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O Sistema Penitenciário Brasileiro e o Estado de Coisas Inconstitucional

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SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO E O ESTADO DE COISAS 
INCONSTITUCIONAL 
 
SISTEMA PENITENCIARIO BRASILEÑO Y EL ESTADO DE LAS COSAS 
INCONSTITUCIONALES 
 
Luiz Carlos Souto Maior Rosas1 
Inverno/2020 
 
RESUMO 
 
O presente artigo tem por objetivo abordar a realidade do sistema penitenciário 
brasileiro no que remete a qualidade e proteção do condenado dando ênfase na 
reintegração. Primeiramente será feito uma busca histórica sobre o sistema 
penitenciário e os motivos que levaram a esse processo de falência e 
inconstitucionalidade. Também será abordada a Lei n° 7.210 de 11 de julho de 1984 
(Lei de Execução Penal Brasileira) que é uma das leis mais complexas do mundo, 
porém pouco utilizada no Brasil, onde será analisado o porquê do Brasil preferir 
tratar as penas como uma forma de castigo para o indivíduo que cometeu um delito 
e não buscar a reintegração do mesmo a sociedade. Haverá uma demonstração de 
como são os estabelecimento penitenciário, os motivos da superlotação. Através de 
ambas as metodologias quantitativa e qualitativa visando um maior esclarecimento. 
Ademais, trataremos da progressão dos regimes fechado, semiaberto e aberto das 
penas e veremos como essa crise no sistema penitenciário acaba atingindo os 
Direitos Humanos dos condenados. 
 
Palavras-chave: Sistema Penitenciário. Brasil. Direitos Humanos 
 
RESUMEN 
 
Este artículo tiene como objetivo abordar la realidad del sistema penitenciario 
brasileño en términos de calidad y protección en la reintegración. Primero, se 
realizará una búsqueda histórica le sistema penitenciario y las razones que llevaron 
a este proceso de bancarrota. También se abordará la Ley N° 7.210 del 11 de julio 
de 1984 (Ley de Ejecución Penal Brasileña), que es una de las leyes más complejas 
del mundo, pero poco utilizada en brasil, donde se analizará por qué Brasil prefiere 
tratar las oraciones como una forma de castigo para el individuo que cometió un 
delito y no busca reintegralo a la sociedad. Habrá una desmonstración de cómo son 
las instalaciones penitenciarias, los motivos del hacinamiento, a través de 
metodologías cuantitativas y cualitativas para mayor aclaración. Además, 
abordaremos la progresión de las oraciones cerradas, semiabiertas y abiertas, y 
veremos cómo esta crisis en el sistema penitenciario termina afectando los 
Derechos Humanos de los condenados. 
 
Palabras clave: Sistema Penitenciario. Brazil. Derechos humanos. 
 
 
 
1 Discente do Curso de Direito do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ). E-mail: 
luiz.carlos.10@hotmail.com; Orientador: Dr. Mazukyevcz Ramon Santos do Nascimento Silva e e-mail: 
ramons.santos@unipe.edu.br. 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O Estado é dependente dos conflitos, pois assim poderá impor seu controle, 
sua dominação perante a sociedade. Como podemos ver nas Teorias do Labelling 
Approach ou a Teoria do Etiquetamento, onde o crime não se origina da conduta 
humana em si e sim de um etiquetamento do comportamento enquanto criminoso. 
Ou seja, com as tipificações dos crimes o Estado escolhe os seus criminosos. 
Como, por exemplo o que aconteceu no Brasil Colônia, onde a capoeira passou a 
ser considerada criminosa, tornando essa tipificação algo seletivo e não neutro. 
O que podemos ver nos dias de hoje é que ao analisar a nossa população 
carcerária a maioria dos homens presos são jovens, negros e pobres. Já ao analisar 
as penitenciárias femininas vemos um direcionamento do aparato estatal contra as 
mulheres negras.Ou seja, ocorre nesse processo de criminalização uma escolha 
política de encarceramento de determinada parcela da sociedade. Buscando assim 
o Estado o próprio conflito e não a paz social. 
É possível observar que o tempo modificou para melhor os conceitos de pena 
de prisão, assim como o sistema penitenciário. Porém, nota-se que o Brasil parou no 
tempo e está muito atrás do que se buscava vendo as evoluções das sociedades e 
os direitos dos cidadãos em geral. Além de ter estagnado, começou já há um bom 
tempo um processo de regressão de direitos dos condenados, onde se encontra 
como na antiguidade os excluídos da sociedade. Onde todos os direitos que se 
adquirem através do nascimento com vida acabassem quando fora condenados, 
ressaltando ainda para aquelas prisões preventivas, quando nem mesmo foram 
condenados, e mesmo ainda podendo ser inocentes, se encontram junto à todos 
aqueles que já tiveram a sua sentença decretada. 
Ademais, as estruturas precárias, a má administração e superlotação desse 
sistema só ajudam a afundar ainda mais a sociedade brasileira. São vários os casos 
de réus que morrem por doenças, rebeliões que acabaram em mortes como as do 
Carandiru e guerra de facções. Sem contar com o total descaso para com os direitos 
do preso, onde pesquisas mostram que mais da metade da população carcerária no 
Brasil ainda nem foi julgada, fazendo o Brasil ocupar o terceiro lugar no ranking do 
mundo em relação a quantidade de pessoas no sistema penitenciário. 
Os problemas enfrentados são graves visto a evolução dos direitos no 
decorrer das décadas, mas parece que para o sentenciado ocorre não só a privação 
da liberdade, mas também a privação dos seus direitos como cidadão. A Lei de 
Execuções Penais – LEP n° 7.210/84 discorre sobre os direitos do condenado, só 
que infelizmente acaba não saindo do papel devido o fechar dos “olhos” do Estado 
para com os condenados. 
Esse trabalho visa discutir o sistema penitenciário brasileiro em face dos seus 
problemas e inconstitucionalidade. Foi realizada uma revisão da literatura com 
características descritiva e explicativa, como também, com dados reais segundo 
departamentos responsáveis de tal sistema. 
 
