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WBA0879_v1.0 APRENDIZAGEM EM FOCO GOVERNANÇA DE DADOS 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Antônio Palmeira de Araújo Neto Leitura crítica: Luís Otávio Toledo Perin Considerado um dos assuntos mais atuais, envolvendo tecnologia e negócios, a Governança de Dados se apresenta como uma disciplina de grande importância que contempla conteúdos envolvendo gestão de dados e suas atividades-chave. O objetivo geral, desta disciplina, é apresentar um programa de governança de dados, contendo estruturas, papéis, responsabilidades, políticas e processos, que permitam dirigir, controlar e monitorar a gestão de dados em uma organização. Iniciaremos apresentando conceitos gerais, envolvendo dados, seu ciclo de vida, fundamentos da gestão e governança de dados e um histórico que aponta para a chegada da gestão de dados nas empresas. Apresentaremos os papéis e responsabilidades mais encontrados nas organizações relativos à área. Avançaremos em conceitos intermediários de governança, apresentando a importância do escritório de governança de dados e as estruturas que o apoiam, sempre numa perspectiva de mercado. Também será contemplada a apresentação do programa de governança de dados, contendo suas etapas, componentes, artefatos e tecnologias utilizadas. Para isso, mencionaremos também a importância da arquitetura de dados, da qualidade de dados, da gestão de dados mestre e de referência, além da gestão de metadados como elementos integrantes deste programa. 3 Enfim, convido você a mergulhar neste mar da governança de dados, em que encontrará um conteúdo bem extenso e desafiante, porém, rico e indispensável para o profissional da área de dados. INTRODUÇÃO Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! Introdução à Governança de Dados ______________________________________________________________ Autoria: Antônio Palmeira de Araújo Neto Leitura crítica: Luís Otávio Toledo Perin TEMA 1 5 DIRETO AO PONTO Com a chegada dos dados digitais (aqueles armazenados e processados nos sistemas computacionais), por meio do uso da Tecnologia da Informação (TI), as empresas começaram a passar por um processo evolutivo. Os dados, que conduzem a informação, que, por sua vez, conduz ao conhecimento, têm ganhado grande importância estratégica nas organizações. Essa importância tem sido estabelecida a partir do crescimento da cultura Data Driven, que significa ser orientado pelos dados, ou seja, deixar que o processo decisório, principalmente estratégico, dentro de uma corporação, seja guiado pelos dados, sejam dados mestres, referenciais, transacionais ou históricos, para que entreguem valor ao negócio, é necessária a criação de processos e funções de gestão de dados. Essas funções ocorrem dentro de um ciclo de vida, que envolve o dado desde sua coleta, passando pelo seu uso, distribuição, manutenção e armazenamento, até chegar ao ponto do descarte quando não agrega mais valor. A gestão de dados ocorre, segundo o Guide to The Data Management Body of Knowledge (DAMA-DMBOK Guide), viabilizando o trabalho de onze funções que envolvem: governança de dados; arquitetura de dados; modelagem e projeto de dados; armazenamento e operações de dados; segurança dos dados; integração e interoperabilidade; gestão de conteúdo e documentos; dados mestres e referenciais; Data Warehousing e Business Intelligence; gestão de metadados; qualidade de dados. Uma dessas funções a de governança de dados, tem grande peso, quando comparada com as outras, e tem o propósito de estabelecer políticas, padrões, estruturas organizacionais e o exercício da autoridade relacionada às outras dez funções de gestão de dados. 6 Assim, a gestão de dados vai se ocupando com o trabalho de execução mais operacional e a governança vai se colocando com a área que orquestra e alinha o uso dos dados aos objetivos estratégicos da organização. Tudo isso ocorre com associação de pessoas, tecnologias e processos, que favorecem a realização dos benefícios oriundos da cultura Data Driven. Os frameworks e modelos de governança de dados, encontrados nos dias de hoje, apresentam diversos programas para criar um sistema de governo para os dados. DAMA-DMBOK Guide é um dos mais conhecidos, não obstante outros modelos começam também a se tornar cada vez mais conhecidos. Um desses modelos é o Data Management Maturity (DMM), que apresenta uma escala para medir a maturidade na gestão e governança de dados em cinco níveis: 1) executado; 2) gerenciado; 3) planejado; 4) medido; 5) otimizado. Esse modelo abrange também questões voltadas para: estratégia de gestão de dados; plataforma e arquitetura; qualidade de dados; e operação de dados. A Figura 1 apresenta este modelo. 7 Figura 1 – Modelo DMM Fonte: Barbieri (2020, p. 45). Seja qual for o framework de governança de dados, é imprescindível o estabelecimento de papéis, que envolvem profissionais técnicos, como o gestor técnico de dados e o arquiteto de dados. Além disso, também envolve profissionais mais ligados à área de negócios, como o gestor de dados em negócio e o gestor estratégico de dados, segundo Rego (2020). Ainda segundo Rego (2020), outros papéis interessantes também, neste contexto, são aqueles exercidos pela alta direção e pelo analista de governança de dados, peças-chave para o estabelecimento da cultura Data Driven. Referências bibliográficas BARBIERI, C.. Governança de Dados: práticas, conceitos e novos caminhos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020. 