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Transtorno Borderline

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*Borderline = limítrofe algo que esta na fronteira ou é incerto 
 O transtorno de personalidade borderline trata-se de uma condiçao cuja caracteristica 
principal é uma intensa instabilidade emocional. É um transtorno grave e que necessita de 
tratamento psicologico e farmacológico.É um transtorno de personalidade com padrão difuso 
de instabilidade nas relações interpessoais e outras áreas da vida. Impulsividade acentuada 
em diferentes contextos e grandes níveis de insegurança por parte de quem o sofre. 
 O transtorno tem reconhecimento oficial na psiquiatria em 1980. 
 Personalidade  conjunto de características psicológicas que determinam como a 
pessoa age, fala, sente e se relaciona com as outras pessoas – e essa personalidade caracteriza 
a forma que vamos responder a certas circunstâncias, problemas, estresse da vida. 
 A personalidade, caráter e conduta comportam-se segundo os resultados da 
experiência interna gerada por hábitos e adaptações do eu (Ego) ao mundo. O objetivo 
psíquico é manter um estado de equilíbrio entre os impulsos internos (Id), as exigências 
morais (Superego) e a realidade. Dificuldade de lidar com situações onde não se pode ter 
controle dos eventos aos quais é exposto. 
 No borderline as estâncias do id, ego e superego são muito fragilizadas – apresentando 
dificuldade de se articular com mundo, pois vive tudo de uma forma muito intensa. 
 ID, ego e superego como modelo estrutural da personalidade. (Freud criou o que se 
considera um pilar fundamental do desenvolvimento infantil). 
 ID – esta desde o nascimento é o componente inato dos individuos. Ele é 
completamente inconsciente e inclui desejos, vontades e pulsoes primitivas, formando 
principalmente pelos instintos e desejos organicos do prazer. O id é a fonte de toda a 
energia psiquica, por isso, é o principal componente da personalidade. É dirigido pelo 
principio do prazer, que se esforça para alcançar a satisfação imediata de todos os 
desejos e necessidades. 
 O ego e o superego se desenvolvem a partir do id. 
 EGO - se contrapõe ao ID, ele é o principio da realidade, assegurando que os impulsos 
do id possam ser expressos de maneira aceitavel ou então reprimidos para o 
inconsciente. O ego funciona se esforçando para satisfazer os desejos do id de maneira 
realista e socialmente aceitavel. 
 SUPEREGO - é responsável por “domar” o ID, ou seja, reprimir os instintos 
primitivos com base nos valores morais e culturais. É a parte moral da psique e 
 
representa os valores da sociedade. O superego divide-se em dois subsistemas: o Ideal 
do ego, que dita o bem a ser procurado, e a consciência moral, que determina o mal a 
ser evitado. 
Prevalência 
 Atinge cerca de 6% de todas as pessoas ao redor do mundo; 
 Os indícios do transtorno surgem na adolescência e inicio da vida adulta; 
 Com maior prevalência em mulheres. 
 
