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JOÃO 3.16

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A CONFISSAO DO CENTURIÃO ROMANO
O DEUS QUE MORRE PELO SERVO
João 3.16.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.
É muito interessante o início deste versículo, ele inicia dizendo quem foi que amou o mundo de tal maneira. Este que amou, não foi um personagem qualquer, foi o próprio Deus. Este Deus descrito aqui é totalmente diferente de qualquer deus que já tenha aparecido na história. Enquanto que os deuses do olimpo, os deuses da mitologia grega Zeus, Hades, Ares, Poseidom, não passaram de contos das histórias de Heródoto e Homero, este Deus o Deus da bíblia continua com sua história e veracidade firmes e sem achar nenhum outro deus que possa comparar-se a ele. Todos os deuses do passado desapareceram, se perderam no tempo, porém, o Deus Jeová, permanece para sempre. Quando começam as primeiras civilizações esse Deus já está presente. Quando eu leio a história das civilizações, eu vejo Os deuses egípcios, assírios, babilônios, todos desaparecendo. Porém, o Deus dos hebreus, o Deus de Israel, o Deus Jeová permanece até hoje. A história desse Deus acompanha a história da humanidade. E ele é o único que perdurou e atravessou gerações demonstrando assim que ele realmente é Deus e não há outro.
O Deus criador de todas as coisas. Aquele que habita em luz imacercível. Que tem a terra por estrado dos seus pés. Que caminha nas asas do vento. O Deus que do pó da terra fez o homem e soprou em suas narinas o fôlego da vida e o homem tornou alma vivente. Aquele cujas Nuvens escuras e espessas o cercam; e retidão e justiça são à base do seu trono. Fogo vai adiante Dele e devora os adversários ao redor. Seus relâmpagos iluminam o mundo; a terra os vê e estremece. Os montes se derretem como cera diante do Senhor, diante do Soberano de toda a Terra. (Sl 97. 2-5). Aquele que é o grande Deus, o grande Rei acima de todos os deuses (Sl 95). Sua majestade e glória se expressam pelo fato de Ele ser chamado em muitos manuscritos antigos, como nos de Cunrã, de príncipe dos deuses, o Rei das majestades, o Altíssimo ou o Mais Sublime de todos, o Deus dos deuses, o Rei dos reis, o Soberano sobre todos os reis da terra. Em suas mãos estão às profundezas da Terra e os cumes dos montes lhe pertencem. Querubins voam ao redor do seu trono demonstrando assim sua grandeza e realeza. A imensidão do universo declara quão Grande Ele é. No princípio Ele criou os céus e a terra. E quando ele os criou a terra estava sem forma e vazia; e havia escuridão sobre a face do abismo; e o Espírito Dele se movia sobre a face das águas. E Ele disse: haja luz e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e então Ele fez separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e as trevas chamou Noite. E então foi a tarde e a manhã: o dia primeiro. E Ele ainda em seu maravilhoso trabalho de criação criou o sol a lua e todas as estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus para alumiar a terra. Ele criou a lua e o cruzeiro no céu, e amarrou a terra sobre o nada. Ele abriu vales na terra por onde escorrem os rios. Ele ordena e a chuva cai sobre a terra; trovões cortam o céu e seguem um caminho estabelecido pelo altíssimo. Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Os céus louvam as tuas maravilhas Senhor! Este Deus poderoso em criar existe e está além do tempo. Antes que houvesse todas essas coisas, antes que houvesse luz e forma Ele já existia. Antes que fôssemos criados, nos céus já se ouviam por parte dos anjos louvores a Ele. Ele está entronizado entre os querubins. Quem nos céus poderá comparar-se ao Senhor? Quem dentre os seres celestiais assemelha-se ao todo poderoso? Ele reina e está vestido de majestade. O seu trono está firme e Ele é desde a eternidade. Ele é o Altíssimo para sempre. Foi este Deus que nos amou e se entregou, morrendo por nós numa rude cruz.