8 RÊGO, B. L. Simplificando a governança de dados: governe os dados de forma objetiva e inovadora. Rio de Janeiro: Brasport, 2020. PARA SABER MAIS Assim como as outras áreas que têm forte ligação com o ambiente tecnológico, a área de Governança de Dados também oferece certificações que tem por objetivo qualificar ainda mais os profissionais que pretendem promover a cultura Data Driven nas empresas, de acordo com Rego (2013). Um dos principais programas de certificação em Governança de Dados é promovido pela DAMA, chamado de Certified Data Management Professionals, conhecido pelo seu acrônimo CDMP. Esse programa de certificação ocorre em quatro níveis: CDMP Associate; CDMP Practitioner; CDMP Master; e CDMP Fellow. No primeiro nível (CDMP Associate), o profissional já é considerado um membro da DAMA e precisa ter uma experiência entre seis meses e cinco anos na área de Governança de Dados. É necessário obter pelo menos 60% de acertos no exame de certificação Data Management Fundamentals. Para alcançar os outros níveis do CDMP, o percentual de acertos no exame de certificação Data Management Fundamentals vai aumentando, bem como o tempo experiência de governança de dados. Outra premissa para atingir os outros níveis envolve exames conhecidos como especialistas, que envolve uma das áreas de conhecimento (funções) da gestão de dados. Outra certificação, nessa área, é promovida pelo Institute for Certification of Computing Professionals (ICCP), conhecida como Data Governance and Stewardship Professional (DGSP). Para o nível Foundation, são necessárias, pelo menos, 900 horas comprovadas 9 de experiência em gestão ou governança de dados. Para os outros níveis são necessárias 1400 horas de experiência. Para obter o nível Foundation do DGSP, é necessário obter 50% de acertos no exame de certificação, com duração de 60 minutos. Os outros níveis do DGSP são Associate, Mastery, Principal, Executive Management, e têm pré-requisitos que variam no tempo de duração do exame até percentual de acertos, com exceção do Executive Management. Para o nível Executive Management (nível mais alto da DGSP), exige-se a participação em um workshop de quatro dias, além da aprovação em uma prova escrita, com percentual de acertode 70%, e também aderência ao código de ética do ICCP, que é também requerido para os outros níveis. Referências bibliográficas RÊGO, B. L. Gestão e governança de dados: promovendo dados como ativo de valor nas empresas. Rio de Janeiro: Brasport, 2013. RÊGO, B. L. Simplificando a governança de dados: governe os dados de forma objetiva e inovadora. Rio de Janeiro: Brasport, 2020. TEORIA EM PRÁTICA É muito comum, nos dias de hoje, a escuta de famosos jargões como: os dados representam o novo petróleo, ou os dados são considerados a energia do futuro. Outra frase muito cunhada é que o dado é o ouro das organizações. Enfim, é possível citar diversas outras comparações e metáforas com dados. 10 Nesta atividade, você precisará refletir sobre os dados com o novo petróleo. Por que essa comparação é feita? O que assemelha e diferencia os dados do petróleo no contexto das organizações? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 O primeiro capítulo, do livro indicado, do autor Bergson Lopes Rego, apresenta os fundamentos da Governança de Dados, apresentando Indicações de leitura 11 as diferenças entre gestão e governança, características e componentes básicos de um sistema de governo de dados. Para realizar a leitura, acesse nossa plataforma Biblioteca Virtual e procure pelo título da obra no parceiro Biblioteca Virtual 3.0_Pearson. RÊGO, B. L. Simplificando a governança de dados: governe os dados de forma objetiva e inovadora. Rio de Janeiro: Brasport, 2020. Indicação 2 O segundo capítulo, do livro indicado, do autor Carlos Barbieri, apresenta uma introdução da governança de dados os principais modelos e frameworks de governança de dados. Nele, você encontrará conteúdos relativos ao modelo 5W2H para governança de dados, framework de governança da IBM, modelo EDM Council, além do DAMA-DMBOK, principal guia em governança de dados. Para realizar a leitura, acesse nossa plataforma Biblioteca Virtual e busque pelo título da obra no parceiro Minha Biblioteca. BARBIERI, C. Governança de Dados: práticas, conceitos e novos caminhos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. 12 Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. O processo decisório, em uma organização, tem sido aprimorada ao longo dos anos, com a evolução das práticas de gestão. A TI tem colaborado muito com esta mudança, a partir do uso de tecnologias e ferramentas baseadas em sistemas. Os dados, antes considerados um recurso de TI e, hoje, considerados um ativo corporativo bem mais abrangente, são também utilizados para suportar a tomada de decisão. Assim, quando uma organização é orientada pelos dados em seus processos decisórios, principalmente estratégico, podemos afirmar que temos uma cultura: a. Data Driven. b. Data Warehouse. c. Data Mart. d. Data Lake. e. Metadados. 