Etiologia – genética, questões neuronais e as experiências de vida da pessoa. A 
combinação de fatores, vivências traumáticas, estresse ambiental, genética contribuem para o 
desenvolvimento do transtorno. 
 Genético: sabe-se que o transtorno chega a ser cinco vezes mais comum em 
parentes de primeiro grau de pessoas portadoras. 
 Fisiológico/Neuronal: certas alterações cerebrais podem estar associadas a 
falhas no controle de impulsos e alterações de humor constantes. 
 Familiar/Ambiental: abusos físicos ou sexuais, traumas, ambientes 
conturbados ou conflitos intensos seriam comuns em indivíduos apontados 
como portadores de transtornos de personalidade; o borderline se enquadra 
nessa lista. 
Sintomas 
 1) Esforçam-se desesperadamente para evitar o abandono (real ou imaginado): 
diferentemente de um termino de relacionamento, situações do dia-a-dia, como o atraso do 
terapeuta ou o cancelamento de um encontro, podem ser interpretados como um sinal de 
rejeição. 
 2) Vivem padrões de relacionamento instáveis e intensos, alternando entre extrema 
idealização e desvalorização: por exemplo, a mãe, que diversas vezes assume um papel de 
porto seguro, deixe de ser preocupada porque não atendeu a algum desejo, ou a companheira, 
que por ter se esquecido de realizar algo, torna-se menos amável. 
 3) Instabilidade acentuada da autoimagem ou da percepção de si mesmo: a pessoa 
portadora do transtorno borderline pode transitar entre crenças, valores, visual e atitudes em 
pequenos espaços de tempo, normalmente em busca dessa percepção de si que algumas 
vezes pode ser difícil de se consolidar. 
 4) Impulsividade potencialmente autodestrutiva: buscando atenuar as sensações de 
vazio ou rejeição, é comum que estas pessoas busquem atividades de prazer imediato e 
intenso. 
 Compras compulsivas, direção perigosa, dietas extremamente restritivas, atividades 
sexuais de risco ou mesmo abuso de álcool e drogas; depende normalmente do indivíduo e 
do contexto em que ele se encontra. 
 5) Instabilidade afetiva e de humor: por vezes mais intenso que no transtorno bipolar, 
a pessoa pode ir da extrema felicidade á insatisfação e desanimo rapidamente. 
 Esta característica pode se refletir nos relacionamentos, visto que uma paixão 
acentuada pode se transformar em indiferença em algum tempo dependendo do caso. 
 6) Sentimentos de vazio recorrentes: a busca por propósitos, a dificuldade em lidar 
com as nuances da vida; tudo isso pode se refletir de maneira potencializada no dia-a-dia da 
pessoa lidando com o borderline. 
 7) Raiva intensa, inapropriada e de difícil controle: pode ser comum para o indivíduo 
portador passar por momentos intensos de irritação, raiva, sem que haja muito controle de 
sua parte. 
 Tem-se com alguma frequência a pessoa se envolvendo em agressões físicas para com 
parceiros, familiares e até mesmo com estranhos, como em brigas de bar, por exemplo. 
 Depois, normalmente, surge nesses indivíduos uma grande sensação de culpa, algo a 
reforçar a autoimagem negativa também. 
 8) Crises e situações de suicídio: infelizmente, pode ser comum que indivíduos 
portadores do transtorno borderline tentem ou cometam suicídio, dada as dificuldades que 
enfrentam caso nenhum tratamento se dê em algum espaço de tempo. 
 Crises dissociativas podem acontecer da mesma maneira iniciadas por momentos de 
intenso estresse e raiva, levando algum tempo para que passem e a pessoa retome a 
percepção de si. 
 
Tratamento 
 Medicação, terapia, meditação. 
 Terapia Focada em Transferência (TFT): é um tipo de terapia psicodinâmica que 
leva em conta a existência do inconsciente. A pessoa e o terapeuta conversam sobre 
tudo: acontecimentos recentes, antigos, a infância, os sonhos; tudo para estimular a 
fala e a reflexão. 
 Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): a ideia seria tomar consciência das 
sensações e padrões de pensamentos que estão por trás de seus comportamentos 
extremados, junto com o auxilio da terapeuta/psicóloga. Tem-se como objetivo 
aprender a lidar com os próprios sentimentos, com a raiva e as inseguranças. Visa 
ajudar a pessoa a entender o transtorno como funciona e para que mude o padrão de 
comportamento e outras formas de agir. 
 
 Terapia Comportamental Dialética (TCD): criada pela americana Marsha Linehan e 
inspirada nos ideais zen, de que é necessário observar e aceitar para então mudar, a 
TCD, considerado hoje como o tratamento com as melhores evidencias cientificas de 
melhora, envolve a terapia individual e a terapia de grupo com o objetivo de 
desenvolver nos indivíduos a regulação de suas emoções, a tolerância ao estresse e o 
entendimento quanto a situações de “não”, por exemplo. 
 
 Medicamentos: podem ser necessários, mas isso irá depender do quadro individual e 
de conversas bem estruturadas com algum profissional da saúde mental. 
 Os medicamentos auxiliam na estabilidade e no controle da ansiedade, das 
crises e da impulsão recorrente de pessoas portadoras, mas por outro lado podem ter 
efeitos adversos, por isso faz se importantedar conhecimento sobre o uso da 
medicação ao paciente. 
 Trabalho com a família, amigos e companheiros (as): apesar de estarmos falando 
de práticas “clínicas”, a conscientização e o apoio familiar é essencial para o indivíduo 
borderline em sua trajetória. O diálogo, o entendimento; esses elementos fazem muita 
diferença na vida das pessoas que lidam com as dificuldades trazidas pelo transtorno. 
O apoio, reitero, é sempre muito importante. 
 Por ser um transtorno que se reflete nas relações interpessoais de quem o sofre, 
preconceitos e incompreensão recorrentemente acompanham as pessoas portadoras do 
transtorno borderline ao longo de suas vidas.

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