Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Professor: Ronaldo Miranda Pontes, PhD Gestão de Custos Conteúdo Programático Custo por ordem e por processo Custeio por ordem; Custeio por processo. 1 Esquema básico e departamentalização Contabilidade financeira, de custos e gerencial; Gestão de custos; Classificação dos custos; Métodos de custeio; Esquema básico; Departamentalização 2 Custeio Variável e por Absorção Custo variável; Custo por absorção. 3 4 Custo ABCConceituação de método ABC;Exemplo de custeio por ABC. Custo Padrão Conceito; Tipos de Custo-Padrão; 5 6 Ponto de EquilíbrioConceito;Ponto de equilíbrio contábil, financeiro e econômico; Influência do Ponto de equilíbrio. Ponto de Fechamento Conceito; Cálculo do ponto de fechamento Exemplos. 7 104 Gestão de Custos Contabilidade Financeira ou Geral início rudimentar - 2.000 anos AC Na Antigüidade - Egito e Grécia - Adm. Pública Método partidas dobradas - século XIII em Florença e no século XIV em Gênova Itália - século XV - Frei Franciscano Luca Pacciolo (Suma de Arithmetica Geometria Proportioni et Proportionalità) Até a Revolução Industrial (século XVIII), somente empresas comerciais. Contabilidade Financeira, de Custos e Gerencial 1 - Esquema Básico e Departamentalização CONTAS VALOR Vendas Líquidas 100.000 70.000 (-) Custo das merc. vendidas Estoque inicial (+) compras (-) estoques finais 25.000 (35.000) (60.000) = LUCRO BRUTO 40.000 (-) Despesas Comerciais (vendas) Administrativas Financeiras = RESULT. ANTES DO IRPJ 26.000 5.500 6.000 2.500 14.000 Contabilidade Financeira, de Custos e GerencialContabilidade Financeira ou Geral Objetivos: Controlar o patrimônio; Apurar os resultados; Prestar informações aos usuários externos (acionistas, fisco). Produtos: BP; DRE; DMPL; Fluxo de Caixa Desenvolvida para empresas comerciais. 105 Gestão de Custos Originou-se da analogia com a Contabilidade Geral ou Financeira. Obedece aos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos, é exigido pela Auditoria Externa das Cias. Abertas e pela Legislação do I.R. Contabilidade Financeira, de Custos e Gerencial Contabilidade de custos Após o século XVIII - Revolução Industrial. Objetivo: Avaliação dos estoques (de matéria prima, produtos em elaboração e produto acabado). Evolução do processo de custos Contabilidade Financeira, de Custos e Gerencial Antigamente Preço = Custo + Lucro CONTABILIDADE Ontem Lucro = Preço - Custo CONTROLE Hoje Custo = Preço - Lucro Gerenciamento 106 Gestão de Custos Contabilidade gerencial • Nasce com a evolução da contabilidade de custos. • Custos como instrumento de administração. • Surge na 1ª Grande Guerra e ganha modernas técnicas após a 2ª Grande Guerra. • A moderna contabilidade gerencial aparece nos Estados Unidos, com a indústria de armas e as fábricas de tecidos. Contabilidade Financeira, de Custos e Gerencial Avaliação de inventários e determinação de resultados Planejamento e controle das atividades empresariais · Preparação de orçamentos · Determinação de preços · Análise do comportamento dos custos · Determinação do volume de produção · Determinação de responsabilidades Objetivos: Tomadas de decisões · Fabricar ou sub-contratar · Eliminação e/ou agregação de linhas de produtos · Aceitar ou rejeitar pedidos especiais As empresas não fazem contabilidade de custos, mas sim contabilidade de gastos. Sabem quanto gastou, mas não sabem onde ou porque gastou. Com a globalização as empresas precisam enxugar as gorduras. Gestão de Custo Produção Chinesa Produção Índia O custo é o termômetro para avaliar a eficiência e o desempenho das empresas. O custo tem que ser planejado e não somente controlado ou contabilizado 107 Gestão de Custos PROBLEMÁTICA ATUAL Produto alfa: 1h/unidade (padrão eficiente) Mão-de-obra: 10,00/hora – 8h/dia – 80,00/dia Materiais diretos: 5,00 / unidade Medição da produção de um dia Produção do dia: 5 unidades Tempo de trabalho: 6 horas Materiais diretos: 30,00 Análise