13 2. Na área de governança de dados, encontramos um conjunto de certificações que podem alavancar a carreira do profissional, desejoso por viver a cultura Data Driven. Uma dessas certificações é a _________, considerada o último nível da certificação DGSP. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. a. Mastery. b. Fellow. c. Executive Management. d. Master. e. First. GABARITO Questão 1 - Resposta A Resolução: A cultura Data Driven, como o próprio termo em inglês revela, estabelece, nas organizações, a necessidade de tomar decisões sempre baseado e dirigido por dados. Questão 2 - Resposta C Resolução: Para o nível Executive Management (nível mais alto da DGSP), exige-se a participação em um workshop de quatro dias, além da aprovação em uma prova escrita com percentual de acerto de 70%, e também aderência ao código de ética do ICCP, que é também requerido para os outros níveis. Visão Geral da Gestão de Dados ______________________________________________________________ Autoria: Antônio Palmeira de Araújo Neto Leitura crítica: Luís Otávio Toledo Perin TEMA 2 15 DIRETO AO PONTO Considerada uma das disciplinas mais atuais que envolve tecnologia e negócios, a gestão de dados vai ganhando cada vez mais importância no ambiente corporativo. No entanto, a visão que se tem hoje, de gestão de dados, é consequência de uma evolução e amadurecimento das estruturas organizacionais. A Figura 1 apresenta uma linha do tempo que retrata esta evolução. Figura 1 – Evolução da gestão de dados Fonte: elaborada pelo autor. Observe que, logo no início, por volta da década de 1980, a gestão de dados tinha um viés técnico muito forte e uma dissociação da área de negócios. Nesse contexto, o administrador de banco de dados tinha grande protagonismo e, só na década de 1990, foi cedendo espaço a figura do administrador de dados, segundo Rego (2013). Na década de 2000, o papel do administrador de dados foi enfraquecendo e, somente na década de 2010, ocorre o estabelecimento da ideia moderna de gestão de dados. Tudo isso foi impulsionado pelo uso de tecnologias emergentes e pela concepção de responsabilidades, compartilhadas entre TI e negócios nas estratégias de dados. 16 Assim, a gestão de dados foi se caracterizando como uma disciplina que agregava várias funções. No DAMA-DMBOK guide, encontram-se as onze funções de dados, também conhecida como áreas de conhecimento, segundo Barbieri (2020): Governança de Dados; Arquitetura de Dados; Modelagem e Projeto de Dados; Armazenamento de Dados e Operações; Segurança de Dados; Integração de Dados e Interoperabilidade; Gerência de Conteúdos e Documentos; Dados Mestre e Referência; Data Warehousing e Business Intelligence; Gestão dos Metadados; Qualidade de Dados. Essas funções de dados são compostas por diversas atividades, que estão no escopo de fases do planejamento, desenvolvimento, controle e operação. Algumas funções abrangem atividades em todas as fases (por exemplo, a função Data Warehousing e Business Intelligence) ou percorrem apenas uma fase (por exemplo, a função arquitetura de dados). Para bem desenvolver essas atividades nas organizações, observa- se o estabelecimento de estruturas, papéis e responsabilidades, agrupadas em três blocos, sendo: papéis estratégicos; papéis de negócio; papéis técnicos. Os papéis estratégicos se apresentam ligados a alta direção ou até mesmo exercidos pela alta direção, e incentivam em toda a organização a cultura Data Driven, harmonizando as funções técnicas e de negócios. Os principais papéis estratégicos são, segundo Rego (2013): diretor de dados e gestor estratégico de dados. Os papéis de negócio e os papéis técnicos exercem, respectivamente, as funções de gestão de dados nas áreas de negócio e no ambiente tecnológico. Os principais papéis de negócios são: gestor da informação e gestor dedados do negócio. Os principais papéis técnicos são: gestor técnico de dados; arquiteto de dados; administrador de banco de dados. 17 Além das funções, papéis e responsabilidades, existe um conjunto de tecnologias que podem apoiar os processos na gestão de dados. Entre estas tecnologias, é possível citar as de Sistemas de Informação para tomada de decisão, Inteligência de Negócios, Data Wharehouse, Big Data, e outras. Dessas tecnologias, uma das mais emergente é o Big Data, considerado um ferramental de coleta, armazenamento, processamento de grandes massas de dados em uma velocidade alta. Entre suas tecnologias, temos: hadopp; spark; data lakes; soluções de análise preditiva; visual analytics; processamento de linguagem natural; e outras. Referências bibliográficas BARBIERI, C. Governança de Dados: práticas, conceitos e novos caminhos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020. RÊGO, B. L. Gestão e governança de dados: promovendo dados como ativo de valor nas empresas. Rio de Janeiro: Brasport, 2013. PARA SABER MAIS Os papéis relativos à gestão de dados permeiam praticamente todos os níveis hierárquicos dentro de uma empresa, e são de grande importância para a implementação das estratégias de dados e assimilação da cultura Data Driven. A partir disso, você poderia se perguntar: como estabelecer uma estrutura de papéis e responsabilidades? A resposta para esta indagação não é algo simples e pode variar de acordo com o porte da organização, seu ramo de atividade e os norteadores estratégicos. A