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CASO CLÍNICO 03 O uso frequente de analgésicos para cefaléia também nos levou a considerar a nefropatia por analgésicos. O quadro clássico é de doença renal lentamente progressiva resultante do uso diário, por vários anos, de preparações contendo pelo menos dois analgésicos (normalmente cafeína e/ou codeína), podendo levar a dependência psíquica. A nefropatia é caracterizada por necrose de papila e nefrite intersticial crônica, com progressão insidiosa para insuficiência renal. Nos estágios iniciais, os sintomas clínicos são limitados à poliúria, algumas vezes associada à piúria estéril e cólica renal que pode ocasionalmente representar insuficiência renal aguda por obstrução bilateral do trato urinário. Hematúria macro ou microscópica são vistas em episódios de eliminação de papila necrótica ou como resultado de carcinoma de células transicionais. ANATOMIA Córtex Medula Papila da pirâmide Coluna Renal - A base de cada pirâmide está para o córtex, e seu ápice é chamada papila renal, aponta para o hilo do rim. - O ápice da pirâmide está voltado para o espaço da papila renal , é a primeira região coletora do rim . Então, a urina é formada no parênquima e pelo túbulo coletor liberada na papila. - As partes do córtex renal que se estendem entre as pirâmides renais são chamadas colunas renais. - A necrose de papila renal: levar a isquemia para a região da medula renal, onde ficam as papilas, local que é naturalmente pobre em irrigação sanguínea. Necrose papilar renal e nefropatia intersticial crônica: estas iniciam- se pelas basais das alças de Henle e capilares da medular interna, poupando inicialmente os tubos coletores. Segue progredindo as lesões estruturais, a necrose papilar total e só depois, as lesões corticais. Estas, localizam-se nas zonas do córtex, situadas na continuidade das porções de medula atingidas, tomando o aspecto final de nefrite crónica intersticial. Mecanismo da lesão renal, será então uma sequência de fenómenos iniciados ao nível da medular interna onde as células intersticiais, a lças de Henle e vasa recta sofrem agressões de natureza tóxica e isquémica, devido à concentração local de analgé sicos pelos mecanismos de contracorrente. Obstrução bilateral do trato urinário: ureter pélvico duas imagens provavelmente correspondentes a fragmentos de pirâmide renal destacados juntamente com coágulos e que deveriam estar na origem da obstração da via excretora Parte pélvica do ureter Estreitamento médio HISTOLOGIA As papilas renais são as porções mais internas das regiões medulares de cada uma das pirâmides renais. Formam saliências convexas que se projetam nos cálices. A papila é constituída por porções finas da alça de Henle por dutos coletores e por dutos papilares. Cada duto papilar resulta da reunião de alguns coletores. Os dutos papilares se abrem nos cálices e transferem urina para seus espaços. Os ductos coletores coletam a urina, e esses ductos vão encaminhar a urina para os cálices renais, onde é encontrada também as papilas renais, e elas são todas perfuradas, e vai haver a presença de uma área cribiforme (uma área crivosa), onde a urina escorre para os cálices menores (um para cada pirâmide renal). Vascularização do RIM A medula externa é subdivida em faixa externa da medula externa, e faixa interna da medula externa. Na faixa externa da medula externa vai ser encontrado a artéria arciforme e a veia arciforme, a artéria lança um ramo pra cortical, esse ramo é a artéria intralobular, da artéria intralobular percebe-se que ela se ramifica pra cada glomérulo renal essa ramificação é a arteríola aferente com que o sangue vai chegar no glomérulo, desse glomérulo sai um artéria que é a arteríola eferente (por onde o sangue sai) essa arteríola se ramifica dando origem aos vaso retos que vão pra parte profunda da medula As vênulas retas drenam