Convencional “CUSTO”= 110,00 = 22,00/unidade alfa 5 Custo de produção Análise necessária Custo Mão de obra: 1h x 10,00/hora 5 x 15,00 = 75,00 Ineficiência (6hs – 5hs) (1 x 10,00) = 10,00 Ociosidade (8hs – 6hs) (2 x 10,00) = 20,00 110,00 Custo Material: 1 x 5,00/unid. Perda (5 x 5,00=25,00) – 30,00 = 5,00 . Ineficiente É o que não produz como o esperado. PROBLEMÁTICA ATUAL Ociosidade Horas não trabalhadas Perda Produto defeituoso Perda material CONCLUSÃO O custo do produto Alfa poderá ficar entre R$ 15,00 e R$ 22,00 108 Gestão de Custos Lógica da Melhoria Lógica da melhoria Identificar os problemas Eliminar as causas Perda, Ineficiência e ociosidade Perda, Ineficiência ociosidade Terminologia Contábil Gasto :Sacrifício financeiro para obtenção de um bem ou serviço (à vista ou a prazo). Gasto com compra de matéria-prima; Gasto com mão-de-obra; Gasto com compra de um imobilizado. Custo :Gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Matéria-prima; Mão-de-obra; Energia elétrica. Despesa :Gasto relativo a bens não correlacionados com a produção. Podem ser Administrativas, de Vendas ou Comerciais financeiras Comissão do vendedor; Juros; Salários da administração. Investimento :Gastos com bens ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. Aquisição de móveis, imóveis, equipamentos etc. Desembolso :pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Saída de dinheiro. 109 Gestão de Custos Perdas da atividade produtiva normal Sobras: aparas, retalhos etc. Quebras (desaparece no manuseio): ácido, combustível etc. Relativa à Matéria-prima: Relativa ao processo: Refugo: quando não atende a qualidade, não recuperável. Unidades defeituosas: não atende a qualidade, são recuperáveis - RETRABALHO Perda :redução do patrimônio sem qualquer valor compensatório Perda com incêndio; Quebras, refugos e defeitos. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS CUSTOS DIRETOS São os custos que podem ser diretamente apropriados aos produtos fabricados. Ex.: Matéria Prima; Mão-de-obra Direta; CUSTOS INDIRETOS: São os custos que beneficiam toda a produção, mas não são identificados com cada produto. Ex.: Podem ser todos os custos de produção exceto MP, MOD: Depreciação, Aluguéis, Supervisão, Energia elétrica, etc. 110 Gestão de Custos CUSTOS E DESPESAS FIXAS: 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1100 10 20 30 40 50 60 70 80 Independem do volume de produção ou vendas. Ex.: Aluguel, supervisão, segurança. QUANTIDADE V A L O R CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS: 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1100 10 20 30 40 50 60 70 80 São aqueles que são relacionados (variam) diretamente com o volume de produção e vendas. Ex.: Mat. Diretos, M.O.Direta, Comissão Vendedores. QUANTIDADE V A L O R 111 Gestão de Custos CUSTO TOTAL: Representa a somatória dos custos Fixos e Variáveis quantidades0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Participação do custo fixo Participação do custo variável C U S T O T O TA L CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Representa o custo incorrido para transformação da matéria prima em produto. CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO: Custo de Transformação = MOD + CIF Custo Primário = MP + MOD Representa o custo de matéria prima e de mão de obra direta. CUSTO PRIMÁRIO: CUSTOS DE PRODUÇÃO: Custo de Produção = MP + MOD + CIF Representa o custo de matéria prima, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação. 112 Gestão de Custos Resumo das Classificações dos Gastos G A S T OS custos despesas investimentos administrativas vendas financeiras produto Volume de produção diretos indiretos fixos variáveis perdas Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos elaborados de forma direta ou indireta. CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU CUSTEIO PLENO Métodos de custeio No custeio direto ou variável somente são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período. CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL 113 Gestão de Custos ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS 1 Separação de Custos e Despesas; 2 Apropriação dos Custos Diretos; 3 Rateio e apropriação dos Custos Indiretos; 4 Apuração do custo da produção acabada; 5 Apuração do custo dos produtos em elaboração; 6 Apuração do custo dos produtos vendidos; 7 Apuração do resultado. ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS COMISSÕES DE VENDEDRORES R$ 80.000,00 SALÁRIOS DA FÁBRICA R$ 120.000,00 MATÉRIA-PRIMA CONSUMIDA R$ 350.000,00 SALÁRIOS DA ADMINISTRAÇÃO R$ 90.000,00 DEPRECIAÇÃO DA FÁBRICA R$ 60.000,00 SEGUROS DA FÁBRICA R$ 10.000,00 DESPESAS FINANCEIRAS R$ 50.000,00 HONORÁRIOS DA DIRETORIA R$ 40.000,00 MATERIAIS DIVERSOS – FÁBRICA R$ 15.000,00 ENERGIA ELÉTRICA – FÁBRICA R$ 85.000,00 MANUTENÇÃO – FÁBRICA R$ 70.000,00 DESPESAS DE ENTREGA R$ 45.000,00 CORREIOS, TELEFONE E FAX R$ 5.000,00 MATERIAL DE ESCRITÓRIO R$ 5.000,00 TOTAL GASTOS / SETEMBRO R$ 1.025.000,00 114 Gestão de Custos ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS Custos de Produção: Salários da Fábrica R$ 120.000,00 Matéria-Prima Consumida R$ 350.000,00 Depreciação da Fábrica R$ 60.000,00 Seguros da Fábrica R$ 10.000,00 Materiais Diversos – Fábrica R$ 15.000,00 Energia Elétrica – Fábrica R$ 85.000,00 Manutenção – Fábrica R$ 70.000,00 Total R$ 710.000,00 (Estes integrarão o Custo dos Produtos) 1º passo Separação de Custos e Despesas ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS Despesas Administrativas: Salários da Administração R$ 90.000,00 Honorários da Diretoria R$ 40.000,00 Correios, Telefone e Fax R$ 5.000,00 Material de Escritório R$ 5.000,00 Total R$ 140.000,00 Despesas de Venda: Comissões de Vendedores R$ 80.000,00 Despesas de Entrega R$ 45.000,00 Total R$ 125.000,00 Despesas Financeiras: R$ 50.000,00 1º passo Separação de Custos e Despesas 115 Gestão de Custos ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS A empresa fabrica 3 produtos: A, B e C. Suponha que os custos diretos sejam: Matéria-prima; Mão-de-obra Direta; Energia Elétrica. A B C 2º passo Apropriação dos custos diretos Através das requisições do almoxarifado, verificou-se a seguinte distribuição: Matéria-Prima: Produto A R$ 75.000,00 Produto B R$ 135.000,00 Produto C R$ 140.000,00 TOTAL R$ 350.000,00 ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS 116 Gestão de Custos Produto C R$ 21.000,00 Produto B R$ 47.000,00 Produto A R$ 22.000,00 Através de tais apontamentos e calculados os valores, tem-se: ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS Mão-de-obra Direta: Mão-de-obra indireta R$ 30.000,00 Mão-de-obra direta R$ 90.000,00 TOTAL R$120.000,00 Produto C R$ 7.000,00 Produto B R$ 20.000,00 Produto A R$ 18.000,00 Na fabricação dos produtos consumiu-se diretamente R$ 45.000,00 e R$ 40.000,00, só serão alocáveis por critério de rateio. ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS Energia Elétrica Energia elétrica indireta R$ 40.000,00 Energia elétrica direta R$ 45.000,00 TOTAL R$ 85.000,00 117 Gestão de Custos Do total de custo de produção: R$ 485.000,00 são diretos e já estão alocados. R$ 225.000,00 precisam ser apropriados. ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS Matéria-prima Diretos (R$) A B C Indiretos (R$) TOTAL (R$) 75.000,00 135.000,00 140.000,00 350.000,00 Mão-de-obra 22.000,00 47.000,00 21.000,00 120.000,0030.000,00 En. Elétrica 18.000,00 20.000,00 7.000,00 85.000,0040.000,00 Depreciação 60.000,0060.000,00 Seguros 10.000,0010.000,00 Mat. diversos 15.000,0015.000,00 Manutenção 70.000,0070.000,00 TOTAL 115.000,00 202.000,00 168.000,00 710.000,00225.000,00 Critérios de Rateios: Custos Diretos Totais Mão-de-Obra Matéria Prima Energia Elétrica Custos Indiretos: R$ 225.000,00 ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS 3º passo Apropriação dos custos indiretos 118 Gestão de Custos ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS Rateio pelos custos diretos totais A 115.000,00 23,71 23,71 53.351,00 168.351,00 B 202.000,00 41,65 41,65 93.711,00 295.711,00 C 168.000,00 34,64 34,64 77.938,00 245.938,00 TOTAL 485.000,00 100,00 100,00 225.000,00 710.000,00 CUSTOS DIRETOS R$ % % R$ CUSTOS INDIRETOS TOTAL ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS A 22.000,00 Rateio pela Mão-de-obra 24,4 24,4 55.000,00 115.000,00 B 47.000,00 52,2 52,2 117.500,00 202.000,00 C 21.000,00 23,3 23,3 52.500,00 168.000,00 TOTAL 90.000,00 100,0 100,0 225.000,00 485.000,00 MOD R$ % % R$ CUSTOS INDIRETOS CUSTOS DIRETOS 170.000,00 319.500,00 220.500,00 710.000,00 TOTAL R$ 119 Gestão de Custos ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS A Mão-de-obra 23,9 B 45,0 C TOTAL 100,0 % 170.000,00 319.500,00 710.000,00 TOTAL Rateio Custos diretos totaisx 31,1 220.500,00 23,7 41,7 100,0 % 710.000,00 TOTAL 34,6 1,0 7,4 % (11,5) 168.351,00 295.711,00 245.938,00 custos diretos totaisMão-de-obra EM RELAÇÃO ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS Os custos totais dos produtos serão diferentes dependendo do critério de rateio utilizado. Não há uma forma perfeita de se distribuir os custos indiretos; deve-se procurar entre as alternativas a que traz consigo menor grau de arbitrariedade. Conclusão: 120 Gestão de Custos Produto C Produto B ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS Custos Despesas Indiretos Diretos Custo Produtos Vendidos Rateio Estoque Produto A Resultado Vendas DEPARTAMENTALIZAÇÃO Produtos Produto D Produto E Produto F TOTAL Custos diretos 500.000,00 300.000,00 450.000,00 1.250.000,00 121 Gestão de Custos SEM DEPARTAMENTALIZAÇÃO ALOCAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Depreciação-Equipamentos Manutenção-Equipamentos Energia Elétrica Supervisão da Fábrica Outros Custos Indiretos TOTAL 200.000,00 350.000,00 300.000,00 100.000,00 200.000,00 1.150.000,00 SEM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Devido à grande preponderância de Custos Indiretos ligados a equipamentos: depreciação, manutenção e energia, decide-se então fazer a distribuição aos diversos produtos com base no tempo de horas-máquina que cada um leva para ser feito. Produto D 400 horas-máquina 40% Produto E 200 horas-máquina 20% Produto F 400 horas-máquina 40% TOTAL 1.000 horas-máquina 100% Custo indireto médio por hora/máquina R$ 1.150.000,00 ÷ 1.000 h/m = R$ 1.150,00 h/m 122 Gestão de Custos CUSTO INDIRETO CUSTO DIRETO CUSTO TOTAL % R$ R$ R$ TOTAL 100,0 1.150.000,00 1.250.000,00 2.400.000,00 PRODUTO F 40,0 460.000,00 450.000,00 910.000,00 PRODUTO E 20,0 230.000,00 300.000,00 530.000,00 PRODUTO D 40,0 460.000,00 500.000,00 960.000,00 SEM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Portanto, a atribuição dos custos indiretos e o cálculo do Custo Total ficam: Analisando o processo de produção, verifica-se que os totais de horas-máquina são assim distribuídos: COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO CORTE MONTAGEM ACABAMENTO Horas/máquina TOTAL 300 300 400 1.000 PRODUTO F --- 250 150 400 PRODUTO E 200 --- --- 200 PRODUTO D 10050 250 400 TOTAL 123 Gestão de Custos COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Verifica-se que o gasto com os Custos Indiretos de Produção não é uniforme entre os setores, distribuindo-se: CORTE MONTAGEM ACABAMENTO TOTAL R$ DEPRECIAÇÃO MANUTENÇÃO ENERGIA SUPERVISÃO OUTROS C.I 100.000,00 200.000,00 60.000,00 50.000,00 40.000,00 30.000,00 30.000,00 40.000,00 20.000,00 30.000,00 70.000,00 120.000,00 200.000,00 30.000,00 130.000,00 200.000,00 350.000,00 300.000,00 100.000,00 200.000,00 TOTAL 450.000,00 150.000,00 550.000,00 1.150.000,00 TOTAL horas 300 hs 300 hs 400 hs 1.000 hs COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO CORTE MONTAGEM ACABAMENTO TOTAL R$ Custo Médio Por Hora- Máquina 450.000,00 ÷ 300 hm = 1.500,00/hm 150.000,00 ÷ 300 hm = 500,00/hm 550.000,00 ÷ 400 hm = 1.375,00/hm 1.150.000,00 ÷ 1000 hm = 1.150,00/hm