Este Deus todo poderoso, descrito aqui com poucas e breves palavras olha para a terra, olha para o homem, e o ama, mas o ama de tal maneira. Porém, o que havia no mundo para que Deus o amasse de tal maneira? “Inimizade contra Ele, ódio pela sua verdade, desprezo pela sua Lei, rebelião contra seus mandamentos”. “Esses eram os espinhos e sarças que cobriam a terra baldia; nenhuma coisa desejável florescia ali”. Deus Procura um justo, mas não há nenhum sequer, todos são pecadores; todos precisam de remissão; todos precisam de justificação. E então este Deus amou, amou tanto o mundo, amou profundamente, amou com compaixão, amou negando a si mesmo, amou de tal maneira “que se deu”, isto mesmo, “Quando o grandioso Deus deu a Seu Filho estava dando a Si próprio, pois Jesus, em sua natureza eterna não é menos que Deus”. “Quando Deus deu a Deus por nossa causa, estava se dando a Si mesmo. Quem pode medir este amor”? As muitas águas não poderiam apagar este amor, nem os rios afogá-lo. Mas de onde veio este amor? Este amor veio de sua própria natureza. Ele ama porque isso faz parte Dele mesmo que é todo amor. Esse amor brota dele mesmo e escorre como cachoeira em direção ao pecador. “E quando esse amor fluiu era tão profundo, tão largo, tão forte, que nem sequer a inspiração podia calcular sua medida e, então, o Espírito Santo nos deu essas grandiosas palavras, DE TAL MANEIRA, deixando que intentemos medi-lo, não conseguimos, mas ao tentar, vamos percebendo mais e mais esse amor divino”. O AMOR DE DEUS foi de tal maneira, que não coube dentro da própria gramática. Foi de tal maneira que deixou toda a sua majestade e grandeza, deixou seu trono, se despiu de sua realeza celestial, se esvaziou de si mesmo, assumiu a forma de homem, foi mais que um servo e morreu por um escravo, escravo do pecado. Diz a bíblia sagrada que “Deus demonstra o seu amor para conosco em que Cristo morreu na cruz sendo nós ainda pecadores”. Você talvez conheça a história de alguém que tenha amado muito, mas esse amor jamais poderia se comparar ao amor, eu estou falando do amor de um Deus como este Deus. 
Deus se fez carne e habitou entre nós. Ele estava cercado de majestade e grandeza. De repente ele surge em forma de uma microscópica célula no útero de uma virgem judia. Deus experimenta a sensação de ser gerado. Por nove meses ele está ali. Seu corpo se transforma com o passar do tempo. E ele finalmente nasce envolvido por líquidos do parto. E quando nasce, chora como uma criança normal para mais tarde fazer milhões de vidas sorrirem eternamente. E ele sente o cheiro fétido da estrebaria, a sujeira e simplicidade do lugar recebe o rei do universo. Ele cresce, seus pés são tomados pela poeira do deserto, ele vive como um homem simples, homem do povo, não ostenta nenhuma pompa, não reivindica nada do céu, apesar de ter todo o céu aos seus pés, ele desce à forma humana.
A família de Jesus foi divinamente planejada. Me fiz uma pergunta para tentar entender o por quê de Cristo ter nascido em uma família de carpinteiro? Não poderia ele ter nascido em uma família de pescadores, profissão, também muito comum na época? Ou ainda em uma família de agricultores, ou de comerciantes, ou de pedreiros, ou até mesmo em uma família de criadores de ovelhas, ou de tecelões, ou de padeiros, ou de vinicultores, ou de construtores de tenda? Enfim. Mas ele nasce em uma família de carpinteiros. Aqui posso entender está, mais uma vez nítido que Deus planejava salvar ao homem. E aqui vemos a centralidade da cruz na vida do próprio Cristo.
Por um momento pude imaginá-lo no interior da carpintaria. Ali Jesus passa grande parte do seu tempo. As madeiras de um bosque próximo de sua casa eram utilizadas para a fabricação de madeira com as quais Jesus construía. Jesus dava forma a cada uma delas. Primeiro uma porta, uma janela, a armação para o telhado. Ia Jesus, transformando a madeira bruta em arte. Durante muitos dos seus dias de vida Jesus estivera ligado à sua cruz. Durante o ofício de carpintaria ele relaciona-se com o martelo, o prego e o madeiro. Quando em seu trabalho, Jesus percebe que a força para rasgar a madeira com o pregoera brutal, Ele em sua onisciência olha para a cruz. E em uma manhã, à tarde e no outro dia, ali está Cristo relacionando-se com a cruz: ouvindo o barulho do martelo, cerrando o madeiro, cravando o prego. Eu posso vê-lo ainda no interior da carpintaria “ao lado de um cavalete de madeira, seus olhos erguidos ao céu, sua roupa coberta pela serragem e seu olhar é de dor ou de êxtase, ou de ambas as coisas. Seus braços ele estende acima da cabeça. O sol da tarde, entrando pela porta aberta, lança, na parede atrás dele, uma sombra negra em forma de cruz”. Era central a cruz na vida do senhor. E ele não foge a isto, e a cruz o aguarda. Fim inevitável pelo pecador. Eu vejo Deus se preparando para se entregar por amor. 