o interstício da região medular,e o sangue desemboca na veia intralobular, então as vênulas retas drenam da medular, e a veia estrelada drena o sangue da região cortical, e tudo desemboca nas veias arciformes que vão de encontro com a veia renal. Nefrite intersticial crónica: o glomérulo apresenta lesões de glomerulite crónica, traduzidas no espessamento fibroso da cápsula de Bowman e na deposição de colagénio no tufo glomerular. Nesta forma de nefrite, é frequente a infiltração celular do interstício renal por elementos inflamatórios mononucleares, patente na imagem da direita. Caso Clínico 04 Os exames de Arnaldo determinaram aumento da pressão arterial, devido à hiperplasia de uma região específica do córtex das suprarrenais. Ele apresenta muita sede, fraqueza, fadiga, paralisias temporárias, palpitações, contraturas musculares e formigamento. Arnaldo apresenta taxa de glicose normal, pele normal, genital normal. Deficiência da 21-beta-hidroxilase: leva a formação da síndrome adrenogenital. Mapa metabólico. Não produz cortisol nem aldosterona. Todo colesterol que entra na suprarrenal é enviado para a produção de andrógenos, aumenta a produção de DHEA e androstenediona. No sexo feminino promove a virilização - desenvolver características sexuais secundários masculinos, engrossamento da voz, musculatura, pelos etc. Obs: Se ocorrer no período fetal o caso é mais grave, pois está acontecendo a formação da genitália externa, e sob influência desses hormônios masculinizantes, a genitália feminina vai ser convertida em uma genitália externa masculina. Aumento da glândula suprarrenal: hiperplasia da suprarrenal. Como não ocorre a produção de cortisol, a hipófise aumenta a produção de ACTH e resulta em um excesso dele, que cai na suprarrenal e aumenta o tamanho das células tentando produzir o cortisol e não produz pois não tem a enzima. Embriologia: Terceira semana – produção dos folhetos embrionários; No caso da suprarrenal tem córtex fetal e permanente. Da 6º para 7ª semana, um grupo de células da crista neural começa a aglomerar em tono do córtex fetal, que vai dar origem a região medular da suprarrenal. Na 8ª semana, observa-se um crescimento do córtex fetal que começa a envolver a região medular. Externamente ao córtex fetal, tem a formação do córtex permanente a partir de células mesoteliais que se diferenciam em mesênquima. Em diante, vai ter o crescimento do córtex fetal e permanente, e diferenciação das células do córtex permanente em zonas. Por volta de 3-4 anos não tem mais o córtex fetal e a terceira zona já está formada (zona reticular). No RN, a glândula suprarrenal é muito grande, maior que no adulto, pois o córtex fetal durante esse período produz o cortisol que determina o amadurecimento do sistema nervoso, digestório, retina etc. e produz também hormônios masculinos para a placenta (androgênios). Histologia: A suprarrenal é um órgão capsulado (tecido conjuntivo denso não modelado); Região cortical com as três zonas. A área marrom é a região medular, proveniente de células da crista neural, ou seja, são neurônios modificados. No meio da medular, tem a veia central ou suprarrenal. A glândula suprarrenal é de dupla origem embriológica: as células da região cortical ficam em fileira e por isso na classificação ela é cordonal. Artéria suprarrenal : da cápsula vai se ramificar para o interior da glândula As células da zona glomerulosa podem ser cubicas, colunares e produzem mineralocorticoides, sendo a principal molécula a de aldosterona As células da zona fasciculada endocitam muito LDL, e formam vacúolos cheio de gordura dentro da célula e por isso, as células são chamadas de espongiócitos e são responsáveis por produzir glicocorticoides, principalmente o cortisol. As células da zona reticular são anastomosadas, e responsáveis por produzir andrógenos: DHEA(desidroepiandosterediona) e androstenediona (hormônios masculinizantes fracos)- em comparação com a testosterona As células da região medular são chamadas de cromafins, responsáveis por produzir as catecolaminas. Essa área é uma continuação do sistema nervoso simpático No meio da região medular, tem a veia suprarrenal. Lâmina 40 X suprarrenal: Cápsula de conjuntivo denso não modelado. Área de gordura para acomodar externamente (função de acomodação do órgão) Região cortical (córtex permanente), a área mais escura arroxeada central é a região medular que tem a veia suprarrenal. O córtex é o permanente, proveniente do mesotélio da região do sistema urogenital, ele vai crescer e abraçar a região medular. A região medular veio de células da crista neural, ou seja, a glândula suprarrenal é de dupla origem embriológica. Suprarrenal – 100x Região com um pedaço da cortical. Na região cortical, o córtex da suprarrenal no início do desenvolvimento embrionário e logo após que nasce, ela diferencia em zonas. Suprarrenal- 100x: evidenciando o córtex da suprarrenal A zona reticulada é produzida após o nascimento (3-4 anos, quando o mesenquima completa a diferenciação), suas células são anastomosadas, produz andrógenos, possui a enzima 17-20- liase faz a conversão para produzir os hormônios masculinizantes. A maior parte da cortical é a zona fasciculada, responsável por produzir cortisol, presença da 17- alfa-hidroxilase para formar o cortisol. O cortisol é predominante- mapa metabólico. A zona glomerulosa produz mineralocorticoides, principalmente aldosterona. No metabolismo, a única zona que tem a enzima aldosterona-sintase é essa zona. Tem o controle pelo ACTH e pelo eixo renina-angiotensina II- aldosterona. Síndrome de Addison, hiperaldesteronismo primário, síndrome de Conn. Na fasciculada: síndrome e doença de Cushing. Na reticulada: síndrome adrenogenital. • Cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado. Suprarrenal região Medular- 400 x Células originadas de células da crista neural. Neurônios modificados – não possuem dendrito e nem axônio, especializados na produção de catecolaminas. Células cromafins: produzem dopa, noradrenalina, adrenalina relacionada com o S.N simpático (quem estimula é a acetil- colina). Caso Clínico 05 Amélia apresenta depósito de gordura no pescoço e no tronco, a pele fina e com estrias, também osteoporose e fraqueza muscular. Os exames detectaram um problema em glândula do organismo cuja produção hormonal é dependente de colesterol. As glândulas suprarrenais estão localizadas no polo superior de ambos os rins, no entanto, não estão fixadas no rim, elas são separadas deles pela fáscia renal. Elas apresentam coloração amarelada e são revestidas por uma cápsula fibrosa de tecido conjuntivo denso não modelado. Externamente a essa capsula tem-se tecido conjuntivo adiposo unilocular. A glândula suprarrenal esquerda possui uma forma semilunar e fica localizada mais medialmente, sendo sua localização chamada de súpero-medial. Já a glândula suprarrenal direita é piramidal e está localizada na parte apical do polo superior do rim direito. As glândulas suprarrenais são retroperitoneais, ou seja, localizam na parte posterior ao peritônio parietal. A glândula suprarrenal é dividida em córtex e medula. O córtex, estimulado pelo ACTH produzido e liberado pela adeno-hipófise, vai produzir os hormônios corticotróficos como, por exemplo, o cortisol, além dos hormônios androgênicos e os mineralocorticoides como a aldosterona. Internamente, a suprarrenal tem a medula - origem embrionária: cristas neurais - que é uma estrutura que possui a função de gânglio. As células da medula, chamadas de células cromafins da medula, recebem neurônios pré- ganglionares e liberam noroepinefrina (adrenalina), que ajudam a controlar a PA, FC, produção de suor. Isso significa que a medula tem relação com o sistema nervoso simpático e possui uma característica funcional