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HUMANAS 1 – HISTÓRIA - SEMANA 29 ASSUNTO: Brasil Colonial: O Nordeste Holandês ROTEIRO DA AULA 1. A sociedade do açúcar 2. União Ibérica 3. Invasão a Salvador 4. Invasão a Pernambuco 5. Insurreição Pernambucana Próximo assunto: Brasil Colonial: Revoltas Nativistas. A sociedade era PATRIARCAL meus alunos, o homem, chefe, dono de tudo, da verdade, da justiça e do poder político, você pode dizer, oxente, então era bom demais, TODOS OS HOMENS TINHAM PODER, primeiro meu jovem aluno, deixe de pensamento machista, isto tá errado viu? Segundo, sim, era uma época onde os homens tinham esse poder ( isso vai ser até quase o fim da década de 1970 ), MAS REPARE VISSE, ERAM POUCOS QUE TINHA PODER, pois é, lembram-se dos homens bons? Esses vão começar a mandar mais olha quem tinha dinheiro tinha poder, pois até hoje são retratados em filmes, novelas, minisséries, eles mesmo meus amigos, o temido CORONEL, mas veja esse nome só vai surgir na República Velha ( cuidado para não confundir ) a gente chama esse CABRA, de senhor de engenho ( ou de escravo ) era a mesma “besta fubana” a assolar principalmente o Nordeste. E os outros, vocês devem se perguntar, não é mesmo? Pois bem, vamos a eles. - Os escravos, - Os homens livres ( capatazes, médicos, advogados, entre outros ), mas eram poucos visse? - Padres, - Funcionários do rei, - Agregados da fazenda ( mestre de purgar, de açúcar ). Chama atenção também: O ruralismo: o campo era o centro dinâmico dessa sociedade, mesmo com algumas cidades, essas viviam da economia que vigorava nos engenhos. Uma sociedade estratificada: era uma sociedade dividida em camadas bem definidas, sendo muito raro alguém conseguir ascender na posição social. Não havia a possibilidade de o escravo chegar à condição de senhor ou do senhor descer à posição de escravos, além disso, não esqueçam nunca a herança maldita que infelizmente essa sociedade geral na sociedade brasileira, o preconceito, o racismo e toda gama de mazelas ligadas e essa prática tão nociva à humanidade. Nas imagens percebemos o que era esta sociedade, e onde esta as origens de muitos males sociais do nosso país. Um lembrete a todos sobre a produção do açúcar ligado não apenas a coroa portuguesa: - Até o século XVI o grande financiador do açúcar eram os genoveses; - No século XVII, como coloca o historiador de Pernambuco Evaldo Cabral Mello, eram os banqueiros holandeses; - No século XVIII, existem razões para acreditar que eram os comerciantes daqui do Nordeste, principalmente os traficantes de escravos, e agora, pasmem meus caros, até a Igreja vai emprestar dinheiro a juros nada celestiais aos senhores de engenho, pois é o açúcar pirava a cabeça de muita gente. Chamamos de União Ibérica o período que a Espanha teve um rei que era também o rei de Portugal. Meus caros amigos, vocês devem estar se perguntando, como assim? Não tinha português para assumir não é? Pois é, um nobre com “SANGUE AZUL”? Não tinha. Devemos culpar uma coisa chamada, hereditariedade, filhos, “oxi” e como isso foi acontecer? Vamos a uma historinha macabra... Dom Sebastião, rei, playboy, metido a “cavalo do cão” se embreou nas Cruzadas e desapareceu, alguém já te falou de Sebastianismo? Pois é meu jovem, o rei desapareceu e nunca foi encontrado o corpo, muitos acreditam que ele vai voltar, pois bem, estamos esperando até hoje.. No entanto um velho tio de Dom Sebastião vai assumir porem, o velho cardeal vai morrer logo em seguida, e agora? Felipe II era parente ( primo ) de Sebastião e disse que iria assumir a coroa. - muitos nobres e burgueses vão aceitar logo, seria bom pra todos e a Espanha era forte, iria proteger os ganhos. - Outros ficaram contra, queriam autonomia, esses foram convencidos com o “canhão na cara e propina”, não meus caros, esse era espanhol