Deus, ao fazê-lo nascer em uma família de carpinteiro, tem a intenção de fazê-lo relacionar-se com aquilo que o aguardava futuramente, o madeiro, o prego e o martelo e vejo aqui mais uma amostra de que amou o mundo de tal maneira.
Ele deu então, o seu Filho unigênito. A segunda pessoa da trindade. Diz o apóstolo João que “no princípio ele estava com Deus e era Deus, quando Ele veio ao mundo o mundo viu a sua glória como a glória do unigênito filho de Deus”. Este Jesus veio buscar e salvar o que se havia perdido e o seu flagelo na cruz foi o preço pago por esta salvação. Ele deu o seu filho unigênito. O verbo dar em questão não expressa todo o significado contido nele. Ali no calvário se descortina a cena que dará um maior significado a esse verbo.
Toda a dor da paixão de Cristo era Deus dando o seu filho unigênito. Podemos juntar detalhes de como isso aconteceu. Acompanhe a cena comigo. Após ser julgado por Pôncio Pilatos, procurador romano na época ele é imediatamente levado e posto preso pelos pulsos a uma coluna do pátio. As chicotadas são 40 e se efetuam com um chicote feito de tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. São homens fortes e robustos, são soldados de elite que faziam a segurança das autoridades romanas. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue de quando ele estivera no Jardim do Getsêmani. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus se contorce e reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira e vem uma vertigem de náuseas, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto, pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue. Esse era o castigo impetrado ao pior dos prisioneiros. 
 Depois dos açoites vem o escárnio da coroação. Com longos espinhos, que chegam a ter cinco centímetros, os soldados entrelaçam uma espécie de capacete, na verdade uma coroa e o aplicam sobre a cabeça de Jesus. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo). Não satisfeitos com tamanha violência, cospem no rosto de Jesus, esbofeteiam-no e ainda batem com uma cana a coroa de espinhos fazendo-a penetrar ainda mais a fronte santa do mestre. Seu nariz escorre sangue, devido os socos que recebe, sua boca também está sangrando, seu rosto está inchado, desfigurado por causa dos bofetões. Isaías 53 se cumpre aqui “Olhando nós para ele nenhuma beleza víamos para que o desejássemos. ‘Era desprezado e o mais indigno”. Tente perceber nem que seja por um momento essa aflição. Finalmente ele é levado a Pilatos.
 Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus a cruz; pesa uns noventa quilos. Um peso excessivo para ser carregado em qualquer circunstância. Mas para alguém nas condições já enfraquecidas de Jesus, seria praticamente impossível arrastar um peso desses desde o pretório até o local da crucificação. Jesus caminha, um passo após o outro, diversas vezes cai sobre os joelhos e se fere no chão. Imaginando a cena quase não dá para acreditar que um justo esteja passando por isso. um homem santo, nao fazia mal a ninguém. Os cegos ele curava, os aleijados voltavam para casa glorificando a Deus pela cura, os miseráveis à beira do caminho, que mendigavam para sobreviver ele simplesmente os mandava levantar e eles saiam saltando de contentamento, ao ponto de não caberem em si de tanta alegria. as crianças ele as colocava no colo e ensinava que para entrar no céu o coração dos homens precisaria ser como o coração de uma delas. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, frequentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de feridas. Quando Ele cai por terra, a cruz lhe escapa, escorrega, e lhe esfola as costas, farpas adentram em sua mão, o madeiro era bruto, lavrado. Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos tiram a roupa do condenado, mas a sua túnica está colada nas feridas e tirá-la produz uma dor violenta. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido da pele adere à carne viva; ao tirarem a túnica, o sangue escorre. Os carrascos dão um puxão violento, levando no tecido pedaços de pele e sangue juntos. Há um risco de toda aquela dor provocar um desmaio, mas ainda não é o fim. 
 O sangue continua a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas feridas se enchem de pedregulhos da terra seca. Depositam-no sobre a cruz. Os soldados tomam as medidas. Com uma broca é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos. Os carrascos pegam um prego (um prego comprido, forte, pontudo e quadrado, semelhante aqueles utilizados nas estradas de ferro atuais, porém muito mais afiados) , apóiam-no sobre o pulso de Jesus, e com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo do pulso foi lesado. Estudos mostram que o local dos pregos foi nos pulsos, caso fossem nas mãos, elas se rasgariam, pois não suportariam o peso do corpo. Os pregos saíram, então, rasgando a carne até as palmas das mãos. Pregam-lhe os pés, enfiando-lhes um prego em cada pé, pelos tendões de Aquiles. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor fortíssima, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que o homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca um desmaio e faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego, quando o corpo é suspenso na cruz, o nervo esticará fortemente como uma corda de violão sendo esticada. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.
