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27/05/2021 Resumo de Direito Administrativo para PF: principais tópicos.
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Resumo de direito administrativo para PF –
Poderes e Agentes Públicos
Fala, pessoal. Então, nesse artigo vamos fazer um resumo sobre os principais pontos de direito administrativo
para a prova da PF. Conforme análise, verificamos que os temas de maiores relevância são:
Temas e incidência de Direito administrativo para PF
Dividiremos os assuntos em dois artigos para que sejam mais bem abordados. Portanto, na parte um
falaremos sobre poderes administrativos e agentes públicos. Entretanto, não temos como esgotar esses temas,
por isso falaremos dos pontos mais importantes e mais cobrados. Vamos?
Primeiro assunto de direito administrativo para PF: poderes
administrativos 
Para começar esse resumo dos principais tópicos de direito administrativo para PF, vamos ver o que é mais
cobrado sobre poderes administrativos.
Poder regulamentar ou normativo
Já ouviram falar no poder regulamentar? Então, segundo José dos Santos Carvalho Filho, o poder
regulamentar é “a prerrogativa conferida à Administração Pública para editar atos gerais para complementar
as leis e permitir a sua efetiva aplicação. A prerrogativa, registre-se, é apenas para complementar a lei; não
pode, pois, a Administração alterá-la a pretexto de estar regulamentando”.
Características gerais do poder regulamentar/normativo:
Editar atos gerais;
Complementar as leis;
Permitir a fiel execução da lei;
Normas derivadas ou secundárias;
Não podem inovar no ordenamento jurídico.
Em regra, o poder regulamentar não pode inovar na ordem jurídica. Mas, existem situações específica em
que será possível inovar no ordenamento jurídico, como é o caso do decreto autônomo. Portanto, nesse caso
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específico, o Chefe do Poder executivo pode abranger assuntos que de alguma forma inovam no mundo
jurídico. E quais seriam esses assuntos?
Conforme Constituição Federal, compete privativamente ao Presidente da República dispor mediante decreto
sobre:
Organização e funcionamento da organização e funcionamento da administração federal, quando não
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
Poder hierárquico
Para saber um pouco mais sobre o poder hierárquico, podemos ver as atividades desse poder. Temos, por
exemplo, como atividades dar ordens, editar atos normativos com o objetivo de ordenar a atuação dos
subordinados, delegar competências, avocar atribuições e aplicar sanções.
Portanto, com base na hierarquia, a instância superior tem o comando e a instância inferior tem o dever de
obediência, devendo, portanto, executar as atividades em conformidade com as determinações superiores.
E as condições para se ter hierarquia são:
Dentro da mesma pessoa jurídica;
Deve haver subordinação (diferente de vinculação);
Não se fala em hierarquia entre os Poderes (Executivos, Legislativos e Judiciários).
 
Ressalta-se também que quando o ato normativo tem como objetivo ordenar a atuação dos subordinados, é
considerado poder hierárquico e não regulamentar.
 
Poder disciplinar
Para continuar esse resumo dos principais tópicos de direito administrativo para PF, vamos ver o poder
disciplinar. Então, o poder disciplinar é definido como o poder dever de punir as infrações funcionais dos
servidores e demais pessoas sujeitas a disciplina de órgãos públicos.
 
Mas, não confunda o poder punitivo com poder disciplinar! Já que o poder punitivo é mais abrangente e o
poder disciplinar é considerado uma espécie dele.
Portanto, o poder punitivo é a capacidade do Estado em punir os crimes e contravenções penais. Enquanto o
poder disciplinar é a representação do poder punitivo na administração pública.
O poder disciplinar atinge os servidores públicos e os particulares que estejam ligados por algum vínculo
jurídico com a administração. Ou seja, uma empresa particular que a administração pública tenha contratado
sofre sanções no poder disciplinar e não no poder de polícia, como veremos adiante.
 