mesmo, e por falar nisso, PROPINA em espanhol é algo bom, é a famosa gorjeta que damos aqui no Brasil, propina aqui é outra coisa. - Lógico que Portugal teria certa autonomia, isso foi decidido no juramento de TOMAR ( 1581 ), mas a Espanha se fez presente em algumas ordens, como por exemplo, as leis das Ordenações Filipinas, por elas, por exemplo, o Brasil foi dividido em dois. - Estado do Maranhão – sede em São Luís - Estado do Brasil – sede em Salvador Isto durou de 1621 até 1774 ( é só pra saber a data visse, não precisa decorar não ). As leis das Ordenações Filipinas duraram um tempo grande, só sendo anuladas totalmente no começo do século XX. Meus amigos teve um problema maior, os holandeses eram inimigos da Espanha. Felipe II mandou que se cortasse qualquer relação comercial com a Holanda. Mas por que tanto “MIMIMI”? A Holanda pertencia à Espanha e tinha entrado em guerra para se separar, pois é meu caro, não era tão simples assim. Tenho certeza que vocês lembram a relação que a Holanda tinha com o açúcar do Nordeste não é mesmo? E agora? Só tinha um jeito de não perder esse lucrativo comércio, “nós vamos invadir sua praia” , lembra-se do Ultraje a rigor? Pois é meus alunos, os holandeses vieram com tudo. Quem preparou essa invasão com tanto zelo foi uma Cia de Comércio, oxente, mas como assim? Pois é meus queridos alunos, nesta época a chamada Companhia das Índias Ocidentais iria planejar a invasão. Criada por comerciantes, donos de bancos e donos de companhias de navegação vão financiar a Cia das Índias, perceberam? Todos interessados no comércio do açúcar. Vamos tratar das invasões: A invasão a Salvador, na Bahia, ocorre em 1624, os combates foram intensos e a resistência ainda maior por parte dos baianos. Aportaram na Barra. Após alvejar os canhões da Ponta do Padrão, os holandeses seguiram para o centro da Cidade. O Governador do Brasil Diogo de Mendonça Furtado foi aprisionado na Casa do Governo, onde assinou sua rendição em 10 de maio de 1624, passaram-se 10 meses de domínio, quando em março de 1625 Salvador foi retomada por uma grande esquadra luso-espanhola. Salvador foi fortemente bombardeada pelos holandeses, com muitos prejuízos para a Cidade. Pintura que retrata a retomada de salvador pelos espanhóis, quadro de Juan Bautista Maíno, pintura em óleo, cerca de 1634. 2. A União Ibérica e o Brasil 3. A invasão a Salvador (Bahia) 1. A sociedade do açúcar Em 1630, depois de 5 anos de preparação e acumulação de recursos ( proveniente principalmente de pirataria ), os holandeses vão invadir o Brasil novamente. A conquista foi demorada, existiu uma grande ressitencia aos invasores por parte de Mahias de Albuquerque e do Arraial de Bom Jesus, que durante 2 anos vai ressistir e fazer uma guerra de guerrilha contra a dominação. Ai meus caros entra a controverssa figura de Domingos Fernandes Calabar, cabloco da terra que ajudaria os holandeses e derrotar a ressistência em 1632. Olhe bem meu caro aluno, o que dizer desse fato? Foi Calabar um traídor? Mas veja, reflita, quem ele traiu? Seriam os protugueses gente da mais alta estirpe para ele ficar ao lado dos luzitanos? Oxente, não seria esse povo também um povo invasor? Deixo apenas o fato. Calabar foi capturado e morto por garroteamento. E Pernambuco iria pertencer aos holandeses por 24 anos. O nordeste holandês teve neste domínio um crescimento e uma transformação grande, graças a administração de Mauricio de Nassau, que aqui chegou em 1637 e iria se aliar durante sua administração aos senhores de engenho de Olinda e a os comerciantes de Recife. O conde também criou as Câmaras dos Escabinos, que eram órgãos de representação municipal, a fim de estimular a participação política da população nas decisões de interesse local. Durante o governo de Nassau, as vilas de Recife e Olinda passaram por um