 O carrasco e seu ajudante levantam a cruz; elevam Jesus, fazendo-o tombar para trás. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. 
Depois que a vítima é pregada na posição desejada, vários soldados erguem lentamente o topo da cruz e cuidadosamente deslizam a extremidade inferior para dentro de um buraco fundo. A cruz cai chacoalhando de uma só vez no fundo do buraco, fazendo com que o peso total da vítima seja imediatamente suportado pelos pregos nos pulsos e nos pés. Isso causa profunda dor por causa do deslocamento dos ossos por todo o corpo, visto que as juntas principais são arrancadas repentinamente de suas posições naturais. Foi provavelmente a isso que o Cristo se referiu profeticamente noSalmo 22, um salmo sobre a crucificação: “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram”. 
 Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo até este momento é uma máscara de sangue. A boca está semiaberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, vinho misturado com fel, para aliviar as dores, porém ele recusa a beber. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos, se curvam. Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. 
 Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". 
 Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. 
 Foram transmitidas sete frases pronunciadas por Ele na cruz: cada vez que falou, elevou-se, tendo como apoio o prego dos pés. Inimaginável! 
 Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas Ele não pode enxotá-las. 
 Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento: "Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado diz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre. 
 E morre, no meu lugar e no seu. 
“Para que todo o que nele crer não pereça, não morra, mas tenha a vida eterna.”
Diz a bíblia sagrada, que “se com a tua boca confessares ao Senhor e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos serás salvo”. A confiança é uma declaração e é atitude mediante a qual o homem abandona toda confiança em seus próprios esforços para obter a salvação, quer sejam eles ações de piedade, de bondade ética, ou seja lá o que for. É a atitude de completa confiança em Cristo, de dependência exclusiva dele, a respeito de tudo o que está envolvido na salvação. Quando o carcereiro filipense perguntou: “Senhores, o que devo fazer para ser salvo?”. Paulo respondeu sem qualquer hesitação: “Crê no Senhor Jesus, e serás salvo”. É aquele que nele crer que não perece, mas tem a vida eterna.
A última sessão deste sermão fala de morte e de vida eterna. 
Todos nós morreremos, é uma sentença que não podemos mudar. Por maiores que sejam os esforços humanos em busca da vida eterna, não há como escapar quando chega o momento da morte. O salário do pecado é a morte, diz a bíblia sagrada. Mas Deus oferece um dom gratuito ao homem, que é a vida eterna. O apóstolo Paulo tinha Cristo em sua vida e ele desenvolveu o pensamento de que com cristo o morrer era um lucro, isso porque quem esta em Cristo não morre, mas passa da morte para a vida. Aquele que está relacionado com Deus ainda que esteja fisicamente morto, pode ser considerado vivo (Lc 20.38). por outro lado, a vida da alma não pode ser considerada vida se o homem estiver longe de Deus. Todos os que estão longe de Deus, conforme diz as Sagras Escrituras, estão mortos espiritualmente e debaixo de ameaça imediata ao inferno. Deus nos oferece através de seu filho unigênito, Jesus cristo de Nazaré que morreu na cruz por mim e por você, vida eterna. Ele é o Deus que morre pelo escravo do pecado.
Ele amou o mundo desde a eternidade. Seu projeto de salvação se estendeu por gerações. Séculos se passaram, Deus, porém, não voltou atrás em sua maneira de amar. Ele quis o resultado. No édem, quando o homem pecou, Deus sacrificou um animal, um cordeiro, retirou as peles dele e vestiu o homem e a mulher que estavam nus. Esse animal era uma prefiguração de Cristo, apontava para Cristo. E Deus fez uma promessa que da semente da mulher nasceria um que esmagaria a cabeça da serpente. Os séculos se passaram, mas Deus não se esquecera da promessa. Você e eu talvez esquecêssemos, Deus, não. Durante a história de Israel Deus manifesta-se de forma a mostrar que ele não se esquecera da promessa do salvador. A páscoa no Egito, o cordeiro pascoal. A serpente sendo levantada no deserto, o cordeiro mudo sendo levado ao sacrifício. E finalmente o momento em que “Deus se faz carne e habita entre nós”.

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