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Desafio Editorial

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O projeto editorial é um documento que define o planejamento, as características e os tipos de conteúdo para publicação.
A palavra "design" nasceu com a Revolução Industrial, ganhando o significado atual a partir da Segunda Guerra. O designer é uma pessoa voltada para a comunicação e a produção de objetos, livros, revistas e de espaços, como praças, relacionados com o elemento humano; Alguns teóricos afirmam que o design se fortaleceu a partir da criação da Bauhaus, na Alemanha, em 1919.
No Brasil, houve muita confusão a respeito da terminologia. Niemeyer afirma que: "Foi na década de 50 que a atividade de design passou a ser referida no país, sendo empregada a expressão desenho industrial". Mas a nomenclatura que referenciava o design como desenho industrial não expressava na íntegra o significado original da palavra; 
Como forma de resolver essa dificuldade, foi criada, no Brasil, a Escola Superior de Desenho Industrial – ESDI, em 1963, no Rio de Janeiro, institucionalizando a nomenclatura e habilitando o desenho industrial em duas áreas específicas já existentes: a Programação Visual e o Projeto de Produto.
De acordo com Azevedo, a palavra vem do inglês e quer dizer projetar, compor visualmente ou colocar em prática um plano intencional. Bahiana afirma que: "Entende-se por Design a melhoria dos aspectos funcionais, ergonômicos e visuais dos produtos, de modo a atender as necessidades do consumidor, melhorando o conforto, a satisfação e segurança dos usuários".
Embora não haja, na nossa língua materna, uma palavra certa que explique o tamanho e a variedade da abrangência do design, este deve ser considerado uma ferramenta para solucionar problemas e atender às necessidades das pessoas, levando em consideração, além da estética visual, a concepção, o conceito, o conhecimento técnico e científico e, sobretudo, a capacidade de formar opinião.
O design editorial é uma das áreas de atuação do designer gráfico, que compreende a criação, a concepção, o desenvolvimento e a produção de projetos de livros, revistas e publicações, contando, ainda, com a presença dos meios digitais, que incluem os ebooks.
Os designers gráficos que atuam com design editorial englobam, no seu portfólio, a criação de capas, de projetos gráficos, que incluem mancha gráfica, formatação de grids, diagramação de todo material editorial, divulgação do produto, estratégias de ergonomia visual e, com o advento da Era Digital, a introdução à produção dos livros digitais ou ebooks; o design editorial nasceu na antiguidade, junto com os primeiros escribas, com o nascimento dos primeiros alfabetos e com a criação da tipografia; De acordo com Moraes, as etapas da produção editorial de um livro são:
· 1ª - produção do autor ou do tradutor (arquivo traduzido original);
· 2ª - edição, o editor pode trabalhar com o arquivo de Word ou com um arquivo impresso;
· 3ª - preparação, o preparador recebe, então, o arquivo (digital) do editor ou do gerente de projetos; pode ser que o editor faça algumas recomendações gerais ou, até mesmo, crie um relatório que especifica quais são os elementos que devem receber mais atenção do preparador.
· 4ª - diagramação, o preparador envia o arquivo digital para o diagramador, que deve aplicar o projeto gráfico e diagramar toda a obra usando um software próprio, geralmente, é usado o Adobe InDesign.
· 5ª - revisão de primeira prova, aqui, chegamos à etapa que os revisores mais conhecem: o revisor de primeira prova pode estar alocado na editora, trabalhar de casa ou em uma empresa/editora terceirizada.
· 6ª - diagramação/correção, essa é a etapa em que o diagramador recebe a prova revisada pelo revisor de primeira prova para aplicar as correções, algo mais conhecido como batida de emendas.
· 7ª - revisão de segunda prova, o revisor de segunda prova recebe a segunda e a primeira provas impressas.
· 8ª - diagramação/correção, a segunda prova impressa é enviada novamente ao diagramador; ele deverá aplicar as correções indicadas pelo revisor de segunda prova.
· 9ª - geração da terceira prova. Aqui, o processo é mais gerencial. A editora deverá ter critérios para saber quantas provas podem ser geradas.
Para o(a) designer editorial aplicar a metodologia do projeto na produção de um livro, uma revista ou uma publicação, ele(a) deve seguir um checklist, que envolve a escolha do papel, a estrutura do livro (composta por elementos pré-textuais, textuais, pós-textuais e extratextuais), a organização da página (composta por grids, margens, formato e sangria), a tipografia, as cores, as imagens, a geometrização ou legibilidade (responsável pela atração e pelo foco visual), a Gestalt (composta por leis de percepção, que são: similaridade, proximidade, continuidade, pregnância e clausura ou fechamento) e, por último, o equilíbrio (composto por simplicidade, proporção, movimento, contraste e ritmo).
O design gráfico vai além da preocupação estética, e a produção editorial deve aliar-se a essas áreas relativamente novas, como o design social, o design inclusivo e o design emocional, uma vez que fazer design também é comunicar.
Podemos afirmar que o design nasceu para atribuir aos produtos industrializados padronização, qualidade e funcionalidade, além de reduzir custo de matéria-prima e produção. Com o aumento da competitividade nas produções industriais, o design se viu obrigado a incluir novos significados a sua concepção; assim nasceu o design emocional. pois, como os empresários precisavam se diferenciar competitivamente uns dos outros, para agregar mais e mais clientes, os designers contratados começaram a agregar emoções aos produtos por meio de novas formas e estilos, promovendo, assim, uma nova comunicação.