intenso processo de urbanização e melhoramentos que mudaram completamente a paisagem local. A missão cultural também foi importante, Nassau trouxe artistas como Franz Post e Eckhout que iriam pintar a fauna e flora da região.A cidade Mauricia foi, com suas pontes e imponentes prédios o legado de Nassau. Mas meus queridos, não se enganem, eramos ainda uma colônia e quando a economia virou pelo avesso e os gastos da Holanda vai crescer, eles começaram a apertar os laços que Nassau não apertara, resultado disso meus caros leitores? Revoltas dos senhores contra os holandeses e a famosa Inssureição Pernambucana. - Os lusos brasileirros vão unir forças As batalhas dos Guararapes ( a pátria nasceu aqui ) Após as Batalhas dos Guararapes em 1648 e 1649 vencidas pelos brasileiros e lusitanos, os holandeses foram “derrotados” no Monte das tabocas em 1654, a Cia entrega Nordeste holandês aos portugueses, mas meus caros, tem cheiro de coisa podre no ar, os portugueses pagaram uma indenização aos holandeses e deram de presente carregamentos de açúcar e de tabaco. Em contrapartida, os holandeses foram produzir açúcar nas Antilhas e iniciaram a derrocada do Nordeste brasileiro. Obrigado Holanda, obrigado holandeses. 1. (G1 - ifsc 2016) Os holandeses estão entre os diversos povos que invadiram ou tentaram invadir o território que hoje corresponde ao Brasil, durante o período colonial, no século XVII. Sobre a presença holandesa no Brasil, assinale a alternativa CORRETA. a) Os holandeses estabeleceram suas colônias no Sudeste brasileiro. b) Os holandeses eram parceiros comerciais dos portugueses na atividade açucareira. c) O principal interesse dos holandeses era a crescente economia cafeeira. d) Os portugueses estabeleceram uma política de cordialidade com os holandeses quando estes invadiram sua colônia. e) Os holandeses saíram do Brasil por meio de um processo chamado “União Ibérica”. 2. (Fmp 2016) Ao longo do período colonial da História do Brasil, o Império Português foi vítima de assédio e de tentativas de invasão de seus territórios ultramarinos por parte de diversas potências rivais. Alguns exemplos de invasões estrangeiras na América Portuguesa estão listados a seguir: 1612 - Estabelecimento da França Equinocial 1624 - Tentativa derrotada da invasão holandesa a Salvador 1630 - Tomada de Recife e Olinda por invasores holandeses A interpretação dos dados acima permite identificar que uma causa direta de todas essas invasões estrangeiras foi a a) fuga da Corte portuguesa para a América b) vitória francesa na Guerra dos Sete Anos c) conclusão da Reconquista da Península Ibérica d) guerra de Restauração Portuguesa contra a Espanha e) criação da União das Coroas Ibéricas 4. A invasão a Pernambuco 5. A Insurreição Pernambucana Questões Tradicionais 3. (Uern 2015) A coroa portuguesa viu-se obrigada a implementar uma política de colonização que assegurasse o domínio sobre a colônia, principalmente após a frustrante tentativa do sistema de Capitanias Hereditárias. A centralização administrativa (governos-gerais) e o sucesso da empresa açucareira contribuíram para assegurar a posse do Brasil, porém não afastaram a constante ameaça aos domínios coloniais portugueses na América. (Trindade, 2010.) A capitania do Rio Grande do Norte foi palco de incursões de franceses e holandeses. Os franceses estabeleceram-se no nosso litoral para contrabandear Pau-Brasil e chegaram a usar o Rio Grande do Norte como base para ataques às capitanias vizinhas. É correto afirmar que os holandeses a) empreenderam o comércio de pedras preciosas e metais abundantes na região do Rio Grande do Norte. b) chegaram ao Rio Grande com a intenção de buscar as drogas do sertão, famosas na região e em toda a Europa. c) dominaram quase todo o Nordeste açucareiro e permaneceram em solo nordestino por, praticamente, duas décadas. d) foram os responsáveis pela pacificação dos índios e de sua utilização no trabalho das lavouras através da mita e da encomienda. 