2 CONTEXTO HISTÓRICO SOBRE A PENA DE PRISÃO 
 
O ser humano era livre de direitos e regras a serem cumpridos, porém as 
punições sempre estiveram presentes na história da humanidade e com a 
necessidade de se viver em sociedade acaba surgindo o chamado Pacto Social. 
Quando existe a necessidade do homem de abrir mão de parte dos seus direitos 
3 
 
para o bem comum de todos, existindo a cooperação de todos contra as forças da 
natureza. 
Para CALDEIRA (2009, p. 260): 
 
O ser humano sempre viveu agrupado, em virtude de seu nítido 
impulso associativo e lastreou, no seu semelhante, suas 
necessidades, anseios, conquistas, enfim, sua satisfação. E desde 
os primórdios, o ser humano violou as regras de convivência, ferindo 
os semelhantes e a própria comunidade onde vivia, tornando 
inexorável a aplicação de um castigo (sanção). No início, a punição 
era uma reação coletiva contra as ações anti-sociais. 
 
Foi na Idade Antiga que surgiu a escrita e as primeiras civilizações, como 
também os primeiros Estados organizados com certo grau de nacionalidade. Nesse 
modelo a pena de prisão só era cogitada como forma de custódia, um modo de 
segurar os acusados até a hora do julgamento que poderia ser a expulsão do corpo 
social ou a execução. Ou seja, a prisão do indivíduo não era concebida como uma 
sanção, e sim uma tutela. 
De acordo com BITENCOURT (2011, p. 28): 
 
A Antiguidade desconheceu totalmente a privação de liberdade 
estritamente considerada como sanção penal. Embora seja inegável 
que o encarceramento de delinquentes existiu desde tempos 
imemoráveis, não tinha caráter de pena e repousava em outras 
raões. 
 
As sanções desta época eram corporais e infamantes que se esgotavam com a 
morte, eram estabelecidas pelo Estado e praticadas por aqueles que se sentiram 
ofendidos com tal ato cometido pelo acusado. A religião passou a ter também 
influência na Idade Antiga, pois para eles era a paz adivinha dos deuses e assim a 
pena passava a ser considerada como castigo para aqueles que infringissem as 
ordens divinas. Como a legislação não era escrita acabava sendo exposta de forma 
oral, onde a pena vinha da vontade divina e aplicadas em rituais e isso acabou 
criando regras de comportamento. 
Com o avanço da vingança privada e divina,as leis começaram a ser escritas e 
aplicadas de forma igualitária a todos, surgindo assim à Lei de Talião que trouxe a 
proporcionalidade em relação à aplicação da pena. Posteriormente veio a Lei das XII 
Tábuas, o Código de Hamurabi, o Código de Manu e o Código de Sólon e todas elas 
continham várias punições, entre elas várias formas de pena de morte e mutilação. 
A Idade Média ficou marcada com a queda do Império Romano, o surgimento 
da peste negra e a supremacia da Igreja Católica. Ainda era mantido o cárcere 
apenas como método de custódia para a espera daqueles que seriam julgados e 
condenados, como ocorria na Idade Antiga. As punições dessa época seguiam a 
mesma linha da Idade Antiga, com castigos corporais e a pena de morte. Nesse 
período surgem dois tipos de prisões, as prisões eclesiásticas para os membros do 
clero, onde as punições ocorriam com a penitência e a meditação e as Prisões de 
Estado onde à custódia era até o momento das execuções e se destinava aos 
políticos, os traidores e os inimigos do poder real. 
A Idade Moderna contém vestígios da prisão eclesiástica, foi um período de 
mudança das relações sociais e do Direito Penal. Os castigos ainda foram bastante 
utilizados, porém com as novas criações para a restrinção de liberdade acabou 
4 
 
deixando o Estado que tinha interesse em ressocializar o culpado através do 
trabalho e ensino preocupado com as novas restrições. 
Para BITENCOURT (2011, p. 39): 
 
A suposta finalidade da instituição, dirigida à mão de ferro, consistia 
na reforma dos delinquentes por meio de trabalho e disciplina. O 
sistema orientava-se pela convicção, como todas as idéias que 
inspiravam o penitenciarismo clássico, de que o trabalho e a férrea 
disciplina são meios indiscutíveis para a reforma do recluso. 
Ademais, a instituição tinha objetivos relacionados com a prevenção 
geral, já que pretendia desestimular outros para vadiagem e a 
ociosidade. Outra de suas finalidades era conseguir que o preso, 
com as suas atividades, “pudesse autofinanciar-se e alcançar 
alguma vantagem econômica”. 
 
A pena de prisão ia aos poucos ganhando existência, mesmo que de início só 
para os crimes mais leves. Os crimes mais graves ainda continuavam no mesmo 
sistema de punição corporal, pois ná época os códigos penais ainda utilizavam as 
penas e os castigos da Idade Antiga e Idade Média. 
Foi na Holanda por volta da primeira metade do século XVII, onde surge a 
chamada casa de trabalho que era uma forma de punição que se exigia naquele 
momento. Com isso, surge a prisão como pena, que acaba deixando de lado o 
antigo modelo cautelar. O surgimendo desse novo modelo acabou destacando 
alguns reformistas como Cesare Beccaria, Jhon Howard e Jhon Bentham. 
O pensamento de Beccaria era de uma pena ativa e não dolorosa de forma 
humana e racional, prevenindo que o réu chegasse a ocasionar dano a outrem; já 
Jhon Howard focou na humanização e necessidade de criação de instituições 
prisionais, com o isolamento dos acusados para que refletissem sobre os erros e 
aqui podemos ver algumas coisas em comum com as prisões eclesiásticas; e por 
fim, Jhon Bentham que se preocupou principalmente nas condições favoráveis a 
reincidência e o aspecto estrutural. 
A França também acabou implementando as casas de trabalho, onde as 
atividades desempenhadas eram muito cansativas e a formação religiosa era 
importante para a disciplina do condenado. 
De acordo com ANITUA (2008, p. 117-118): 
 
O trabalho era tão duro que muitos condenados rompiam literalmente 
as costas – “se deslombavam” – ao efetuá-lo. O êxito desta iniciativa 
é claro, uma vez que praticamente todas as cidades do norte da 
Europa adotaram modelos semeelhantes para os mendigos e 
delinquentes juvenis. [...] O temor a Deus era a forma de impor a 
disciplina. Para tal, eles tinham de aprender a ler e escrever, em 
horários noturnos, sendo catequizados corretamente com livros 
escritos especialmente para os detidos. 
 
