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diferimento de pastagem

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FONSECA, D. M. ; SANTOS, M. E. R. . Diferimento de pastagens: 
estratégias e ações de manejo . In: Flávio Faria de Souza; Antônio 
Ricardo Evangelista; Jalilson Lopes; Dawson José Guimarães Faria; 
Andreia Krystina Vinente; Caio Augustus Fortes; José Libêncio 
Babilônia. (Org.). VII Simpósio e III Congresso de Forragicultura e 
Pastagens. 1 ed. Lavras: , 2009, p. 65-88. 
 
DIFERIMENTO DE PASTAGENS: ESTRATÉGIAS E AÇÕES DE MA NEJO 
Dilermando Miranda da Fonseca1 
Manoel Eduardo Rozalino Santos2 
1 Professor Associado do Departamento de Zootecnia, UFV. Bolsista do CNPq 
2 Doutorando do Programa de Pós-graduação em Zootecnia, UFV 
1. Introdução 
A utilização de pastagens como principal fonte de alimento para o rebanho é, 
indubitavelmente, uma das principais características consideradas quando se 
analisa a pecuária bovina brasileira. Nesse sentido, aspectos positivos e negativos 
podem ser atribuídos à pastagem como componente do sistema de produção. 
Dentre as vantagens do uso de pastagens destaca-se o alto potencial produtivo das 
gramíneas tropicais utilizadas para sua formação, além do baixo custo do produto 
animal nessas condições. Ademais, a quantidade de resíduos orgânicos com 
potencial de poluição ambiental é menor em pastagens do que em sistemas 
confinados. Estas também oferecem melhores condições de bem-estar animal e 
possibilidade de obtenção de produto animal de excelente qualidade. Já as 
desvantagens do uso de pastagens para produção animal são, essencialmente, o 
baixo valor alimentício na grande maioria das condições e a estacionalidade de 
produção das forrageiras tropicais. 
Com relação à produção estacional de forragem nas pastagens, deve ser 
ressaltado que, no Brasil, seus efeitos são bem menos acentuados do que em 
alguns países de pecuária mais desenvolvida e, portanto, esse fato não pode servir 
de argumento para justificar a limitada produtividade da pecuária brasileira. Em 
verdade, existem várias alternativas para contornar esse problema, devendo-se 
escolhê-las de acordo com o perfil do sistema de produção. Nesse contexto, o 
diferimento do uso de pastagens destaca-se como estratégia de manejo 
relativamente fácil, de baixo custo e apropriada para esse fim. 
No Brasil, pesquisas sobre o diferimento de pastagens não são recentes. Rolim 
(1976) e Moura (1976), citados por Corsi (1994), procuraram determinar, em São 
Paulo, a melhor utilização dos capins de Rhodes cv. Callide, Brachiaria decumbens 
e grama-estrela em um sistema de pastejo diferido. Entretanto, alguns aspectos 
relacionados às ações de manejo em pastagens diferidas ainda precisam ser mais 
bem estudados. 
Neste capítulo serão avaliadas as potencialidades e limitações da estratégia de 
diferimento do uso de pastagens, bem como as possíveis ações de manejo que 
podem ser adotadas para maximizar a produção animal em pastagens diferidas. 
Adicionalmente, procurar-se-á abordar, quando pertinente, aspectos de ecofisiologia 
de plantas forrageiras que estão sendo considerados atualmente para nortear de 
forma racional e otimizada o manejo do pastejo de gramíneas tropicais. 
 
2. Concepções sobre o diferimento do uso de pastage ns 
O significado do verbo diferir pode ser, dentre outros, “adiar, retardar e 
delongar, demorar”. Desse modo, o diferimento, também denominado de pastejo 
diferido ou protelado, “vedação” da pastagem e “produção de feno em pé”, pode ser 
entendido como o adiamento de sua utilização pelo animal. Realmente, o diferimento 
do uso de pastagens é estratégia de manejo que consiste em selecionar 
determinadas áreas da propriedade e excluí-las do pastejo, geralmente no fim do 
verão e, ou, no outono. Dessa maneira, é possível garantir acúmulo de forragem 
para ser pastejada durante o período de sua escassez e, com isso, minimizar os 
efeitos da sazonalidade de produção forrageira (Santos et al., 2009a). O estoque de 
forragem gerado com o diferimento da pastagem constitui-se mecanismo de 
tamponamento do sistema pastoril (Barioni et al., 2003). 
Além de constituir uma reserva de forragem, as plantas florescem e produzem 
sementes durante o período de diferimento, contribuindo para a regeneração e 
sustentabilidade da pastagem. De fato, em pastagens nativas, o diferimento é 
adotado para revigorar a cobertura vegetal e permitir que as espécies de maior 
aceitação pelo animal aumentem sua capacidade de competição, por meio do 
aumento da área da coroa e da maior produção de sementes (Maraschin, 1994). 
Filosoficamente, o diferimento do uso da pastagem consiste em estratégia de 
manejo do pastejo na medida em que, nesse manejo, o próprio animal é quem 
realiza a colheita de forragem produzida no pasto diferido através do pastejo. Esse 
conceito ainda não é aceito por muitos técnicos, pecuaristas e pesquisadores, que 
compreendem o diferimento da pastagem como estratégia de conservação de 
forragem, tal como a fenação ou ensilagem. De fato, conforme já discutido, um dos 
objetivos com o diferimento da pastagem é garantir forragem no período de 
entressafra, mas isso não significa que a forragem diferida foi conservada, pois 
durante o período de diferimento o pasto fica submetido aos efeitos do clima e 
permanece em desenvolvimento. Isso não ocorre quando se faz o feno ou a silagem, 
por exemplo, onde a forragem não é colhida pelo animal e é armazenada em local 
apropriado para sua preservação ou conservação. 
Embora seja considerada uma modalidade do método de pastejo em lotação 
intermitente (Pedreira et al., 2002), em que determinados piquetes do sistema são 
submetidos a um maior período de descanso, que corresponde ao período de 
diferimento, o pastejo diferido também pode ser empregado quando se utiliza o 
método de lotação contínua (Figura 1). Nesse caso, é necessário subdividir a área 
da pastagem a ser diferida na época de início do diferimento e, após o uso do pasto 
diferido, essa subdivisão pode ser desfeita. Atualmente, a utilização de cercas 
eletrificadas, inclusive móveis, facilitam essa estratégia. 
O diferimento da pastagem é uma das estratégias para aumentar o período de 
pastejo com base em três princípios técnicos: acúmulo de forragem possível de ser 
obtido no terço final do período de crescimento de verão; decréscimo mais lento da 
qualidade das gramíneas forrageiras tropicais à medida que estas crescem na fase 
final do período de verão; e elevada eficiência de utilização da forragem acumulada 
(Corsi, 1986). Este último princípio técnico é questionável, pois há indícios de que, 
durante o período de pastejo, as perdas de forragem podem ser altas, sobretudo em 
pastagens diferidas por maiores períodos (Costa et al., 1981; Filgueiras et al., 1997; 
Santos, 2007). 
Corsi (1986) também afirmou que o diferimento da pastagem tem a 
desvantagem de não possibilitar grandes mudanças nas taxas de lotação das 
pastagens, uma vez que o vigor da rebrotação durante o “período seco” é limitado 
por fatores ambientais. Segundo Martha Júnior & Balsalobre (2001), 
empreendimentos baseados na exploração de pastagens diferidas são 
caracterizados por taxas de lotação animal raramente superiores a 1,5 a 2,0 
UA/ha.ano, o que limita seu uso em sistemas produtivos em fase inicial de 
intensificação. Rolim (1994) afirmou que o diferimento da pastagem seria a primeira 
técnica de manejo a ser adotada visando minimizar os efeitos da estacionalidade da 
produção forrageira e intensificar o sistema de produção. 
 