Poder de polícia
E então, vamos ver o conceito do poder mais cobrado nas provas? Então, Hely Lopes Meirelles descreve que
o poder de polícia é a faculdade que dispõe a administração pública de condicionar e restringir o uso e gozo
de bens, atividades, e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado. Portanto, o
poder de polícia atinge qualquer pessoa.
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Um dos assuntos mais importantes de se saber sobre o poder de polícia são os atributos. Os atos do poder de
polícia têm como principais características a discricionariedade, autoexecutoriedade e a coercibilidade.
O poder de polícia originário é aquele desempenhado diretamente pelas entidades políticas (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios). É aquele exercido pela administração direta, com base dos ditames da
competência constitucional, mas será que é possível delegar esse poder?
Então, o poder de polícia pode ser delegado para entidades administrativas de direito público por meio de
outorga legal. Portanto, para isso, é criada uma entidade administrativa para o desempenho da atividade de
polícia.
Mas, para delegação para entidades administrativas de direito privado não há um consenso entre
doutrinadores e jurisprudências. No âmbito do STJ, entende-se que é possível delegar as atividades de
consentimento e fiscalização.
Entretanto, para o STF, vigora o entendimento de que é indelegável o exercício de poder de polícia a pessoas
jurídicas de direito privado, independente de fazer ou não parte da administração indireta. Entende que
apenas é possível a realização de atividades materiais preparatórias da atuação pública. Por exemplo,
contratação de empresa para instalar equipamento de fiscalização de velocidade.
Resumo dos poderes administrativos para prova de direito
administrativo da PF
Atributo Conceito
Discricionariedade Margem de liberdade para aplicação no caso concreto.
Autoexecutoriedade Faculdade de a Administração decidir e executar sua decisão por se
Coercibilidade O ato é obrigatório, independente da vontade do administrado
Atributos do Poder de Polícia
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Quadro dos Poderes Administrativos
Segundo assunto de direito administrativo para PF: poderes
administrativos: agentes públicos
Para continuar esse resumo sobre os temas mais prováveis de estarem presentes na prova da PF, vamos falar
sobre agentes públicos. Então, nesse tópico, veremos sobre as formas de provimento e sobre a acumulação de
cargo público.
Formas de provimento em cargo público
As formas de provimento podem ser classificadas como: Provimento originário e provimento derivado. O
primeiro é o preenchimento do cargo de servidor sem vínculo anterior com a administração pública, por isso
a única forma atual para esse primeiro vínculo é a nomeação.
Por outro lado, o provimento derivado, refere-se à ocupação de cargo público por servidor com vínculo
anterior. Ou seja, excetuando-se a nomeação, as outras formas de provimento se encaixam neste último caso.
Nomeação e Promoção
 
A nomeação é a única “porta de entrada” para um cargo público existente no ordenamento jurídico atual. E
esta pode ser em caráter efetivo ou em comissão.
 
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Em caráter efetivo, a nomeação se dará após aprovação préviaem concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego. 
Enquanto o cargo em comissão não é precedido de concurso público, sendo um ato discricionário da
autoridade competente. Ou seja, são declaradas em lei de livre nomeação e exoneração, não necessitando de
motivação para efetivação.
A promoção é uma forma de provimento derivado vertical nos cargos da administração pública. Ou seja, é
quando ocorre o provimento na carreira de cargos sucessivos e ascendentes. Por exemplo, o auditor fiscal
evolui do nível I para se tornar auditor fiscal do nível II.
Readaptação
Readaptação é a forma de provimento derivado em caso de limitação física ou mental sofrida em que o
servidor se torna inapto para exercer funções do cargo que ocupa, mas ainda sendo possível exercer função
em outro cargo. Já que não foi considerada uma invalidez permanente, oportuna-se o servidor a exercer
atividades condizentes com a atual limitação.
Reversão
 
Por outro lado, a reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado e há duas possibilidades de ocorrer:
a reversão de ofício e a reversão a pedido. Enquanto a reversão de ofício ocorre por vontade da
administração, a reversão a pedido ocorre por vontade do administrado.
Reaproveitamento
Enquanto a reversão é o retorno do aposentado, o aproveitamento é a forma de provimento derivado que trata
do retorno do servidor que havia sido posto em disponibilidade. Logo, esse aproveitamento deve ser a um
cargo com atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
 
Reintegração
 
Já a reintegração ocorre quando sentença judicial ou administrativa invalida demissão do servidor público, ou
seja, o servidor é demitido e entra na justiça alegando que a demissão não ocorreu de forma correta e pede
para retornar ao cargo.
 
Recondução
 
A recondução é o retorno de servidor estável ao cargo anteriormente ocupado.
 
Então, esse retorno pode ocorrer por inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou no caso de
reintegração do anterior ocupante do cargo. Há que se ressaltar que o servidor estável que saiu do serviço
público atual para outro cargo do serviço público pode, durante estágio probatório, retornar ao cargo
anteriormente ocupado.
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Resumo das formas de provimento para esse resumo de direito
administrativo para prova da PF
Compilado das formas de provimento de cargo público
Acumulação de cargos
 
Como regra geral é vedada a acumulação de cargos, ou seja, um servidor público ter dois cargos públicos.
Além disso, a proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações
públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos
Territórios e dos Municípios.
 
Entretanto, excetua-se em alguns casos, como:
Dois cargos de professor;
Dois cargos ou empregos de profissional da saúde;
Um cargo de professor e outro técnico/científico;
Proventos de aposentadoria com cargo eletivo;
Proventos de aposentadoria e cargo comissionado.
 
A Lei 8.112, que fala sobre agentes públicos, é enorme e cheia de detalhes, mas esses são os pontos mais
cobrados em prova, então, priorizamos esses pontos.
Conclusão do resumo de direito administrativo para PF parte 1
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E então, esperamos que tenha aproveitado esse resumo dos principais tópicos de direito administrativo para a
prova da PF e feito as anotações pertinentes para a prova. Mas, se após a leitura desse artigo, for necessário
aprofundar e aprender ainda mais sobre esses conteúdos, indica-se o curso completo.
Até a posse!
Taciana Rummler
Instagram: @tacirummler
https://www.estrategiaconcursos.com.br/pesquisa/?q=direito+administrativo

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