E foi assim que começaram a aparecer às primeiras instituições que foram 
dando moldes às prisões de hoje em dia. Onde eram voltadas para pobres, jovens, 
doentes, moradores de rua e prostitutas, e com o intuito de que essas pessoas 
fossem “reeducadas”. 
A Idade Moderna ou “Tempos Modernos” foi marcado pelo período de 
transição que teve um aumento muito grande de delinquentes devido a pobreza que 
se espalhava pela Europa, fazendo com que o Direito Penal fosse uma forma de 
5 
 
retrair o cometimento de crimes. Nessa época ocorreu a mudança do modelo de 
produção feudal para o modelo de produção capitalista e também podemos verificar 
vestígios do Direito Canônico. 
Na Idade Contemporânea ou Pós-Modernidade marcado pela corrente 
iluminista, ocorre uma modernização do Direito Penal, surgindo uma Escola Clássica 
de Direito Penal que acaba abandonando a irracionalidade da aplicação das penas, 
passando a ser mais humanitária. Aqui era destinado apenas ao Estado o dever de 
punir e as leis não cabiam interpretações, ou seja, tinha que seguir o que lá estava 
escrito. Como muitos estavam cometendo crimes pela situação que se encontravam, 
a pena de morte para uma grande parte da população já não caberia. 
A Escola Clássica se atentava ao crime com pena proporcional, viam uma 
necessidade de reeducar e por isso acabou perdendo espaço para a Escola Positiva 
onde se atentava para o homem, sua personalidade, conduta e a ressocialização. 
Posteriormente surgem as Escolas Críticas ou Ecléticas que tinham os mesmos 
pensamentos que a Positiva, porém tinham uma opinião diferente sobre os loucos 
onde eles poderiam mudar suas atitudes. 
 
2.1 TEORIAS DA PENA 
 
Pena é a resposta estatal consistente na privação ou restrição de um bem 
jurídico, ao autor de um fato punível. Ou seja, é uma resposta que o Estado da 
através do poder de punir com a privação ou restrição da liberdade em face do 
criminoso. 
Damásio (2003) diz que pena é a sanção aflitiva imposta pelo Estado, 
mediante ação penal, ao autor de uma infração penal, como retribuição de seu ato 
ilícito, consistente, e cujo fim é evitar novos delitos. 
É uma retribuição da ameaça de um mal causado ao autor da infração, com a 
finalidade de prevenção sobre novos delitos. Prevenção está que pode ser geral que 
atinge a todos pelo meio intimidativo e a prevenção especial que está ligada a um 
autor específico. 
A pena seria uma espécie de gênero sanção penal. Pois a sanção penal é uma 
resposta estatal, que exerce o direito de punir após o devido processo legal e ela se 
dividem em duas espécies: penas e medidas de segurança. 
De acordo com a doutrina é tríplice a fundamentação da pena e está dividida 
em: Fundamento político-estatal onde o ordenamento jurídico explica o motivo da 
pena, pois sem ela não teria uma resposta aos crimes cometidos; Fundamento 
psicossocial aquele que satisfaz a sociedade, condenando a pessoa que cometeu o 
delito; e por último o Fundamento ético-individual onde o autor do fato se ver livre de 
culpa após cumprir sua sentença. 
 
2.1.1 FINALIDADE DA PENA 
 
São três as teorias que explicam as finalidades das penas: 
A Teoria absoluta ou retribucionista que surgiu através de Hegel e Kant e ela 
parte do presuposto de punir alguém pelo simples fato de haver delinquido. Ou seja, 
visa retribuir o agente pela prática do crime. 
De acordo com SILVA (2002, p. 35): 
 
Pela teoria absoluta ou retributiva, a pena apresenta a característica 
de retribuição, de ameaça de um mal contra o autor de uma infração 
6 
 
penal. A pena não tem outro propósito que não seja o de 
recompensar o mal com outro mal, Logo, objetivamente analisada, a 
pena na verdade não tem finalidade. É um fim em si mesma. 
 
A Teoria preventiva, relativa ou utilitarista é aquela que a pena passa a ser 
algo instrumental. Pune-se buscando combater a ocorrência e reincidência de crime, 
busca a prevenção do crime e ela se divide em duas. A prevenção geral e a especial 
já mencionadas anteriormente. 
Afirma BITENCOURT (2004,p. 81): 
 
A formulação mais antiga das teorias relativas costuma ser atribuída 
a Sêneca, que, se utilizando de Protágoras de Platão, afirmou: 
“nenhuma pessoa responsável castiga pelo pecado cometido, mas 
sim para que não volte a pecar. Para as duas teorias a pena é 
considerada um mal necessário”. No entanto se baseia na idéia de 
realizar justiça, mas na função, já referida, de inibir, tanto quanto 
possível, a prática de novos fatos delitivos. 
 
 Teoria mista ou eclética é onde a pena é uma retribuição proporcional ao mal 
culpável do delito, mas também se orienta à realização de outros fins, em especial à 
prevenção. Ou seja, é a junção das duas outras teorias. 
Preceitua BITENCOURT (2004, p. 88): 
 
As teorias mistas ou unificadoras tentam agrupar em um conceito 
único os fins da pena. Esta corrente tenta escolher os aspectos mais 
destacados das teorias absolutas e relativas. Merkel foi, no começo 
do século, o iniciador desta teoria eclética na Alemanha, e, desde 
então, é a opinião mais ou menos dominante. No dizer de Mir Puig, 
entende-se que a retribuição, a prevenção geral e a prevenção 
especial são distintos aspectos de um mesmo e complexo fenômeno 
que é a pena. 
 