 
As áreas em cinza correspondem aos piquetes diferidos; as setas indicam a movimentações dos 
animais nos piquetes. 
 
Figura 1. Inserção do diferimento da pastagem nos métodos de pastejo. 
 
3. Características de pastagens diferidas 
Normalmente pastos diferidos são associados à presença de grande 
quantidade de forragem, porém de baixa qualidade, que é denominada vulgarmente 
como “macega”. Contudo, as estimativas de produção de forragem em pastagens 
diferidas são variáveis,principalmente em virtude das épocas de diferimento e 
utilização das pastagens. Nesse contexto, Menezes (2004), em revisão de literatura, 
encontrou resultados de produtividade, máxima e mínima, iguais a 10.253 e 1.700 
kg/ha de MS em pastagem de B. brizantha. Ademais, a produção de forragem 
Lotação intermitente: 
Lotação contínua: 
Período das “águas” Período de diferimento 
Período das “águas” Período de diferimento 
diferida é muito dependente das condições climáticas e, portanto, variações entre 
anos para uma mesma região provocam diferenças significativas em produção de 
forragem (Santos et al., 2009b) (Figura 2). 
 
Ŷ = 887,21 + 95,9311*D
R2 = 0,89
Ŷ = 1365,19 + 59,9598*D
R2 = 0,89
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
50 75 100 125 150 175 200
Período de diferimento (dia)
kg
/h
a 
de
 M
S
ANO 1 ANO 2
 
Figura 2. Massa de forragem no início do período de utilização de pastos de capim-
braquiária sob períodos de diferimento (D) na região de Viçosa, MG, em 
2004 (Ano 1) e 2005 (Ano 2). Adaptado de Santos et al. (2009b). 
 
Em pastagens diferidas, a estrutura do pasto também pode ser limitante ao 
desempenho animal em decorrência do maior período de tempo de crescimento da 
forrageira. Durante período de diferimento, grande parte dos perfilhos vegetativos 
desenvolve-se em perfilhos reprodutivos e estes, por conseguinte, passam à 
categoria de perfilhos mortos, seguindo o ciclo fenológico normal de uma gramínea 
(Figura 3, A). Nesse processo, perfilhos vegetativos de menor tamanho são 
sombreados e mortos durante o período de diferimento devido à competição por luz 
com os perfilhos mais velhos e de maior tamanho, haja vista que maior quantidade 
de assimilados é alocada para o crescimento de perfilhos já existentes em 
detrimento do desenvolvimento de novos perfilhos, quando em situação de 
sombreamento (Pedreira et al., 2001), que é condição comum em pastos diferidos. 
Adicionalmente, menor luminosidade na base das touceiras pode inibir o 
perfilhamento basal (Langer, 1979); e a reduzida razão vermelho:infravermelho, 
característica comum à luz que chega nos estratos inferiores do pasto, também 
causa atraso no desenvolvimento das gemas em novos perfilhos vegetativos 
(Deregibus et al., 1983). 
No que tange a massa dos componentes morfológicos, durante o período de 
diferimento há redução na massa de folha viva, aumento nas massas de material 
morto e colmo vivo (Figura 3, B), com decréscimo na relação folha/colmo. A 
competição entre os perfilhos das plantas por luz durante a rebrotação resulta no 
alongamento do colmo na tentativa de expor as folhas num plano mais alto no 
dossel (Lemaire, 2001). Já um período de crescimento demasiadamente longo 
compromete a produção líquida de forragem devido à intensificação, tanto das 
perdas por senescência quanto das perdas respiratórias de carbono (Parsons et al., 
1983). 
A
0
400
800
1200
1600
2000
2400
73 103 131 163
Período de diferimento (dia)
P
er
fil
ho
/m
²
Vegetativo Reprodutivo Morto
 
B
0
2000
4000
6000
8000
10000
73 103 131 163
Período de diferimento (dia)
kg
/h
a 
de
 M
S
LV CV LM CM
 
LV: lâmina foliar viva; CV: colmo vivo; LM: lâmina foliar morta; CM: colmo morto. 
 
Figura 3. Densidade populacional das categorias de perfilhos (A) e massa dos 
componentes morfológicos da forragem (B) no início do período de 
utilização de pastos de capim-braquiária sob períodos de diferimento na 
região de Viçosa, MG. Adaptado de Santos et al. (2009c). 
 
O tombamento de perfilhos é outra característica estrutural importante em 
pastos diferidos, comumente chamados de “acamados”. Costa et al. (1981) 
ressaltaram o possível efeito negativo do “acamamento” do pasto sobre o consumo 
e as perdas de forragem durante o pastejo. Esta condição está associada a 
pastagens que tiveram longo período de diferimento (Figura 4) e, 
conseqüentemente, possuem grande quantidade de forragem de baixa qualidade. 
 
