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Apostila de Higiene e Segurança do Trabalho de Eletrotécnica

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INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE 
 
CURSO DE ELETROTÉCNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROF. DÁGNON DA SILVA RIBEIRO 
 
 
 
 
 
JULHO/2009 
 
Higiene e Segurança do Trabalho 2 
 
 
 Prof. Dágnon Ribeiro 
 
PROGRAMA 
 
 1 - Prevenção de acidentes 
 
 1.1 - Acidente do trabalho 
 1.2 - Causas dos acidentes 
 1.2.1 - Causas humanas 
 1.2.2 - Causas ambientais 
 
 2 - Riscos ambientais 
 
 2.1 - Riscos químicos 
 2.2 - Riscos físicos 
 2.2.1 - Temperaturas anormais (calor) 
 2.2.2 - Ruído 
 2.2.3 - Iluminação 
 2.2.4 - Eletricidade 
 2.3 - Riscos biológicos 
 2.4 - Riscos ergonômicos e/ou mecânicos 
 
 3 - Organização do ambiente de trabalho 
 
 3.1 - Planejamento 
 3.2 - Organização e arrumação 
 3.3 - Limpeza 
 3.4 - Disciplina 
 
 4 - Principios básicos de prevenção contra incêndios 
 
 4.1 - Objetivos da proteção contra incêndios 
 4.2 - Condições necessárias para produção de fogo 
 4.3 - Métodos para extinção do fogo 
 4.4 - Propagação do incêndio 
 4.5 - Procedimentos em caso de incêndio 
 4.6 - Classes de incêndio 
 4.7 - Tipos de equipamentos de combate a incêndio 
 
5 – Legislação Aplicada a Higiene e Segurança do Trabalho 
 5.1 - Legislação acidentária 
 5.2 – Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Higiene e Segurança do Trabalho 3 
 
 
 Prof. Dágnon Ribeiro 
 
1 - PREVENÇÃ0 DE ACIDENTES 
 
 Introdução: 
 
 O homem trabalha desde seu surgimento na terra, porém as reações entre suas atividades e 
doenças permaneceram praticamente ignoradas até cerca de 300 anos atrás. 
 Somente em 1700, é que se teve o início da mentalidade prevencionista, quando o médico 
Bernardino Ramazini, divulgou, através de um livro, uma série de doenças relacionadas a cerca de 50 profissões 
diversas. 
 O Brasil, em busca de um desenvolvimento acelerado, na época de 70 detinha o título de campeão 
mundial de acidentes do trabalho. Ao final dos anos 70, o governo para mudar essa imagem, criou normas 
relativas a segurança do trabalho (CIPA, fornecimento de EPI, engenheiro e técnico de segurança e etc). 
 Hoje em dia, devido a grande competição das indústrias, estas estão mais atentas para a 
segurança do trabalhador, considerando-a como um fator de qualidade e produtividade. 
 Como veremos até o final deste trabalho, para que se tenha segurança no trabalho, é preciso que 
se tenha sempre em mente a palavra prevenção, isto é, que se adote uma conduta prevencionista no trabalho, 
pois, é através da prevenção que conseguiremos efetuar melhor nosso trabalho com maior segurança. 
 
 1.1 - Acidente do trabalho 
 
 Definição: é aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão 
corporal ou perturbação funcional que cause morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade 
para o trabalho. 
 Podemos observar que um acidente do trabalho poderá afetar aquilo que é de mais valioso para 
nós, a saúde. Devemos ter em mente que com boa saúde, teremos liberdade para fazermos o que quizérmos. 
Com saúde podemos trabalhar, podemos nos sustentar, constituir família, obter um crescimento pessoal e 
profissional. Além disso, devemos pensar que um acidente causado por nós, poderá afetar a saúde de nossos 
colegas de trabalho e interferir na vida de suas famílias. 
 Devemos evitar até os pequenos acidentes, pois estes ocasionam perda de tempo, o que afetará a 
nossa produtividade e descontentará nossos superiores. 
 
 1.2 - Causas dos acidentes 
 
 As causas dos acidentes podem ser divididas basicamente em causas humanas (relacionadas com 
o trabalhador) e causas ambientais (relacionadas com o ambiente de trabalho). 
 Conforme abaixo, podemos eliminar ou diminuir as causas dos acidentes através da análise de um 
acidente do trabalho e através de uma prévia análise do ambiente de trabalho e de seus trabalhadores. Após 
essas análises, deve-se procurar eliminar ou atenuar os fatores de risco para diminuir-se a probabilidade de 
ocorrência de acidentes. 
 
 1.2.1 - Causas humanas: 
 
 Chamamos de fator pessoal de insegurança ao comportamento humano, devido a uma deficiência 
ou alteração psíquica ou física, que leva a pessoa a provocar o ato inseguro que poderá causar o acidente. 
 São fatores pessoais de insegurança: 
 . fator mental (nervosismo, violência, insatisfação com o trabalho, etc); 
 . fator físico (ouvido, visão, doença, etc); 
 . fator técnico (falta de conhecimento, de experiência, de habilidade, etc); 
 . fator fisiológico (rodízios de turnos de trabalho, hora-extra, etc); 
 . fator social (jogos de azar, embriaguês, relações com a família, relações com o patrão ou 
 com os próprios colegas, etc). 
 
 Para que os fatores acima não venham prejudicar nossas atividades no trabalho, abaixo estão 
relacionadas algumas sugestões de condutas a serem desenvolvidas no trabalho: 
 - procurar esquecer os problemas de casa e vice-versa. 
 - procurar ajuda para a solução dos problemas (colegas, chefe) 
 - informar sempre a suas condições físicas e emocionais. 
 - procurar sempre estar em harmonia com os colegas de trabalho. 
 - se não tiver certeza de sua competência para realização de uma tarefa, procurar orientação. 
 - conhecer seu material de trabalho. 
 Como visto acima, o ato inseguro é uma conseqüência de fatores pessoais de insegurança, pois 
significa violar um procedimento aceito como seguro, expondo assim, as pessoas a riscos de acidentes. O ato 
inseguro não é só uma violação de uma norma escrita mas, também, de inúmeras não escritas que a maioria de 
nós conhece e observa por uma questão de instinto de conservação. Os atos inseguros podem ser caracterizados 
basicamente pela existência de três comportamentos: imprudência, imperícia e negligência. 
 Imprudência: agir sem cautela, sem sensatez, não tomar as devidas precauções. Consiste em 
enfrentar o perigo, arricar-se para ganhar tempo ou para evitar o esforço de tomar as devidas precauções. 
 Imperícia: falta de habilidade ou de competência técnica para realização de uma tarefa. 
Higiene e Segurança do Trabalho 4 
 
 
 Prof. Dágnon Ribeiro 
 Negligência: desleixo, displicência e relaxamento ao não observar a maneira correta de realizar 
uma tarefa. Exemplo: por displicência,não cumprir o regulamento de segurança. 
 Esses comportamentos ficam bem evidenciados nos exemplos abaixo: 
 . preconceito (“Acidentes fazem parte do trabalho”). 
 . excesso de confiança ( “A 20 anos faço assim e nada me aconteceu”). 
 . idéia de que o acidente só acontecerá por fatalidade. 
 . exibicionismo, brincadeiras e correrias (neutralizar dispositivo de segurança). 
 . vontade de revelar-se corajoso. 
 . desleixo, indisciplina e insubordinação. 
 . falta de rítmo ou concentração no trabalho. 
 . lubrificar, ajustar ou limpar máquinas e equipamentos em movimento. 
 . utilizar máquinas e equipamentos ou ferramentas defeituosas. 
 . trabalhar em máquinas e equipamentos sem proteção. 
 . deixar de usar os equipamentos de proteção individual. 
 . usar erradamente as ferramentas manuais ou carregá-las nos bolsos. 
 . empilhar materiais de modo inseguro. 
 . depositar materiais nas passagens ou junto as portas de saida. 
 . fumar ou abrir chamas junto a materiais inflamáveis, gás, explosivos, etc. 
 . trabalhar com os cabelos compridos, pulseiras , anéis, etc. 
 . distrair ou desviar a atenção dos colegas. 
 . permanecer de baixo de cargas suspensas. 
 . não acatar as normas escritas de segurança do trabalho. 
 . atitudes de irreflexão (desempenhar as funções sem antes raciocinar sobre as suas 
conseqüências). 
 . etc. 
 É importante salientar que os atos inseguros são os maiores causadores de acidentes, pois os 
trabalhadores, muitas vezes, acham-se inatingíveis e, assim, não possuem a mentalidade prevencionista. Desta 
forma, colocam em risco a própria vida, e o que é mais grave, é que colocam também em risco a vida dos colegas 
de trabalho. 
 