Uma primeira corrente diz que na reforma de 1984, a pena passou a 
apresentar natureza mista: é retributiva e preventiva, como está previsto no artigo 
59, caput, do Código Penal. Uma segunda corrente diz que o Código Penal não se 
pronunciou e a Doutrina moderna ensina que a pena no Brasil tem uma tríplice 
finalidade: retributiva, preventiva e reeducativa. 
A tríplice finalidade da pena se divide em: 1- Pena em abstrato onde a 
finalidade é a prevenção geral, evitar que se cometa algo. Ela se divide em positiva 
que afirma a validade da norma e negativa que evita que o cidadão venha a praticar 
um crime; 2- Aplicação da pena que é a prevenção especial, que visa o autor do fato 
através da retribuição; 3- Execução da pena é onde se concretiza a prevenção 
especial, a retribuição e ainda à ressocialização. 
 
2.1.2 PRINCÍPIOS DA PENA 
 
São sete os princípios da pena. Onde o primeiro é o princípio da dignidade da 
pessoa humana que está presente na Constituição Federal em seu artigo 1°, III e 
estabelece limite na atuação intersubjetiva e na atuação entre o Estado e o ser 
humano. Ou seja, as penas devem ser dignas. 
O segundo é o princípio da anterioridade que está presente no Código Penal 
em seu artigo 1º e na Constituição Federal em seu artigo 5°, XXXIX. Onde não 
7 
 
existe crime sem lei anterior que a defina. Ou seja, existe uma necessidade de ter 
uma pena prevista anteriormente para se definir o crime. 
O terceiro é o princípio da pessoalidade ou intransmissibilidade da pena que 
está previsto no artigo 5°, XLV, da Constituição Federal. Onde nenhuma pena 
passará da pessoa do condenado, não poderá punir terceiros através do causador 
do fato. Esse princípio tem duas correntes: a relativa que admite exceção, como, por 
exemplo, o confisco que pode atingir terceiros; e a absoluta adotada por Mirabete 
que prevalece nos dias de hoje, onde se transmite a terceiros o efeito da sentença e 
não a pena. 
O quarto é o princípio da individualização da pena que está previsto no artigo 
5°, XLVI, da Constituição Federal e no 59°, caput, do Código Penal onde a pena é 
individualizada para aquele sujeito de acordo com o caso praticado. Ela se divide em 
três níveis, o legislativo, o judicial e o administrativo. 
O quinto é o princípio da proporcionalidade onde a pena deve ser proporcional 
à gravidade da infração, ou seja, deverá ocorrer uma resposta justa de acordo com 
um ato ilícito praticado. 
O sexto é o princípio da inderrogabilidade ou inevitabilidade da pena, onde a 
pena deve ser aplicada, cumprida e nela contém algumas exceções como o perdão 
judicial ou a suspensão condicional da pena que está nos artigos 77° ao 82°, do 
Código Penal. 
O sétimo é o princípio da humanização das penas onde não se pode aplicar 
penas de caráter cruel, desumano e degradante, nesses casos também estaria 
interligado ao princípio da dignidade da pessoa humana. Nele contém subprincípios 
como: a individualização da pena; impossibilidade de penas cruéis, de banimento ou 
de guerra (com ressalvas nos casos previstos em lei); classificação dos presos por 
gênero e idade; direito de amamentar; respeito à integridade física e moral do preso; 
princípio da legalidade, previsto na Constituição Federal no artigo 5°, XXXIX e no 
artigo 1°, do Código Penal fala sobre o dever de existir lei e pena anterior ao delito, 
salvo se a pena posterior ao delito for mais benéfica ao réu. Esse princípio abrange 
três subprincípios: o da reserva legal, que deve existir lei regulamentadora; o da 
taxatividade ou mandado de certeza, o legislador é obrigado a especificar a 
conduta; da anterioridade, deverá ter lei anterior que à define. 
 
2.2 HISTÓRIA DA PRISÃO NO BRASIL 
 
Foi no período do Brasil Colônia, momento em que nosso país era explorado 
pelos portugueses onde ocorria uma imposição dos padrões da colônia que acabou 
surgindo aqui o direito português. Como o Brasil era muito grande acabou sendo 
dividido em capitanias hereditárias onde os responsáveis eram os donatários que 
atuavam como os legisladores e juízes (isso ocasionava um descontrole total de 
poder). 
Em uma tentativa de organização surgiram as Ordenações Afonsinas que 
acabou durando de 1447 até 1521. Após essa data vieram as ordenações 
Manuelinas e em 1603, em uma das revisões das Ordenações Manuelinas acabou 
surgindo as Ordenações Filipinas que não tinha muitas mudanças, mas trazia uma 
originalidade para o que ocorria na época e essas Ordenações mostravam um 
modelo penal que previa a pena de morte e outras penas graves. 
Sobre tais ordenações conclui TELLES (2006, p. 27): 
 
8 
 
Punições severas e cruéis, inexistência do princípio da reserva legal 
e do direito de defesa, penas arbitradas desproporcionalmente pelos 
juizes, e desiguais, conforme o status do apenado, e punição de 
delitos religiosos e absurdos, como a heresia e o benzimento de 
animais. Pena de fogo em vida, de ferro em brasa, de mãos 
cortadas, de tormentos, além, é claro, da transmissão da infâmia aos 
descendentes do criminoso, revelam o grau de crueldade e 
desumanidade desse direito. 
 
As Ordenações Filipinas foram as mais importantes para o Brasil, por mais que 
as penas fossem graves chegando até a pena de morte, acabaram perdurando por 
um grande período. O Período Colonial nos mostra que não existia sistema 
carcerário, sendo as cadeias apenas uma forma onde se aguardava até a execução. 
Após a proclamação da República em 1822 as Ordenações Filipinas ainda 
perduravam, mas já estava sendo feito um novo Código que foi sancionado em 1830 
logo após a abdicação de D. Pedro I, o chamado Código Criminal do Império que 
trazia consigo duas formas: a prisão simples e a prisão com trabalho. Ainda 
perdurava a pena de morte e de trabalhos forçados que poderiam ser até perpétuos, 
ficando a aplicação a cargo dos governos províncias. 
As manifestações que ocorriam em todo o mundo acabaram tendo influência 
nos textos do Código Criminal, começaram a iniciar a aplicação da pena de privação 
de liberdade em substituição das penas de tortura aplicadas na época, onde 
chegavam até a pena de morte. Por mais que a pena de morte ainda estivesse 
sendo mantida para escravos a pena fundamental do novo sistema penal passava a 
ser a da prisão. 
Por mais que a pena de prisão tenha aparecido no Código Penal em 1830, só 
em 1850 ela começou a ser aplicada com a vinda da primeira casa de correção no 
Brasil que estava localizada no Rio de Janeiro. Mas o estabelecimento prisional não 
funcionou como deveria e passou a alojar os alvos sociais do sistema penal. 
Como afirma BRETAS (2009, p. 190): 
 
