Morfofisiologia do intestino grosso

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Problema: Efeitos do Xenical no intestino 
Objetivos: 
• Estudar a absorção intestinal de lipídeos, com ênfase na ação das lipases pancreáticas e intestinais; 
• Compreender como e onde atua o xenical e listar efeitos colaterais; 
• Correlacionar a morfofisiologia do intestino grosso aos efeitos do xenical. 
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• Correlacionar a morfofisiologia do intestino grosso aos efeitos do xenical; 
→ Desenvolvimento do intestino primitivo na 6ª semana 
→ Cólons primitivos dão origem à metade posterior do cólon transverso, ao cólon descendente, ao sigmoide, e ao 
reto, a membrana cloacal dá origem ao ânus 
→ Vascularização da região pelas artérias mesentéricas posteriores 
→ Septo urorretal separa a região gastroentérica da região urogenital= ocorre no final da 7ª semana 
→ O embrião cresce e a ponta do septo urorretal se aproxima da membrana cloacal, que se rompe e cria a abertura 
anal para o intestino médio e a abertura ventral para o seio urogenital 
 
→ O intestino grosso é a parte terminal do canal alimentar. As funções globais do intestino grosso são concluir a 
absorção, produzir determinadas vitaminas, formar fezes e expulsar as fezes do corpo. 
→ Se estende do íleo ao ânus. Está ligado à parede posterior do abdome por seu mesocolo, que é uma camada 
dupla de peritônio 
→ As quatro principais regiões do intestino grosso são o ceco, o colo, o reto e o canal anal 
 
→ Estruturas importantes: 
• Papila ileocecal (lábio inferior e superior, óstio e frênulo da papila ileocecal) 
• Apêndice vermiforme 
• Tênia cólica 
• Haustros 
• Omento maior 
• Apêndices epiplóicos 
• Sigmoide e mesocólon sigmoide 
→ Camada mucosa: 
• Epitélio cilíndrico simples 
• Não possui vilosidades 
• Presença de glândulas de Lierbekuhn 
• Células caliciformes 
• Células enteroendócrinas 
• Lâmina própria 
→ Camada submucosa: 
• Tecido conjuntivo denso 
• Nódulos linfoides 
 
→ A passagem do quimo do íleo para o ceco é controlada pela ação do óstio ileal, que permanece parcialmente 
fechado, de modo que a passagem do quimo para o ceco geralmente ocorre de modo lento. 
→ Imediatamente após uma refeição, o reflexo gastroileal intensifica o peristaltismo no íleo e força um eventual 
quimo em direção ao ceco. O hormônio gastrina também relaxa o óstio. 
→ Os movimentos do colo começam quando substâncias passam pelo óstio ileal, enche o ceco e acumula-se no colo 
ascendente. 
→ Movimentação no colo são: 
• agitação das saculações do colo = as saculações do colo permanecem relaxadas e são distendidas 
enquanto se enchem. Quando a distensão alcança um determinado ponto, as paredes se contraem e 
espremem o conteúdo para a próxima saculação do colo 
• peristaltismo que é mais lento 
• peristaltismo em massa, uma forte onda peristáltica que começa aproximadamente na metade do colo 
transverso e leva rapidamente o conteúdo do colo para o reto. 
→ A fase final da digestão ocorre no colo por meio da ação das bactérias que habitam o lúmen. 
→ O muco é secretado pelas glândulas do intestino grosso, mas não são secretadas enzimas. 
→ O quimo é preparado para a eliminação pela ação de bactérias, que fermentam quaisquer carboidratos restantes e 
liberam hidrogênio, dióxido de carbono e gases metano. Estes gases contribuem para os flatos no colo, denominada 
flatulência quando é excessiva. 
→ As bactérias também convertem quaisquer proteínas restantes em aminoácidos e fragmentam os aminoácidos em 
substâncias mais simples: 
• indol, escatol, sulfeto de hidrogênio e ácidos graxos. 
→ Indol e escatol é eliminado nas fezes e contribui para o seu odor; o restante é absorvido e transportado para o 
fígado, onde estes compostos são convertidos em compostos menos tóxicos e excretados na urina. 
→ As bactérias também decompõem a bilirrubina em pigmentos mais simples, incluindo a estercobilina, que dá às 
fezes a sua coloração marrom. 
→ Os produtos bacterianos que são absorvidos pelo colo incluem várias vitaminas (algumas do complexo B e K) 
necessárias para o metabolismo normal 
→ O quimo tornou-se sólido ou semissólido por causa da absorção de água e agora é chamado fezes. 
→ Quimicamente, as fezes consistem em água, sais inorgânicos, células epiteliais da túnica mucosa do canal 
alimentar, bactérias, produtos da decomposição bacteriana, materiais digeridos e não absorvidos e partes não 
digeríveis de alimentos. 
→ O intestino grosso absorve o suficiente para torná-lo um órgão importante na manutenção de equilíbrio hídrico do 
corpo, também absorve íons, incluindo sódio e cloreto, e algumas vitaminas. 
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• Estudar a absorção intestinal de lipídeos, com ênfase na ação das lipases pancreáticas e intestinais; 
→ Os lipídios mais abundantes na dieta são os triglicerídios, os quais consistem em uma molécula de glicerol ligada a 
três moléculas de ácidos graxos 
 