 1.2.2 - Causas ambientais 
 
 As causas ambientais são aquelas relacionadas com o ambiente de trabalho. São caracterizadas 
pela existência de uma condição insegura. A condição insegura é inerente a empresa, ou seja, é a condição física 
ou mecânica perigosa, existente no local, na máquina, no equipamento ou na instalação, que permite ou ocasiona 
o acidente. 
 A condição insegura pode ser analisada através da identificação do agente causador de acidentes, 
ou seja, de tudo aquilo que contribua diretamente para a ocorrência do acidente. Portanto, ao identificarmos os 
agentes, estaremos identificando uma condição insegura e assim poderemos tomar as medidas de prevenção 
necessárias. 
 São exemplos de condições inseguras: 
 . falta de ordem e limpeza no local de trabalho (óleo no chão, caixas mal empilhadas). 
 . máquinas e equipamentos desprotegidos e defeituosos. 
 . instalações elétricas em mau estado. 
 . ruídos e/ou calor em excesso. 
 . iluminação ou ventilação insuficientes. 
 . existência de gases, vapores, poeiras ou névoas na atmosfera. 
 . falta de sinalização ou avisos de segurança. 
 . deficiência de equipamentos, ferramentas ou materiais. 
 . pisos, escadas, passagens e coberturas com defeito. 
 . armazenamento e manuseio inseguro de materiais. 
 . falta de manutenção de máquinas , equipamentos e ferramentas. 
 . horários excessivos de trabalho. 
 . equipamento de proteção individual insuficiente ou danificado. 
 . matéria-prima inadequada. 
 . etc. 
 
Para que os fatores acima não venham prejudicar nossas atividades no trabalho, abaixo estão 
relacionadas algumas sugestões de condutas a serem desenvolvidas no trabalho: 
 - Informar sempre a existência de máquinas com problemas e ferramentas danificadas ao 
responsável pelo setor, mesmo que estas máquinas e equipamentos não façam parte de seu trabalho. 
 - analisar as condições do local de trabalho. 
 - usar sempre o EPI. 
 - conhecer seu equipamento e material de trabalho, bem como os riscos que estes podem oferecer 
para sua saúde. 
 
 
 
 
 
 
Higiene e Segurança do Trabalho 5 
 
 
 Prof. Dágnon Ribeiro 
2 - RISCOS AMBIENTAIS 
 
 Os riscos ambientais são aqueles relacionados com o ambiente de trabalho. Consideram-se riscos 
ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho, capazes de causar danos 
à saúde do trabalhador em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição. 
Consideram-se também como riscos ambientais os agentes mecânicos e outras condições de insegurança 
existentes nos locais de trabalho, capazes de propiciar e contribuir para a ocorrência de acidentes do trabalho 
provocando lesões à integridade física do trabalhador. 
 
 2.1 - Riscos químicos 
 
 Os produtos químicos estão presentes em quase todos os processos industriais, como por 
exemplo: para limpeza, para processamento industrial, pintura, remédios, inseticidas, lubrificantes e etc. 
 Essas substâncias existem sob a forma de líquidos, gases, vapores, poeiras e neblinas e, 
conforme os efeitos que causam no organismo, são classificados em irritantes, asfixiantes, narcóticos e 
intoxicantes sistêmicos. 
 Sem o devido cuidado esses produtos podem ser perigosos para a saúde dos trabalhadores e até 
mesmo letais. Por isso, é importante que os trabalhadores conheçam os produtos químicos do seu ambiente de 
trabalho. 
 Os produtos químicos que se apresentam sob a forma de material particulado podem ser divididos 
em dois grupos: 
 - aerodispersóides; 
 - gases e vapores. 
 
a) Aerodispersóides: são partículas sólidas ou líquidas, de tamanho bastante reduzido, que podem 
se manter por longo tempo em suspensão no ar. Como exemplos de aerodispersóides, citamos: poeira de madeira 
(obras, serralherias), fumaça (queima de madeira ou de outro material) e neblina (condensação de vapores). 
 
b) Gases e vapores: 
Os gases são as substâncias que em condições normais de temperatura e pressão (25°C e 
760mmHg) estão na forma gasosa (Exemplos: hidrogênio, oxigênio e nitrogênio). 
Os vapores são a fase gasosa de uma substância que a 25°C e 760mmHg é líquida ou sólida 
(Exemplos: vapor d’água, de gasolina, de naftalina etc). 
 
Os produtos classificados acima podem ser absorvidos pelo homem por ingestão, pela pele e por 
inalação. Estes, como já mencionado, podem causar irritações (inflamação nos tecidos. Exemplo: ácido sulfídrico, 
cloro), asfixia (exemplo: monóxido de carbono, metano), efeitos narcotizantes (efeito anestésico. Exemplo: 
acetona, éter etílico), intoxicações (lesões nos órgãos. Exemplo: benzeno e tolueno), alergias e pneumoconiose ( 
endurecimento e perda de flexibilidade dos tecidos pulmonares. Exemplo: poeira de sílica e poeira de amianto). 
 
Os efeitos citados acima dependem de alguns fatores, tais como: 
 - o tempo de exposição aos agentes químicos; 
 - o nível de concentração do produto; 
 - a toxidez da substância; 
 - a forma e o estado em que a substância se apresenta; 
 - e o grau de sensibilidade do indivíduo ao produto químico. 
 
Portanto, para que não soframos nenhum dos problemas acima, devemos sempre procurar 
conhecer os produtos químicos com que trabalhamos. Assim, poderemos tomar algumas precauções como: 
 - ventilar o ambiente (abrir janelas e portas, usar ventiladores quando a concentração for alta). 
 - substituir o produto por um menos tóxico. 
 - modificar o processo industrial (efetuar o mesmo trabalho de forma diferente sem o uso de 
produtos químicos). 
 - confinar o equipamento que produz maior contaminação. 
 - usar os equipamentos de proteção individual adequados (máscara para pó, máscara para gases, 
luvas). 
 - limitar o tempo de exposição (consultar pessoa especializada sobre o tempo máximo de 
exposição a um produto químico, alternar tarefas,usar EPI) 
 
Abaixo, são relacionadas algumas sugestões de condutas a serem desenvolvidas no trabalho: 
 - informar sempre qualquer reação sofrida no organismo devido ao uso de um produto químico, 
assim, mais rápido será o socorro médico. 
 - nunca ingerir produtos desconhecidos. 
 - manter o ambiente limpo. 
 - Identificar os produtos através de rótulos. 
 Exemplo:.Tipo: nome do produto 
 .Finalidade: limpeza de sanitários 
 .Cuidados: evitar contatos com a pele, não ingerir, evitar inalação, ventilar ambiente, usar 
máscara; 
 .Em caso de intoxicação: ingerir bastante água, procurar imediatamente um médico. 
 
Higiene e Segurança do Trabalho 6 
 
 
 Prof. Dágnon Ribeiro 
 2.2 - Riscos físicos 
 
 Outro tipo de risco a que o trabalhador está sujeito no ambiente de trabalho, é o risco devido aos 
agentes físicos. Estes riscos se caracterizam pela transferência de energia do agente físico para o trabalhador. 
Dependendo da quantidade de energia absorvida pelo trabalhador, o organismo deste poderá sofrer 
conseqüências, como, por exemplo, desenvolver uma doença profissional. 
 Os agentes físicos mais importantes são: as temperaturas anormais (calor e frio), ruído, vibrações, 
pressões anormais, iluminação, umidade, radiações ionizantes e não ionizantes, e eletricidade. 
 De acordo com os objetivos desta base tecnológica, a seguir comentaremos alguns destes 
agentes. 
 
 2.2.1 - Temperaturas anormais (calor) 
 
 A temperatura normal do corpo humano é de aproximadamente 37
o
 C. O corpo humano produz 
calor e para manter sua temperatura em 37
o
 C (equilíbrio térmico), perde calor para o ambiente se a sua 
temperatura for maior que a temperatura do ambiente, e recebe calor do ambiente se a sua temperatura for menor 
do que a temperatura do ambiente. Estas trocas térmicas entre o corpo humano e o ambiente se manifestam 
através de quatro procedimentos básicos: convecção, evaporação, radiação e condução. 
 É sabido que existe um grande número de atividades profissionais que expõem os trabalhadores à 
ambientes de trabalho que apresentam condições térmicas diferentes daquelas a que o organismo está habituado 
a suportar, como, por exemplo, em fundições, em ambientes com caldeiras, trabalhos a céu aberto (construção 
civil), ambientes fechados e etc. 
 É importante salientar que além das condições do ambiente de trabalho, tem influência marcante 
no conforto térmico do trabalhador, o tipo de atividade que este exerce. Quanto maior a atividade física, maior a 
produção de calor e queima de calorias. 
 Se o ambiente for quente, o trabalhador poderá sofrer os seguintes efeitos: 
 - cãibras do calor, devido a perda excessiva de sal; 
 - desidratação (perda de água); 
 - exaustão do calor (baixa da pressão arterial); 
 - choque térmico (elevação da temperatura do corpo risco aos tecidos vitais); 
 - redução da capacidade de concentração; 
 - irritabilidade; 
 - sonolência; 
 - diminuição da capacidade de trabalho. 
 Para evitar os riscos acima, sugere-se: 
 - aclimatar o trabalhador, isto é, expô-lo aos poucos ao calor. 
 - ingerir água e sal para compensar a perda ocorrida pela sudorese. 
 - se a sobrecarga térmica for intensa, deve-se limitar o tempo de exposição através de pausas para 
descanço. 
 - usar equipamentos de proteção individual tais como: óculos com lentes especiais, luvas, 
mangotes, capuzes, aventais para proteger as partes expostas ao calor. 
 - controlar as condições do ambiente através da isolação da fonte de calor ou de uma ventilação do 
ambiente e controle da umidade. 
 - não expor a pele ao sol (queimaduras). 
 - usar roupas leves que facilitem a evaporação do suor. 
 - usar roupas claras, pois estas, absorvem menos calor. 
 