Esta prisão era uma irônica personificação dos sonhos dos 
reformadores. Planejada nos anos de 1830 pela Sociedade 
Defensora da Liberdade e Independência Nacional e baseada no 
modelo pan-óptico,nunca foi concluída. A primeira ala foi inaugurada 
em 1850, tornando-se a Casa de Correção. A segunda foi construida 
em alguns anos depois e reorganizada como outra prisão, a casa de 
detenção, enquanto as outras alas nunca foram construídas. 
 
Notamos que a mudança do Período Colonial para o Período Imperial não teve 
muitas modificações. Acabou ocorrendo uma estagnação do sistema carcerário, e 
várias mudanças foram para o regresso. Como a ira do poder punitivo estava 
visando os escravos, isso ocorria para manter a escravidão e assim satisfazer a 
economia que dependia da mão de obra escrava. 
Com o golpe militar de Marechal Deodoro da Fonseca em 15 de novembro de 
1889 foi proclamada a República e logo ocorreu um novo Código Criminal que se 
chamava Código Penal dos Estados Unidos do Brasil. O objetivo era eliminar 
qualquer um que fosse uma ameaça para o Estado, sendo o centro desse novo 
sistema a pena privativa de liberdade. Posteriormente surgiu em 1891 a Constituição 
Republicana que limitou a pena de morte para épocas de guerra. 
 
9 
 
A Primeira República encerrou-se contando com uma prisão formal, com o não 
cumprimento do que previa acabou superlotando os estabelecimentos que existiam. 
Em 1934 ocorreu a promulgação da Constituição da República Nova concedendo a 
União uma competência exclusiva para legislar sobre o sistema carcerário. Nessa 
época era nítida a falência da pena privativa de liberdade, visto que a reincidência 
estava aparecendo naquele momento transformando o local em uma “fábrica de 
criminosos”. 
Em 1938, Vargas confiou a Machado à elaboração de um novo Código Penal 
que foi submetido a uma comissão revisora. De início a pena de prisão se 
apresentou como uma forma ressocializadora do apenado, onde existiam quatro 
estágios: o primeiro era de isolamento total, o segundo era marcado pelo convívio 
com os outros presos na parte da manhã e com trabalhos, o terceiro era composto 
pelo livramento condicional e posteriormente a liberdade definitiva. Ainda no código 
existia a previsão de medidas que classificavam os autores dos crimes como 
imputáveis e inimputáveis, que daria início ao sistema do duplo binário. 
Para SILVA (1998, p. 46): 
 
[...] o que se vê, é uma nítida diferenciação entre os autores de 
crimes que são responsáveis dos irresponsáveis. Surgindo o sistema 
do duplo binário, ou seja, a aplicação ao delinguente irresponsável 
das penas normalmente aplicáveis à espécie delituosa e, ainda, 
medida de segurança. Vale dizer: o Código de 1940 impunha a 
aplicação conjunta da pena e da medida de seguranaça. 
 
Foi publicado em 1940 o atual Código Penal por meio de um Decreto-lei, e este 
trazia inovações e tinha como princípio a moderação por parte do poder punitivo do 
Estado. Esse pensamento acabou agravando ainda mais as condições do sistema 
penitenciário brasileiro. 
Em 1 de abril de 1964 ocorreu o golpe conhecido como Ditadura Militar, mas a 
legislação penal só veio a ser alterada em 1969 com o decreto do novo Código 
Penal. Nele ainda era presente as penas graves e um modelo bem autoritário, só 
que em 1984 foi introduzido a Lei 7.209/84 que modificou a parte geral do Código 
trazendo a extinção da medida de segurança para os imputáveis, sendo o réu 
condenado até trinta anos de prisão, considerando também penas privativas de 
liberdade, a reclusão e a detenção. 
 
3 SISTEMA PENITENCIÁRIO 
 
O Sistema penitenciário é como chamamos o conjunto de prisões, cadeias e 
presídios que são financiados pelos Estados com as verbas do Governo Federal e 
tem por finalidade o cumprimento da pena, com os objetivos de reeducação, 
ressocialização e reinserção como foi debatido nas teorias das penas. Mas, o que 
ocorre na prática é muito diferente. A prisão é um local de total descaso onde são 
violados os Direitos Humanos em um ambiente totalmente arcaico, ultrapassado e 
com recursos mínimos devido a falência do sistema. 
No sistema penitenciário brasileiro ocorre violação generalizada dos direitos 
fundamentais das pessoas que se encontram em custódia no tocante à dignidade, 
higidez física e integridade psíquica. O artigo 5°, XLVIII, da Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988 declara que a pena de prisão deverá ser 
cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a 
idade e o sexo do apenado. Infelizmente com a precariedade dos estabelecimentos 
10 
 