4. (Uece 2015) Atente ao que se afirma a respeito da invasão holandesa no Nordeste brasileiro. I. A ocupação do Nordeste do Brasil pelos holandeses surgiu como episódio da ofensiva econômica holandesa do século XVII. II. A expansão econômica holandesa baseava-se essencialmente no comércio, na usura e em outras atividades ligadas à circulação de riquezas. III. O objetivo maior da invasão era a conquista da próspera economia açucareira das capitanias do Nordeste. É correto o que se afirma em a) I e II apenas. b) II e III apenas. c) I e III apenas. d) I, II e III. 5. (Upe 2015) A primeira metade do século XVII em Pernambuco foi marcada pela invasão holandesa à capitania. A presença holandesa em Pernambuco durou 24 anos, de 1630 a 1654. A invasão foi motivada por vários fatores, dos quais podemos destacar a) o sucesso da colonização holandesa no sul da América, especialmente nas possessões espanholas, e a vontade da Holanda em expandir seus domínios no Novo Mundo. b) a necessidade do algodão, produto amplamente produzido na capitania de Pernambuco, desde o século XVI, por parte das indústrias têxteis holandesas. c) o bloqueio do acesso holandês pela Coroa Espanhola ao comércio do açúcar produzido em Pernambuco, durante a União Ibérica. d) a presença maciça de tropas holandesas na Bahia, desde 1625. e) os interesses dos comerciantes e senhores de engenho locais em comercializar com os holandeses, em detrimento dos portugueses. 1. (Fgvrj 2011) Frans Post chegou ao Brasil em 1637 e integrou o grupo de artistas ligados à administração holandesa sob o comando de Maurício de Nassau. Paisagens, cenas cotidianas e personagens foram os temas principais representados por Post durante os anos vividos no Brasil. Observe atentamente a imagem abaixo, de sua autoria, e depois responda às questões propostas. a) Identifique na pintura: a instalação representada; a força motriz utilizada; a mão de obra predominante e o produto processado. b) Depois de estabelecidos em Pernambuco, os holandeses conquistaram Angola. Qual era a articulação entre essas duas regiões? 2. (Unicamp 2011) Uma análise das lutas suscitadas pela ocupação holandesa no Brasil pode ajudar a desconstruir ideias feitas. Uma tese tradicional diz respeito ao reforço da identidade brasileira durante as lutas com os holandeses: a luta pela expulsão dos holandeses seria obra muito mais dos brasileiros e negros do que dos portugueses. Já a tese que critica essa associação entre a experiência da dominação holandesa e a gênese de um sentimento nativista insiste nas divisões – no âmbito da economia açucareira – entre senhores de engenho excluídos ou favorecidos pela ocupação holandesa. (Adaptado de Diogo Ramada Curto, Cultura imperial e projetos coloniais (séculos XV a XVIII). Campinas: Editora da Unicamp, 2009, p. 278.) a) Identifique no texto duas interpretações divergentes a respeito da luta contra a dominação holandesa no Brasil. b) Mencione dois fatores que levaram à invasão de Pernambuco pelos holandeses no século XVII. 3. (Ufrj 2001) Os livros dos descobridores deste outro hemisfério dão-nos a conhecer suficientemente o que é este Brasil, em que paralelo está situado, de que maneira os brasilianos, tupinambás e tapuias, os povos desse país, se guerreavam antigamente e devoravam os vencidos; como os portugueses, subjugando estes miseráveis, se fizeram assinalar por horríveis efusões de sangue; como, também os franceses, tendo-se tornado senhores de uma parte do país por meio de sangrentas expedições, os portugueses lha fizeram abandonar com a vida [...]