Segundo Baja, "O designer não cria objetos, materiais ou identidades pelo simples fato da ideia criativa ou do insight surgir em sua cabeça". A autora ainda completa que: "Por trás de bons projetos, o profissional segue uma série de etapas para assegurar que esse processo seja realmente eficaz, garantindo o sucesso no mercado e a felicidade do cliente"
O briefing é a primeira etapa da metodologia do projeto de design; é a base para a concepção e o desenvolvimento de qualquer projeto. 
No briefing, você vai conhecer o problema apresentado, as características, os concorrentes, o público-alvo que o projeto deve atingir, as necessidades, além daquilo que o cliente quer e/ou não quer que contenha no projeto.
Os briefings são dinâmicos e flexíveis de trabalho para trabalho, variando de acordo com o problema a ser resolvido e com suas necessidades específicas. Isso quer dizer que um designer editorial, ao usar um briefing de um projeto de identidade visual ou embalagem, pode não conseguir obter os dados necessários para a criação de seu livro ou publicação, porque as necessidades de cada área são diferentes. Dessa forma, não existe uma regra universal ou um padrão estático para criação do briefing.
Existem designers que, na prática do dia a dia, dividem o briefing, metodologicamente, em duas etapas: o briefing preliminar, que são as primeiras questões a respeito do trabalho a ser criado, e o briefing completo, com perguntas mais específicas, que determinarão todo o trajeto de criação, desenvolvimento, implementação e resultados.
Um briefing editorial, por sua vez, pode ser dividido em informações editoriais, informações técnicas, informações comerciais, estratégias de marketing e venda, além dos anexos e das referências. Todos esses quesitos se dividem em inúmeras questões, que devem ser respondidas o mais detalhadamente possível; algumas delas são mostradas no modelo de briefing a seguir.
BRIEFING EDITORIAL
Ficha editorial
Qual a área/assunto do projeto?
Qual o tipo de publicação?
Qual será o título do livro?
Qual(is) é(são) o(s) autor(es)?
Há organizadores?
Qual o subtítulo (texto explicativo editorial)?
Qual a chamada ou o slogan (texto informativo de caráter comercial)?
Possui citações, destaques etc.?
Há outros elementos (logotipos, selos etc.)?
Ficha técnica
Qual o formato do livro: A x L(mm)?
Como será a encadernação?
Inclui luva ou cinta?
Qual o número de páginas previsto?
Tipo de impressão em cores: 4x4, 4x0, 4x1, 1x1, 2x0 etc.?
Tipos de acabamentos (verniz UV, laminações, hot stamping, relevo seco etc.)?
Ficha Comercial
Público-alvo: sexo/gênero, faixa etária (intervalo de, no máximo, 6 anos), escolaridade, classe social, hobby, hábitos, necessidades específicas?
Ficha de marketing
Posicionamento/estratégia da editora: qual posicionamento a editora quer atingir no mercado editorial para auxiliar as vendas e direcionar o olhar do público-alvo?
Expectativas da editora: orientação da editora a respeito do projeto a ser criado, para que o designer compreenda o desejo da editora ou do autor sobre a capa e o projeto gráfico.
Concorrentes diretos e indiretos?
Quais referências para o projeto? Material similar ao desejado?
Quais os anexos? Textos, imagens, gráficos, tabelas, etc.?
Como parte da metodologia de projeto em design, podemos citar as pesquisas, que podem ser escolhidas de acordo com a problemática do projeto apresentada pelo cliente.
A inovação em design nasce por meio de pesquisas em diversos campos, desde os teóricos aos práticos, e consiste em encontrar problemas para que serem solucionados mediante design inovador.
vale a pena comentar sobre o design thinking, uma metodologia de projeto inovadora, acessível e criativa usada pelos designers e que foi incorporada por outros profissionais em áreas como gestão, administração, marketing, publicidade
Processo Criativo: Os métodos de criação podem ser conscientes, dessa forma, podem-se utilizar técnicas e ferramentas de desenvolvimento da criatividade, ou, ainda, ser inconscientes. O processo criativo inconsciente é, basicamente, a nossa intuição criativa, nossas emoções, sensações e insights aleatórios; O processo criativo inconsciente é, basicamente, a nossa intuição criativa, nossas emoções, sensações e insights aleatórios.
1- Identificação: Nesse primeiro contato é importante conhecer o problema, levantar as dúvidas e olhar novas opções. 
2- Preparação: É o período da coleta de dados essenciais a chegada de uma solução criativa. Isso inclui perguntas tipo: O que? Quem? Quando? Onde? Como? Por que? 
3- Incubação: Acontece inconscientemente quando a mente absorve e se aprofunda no problema encontrado. Pode ser associada à prática de um esporte ou lazer, como a liberação de energia.
4- Aquecimento: Voltando ao plano do consciente, esse passo ocorre com a estimulação de soluções para o problema. Aqui que entra as técnicas de brainstorming que falei lá em cima. 