 2.2.2 - Ruído: 
 
 O som é composto por ondas formadas por variações de pressão do ar, ondas que viajam por este 
de forma semelhante àquelas que provocamos quando jogamos uma pedra na água. O som também é um tipo de 
vibração, só que sonora. Estas variações de pressão (som) atingem a nossa orelha, entram no nosso ouvido até 
bater no tímpano (pele fina esticada como um tambor). O tímpano vibra com qualquer som, e assim mexe com três 
ossinhos minúsculos ligados ao caracol (ou clóclea), que é a parte mais importante do ouvido, e que faz com que 
esses movimentos sejam levados ao cérebro através de condutores nervosos, que nos faz perceber e 
compreender o som. 
 Podemos definir ruído como todo o som ruím, que agride nossos ouvidos. Ficar muito tempo num 
lugar com ruído, ou mesmo pouco tempo sob um ruído muito intenso, destrói exatamente a parte mais importante 
do ouvido, o caracol (surdez profissional). Uma vez destruído o caracol, ficamos surdos, sem possibilidades de 
cura, onde nem os aparelhos de audição ajudam. 
 Além da perda auditiva, o ruído ocasiona outros problemas ao trabalhador como: 
 - cansaço excessivo, falta de atenção e concentração; 
 - insônia e perda de apetite; 
 - alterações de comportamento (irritação, mau humor); 
 - dores de cabeça; 
 - ansiedade e depressão; 
 - tonturas e náuseas (enjôo); 
 - aumento da pressão arterial. 
 Para diminuirmos as possibilidades de perda auditiva por ruído e a ocorrência dos problemas 
acima, devemos analisar e atuar sobre os seguintes fatores: 
 - nível de ruído (quanto mais alto, pior). 
Higiene e Segurança do Trabalho 7 
 
 
 Prof. Dágnon Ribeiro 
 - a composição do ruído (quanto mais fino (agudo), pior). 
 - o tempo de exposição ao ruído (quanto maior o tempo, pior). 
 - os ruídos de impacto (prensas e martelos), são piores que os contínuos. Portanto, nunca se expor 
a ruídos intensos sem proteção. 
 - as vibrações transmitidas pelo chão (solo), objetos e paredes pioram o efeito do ruído. 
 - o repouso em ambientes silenciosos é fundamental para não piorar os problemas causados pelo 
ruído. Se for observada uma perda auditiva, procurar um médico e identificar os elementos causadores desta 
perda para que medidas de proteção possam ser adotadas. 
 Baseando-se nos fatores acima, para acabar com o ruído no ambiente de trabalho, ou até mesmo 
diminuí-lo, devemos basicamente agir de duas maneiras: 
 
 a) Usando medidas de proteção coletiva, que podem ser efetuadas de três formas: 
 
. Controle do ruído na fonte: consiste em agir sobre a máquina, equipamento ou processo. Significa 
por exemplo: efetuar uma boa manutenção da máquina; utilizar materiais que absorvam as vibrações nos 
encaixes, nas juntas e acoplamentos (metal por borracha) e fechar as partes mais barulhentas da máquina. 
 
. Controle do ruído na trajetória: consiste em agirmos sobre o local onde está a máquina ou 
equipamento, diminuindo a transmissão pela estrutura ou pelo ar, como exemplo: usar calços de borracha, colocar 
biombos e anteparos (cortiça, lã de vidro), fechar a porta; e enclausurar a máquina. 
 
. Diminuição do tempo de exposição ao ruído: Não permanecer mais tempo exposto ao ruído do 
que está determinadona NR-15. Isto deve ser analisado por pessoal técnico especializado. 
 
 b) Usando equipamentos de proteção individual: 
 Quando não for conseguido eliminar o ruído ou atenuá-lo a níveis não prejudiciais, deve-se utilizar 
o equipamento de proteção individual (EPI). O EPI a ser utilizado em locais de ruído é o que chamamos de protetor 
auricular. O protetor pode ser do tipo concha (tipo fone) ou do tipo inserção. 
 Os de concha são usados fora do ouvido, cobrindo a orelha. São muitas vezes, menos 
confortáveis, mas nos protegem melhor do ruído e oferecem menos riscos de infecção. 
 Os de inserção devem ser colocados dentro do ouvido (bucha, tampa de borracha ou de plástico). 
São menos eficientes e favorecem as infecções em nosso ouvido, por ficarem em contato direto com o ouvido. Por 
isso, devem estar limpos e serem trocados periodicamente (o de algodão, diariamente). 
 Cabe salientar, que muitas vezes, o trabalhador não percebe a perda da capacidade auditiva, pois 
este se acostuma com o ruído. Porém com o passar do tempo, este tendo maior dificuldade para escutar, percebe 
o problema. Mas, há pouca coisa a fazer, pois esta perda auditiva é irreverssível. Portanto, é importante que se 
tenha uma conduta de prevenção no ambiente trabalho, contra o ruído. 
 
 
 2.2.3 - Iluminação: 
 
 Uma iluminação deficiente provoca problemas visuais levando a uma baixa produtividade e a uma 
má execução do trabalho. 
 Os problemas oriundos da iluminação devem ser vistos considerando-se que os locais de trabalho, 
quando bem iluminados, proporcionam vantagens tanto para os empregados como para os empregadores. Isto 
porque, com uma boa iluminação, se obterá um aumento de produção, um melhor acabamento do trabalho, uma 
diminuição do desperdício de material, uma redução do número de acidentes e uma diminuição da fadiga ocular. 
 Portanto, para efetuarmos melhor nosso trabalho e para diminuir as possibilidades de ocorrência 
de acidentes, devemos manter sempre o ambiente de trabalho bem iluminado. 
 
 2.2.4 - Eletricidade: 
 
 Os riscos oriundos da eletricidade estão presentes em quase todos os ambientes de trabalho. Os 
riscos podem ser pessoais (choque) e materiais (incêndios). 
 Os órgãos do corpo humano funcionam através de impulsos elétricos enviados pelo cérebro. 
 O choque é uma perturbação fisiológica decorrente da passagem de uma corrente elétrica, de 
origem externa, pelo organismo. Esta corrente externa se soma a corrente interna (impulsos elétricos), provocando 
perturbações no funcionamento do organismo. 
 Entre os efeitos fisiológicos (perturbações) da corrente elétrica, podemos citar: 
 
 Tetanização: Paralisia muscular devido a passagem da corrente elétrica pelos tecidos nervosos 
que controlam os músculos. Superposta aos impulsos de comando da mente a corrente os anula, podendo 
bloquear um membro ou o corpo inteiro. De nada valem, nestes casos a consciência do indivíduo e sua vontade de 
interromper o contato. 
 Quando a corrente de choque é muito intensa, há uma repulsão violenta que pode até jogar a 
pessoa, causando quedas e pancadas perigosas, que podem ser consideradas como os efeitos indiretos do 
choque. 
 Parada respiratória: Paralisia muscular (tetanização) devido à passagem da corrente elétrica 
pelos tecidos nervosos que controlam os músculos responsáveis pela respiração. Ocorre que se a corrente de 
choque for de valor elevado, normalmente maior do que 30mA, e circular por um período de tempo relativamente 
pequeno (alguns minutos). Assim, a morte ocorrerá por asfixia. Neste caso deve-se aplicar a respiração artificial 
Higiene e Segurança do Trabalho 8 
 