primeira grande descoberta a ser feita é 18 compreender que é necessário a implementação e funcionamento adequados de uma equipe de gestão de dados. Esta tal equipe de gestão de dados deve transitar nas mais diversas áreas da organização e não deve, preferencialmente, estar ligada necessariamente a uma área (como a TI, por exemplo). Por isso, Rego (2013) apresenta diversos cenários, com resumo em um formato centralizado e diversos cenários contendo uma descentralização, envolvendo TI e negócios. No formato centralizado, encontrado na maior parte das organizações, a equipe de dados tem uma autonomia considerável, além de estar ligada a alta direção, por meio de um diretor de dados. Uma grande vantagem deste formato é o melhor aproveitamento de recursos humanos e uma independência nas ações. No formato descentralizado, é possível encontrar, pelo menos, quatro cenários diferentes: gestão dividida igualmente entre duas equipes (TI e negócio); gestão dividida entre várias equipes de negócio e uma única equipe de TI; gestão dividida entre uma única equipe de negócio e várias equipes de TI; gestão dividida entre várias equipes de negócio e várias equipes de TI. No primeiro cenário descentralizado, temos uma equipe liderada pelo gestor técnico de dados e outra liderada pelo gestor de negócio. Ambas são dirigidas pelo gestor estratégico de dados e pelo diretor de dados. Os outros três cenários partem da existência de múltiplas equipes em TI (arquitetura de dados, administração de repositório, DBA, entre outros) e múltiplas equipes de negócio, contemplando as diversas áreas do ambiente organizacional. A partir destes cenários, surge mais uma indagação: qual é o melhor tipo de estrutura para gestão de dados? 19 Sobre isso, Rego (2013) diz que não há uma solução ideal, mas tudo dependerá da realidade pela qual a organização passa, de sua cultura organizacional, além do envolvimento da TI e do negócio na estratégia de dados. No entanto, existem algumas condições importantes para uma gestão de dados efetiva e, entre essas condições, é possível citar: • Delegação de autoridade para a equipe de gestão de dados exercer o seu papel. • Claro suporte e apoio da alta direção. • Utilização de ferramentas adequadas nas atividades da gestão de dados. • Disponibilidade de recursos para cumprimento da estratégia de dados. Obedecidas essas condições, as estruturas de gestão de dados tendem a cumprir bem seu papel. Referências bibliográficas RÊGO, B. L. Gestão e governança de dados: promovendo dados como ativo de valor nas empresas. Rio de Janeiro: Brasport, 2013. TEORIA EM PRÁTICA Em uma empresa de grande porte, do setor de varejista, começou- se a perceber, no último processo de planejamento estratégico realizado há três anos, a importância da utilização de dados na tomada de decisão em todos os níveis hierárquicos. Uma das ações estratégicas consistiu na criação de uma equipe de gestão de dados completa, com papéis estratégicos, de negócio e técnicos. 20 Não obstante, no último ano, constatou-se intensos problemas e resistências por parte de algumas áreas de negócio em relação ao trabalho da equipe de gestão de dados. Para resolver esse problema, é necessário que entre em cena um dos profissionais com um papel bem definido na gestão de dados, que age de forma política nas áreas do ambiente organizacional. Quem é este profissional? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicações de leitura 21 Indicação 1 O primeiro capítulo, do livro indicado, dos autores Sharda, Delen e Turban (2019), apresentam uma visão geral da evolução de tecnologias que apoiam a gestão de dados. Para realizar a leitura, acesse nossa plataforma Biblioteca Virtual e busque pelo título da obra no parceiro Minha Biblioteca. SHARDA, R.; DELEN, D.; TURBAN, E. Business Intelligence e análise de dados para gestão do negócio. Porto Alegre: Bookman, 2019. Indicação 2 As tecnologias de Big Data têm ajudam a fazer uma verdadeira revolução na gestão e governança de dados. Para auxiliar seu entendimento neste conjunto de tecnologias, aconselhamos a leitura do capítulo 1, do livro indicado, do autor Douglas Eduardo Basso, que apresenta uma visão geral sobre o Big Data. Para realizar a leitura, acesse nossa plataforma Biblioteca Virtual e procure pelo título da obra no parceiro Biblioteca Virtual 3.0_Pearson. BASSO, D. E. Big Data. Curitiba: Contentus, 2020. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. 22 Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. A gestão de dados é uma disciplina relativamente nova e seu conceito moderno vem acompanhado do uso de tecnologias emergentes. Em qual período ocorreu a chegada dessa visão moderna da gestão de dados? a. Década de 1970. b. Década de 1980. c. Década de 1990. d. Década de 2000. e. Década de 2010. 2. Os papéis _________ na gestão de dados estão, normalmente, ligados a alta direção e são responsáveis pela propagação da cultura Data Driven. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. a. Estratégicos. b. De negócio. c. Técnicos. d. De arquitetura. e. De programação. 