Custo médio da hora nos Departamentos 124 Gestão de Custos COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO No Corte Na Montagem No Acabamento Total Total Produto D Produto E Produto F 100 hm x R$1.500,00/hm = R$ 150.000 200 hm x R$1.500,00/hm = R$ 300.000 --- --- --- R$ 450.000,00 50 hm x R$500,00/hm = R$ 25.000 250 hm x R$1.375,00/hm = R$ 343.750 150 hm x R$1.375,00/hm = R$ 206.250 250 hm x R$ 500,00/hm = R$ 125.000 R$ 150.000,00 R$ 550.000,00 R$ 518.750,00 R$ 300.000,00 R$ 331.250,00 R$ 1.150.000,00 COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO CUSTOS INDIRETOS DIFERENÇA Sem Departament. Com Departament. Em R$ Em % Produto D Produto E Produto F 460.000,00 518.750,00 58.750,00 12,8 230.000,00 300.000,00 70.000,00 30,4 460.000,00 331.250,00 (128.750,00) -28,0 1.150.000,00 --- ---TOTAL 1.150.000,00 125 Gestão de Custos OS CUSTOS DOS DEPARTAMENTOS DE SERVIÇOS DEPARTAMENTOS DE SERVIÇOS ADM DA FÁBRICA MANUTENÇÃO ALMOXARIFADO CONT DE QUALIDADE DEPARTAMENTOS DE PRODUÇÃO USINAGEM CROMEAÇÃO MONTAGEM OS GASTOS DOS DEPARTAMENTOS DE SERVIÇOS DEVERÃO SER REDISTRIBUÍDOS AOS DEPARTAMENTOS DE PRODUÇÃO PARA EFEITO DO CÁLCULO DOS CUSTOS DOS DEPATAMENTOS DE PRODUÇÃO E DOS PRODUTOS PRODUZIDOS Atividade produtiva a partir de encomendas específicas para cada cliente. EX: Equipamentos, Móveis, Construção Civil, Plataformas de petróleo etc. CUSTO POR ORDEM Custo por ordem Custo por processo 2 126 Gestão de Custos Em 12/2017 encomenda de 2 máquinas para entrega em 03 meses. A Ordem de Produção (OP) nº 101, em dezembro recebe materiais diretos (MD),mão-de-obra (MOD) e custo indireto de fabricação (CIF. ) OP nº 101 MD MOD CIF 120.000 80.000 50.000 250.000 CUSTO POR ORDEM No Balanço de 31/12/2017, R$250.000,00 – ficará na conta “PRODUTOS EM ELABORAÇÃO” Em 2018, a OP nº 101 recebe os seguintes valores: OP nº 101 MD MOD CIF rateio 200.000 150.000 50.000 400.000 CUSTO POR ORDEM O saldo da conta OP nº 101, é de R$650.000,00. será encerrado em contrapartida de CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS ou PRODUTOS ACABADOS OP nº 101 MD MOD CIF 120.000 80.000 50.000 250.000 OP nº 101 MD MOD CIF rateio 200.000 150.000 50.000 400.000 2017 2018 + 650.000 127 Gestão de Custos CUSTO POR PROCESSO Produção em série de um produto ou linha de produtos para estoque. EX: Indústria Têxtil, Aço, Cimento, Refrigerantes As contas não são encerradas, há fluxo contínuo de: “Produtos em elaboração” “Produtos Acabados” “Produtos Vendidos”. ETAPAS DO CUSTEIO POR ORDEM EM EMPRESAS DE SERVIÇOS Abrir Ordem de Serviço e definir objeto do custo.1 Alocar Custos Diretos na Ordem de Serviço. 2 Identificar os Custos Indiretos associados com a Ordem de Serviço.3 Selecionar o critério de rateio para alocar os custos indiretos à Ordem de Serviço.4 Calcular a Taxa Unitária para alocar os custos indiretos à ordem de serviço.5 Distribuir os custos ao objeto de custo, adicionando todos os custos diretos e indiretos. 6 128 Gestão de Custos ESQUEMA DO CUSTEIO POR ORDEM EM EMPRESAS DE SERVIÇOS OBJETO DE CUSTOS OBJETO DE CUSTOS CUSTOS DIRETOS HORAS DE MOD CUSTOS DIRETOS CUSTOS INDIRETOS Serviços de suporte: *Administrativo; *Financeiro; *Marketing; *etc CRITÉRIO DE ALOCAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS CUSTOS INDIRETOS HORAS DE MOD As etapas aqui apresentadas devem ser seguidas para se acumular custos às ordens de serviços. Elas se aplicam também ao custeio por ordem nos setores comercial e industrial. Criado por Kaplan e Cooper professores da Harvard Business School a partir de 1988. Custeio ABC (Activity Based Costing) é um método de custeio baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos. CUSTEIO ABC “O conceito de atividades consumindo recursos e de objetos consumindo atividades é fundamental para uma visão de como o sistema de operações se desenvolve e o que e como adiciona valor no sistema empresarial, o que acaba por tornar as operações mais eficientes e a empresa mais competitiva