Y = - 0,3856 + 0,023**D
R2 = 0,88
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
73 103 131 163
Período de diferimento (dia)
Ín
di
ce
 d
e 
to
m
ba
m
en
to
 
Figura 4. Índice de tombamento em pastos de capim-braquiária sob períodos de 
diferimento (D) na região de Viçosa, MG. Adaptado de Santos et al. 
(2009c). 
As características estruturais do pasto diferido tornam este menos 
predisponente ao consumo e ao desempenho animal durante o período de pastejo. 
Em geral, nesse período, há redução da massa de forragem e, principalmente, da 
massa de lâmina foliar verde, bem como diminuição no número de perfilhos 
vegetativos. No entanto, ocorre incremento no número de perfilhos mortos e na 
massa de material morto. Com isso, o valor nutritivo do pasto piora (Figura 5). Em 
verdade, durante o período de pastejo dois processos contribuem para o decréscimo 
do valor nutritivo do pasto, quais sejam, senescência e consumo preferencial de 
folha verde pelos bovinos. Dessa foram, os teores de proteína bruta são geralmente 
inferiores a 7 %, o que não atende às exigências em compostos nitrogenados dos 
microrganismos do rúmem (Van Soest, 1994) e compromete a utilização dos 
substratos energéticos disponíveis, como a fibra do pasto. 
 
0
2
4
6
8
10
0 20 40 60 80 100
Período de pastejo (dia)
%
 P
B
Disponível Pastejo simulado 
0
20
40
60
80
100
0 20 40 60 80 100
Período de pastejo (dia)
%
 F
D
N
Disponível Pastejo simulado 
0
20
40
60
80
100
0 20 40 60 80 100
Período de pastejo (dia)
%
 F
D
N
i
Disponível Pastejo simulado 
0
20
40
60
80
100
0 20 40 60 80 100
Período de pastejo (dia)
%
 M
S
po
D
Disponível Pastejo simulado 
 
PB - proteína bruta; FDN - fibra em detergente neutro; FDNi - FDN indigestível; MSpoD - 
matéria seca potencialmente digestível 
 
Figura 5. Composição química das forragens disponível e obtida por simulação de 
pastejo em pastagens de capim-braquiária diferidas. Adaptado de Santos 
et al. (2009d). 
 
Realmente, em pastagens diferidas, o fator qualitativo é, provavelmente, o mais 
limitante à produtividade animal. Por isso, as categorias animais mais indicadas para 
uso dessa forragem são as de menor exigência nutricional. Assim, categorias de 
bovino manejadas para elevado desempenho individual não são indicadas para o 
consumo exclusivo de forragem diferida. No entanto, se a forragem diferida é 
suplementada com concentrados, animais mais exigentes podem ser mantidos em 
pastagens diferidas, sem comprometer o desempenho almejado, conforme será 
discutido posteriormente. 
É importante considerar a possibilidade de inserção da estratégia de 
diferimento da pastagem no sistema de produção de forma holística, onde sua 
utilização ocorre acompanhada do emprego de outras estratégias, tais como pastejo 
em lotação intermitente e contínua, uso de volumosos e concentrados 
suplementares, banco de proteínas, dentre outros. Nesse contexto, Euclides (2001) 
constatou ser possível triplicar a capacidade de suporte da área utilizando-se 
intensivamente durante o período das águas parte das pastagens, mantidas com 
reposição anual de N-P-K, micronutrientes e calagem, e produzindo forragem 
diferida, suplementada durante o período seco. Esse sistema era constituído por três 
pastagens com três gramíneas distintas, com a seguinte composição: 30 % da área 
de capim-tanzânia, 35% de capim-marandu e 35 % de B. decumbens. Durante o 
período das águas, o capim-tanzânia foi utilizado intensivamente, enquanto as 
pastagens de braquiárias foram subutilizadas e vedadas ao pastejo a partir de 
fevereiro. Durante o período seco, a utilização das pastagens foi modificada, ou seja, 
as braquiárias foram utilizadas intensivamente e o capim-tanzânia foi subpastejado. 
Com relação à capacidade de suporte, Santos & Bernardi (2005) realizaram 
uma simulação para determinar os limites da estratégia de diferimento da pastagem 
quanto à taxa de lotação.Pela simulação, a taxa de lotação potencial no Brasil 
Central seria de 1,24; 1,55 e 1,86 UA/ha, enquanto na Região Norte seria de 1,78; 
2,23 e 2,68 UA/ha para solos de baixa, média e alta fertilidade, respectivamente. 
Considerando que a taxa de lotação média no Brasil é de 0,6 UA/ha, o diferimento 
da pastagem constitui tecnologia promissora para aumentar a capacidade de 
suporte das pastagens. 
Constata-se ainda que pastagens diferidas são, geralmente, caracterizadas por 
elevada massa de forragem com valor nutritivo limitado, bem como pasto de 
estrutura não predisponente ao consumo, o que resulta em nulo ou modesto 
desempenho animal. Entretanto, esse conceito não deve ser generalizado, porque 
ações de manejo adotadas no pastejo diferido têm efeito preponderante sobre o 
valor nutritivo e a estrutura do pasto. Assim, ações adequadas de manejo podem e 
devem ser realizadas para melhorar a produtividade vegetal e animal em pastagens 
diferidas. 
 
4. Ações de manejo em pastagens diferidas 
A percepção das vantagens do diferimento da pastagem como estratégia 
eficiente para conviver com a realidade da estacionalidade de produção das 
gramíneas tropicais motivou técnicos e pecuaristas a recomendá-la e adotá-la 
efetivamente, porém sem critérios bem definidos, principalmente no que diz respeito 
ao seu manejo. Nesse contexto, é comum surgirem dúvidas quanto às corretas 
ações de manejo empregadas no diferimento da pastagem. Vale destacar que 
muitas dessas dúvidas são oriundas da ausência de pesquisas inovadoras na área 
de diferimento de pastagens. Atualmente, as respostas para essas dúvidas são 
formuladas com base no bom senso e em hipóteses tidas como verdadeiras, que 
ainda precisam ser testadas pela experimentação. 
Talvez, pelo fato dessa estratégia de manejo da pastagem ser simples e, 
aparentemente, exigir pouco planejamento, os pesquisadores têm se limitado, em 
geral, a determinar apenas as épocas mais adequadas de diferimento e de utilização 
dos pastos diferidos para as distintas espécies forrageiras e regiões do país. Embora 
a escolha destas épocas seja importante, os fatores de manejo que podem 
influenciar os resultados obtidos quando se realiza o diferimento da pastagem são 
bem mais diversos (Figura 6). 
 