 
 Prof. Dágnon Ribeiro 
(respiração boca a boca) dentro de um intervalo de tempo inferior a 4 minutos, se não a morte ocorrerá com 
certeza. 
 Queimaduras: Genericamente, a corrente elétrica atinge o organismo através do revestimento 
cutâneo. Por este motivo, as vítimas de acidente com eletricidade apresentam, na maioria dos casos queimaduras. 
Devido à alta resistência da pele, a passagem de corrente elétrica produz alterações estruturais conhecidas como 
“marcas da corrente”, oriundas do efeito joule, ou seja, da quantidade de energia que é transformada em calor. 
 As características, portanto, das queimaduras provocadas pela eletricidade diferem daquelas 
causadas por efeitos químicos ou térmicos. 
 Em relação às queimaduras por efeito térmico, aquelas causadas pela eletricidade são geralmente 
menos dolorosas, pois a passagem da corrente poderá destruir as terminações nervosas. Não significa, porém, 
que sejam menos perigosas, pois elas tendem a progredir em profundidade, mesmo depois de desfeito o contato 
ou a descarga. 
 As queimaduras podem ocorrer de diversas formas, como por exemplo: 
 - Por contato: quando o acidentado toca uma superfície condutora energizada. 
 - Por arco voltaico: geralmente apresentam extensão e profundidade variáveis, de acordo com o 
acréscimo do gradiente de tensão que originou a descarga elétrica. 
 - Por radiação: possuem um caráter semelhante as queimaduras por exposição ao sol e podem 
ser incapacitantes. Tem-se um caso em que 5 elementos trabalhando a cerca de 20 metros de um quadro de 
distribuição, ocorrido um curto-circuito no quadro, tiveram que ser encaminhados a um hospital em virtude das 
lesões sofridas. 
 - Por vapor metálico: por fusão de um fusível ou condutor, há emissão de vapor de cobre (em 
alguns casos, prata ou estanho) que, em locais fechados, pode atingir a face ou as mãos. Embora bastante 
incomum essa situação demostra a necessidade de se colocarem os equipamentos elétricos em locais bem 
ventilados. 
 Fibrilação ventricular: Batimento desordenado do coração, devido à corrente elétrica atingir o 
músculo cardíaco. Nesta situação, o coração deixa de bombear o sangue, resultando na falta de oxigênio nos 
tecidos do corpo e no cérebro. O coração raramente se recupera por si só da fibrilação ventricular. No entanto, se 
aplicarmos uma corrente de curta duração e de intensidade elevada, a fibrilação pode ser interrompida e o ritmo 
normal do coração pode ser restabelecido. O aparelho empregado para esta finalidade é o desfibrilador ventricular. 
Não possuindo tal aparelho, a aplicação da massagem cardíaca permitirá que o sangue circule pelo corpo, dando 
tempo para que se providencie o aparelho, pois só a massagem não permitirá que o coração recobre da fibrilação 
ventricular. Às vezes, não ocorre a fibrilação ventricular, mas sim a parada cardíaca. Neste caso deverá ser 
suficiente a aplicação da massagem cardíaca. 
 
 As perturbações oriundas do choque elétrico serão mais graves ou menos graves, dependendo 
dos seguintes fatores: 
 Intensidade da corrente elétrica: Quanto maior a intensidade da corrente elétrica, maior será 
o risco do choque elétrico, conforme podemos observar na tabela abaixo. 
 
Efeitos gerais da corrente alternada eficaz (15 a 100 Hz) em pessoas de boa saúde 
Intensidade (mA) Perturbações possíveis Estado possível 
após o choque 
Salvamento Resultado final 
provável 
1 (limiar de sensação) Nenhuma Normal Normal 
2 a 9 Sensação cada vez mais 
desagradável, à medida 
que a intensidade aumenta 
Contrações musculares. 
Normal Desnecessário Normal 
10 a 25 (25mA é o limite). 
Podem ocorrer efeitos 
fatais se a corrente não 
for cortada. 
Sensação dolorosa. 
Contrações violentas. 
Perturbações circulatórias. 
Morte aparente Respiração 
artificial 
Restabeleci-
mentoou 
morte 
26 a 100 Sensação insuportável. 
Contrações violentas. 
Asfixia. Perturbações circu- 
latórias graves, inclusive 
fibrilação ventricular. 
Morte aparente Respiração 
artificial 
Restabeleci-
mento ou 
morte 
Acima de 100 Asfixia imediata. 
Fibrilação ventricular. 
Morte aparente Respiração 
artificial. 
Reanimação 
difícil. 
Restabeleci-
mento ou 
morte 
Vários ampères Asfixia imediata. 
Queimaduras graves. 
Morte aparente ou 
imediata 
Praticamente 
impossível 
Morte 
 
 Como vimos acima, a intensidade da corrente elétrica é um fator determinante na gravidade da 
lesão por choque elétrico. No entanto, observa-se que, para correntes do tipo Corrente Contínua (CC), as 
intensidades da corrente deverão ser mais elevadas para ocasionar as sensações do choque elétrico, a fibrilação 
ventricular e a morte. No caso da fibrilação ventricular, esta só ocorrerá se a corrente contínua for aplicada durante 
um instante curto, específico e vulnerável do ciclo cardíaco. Em outros tipos de lesões tornam-se necessárias 
intensidades de corrente contínua de 3 a 5 vezes maiores do que as do tipo alternada. 
Higiene e Segurança do Trabalho 9 
 
 
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 As correntes alternadas de freqüência entre 20 e 100Hz são as que oferecem maior risco. E 
especificamente as de 60 Hz, normalmente usadas nos sistemas de fornecimento de energia elétrica, são as mais 
perigosas, uma vez que elas se situam próximas à freqüência a qual a possibilidade de ocorrência de fibrilação 
ventricular é maior. Para correntes alternadas de freqüências elevadas, acima de 2000 Hz, as possibilidades de 
ocorrer o choque elétrico são pequenas; contudo, ocorrerão queimaduras, devido a corrente tender a circular pela 
parte externa do corpo, ao invés da interna. 
 Outro aspecto a salientar é o de que as pessoas do sexo feminino são mais sensíveis aos efeitos 
do choque elétrico. 
 
 Tempo de exposição do indivíduo a corrente elétrica: Quanto maior o tempo de exposição 
maior será o risco decorrente do choque elétrico. Por isso, é importante que os circuitos elétricos sejam sempre 
dotados de dispositivos tais como o disjuntor diferencial que, interrompe a corrente de choque, assim que 
detectada, na grande maioria dos casos de choque elétrico. 
 
 Percurso da corrente através do corpo: Tem grande influência na gravidade do choque 
elétrico o percurso seguido pela corrente no corpo da vítima. Uma corrente de intensidade elevada que circule de 
uma perna à outra pode resultar só em queimaduras locais, sem outras lesões mais sérias. No entanto, se a 
mesma intensidade de corrente circular de um braço ao outro da vítima, poderá levar a uma parada cardíaca ou 
paralisação dos músculos do coração. A figura abaixo fornece a porcentagem da corrente elétrica que passará 
pelo coração em relação à corrente que está atravessando o corpo em cada condição. 
 
Porcentagem da corrente que circula pelo coração em função do tipo de contato 
 
 
 
 Sensibilidade do organismo: A intensidade da corrente que circulará pelo corpo da vítima, 
dependerá, em muito, da resistência elétrica que esta oferecer à passagem da corrente, e também de qualquer 
outra resistência adicional entre a vítima e a terra. A resistência que o corpo humano oferece a passagem da 
corrente é quase que exclusivamente devida à camada externa da pele, a qual é constituída de células mortas. 
Esta resistência está situada entre 100.000 e 600.000 ohms, quando a pele apresenta-se seca e não apresenta 
cortes, e a variação apresentada é função da sua espessura. Quando, no entanto, encontra-se úmida, a condição 
mais facilmente encontrada na prática, a resistência elétrica do corpo pode ser tão baixa quanto 500 ohms. Esta 
baixa resistência é originada pelo fato de que a corrente pode então passar pela camada interna da pele, que 
apresenta menor resistência. Também, ao estar com cortes, a pele pode oferecer uma baixa resistência. 
 Como, dissemos, o valor elevado oferecido, quando a pele está seca, é relativamente difícil de ser 
encontrado na prática, uma vez que, mesmo que uma pessoa execute trabalhos que exijam pequeno esforço 
físico, seu corpo transpira, e com isto a resistência é reduzida significativamente. Pelo mesmo motivo, ambientes 
que contenham muita umidade fazem com que a pele não ofereça uma resistência elevada. Assim, normalmente a 
resistência média do corpo humano em condições normais situa-se na faixa de 1000 a 1500 ohms. 
 A resistência oferecida pela parte interna do corpo, constituída pelo sangue, músculos e demais 
tecidos, comparativamente à da pele é bem baixa, medindo normalmente 300 ohms em média e apresentando um 
valor máximo de 500 ohms. 
 Outro fator a considerar é o de que a resistência do corpo varia com a tensão aplicada. Note-se 
que para uma tensão aplicada de 50v, a resistência do corpo humano em 99% dos casos é superior a 5000 ohms, 
enquanto que em 1% dos casos pode baixar até cerca de 1000 ohms. Com 220v, a situação é decisivamente mais 
desfavorável: em 99% dos casos a resistência do corpo humano é superior a 2800 ohms, enquanto que em 1% 
dos casos pode baixar até 800 ohms. 
 Levando em conta os diversos fatores, a NBR 5410 prevê valores máximos admissíveis para a 
tensão de contato, são as chamadas tensões de contato limite (em CA): 
 - Situação 1, correspondendo a locais residenciais (quartos , salas cozinhas, corredores), 
comerciais ( lojas, escritórios) e industriais(depósitos e a maior parte dos locais de produção) - 50v; 
 - Situação 2, correspondendo à àreas externas (jardins, feiras), canteiros de obras, trailers, 
campings, locais condutores, ambientes molhados em geral - 25 v. 
 Como medidas de controle do choque elétrico, temos: 
 