a longo prazo”. Israel Brunstein Escola Politécnica da USP 129 Gestão de Custos CUSTEIO ABC Custos indiretos de fabricação (overhead costs) altos e crescentes. Motivo Objetivos Rastrear as atividades e como elas estão consumindo seus recursos. Direcionar os custos para essas atividades. Direcionar os custos das atividades para os bens fabricados. CUSTEIO ABC Atribuição dos custos às atividades utiliza os direcionadores de recursos. Atribuição dos custos das atividades aos produtos utiliza os direcionadores de atividades. Os direcionadores de recursos e os direcionadores de atividades, são denominados direcionadores de custos (cost drivers). 130 Gestão de Custos CUSTEIO ABC Diagrama Recursos Indiretos: Mão de Obra Gastos Gerais Energia Elétrica Etc. Atividades: Preparação Cortar Manutenção Etc. Produtos: Carros Tratores Direcionadores de Recursos Direcionadores de atividades Mensuração dos recursos que são consumidos por cada atividade – feita através da atribuição direta do custo, quando possível, ou da utilização de direcionadores de recursos. CUSTEIO ABC Identificação das atividades exercidas por cada departamento da empresa; Atribuições dos custos das atividades aos produtos através da utilização dos direcionadores de atividades. Procedimentos 1 2 3 131 Gestão de Custos CUSTEIO ABCExemplo simplificado Produção da Cia Têxtil ABC S/A Produtos da Cia ABC S/A R$ de venda Produção Mês Custos dir. Unitários ALFA BETA GAMA 8,00 14,00 24,00 10.000 5.000 4.000 2,00 3,00 5,00 Aluguel e seguros da fábrica Mão de obra indireta Material de consumo TOTAL R$ 40.000,00 R$ 90.000,00 R$ 20.000,00 R$ 150.000,00 Custos Indiretos de Fabricação (CIF’s) CUSTEIO ABCExemplo simplificado Atividades desenvolvidas pela Cia Têxtil ABC S/A DEPARTAMENTOS ATIVIDADES Compras Produção Acabamento Comprar Controlar a produção Atividade Industrial 1 Acabar e despachar 132 Gestão de Custos CUSTEIO ABCExemplo simplificado Atribuição de custos às atividades Direcionadores de Recursos Gastos indiretos de fabricação Direcionadores Aluguel e seguros da fábrica Mão-de-obra indireta Material de consumo Área utilizada Dados do dep. pessoal Dados almoxarifado CUSTEIO ABC Atividades Aluguel e seguros M.O Indireta Material consumo Total Compras Controlar Prod Ativ. Ind. 1 Acabamento Despacho Total 8.000,00 10.000,00 12.000,00 6.000,00 4.000,00 40.000,00 10.000,0030.000,00 40.000,00 8.000,00 2.000,00 90.000,00 2.000,00 5.000,00 8.000,00 3.000,00 2.000,00 20.000,00 20.000,00 45.000,00 60.000,00 17.000,00 8.000,00 150.000,00 Quadro resumo - custos indiretos das atividades 133 Gestão de Custos CUSTEIO ABC Atividades Direcionadores de Atividades ALFA BETA GAMA TOTAL COMPRAS CONT. PROD. ATIV. IND. 1 ACABAMENTO DESPACHO Nº de pedidos hs produção + setup Tempo operação hs produção + setup Tempo operação 30% 20% 50% 100% 5% 50% 45% 100% 25% 35% 40% 100% 35% 30% 35% 100% 40% 30% 30% 100% Quadro dos direcionadores de atividades Quanto os produtos consomem de cada atividade. Atividades COMPRAS CONT. PROD. ATIV. IND. 1 ACABAMENTO DESPACHO CIF’s Unit. Custos D. Unit. Custo Un. Total ALFA BETA GAMA TOTAL TOTAL 6.000,00 2.250,00 15.000,00 5.950,00 3.200,00 32.400,00 3,24 2,00 5,24 4.000,00 22.500,00 21.000,00 5.100,00 2.400,00 55.000,00 11,00 3,00 14,00 10.000,00 20.250,00 24.000,00 5.950,00 2.400,00 62.600,00 15,65 5,00 20,65 20.000,00 45.000,00 60.000,00 17.000,00 8.000,00 150.000,00 CUSTEIO ABC 134 Gestão de Custos CONCEITO e FINALIDADE Custo Padrão Sistema de custeamento - filosofia de controle das operações; Custo estabelecido como meta; Essencial na elaboração de orçamentos; Instrumento psicológico para a melhoria de desempenho do pessoal. “é uma previsão do que os custos reais devem ser dentro de condições projetadas, servindo como uma base para o controle de custos e como uma medida da eficiência de produção.” LEONE, 2005 TIPOS DE CUSTO-PADRÃO Custo-Padrão ideal: custo de laboratório; Custo-Padrão estimado ou Orçado: é a média do passado (com toda a ociosidade, ineficiência e perdas). Custo-Padrão Corrente: custo de produção para o próximo período. consideram as condições de imperfeições ambientais, empresariais e de mercado. CUSTO REAL Custo Padrão O Custo Real representa o custo acontecido. Características Na avaliação de inventário serve apenas para atender às necessidades legais e fiscais; Análise de suas variações, em relação ao custo-padrão; identificar as causas do porquê das variações, e permite corrigir os rumos atuais. 