de neurossecreção - IRRIGAÇÃO As glândulas suprarrenais são as glândulas mais irrigadas entre todas e elas são irrigadas por um grupo de artérias divididas aos pares: artérias suprarrenais superiores (são de 8 a 12 e originam-se da artéria frênica inferior), artérias suprarrenais médias (originadas da aorta abdominal) e a artéria suprarrenal inferior (originada das artérias renais). - DRENAGEM Glândula suprarrenal direita é drenada pela veia central ou veia suprarrenal direita. Essa veia, drena diretamente para dentro da cava inferior. Já a glândula suprarrenal esquerda é drenada pela veia suprarrenal inferior esquerda para dentro da veia renal esquerda. Lâminas: Relalção com a OSTEOPOROSE: No osso você tem matriz óssea que tem cálcio e colágeno, colágeno é destruído pelo estímulo do cortisol. A vitamina D estimula a produção e absorção de cálcio lá no intestino. O cortisol inibe a formação de vitamina, tendo como consequência a diminuição da absorção de cálcio no intestino, consequentemente, terá pouco cálcio na corrente sanguínea. Se a absorção de cálcio é baixa iremos verificar que a taxa de cálcio no sangue também é baixa. Quando o sangue passar pela paratireoide e as células da paratireoide verificarem que os níveis de cálcio estão baixos, elas liberarão o PTH; o paratormônio. É ele que aumenta a reabsorção de matriz óssea. Ele estimula o aumento do ligante rank e com isso terá maior quantidade de osteoclastos aumentando a reabsorção óssea. O osso perde colágeno, perde cálcio. Além disso, ele diminui a produção de osteoblastos e é o osteoblasto que produz a OPG (osteoprotegerina), logo, pouca proteção é dado para matriz óssea. À medida que isso acontece, quando tiver excesso de cortisol o paciente terá os ossos frágeis, fracos, cheios de “buracos”, ou seja, o indivíduo está desenvolvendo osteoporose e tendo efeitos nos ossos. Relação com a pele Na pele, os fibroblastos e os queratinócitos ficarão diminuídos. A matriz tem substância hidrófilas que diminuíram a produção, principalmente, do ácido hialurônico e o colágeno quando o cortisol em excesso diminui sua produção. Além de estar ocorrendo catabolismo de colágeno, os vasos sanguíneos da pele perdem a sustentação, logo, esses se tornam mais frágeis e podem romper. Então, quando você olhar para um quando você olhar para um paciente que tem excesso de cortisol, você vai ver que na pele vai aparecer estrias (produção inadequada de adrenalina) e equimoses, que são manchas avermelhadas na pele, também pelo fato dos capilares estarem mais frágeis. Esses são os sintomas relacionados com o cortisol e a pele. EMBRIOLOGIA DAS SUPRARRENAIS - Região medular (produz catecolaminas): proveniente das células das cristas neurais - Região cortical (produz hormônios esteroides): proveniente do mesênquima do mesotélio Caso Clínico 06 Glândula suprarrenal ou adrenal -> produção de cortisol - Córtex (inervação vasomotora) - Medula [inervação vasomotora (pós ganglionares) e neurossecretora (pré ganglionares)) - Artérias suprarrenais - Veias suprarrenais • Deficiência enzimática na esteroidogênese - Testosterona (DHEA e a androstenedona) - A deficiência da 21beta hidroxilase leva a formação da síndrome adrenogenital. Essa enzima converte progesterona em desoxicorticosterona que leva a formação de aldosterona. Essa enzima também converte hidroxiprogesterona em desoxicortisol que leva a formação de cortisol. Como não há a enzima não é produzidonem cortisol nem aldosterona. Assim, todo colesterol que entra na suprarrenal é enviado para produção de andrógenos. Com isso, aumenta a produção de DHEA e de androstenediona. - Não há corticoide e nem glicocorticoide. - Quando aumenta os hormônios masculinizantes no sexo masculino não há muito efeito. Mas, no sexo feminino vai promover a virilização na mulher, a mulher vai desenvolver caracteres sexuais secundários masculinos, como