Higiene e Segurança do Trabalho 10 
 
 
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 Aterramento: A primeira finalidade do aterramento elétrico é eliminar os perigos de choque 
elétrico surgidos devido a um defeito no equipamento ou instalação elétrica que possibilite o surgimento de tensões 
elétricas em partes que não pertençam ao circuito elétrico suscetíveis de serem tocadas por uma pessoa. 
 A eliminação de tais perigos, ao se empregar o aterramento elétrico, se dará, através da 
apresentação de um caminho de menor resistência à corrente elétrica para a terra do que aquele oferecido pelo 
corpo da vítima. 
 Este método de proteção constitui-se, pois, de dois pontos fundamentais. O primeiro consiste no 
transporte da energia elétrica, que circularia pelo corpo da vítima, caso não houvesse o aterramento, e o segundo, 
na descarga desta energia para a terra. 
 O transporte da corrente elétrica de defeito para a terra é realizado através de um condutor, o qual 
deve possuir certas características para desempenhar a sua função. Uma destas características é de que seja um 
bom condutor de eletricidade, de preferência de cobre. Um outro requisito é de que as dimensões de suaseção 
transversal permitam transportar a densidade de corrente esperada, devido a falha no equipamento. Este 
dimensionamento, normalmente, é feito segundo a bitola dos condutores do circuito de alimentação, podendo ser 
feito também, conforme graduação em ampéres do dispositivo de proteção entre o circuito de alimentação e o 
equipamento (ver bibliografia específica). 
 A segunda finalidade do aterramento elétrico é a de proteger as instalações elétricas de incêndios 
ou explosões resultantes da manipulação de produtos inflamáveis e/ou explosivos. 
 
 Dispositivo de proteção contra tensão de contato operado por corrente: Este dispositivo 
tem por finalidade impedir a existência de uma “tensão de contato” demasiadamente elevada em uma peça 
condutora de eletricidade que não faça parte do circuito elétrico do equipamento ou da instalação elétrica. Sua 
operação, na ocorrência de uma corrente de defeito que exceda determinado valor (normalmente 30mA), deve ser 
rápida, menor do que 0,2 segundos, e deve desligar da rede de fornecimento de energia o equipamento ou 
instalação elétrica que ele protege. 
 É necessário que tanto o dispositivo quanto o equipamento ou instalação elétrica estejam ligados 
a um sistema de terra. O dispositivo é constituído por um transformador de corrente, um disparador e o mecanismo 
liga-desliga. Todos os condutores necessários para levar corrente ao equipamento, inclusive o condutor de terra, 
passam pelo transformador de corrente. Este transformador de corrente é que detecta o aparecimento da corrente 
de defeito. Numa instalação sem defeitos, a somatória das correntes no primário do trasnformador é nula, 
conforme figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Em caso de uma falha à terra, como é mostrada na figura abaixo, a somatória das correntes no 
primário do transformador passa a ser diferente de zero, induzindo desta forma, uma tensão no secundário do 
transformador de corrente que está alimentando o disparador e que, num tempo inferior a 0,2 segundos, acionará o 
interruptor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como podemos observar, este dispositivo que detecta a corrente de fuga, não somente desliga 
com a ocorrência de uma tensão de contato em partes condutoras do aparelho, não pertencentes a seus circuitos 
elétricos ligados a terra, como também oferece uma proteção a pessoas em caso de contato involuntário com 
partes condutoras pertencentes aos circuitos elétricos dos aparelhos, ou mesmo, em caso de alguma pessoa tocar 
um aparelho com falta de isolamento , cujo condutor de terra esteja interrompido, ou esteja invertido com o 
condutor fase, por reparo improvisado ou por descuido. 
 A limitação no emprego de tais dispositivos reside no fato de que não podem ser empregados para 
proteger instalações ou equipamentos elétricos que apresentem, sob condições normais de operação, correntes de 
fuga superior àquela de operação do dispositivo, como ocorre com equipamentos, tais como: aquecedores 
10A 10,5A 
Id=0,5A 
10A 10A 
Higiene e Segurança do Trabalho 11 
 
 
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elétricos de água (chuveiros, torneiras de água quente,etc) ou instalações elétricas em recintos úmidos e 
molhados. 
 Outro ponto importante a ressaltar é o de que o dispositivo não protegerá contra os riscos de 
choque elétrico, uma pessoa que tocar simultaneamente dois condutores, pois neste caso as correntes 
permanecem equilibradas no primário do transformador, e nenhuma tensão será induzida no seu secundário. 
 Tais dispositivos são altamente recomendáveis em instalações provisórias, onde não se pode 
creditar à tomada de terra, uma confiabilidade, como medida única de proteção, em especial, naquelas executadas 
em canteiros de obras na construção civil. 
 
 Isolamento da fonte de energia: O propósito desta medida de proteção é fazer que o 
equipamento ou a instalação elétrica sejam alimentados por um sistema elétrico que não tenha seus potenciais 
elétricos com referência a terra, para que, na ocorrência de uma falha no equipamento, a qual integrará partes do 
equipamento que anteriormente não pertenciam ao seu circuito, não causem risco de choque elétrico. 
 A maneira de separar um sistema elétrico que não possua seus potenciais elétricos com referência 
a terra de um que os possua é empregar um transformador isolador ou um conjunto motor-gerador. A figura abaixo 
ilustra o uso do transformador com tal finalidade. Deve-se observar, contudo, que os enrolamentos primário e 
secundário do transformador devem ser totalmente independentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Portanto, o uso de autotransformadores, como é mostrado na figura abaixo, não proporcionará a 
isolação pretendida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O isolamento elétrico entre os dois circuitos, primário e secundário, oferecido pelos meios acima 
mencionados, deve ser suficientemente elevado, a fim de garantir um perfeito isolamento elétrico. Na prática, 
sempre ocorre uma fuga de corrente entre os circuitos, conforme ilustra a figura abaixo. Neste caso, a pessoa que 
toque um dos condutores do lado secundário, conforme ilustra a figura, dependendo da fuga que exista, poderá 
sofrer um choque elétrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dupla isolação: Este tipo de proteção é normalmente aplicado a equipamentos portáteis, tais 
como furadeiras elétricas manuais, os quais podem ser empregados nos mais variados locais e condições de 
trabalho, e mesmo por suas características, requerem outro sistema de proteção, que permita uma confiabilidade 
maior do que aquela oferecida exclusivamente pelo aterramento elétrico. 
 A proteção por duplo isolamento é realizada, quando utilizamos uma segunda isolação, para 
suplementar aquela normalmente utilizada, e para separar as partes vivas do aparelho de suas partes metálicas. 
 Para proteção do isolamento geralmente são prescritos requisitos mais severos do que aqueles 
estabelecidos para isolação funcional. Assim, por exemplo, se a isolação funcional for testada a 1500v, a isolação 
de proteção será testada a 2500v; e, da mesma forma, a rigidez mecânica é verificada. Se, por razões de 
construção, não for possível usar dupla isolação (por exemplo, nos casos de soquetes, interruptores), uma 
isolação reforçada, eventualmente poderá ser utilizada; esta isolação deve ser testada para uma tensão que é a 
fase 
neutro 
Higiene e Segurança do Trabalho 12 
 
 
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soma das outras duas anteriores, 4000v. Entre a isolação funcional e a de proteção, pode ser usada uma camada 
de metal, que separe ambas as isolações, porém, podem ser diretamente sobrepostas uma à outra. Neste caso, 
contudo, ambas as isolações devem apresentar características tais, que a falha em uma delas não comprometa a 
proteção e não se estenda a outra. 
 Como a grande maioria das causas dos acidentes é devida a defeitos nos cabos de alimentação e 
suas ligações ao aparelho, um cuidado especial deve sertomado com relação a este ponto no caso da proteção 
por dupla isolação. Deve ser realizada de tal forma que a probalidade de transferência de tensões perigosas a 
partes metálicas susceptíveis de serem tocadas, seja elevada ao quadrado, quando comparada àquela dos 
equipamentos que não possuam dupla isolação. Abaixo temos o símbolo que identifica se o aparelho tem dupla 
isolação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tensão extrabaixa: A proteção por tensão extra baixa consiste em empregar ou uma fonte de 
baixa tensão ou uma isolação elétrica confiável, se a tensão extra baixa for obtida de circuitos de alta tensão. 
 A tensão extra-baixa é obtida tanto através de transformadores isoladores, como de baterias e 
geradores. 
 A tensão extra-baixa é aquela situada abaixo de 50v. É comum o emprego da tensão de 24v, para 
condições de trabalho desfavoráveis, como trabalho em ambientes úmidos, tais condições são favoráveis ao 
choque elétrico nestes tipos de ambientes, pois, a resistência do corpo humano é diminuída e a isolação elétrica 
dos equipamentos fica comprometida. Equipamentos de solda empregados em espaços confinados, como solda 
em tanques, requerem que as tensões empregadas sejam baixas. 
 Certos critérios devem ser observados quanto ao uso deste tipo de proteção, como por exemplo: 
 a) não aterrar o circuito de extra-baixa tensão; 
 b) não fazer ligações condutoras com circuitos de maior tensão; 
 c) não dispor os condutores de um circuito de extra-baixa tensão em locais que contenham 
condutores de tensões mais elevadas. 
 Do ponto de vista da segurança, este método é excelente, pois aqui, o fator de segurança é 
multiplicado por três, ou seja, multiplica-se pelos três fatores: a isolação funcional, isolação do sistema, no caso do 
emprego de transformadores, e a redução da tensão. Contudo, do ponto de vista prático, este método de proteção 
tem suas desvantagens, como: a necessidade de uma instalação elétrica de baixa-tensão, grandes seções 
transversais para os condutores de fornecimento de baixa tensão e, freqüentemente, a construção de 
equipamentos de dimensões relativamente grandes, quando comparados com equipamentos que se utilizam de 
tensões mais altas para o seu funcionamento. 
 