→ As enzimas que dividem os triglicerídios e os fosfolipídios são chamadas lipases 
• lipase lingual, 
• lipase gástrica 
• lipase pancreática. 
 
→ Os triglicerídios são fragmentados pela lipase pancreática em ácidos graxos e monoglicerídios. 
 
→ Os ácidos graxos liberados podem ser ácidos graxos de cadeia curta (com menos de 10 a 12 átomos de carbono) 
ou ácidos graxos de cadeia longa. 
 
→ Antes que um grande glóbulo de lipídio contendo triglicerídios possa ser digerido no intestino delgado, ele primeiro 
deve passar por uma emulsificação – um processo no qual o grande glóbulo lipídico é dividido em várias gotículas 
pequenas de gordura – pela ação da bile. 
 
→ Os sais biliares são anfipáticos (tem uma região hidrofóbica (não polar) e uma região hidrofílica (polar): as regiões 
hidrofóbicas dos sais biliares interagem com o grande glóbulo lipídico, enquanto as regiões hidrofílicas dos sais biliares 
interagem com o quimo intestinal aquoso. 
 
→ As pequenas gotículas de gordura formadas a partir da emulsificação fornecem uma grande área de superfície que 
possibilita a ação mais eficaz da lipase pancreática. 
 
→ As micelas se difundem para o citoplasma do enterócito associadas à proteína de ligação de ácidos graxos e são 
esterificadas em triglicerídeos no retículo plasmático liso. Os triglicerídeos são transportados para o complexo 
golgiense e convertidos em quilomícrons (complexo lipídio-apoproteína). Os quilomícrons são liberados no espaço 
intercelular dos enterócitos e absorvidos pelo lactífero. 
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• Compreender como e onde atua o xenical e listar efeitos colaterais; 
→ O orlistat (Xenical) é um medicamento com absorção mínima que inibe as lipases pancreáticas e gástricas, 
bloqueando a absorção de aproximadamente 30% da gordura ingerida, que é eliminada nas fezes a partir da inibição 
da ação das lipases pancreáticas, as quais são responsáveis pela absorção dos lipídeos 
→ Exerce a sua ação terapêutica no lúmen gástrico e no intestino delgado, estabelecendo uma ligação covalente 
com o local ativo da serina das lipases gástricas e pancreáticas. Assim, a enzima inativada fica indisponível para 
hidrolisar a gordura proveniente da alimentação sob a forma de triglicerídeos, em ácidos gordos livres e 
monoglicerideos absorvíveis. 
→ Ele impede que cerca de 30% das gorduras ingeridas sejam absorvidas no intestino → Efeitos adversos comuns: 
• Perdas ou evacuações oleosas, 
• flatulência (acúmulo de gases no intestino) com perdas oleosas, 
• urgência para evacuar, 
• aumento das evacuações, 
• desconforto/dor abdominal, 
• fezes líquidas ou amolecidas 
• distensão abdominal. 
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• TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14ª ed. Rio de Janeiro: 
GuanabaraKoogan, 2016. 
• KIERSZENBAUM, A. L.; TRES, L. Histologia e Biologia celular. 4ª ed. São Paulo: Elsevier, 2016. 
• MCCULLOCH, D. K. Inibidores de alfa-glicosidase e inibidores de lipase para tratamento de diabetes mellitus. 
UpToDate. 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/alpha-glucosidase-inhibitors-and-lipase-
inhibitors-for-treatment-of-diabetes-mellitus?source=history_widget. Acesso em: 16 jun. 2021. 
• Consultas Remédios. Bula do Xenical. Disponível em: https://consultaremedios.com.br/xenical/bula. Acesso 
em: 16 jun. 2021. 
 
https://www.uptodate.com/contents/alpha-glucosidase-inhibitors-and-lipase-inhibitors-for-treatment-of-diabetes-mellitus?source=history_widget
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