5- Iluminação: É o momento Eureka, o insight criativo que encerra a angústia causada pelo problema e desenvolvida até aqui. Basicamente a ideia que pode resolver a questão, aparecendo pela primeira vez.
6- Elaboração: É a concretização da ideia tida na fase anterior, envolvendo novamente o lado esquerdo do cérebro. Aqui basicamente se faz acontecer, o famosa mão na massa com muita transpiração.
7- Verificação: Trata-se do teste da ideia ou hipótese construída, podendo levar dias, meses ou até anos para ser finalizada. 
Vários teóricos e designers baseiam o processo criativo em três ações que, na prática, resultam na chamada criatividade, são elas:
· Atenção - refere-se ao momento em que a pessoa enxerga um problema ou uma oportunidade;
· Fuga - o indivíduo deixa de pensar apenas na realidade presente e abre a mente para novas conexões;
· Movimento - a pessoa explora sua imaginação, gera novas ideias e faz conexões inéditas.
Existem, ainda, exemplos de como estimular o processo criativo com atividades cotidianas acessíveis do dia a dia do profissional criativo. O processo criativo pode ser estimulado por meio de atividades como:
· Realizar brainstorms;
· Ir a centros criativos
· Ir a ambientes culturais 
· Estimular o esforço;
· Ter vontade de fazer algo inédito
Colocar para fora as ideias e os pensamentos permite que se exponha a criatividade ao seu máximo, para poder processar as etapas de criação utilizando os métodos como forma de manter a intuição ativa enquanto se trabalha com problemas complexos. pois o uso dos métodos, além de garantir a mente aberta a novas ideias, propõe um objetivo e um caminho para esse turbilhão de pensamentos, garantindo a excelência e o aproveitamento do conteúdo gerado.
O projeto editorial deve ser criado levando em consideração os elementos de construção gráfica básicos; são eles: geometrização ou legibilidade, gestalt, tipografia, cor e equilíbrio. Alguns teóricos ainda incluem: formato, papel, acabamento, grid, tipografia e paleta cromática.
Wong afirma que, para o projeto, devem-se considerar forma (ponto, linha, plano e volume), repetição, estrutura, similaridade, gradação, radiação, anomalia, contraste, concentração, textura e espaço. Além disso, divide-se a forma como bidimensional e tridimensional.
Ao compreender essa base do projeto gráfico e editorial, devemos conhecer as partes de um livro. Basicamente, o livro é dividido em dois tipos de elementos: os materiais (parte física) e os textuais (parte intelectual); As outras partes estão expostas a seguir, segundo Biglieri:
· Sobrecapa ou jaqueta.
· Cobertura ou capa.
· Partes do corpo ou miolo.
· Folhas de guarda.
· Falsa folha de rosto.
· Frontispício.
· Folha de rosto.
· Imprenta.
· Título de partida ou inicial.
· Título corrente.
· Notas.
· Capítulo.
· Folio ou numeração da página.
· Sumário.
· Índice.
· Errata.
· Colofão.
A capa, segundo a autora, divide-se em: orelha, quarta capa, lombada, capa e orelha.
Um trabalho de desenho gráfico deve ser colocado diante do olhar do público e transmitir uma mensagem predeterminada". Isso é possível por causa da linguagem visual, que é traduzida pelos elementos de desenho. Vamos abordar aqui os elementos conceituais formados por ponto, linha, plano e volume.
· PONTO: um ponto indica posição; não tem comprimento nem largura, não ocupa área ou espaço. É o início e o fim de uma linha e está onde duas linhas se encontram ou se cruzam.
· LINHA: à medida que um ponto se move, sua trajetória se torna uma linha. Uma linha tem comprimento, mas não tem largura; tem posição e direção. É limitada por pontos e forma a borda de um plano.
· PLANO: a trajetória de uma linha em movimento se torna o plano. Um plano tem comprimento e largura, mas não tem espessura; tem direção e posição. É limitado por linhas e define os limites externos de um volume.
· VOLUME: a trajetória de um plano em movimento se torna um volume. Este tem posição no espaço e é limitado por planos. No desenho bidimensional, o volume é ilusório.
Ainda é preciso compreender a relação entre os elementos conceituais e a forma. Ou seja, os elementos conceituais, quando se tornam visíveis, recebem o nome de forma. A seguir, uma explicação baseada em Wong:
· FORMA ENQUANTO PONTO: uma forma é conhecida como um ponto quando é pequena. O formato mais comum de um ponto é o de um círculo, que é simples, compacto, não anguloso e não direcional. No entanto um ponto pode ter outras formas; as principais características de um ponto são seu tamanho comparativamente pequeno e seu formato razoavelmente simples.
· FORMA ENQUANTO LINHA: uma forma é reconhecida como linha quando sua largura é extremamente estreita e seu comprimento é bem evidente. Uma linha geralmente transmite o sentido de finura. A forma como linha pode ser descrita como reta, curva, quebrada, irregular ou desenhada à mão.
· FORMA ENQUANTO PLANO: tudo o que não é ponto nem linha pode ser considerado plano. O plano pode ser classificado como: geométrico, orgânico, retilíneo, irregular, feito à mão ou acidental.
· FORMA ENQUANTO VOLUME: a forma enquanto volume no desenho bidimensional é completamente ilusória e exige uma situação espacial peculiar.