 
 A seguir temos uma lista geral de sugestões quanto aos atos seguros a serem tomados quando 
da utilização da eletricidade: 
 - inspecionar periodicamente equipamentos e instalações elétricas (emendas, fios, soldas, 
contatos); 
 - evitar o uso de correntes, pulseiras e outros enfeites metálicos ao lidar com eletricidade; 
 - usar luvas, sapatos isolantes, ferramentas isoladas e tapetes de borracha; 
 - inspecionar as condições do material de proteção; 
 - verificar as ligações à terra; 
 - seguir as normas ABNT para instalações de equipamentos elétricos; 
 - isolar instalações e equipamentos de material combustível; 
 - não tocar em instalações e equipamentos elétricos tendo as mãos, pés e roupas molhados; 
 - não sobrecarregar os circuitos elétricos; 
 - não fazer ligações improvisadas (emendas); 
 - colocar avisos e sinalizações ao fazer reparos e manutenções; 
 - não fazer reparos ou manutenção em instalações e equipamentos energizados; 
 - deixar trabalhos em aparelhos e instalações para técnicos. 
 
 Quanto ao socorro de um acidentado por choque elétrico, deve-se sempre ter em mente que a 
primeira coisa a fazer é interromper a passagem da corrente. Quanto antes for feito, menores serão os riscos do 
acidentado. Deve-se desligar a chave geral ou se isto não for possível, através de um material isolante (bastão de 
madeira seca, luvas isolantes), interromper o contato. Após a interrupção do contato, se houver paradas 
respiratória e cardíaca, deve-se fazer a respiração boca a boca e a massagem cardíaca conforme abaixo, sob o 
risco do acidentado ter morte cerebral de 3 a 4 minutos. Este processo deve ser mantido até a presença de um 
médico. Se houver fibrilação, será necessário, como já comentado, a utilização de um desfibrilador. 
 A parada cardíaca geralmente ocorre antes da parada respiratória. A vítima apresenta um aspecto 
geral cadavérico, pele amarelada e ausência total dos batimentos cardíacos, observados na prática pelo 
símbolo 
Higiene e Segurança do Trabalho 13 
 
 
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desaparecimento dos pulsos periféricos (carótideos, radiais e femurais). A ausência de respiração é o sinal mais 
importante e pode preceder a parada cardíaca. A dilatação das pupilas e perda de reflexos demostram morte 
cerebral progressiva. Então, abaixo temos a conduta para execução da respiração boca a boca e a massagem 
cardíaca. 
 Respiração boca a boca 
 
 - Coloque o paciente, em posição horizontal, sobre uma superfície firme. 
 - Remova próteses dentárias ou outros objetos que possam obstruir as vias aéreas. 
 - Estenda a cabeça pressionando a testa para baixo com uma mão e colocando a palma da outra 
mão sobre a nuca, tracionando-a levemente para cima, elevando assim a base da língua e abrindo as vias aéreas 
o que permite a passagem do ar. 
 - Pince as narinas da vítima com o polegar e o indicador da mão que pressiona a testa, mantendo 
a palma da mão na mesma, para evitar que o ar soprado para dentro da boca retorne pelo nariz. 
 - Assopre para dentro da boca da vítima com a maior força possível, colocando a própria boca em 
torno da boca da vítima. 
 - Manter os olhos voltados para o tórax para ver se existe alguma expansão como resultado da 
respiração e para controlar o número de massagens cardíacas. 
 - Manter-se na mesma posição, apenas liberando a boca para que a vítima exale o ar, inspirando 
fundo novamente para reiniciar o processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Massagem cardíaca 
 
 - Colocar a região tenar de uma das mãos sobre a parte mais baixa do esterno a cerca de  4 cm 
da ponta do apêndice xifóide ( manter os dedos levemente levantados para não tocarem o tórax). 
 - Colocar a palma da outra mão no dorso da primeira, com os dedos levantados para não tocarem 
na parede. 
 - Pressionar ambas as mãos para baixo, firme, mas suavemente, de modo que o esterno se 
desloque comprimindo o coração contra a coluna, expulsando assim para fora o sangue de seu interior. Deve-se 
manter nesta hora os cotovelos retos para que o peso do corpo seja transmitido pelos músculos do braço. 
 - Após a compressão libere o tórax do peso do seu corpo para que o esterno volte a posição inicial, 
fazendo com que o sangue retorne pelas veias e preencha rápida e passivamente o coração deixando-o pronto 
para nova compressão. 
 
 
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Observação: 
 
 A massagem cardíaca deve 
ser feita em alternância com a 
respiração boca a boca. 
 Quando houver apenas 01 
socorrista deve-se fazer 15 
compressões para cada 2 
respirações em aproxima-
damente 15 segundos. 
 Quando forem 2 socorristas 
deve-serealizar 5 compres-
sões para cada 1 respiração 
num período de no mínimo 5 
segundos. A pessoa que faz 
a massagem cardíaca deve 
ficar do lado direito da vítima 
e o outro fica à esquerda. 
 Periodicamente verificar a 
dilatação das pupilas e o 
pulso para ver a resposta 
positiva da manobra que 
servirá de orientação para 
suspender a conduta. 
Providenciar o encaminha-
mento ao hospital. 
 
 
 
 
 2.3 - Riscos biológicos 
 
 Os agentes biológicos estão presentes em todos os locais de trabalho. São organismos vivos, tais 
como vírus, bactérias, fungos e parasitas; que podem produzir doenças. 
 Embora presentes no ambiente de trabalho, para que provoquem doenças, faz-se necessário 
analisar alguns fatores desecadeantes como: 
 - a natureza dos agentes ambientais; 
 - a concentração da intensidade desses agentes; 
 - o tempo de exposição a eles. 
 Assim, notamos que em função do tipo de atividade, algumas classes de trabalhadores ficam mais 
expostas a esses agentes, devido a natureza de seu trabalho, como exemplo médicos, enfermeiros, curtumes, 
funcionários de hospitais, lixeiros, tratadores de gado, tratadores de esgoto, gabinetes de autópsia e etc. 
 As doenças causadas por esses agentes são infecções, tuberculose, tétano, febre tifóide e etc. 
 Para prevenir o surgimento das doenças causadas por agentes biológicos, sugere-se em primeiro 
lugar, a imunização por vacinas. Além disso, são formas de prevenção a esterelização do ambiente, a higienização 
do corpo, das roupas, do ambiente, uma ventilção adequada e um controle médico permanente. 
 
 
 2.4 - Riscos ergonômicos e/ou mecânicos 
 
 Os riscos ergonômicos e/ou mecânicos são aqueles decorrentes da inadaptação ou ajustamento 
imperfeito do sistema homem-máquina. 
 A ergonomia tem por objetivo principal a adaptação das condições de trabalho às características 
físicas e psicológicas do homem, tais como: a capacidade física, as dimensões corporais, força muscular, 
possibilidades de interpretação de informações pelo aparelho sensorial (visão, audição), capacidade de tratamento 
das informações pelo cérebro em termos de rapidez e complexidade, etc. 
 A ergonomia analisa as exigências da tarefa confiada a um operador e os diferentes fatores que 
influenciam as relações entre o homem e o trabalho, tais como: 
 - as características materiais do trabalho: fontes de informação (formas de apresentação de 
painéis, mostradores e intrumentos indicadores), peso dos instrumentos, forças a exercer, disposição e tipos de 
comandos, dimensões dos diferentes elementos que constituem o posto de trabalho, postura do operador, lay-out 
do ambiente e dispositivos de proteção das máquinas; 
 - ambiente físico do trabalho: ruído, vibrações, iluminação e condições térmicas; 
 - a duração, os horários, as cadências do trabalho. 
 Com a análise dos fatores acima, a ergonomia buscará sempre aumentar o rendimento do trabalho 
humano (produtividade), visando a execução das mesmas tarefas com o mínimo de risco (menos acidentes) , erro 
e esforço (menor fadiga). 
 Cabe salientar, que muitas vezes mesmo não interagindo com a máquina, o trabalhador está 
exposto a riscos mecânicos, podendo sofrer acidentes. Para exemplificar, podemos citar a presença no ambiente 
de trabalho de máquinas com proteções inadequadas como: 
 - falta de guarda-protetoras em polias e correias. 
 