 
 
Figura 6. Ações de manejo que podem se utilizadas em pastagens diferidas. 
 
Existem inúmeras possibilidades de interferência, via manejo, para otimizar a 
produção animal no pastejo diferido, dentre as quais destacam-se: a duração do 
diferimento, a altura do pasto no início do diferimento, o tipo de forrageira, a dose de 
adubo, a subdivisão da área a ser diferida (diferimento parcial) e a suplementação 
do pasto (Figura 6). Cada ação de manejo é usada para fins específicos, sendo que 
existem interações ente as mesmas que ainda são pouco exploradas pelos 
pecuaristas. 
 
4.1. Escolha da espécie forrageira 
A primeira recomendação de manejo que deve ser seguida no pastejo diferido 
consiste na avaliação das características morfológicas e agronômicas da espécie e, 
ou, cultivar de forrageira que será utilizada. Da mesma forma que existem gramíneas 
mais indicadas para o método de pastejo em lotação contínua e em lotação 
intermitente, também há gramíneas com características desejáveis para o 
diferimento da pastagem (Figura 7). 
Do ponto de vista morfológico, recomenda-se usar gramíneas de porte baixo, 
com colmo delgado e alta relação folha/colmo, pois essas características conferem 
melhor valor nutritivo à forragem diferida e estrutura de pasto adequada ao consumo 
animal. De fato, plantas de menor altura têm, em geral, colmos mais delgados, o que 
concorre para aumento da relação folha/colmo. Maior relação folha/colmo é 
desejável pelo fato da folha ser o componente morfológico do pasto de melhor valor 
Ações de 
manejo no 
pastejo 
diferido 
Altura do pasto no início 
do diferimento 
Período de 
diferimento 
Adubação 
nitrogenada 
Diferimento 
parcial 
Suplementação 
do pasto diferido 
Escolha da 
espécie forrageira 
nutritivo (Santos et al., 2009d), de mais fácil apreensão e preferencialmente 
consumido pelo animal (Carvalho et al., 2001). 
 
Figura 7. Características adequadas em uma forrageira para uso diferido. 
As forrageiras indicadas para o diferimento também devem possuir bom 
potencial de acúmulo de forragem durante o outono, época em que normalmente os 
pastos permanecem diferidos e as condições de clima começam a desfavorecer o 
crescimento das plantas. Além disso, forrageiras aptas ao pastejo diferido devem ter 
baixo ritmo de redução do valor nutritivo durante o crescimento, característica 
intimamente relacionada à sua época de florescimento (Santos & Bernardi, 2005). 
De fato, perfilhos em estádio reprodutivo são de pior valor nutritivo do que perfilhos 
em estádio vegetativo (Figura 7) e, sendo assim, deve-se dar preferência a 
forrageiras que não apresentem pico de florescimento no outono. 
 
0
1
2
3
4
5
1
Categoria de perf ilho
%
 P
B
 (
%
 M
S
)
Vegetativo Reprodutivo
 
69
70
71
72
73
74
75
76
77
1
Categoria de perf ilho
%
 F
D
N
 (
%
 M
S
)
Vegetativo Reprodutivo
 
24
26
28
30
32
34
1
Categoria de perf ilho
%
 F
D
N
i (
%
 M
S
)
Vegetativo Reprodutivo
 
PB: proteína bruta; FDN: fibra em detergente neutro; FDNi: FDN indigestível. 
 
Figura 7. Composição química de perfilho vegetativo e reprodutivo em pastos de 
capim-braquiária diferido. Adaptado de Silva et al. (2008). 
 
Características 
desejáveis em 
forrageiras para 
uso diferido 
Reduzido florescimento 
durante o diferimento 
Boa produção de 
forragem no outono 
Colmo 
delgado 
Alta relação 
folha/colmo 
Menor redução no 
valor nutritivo com 
 o crescimento 
Menor 
altura 
Gramíneas do gênero Brachiaria (B. decumbens, B. brizantha cv. Marandu), 
Cynodon (capins estrela, coastcross e tifton) e Digitaria (capim-pangola) são boas 
opções para o diferimento. Euclides (2001) fez outras considerações: Brachiaria 
humidicola tem grande capacidade de acúmulo de forragem, porém, seu valor 
nutritivo é baixo em comparação ao das outras espécies de Brachiaria; as 
gramíneas de crescimento cespitoso, como as do gênero Panicum, Pennisetum e 
Andropogon, quando diferidas por períodos longos, apresentam acúmulo de colmos 
grossos e baixa relação folha/colmo, portanto, não são indicadas para o diferimento. 
Também não se recomenda diferir áreas de B. decumbens com histórico de 
infestação de cigarrinhas-das-pastagens. 
Considerando a existência de extensas áreas de pastagens no País formadas 
com gramíneas do gênero Brachiaria com características apropriadas para o 
diferimento, este constitui estratégia com grande potencial de aplicação na 
exploração pecuária brasileira. 
 No tocante às características morfogênicas, pode-se inferir ainda que as 
forrageiras com maior duração de vida da folha ou que, para uma mesma condição 
de clima, levam mais tempo para alcançar o número máximo de folhas por perfilho 
(estabilização da produção teto por perfilho) são mais aptas ao pastejo diferido. De 
fato e teoricamente, quanto maior a duração de vida da folha, maior poderá ser a 
duração do período de diferimento do pasto, sem comprometer a produção colhível 
ou acúmulo de forragem (Figura 8). 
 
 
 
Biomassa 
aérea 
Dias de rebrotação 
Tempo de vida das folhas 
2 
1 
Figura 8. Representação esquemática da evolução da produção primária ( ) e da 
produção colhível de forragem em dois genótipos de acordo com o 
tempo de vida das folhas longo (1) e curto (2). Lemaire & Chapman, 
(1996). 
 