23 GABARITO Questão 1 - Resposta E Resolução: Foi na década de 2010, que ocorreu a chegadada ideia moderna de gestão de dados acompanhado do uso de tecnologias emergentes, como o Big Data, por exemplo. Questão 2 - Resposta A Resolução: Os papéis estratégicos são intimamente ligados a alta direção. Um desses papéis é do Diretor de Dados (CDO), que, juntamente com o Gestor Estratégico de Dados, divulgam e propagam a cultura Data Driven nas organizações. Estruturando a Governança de Dados ______________________________________________________________ Autoria: Antônio Palmeira de Araújo Neto Leitura crítica: Luís Otávio Toledo Perin TEMA 3 25 DIRETO AO PONTO As tecnologias utilizadas na transformação digital estão ocupando um espaço interessante no dia a dia das empresas. Big Data, computação em nuvem, Internet das Coisas, entre outras tecnologias, relacionadas ao consumo de dados, têm ganhado grande protagonismo nas operações e até na elaboração de táticas nos negócios. No entanto, muitas organizações não conseguem obter o verdadeiro valor originado dos dados porque não compreenderam a necessidade de governá-los. Governar os dados de uma empresa é exercer a autoridade, o controle e o monitoramento da gestão de dados. A governança de dados é um desdobramento da governança corporativa, que tem o intuito de desdobrar comportamentos desejáveis e estratégias para o uso dos dados para a melhor tomada de decisão e demais ações. A governança de dados opera de forma independente da governança de TI, embora a área de TI seja responsável por custodiar os dados. Além disso, deve ser implementada a partir de um programa com quatro etapas, que podem ser vistos na Figura 1. Figura 1 - Etapas do programa de Governança de Dados Fonte: adaptada de Rego (2020, p.15). Esse programa de governança prevê o estabelecimento de estrutura de papéis e responsabilidades, que abrangem os diversos níveis hierárquicos e departamentais. Os principais papéis encontrados 26 nas empresas são, segundo Rego (2013): Chief Data Office (CDO); Gestor da Informação; Gestor Estratégico de Dados; Gestor de Dados do Negócio; Gestor Técnico de Dados; Analista de Governança de Dados; Arquiteto de Dados. Além desses papéis, encontramos também o Escritório de Governança de Dados (EGD), que funciona como o cerne do sistema de governo dos dados. O EGD trabalha de forma coordenada com as estruturas de apoios, conhecidas como: Comitê Executivo de Governança de Dados (CEGD); Comitês Táticos de Governança de Dados (CTGD); e as Equipes de Especialistas. Figura 2 – Estruturas e papéis na Governança de Dados Fonte: adaptada de Rego (2020, p.70). Observe que o CEGD se encontra no nível estratégico, ao passo que o CTGD se situa no nível tático e as equipes de especialistas (sejam de negócio ou sejam de TI) estão no nível operacional. Nesta figura, 27 também é possível ver alguns papéis em Governança De Dados, além do EGD e suas tarefa. Referências bibliográficas BARBIERI, C. Governança de Dados: práticas, conceitos e novos caminhos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020. RÊGO, B. L. Gestão e governança de dados: promovendo dados como ativo de valor nas empresas. Rio de Janeiro: Brasport, 2013. PARA SABER MAIS Além de ser motivada pela governança corporativa, a implementação da Governança de Dados (GD) é impulsionada por diversas outras as razões. Entre elas, é possível citar: necessidade de se obter informações corretas e precisas; diminuição do retrabalho a partir do uso de dados com qualidade; redução de custos das operações que dependem de dados; estratégias mais assertivas e baseadas em dados; atendimento às leis, regulamentações que envolvem dados e prevenção contra fraudes. Para atender a esses anseios das organizações, a GD precisa exercer seu papel estratégico. Por isso, o mais comum é que os Escritórios de Governança de Dados (EGD) sejam mais estratégicos, mas sem esquecer das ações táticas e operacionais, além de favorecer o bom relacionamento entre todos os recursos humanos envolvidos. A GD também precisa de patrocínio, caso contrário, estará fadada ao fracasso. A alta direção precisa depositar sua confiança e apoio na GD, deixando a cargo dela o verdadeiro governo dos dados. Rego (2013) afirma que este governo deve ser exercido de forma semelhante aos três poderes de uma república, como o Brasil. Deve haver, portanto: uma ação legislativa, no intuito de estabelecer 28 normas e políticas para a gestão de dados executiva; uma ação executiva, administrando e executando políticas, arquitetura e serviços de dados; e também uma ação judiciária, agindo nos conflitos que existem entre as áreas. Para que tudo isso ocorra, os trabalhos da GD devem ser direcionados pelo uso de três elementos básicos, segundo Rego (2013): pessoas, processos e tecnologia. As pessoas exercem os papéis, participando das estruturas da GD e configurando-se como críticas para o sucesso de qualquer programa. Os processos apresentam-se como o conjunto de tarefas executadas pela GD, organizando as ações estratégicas envolvendo dados. A tecnologia é o conjunto de recursos de infraestrutura, entregues pela TI, para a execução dos processos. Além dos elementos básicos da GD, é fundamental o estabelecimento de uma metodologia que envolve uma série de documentos importantes, que respondem aos questionamentos importantes, envolvendo os níveis estratégico, tático e operacional. A Figura 3 apresenta esses documentos segmentado por níveis. 