engrossamento da voz, desenvolvimento da musculatura, crescimento de pelos (hirsutismo). - Caso isso ocorra no período fetal o caso é mais grave. No período fetal está ocorrendo o desenvolvimento da genitália externa e sobre influência de hormônios masculinizantes, a genitália externa feminina vai na realidade ser convertida numa genitália externa masculina. Por exemplo: em vez de ter lábios maiores vai ter bolsa escrotal, o clitóris aumenta de tamanho, tudo isso devido à grande quantidade de hormônios masculinizantes. - Como não está ocorrendo a produção de cortisol a hipófise entende que deve aumentar a produção de ACTH e por isso há excesso na produção de ACTH. Esse ACTH vai para suprarrenal e aumenta o tamanho das células na tentativa de produzir o cortisol. Vai haver uma hiperplasia suprarrenal congênita. - Existem pessoas que nascem com defeito na enzima 21 hidroxilase. Essa enzima que converte a progesterona em deoxicorticosterona e converte a hidroxiprogesterona em deoxicortisol. No final produz aldosterona e cortisol. Se tiver deficiência dessa enzima, não vai produzir mineralocorticoide, não vai produzir glicocorticoide. Assim, o colesterol é desviado na produção dos androgénos. Dessa forma, o indivíduo vai ter um problema no córtex da glândula suprarrenal. • Embriologia: O córtex e a medula das glândulas supra-renais (adrenais) possuem origens diferente. O córtex se desenvolve a partir do mesênquima e a medula se diferencia a partir de células da crista neural. A primeira indicação do córtex ocorre na sexta semana, pela agregação bilateral de células mesenquimais entre a raiz do mesentério dorsal e a gônada em desenvolvimento. Inicialmente, as células da crista neural formam uma massa no lado mediai do córtex fetal. Conforme elas são envolvidas pelo córtex fetal, As células que formam a medula são derivadas do gânglio simpático adjacente, que é derivado das células da crista neural. A zona glomerulosa e a zona fasciculada estão presentes ao nascimento, mas a zona reticular não é reconhecida até o final do terceiro ano. • A zona glomerulosa é a mais externa, estreita e imediatamente abaixo da cápsula, composta por células cubóides e colunares, com núcleo denso e citoplasma escasso com poucos lipídios, dispostas em agrupamentos aciformes de ninhos compactos. • A zona fasciculada é uma camada espessa composta por cordões radiais de espongiócitos, que são células poliédricas de citoplasma claro com delicados vacúolos contendo lipídios (colesterol e ésteres de colesterol). É responsável pela produção dos glicocorticoides. • A zona reticular é uma camada estreita no limite com a medular, composta por agregados irregulares de células não-vacuolizadas. Produz os esteróides sexuais. • Histologia: O córtex supra-renal contém células parenquimatosas que sintetizam e secretam vários hormônios esteróides sem armazená-los. O córtex é subdividido histologicamente em três zonas concêntricas, da cápsula para dentro, caracterizadas como zona glomerulosa, zona fasciculada e zona reticulada. Embora cada uma das três zonas identificadas no córtex supra-renal secrete hormônios específicos, deve-se lembrar que os limites entre estas zonas se sobrepõem; deste modo, é melhor lembrar do córtex como uma unidade secretora para as três classes de hormônios corticosteróides. As três classes dos hormônios corticosteróides — mineralocorticóides, glicocorticóides e andróge nos—são todas sintetizadas a partir do colesterol, o principal componente das lipoproteínas de baixa densidade. O colesterol é captado do sangue e armazenado esterificado em gotículas lipídicas no citoplasma das células corticais. Quando estas células são estimuladas, o colesterol é liberado e usado para a síntese de hormônios no retículo endoplasmático liso (REL) por enzimas que estão localizadas nele e nas mitocôndrias. Os produtos intermediários dos hormônios vão