A linguagem visual não deve ser demasiadamente fundamentada durante sua criação, pois o processo criativo deve ser intuitivo e lapidado pelas metodologias. Muitas vezes, iniciamos um design a partir de formas básicas e vamos gerando novas formas e ideias até a concepçãodo design satisfatório. pois esse é o processo de criação incluído na metodologia do processo criativo e do desenvolvimento dos produtos ou projetos.
Caro estudante,
A ideia era agir como um profissional de design gráfico para o cliente proposto, que no caso seria uma escritora interessada em publicar seu primeiro livro. O título do livro é: Sabotagem: o tiro no pé da autoestima.
Vocês deveriam preencher as etapas do Design Thinking apresentadas, então vamos lá:
● etapa imersão: quais perguntas você irá fazer para seu cliente?
 R.: Informações sobre o livro: título, autor, data, editora, público-alvo, tema do livro, conteúdo (corpo do livro/miolo), tiragem, número da edição, etc.
Informações técnicas: formato, tamanho, cores preferidas, material, etc.
Informações sobre o autor: dados pessoais para cadastro e contrato, cores preferidas, cores que não gosta, ideia conceitual, imagens preferidas, tipo de tipografia, concorrentes diretos, etc.
Basicamente este é o momento de fazer o Briefing. Cada designer possui um modelo próprio de perguntas.
● etapa análise/síntese: lembrando que aqui você irá focar nos dados coletados no briefing.
Aqui é hora de analisar as respostas do cliente.
Título: Neste caso, “Sabotagem: um tiro no pé da autoestima”
Autor: Nome da escritora
Data e edição: sabemos que é a primeira edição que ela irá publicar
Conteúdo: muitas vezes precisamos ou fazer uma leitura dinâmica do produto, ou ler uma síntese ou resumo. Esse arquivo deverá ser editável, revisado para o designer diagramar o miolo do livro, o que nos leva para a resposta seguinte.
Público-alvo: O conteúdo nos direciona muito para definir a persona. O assunto é sobre autoestima, para mulheres entre 18 e 70 anos, estado civil indiferente, brasileiras, etc.
● etapa ideação: é aqui que você irá colocar as ideias para trabalhar. Use e abuse de processos criativos.
Processos criativos que podem ser utilizados: Mapa Mental, Brainstorming de ideias, Brainstorming de imagens, Lista de Atributos, SCAMPER, PNI, pranchas de cores, pranchas de conceitos, etc.
● etapa prototipação:  é a fase de construção da ideia analisada. Hora de pôr a mão na massa, de dizer como será sua criação, tamanho, conceito, etc.
Agora é hora de criar, desenvolver e produzir. Escolha imagem da capa, tipografia, formato, tamanho, material, diagramação. Aqui você vai utilizar os softwares gráficos para produção.
● etapa validação: aqui é o momento de ver se tudo deu certo e montar mockups e protótipos, além de mandar para aprovação. Basicamente você vai sentir se é preciso fazer ajustes e alterações para o sucesso do produto e aceitação dos consumidores.
Com a arte pronta, agora é hora de tirar um print e montar um mockup, buscando fidelizar ao máximo o que você propôs. Agora, é só mandar para o cliente aprovar a ideia inicial – sim inicial, porque pode ser que o cliente exija alterações.
 
Os 4 elementos da tipografia são: Contraste de cor, tamanho, leading, kerning, hierarquia, espaços em branco e serif vs sans serif.
Segundo Haluch (2013, p. 13), para se trabalhar com design editorial nos dias de hoje, o profissional deverá ter:
• Conhecimentos específicos de produção editorial;
• Domínio técnico do processo de elaboração de um livro;
• Conhecimento sobre a simbologia de correção dos originais;
• Domínio de todos os elementos que vão compor o livro – no que se refere ao miolo e à capa;
• Capacidade de utilizar fluentemente os softwares gráficos e de editoração eletrônica.
Vale a pena ressaltar que o designer editorial deve levar em consideração não apenas a estética, mas também a composição visual para que o leitor absorva, sem fadiga, o conteúdo proposto pelo escritor.
Antes de começar a elaborar a criação do projeto gráfico editorial de um livro, Haluch (2013, p. 20) orienta que o profissional saiba que tipo de livro será feito, pois a obra poderá ser:
· Livro-texto: possui apenas texto, sem ilustrações. No máximo gráficos, tabelas e uma ou outra vinheta. Para esse tipo de livro, precisamos nos concentrar basicamente no tipo e seus espaços: entrelinha e margens.
· Livro ilustrado: composto de textos e imagens, as quais poderão ser fotografias ou ilustrações. Para  esse tipo de livro, a complexidade aumenta, principalmente pela necessidade de fazer a imagem acompanhar o texto, pois este é o sentido – a mensagem visual reforça a mensagem verbal. Para esse livro, o grid, que é essencial para qualquer livro, se torna imprescindível.
· Livro de arte: composto de imagens e textos. Normalmente, os textos entram como legendas ou em pequeno volume. O que se quer destacar é a imagem.