. Posteriormente, os Estados Gerais dos Países Baixos aí levaram as suas armas e conquistaram a melhor parte, não tendo sido poupadas as devastações e saques, companheiros da guerra. Fonte: Moreau, Pierre. "História das últimas lutas no Brasil entre holandeses e portugueses." Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1979, pp.17-18. A descrição acima foi escrita por Pierre Moreau, sobre quem se conhece poucoalém do fato de ter vivido no Brasil em meados da década de 1640. Dentre outras coisas, o trecho mostra que não raro os países europeus questionavam os termos em que o Tratado de Tordesilhas dividira a América. a) Identifique no texto dois exemplos concretos deste questionamento. b) Explique uma característica das sociedades indígenas, presente no texto, que tenha sido utilizada por países europeus nas ações concretas de questionamento ao Tratado de Tordesilhas. 4. (Ufrrj 2000) -"Pois é possível, Senhor, que hão de ser vossas permissões argumentos contra vossa Fé? (...) Que diga o herege (...) que Deus está holandês? (...). Já que o pérfido calvinista dos sucessos que só lhe merecem nossos pecados faz argumento da religião, e se jacta insciente de ser sua a verdadeira, veja ele (...) de que parte está a verdade." (Pe. Antônio Vieira. "Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as da Holanda" - 1640.) O discurso de Vieira revela desespero diante do sucesso da empreitada da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil até aquele momento, tanto mais que os holandeses traziam consigo a pregação religiosa da Reforma anti-católica. Partindo dessa constatação: a) cite um aspecto da pregação calvinista divergente do pensamento católico. b) aponte o principal objetivo dos holandeses na invasão ao Nordeste brasileiro em 1630. 5. (Unicamp 1998) Entre 1580 e 1640, Portugal enfrentou uma delicada situação política: de um lado, passou a pertencer à União Ibérica e, de outro, viu os holandeses dominarem Pernambuco, através da Companhia das Índias Ocidentais, a partir de 1630. a) O que foi a União Ibérica? b) Dê três motivos para a invasão holandesa no Brasil. 1. (Upe-ssa 1 2016) Os holandeses ocuparam, durante 24 anos, o Nordeste brasileiro: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Itamaracá (1630-1654). Nesse período, Pernambuco se transformou numa verdadeira metrópole, com uma vida cultural intensa, onde poetas, cientistas e filósofos tornaram o Brasil um centro intelectual único na América do Sul. Nesse contexto, os judeus puderam constituir uma comunidade com escolas, sinagogas e cemitério, dando sua contribuição ao enriquecimento da vida cultural da região. LEVY, Daniela Tonello. Judeus e Marranos no Brasil Holandês. Pioneiros na colonização de Nova York. Século XVII. São Paulo: USP, 2008. (Adaptado) Uma característica sociopolítica da ocupação holandesa no contexto mencionado foi a) a retração da produção de açúcar. b) o florescimento de um movimento antimodernizador. c) o estabelecimento da tolerância e da liberdade religiosa. d) a preocupação apenas em explorar comercialmente o território. e) a manutenção de boas relações comerciais com o mundo ibérico. Questões Aprofundadas Questões específicas 2. (Pucrs 2015) Considere as afirmações abaixo sobre as razões que levaram os portugueses a adotar o açúcar como produto agrícola básico de exportação do Brasil Colonial (1530-1822). I. As condições geográficas do Brasil eram favoráveis ao desenvolvimento da lavoura canavieira, devido ao clima tropical quente e úmido e ao solo relativamente fértil no litoral. II. O açúcar era um produto de grande aceitação no mercado europeu e poderia proporcionar grandes lucros à metrópole portuguesa, tendo em vista a potencialidade que sua nova colônia apresentava para a lavoura canavieira. III. Apesar de já comercializar açúcar na Europa, Portugal ainda não tinha experiência na sua produção, decidindo, assim, iniciar essa nova atividade econômica nas terras há pouco descobertas na América. IV. Portugal desejava rivalizar com os holandeses, que eram inimigos da Coroa Lusitana e dominavam o refino e o comércio do açúcar na Europa; posteriormente, os holandeses, inclusive, invadiriam as zonas produtoras brasileiras de açúcar. Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. 3. (Ufpr 2014) Considere as seguintes afirmativas sobre a sociedade e a economia açucareiras entre os séculos XVI e XVII do período colonial brasileiro: 1. O período de produção açucareiro pode ser compreendido em seus aspectos econômicos como a primeira iniciativa de colonização do Brasil, em que o açúcar era o principal produto no comércio com a metrópole. 2. Entre 1630 e 1654, os espanhóis controlaram as fontes brasileiras de produção de açúcar em Pernambuco com o apoio dos indígenas e dos escravos, que podiam viver sob uma administração política mais tolerante aos seus costumes religiosos. 3. O declínio da economia açucareira ocorreu após a expulsão dos holandeses, que investiram na produção de açúcar nas Antilhas. 4. O sistema açucareiro caracterizou-se por uma agricultura em grandes propriedades, comandadas pelo senhor de engenho, que possuía plenos poderes políticos sobre a estrutura que os engenhos mobilizavam no campo e nas vilas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. b) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 4. (Enem PPL 2014) Os holandeses desembarcaram em Pernambuco no ano de 1630, em nome da Companhia das Índias Ocidentais (WIC), e foram aos poucos ocupando a costa que ia da foz do Rio São Francisco ao Maranhão, no atual Nordeste brasileiro. Eles chegaram ao ponto de destruir Olinda, antiga sede da capitania de Duarte Coelho, para erguer no Recife uma pequena Amsterdã. NASCIMENTO, R. L. X. A toque de caixas. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 6, n. 70, jul. 2011. Do ponto de vista econômico, as razões que levaram os holandeses a invadirem o nordeste da Colônia decorriam do fato de que essa região a) era a mais importante área produtora de açúcar na América portuguesa. b) possuía as mais ricas matas de pau-brasil no litoral das Américas. c) contava com o porto mais estratégico para a navegação no Atlântico Sul. d) representava o principal entreposto de escravos africanos para as Américas. e) constituía um reduto de ricos comerciantes de açúcar de origem judaica. 5. (Fgv 2014) Feitas as contas, a historiografia tradicional do bandeirantismo errou na proposição secundária (as bandeiras caçavam índios para vendê-los no Norte), mas acertou na principal (as bandeiras foram originadas pela quebra do tráfico atlântico): os anos 1625-50 configuram, incontestavelmente, um período de “fome de cativos”. (Luiz Felipe de Alencastro, O trato do viventes. p. 198-9) Esse “período de ‘fome de cativos’” relacionou-se a) aos conflitos entre os holandeses e os portugueses no controle sobre o tráfico negreiro africano. b) às inúmeras guerras internas na África, que diminuíram drasticamente a oferta de homens para o tráfico intercontinental. c) à ascensão da marinha de guerra inglesa que, interessada na exploração da África, conteve a retirada de homens do continente. d) à ação militar e diplomática da França, que obteve o monopólio virtual do tráfico de escravos para a América. e) a importantes restrições de escravização dos africanos impostas pela Igreja Católica. 