e a superlotação, acaba impossibilitando abrigar com dignidade e segurança a 
população carcerária. Essa insuficiência acaba gerando efeitos reversos do que à 
teoria mostra a respeito da reintegração da população carcerária. 
O nosso estatuto penal preza pelo princípio da humanidade no momento da 
aplicação da pena privativa, visto que, qualquer punição desnecessária acarretará 
no descumprimento do princípio da legalidade. Entretanto, essas alegações não 
passam da teoria, pois na prática a partir do momento que o preso está sobre o 
poder do Estado, ele não perde só o direito à sua liberdade, acaba perdendo os 
direitos fundamentais de um ser humano, através das agressões, abusos, 
constrangimentos dos próprios presos e dos agentes penitenciários despreparados, 
entre outros casos e a progressão ocorre de forma tão lenta que vários presos 
adquirem os benefícios de soltura e ainda continuam encarcerados devido a 
ineficácia do sistema. 
No Brasil, temos a pena de detenção e reclusão que estão elencadas pelo 
Código Penal e a Lei de Execuções Penais, como também, a pena de multa que é 
regulamentada pelo Código Penal. A pena privativa de liberdade que pode ser de 
reclusão ou detenção é o meio de punição e ressocialização do transgressor. Aquele 
que cometer algum delito estará sujeito a cumprir pena por um determinado período 
que não poderá ser maior que 30 anos (limite máximo de cumprimento de pena). 
O sistema penitenciário brasileiro segue o regime progressivo, através do 
princípio da individualização da pena. O STF entendeu em 2007 por meio da Súmula 
491 onde não se pode cumprir uma pena em regime total fechado. portanto o 
condenado progride de regimes após ir aproximando-se do término de cumprimento 
da pena. Porém, essa progressão leva em consideração a conduta e o trabalho do 
apenado. No Brasil, são três os tipos de regime: o fechado, o semiaberto e o aberto. 
Para os crimes de reclusão poderão ser iniciados no fechado, semiaberto ou aberto 
e a detenção poderá ser iniciado no regime aberto ou semiaberto. Mas, na detenção 
o condenado poderá regredir até o regime fechado. 
O regime fechado é onde ocorre o início da execução da pena em 
estabelecimento de segurança máxima ou média no caso do condenado a mais de 
oito anos de prisão. Onde ocorre a permanência em tempo integral do condenado, 
podendo o mesmo trabalhar internamente. 
O regime semiaberto é onde ocorre o início da execução da pena em colônia 
agrícola, industrial ou estabelecimento similar no caso do condenado à pena de 
quatro até oito anos de prisão, se não for reincidente. Em caso de reincidência o réu 
deverá começar no regime fechado. O condenado terá uma série de benefícios caso 
estejam dentro dos requisitos da liberdade antecipada, benefícios esses como: 
trabalhar durante o dia em outro local, poderá fazer cursos, visitar familiares. 
Lembrando que os condenados deveram retornar ao local para dormir, caso 
contrário podem perder tais benefícios. 
O regime aberto é onde ocorre o início da execução da pena em casa do 
albergado ou estabelecimento adequado no caso de ter sido condenado à pena de 
até quatro anos de prisão (desde que não seja reincidente). Na prática, o preso fica 
em liberdade total enquanto computa a sua pena. Mas, existe possibilidade de 
proibição de algumas atitudes. 
 
3.1 ESTRUTURAS 
 
As regras previstas na Lei de Execução Penal - Lei n° 7.210/84, não são 
totalmente aplicadas, visto que, a superlotação acaba destinando para as unidades 
11 
 
diversos tipos de regimes. O Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias 
– Infopenrevela que grande parte dos estabelecimentos não possuem todas as 
condições que estão previstas em lei. Onde, 51% das unidades não possuem 
módulos de saúde; 41% não tem espaço para educação e 70% não contém oficinas 
de trabalho. 
De acordo com a Lei de Execução Penal n° 7.210/84, todo estabelecimento 
deverá ter assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa. 
Entre as estruturas do sistema penitenciário brasileiro temos: as penitenciárias; as 
colônias agrícolas, industrial ou similar; as casas do albergado; os hospitais de 
custódia e tratamento psiquiátrico – HTCP; e as cadeias públicas. 
A penitenciária é o local que abriga os condenados do regime fechado (pena 
de reclusão). Está prevista no artigo 87°, da Lei de Execuções Penais – LEP e 
deverá a cela conter dormitório, aparelho sanitário e lavatório, estar limpa e deveria 
ser individual. A penitenciária masculina deverá ser um pouco afastada das zonas 
urbanas, mas que possibilitem visitas. Já a feminina deverá ter local para gestante e 
creche que abriguem as crianças até certa idade. 
A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar são instalações voltadas ao regime 
semiaberto. Aqui os condenados poderiam ser alojados de maneira coletiva, só que 
deveriam ser respeitando os limites de capacidade máxima. A Lei de Execuções 
Penais é superficial ao tratar das colônias. 
A Casa do Albergado está prevista na Lei de execuções Penais – LEP e é 
destinada aos condenados do regime aberto e aqueles cuja a pena é de limitação de 
fim de semana. A mesma deve estar localizada em centros urbanos, más afastada 
de outros estabelecimentos e deverá conter local de palestras e dormitórios. 
O Hospital de Custódia e tratamento Psiquiátrico é um local destinados aos 
inimputáveis e semi-imputáveis comprovados através de laudos que cometem fato 
típico elencado no artigo 26°, do Código Penal. Acabam submetidos à medida de 
segurança estabelecida no artigo 99° da Lei de Execuções Penais, que tem por 
objetivo fazer um tratamento psiquiátrico e com restrições de liberdade. 
Por fim, a Cadeia Pública que é a mais comum do sistema prisional e está 
presente na Lei de Execuções Penais nos artigos 88° e 104° e destina-se ao 
recolhimento de presos provisórios, onde cada comarca deverá conter uma cadeia 
pública visando que os presos provisórios não fiquem muito longe de seu meio 
familiar e social. 
 
3.2 LEI DE EXECUÇÕES PENAIS – LEP, N° 7.210/84 
 
A Lei de Execuções Penais - LEP tem por objetivo regular a execução penal no 
que tange as penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, bem como 
eventuais prisões decretadas durante a persecução criminal. Sua orientação tem por 
base em seu artigo 1° dois principais fundamentos, o estrito cumprimento dos 
mandamentos existentes na sentença e a instrumentalização de condições que 
propiciem a reintegração social do condenado. 
Para ROIG (2005, p. 138): 
 
A Lei de Execução Penal é um meio de controle das condutas 
carcerárias, com o suposto objetivo de proporcionar a “reintegração” 
social do condenado, resguardando um acervo de direitos sem 
aplicabilidade, desse modo delegou aos órgãos da execução penal 
12 
 
julgar o comportamento dos presidiários, para tanto dispôs de uma 
série de procedimentos, tendo em vista a organização nos presídios. 
 