29 Figura 3 – Visão geral dos documentos de uma metodologia de Governança de Dados Fonte: adaptada de Rego (2020, p. 70). No nível estratégico encontra-se a estratégia de dados, documento basilar da GD dentro de uma organização. A partir da estratégia de dados, desdobram-se três outros documentos no nível tático: políticas de dados, regimentos e instruções normativas; macroprocessos de gestão de dados; indicadores e métricas. No nível operacional encontram-se outros três documentos: padrões; processos e procedimentos de gestão de dados; documentos de boas prática. Referências bibliográficas BARBIERI, C. Governança de Dados: práticas, conceitos e novos caminhos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020. 30 RÊGO, B. L. Gestão e governança de dados: promovendo dados como ativo de valor nas empresas. Rio de Janeiro: Brasport, 2013. TEORIA EM PRÁTICA Uma grande empresa, do ramo varejista, implementou um programa de Governança de Dados e, em um prazo inferior a seis meses, começou a colher frutos da gestão estratégica de dados no ambiente organizacional. A cultura Data Driven começou a se propagar cada vez mais na empresa, com grande apoio das estruturas de apoio criadas. O Comitê Executivo de Governança de Dados e um Escritório de Governança de Dados trabalhavam intensamente e os papéis do CDO, do Gestor da Informação, do Gestor Estratégico de Dados e dos demais gestores e analistas que atuavam na área tática e operacional, estavam bem definidos. Não obstante, se deflagraram diversos conflitos entre equipes de especialistas da área de TI e das áreas de negócios, sinalizando um desalinhamento nas ações e funções de gestão de dados. Em sua opinião, entre os papéis estabelecidos para a governança, qual é o que precisa atuar firmemente para resolver esse problema? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 31 LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e naconstrução da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 A temática agile e lean soam como bem atual, no cotidiano tecnológico, e podem ser relacionadas ao contexto de Governança de Dados. Para conhecer um pouco mais a respeito e sua relação com a agilidade, leia o capítulo 9, do livro indicado, do autor Carlos Barbieri. Para realizar a leitura, acesse nossa plataforma Biblioteca Virtual e busque pelo título da obra no parceiro Minha Biblioteca. BARBIERI, C. Governança de Dados: práticas, conceitos e novos caminhos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020. Indicações de leitura 32 Indicação 2 Ao estudar os conteúdos deste tema, você conheceu um pouco sobre governança corporativa e governança de dados. Para mergulhar mais o entendimento entre essas relações, leia o capítulo 2, do livro indicado, do autor Daniel Paulo Paiva de Freitas. Para realizar a leitura, acesse nossa plataforma Biblioteca Virtual e procure pelo título da obra no parceiro Biblioteca Virtual 3.0_Pearson. FREITAS, D. P. P. Governança e proteção de dados. Curitiba: Contentus, 2020. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 33 1. Um programa de governança de dados precisa ser implementado por meio de etapas. A ação que envolve o reconhecimento da alta direção, sobre a importância da Governança de Dados, se dá na etapa de: a. Motivação. b. Assessment. c. Implantação. d. Implementação. e. Melhoria. 2. A metodologia de Governança de Dados é composta por uma série de documentos distribuídos nos níveis hierárquicos da organização. A _________ é o documento que descreve o motivo de se governar os dados. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. a. Política de dados. b. Relação de processos de gestão de dados. c. Métrica de dados. d. Boa prática. e. Estratégia de Dados. GABARITO Questão 1 - Resposta A Resolução: A primeira etapa é conhecida como motivação, em que ocorre o reconhecimento da alta direção de que a governança de dados é importante e agrega valor ao processo de tomada de decisão no negócio. 34 Questão 2 - Resposta E Resolução: O documento estratégia de dados está situado no nível estratégico da metodologia da Governança de Dados, e apresenta o motivo de se governar os dados, além dos objetivos e planos. A Governança e a Arquitetura de Dados ______________________________________________________________ Autoria: Antônio Palmeira de Araújo Neto Leitura crítica: Luís Otávio Toledo Perin TEMA 4 36 DIRETO AO PONTO Conhecer, de forma geral, o contexto técnico em que se situa a governança de dados, é fundamental para desempenhar de forma satisfatória os papéis e responsabilidades inerentes ao governo de dados de uma empresa. Esse conhecimento pressupõe o entendimento da arquitetura de dados da corporação que, juntamente com outras arquiteturas, se configura como peça-chave para o bom andamento dos negócios. A Figura 1 apresenta a ideia de forma macro, a arquitetura de dados desenhada numa sequência em que se colhem os dados das mais variadas fontes e estes são ingeridos pelos sistemas. Logo depois, são tratados com tecnologias de Big Data, ETL e ferramentas de qualidade de dados para o armazenamento adequado. Depois, em um ambiente self-service, os dados são disponibilizados para consumo dos usuários e dos cientistas de dados. Observe que tudo isso ocorre alicerçado e relacionado fortemente na estratégia do negócio. 