4.2. Altura do pasto no início do diferimento 
Condição de pasto inadequada no início do período de diferimento é fator 
interferente no seu valor alimentício. Frequentemente, ainda é comum encontrar 
pastagens diferidas que, na verdade, são pastagens contendo forragem de baixo 
valor nutricional, devido à sobra de pasto subutilizado no período“das águas” 
anterior. Nessas condições, é quase certo que o desempenho animal almejado não 
será concretizado ou que o potencial de performance do animal será limitado pelas 
características da forragem diferida, mesmo quando esta for suplementada. 
Para evitar esse problema, uma estratégia de manejo recomendada consiste na 
realização de pastejo intenso, com categorias animais menos exigentes, 
imediatamente antes do início do diferimento da pastagem, com o objetivo de alterar 
a estrutura do pasto, removendo a forragem velha, senescente e de baixa qualidade, 
e melhorar a rebrotação subsequente (Paulino et al., 2001). Com o pasto mais baixo, 
há penetração de luz até a superfície do solo e estímulo ao aparecimento de novos 
perfilhos vegetativos e de melhor valor nutritivo (Blaser, 1994). 
Entretanto, não há estudos para avaliar, de forma objetiva, a quantidade e a 
qualidade da forragem produzida, bem como a resposta do animal em pastagens 
diferidas sob distintas condições de pasto. Ainda é desconhecido, por exemplo, a(s) 
altura(s) do pasto apropriada(s) quando do início do diferimento de pastagens de 
gramíneas tropicais. 
 
4.3. Período de diferimento 
Ao adotar o diferimento da pastagem, o produtor quase sempre determina 
previamente o período de utilização do pasto, que ocorre comumente na época do 
ano mais crítica em recurso forrageiro na propriedade. Sendo assim, a única data 
passível de alteração para determinar a duração do período de crescimento do pasto 
é o início do diferimento, o que evidencia a sua importância. 
Portanto, a duração do período de diferimento é um dos aspectos de manejo de 
maior efeito sobre as características do pasto diferido e, consequentemente, sobre o 
animal. A produção e o valor nutritivo da forragem, a estrutura do pasto, a eficiência 
de pastejo e o desempenho animal são intensamente alterados quando se utilizam 
períodos de diferimentos distintos (Quadro 1). As principais desvantagens da 
utilização de períodos de diferimento longos são o baixo valor nutritivo da forragem e 
a deterioração da estrutura do pasto, comprometendo a eficiência de pastejo e o 
desempenho animal, bem como limitando o perfilhamento na primavera. Por outro 
lado, períodos de diferimentos demasiadamente curtos resultam em baixa produção 
de forragem, que pode ser insuficiente para alimentação dos animais, mas com 
características qualitativas melhoradas. 
De modo geral, recomenda-se o diferimento da pastagem no período de 
dezembro a abril e sua utilização entre junho e setembro (Santos & Bernardi, 2005). 
Ressalta-se que as recomendações de épocas de diferimento e de utilização da 
pastagem diferida não devem ser generalizadas, uma vez que cada região e 
propriedade possuem clima, solo e recurso forrageiro específicos. Desse modo, nos 
últimos anos, alguns grupos de pesquisa têm avaliado época(s) de diferimento e 
utilização das espécies forrageiras tropicais em várias regiões do País. Como 
alternativa à realização de experimentos dessa natureza, Santos & Bernardi (2005) 
sugeriram o uso de modelos de simulação semelhantes aos utilizados no 
zoneamento agrícola, como forma de agregar informações que permitam gerar 
recomendações práticas sobre as épocas de diferimento e uso das pastagens para 
as diferentes regiões do país. 
 
Quadro 1. Efeitos da duração do período de diferimento sobre o pasto e o animal 
Período de diferimento 
Curto Longo 
Maior número de perfilho vegetativo 
Maior número de perfilho reprodutivo e 
morto 
Menor massa de forragem (kg/ha de 
MS) 
Maior massa de forragem (kg/ha de MS) 
Maior percentual de folha verde Maior percentual de colmo e material morto 
Menor tombamento das plantas Ocorrência de tombamento das plantas 
Forragem de melhor valor nutritivo Forragem de pior valor nutritivo 
Menor perda de forragem durante o Maior perda de forragem durante o pastejo 
pastejo 
Melhoria na eficiência de pastejo Redução na eficiência de pastejo 
Utilização do pasto por mais tempo Subutilização do pasto 
Desempenho animal satisfatório Limitação no desempenho animal 
Boa rebrotação na primavera Atraso na rebrotação na primavera 
 
Em tese, a duração do período de crescimento da forrageira dever ser 
fundamentado no conhecimento da rebrotação das mesmas, que é afetado por 
fatores climáticos e de manejo. Nos últimos anos, vários estudos sobre o acúmulo 
de forragem em pastagens tropicais têm sido desenvolvidos objetivando gerar 
recomendações de manejo eficientes e racionais. Nesse sentido, Carnevalli (2003) 
estudou a dinâmica do acúmulo de forragem do capim-mombaça sob pastejo em 
lotação intermitente e observou que, imediatamente após o pastejo, a rebrotação foi 
iniciada basicamente por meio do acúmulo de folhas e que, a partir dos 95% de 
interceptação luminosa pelo dossel, o processo de acúmulo sofreu mudança, 
caracterizada pela redução no acúmulo de folhas e pelo aumento acentuado no de 
colmo e material senescente. Essa mesma dinâmica do acúmulo de forragem foi 
descrita para Panicum maximum cv. Tanzânia (Barbosa, 2004), Brachiaria brizantha 
cv. Marandu (Da Silva, 2004) e cv. Xaraés (Pedreira, 2006). Esses estudos indicam 
que, sob lotação intermitente, a condição apropriada de pré-pastejo é aquela 
correspondente à interceptação de 95 % de luz pelo dossel (Figura 9, A) e isso 
significa, na prática, que a freqüência de desfolhação das gramíneas tropicais deve 
ser maior que a correntemente empregada. 
Contudo, o uso desse critério de manejo é dificultado em pastagens diferidas, 
pois, a fim de garantir suficiente estoque de massa de forragem para uso durante o 
período “seco” do ano, é necessário adotar um período mais longo de descanso da 
pastagem. Dessa maneira, o período de diferimento da pastagem é, quase sempre, 
mais prolongado que o período de descanso dessa mesma pastagem manejada sob 
lotação intermitente durante o verão, por exemplo. Com isso, o início de utilização do 
pasto diferido (condição de pré-pastejo) ocorre, via de regra, quando o dossel 
intercepta mais de 95% de luz, situação na qual a senescência e morte de tecidos e 
o alongamento do colmo são acentuados (Figura 9, B). 
 