A Lei de Execução Penal é moderna e avançada, tem um caráter 
ressocializador da pena privativa de liberdade. Mas, o que falta é uma efetividade na 
parte do cumprimento e aplicabilidade dessa lei, indo mais além, não só desta lei 
como várias outras que não passam do plano teórico e formal. 
A finalidade da execução é a necessidade de uma reparação social, não é só 
estar voltada para o autor do fato ilícito e sim para uma melhoria social. Pois, a 
recuperação deste indivíduo não só o ajudaria, como também a sociedade. 
Discorre Mirabete (2007, p.63): 
 
Se a reabilitação social constitui a finalidade precípua do sistema de 
execução penal, é evidente que os presos devem ter direitos aos 
serviços de assistência, que para isso devem ser-lhes 
obrigatoriamente oferecidos, como dever do Estado. 
 
Se o Estado através da privação da liberdade se torna detentor de tal 
condenado, o mesmo deverá ser tratado dignamente perante a lei sobre os cuidados 
do Estado. Entretanto, hoje funciona como uma “faculdade do crime” composta de 
detentos de diferentes potenciais, indignados com o sistema e a sociedade, levando-
os a crer que não são considerados como cidadãos aos olhos do Estado e 
ocasionalmente influenciados a continuar nesse “mundo” do crime. 
 
4 O PROBLEMA DA PRISÃO 
 
Podemos observar através das pesquisas feitas que são vários os problemas a 
respeito do Sistema Penitenciário Brasileiro e o Estado de Coisas Incostitucional. 
Problemas esses como a superlotação carcerária, estruturas precárias, difícil acesso 
ao trabalho, má administração e a reincidência que serão citadas posteriormente no 
decorrer deste tópico. 
 A superlotação está prevista no país todo, e segundo o Levantamento 
Nacional de Informações Penitenciárias – Infopen, no mês de fevereiro de 2020 
existem 773 mil pessoas presas no Brasil e dessas 268 mil estão presas sem 
condenação, ou seja, são presos provisórios. O que faz o país ocupar o terceiro 
lugar no ranking de países com maior número de pessoas presas no mundo, 
perdendo apenas para Estados Unidos e China. A grande quantidade de presos 
junto com um sistema arcaico e falido acaba ferindo vários direitos dos condenados. 
Segundo ASSIS (2007, p. 75): 
 
A superlotação das celas, sua precariedade e insalubridade tornam 
as prisões um ambiente propício à proliferação de epidemias e ao 
contágio de doenças. Todos esses fatores estruturais, como também 
a má-alimentação dos presos, seu sedentarismo, o uso de drogas, a 
falta de higiene e toda a lugubridade da prisão fazem com que o 
preso que ali adentrou numa condição sadia de lá não saia sem ser 
acometido de uma doença ou com sua resistência física e saúde 
fragilizadas. [...] Desta forma, acaba ocorrendo a dupla penalização 
do condenado: a pena de prisão propriamente dita e o lamentável 
estado de saúde que ele adquire durante a sua permanência no 
cárcere. 
 
13 
 
Aqui ocorre uma dupla pena, sendo a primeira determinada pela justiça e a 
segunda desumanas que ocorre através das condições carcerárias que estão 
submetidos os custodiados do Estado. A Lei de Execuções Penais em seu artigo 84 
diz que o estabelecimento penal deverá ter lotação compatível com sua estrutura e 
sua finalidade e consta ainda um órgão responsável pela delimitação que é O 
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. 
Também ocorre um difícil acesso ao direito de trabalho enquanto cumpre a 
pena que está também previsto em lei. Entretanto, devido a superlotação acaba não 
tendo como agrupar todos dentro das funções a serem exercidas. A grande 
quantidade de presos acaba acarretando na junção de vários condenados de 
esferas diferentes, ou seja, ocorre a união dos primários ou que cometeram menores 
crimes, com os reincidentes e de alta periculosidade. Esse convívio acaba 
prejudicando aquele que teria uma tendência menor a voltar a reincidir em atos 
contrários a lei. 
A falência deste sistema é tão grande que há relatos que até contêineres já 
foram usados como celas, visto que não cabia mais réus na celas que já tinham. 
Está previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos que nenhuma pessoa 
deverá ser colocada em tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. 
Porém, o Brasil fecha os olhos para esses seres humanos que acabaram cometendo 
um erro e pagam muitas vezes com a própria vida. 
O método ineficaz acaba trazendo outro problema para o sistema penitenciário 
que é a reincidência. Ou seja, um condenado primário ou de pequeno delito poderia 
ser ressocializado, só que, devido ao mal funcionamento do sistema ele sai de lá 
acolhido pelos outros réus e com isso já sai “especializado” em outros tipos de 
delitos. Sem contar,que sairá com raiva da sociedade e do Estado que não os deu o 
mínimo para uma estadia mais digna. 
Estudos apontam que a reincidência criminal é maior entre homens, jovens que 
cometeram crimes de furto. Uma pesquisa feita em 2008 analisou 800 casos de 
egressos que deixaram a prisão e deles 411 pessoas voltaram a reincidência. Isso 
ocorre pela falta de incentivo da população, pela falta de oportunidades, mas 
principalmente pela falta de cumprimento das obrigações do Estado. 
Outro fato importante a ser discutido é a saúde precária que envolve esse 
sistema. Em 2018, com dados dos últimos dez anos foram confirmados mais de 10 
mil casos de tuberculose entre os detentos, o que se pode ver é que detentos tem 
mais chances de contrair doenças não só como tuberculose, mas o vírus da 
imunodeficiência humana - HIV ou o da atualidade o COVID-19 do que o resto da 
população. 
De acordo com os dados do Infopen, o Ceará comandou o índice de 
mortalidade entre os presos no ano de 2019. Onde registrou 40 mortes para 10 mil 
presos e incrivelmente foi no Ceará que a equipe do Mecanismo Nacional de 
Prevenção e Combate à Tortura – MNPCT acabou denunciando várias violações de 
Direitos Humanos, como também, de higiene dos presídios. 
A má administração é outro fato que é dificultado pela superlotação. Pois, tanto 
as prisões públicas, como as privadas estão sofrendo e com isso vem os custos 
altos e a corrupção que suga boa parte das verbas destinadas. Visto que, quanto 
mais detentos morrerem, menor será o gasto de verba. 
Por fim, a sociedade influenciada pelos discursos de ódio acabam querendo 
fazer justiça com as próprias mãos e não dando apoio nenhum aqueles que 
cometem atos ilícitos e são condenados. Mesmo que essa pessoa já esteja sem 
débitos perante a justiça, ser condenado acaba deixando uma “mancha” negativa 
14 
 