37 Figura 1 – Arquitetura de Dados Fonte: Fernandes et al. (2019, p. 100). A arquitetura de dados, além de ser uma das funções da gestão de dados, deve estar alinhada às arquiteturas de processo, de sistema, de tecnologia e de negócio. Além disso, funciona também como a base conceitual e técnica da Governança de Dados, sustentando também outras funções de dados, como: qualidade de dados; modelagem de dados; dados mestre e de referência; Data Warehousing e Business Intelligence; integração de dados; armazenamento de dados, entre outras. O Quadro 1 apresenta, de forma resumida, a arquitetura de dados como uma área de conhecimento definida no DAMA-DMBOK guide, contendo suas atividades e fases no ciclo de vida da gestão de dados. 38 Quadro 1 – Área de conhecimento: Arquitetura de Dados Fonte: adaptado de Rego (2013, p. 278). Associado a arquitetura de dados, encontramos outras áreas de conhecimento bem técnicas, também importantes para a Governança de Dados. Entre elas, é possível citar: gestão da qualidade dos dados; gestão de metadados; e a gestão dos dados mestre e de referência. A gestão da qualidade dos dados é composta de atividades que possibilitam a medição, avaliação e melhoria dos dados dentro das empresas. Essas atividades permeiam as fases de planejamento e implementação do ciclo de vida da gestão dos dados. A gestão de dados mestre e de referência é também conhecida pelo acrônimo Master Data Management (MDM), responsável por planejar, desenvolver, implementar e controlar atividades que visam garantir a gestão adequada dos dados mestre e de referência. A gestão de metadados é responsável por planejar, implementar e controlar o acesso dos metadados, buscando definir modelos, fluxos 39 e outras informações importantes para o entendimento dos dados criados, mantidos e acessados nos sistemas. Essas três áreas de conhecimento, juntamente com a arquitetura de dados, integram, normalmente, os programas de governança de dados implementados nas empresas. Referências bibliográficas FERNANDES, A. A. et al. Governança Digital 4.0. Rio de Janeiro: Brasport, 2019. RÊGO, B. L. Gestão e governança de dados: promovendo dados como ativo de valor nas empresas. Rio de Janeiro: Brasport, 2013. PARA SABER MAIS Não ter uma arquitetura de dados é, hoje, um dos sintomas mais comuns nas empresas que não logram sucesso no uso estratégico dos dados e, consequentemente, não atende as necessidades de negócios. Para não correr o risco de ficar para trás, no uso estratégico de dados, é necessário implementar um programa de Governança de Dados que contemple, além da arquitetura de dados, outras funções técnicas. Ao analisarmos várias soluções de mercado e frameworks mais utilizados, sempre constatamos a presença de, pelos menos, quatro áreas de conhecimento em todos eles: governança de dados; arquitetura de dados; gestão dos metadados; qualidade de dados/ gestão dos dados mestre e de referência. O Quadro 2 apresenta as áreas de conhecimento e os principais artefatos necessários em cada uma delas. 40 Quadro 2 – Principais artefatos do programa de Governança de Dados Área de conhecimento Artefato Governança de Dados. Diretriz Geral e Política de Governança de Dados. Processos de trabalho. Regimento Geral dos Comitês. Identificação e nomeação dos gestores de dados. Arquitetura de Dados. Modelo de área de interesse. Modelos conceituais. Metamodelo da Arquitetura de Dados. Gestão dos Metadados. Glossário de termos de negócio. Linhagem dos dados. Qualidade de Dados. Processos de qualidade de dados. Política de qualidade de dados. Mapeamentos de regras de negócio, de validação e atualização, e sua relação com a qualidade de dados. Gestão de Dados. Mestre e de Referência. Desenho da arquitetura de referência do MDM. Desenho dos modelos de dados do MDM. Processos de trabalho do MDM. Fonte: adaptado de Rego (2020, p. 140). Referências bibliográficas RÊGO, B. L. Gestão e governança de dados: promovendo dados como ativo de valor nas empresas. Riode Janeiro: Brasport, 2013. RÊGO, B. L. Simplificando a governança de dados: governe os dados de forma objetiva e inovadora. Rio de Janeiro: Brasport, 2020. 41 TEORIA EM PRÁTICA Uma grande empresa, do ramo de locação de carros, resolveu implementar um programa de Governança de Dados com o mínimo, possível e necessário, de funções de dados, de forma a atender as expectativas do negócio. Esse programa contemplou, além de artefatos de governança de dados, também artefatos de arquitetura de dados, gestão da qualidade dos dados, gestão de metadados e gestão de dados mestre e de referência. Percebeu-se menor valorização da área de conhecimento de gestão da qualidade de dados, ocasionando uma deficiência na definição e requisitos de qualidade de dados. Essa constatação se deu quando se verificou que alguns dados não atendiam alguns requisitos preconizados em qualquer framework de gestão/ governança de dados. Esses erros foram: Erro 1 – Relatórios estratégicos de locações que apresentam dados sobre os carros, mas que o ano de fabricação se apresenta como superior em dois ao dado ano/ modelo. Erro 2 – Relatórios de vendas, por loja, registra três vendedores com o mesmo número de CPF. Erro 3 – Relatórios de principais clientes que não apresenta um campo contendo as receitas, relativas ao mesmo, com locações. À ausência de quais requisitos de qualidade de dados estes erros estão relacionados? 