 
 
Figura 9. A - Filosofia de utilização do pasto sob lotação intermitente de acordo com 
a dinâmica do acúmulo de forragem no pasto durante sua rebrotação; 
 B- filosofia de utilização do pasto diferido de acordo com a dinâmica do 
acúmulo de forragem no pasto durante sua rebrotação; os números 1, 2, 
3 e 4 representam as possibilidades de início de utilização do pasto 
diferido (condições de pré-pastejo). 
Mesmo que, em geral, o início de pastejo em pastagens diferidas ocorra após a 
interceptação de 95 % de luz pelo dossel, é pertinente não prolongar o período de 
diferimento muito além desse ponto, como forma de aproveitar os benefícios de uma 
melhor estrutura do pasto diferido. Isso ocorre porque, depois que o pasto alcança a 
interceptação luminosa de 95 %, o mesmo continua se desenvolvendo, o que 
consequentemente gera modificações morfológicas inerentes, tais como elevação no 
número de perfilhos reprodutivos, nas massas de colmo e material morto e aumento 
na possibilidade de tombamento dos perfilhos, entre outros, conforme já 
mencionado. Assim, pastagens diferidas podem originar padrões de respostas 
distintos no tocante às produções primária e secundária, ainda que os pastos 
interceptem mais de 95 % de luz. 
Dessa maneira, com base na Figura 9A, a condição de pré-pastejo 1 tende a 
produzir melhores resultados de produtividade animal do que a condição de pré-
pastejo 4. O embasamento para essa assertiva é a menor diferenciação morfológica 
do pasto diferido na condição de pré-pastejo 1 em comparação à condição 4, 
resultando na utilização de pasto de melhor qualidade e com estrutura mais 
adequada ao consumo animal na primeira condição. 
Como exemplo, pode-se considerar o experimento desenvolvidopor Santos 
(2007), onde pastagens de B. decumbens cv. Basilisk foram avaliadas sob períodos 
de diferimentos contrastantes. Nesse trabalho, os pastos diferidos por 73, 103, 131 e 
163 dias no segundo ano (2005) apresentaram alturas médias de 37, 40, 29 e 33 cm 
após 29 dias de período de pastejo, respectivamente. Como houve o tombamento 
dos perfilhos nos pastos diferidos por maior período, esses valores de altura não 
refletem claramente o desenvolvimento dos pastos. Dessa forma, a análise dos 
valores de altura da planta estendida permite melhor inferência no tocante ao 
avanço no desenvolvimento dos pastos, já que maiores estádios de 
desenvolvimentos estão associados aos perfilhos velhos, mais pesados e compridos 
que, quando estendidos, conferem maior altura do pasto. Nesse sentido, obteve-se 
valores médios de 46, 63, 89 e 92 cm para altura da planta estendida em pastagens 
diferidas por 73, 103, 131 e 163 dias, respectivamente. Com base nesses dados de 
altura do pasto e altura da planta estendia, é possível realizar duas inferências. 
Primeiramente, é quase certo que todos os pastos diferidos, independentemente do 
período de diferimento a que foram submetidos, apresentaram interceptação de luz 
maior do que 95 % e, muito provavelmente, próximo de 100 %. Essa assertiva 
baseia-se no trabalho de Portela et al. (2008), que avaliaram a B. decumbens cv. 
Basilisk sob lotação intermitente e constataram que a altura do pasto 
correspondente à interceptação de 95 % da luz incidente foi de 17 cm. Este valor é 
inferior aos encontrados por Santos (2007) nos distintos pastos diferidos. A outra 
inferência que pode ser feita é que pastos sob períodos mais longos de diferimento 
encontravam-se em estádio de desenvolvimento mais distante da condição de 95 % 
de interceptação de luz. 
Mesmo com todos os pastos sendo utilizados na condição pós-95 % de 
interceptação de luz, Santos (2007) verificou valores contrastantes na produção e 
nas características descritoras dos pastos diferidos, o que, por conseguinte, afetou o 
desempenho de bovinos de forma diferenciada. Realmente, pastos submetidos ao 
período de diferimento de 73 dias resultaram em forragem de melhor qualidade que 
quando suplementada (consumo diário de suplemento estimado em 0,26 % do peso 
corporal dos animais), permitiu a manutenção de cerca de 3 UA/ha durante três 
meses de inverno, com desempenho satisfatório (0,692 kg/animal.dia). Essas 
respostas foram superiores às obtidas, por exemplo, naqueles pastos diferidos por 
163 dias, em que os bezerros de mesmo peso médio (195 kg) e grupo genético 
expressaram desempenho de 0,445 kg/animal.dia no mesmo período, com 
semelhante taxa de lotação e mesmo nível de suplementação concentrada. Esses 
resultados confirmam que pastos na condição de início de pastejo mais próxima de 
95 % de interceptação de luz geram melhor produtividade animal, consequência de 
características estruturais mais predisponentes ao consumo animal (Figuras 3 e 4). 
Na prática, dentre as ações de manejo que podem ser empregadas para obter 
pasto diferido em condição de pré-pastejo mais próxima dos 95 % de interceptação 
luminosa, destacam-se a redução do período de diferimento, a diminuição da altura 
do pasto e a aplicação de menor dose de adubo no início do período de diferimento, 
assim como o diferimento feito de forma parcial. Salienta-se que essas ações de 
manejo podem ser empregadas concomitantemente para esse fim e, nesse caso, 
deve-se atentar para os efeitos interativos dessas ações sobre a produção e as 
características estruturais do pasto. Ressalta-se ainda que, em muitas situações, a 
altura do pasto no início do período de diferimento já é suficiente para garantir que o 
pasto intercepte mais do que 95 % da luz incidente, o que compromete a futura 
estrutura do pasto diferido. 
 
4.4. Diferimento parcial da pastagem 
Durante o período de utilização da pastagem diferida fica evidente que a 
quantidade de forragem, bem como seu valor nutritivo e a estrutura do pasto, 
alteram-se de forma substancial. Nesse período, constata-se a redução na massa e 
qualidade da forragem e a formação de uma estrutura do pasto menos favorável ao 
consumo. Como consequência, o desempenho de bovinos nessas pastagens 
diferidas, mesmo quando suplementadas, diminui (Figura 10), podendo-se, em 
alguns casos, ocorrer perda de peso animal no período final de utilização do pasto 
diferido. 
 
Ŷ = 0,8925 - 0,0048**P
R2 = 0,64
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
30 60 90
Período de pastejo (dia)
kg
/a
ni
m
al
.d
ia
 
 
Figura 10. Ganho de peso médio diário de bovinos em pastagens diferidas de 
capim-braquiária durante o período de pastejo. Adaptado de Santos et 
al. (2009b). 
 