1. (Ufsm 2013) Analise o mapa e o texto. Os domínios holandeses da colônia portuguesa estenderam-se desde o litoral dos atuais Maranhão até Sergipe. Para administrá-los, foi nomeado o conde Maurício de Nassau, que permaneceu no cargo entre 1637 e 1644. Preocupado em normalizar a rica produção açucareira, o conde conseguiu a colaboração de muitos senhores de engenho, concedendo- lhes empréstimos que permitiram o aumento da produtividade. [...] A administração de Nassau destacou-se pelas realizações urbanísticas e culturais, saneando e modernizando Recife, que se converteunum centro urbano repleto de notáveis obras arquitetônicas, passando a chamar-se Mauritzstadt, ou cidade Maurícia. Fonte: VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2008. p. 188-189. (adaptado) A economia colonial portuguesa do nordeste açucareiro constituiu um dos núcleos fundamentais do mercado mundial em expansão, nos séculos XVI e XVII. As invasões dos holandeses, o domínio das regiões produtoras e os investimentos feitos atestam essa importância. Integram esse contexto histórico, entre outros, os seguintes processos: I. o domínio da Espanha sobre Portugal durante a denominada “União Ibérica”. II. as rivalidades entre holandeses e espanhóis na Europa, fruto das lutas para a formação do Estado Nacional holandês em territórios sob o domínio da monarquia espanhola. III. a continuidade da produção açucareira, caracterizada como uma economia colonial típica, voltada para o exterior, com a função de promover a acumulação primitiva do capital. IV. o enfraquecimento do controle dos senhores sobre seus escravos durante o conflito com os holandeses, facilitando o aumento das fugas e a ampliação da população dos quilombos, principalmente o de Palmares. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas I, II e III. d) apenas III e IV. e) I, II, III e IV. 2. (Uern 2013) Os habitantes de Pernambuco iniciaram uma guerrilha contra os invasores. As ações estavam equilibradas até que Domingos Fernandes Calabar, nascido em Alagoas, passou para o lado dos invasores e os auxiliou. Aos poucos, toda a costa do Rio Grande do Norte e o campo de Santo Agostinho foram dominados. Em 1635, o governador Matias de Albuquerque ordenou a retirada para Alagoas, onde prendeu e fez executar Calabar. Os invasores conseguiram dominar ainda por alguns anos. (Barbeiro, Heródoto. Coleção de olho no mundo do trabalho. História.Volume único para o ensino médio. São Paulo: Scipione. 2004. p. 220-221.) O episódio, descrito anteriormente, eclodiu no Brasil ainda no período colonial, no contexto do ciclo da cana-de-açúcar, envolvendo várias províncias do Nordeste, inclusive o Rio Grande do Norte. Questões contextualizadas Trata-se da(s) a) invasões francesas, cujo objetivo era redistribuir as terras divididas entre Portugal, Espanha, França e Inglaterra através do Tratado de Madri. b) invasões holandesas ocorridas, entre outras razões, com o intuito de permitir um comércio e refino do açúcar pelos holandeses, diretamente em terras brasileiras. c) Guerra dos Mascates, envolvendo os comerciantes portugueses e os senhores de engenho nordestinos, revoltados com os abusos cometidos em relação ao preço do açúcar. d) Revolta dos Malês, conflito grave que envolveu todo o nordeste, cuja causa principal era a invasão de terras devolutas, demarcadas pelo governo português na região açucareira. 3. (Espm 2013) Leia os versos de Gregório de Matos abaixo e responda: O açúcar já se acabou? Baixou. E o dinheiro se extinguiu? Subiu. Logo já convalesceu? Morreu. À Bahia aconteceu o que a um doente acontece, cai na cama, o mal lhe cresce, baixou, subiu e morreu. A decadência econômica que afetava a Bahia e o Nordeste brasileiro no final do sé- culo XVII decorria: a) da invasão francesa e da devastação da lavoura canavieira; b) da região se encontrar então sob a ocupação holandesa; c) da concorrência que o açúcar produzido pelos holandeses, nas Antilhas, fazia ao açúcar produzido no Brasil; d) do deslanchar naquele tempo da cafeicultura; e) do fato de a Espanha, que dominava a região na época, ter seu interesse voltado para a extração da prata em regiões como México e Peru. 4. (Fgv 2012) A presença da Companhia das Índias Ocidentais no nordeste da América