· Livro do artista: desenvolvido conceitualmente por ele, com um ou mais exemplares únicos montados. Não é uma produção em massa. Poderá até ser uma série, mas de pequena tiragem. Nesse modelo de livro, podemos encontrar todo tipo de material.
Além disso, o projeto gráfico editorial precisa de escolha e definição dos seguintes elementos: formato, papel, acabamento, grades ou grids, tipografia, cor ou paleta cromática e elementos da página impressa.
O papel e o formato são os primeiros elementos do projeto editorial que devem ser escolhidos de acordo com o briefing, uma vez que eles irão solucionar problemas de durabilidade, manuseio, legibilidade, conforto visual e custo.
Segundo Franton (2014, p. 40-41), o primeiro elemento do projeto editorial que devemos escolher é o papel. Os tipos recomendados pelo autor são:
· Papel acetinado: superfície lisa, graus variáveis de brilho. É utilizado em impressões tipográficas, em rotogravura e offset.
· Papel apergaminhado: levemente áspero e rugoso. Preferivelmente utilizado na impressão offset, pois confere bons resultados devido à sua opacidade.
· Papel-cuchê: acetinado, praticamente sem poros e rugas. Sua folha é muito lisa e brilhante, utilizada para impressão em cores ou que receba meios-tons.
· Papel-offset: superfície uniforme. Utilizado para impressão litográfica.
· Papel-vergê: qualquer papel que apresenta filigrana ou marca-d’água.
As principais medidas são (em milímetros):
· A0 (841 x 1189), A1 (594 x 841), A2 (420 x 594), A3 (297 x 420), A4 (210 x 297), A5 (148 x 210), A6 (105 x 148), A7 (74 x 105), A8 (52 x 74), A9 (37 x 52), A10 (26 x 37).
· Para informativos, os tamanhos mais comuns são A4 e A3.
A princípio, existem dezenas de tipos de papéis para impressão gráfica, cada um com características únicas. Confira a lista abaixo dos papéis mais usados em impressão gráfica:
· Jornal;
· Kraft;
· OffSet;
· Supremo;
· Couché;
· Reciclado;
· Papel revista;
· Papel fotográfico;
· Cartolina;
· Papel cartão.
alguns tipos de acabamento
Capa mole ou brochados: O processo desse acabamento como dito anteriormente, é mais barato e é voltado para produtos com pouca utilização e longevidade. Os cadernos são dobrados, alceados e depois a lombada é desfiada com um equipamento do tipo rebarbadora. Em seguida, aplica-se cola quente na lombada preparada para fixá-la à capa. Feito isso, os lados são aparados por meio de uma guilhotina trilateral. Geralmente, esse processo é utilizado para produzir revistas, catálogos, etc.
Cartonados ou capa dura: Nesse processo, as capas e as páginas do miolo são produzidas separadamente. As páginas do miolo são feitas de peças de cartão rígido ou flexível, posteriormente revestidas com outros materiais (papel, tecidos e outros). Seixa é o nome dado à diferença entre as medidas da capa que são superiores às do miolo aparado. Depois que o miolo é alçado e cosido, duas guardas são coladas nele para que seja fixado à capa cartonada. Esse tipo de acabamento é sempre mais caro que o acabamento de capa mole, no entanto ele compensa na durabilidade. 
Livros cosidos de capa mole: o processo é igual o anterior, mas após o alceamento dos cadernos, eles são unidos através de uma costura especial. Esse tipo de procedimento tem as vantagens de nunca deixar que as folhas soltem, o fato de poder abrir o livro em 180 graus e ser mais barato que o cartonato. Ele é bastante utilizado no mercado editorial em livrosprofissionais, livros escolares e manuais.
Acabamento mecânico: No método de acabamento mecânico, é feita uma furação especial no produto ao longo da margem da lombada, onde será introduzida uma espiral de arame ou uma placa de vinil. Podemos confirmar isso em manuais, livros de receitas e outros.
Dupla costura metálica ou Agrafados: Já neste processo é feito um encasamento dos cadernos por meio de uma introdução uns nos outros, sendo aplicados agrafos na lombada e aparadas as três laterais. Dos acabamentos mecânicos ou que utilizem cola, este é o mais barato e é utilizado em jornais, brochuras, folhetos e outros que tenham espessura menor que 5 mm.
Livros cosidos de capa mole: Por último, mas não menos importante, o processo é igual o anterior, mas após o alceamento dos cadernos, eles são unidos através de uma costura especial. Esse tipo de procedimento tem as vantagens de nunca deixar que as folhas soltem, o fato de poder abrir o livro em 180 graus e ser mais barato que o cartonato. Ele é bastante utilizado no mercado editorial em livros profissionais, livros escolares e manuais.
Espiral: Para iniciarmos a nossa lista de tipos de acabamento de livros, não poderíamos escolher outro modelo senão o espiral. Sem dúvida, é uma das técnicas mais popularmente utilizadas do mercado. Furos mecânicos são feitos na capa e nas folhas, depois um espiral (normalmente feito de plástico) é introduzido nos buracos, unindo todas as partes de forma prática e segura. Por ser um material de baixo custo, o espiral é utilizado em diversos nichos e aplicações diferentes. Por meio desse método de encadernação, pode-se suportar até 400 folhas em gramatura fina, além de poder utilizar capas com impressões e sobrecapas de acetato, PVC ou plástico.