para aquele ser humando perante todos da sociedade e isso acaba facilitando o 
retorno dele para o mundo do crime, pois o mesmo terá que roubar para se 
sustentar e sustentar a sua família. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
É notável que nos tempos da antiguidade a prisão era feita apenas para a 
espera do réu em relação a uma punição. Onde, geralmente estaria relacionada a 
penas corporais, pena de morte ou de expulsão da comunidade que vivia, perdendo 
assim a proteção do seu grupo. Demorou um bom tempo até que se alterasse esse 
pensamento e o primeiro vestígio ocorreu nas prisões eclesiásticas onde as 
punições eram compostas por penitência e meditação, saindo da metodologia de 
punições corporais. 
Um pouco mais adiante surgem as casa de trabalho na Holanda e 
posteriormente na França que acabaram mudando a sua finalidade e abrigando os 
excluídos da sociedade, lá o governo encontrou uma forma de mão de obra. Na 
Idade Contemporânea ou Pós-Modernidade, surgiram três escolas com correntes 
diferentes: primeiro veio a Escola Clássica, posteriormente a Escola Positiva e por 
fim, a Escola Crítica ou Eclética. Surgindo assim a teoria das penas que acabou 
adotando um modelo geral dessas teorias com foco na tríplice finalidade, ou seja, 
preventiva, reeducativa e retributiva. 
O Brasil após muito tempo do domínio dos portugueses vai começando a criar 
o seu próprio código penal, saindo assim, do Código do Império. Código Penal este 
que passou por diversas mudanças pelo fato de que ainda existia em tal código 
penas corporais, até que a Lei de Execução Penai - Lei n° 7.209/84 modificou a 
parte geral do código. 
Olhando o sistema penitenciário hoje podemos ver o quanto está ultrapassado 
e como parou no tempo. Estruturas antigas, falta de investimentos, falta de cuidados 
do Estado, o descaso com aqueles que cometeram um erro é muito grande e o 
modelo antigo utilizado só prejudica e incentiva a reincidência. Sem contar o quanto 
fere os Direitos Humanos e as leis vigentes que não passam do papel, essa 
sociedade carcerária acaba sendo esquecida e excluída assim como acontecia 
antigamente. A única diferença é que na lei escrita não existe a pena de morte, mas 
quantos não já morreram?! 
Podemos notar grandes influenciadores dos problemas do sistema 
penitenciário. Como a falta de verba, a superlotação, a falta de defensores públicos, 
a falta de vontade do Estado para com os encarcerados, a falta de saúde e a má 
administração. Podemos juntar tudo isso e dizer que o Brasil em relação a estrutura 
penitenciária também parou no tempo, não existe uma vontade em se ressocializar, 
recuperar o indivíduo e sim excluí-lo pelo máximo de tempo possível da sociedade. 
Levando-se em conta o que foi observado nos problemas do Sistema 
Penitenciário Brasileiro. Para resolver o problema da superlotação, deverá de início 
julgar todos os réus que aguardam julgamento em cárcere privado. Deveria começar 
fazendo multirões para julgarem essas pessoas que aguardam julgamento, como 
também, abrir mais vagas para defensores públicos e juízes, através de concursos 
públicos. Sobre as estruturas, somente passando por uma grande reforma, pois as 
mesmas se encontram ultrapassadas. O Estado deveria disponibilizar verbas para 
as reformas e construções nescessárias. Como, também, uma reforma na forma de 
trabalho dos diretores e funcionários de tal local e melhorias salariais. 
15 
 
Ademais, partindo para o principal problema que seria a reincidência que 
poderia ser resolvida ou amenizada com o cumprimento total da Lei de Execução 
penal ou de início com a divisão dos condenados pelo grau do crime cometido, 
seguindo os parâmetros das Leis que deveriam ser seguidas e outro ponto 
importante é dar um suporte para que os condenados saiam com alguma profissão 
ou aprendizado para serem colocados em prática na vida em sociedade. E ainda, 
um acompanahmento pisicológico para os condenados. 
Ainda, a sociedade precisa ser reeducada sobre tal tema. Pois, muitos estão 
ultrapassando até as Leis quando se trata daqueles que cometeram crimes, 
incentivados pelos discursos de ódio, são capazes até de fazer justiça com as 
próprias mãos. Talvez essa reeducação da sociedade e também do sistema 
penitenciário consiga amenizar um pouco esse grande problema do Brasil. 
 
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R789s Rosas, Luiz Carlos Souto Maior. 
O Sistema Penitenciário Brasileiro e o Estado de Coisas 
Inconstitucional /Luiz Carlos Souto maior Rosas. - João 
Pessoa, 2020. 
16f. 
 
Orientador: Prof. Mazukyevcz Ramon Santos do 
Nascimento Silva. 
 Monografia (Curso de Direito) – 
 Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ. 
 
1. Sistema Penitenciário. 2. Brasil. 3. Direitos Humanos. 
I. Título. 
 
UNIPÊ / BC CDU – 343.8:342.7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rsvg/Hmcds20022020 
	SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO E O ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL
	RESUMO
	RESUMEN
	Este artículo tiene como objetivo abordar la realidad del sistema penitenciario brasileño en términos de calidad y protección en la reintegración. Primero, se realizará una búsqueda histórica le sistema penitenciario y las razones que llevaron a este ...
	1 INTRODUÇÃO
	2 CONTEXTO HISTÓRICO SOBRE A PENA DE PRISÃO
	3 SISTEMA PENITENCIÁRIO
	5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS BIBLÍOGRAFICAS

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