência À medida que a unidade se inclina de pequenos ângulos, B se move através de um arco de círculo cujo centro é M, sendo BM o raio desse círculo. KB depende apenas da forma do volume submerso. Aplicando o que foi visto até agora, podemos pensar nos tipos de equilíbrio de uma embarcação. Estável Indiferente Instável Tipos de equilíbrio de uma embarcação • Estabilidade é a tendência de um corpo flutuante para retornar à posição de equilíbrio após ter sido inclinado em decorrência de perturbações externas. Quando o corpo flutuante não tende a inclinar-se em relação à água, podemos dizer que o corpo é estável. • Diz-se que um corpo está em equilíbrio quando a soma das forças e dos momentos que atuam sobre o corpo são nulos. • O equilíbrio pode ser: estável, instável e indiferente. • As forças de gravidade e de empuxo agem sempre em direções paralelas e sentidos opostos. • O metacentro (M) corresponde à posição máxima do centro de gravidade (G) para que o equilíbrio continue estável. Quando G permanece abaixo de M a unidade tenderá à verticalização. À medida que G se aproxima de M, a tendência de verticalização diminui em conseqüência da diminuição do braço de endireitamento. RESERVADO 53 Capítulo 2 - Estabilidade 1) Defina estabilidade. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Explique as condições para a manutenção do equilíbrio. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3) Defina metacentro e centro de gravidade. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2.4. Exercícios RESERVADO 54 Alta Competência Braço de endireitamento (GZ) - é traçado a partir das curvas cruzadas de estabilidade em função do deslocamento para diversas inclinações. Centro de carena - é o centro de gravidade do volume da água deslocado por um corpo. O ponto no qual está aplicada a resultante da força de empuxo. É o centro do volume imerso. Metacentro - é a interseção da linha de força que passa pelo centro de gravidade, quando a unidade está na vertical, e a linha de força que passa pelo centro de carena, quando a unidade está inclinada de um pequeno ângulo. Quilha - a peça principal e inferior da embarcação e que se estende da popa à proa. Roll - balanço. Somatório - resultado da soma dos valores. 2.5. Glossário RESERVADO 55 Capítulo 2 - Estabilidade CALHEIROS, César. Notas de aula do curso de formação de Operadores de Lastro. Macaé, 1989. DEPER/GEPEM. Estabilidade de Plataformas Flutuantes. Macaé, 1987. LOPES, Thiago. Notas de aula de Arquitetura Naval II. UFRJ. Rio de Janeiro, 1982. MARDEL. Notas de aula do Curso de Estabilidade de Plataformas Flutuantes. USP. São Paulo, 1990. RAWSON, K.J. e TUPPER, E.C. Basic Ship Theory. Fourth Edition, Butterworth & Heinemann, Oxford, 1994. SEMYONOV, V. e SHANSKY, T. Statics and Dynamics of the Ship. Peace Publishers: Theory of buoyancy, stability and lauching. Honolulu, Hawaii: University Press of the Pacific, 2004 SHELTEMA, R.F. e BAKKER, A.R. Buoyancy and Stability of Ships. Culemborg, H.Stam, 1969. 2.6. Bibliografia RESERVADO 56 Alta Competência 1) Defina estabilidade. Estabilidade é a tendência de um corpo flutuante retornar à sua posição original de equilíbrio, após ter sido inclinado devido a perturbações externas. 2) Explique as condições para a manutenção do equilíbrio. Um corpo está em equilíbrio quando a som das forças e dos momentos que atuam sobre o corpo são nulos. 3) Defina metacentro e centro de gravidade. Metacentro é a interseção da linha de força que passa pelo centro de gravidade, quando a unidade está na vertical, e a linha de força que passa pelo centro de carena, quando a unidade está inclinada de um pequeno ângulo. Centro de Gravidade (G) é o centro de massa da unidade flutuante e o ponto no qual está aplicada a resultante da força de gravidade. 2.7. Gabarito RESERVADO PREFáCIO C ap ít u lo 3 Cálculo da altura do centro de gravidade Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Reconhecer os cálculos básicos necessários para a obtenção do centro de gravidade considerando os deslocamentos de peso a bordo; • Identificar o deslocamento do centro de gravidade em função da posição relativa dos pesos colocados; • Relacionar altura metacêntrica e período de balanço; • Identificar efeitos do GM negativo. RESERVADO 58 Alta Competência RESERVADO Capítulo 3. Cálculo da altura do centro de gravidade 59 3. Cálculo da altura do centro de gravidade O tipo de carregamento influencia a estabilidade dos corpos flutuantes. No transporte dos líquidos, como no caso do petróleo, o centro de gravidade (KG) não é fixo, pois quando a embarcação é inclinada, o deslocamento da carga acarreta a alteração da sua posição. Definir o centro de gravidade é fundamental, portanto, para o cálculo da estabilidade. 3.1. Centro de gravidade Apresentaremos os métodos de cálculo da altura do centro de gravidade em relação à quilha ou linha de base de uma unidade flutuante, considerando que a altura da quilha ao metacentro já tenha sido determinada. Antes de se iniciar o cálculo de estabilidade deve-se conhecer a posição do centro de gravidade da unidade na condição de peso leve (light weight). O KG do peso leve é determinado por meio do chamado teste de inclinação, o único método preciso para se encontrar o KG referente a uma dada condição de uma unidade flutuante. A partir daí, todo peso incluído na unidade afetará a posição do centro de gravidade original. Para encontrarmos a nova posição de G, devemos empregar o teorema dos momentos. RESERVADO 60 Alta Competência Na prática, deve-se: 1. Estimar, da forma mais precisa possível, as posições do centro de gravidade de toda a carga (água, óleo, etc.). 2. Multiplicar cada peso pela altura de seu centro de gravidade, acima da quilha. 3. Dividir a soma de todos esses produtos pelo peso total, que inclui o peso leve, para obter a nova posição do centro de gravidade. ∆ == ∑ ∑ ∑ = = = n i n i n iKG 11 ____ ii 1 i .KGP P i.KGiP Considerando que: Pi é o peso de cada item que compõe o deslocamento; KGi é o centro de gravidade de cada item de peso em relação à quilha; ∆ = deslocamento. Esta fórmula é utilizada para determinação do KG quando uma determinada condição de carregamento é alterada devido à transferência, adição
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