Capa Dura: Outro método muito utilizado para encadernar livros e revistas é a capa dura. O processo consiste, basicamente, em utilizar um material feito em papelão como capa e, depois, o encapar com percalux ou outro tipo de material que sirva para essa finalidade. Para que a junção de todas as folhas seja feita, é preciso costurar o miolo e, posteriormente, juntá-lo à capa, finalizando o processo de encadernação. Lembrando que o procedimento permite não apenas que a capa tenha a cor que você desejar, como também o logotipo de sua empresa ou qualquer outra imagem impressa de sua escolha.
Espiral com capa dura: É praticamente o mesmo método que mostramos no tópico anterior, mas com a diferença de que, em vez de utilizar a costura com o miolo, a junção é realizada com o uso de espiral (como no primeiro tópico da lista).
Capa Flexível: Sem dúvida, é um dos tipos de acabamento de livros mais econômicos do mercado. Por isso, é destinado, em geral, a produtos com baixa longevidade e pouca utilização. O processo de encadernação consiste em dobrar e alcear os cadernos e, então, desfiar a lombada com um equipamento especial (rebarbadora). Depois, para fixar a lombada à capa, deve-se aplicar uma camada de cola quente. Então, finalmente, os lados devem ser aparados com uma guilhotina trilateral. Produtos como revistas, catálogos e materiais promocionais impressos geralmente levam esse processo de encadernação.
Encadernação Canoa: É um método simples e muito utilizado em revistas. O procedimento se resume a grampear as folhas com um equipamento especial. O miolo é preso à capa com o uso de grampos. O método não é indicado para papéis de alta gramatura e volumes com uma quantidade grande de páginas, já que isso pode dificultar a dobra e prejudicar o acabamento do material.
Encadernação com lombada quadrada com costura: Na encadernação com lombada quadrada, existem diversas maneiras de realizar a colagem do miolo. Os métodos mais tradicionais são com tela ou costura. No entanto, hoje em dia, é comum que se empregue processos com materiais como PUR ou cola quente. No procedimento com costura, por exemplo, as folhas do livro ou caderno são unidas por uma costura na dobra com formato aberto. Apenas depois disso é que o caderno é unido com o uso de cola. O custo é um pouco maior, mas sua durabilidade e resistência são consideravelmente superiores. A técnica é altamente indicada para impressos com mais de 200 páginas, que exijam uma apresentação mais personalizada, ou para produtos que serão muito manuseados, como livros didáticos.
Com Tela: O método de acabamento de livros com tela tem um custo ainda maior, mas, certamente, é o mais resistente do mercado. O procedimento inclui, além da forte costura, a aplicação de uma tela especial para unir o caderno e, posteriormente, é aplicada uma camada de cola para fixar as partes. Para se ter ideia de como essa técnica é resistente e garante qualidade ao produto final, em geral, ela é utilizada para edições de luxo, grandes volumes e manuseio intenso como dicionários, enciclopédias, edições de colecionador e bíblias. Nos processos com PUR ou cola quente, a cola deve ser aplicada em alta temperatura, dispensando a necessidade do uso de dobras. No total, o número de páginas deve ser múltiplo de quatro e as folhas podem estar soltas no processo. Vale ressaltar que as encadernações com lombada podem utilizar capa dura ou ser flexíveis, a critério do cliente.
Wire-O: Para finalizarmos a lista de tipos de acabamento de livros, vale mencionar o método Wire-o ou, como também é conhecido, duplo anel. Trata-se de um arame metálico mais sofisticado e robusto, que utiliza furos quadrados para se encaixar entre as folhas. Seu uso é comum em calendários e cadernos, sendo amplamente versátil, pois permite que variados tipos de gramaturas de papéis sejam encadernados sem comprometer a qualidade do produto. Para profissionais do setor de comunicação e marketing, como designers, por exemplo, é um dos modelos mais utilizados, já que se enquadra perfeitamente em catálogos de produtos, materiais de apresentação de prestadores de serviços e até mesmo em portfólios. Esse tipo de encadernação permite que a quantidade de folhas seja variada. Por exemplo, de 10 a 300 folhas de baixa gramatura e em cores usuais como preto, prata e branco. Esse método também permite a utilização de capas flexíveis, porém, o uso de capas duras trazem mais profissionalismo ao produto final, além de aumentar sua resistência aos efeitos do tempo e de utilização.
A cor e a tipografia são elementos do projeto editorial importantes para a conceituação e legibilidade do trabalho.  Quando bem escolhidas, proporcionam uma leitura agradável, sem causar fadiga visual, e contribuem para a legibilidade do material impresso, assim como para criar hierarquia e dar ênfase a aspectos visuais importantes na comunicação.
No design gráfico, compreendemos que as cores enxergadas são cores-luz, conhecidas por R (red); G (green); e B (blue). As cores materiais, como tintas de impressão, são C (cyan); M (magenta); Y (yellow); e K (black).
As cores também são classificadas conforme suas características e, de acordo com Fraton (2014, p. 50), algumas delas são:
· Cores primárias: amarelo, vermelho e azul, que são cores puras e que não resultam de nenhuma mistura;
· Cores secundárias: resultam da mistura de duas cores primárias;
· Cores terciárias: são concebidas por intermédio da mistura de uma cor primária com uma cor secundária;
· Complementares: são cores que se encontram em lados opostos do disco de cores;
· Análogas: cores que se situam próximas umas das outras no disco.