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 - falta de equipamentos elétricos de proteção. 
 - falta de proteção (enclausuramento) das partes móveis das máquinas. 
 - falta de dispositivos de segurança contra acionamento acidental da máquina. 
 - falta de barreiras protetoras isolando a máquina. 
 Como conduta a ser desenvolvida no ambiente de trabalho, para diminuição destes riscos, sugere-
se: 
 - Analisarmos sempre as nossas atividades no trabalho, com o objetivo de identificarmos fatores 
(ex.: má postura, levantamento de peso de forma inadequada) que possam causar desconforto físico (ex:cansaço, 
fadiga, dores na coluna) , diminuir nosso rendimento, e causar acidentes. 
 - Quanto aos riscos mecânicos, sempre que observarmos uma deficiência no ambiente físico de 
trabalho, deveremos informar aos responsáveis para que os riscos sejam eliminados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Higiene e Segurança do Trabalho 16 
 
 
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3 - ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO 
 
 O bom desempenho do trabalhador no ambiente de trabalho depende de uma série de fatores. 
Alguns destes fatores estão relacionados com a forma na qual o trabalhador desenvolve suas atividades. Sob este 
aspecto, comentaremos a seguir alguns destes fatores. 
 
 3.1 - Planejamento: 
 
 Planejamento, em sua expressão mais simples, é a seleção, vinculação e ordenamento dos 
pensamentos, conhecimentos, elementos e ações, como também a formulação e a aplicação de previsões 
tendentes a alcançar objetivos. É algo parecido com uma ponte que une o ponto onde estamos, até o ponto para 
onde vamos, no intuito de alcançar uma meta. 
 A falta de planejamento gera uma série de graves conseqüências, as quais podem tornar inválido 
um trabalhador, como também a vários, de uma forma lenta e progressiva, ou então de uma forma repentina. 
 Podemos citar o caso de um torneiro mecânico, que para colocar uma polia de 50 kg em seu 
equipamento, a levantou, mas deixou de pegar a chave para ajustar o prato, a qual estava um pouco afastada. No 
intento de alcançar tal peça, a peça que segurava lhe escapou das mãos e caiu descontroladamente, indo lhe 
atingir com grande violência a região metatarsal do pé direito. Antes de levantar a sua pesada carga, o torneiro, 
evidentemente, não havia planejado o seu trabalho de uma forma adequada, para levar a cabo com êxito o seu 
propósito, uma vez que não havia previsto a necessidade de que a chave estivesse ao alcance de suas mãos. 
Tampouco os seus planos incluíram sua estadia de uma semana no hospital. 
 Os conhecimentos de nada servem sem uma ordem, sem uma seqüência, sem planejamento, e , 
para ilustrar este fato, podemos citar o caso típico do operário de uma fábrica de relógios, que um certo dia 
resolveu montar o seu próprio relógio, em sua casa, e, para isto, todos os dias levava algumas peças de um 
determinado modelo, até que completou o conjunto. Reuniu, então todas as peças e sentou-se para armá-las. Mas, 
grande foi a sua frustração ao comprovar que não podia montar o relógio, pois sabia a função que desempenhava 
cada uma das peças, mas ignorava de que forma elas se irterrelacionavam , e em que seqüência deveria coloca-
las para que o resultado de seu trabalho fosse um relógio que funcionasse bem (objetivo). 
 Assim, em nosso trabalho ou em tudo que vamos fazer, devemos planejar com antecedência as 
nossas ações. Desta forma, teremos maiores chances de atingir os objetivos propostos e o que é melhor, atingir 
estes objetivos com maior rapidez e segurança. 
 Aoplanejarmos nossas ações, estamos automaticamente analisando os problemas que 
encontraremos para atingir nossos objetivos. Em termos de segurança, ao planejar podemos identificar os riscos e 
as situações de riscos da tarefa a efetuar. Identificando os riscos com antecedência, podemos tomar as 
precauções necessárias para que a execução da mesma se dê com segurança. 
 
 3.2 - Organização e arrumação: 
 
 Em geral, organizar as coisas significa colocá-las em ordem, de acordo com regras e princípios 
específicos. 
 Em várias situações e nas conversas sobre vários assuntos, falamos da necessidade de 
organização e referimo-nos casualmente a organizar e colocar as coisas em ordem. Entretanto, na verdade, a 
organização pode tranqüilamente ser a mais importante das muitas coisas que fazemos. Isto porque a organização 
facilitará nossas atividades, pois ao precisarmos de algo, rapidamente o obteremos. 
 Assim como existem pessoas que parecem muito bagunceiras, mas, na verdade, são muito 
organizadas, existem outras que parecem arrumadas e organizadas mas nunca conseguem encontrar alguma 
coisa quando precisam dela. Organizar é muito mais difícil do que simplesmente guardar. Por exemplo, qualquer 
um pode arrumar um quarto ou uma mesa bagunçada, mas, na verdade, somente o dono pode criar um sistema e 
colocar as coisas em seu devido lugar. 
 Existem muitas teorias diferentes sobre organizar seu trabalho, mas, em todas elas, o primeiro 
passo é separar as coisas e agrupá-las pela sua ordem de importância. Então, é preciso determinar a importância 
e a urgência das coisas para, depois, preparar-se para o gerenciamento das prioridades. 
 Entretanto, é muito difícil distinguir o essencial do desnecessário em casa e no trabalho. Em casa, 
temos coisas que nunca usamos, das quais não conseguimos nos livrar. E, no trabalho, temos pilhas de papéis e 
caixas de peças que não foram usados desde que foram adquiridos. Assim, ao invés de eliminarmos o 
desnecessário, continuamos dizendo a nós mesmos que um dia vamos precisar disso ou daquilo. Acabamos 
guardando as coisas só pelo fato de poderem ser úteis um dia. Então, se desejarmos organizar as nossas coisas, 
teremos que tomar decisões difíceis e necessárias , como diferenciar o essencial do supérfluo e a partir disso 
separar as coisas de acordo com a sua funcionalidade. 
 Após a definições acima, poderemos partir para o próximo passo que é o da arrumação, que seria 
a concretização da organização. 
 Arrumar significa colocar as coisas nos lugares certos e dispostas de forma correta, para que 
possam ser usadas prontamente. É o objetivo da organização, ou seja, uma forma de acabar com a procura de 
objetos. 
 Então, a ênfase está na organização funcional e no fim da procura de objetos. Depois que tudo 
estiver no lugar certo, ou seja, funcionalmente (de acordo com a função) arrumado de forma a garantir a qualidade 
e segurança, seu local de trabalho estará em ordem. 
 O princípio da arrumação aplica-se a toda a nossa sociedade e a todos os aspectos de nossa vida. 
Pode ser encontrado no sistema de cartões da biblioteca, nos estacionamentos das cidades, na análise de lay-out, 
na estocagem de produtos nos armazéns, na arrumação de nossas cômodas e armários em casa e até na forma 
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como colocamos as coisas nos bolsos. Todas essas arrumações exigem uma certa dose de criatividade. Todas 
têm o objetivo de permitir que encontremos o que precisamos quando queremos, sem procurar muito ou remexer 
tudo desnecessariamente. Todas têm como objetivo permitir o acesso imediato. 
 Conclui-se, então, que para organizarmos e arrumarmos nosso ambiente de trabalho, deveremos 
começar com um estudo detalhado e exaustivo de eficiência. Deveremos sempre, ao organizar e arrumar as 
coisas, formular regras. E, para isso, deveremos começar por decidir com que freqüência utilizamos as coisas, de 
acordo com os itens abaixo: 
 1. O que não usamos: jogamos fora (lixo, doação). 
 2. O que não usamos, mas queremos ter à mão, caso seja preciso, mantemos como itens de 
reserva. 
 3. O que usamos apenas com pouca freqüência: guardamos em um lugar bem distante. 
 4. O que usamos às vezes: usamos no local de trabalho. 
 5. O que usamos com freqüência: guardamos no local de trabalho ou carregamos conosco. 
 Considerações sobre segurança, também devem tomar parte na escolha do melhor lugar para as 
coisas, ou seja, deveremos arrumar as coisas de uma forma bem funcional. Deveremos analisar se as coisas vão 
cair durante o transporte, se o local de estocagem é seguro; e no caso de estocagem de produtos inflamáveis, se 
foram tomadas as precauções necessárias. A questão da segurança é muito importante e muito difícil, 
necessitando de maior atenção. 
 A fim de manter o local de trabalho em ordem, talvez seja preciso desenhar faixas e linhas 
divisórias no chão. A arrumação dos equipamentos deve ser flexível, para que possa ser alterada, a fim de 
satisfazer as novas exigências do trabalho. Para facilitar a limpeza e a inspeção, nada deve ser depositado 
diretamente no chão. 
 Como o objetivo da arrumação é aumentar a eficiência, é importante também realizar estudos de 
tempo, arrumar e treinar até durante o processo de arrumação. O objetivo final desse processo de arrumação é 
permitir o acesso a um determinado item na quantidade desejada, quando e onde desejar. E a chave para 
conseguir isso é perguntar-se o que, quando, onde, por que, quem e como para cada item. 
 