135 Gestão de Custos Custo Padrão VARIAÇÃO E CUSTO PADRÃO Fixado o padrão chega a hora do controle das variações entre o Padrão e o Real. Tipos de variações Variações de preços: desvio entre o preço estabelecido e o preço realizado. Variações de quantidades: É a relação entre a quantidade de insumo estabelecida para a produção sob análise e aquela efetivamente incorrida. Variação mista: Neste caso ocorre o efeito das variações de preço na variação de quantidades e seu isolamento deve ser realizado, dado sua importância nas análises. Custo Padrão VARIAÇÃO DE PREÇO E QUANTIDADE real padrão variações Quant. Cons. Preço Unit. Custo da MP 12 Kg R$ 4,00 R$ 48,00 10 Kg R$ 3,00 R$ 30,00 2 Kg R$ 1,00 R$ 18,00 10 12 3,00 4,00 Custo Padrão R$ 3,00 x 10Kg = R$ 30,00 Variação de preço (R$ 4,00 – R$ 3,00) x 10Kg = R$ 10,00 Variação de quantidade (12 – 10) x R$ 3,00 = R$ 6,00 Variação mista (12 - 10) x (R$ 4,00 - R$ 3,00) = R$ 2,00 R$ Kg 136 Gestão de Custos Ponto de equilíbrio CORRESPONDE AO NÍVEL DE ATIVIDADE DA EMPRESA ONDE O LUCRO SERÁ NULO. EVIDENCIA O VOLUME DE PRODUÇÃO E VENDAS QUE A EMPRESA NECESSITA PARA COBRIR SEUS CUSTOS E DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS. É UMA FERRAMENTA IMPORTANTE NO PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO POR RELACIONAR AS QUATRO PRINCIPAIS VARIÁVEIS: CUSTO, RECEITA, VOLUME DE SAÍDAS E LUCRO. CUSTOS FIXOS CUSTOS VARIÁVEIS R$ Quantidade Ponto de equilíbrio CUSTOS TOTAIS RECEITAS TOTAIS p q 137 Gestão de Custos Ponto de equilíbrio Ponto de equilíbrio em quantidade RT = GT GT = GVT + GF GVT = GV x q RT = GV x q + GF RT = p x q p x q = GV x q + GF p x q - GV x q = GF q (p-Gv) = GF q = GF . P - Gvv PONTO DE EQUILÍBRIO EM REAIS = q x p Ponto de equilíbrio IMC = ÍNDICE MARGINAL DE CONTRIBUIÇÃO GF e GV 138 Gestão de Custos UMA EMPRESA APRESENTA OS SEGUINTES DADOS: CUSTOS VARIÁVEIS: R$ 6,00/U CUSTOS FIXOS: R$ 40.000,00/ANO PREÇO: R$ 8,00/U PATRIMÔNIO LÍQUIDO: R$ 100.000,00 TX. MÍNIMA DE RETORNO: 10% AO ANO DEPRECIAÇÃO: R$ 8.000,00/ANO AMORTIZAÇÃO (FINANCIAMENTO): R$ 20.000,00/ANO CONTÁBIL, ECONÔMICO E FINANCEIRO • CUSTOS VARIÁVEIS: R$ 6,00/U • CUSTOS FIXOS: R$ 40.000,00/ANO • PREÇO DE VENDA: R$ 8,00/U q = GF . P - Gvv Ponto de equilíbrioCONTÁBIL 139 Gestão de Custos Um resultado contábil nulo significa que, economicamente, a empresa está perdendo (pelo menos o juro do capital próprio investido). Onde: CO = Custo de oportunidade ECONÔMICO Ponto de equilíbrio q = GF + CO . P - Gvv ECONÔMICO Ponto de equilíbrio CUSTOS VARIÁVEIS: R$ 6,00/U CUSTOS FIXOS: R$ 40.000,00/ANO PREÇO DE VENDA: R$ 8,00/U CUSTO DE OPORTUNIDADE: R$ 10.000,00 q = GF + CO . P - Gvv PRODUÇÃO ENTRE 20.000u e 25.000u . LUCRO CONTÁBIL E PREJUÍZO ECONÔMICO 140 Gestão de Custos O PEF aponta a quantidade para cobrir somente as necessidades de caixa. Gastos não financeiros = depreciação, juros apropriados e não pagos e etc. FINANCEIRO Ponto de equilíbrio q = GF – gastos não financeiros . P - Gvv CUSTOS VARIÁVEIS: R$ 6,00/U CUSTOS FIXOS: R$ 40.000,00/ANO PREÇO DE VENDA: R$ 8,00/U DEPRECIAÇÃO: R$ 8.000,00/ANO q = CF – gastos não financeiros P - Cvv Hipótese simplista pois estamos admitindo as receitas recebidas e os custos e despesas (exceto a depreciação) pagos FINANCEIRO Ponto de equilíbrio 141 Gestão de Custos FINANCEIRO Ponto de equilíbrio Passamos a elaboração de um segundo PEF, que leve em consideração parcelas financeiras de desembolso obrigatório no período que não