Ribas (1999, p. 19) ainda complementa incluindo as cores neutras:
· Cores neutras: os cinzas e os marrons são cores neutras, mas podem ser neutras também os tons de amarelos acinzentados, azuis e verdes acinzentados e os violetas amarronzados. A função das cores neutras é servir de complemento da cor aproximada, para dar profundidade, visto que as cores neutras, em geral, têm pouca reflexividade de luz.
o que diz respeito à Teoria das Cores, a autora afirma que as cores têm mais classificações quanto ao:
· Tom: refere-se a maior ou menor quantidade de luz presente na cor. Quando se adiciona a cor preta a determinado matiz, ela se torna gradualmentemais escura, e essas gradações são chamadas escalas tonais. Para se obter escalas tonais mais claras, acrescenta-se a cor branca.
1. Tons cromáticos: todas as cores, menos as acromáticas.
2. Tons acromáticos: brancos, pretos e cinzas.
3. Tons paracromáticos: cores puras misturadas com as acromáticas.
· Tonalidade: mistura da matiz de uma cor com o preto.
· Nuança: mistura da matiz de uma cor com o branco.
· Matiz / Diferenciação do espectro / Qualidade da cor: matiz é a cor em sua máxima intensidade; é a própria cor. É também a variação de tonalidade obtida pela mistura de duas cores em sua máxima intensidade, sem mistura de pigmentos pretos ou brancos, formando novas cores. No círculo cromático e na estrela das cores, podemos ver todas as matizes entre as cores primárias e secundárias que sejam vizinhas (cores análogas). É a característica que define e distingue uma cor. Vermelho, verde ou azul, por exemplo, são matizes. Para se mudar o matiz de uma cor, acrescenta-se a ela outro matiz.
· Saturação / Pureza da cor / Cor pura / Nitidez / Croma: quantidade da cor, cores puras têm saturação máxima.
· Potência da cor: capacidade do grau de reflexão da cor-luz.
· Calor das cores: a temperatura das cores designa a capacidade que as cores têm de parecer quentes ou frias. Quando se divide um disco cromático ao meio com uma linha vertical cortando o amarelo e o violeta, percebe-se que os vermelhos e laranjas do lado esquerdo são cores quentes, vibrantes. Por outro lado, os azuis e verdes do lado direito são cores frias, que transmitem sensações de tranquilidade.
As cores transmitem mensagens que podem influenciar o conteúdo. Ela possui um componente emocional que deve ser cuidadosamente estudado para ser aplicado. Elas variam de acordo com as culturas (no Ocidente, preto é morte. Já no Oriente, é o branco que representa a morte. Existem livros e websites especializados em psicologia das cores, que podem dar mais informações sobre isto. Mas, por enquanto, basta saber que, a cor escolhida para um determinado material gráfico, deve ser cuidadosamente pensada para comunicar a seu público 
· Separação de cor no processo de impressão gráfica: para imprimir uma arte em cores, primeiro separam-se as cores, produzindo-se um filme em positivo (fotolito) para cada cor, separadamente. O processo de produção desses filmes era feito fotograficamente. Hoje, utilizam-se máquinas chamadas imagesetters, que transferem as imagens do computador diretamente ao filme.
· Impressão digital direta (sem fotolito): na impressão digital direta, as prensas são conectadas à estação de trabalho que criam arquivos postscript a partir de arquivos digitais. As prensas não requerem fotolitos e, em alguns casos, nem mesmo chapas de impressão. Algumas dessas prensas transferem as informações por meio de cilindros eletrofotográficos e, em vez de chapas, usam toners para imprimir páginas a quatro cores . Este processo presta-se para pequenas tiragens. Outras mandam a informação digitalizada diretamente para as chapas da prensa e têm sido utilizadas para impressão em rotogravura. Servem para grandes tiragens, como impressão de revistas.
· Tintas prontas (spot colors): as tintas prontas são pré-misturadas antes da impressão. Uma tinta utilizada a 100% vai imprimir uma cor chapada e o fotolito apresenta-se liso, sem retículas. Para clarear as áreas impressas com uma cor, utilizam-se retículas, como no processo de meios-tons em preto e branco. Ao misturar cores prontas, aplicam-se percentuais de retículas nas áreas a serem misturadas. Impressões a duas cores são chamadas de discromias, a três cores de tricomias e, a quatro cores ou mais, de policromias. Para utilizar tintas prontas, deve-se ter em mãos o catálogo do fabricante para especificá-las sem erro.
· Tintas processadas (process color): cores processadas são obtidas pela impressão das cores CMYK em retículas. As tintas utilizadas no processo CMYK são também chamadas de escala Europa. Teoricamente, com a mistura CMY (três cores primárias), deveríamos ter também o preto. No entanto, na prática, isto não é possível pela qualidade dos pigmentos que não é ideal. O amarelo tende a clarear as misturas para a tonalidade marrom. Assim, para conseguir uma boa qualidade final e sombras bem marcadas, usamos o preto juntamente com as primárias. Outra razão é que, se imprimirmos as três cores a 100%, a camada de tinta ficaria muito densa, o que reduziria a qualidade.
