Buscar

Recorte ANÁLISE HORIZONTAL E ANÁLISE VERTICAL (5)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANÁLISE HORIZONTAL E ANÁLISE VERTICAL 
 A análise de balanços deve ser entendida dentro de suas responsabilidades e limitações, explica 
Iudícibus (2007, p. 74). 
A análise mais aponta os problemas a serem investigados do que indica as soluções. Por outro 
lado, desde que utilizadas corretamente, poderão se transformar em poderoso “painel de 
controle” da administração. Para isso os registros contábeis devem ser mantidos com esmero; 
os relatórios financeiros devem ser submetidos à auditoria independente, ou pelo menos 
auditoria interna. 
 Para uma melhor visão dos resultados da análise, deve o analista utilizar entre três e quatro 
exercícios; isto permitirá ao analista uma visão mais apurada do desempenho da empresa, bem 
como a representatividade das contas no balanço patrimonial e demonstrativo do resultado do 
exercício. 
ANÁLISE HORIZONTAL : Análise horizontal, segundo Reis (2009), é uma técnica de análise que 
compara cada item do demonstrativo, em cada ano, com o valor correspondente em 
determinado ano anterior, considerado como base. O objetivo da análise horizontal é mostrar a 
evolução de cada conta isoladamente, ou de cada grupo de contas. 
Para Iudícibus (2007), a principal finalidade da análise horizontal é apresentar o crescimento de 
itens dos balanços e das demonstrações de resultados a fim de caracterizar tendências. Diz ainda 
o autor que a tabela da análise horizontal sempre é realizada em termos de índices. No primeiro 
ano do período analisado, o índice terá como base 100, e os valores dos anos seguintes serão 
expressos em relação ao índice base 100, permitindo, desta forma, o analista observar a 
evolução. 
Para Zdanowicz (1998, p. 59), a análise horizontal é conhecida por “análise de evolução” e, para 
realizar-se a análise horizontal, é preciso ter alguns cuidados, a saber: 
a) implica, necessariamente, uma série de períodos iguais, possibilitando comparações entre si, 
desde que represente um exercício normal (com doze meses); 
b) o período-base deve ser aquele em que a empresa tenha exercido suas atividades em 
condições normais, isto é, que não tenha sido um período atípico. 
Este tipo de análise permite a avaliação do aumento ou da diminuição dos valores, que 
componham o balanço patrimonial ou de resultados entre uma série histórica de períodos. O 
instrumento utilizado para avaliar o crescimento monetário dos elementos do balanço 
patrimonial ou do Demonstrativo do Resultado do Exercício é denominado índice. O cálculo é 
bastante simples: adota-se o índice 100 (cem) como representativo dos valores monetários do 
ano que serve de base, para confronto com os valores dos demais períodos. Aplica-se regra de 
três simples e direta, e calculam-se os índices correspondentes aos períodos que serão 
confrontados com o período 
 ANÁLISE DA ESTRUTURA OU ANÁLISE VERTICAL A análise vertical permite, inicialmente, que o 
analista avalie a estrutura do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, 
o que chamamos de lógica de balanço, isto é, se a proporcionalidade dos diferentes 
componentes patrimoniais e de resultados se mantém ao longo dos anos ou se existem 
desequilíbrios importantes, que merecem uma avaliação mais minuciosa. Segundo Iudícibus 
(2007), este tipo de análise tem por finalidade avaliar a estrutura dos itens do balanço e da 
demonstração do resultado do exercício e sua evolução no tempo. A comparação dos números 
é feita com o total do ativo e do passivo (balanço patrimonial) e com as vendas líquidas 
(demonstrações de resultados). 
Então, se algum componente do ativo circulante, por exemplo, apresentar uma variação 
significativa em relação ao total do ativo, o analista poderá vislumbrar e, sobre essa cifra, 
concentrar suas atenções. Este tipo de análise é importante para avaliar a estrutura de 
composição de itens e sua evolução no tempo. 
Zdanowicz (1998, p. 58-59) afirma que “[...] a análise vertical é o processo que objetiva a 
medição percentual de cada componente patrimonial ou de resultado econômico em relação 
ao total de que se faz parte”. O coeficiente ou a percentagem é a medida que indica a proporção 
de cada componente em relação ao todo. Calcula-se a participação de cada componente do 
ativo ou passivo e patrimônio líquido em relação ao total do ativo ou total do passivo, nesta 
ordem. Idêntico raciocínio desenvolve-se para os elementos de resultado em relação à receita 
operacional líquida da empresa, que expressa os cem por cento. Neste sentido, o referido autor 
confirma que “[...] o objetivo da análise vertical é avaliar, em termos relativos, as partes que 
compõem o todo e compará-las no caso de análise de dois ou mais períodos sociais”. 
IMPORTANTE A análise horizontal e a análise vertical devem ser feitas conjuntamente. O analista 
deve sempre fazer um comparativo entre o percentual que aumentou ou diminuiu e o 
percentual da estrutura, quanto a conta ou grupo de conta representa no grande grupo. 
 
Recorte do livro Análise das demonstrações contábeis / Arlete Regina Floriani. Indaial : 
Uniasselvi, 2013.

Continue navegando