portuguesa, especialmente durante a administração de Maurício de Nassau (1637-1644), caracterizou-se pelo a) oferecimento de privilégios aos pernambucanos que se convertessem ao judaísmo, como a isenção tributária e a possibilidade de obter empréstimos bancários. b) incentivo à utilização do trabalho livre, considerado pelos holandeses mais produtivo, em detrimento do trabalho compulsório dos africanos. c) favorecimento à participação dos proprietários luso-brasileiros nas instâncias de poder no Brasil holandês, como na Câmara dos Escabinos. d) confisco das propriedades dos cristãos-novos pernambucanos que lutaram contra a presença holandesa, assim como de todos os bens da Igreja Católica. e) processo de reorganização das atividades econômicas em Pernambuco, sobretudo com a troca da produção de algodão pela de manufatura. 5. (Espm 2007) Quem foi Calabar? Para uns, um patriota; para outros, um desertor; para muitos, traidor. Dele, com certeza, só se pode dizer: covarde não era. Era um bravo, um forte, um hábil guerrilheiro, um mulato de talento. (Celso Cunha Jr. In: Francisco de Assis Silva e Pedro Ivo de Assis Bastos. "História do Brasil") A figura de Domingos Fernandes Calabar deve ser relacionada à seguinte passagem da História do Brasil: a) Invasão francesa ao Maranhão. b) Segunda Invasão dos holandeses ao Nordeste. c) Guerra da Cisplatina. d) Guerra do Paraguai. e) Guerra de Canudos. Gabaritos Tradicionais 1. B 2. E 3. C 4. D 5. C Aprofundadas Resposta da questão 1: a) Moenda d’água; escravidão africana; cana-de-açúcar. b) Fornecimento e renovação da mão de obra escrava, isto é, o controle do tráfico negreiro. Resposta da questão 2: a) Uma interpretação considera que a luta contra os holandeses foi movida por um elemento ideológico, abstrato, o sentimento de pertencer a uma “nacionalidade” – a brasileira - e de pertencer a um país, o Brasil, ocupado por elementos estrangeiros. A segunda interpretação valoriza os interesses econômicos, considerando que a luta pela expulsão dos holandeses se deve ao processo de exploração imposto aos latifundiários ligados a produção canavieira. b) O interesse dos holandeses – na verdade da WIC – no comércio do açúcar, já praticado pelos holandeses antes mesmo da União Ibérica; e a luta contra a Espanha, maior potência da época, da qual a Holanda havia se separado em 1579. Resposta da questão 3: a) O estabelecimento de franceses no Rio de Janeiro (século XVI) ou no Maranhão (século XVII); - e estabelecimento dos holandeses no Nordeste: a tentativa de conquista de Salvador ou a efetiva dominação de parte do Nordeste a partir da conquista do Recife. b) Em muitas ocasiões, os enfrentamentos bélicos e rivalidades pré-existentes entre os indígenas foram utilizados por europeus, notadamente pelos franceses, que deles lançavam mão para questionar a legitimidade das conquistas portuguesas na América. Resposta da questão 4: a) O calvinismo se baseia na predestinação que defende a acumulação material, o trabalho e a disciplina, como indícios da salvação divina divergindo de conceito de usura cuja prática é considerado pecado. b) Controlar a produção e o comércio do açúcar no Brasil, quando durante a União Ibérica, a Espanha retirou os holandeses dos arrendamentos concedidos pela Coroa Portuguesa. Resposta da questão 5: a) A fusão dos reinos de Espanha e Portugal com o fim da dinastia de Avis, sem herdeiros após as mortes de D. Sebastião e D. Henrique, sob o governo de Felipe II, apoiado por nobres e burgueses lusitanos. b) O interesse na produção de açúcar no Brasil, as divergências políticas entre Holanda e Espanha e o fim da participação holandesa no comércio do açúcar brasileiro após a União Ibérica. Específicas 1. C 2. A 3. B 4. A 5. A Contextualizadas1. E 2. B 3. C 4. C 5. B
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