 3.3 - Limpeza: 
 
 Em geral, essa palavra significa limpar para que tudo fique limpo. Significa acabar com todo o lixo, 
a sujeira e tudo que for estranho, até tudo ficar limpo. Limpeza é uma forma de inspeção. 
 Nesse caso, a ênfase está na limpeza como forma de inspeção, no asseio e na criação de um local 
de trabalho impecável. 
 Embora o significado óbvio da palavra limpeza seja eliminar o lixo e a sujeira e deixar tudo limpo, 
ele tem se tornado cada vez mais importante. Com as tecnologias de maior qualidade, maior precisão e maior 
processamento, até os pequenos detalhes podem ter conseqüências vitais. Por isso é muito importante ser 
persistente na sua determinação de fazer uma limpeza geral. 
 A limpeza pode ter, portanto, um tremendo impacto sobre o tempo de manutenção, sobre a 
qualidade, a segurança, o moral e todos os outros aspectos operacionais. É um componente que merece sua 
maior atenção. 
 
 3.4 - Disciplina: 
 
 Em geral, a palavra significa treinamento e capacidade de fazer o que deseja, mesmo quando é 
difícil. Significa criar (ou ter) a capacidade de fazer as coisas como deveriam ser feitas. 
 Neste caso, a ênfase está na criação de um local de trabalho com bons hábitos e disciplina. 
Através de treinamento, aprendendo o que precisa ser feito para realizarmos corretamente nossas tarefas no 
trabalho, é possível acabar com os maus hábitos e incutir os bons. Isto porque as pessoas acostumam-se a criar e 
seguir regras. 
 A disciplina é um processo de repetição e prática. Pense, por exemplo, na segurança no trabalho. 
Quantos sofreram acidentes porque esqueceram de usar seus capacetes, sapatos ou óculos de proteção? Muitos. 
Quantos sofreram acidentes porque colocaram as mãos no equipamento antes de desligá-lo? Novamente, muitos. 
Por isso, é tão importante que todos se habituem a obedecer regras de segurança simples. Por isso a disciplina é 
parte integrante da segurança trabalho. 
 Assim, emqualquer atividade que tenhamos que desenvolver no trabalho, até as mais simples, 
será essencial empenharmos todos os nossos esforços para executar todas as etapas da tarefa. Jamais 
deveremos procurar atalhos para diminuir nosso esforço, pois um atalho (esforço menor) poderá levar a prática de 
um ato inseguro e ocasionar um acidente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS 
 
 4.1 - Objetivos da proteção contra incêndios 
 
 A proteção contra incêndio tem como objetivo a proteção das vidas, a proteção do patrimônio 
material e a continuidade da produção. É importante que a extinção do fogo se dê o mais depressa possível. 
Assim, o risco as vidas e os danos ao patrimônio serão menores. 
 
 4.2 - Condições necessárias para produção de fogo 
 
 O fogo pode ser definido como uma reação química em cadeia. Para que haja fogo são 
necessárias quatro condições especiais: combustível, comburente, calor e reação química em cadeia. 
 Combustível é o termo genérico para definir toda substância que queima nas condições normais de 
temperatura e pressão (exemplo: gasolina, álcool e madeira). 
 Comburente é toda substância que, em contato com o combustível, permite a reação química que 
chamamos fogo (exemplo: oxigênio). 
 O calor é o elo de ligação entre o combustível e o comburente para gerar o fogo. Toda substância, 
para inflamar-se, necessita de uma certa quantidade de calor. 
 A reação química em cadeia é o processo decorrente da combinação dos três fatores acima que 
produz o fogo. 
 
 4.3 - Métodos de extinção do fogo 
 
 Como vimos anteriormente, para extinguir um incêndio, podemos agir em um dos quatro fatores, 
como veremos abaixo: 
 - Ação sobre o combustível (retirada do combustível): consiste em remover ou retirar a parte do 
combustível que não está queimando. Exemplos: 
 . retirada de combustível de um tanque pela parte inferior, reduzindo o tempo de queima, 
diminuindo o aumento da temperatura e evitando até a propagação do fogo a tanques vizinhos; 
 . fechar a válvula de alimentação de gás em uma central de gás; 
 . retirada dos materiais de dentro do imóvel (móveis, mercadorias e etc). 
 - Ação sobre o comburente (retirada do comburente): esse processo também é conhecido como 
abafamento, porque é o que ocorre na realidade. Exemplos: 
 . colocar uma tampa sobre fogo em látex de tinta; 
 . cobrir uma vela com um copo; 
 . abafamento por cobertura da superfície em chamas com cobertor, areia, tampa e etc. 
 - Ação sobre o calor (resfriamento): a extinção do fogo é obtida mediante absorção de parte do 
calor, de forma que o material não mais libere vapores capazes de se inflamarem. Exemplos: 
 . jato de água sobre fogo de madeira; 
 . emprego de chuveiros automáticos ou nebulizadores. 
 - Ação sobre a reação química em cadeia: consiste em interromper a reação química que produz o 
fogo. Exemplo: uso de extintores de pó-químico sobre inflamáveis. 
 
 4.4 - Propagação do incêndio 
 
 Condução: é a transmissão homogênea de calor em uma estrutura, da zona de temperatura mais 
alta para a de temperatura mais baixa. Exemplo: aquecimento de uma extremidade de uma barra metálica. 
 Convecção: é a transmissão de calor através de uma massa de ar. Se soprarmos em uma chapa 
metálica aquecida, a massa de ar que toca essa barra, aquece-se, transmitindo o calor para outro local. Exemplo: 
transmissão de calor de uma estufa. 
 Devido a transmissão de calor por convecção, em incêndios em edifícios altos, surge o efeito 
chaminé. Esse efeito é devido a correntes de ar quente que se propagam através de poços, escadas e dutos de 
ventilação. 
 Irradiação: é a transmissão de calor através de ondas ou raios infravermelhos invisíveis. Exemplo: 
Em São Paulo (Edifício Andraus, 1972) o fogo propagou-se para janelas de edifícios situados a 35 metros no lado 
oposto da rua do edifício em chamas. 
 
 4.5 - Procedimentos em caso de incêndio 
 
 Tão logo o fogo se manifeste, os primeiros procedimentos devem ser: 
a) Salvar vítimas; 
 b) acionar o sistema de alarme ou avisar as pessoas para saírem em ordem e sem perda de 
tempo; 
 c) chamar o corpo de bombeiros; 
 d) desligar máquinas e equipamentos elétricos, quando a operação do desligamento não envolver 
riscos adicionais; 
 e) combater o fogo, o mais rápido possível com os meios adequados, conforme plano de ação. 
 
 
 
 
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 4.5.1 Conduta para a prevenção de incêndios 
 
Entende-se como prevenção contra incêndio as medidas tomadas com o objetivo de impedir o 
surgimento de um princípio de incêndio, dificultar seu alastramento ou obter meios para sua imediata extinção. 
 Boa parte desse trabalho deve ser exercido por todos os que vivem coletivamente. 
 Por exemplo: 
 1 - Habituando-se a não fumar em locais proibidos e a apagar os cigarros, pois ainda aceso e 
abandonados em compartimentos de bordo ou em armazéns, pode provocar incêndios. 
 2 - Desligando os equipamentos elétricos ao encerrar-se o trabalho. Ausentar-se do local de 
serviço ao ligar um equipamento elétrico poderá dar início ao fogo. 
 3 - Mantendo os equipamentos de combate a incêndio sempre livres e ao alcance de todos. 
 4 - Evitando as ligações improvisadas ou em mau estado de conservação (fusíveis são a 
segurança das instalações; não devem ser substituídos por outro material). 
 5 - Colaborando com a manutenção da limpeza e com ordem no local de trabalho. 
 6 - Tomando cuidados ao lidar com material inflamável: álcool, éter, acetona, gasolina, etc. Tais 
produtos devem ser mantidos nas quantidades mínimas necessárias. Mantenha-se sempre concentrado no serviço 
que executa, não deixando transbordar ou derramar inflamáveis. Seja prudente ao abrir recipientes contendo gás, 
no transporte de gasolina, éter ou benzina. Perto de fogo poderão dar origem ao incêndio; 
 7 - Respeitando os avisos 
 
 8 - Uma das origens do incêndio é o uso de equipamentos defeituoso. A deficiência ou pouca 
prática na operação do equipamento poderá causar incêndio; 
 9 - A distração e o descuido ao acender fogo em lugares impróprios poderão ocasionar incêndio; 
 
 4.6 - Classes de Incêndio 
 
 De acordo com a norma regulamentadora número 23 (NR 23), do Ministério do Trabalho, há quatro 
classes de fogo: 
 1 - Fogo classe A : fogo em materiais secos, de fácil combustão com a propriedade de queimarem 
em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos. Exemplos: tecidos, madeira, papel, fibra e etc. A 
extinção de fogos classe A se obtém por resfriamento. 
 2 - Fogo classe B : fogo em produtos inflamáveis. São considerados produtos inflamáveis aqueles 
que queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos. Exemplos: óleos, graxas, vernizes, tintas, 
gasolina, etc. A extinção do fogo classe B é feita

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