sendo sintetizados e transferidos entre o REL e as mitocôndrias até que o hormônio final seja produzido. Inicialmente, as células da crista neural formam uma massa no lado mediai do córtex fetal. Conforme elas são envolvidas pelo córtex fetal, estas células se diferenciam em células secretoras da medula da suprarenal. Mais tarde, células mesenquimais surgem do mesotélio e envolvem o córtex fetal. Estas células dão origem ao córtex permanente. Recentemente, estudos imuno-histoquímicos revelaram uma "zona de transição" localizada entre o córtex permanente e o córtex fetal. Há sugestões de que a zona fasciculada é derivada desta terceira camada. Os produtos intermediários dos hormônios vão sendo sintetizados e transferidos entre o REL e as mitocôndrias até que o hormônio final seja produzido. - Zona glomerulosa - suas células vão produzir mineralocorticoides (15% do córtex da suprarrenal); - Zona fasciculada - produz glicocorticoides (70-80% do córtex da suprarrenal); - Zona reticular - área esverdeada, formada por volta dos 3 a 4 anos do indivíduo, a última zona a ser formada, ela que produz os andrógenos (7% do córtex da suprarrenal). A medula supra-renal é constituída por células cromafins, que são neurônios pós-ganglionares modificados que têm uma função secretora. A porção central da glândula supra-renal, a medula supra-renal, é completamente revestida pelo córtex supra-renal. A medula supra-renal, que se desenvolve a partir de células das cristas neurais, compreende duas populações de células parenquimatosas: células cromafins, as quais produzem as catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), e células ganglionares simpáticas, que estão dispersas por todo o tecido conjuntivo da medula. Caso Clínico 08 A doença de Cushing apresenta uma especificidade em que o problema não está diretamente nas suprarrenais e sim com o seu eixo de controle. Os sintomas são semelhantes aos da síndrome de Cushing relacionadas aos hormônios produzidos pelo córtex das suprarrenais. o É um problema na hipófise : glândula endócrina de dupla origem embriológica. O assoalho do diencéfalo sofre uma invaginação e forma a neuro-hipófise, enquanto o ectoderma da superfície forma uma evaginação e origina a adeno-hipófise. o A hipófise, nesse caso, produz alta taxa de ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) o Produz cortisol em alta escala (retroalimentação negativa/feedback negativo) – zona fasciculada o Eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal o Na parte endócrina da hipófise são encontrados 3 tipos de células para a produção de hormônios : as cromófilas acidófilas, que produzem GH e prolactina o As células cromófilas basófilas : produzem ACTH, TSH e MSH o As células cromófobas Caso Clínico 10 Um homem com 55 anos é internado no hospital com suspeita de infecção renal. É colocado em terapia antibiótica intravenosa, mas continua com temperatura de 39,4°C após três dias de terapia. Escherichia coli cresce na cultura de urina, que é sensível aos antibióticos aplicados. No exame, o paciente parece enfermo e apresenta sensibilidade acentuada ao toque na região lateral esquerda do tronco. A ultrassonografia mostra uma coleção anormal de líquido em torno do rim esquerdo. • Hidronefrose - Urina não consegue passar até a bexiga e, por isso, se acumula dentrodo rim. - Causado, geralmente, por cálculo renal - Pelve renal - Cálice menor - Cálice maior - Cápsula renal • Sensibilidade acentuada ao toque na região lateral do tronco - Pielonefrite no rim esquerdo - Tem febre, sintoma da pielonefrite (39,4°C) - Escherichia coli • Histologia: - Cápsula renal – tecido conjuntivo denso não modelado. - Região cortical/córtex – glomérulo renal, túbulo contorcido proximal e distal, e - interstício renal. - Região medular – pirâmides renais, raios medulares -alças de Henle com vasos retos- e ductos coletores. → Lobo Renal: Pirâmides renais envolvidas por tecido conjuntivo; → Lóbulo Renal: Raio medular- alça de Henle, vasos retos (arteriais e venosos) e ducto coletor. Envolvido por tecido conjuntivo- interstício renal. Os cálices renais, a pelve, os ureteres e a bexiga urinária são revestido de tecido epitelial de transição (urotélio). Abaixo do urotélio, por toda a via excretora, encontra-se uma lâmina própria colagenosa densa • Embriologia: Ducto Coletor: oriundo de gerações dos túbulos mesonéfricos, que dão origens aos cálices maiores, menores, pelve renal e ureter. Caso clínico 11 Uma mulher de 45 anos sofreu cirurgia para remoção do útero (histerectomia total) decorrente de endometriose sintomática há dois dias. Ela se queixa de hipersensibilidade no dorso e na região lateral do tronco direitos. No exame, a temperatura era de 38,8ºC, frequência cardíaca de 100 batimentos/min e pressão arterial de 130/90 mmHg. Os exames do coração e pulmão estavam normais. O abdome está difusamente um pouco sensível ao toque, mas os ruídos intestinais estavam normais. A incisão cirúrgica parece estar dentro dos limites normais. Existe uma sensibilidade intensa ao toque no ângulo costovertebral. A ultrassonografia dos rins mostra dilatação acentuada do sistema coletor renal direito e dilatação do ureter direito. ANATOMIA • Hipersensibilidade no dorso e na região lateral do tronco direitos e sensibilidade intensa ao toque no ângulo costovertebral - Possível pielonefrite (inflamação nos rins) - Cápsula renal - Pirâmide do rim - Cálice maior - Cálice menor - Uretra • Dilatação acentuado do sistema coletor renal direito – indicativo de hidronefrose ➔ Nefrons - Néfron Cortical / Néfron Justamedular - Corpúsculo renal ( capsula glomerular + Glomérulo) - Túbulo contorcido proximal; - Alça de Henle (ramo descendente, ramo ascendente) - Túbulo contorcido distal - Túbulo coletor ➔ Rins - Cálices renais menores (recebe a urina produzida no rim e envia pro ureteres) - Cálices renais maiores (recebe a urina produzida no rim e envia pro ureteres) - Pelve renal (recebe a urina produzida no rim e envia pro ureteres) - Pelve renal (recebe a urina produzida no rim e envia pro ureteres) - Córtex Renal -> Colunas Renais - Medula Renal -> Pirâmides renais e papila renal - Cápsula renal (fibrosa e adiposa) - Hilo renal - Seio renal (papilas -> estrutura onde os túbulos coletores dos nefrons liberam a urina) - Pedículo Renal • Dilatação do ureter direito -> bloqueio na passagem de urina (indicativo de dilatação pielocalicial, devido a calculos por exemplo) ➔ Ureteres (encaminha a urina para a bexiga) - Porção Abdominal (Superior) - Porção Pélvica (Inferior) - Estreitamentos: - Junção ureter com a pelve renal - Cruza a abertura superior da pelve - Parte intramural - VASCULARIZAÇÃO DOS RINS - A. Renal - Aa. Segmentares - Aa. Lobares - Aa. Arqueadas - Aa. Interlobulares - Vv. Interlobulares - Vv. Arqueadas - Vv. Interlobares - V. Renal HISTOLOGIA Os cálices renais, a pelve, os ureteres e a bexiga urinária são revestido de tecido epitelial de transição (urotélio). Abaixo do urotélio, por toda a via excretora, encontra-se uma lâmina própria colagenosa densa - Cápsula renal – tecido conjuntivo denso não modelado. - Região cortical/córtex – glomérulo renal, túbulo contorcido proximal e distal, e - interstício renal. - Região medular – pirâmides renais, raios medulares -alças de Henle com vasos retos- e ductos coletores. → Lobo Renal: Pirâmides renais envolvidas por tecido conjuntivo; → Lóbulo Renal: Raio medular- alça de Henle, vasos retos (arteriais e venosos) e ducto coletor. Envolvido por tecido conjuntivo- interstício renal. - Cápsula de bowmann - Folheto parietal da cápsula de bowmann -> epitélio pavimentoso simples, células achatadas de superfície - Folheto visceral da cápsula de bowmann -> células podócitos - Interstício renal - INTERSTÍCIO DA REGIÃO CORTICAL: tecido