· Cores especiais: chamam-se especiais as cores utilizadas além das quatro cores primárias. Por exemplo, a dourada e a prateada, também chamadas de quinta cor.
· Processos de impressão da cor: pode-se escolher a representação da cor entre vários processos de impressão, dependendo do tipo de trabalho que se executa:
· Offset: é um processo derivado da litografia (gravura em pedras). O princípio da litografia é aquele que diz que água e óleo não se misturam. A chapa de impressão fixa a tinta porque a área em que está a imagem é tratada para receber uma tinta com base em óleo e rejeitar a água. Nas gráficas mais antigas, utiliza-se uma cor de cada vez na chapa, e as cores têm que ser trocadas. Em gráficas mais modernas, as impressoras contêm unidades que imprimem uma das cores primárias de cada vez, mas o processo é contínuo e automático para as quatro cores ou mais cores.
· Flexografia: a técnica utiliza imagens planas, sem retículas pequenas, impressas em uma chapa de borracha ou fotopolímero que imprime diretamente sobre a superfície. A flexibilidade da chapa de impressão permite imprimir sobre superfícies irregulares, como latas de alumínio, embalagens de plástico ou cartões corrugados. É também um processo mais econômico do que o offset. É muito utilizada em embalagens.
· Rotogravura: a impressão em rotogravura utiliza um cilindro no qual a superfície é escavada. São essas escavações que permitem o depósito da tinta. É uma impressão utilizada para trabalhos de alta qualidade e de grandes tiragens pela sua capacidade de reprodução sem ganhos de ponto, mas também pelo seu alto custo.
· Serigrafia ou silkscreen: é um método relativamente simples. Têm-se uma tela na qual, por meio de processo fotográfico, alguns pontos são obstruídos com emulsão. As áreas não obstruídas retêm a tinta, que é passada com um rodo, para posterior impressão. É um processo artesanal, indicado para pequenas tiragens.
· Termografia (Xerox): é um processo que não utiliza solventes, mas um toner que fixa um pó no qual a imagem será revelada.O pó passa por uma fonte de calor que faz a sua fusão, resultando na imagem.
· Hi-fi: a impressão de alta fidelidade usa um processo adicional de tintas para reproduzir as cores do espectro. Por exemplo, uma revista impressa em alta fidelidade deverá utilizar laranja, verde e roxo, além das primárias. A impressão será feita em sete cores. Este processo dá um ganho de 20% no croma da imagem.
na impressão gráfica, as tintas prateadas, douradas, bronze ou qualquer outra metálica são chamadas de especiais.
A tipografia possui a mesma importância que os outros elementos do projeto editorial, uma vez  que a escolha de uma - fonte ou família tipográfica correta para o projeto - contribui muito para que o leitor consiga visualizar a informação, finalizar a leitura sem fadiga visual, além de compreender os objetivos da comunicação e se interessar por ela.
Os tipos com serifa são mais confortáveis para linhas longas e grandes blocos de texto. Mas já usei alguns tipos semiserifados e até sem serifa para textos longos que funcionaram bem e ficaram legíveis e confortáveis. É preciso experimentar
· Góticas (1450): primeiro tipo de impressão em livros no Norte da Europa (Johann Gutenberg). As suas formas são baseadas nos estilos caligráficos que se utilizavam para reproduzir livros. As góticas foram utilizadas quase durante 500 anos, mas, atualmente, são pouco adotadas por serem fontes muito complexas e de difícil percepção.
· Romanas antigas (1475): são fontes baseadas nas inscrições das ruínas romanas. Com o tempo, foram se desenvolvendoe se espalhando ao longo de 200 anos, até darem origem às de transição. As romanas antigas são fontes com as serifas arredondadas.
· Transição (1750): este estilo é uma refinação evoluída das romanas antigas, graças à possibilidade de fundir tipos. São letras serifadas, sempre que existam hastes, tanto na versão de caixa-alta como em caixa-baixa. A sua principal característica é a junção da haste com a serifa fazer um ângulo arredondado. A diferença de espessura entre hastes também é pouco acentuada.
· ursivas (1500): são fontes que têm origem na escrita caligráfica italiana, mais próximas das fontes que se baseiam na escrita manual.
· Latinas (1775): são fontes que descendem das romanas e, por isso, algumas vezes são confundidas com elas. Há um maior contraste entre as hastes e a sua principal característica é a terminação da haste bruscamente, em ângulo reto na junção da serifa.
· Egípcias (1825): são fontes com serifas retangulares bastante evidentes, geralmente da mesma espessura que as hastes. Letras baseadas no estilo das inscrições egípcias (hieróglifos), que eram esculpidos em pedra.
· Grotescas (1900): as fontes pertencentes às grotescas não apresentam serifas e são chamadas letras de bastão, fontes em que é mais provável encontrar bold, italic, light e regular.
· Fantasia: são fontes que não são enquadradas nas famílias acima referidas, e que têm características confundidas, misturadas, ornamentadas e até icônicas.
· Família: são todas as variações da fonte. Exemplo: helvética, extra-bold,  helvética bold, helvética itálica.

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