estejam computadas nos custos e despesas. q = GF – Depr. + desembolso P - Gvv CUSTOS VARIÁVEIS: R$ 6,00/U CUSTOS FIXOS: R$ 40.000,00/ANO PREÇO DE VENDA: R$ 8,00/U DEPRECIAÇÃO: R$ 8.000,00/ANO AMORTIZAÇÃO: R$ 20.000,00/ANO q = GF – Depr. + desembolso P - Gvv FINANCEIRO Ponto de equilíbrio 142 Gestão de Custos ACRÉSCIMO DE 20% AOS CUSTOS FIXOS OBS: ∆ DE 1% NO CF = ∆ 1% NO PONTO DE EQUILÍBRIO Influência no Ponto de Equilíbrio 1 - DE ALTERAÇÕES NOS CUSTOS FIXOS: CUSTOS VARIÁVEIS: R$ 6,00/U CUSTOS FIXOS: R$ 40.000,00/ANO PREÇO DE VENDA: R$ 8,00/U Influência no Ponto de Equilíbrio 2 - DE ALTERAÇÕES NOS CUSTOS VARIÁVEIS: CUSTOS VARIÁVEIS: R$ 4,00/U CUSTOS FIXOS: R$ 40.000,00/ANO PREÇO DE VENDA: R$ 8,00/U ACRÉSCIMO DE 20% AOS CUSTOS VARIÁVEIS OBS: ∆ DE 20% NO CV = ∆ 25% NO PONTO DE EQUILÍBRIO 143 Gestão de Custos Influência no Ponto de Equilíbrio 2 - DE ALTERAÇÕES NOS CUSTOS VARIÁVEIS: CUSTOS VARIÁVEIS: R$ 6,00/U CUSTOS FIXOS: R$ 40.000,00/ANO PREÇO DE VENDA: R$ 8,00/U ACRÉSCIMO DE 20% AOS CUSTOS VARIÁVEIS OBS: ∆ DE 20% NO CV = ∆ 150% NO PONTO DE EQUILÍBRIO Influência no Ponto de Equilíbrio 3 - DA ALTERAÇÃO NO PREÇO DE VENDA: CUSTOS VARIÁVEIS: R$ 6,00/U - CUSTOS FIXOS: R$ 40.000,00/ANO - PREÇO DE VENDA: R$ 8,00/U ACRÉSCIMO DE 20% NO PREÇO DE VENDA DIMINUIÇÃO DE 20% NO PREÇO DE VENDA OBS: MUDANÇA NO PREÇO PROVOCA MUDANÇA NA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO IDÊNTICOS À ALTERAÇÃO NOS CV. 144 Gestão de Custos Ponto de Equilíbrio Conclusão Se a margem de contribuição é pequena, qualquer alteração noscustos variáveis ou preço de venda provocará grandes alterações nesta margem o que acarretará grandes alterações no ponto de equilíbrio. Se a margem de contribuição é grande, mesmo grandes alterações percentuais nos custos variáveis não alterará muito esta margem, o que por sua vez provocará pequenas variações no ponto de equilíbrio. O Ponto de Fechamento (QF) será a quantidade de produção onde a empresa consegue cobrir os custos fixos elimináveis, aqueles custos que não existiriam se ela parasse de funcionar. Ponto de Fechamento 145 Gestão de Custos QF = CF elimináveis MCu CF elimináveis = Custos fixos e Despesas Fixas elimináveis MCu = Margem de Contribuição UnitáriaOnde: Ponto de Fechamento Se a empresa estiver atuando acima do seu ponto de fechamento estará minimizando seu prejuízo, uma vez que conseguirá cobrir uma parte dos custos fixos não elimináveis (que existiria mesmo que ela não produzisse nada). Exemplo: Uma empresa possui os seguintes dados: CF elimináveis = 7.000,00 (no caso de parar a produção) CF não elimináveis = 3.000,00 (Independente da produção) Custos e despesas fixas = 10.000,00 Preço de Venda = 20,00 Custo Variável = 10,00 MCu = 10,00 Ponto de Fechamento Quant. PV x Quant. C. fixo C. variável Rec. – Custos ResultadoCustosReceita 1.000 900 800 700 600 20.000,00 10.000,00 10.000,00 ------ 18.000,00 10.000,00 9.000,00 (1.000,00) 16.000,00 10.000,00 8.000,00 (2.000,00) 14.000,00 10.000,00 7.000,00 (3.000,00) 12.000,00 10.000,00 6.000,00 (4.000,00) Calcule o Ponto de Equilíbrio contábil (PEC) e Ponto de Fechamento (QF) PEC = 10.000,00 PEC = 1.000 10,00 QF = 7.000,00 QF = 700 s 10,00 146 Gestão de Custos Ponto de Fechamento A empresa deve parar de operar quando a produção for menor que 700 unidades. Seu funcionamento para volumes de produção entre 700 e 1000 unidades apesar de deficitário minimiza o prejuízo total, pois ela conseguirá cobrir parte dos seus custos fixos não elimináveis. Materiais Diretos consumidos = Estoque inicial + compras – Estoque Final Mão de Obra Direta (MOD) Gastos Gerais de Fabricação (GGF)Custo de Produção do Período (CPP)Estoque Inicial de Produtos em Elaboração (EIPE) Estoque Inicial dos Produtos Acabados (EIPA) Estoque Final dos Produtos Acabados (EFPA) Custo dos Produtos Acabados no período (CPA) Custo dos Produtos Vendidos no Período (CPV) + + - Estoque Final de Produtos em Elaboração (EFPE) - + + 147 Gestão de Custos
Compartilhar