conjuntivo frouxo; Células: Fibroblastos; macrófagos - células dendríticas intersticiais. Produz: colágeno tipo III; proteoglicanos; glicosaminoglicanos. As células intersticiais além de produzir a matriz, produzem ERITROPOETINA (hormônio que estimula a medula óssea a produzir células do sangue, principalmente hemácias). - INTERSTÍCIO DA REGIÃO MEDULAR: tecido conjuntivo frouxo; Fibroblastos, células intersticiais. Produz: medulipinas I e II (substâncias vasodilatadoras); prostaclicinas e prostaglandinas. • Embriologia TÚBULO URINÍFERO→Néfron (arteríolas, glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal) e Ducto Coletor • Embriologia TÚBULO URINÍFERO→Néfron (arteríolas, glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal) e Ducto Coletor - Néfron: oriundo de um tecido do mesoderma intermediário, chamado blastema nefrogênico. - Ducto Coletor: oriundo de gerações dos túbulos mesonéfricos, que dão origens aos cálices maiores, menores, pelve renal e ureter. Caso Clínico 12 O rim pode ser removido do doador sem lesar a glândula suprarrenal devido ao fraco septo de fáscia renal que separa o rim dessa glândula. O local para transplante de um rim é a fossa ilíaca da pelve maior. Esse local sustenta o rim transplantado, de modo que não haja tração dos vasos anastomosados cirurgicamente. A artéria e a veia renais são unidas à artéria e veia ilíacas externas, respectivamente, e o ureter é suturado à bexiga urinária. As Glândulas Suprarrenais são duas, direita e esquerda, e estão situadas superiormente aos rins (os rins estão na região retroperitoneal). Mais exatamente, localizam-se entre o diafragma e as faces superomediais dos rins. → A fáscia renal é uma condensação de Tecido Conjuntivo que prende o rim às estruturas adjacentes e o mantém em sua posição normal. As suprarrenais são revestidas pela fáscia renal, que, superiormente, é contínua com a fáscia diafragmática. Dessa forma, a fixação principal de tais glândulas consiste nos pilares diafragmáticos e não nos rins, como é comum imaginar. As glândulas são, inclusive, separadas dos rins por um fino septo formado por parte da fáscia renal. → Por isso, em transplantes renais, o rim do doador é removido sem lesão à glândula e sem haver a remoção dessa, já que ela não está ligada ao rim. O rim transplantado geralmente é posicionado na fossa ilíaca. Os vasos renais são anastomosados aos vasos ilíacos e o ureter do doador é implantado na bexiga ou anastomosado ao ureter do receptor. ***anastomosado=ligado • Pelo hilo renal entra a artéria renal e saem a veia renal e o ureter → O hilo é ricoem Tecido Adiposo Unilocular SUPRA RENAIS: - Essa é uma glândula cordonal, pois suas céllas ficam em fileiras e entre as fileiras de células ficam os capilares fenestrados. - É revestida por uma cápsula de Tecido Conjuntivo Denso não Modelado que emite septos para o interior da glândula. → Externamente a essa cápsula encontramos Tecido conjuntivo Adiposo Unilocular com a presença de nervos e vasos sanguíneos. → Por essa cápsula penetram artérias que formam as artérias da cápsula, da medula e do córtex. → Por essa cápsula penetram artérias que formam as artérias da cápsula, da medula e do córtex. - Essa glândula tem dupla origem embriológica: a região cortical é proveniente do mesoderma e a região medular é proveniente de células das cristas neurais. →Região cortical: produz hormônios esteróides -Dividida em: zona glomerulosa (onde são produzidos os mineralocorticóides e é uma região rica em colesterol), zona fasciculada e zona reticulada. →Região medular: produz catecolaminas -A região medular fica no centro da adrenal, ela é formada por neurônios modificados (que perderam axônios e dendritos) e se especializaram em secretar catecolaminas → chamados de células cromafins (é uma divisão pós-ganglionar do sistema simpático.
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