Diante dessa situação, para reduzir as alterações indesejáveis nas 
características da forragem diferida durante o período de pastejo, uma opção 
interessante é a realização do diferimento da pastagem de forma parcial, ou seja, ao 
invés de diferir toda a área da pastagem em uma única época e utilizá-la também 
em uma só data, realizam-se diferimentos em épocas diferentes e, da mesma forma, 
utilizam-se as áreas diferidas em épocas distintas durante o período de escassez de 
forragem. 
Com esse manejo, os animais têm acesso à forragem diferida de melhor 
qualidade por mais tempo e de forma menos heterogênea durante o período de 
utilização dos pastos, pois, quando a condição do pasto diferido tornar-se limitante 
ao consumo e desempenho animal, os animais serão manejados para outra área 
diferida mais tardiamente. Esta, por sua vez, apresenta forragem de melhor 
qualidade, o que, em princípio, poderia resultar em melhor desempenho dos animais 
a partir desse período (Figura 11). Com base nessa premissa, Euclides e Queiroz 
(2000) recomendam o diferimento das pastagens da seguinte forma: difere-se 40 % 
da área da pastagem no início de fevereiro para consumo de maio a fins de julho; e 
diferem-se os 60 % restantes no início de março para utilização em agosto a 
meados de outubro. 
A grande vantagem do diferimento de forma parcial é a obtenção de pastos 
diferidos em condições de pré-pastejo mais próximas de 95 % de interceptação de 
luz pelo dossel (condição de pré-pastejo 1 na Figura 9, B), o que resultaria em 
pastos de melhor composição morfológica e qualidade, com estrutura mais 
adequada à eficiência de pastejo e ao consumo animal, além de melhor rebrotação 
no início da primavera subsequente. 
 
 
 
 
A: início do período de pastejo; B: período de pastejo intermediário, no caso 
do diferimento parcial; C: término do período de pastejo. 
 
Figura 11. Representação teórica dos efeitos do diferimento realizado de forma 
única e parcial sobre o valor nutritivo do pasto e o desempenho animal 
durante o período de sua utilização. 
 
4.5. Adubação nitrogenada 
O uso de adubo nitrogenado em pastagens é recomendado principalmente 
durante o período de primavera e verão com o objetivo, entre outros, de intensificar 
o sistema de produção por meio da exploração do mérito genético das gramíneas 
tropicais. Entretanto, essa estratégia também pode ser adotada para garantir 
produção de forragem mais uniforme durante o ano. Adicionalmente, a adubação 
nitrogenada é uma prática de manejo da pastagem que pode permitir uma maior 
flexibilização quanto à determinação do início do diferimento da mesma, visto que 
altera a taxa de crescimento da gramínea e, consequentemente, a quantidade e 
qualidade da forragem produzida por meio do diferimento. Dessa forma, vislumbra-
se a possibilidade de se obter produção de forragem similar, qualitativa e 
quantitativamente, mesmo adotando-se diferentes períodos de diferimento. 
Esse benefício foi constatado por Santos et al. (2009e), ao avaliarem a 
produção de forragem e de seus componentes morfológicos em pastos de B. 
decumbens cv. Basilisk na região de Viçosa, MG. Esses autores verificaram, por 
exemplo, queo pasto diferido por maior período (116 dias) e sem adubação 
nitrogenada produziu semelhante massa de forragem (4.979 kg/ha) quando 
comparado àquele diferido por menor período (73 dias) e adubado com 80 kg/ha de 
N, que produziu 4.901 kg/ha de massa seca. Dessa forma, pode-se obter produção 
de forragem semelhante, mesmo adotando-se distintos períodos de diferimento 
(Figura 12). 
 
 
Figura 12. Massa de forragem e de seus componentes morfológicos em pastagens 
de B. decumbens cv. Basilisk submetidas a períodos de diferimento (73, 
95 e 116 dias) e doses de nitrogênio (0, 40, 80 e 120 kg/ha). Adaptado 
de Santos et al. (2009e). 
 
Contudo é importante destacar que a fertilização nitrogenada em áreas de 
pastagens, quando realizadas tardiamente na estação de crescimento, pode resultar 
em perdas de nitrogênio na forma de amônia por volatilização. E a época mais 
recomendada para realizar o diferimento da pastagem é justamente no fim da 
estação de crescimento (período de transição entre verão e outono), onde a 
umidade do solo pode ser reduzida e propiciar a volatilização do nitrogênio aplicado. 
Caso essas perdas aconteçam, o resultado esperado da adubação pode ser 
reduzido e, ou, não ocorrer, resultando em baixas eficiência e recuperação aparente 
do nitrogênio aplicado. Uma forma de contornar essa situação seria a realização da 
adubação nitrogenada quando o solo estiver em boas condições de umidade ou a 
utilização de fontes de fertilizantes nitrogenados menos susceptíveis à perda através 
da volatilização. Segundo Martha Júnior et al. (2004), fontes de adubo como o nitrato 
e o sulfato de amônio, resultam em menores perdas por volatilização do que a uréia. 
Além disso, tem sido proposto o uso de misturas de sais (geralmente sulfato ou 
cloreto) com a uréia objetivando-se reduzir as perdas de amônia por volatilização em 
comparação ao uso exclusivo de uréia (Laras Cabezas et al., 1989; Oliveira et al., 
2003). Entretanto, ressalta-se que fontes de fertilizante nitrogenado ou de misturas 
destas fontes carecem ser pesquisados e explorados para elevar a eficiência da 
adubação nitrogenada em pastagens destinadas ao diferimento. 
Poder-se-ia também realizar adubação nitrogenada no início do diferimento da 
pastagem em diferentes partes na área para proporcionar acúmulo de forragem 
diferenciado em função das doses de N. Nessa situação, o emprego de diferentes 
doses de nitrogênio permite que o diferimento seja realizado em uma só época e, 
ainda assim, com possibilidade de utilizar cada pasto da área diferida em distintas 
épocas durante o inverno. Poderia-se recomendar, por exemplo, o diferimento de 
toda a área destinada à esse fim em março, sendo que 40 % desta área seria 
adubada com 80 Kg/ha de N e utilizada no início de junho até o fim de julho, e os 60 
% restantes seria adubada com 40 Kg/ha de N para pastejo a partir do início de 
agosto até final de setembro. Nesse caso, explorar-se-ia o efeito do nitrogênio como 
fator que acelera a taxa de crescimento da planta forrageira no intuito de flexibilizar o 
manejo operacional da pastagem. Todavia, é relevante sublinhar que não existem 
pesquisas dessa natureza que permitam recomendar as combinações corretas de 
doses de nitrogênio e épocas de início e término de utilização dos pastos diferidos 
com as principais gramíneas e nas distintas regiões do país. 
 
 
 
4.6. Suplementação do pasto diferido 
Bovinos mantidos em pastagem diferida expressam desempenho moderado ou 
simplesmente mantêm seu peso corporal (Santos, 2000; Gomes Jr., 2000), uma vez 
que, em geral, a forragem diferida é de baixa qualidade. Portanto, quando se deseja 
obter maior desempenho animal em pastagens diferidas, adota-se a estratégia de 
suplementação da pastagem para atender às exigências dos animais e 
complementar o valor nutritivo da forragem disponível e, ou, melhorar a conversão 
alimentar para atingir o desempenho desejado (Euclides & Medeiros, 2005). 
O tipo e a composição do suplemento utilizado influencia o desempenho animal 
e a utilização da pastagem diferida. Em grande parte, essas respostas decorrem dos 
efeitos associativos entre o pasto e o suplemento. Moore (1980) classificou os 
efeitos associativos em três tipos: efeito substitutivo: redução do consumo de 
energia digestível proveniente da forragem e aumento no consumo de concentrado, 
mantendo-se constante o consumo total de energia digestível; efeito aditivo: 
aumento do consumo de energia digestível, em virtude do maior consumo de 
concentrado, de modo que o consumo de energia da forragem pode permanecer 
constante ou aumentar; e efeito combinado: redução no consumo de forragem 
associado ao aumento no consumo de concentrado, resultando em maior consumo 
de energia digestível total. 
 Euclides & Medeiros (2005), analisando resultados de experimentos sobre 
desempenho de bovinos de corte em pastos suplementadas durante o período seco 
do ano, constataram que o desempenho animal geralmente melhora quando se 
utilizam maiores quantidades de suplemento, que o maior efeito da suplementação é 
obtido em pastagens com maior disponibilidade de forragem e que o maior 
desempenho animal ocorre quando a forragem possui melhor valor nutritivo. Esses 
autores ressaltaram ainda que a capacidade de suporte da pastagem pode ser 
aumentada com o uso de suplemento, embora diminuição na taxa de lotação possa 
ocorrer como consequência do fornecimento de pequenas quantidades de 
suplemento. Esta última situação pode acontecer quando se corrigem as 
deficiências em nutrientes específicos na forragem, o que resulta em sua maior 
ingestão. 
Nesse contexto, é necessário caracterizar o pasto diferido, bem como 
qualidade da dieta dele proveniente para definir a quantidade e o tipo de suplemento 
a ser fornecido aos animais. Porém, Reis et al. (2005) analisaram resultados de 
vários trabalhos com suplementação em pastagem no Brasil e verificaram que não 
existe, na maioria das pesquisas, preocupação de relacionar a quantidade e a 
qualidade da forragem ao tipo de suplementação a ser aplicada. Assim, a 
suplementação tem sido definida de forma isolada das características da forragem, 
fato justificado pela falta de um índice qualitativo que permita traçar um plano de 
suplementação. 
Outra opção de manejo para manter ou aumentar o desempenho de bovinos 
durante o período de uso do pasto diferido é a alteração da quantidade e, ou, 
qualidade do concentrado a ser fornecido aos animais, isto é, este pode ser 
fornecido de forma diferenciada durante os meses de utilização da pastagem 
diferida. Como exemplo, pode-se aumentar a quantidade ou ofertar um suplemento 
mais concentrado em nutrientes nos meses finais de utilização da pastagem diferida 
com o objetivo de manter ou elevar o ganho de peso dos animais nesse período. 
Vale ressaltar que, nesse caso, o custo de produção se elevaria e, portanto, uma 
análise econômica criteriosa da suplementação seria conveniente. 
A evolução natural dos conceitos de suplementação de pastos será a 
adequação dos concentrados fornecidos aos animais de forma mais ajustada às 
características qualitativas e estruturais do pasto. Sob essa ótica, vislumbra-se a 
adequação de suplementos específicos para condições de pastos diferidos também 
particulares. Isso evitaria situações onde um mesmo tipo e quantidade de 
suplemento é utilizado, mas com geração de desempenho animal diferente em razão 
da não observância das características do pasto (Figura 13). 
 
Ŷ = 0,8514 - 0,002906*D
R2 = 0,72
Y = 0,60
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
70 90 110 130 150 170
Período de diferimento (dia)
kg
/a
ni
m
al
.d
ia
CSU GPD
 
Figura 13. Consumo de suplemento (CSU) e desempenho animal (GPD) em 
pastagens sob diferentes períodos de diferimento (D); * Significativo 
pelo teste t (P<0,05). Adaptado de Santos et al. (2009b). 
Ademais, os dados apresentados na Figura 14 confirmamque ações de manejo 
diferenciadas, caracterizadas pela duração do período de diferimento, geram 
respostas também distintas na produção animal em pastagens diferidas, havendo a 
necessidade da observância das características dos pastos quando da idealização 
da suplementação. De fato, os bezerros mantidos nas pastagens diferidas por 73, 
103, 131 e 163 dias apresentaram desempenho ao longo de todo o período de 
pastejo correspondente a 0,692; 0,518; 0,390 e 0,445 kg/animal.dia, 
respectivamente. Assim, constatou-se variação de até 0,302 kg/animal.dia em 
resposta aos períodos de diferimento da pastagem, mesmo com consumo médio de 
suplemento estável em todas as pastagens diferidas (cerca de 0,600 kg/animal.dia) 
(Santos et al., 2009b). 
Vale destacar ainda que muitas ações de manejo aplicadas ao pastejo diferido, 
em geral, são de baixo custo e podem determinar a eficiência e, ou, a lucratividade 
da suplementação nessas condições. Por outro lado, essas ações, muitas das 
vezes, não são empregadas com freqüência pelos pecuaristas e, não raro, é comum 
que ações de manejo mais caras e de eficiência dependente de outras ações de 
mais baixo custo, tal como a suplementação do pasto diferido, recebam maior 
atenção. 
 
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