42 Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 Os metadados estão contemplados em uma das áreas de conhecimento em gestão de dados, dada sua grande importância. Para conhecer um pouco mais sobre metadados e a sua relação com a Governança de Dados, leia o capítulo 7, do livro indicado, do autor Carlos Barbieri. Indicações de leitura 43 Para realizar a leitura, acesse nossa plataforma Biblioteca Virtual e busque pelo título da obra no parceiro Minha Biblioteca. BARBIERI, C. Governança de Dados: práticas, conceitos e novos caminhos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020. Indicação 2 Ao estudar os conteúdos deste tema, você conheceu um pouco sobre arquitetura de dados, mas todo o conhecimento sobre este assunto não foi esgotado. Para mergulhar mais no entendimento das relações entre a arquitetura de dados e a Governança de Dados, leia o capítulo 11, do livro indicado, do autor Bergson Lopes Rêgo. Para realizar a leitura, acesse nossa plataforma Biblioteca Virtual e procure pelo título da obra no parceiro Biblioteca Virtual 3.0_ Pearson. RÊGO, B. L. Simplificando a Governança de Dados: governe os dados de forma objetiva e inovadora. Rio de Janeiro: Brasport, 2020. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 44 questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. A arquitetura de dados é uma das funções de dados mais importantes, que deve ser governada nas empresas. Por ser uma função muito técnica, é de primeira responsabilidade do arquiteto de dados. Em qual fase do ciclo de vida da gestão de dados situam-se as atividades de arquitetura de dados? a. Planejamento. b. Implementação. c. Controle. d. Execução. e. Monitoramento. 2. O (a) _________ tem como uma de suas funções, o planejamento e controle de atividades que visam garantir a gestão adequada dos dados mestre e de referência. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. a. ETL. b. Arquitetura de Dados. c. MDM. d. DAMA. e. DMBOK. 45 GABARITO Questão 1 - Resposta A Resolução: As atividades da arquitetura de dados são eminentemente ligadas ao planejamento dos modelos e tecnologias de dados para seu efetivo desenho. Questão 2 - Resposta C Resolução: A gestão de dados mestre e de referência é também conhecida pelo acrônimo Master Data Management (MDM), responsável por planejar, desenvolver, implementar e controlar atividades que visam garantir a gestão adequada dos dados mestre e de referência. BONS ESTUDOS! W BA 08 79 _V 1. 0 GOVERNANÇA DE DADOS 2 Antônio Palmeira de Araújo Neto São Paulo Platos Soluções Educacionais S.A 2021 GOVERNANÇA DE DADOS 1ª edição 3 2021 Platos Soluções Educacionais S.A Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César CEP: 01418-002— São Paulo — SP Homepage: https://www.platosedu.com.br/ Diretor Presidente Platos Soluções Educacionais S.A Paulo de Tarso Pires de Moraes Conselho Acadêmico Carlos Roberto Pagani Junior Camila Turchetti Bacan Gabiatti Camila Braga de Oliveira Higa Giani Vendramel de Oliveira Gislaine Denisale Ferreira Henrique Salustiano Silva Mariana Gerardi Mello Nirse Ruscheinsky Breternitz Priscila Pereira Silva Tayra Carolina Nascimento Aleixo Coordenador Henrique Salustiano Silva Revisor Luís Otávio Toledo Perin Editorial Alessandra Cristina Fahl Beatriz Meloni Montefusco Carolina Yaly Mariana de Campos Barroso Paola Andressa Machado Leal Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)_________________________________________________________________________________________ Araújo Neto, Antônio Palmeira de A663g Governança de dados / Antônio Palmeira de Araújo Neto, São Paulo: Platos Soluções Educacionais S.A., 2021. 44 p. ISBN 978-65-89881-47-6 1. Gestão de dados. 2. Arquitetura de dados. 3. Ciclo de vida do dado. I. Título. CDD 004 ____________________________________________________________________________________________ Evelyn Moraes – CRB 010289/O © 2021 por Platos Soluções Educacionais S.A. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Platos Soluções Educacionais S.A. 4 SUMÁRIO Introdução à Governança de Dados __________________________ 05 Visão Geral da Gestão de Dados _____________________________ 21 Estruturando a Governança de Dados _______________________ 38 A Governança e a Arquitetura de Dados _____________________ 54 GOVERNANÇA DE DADOS 5 Introdução à Governança de Dados Autoria: Antônio Palmeira de Araújo Neto Leitura crítica: Luís Otávio Toledo Perin Objetivos • Reconhecer o dado como ativo corporativo estratégico para as organizações. • Descrever o ciclo de vida do dado e sua adequada gestão. • Compreender os conceitos introdutórios da governança de dados. 6 1. Gestão e governança de dados Atualmente, o dado é considerado um dos ativos mais importantes para as organizações. Por isso, comumente, afirma-se que ele é o “ouro” das organizações. Nesse sentido, alguns especialistas se referem aos dados como o novo petróleo, devido ao seu valor aindaem sua forma bruta. Contudo, como chegamos a essa visão sobre o dado nos dias de hoje? Após a leitura deste material, você terá condições de responder essa pergunta e compreender a importância de se governar os dados dentro do ambiente organizacional de forma a criar valor para o negócio. 1.1 Conceito de dado Antes de compreender a governança de dados e saber como tudo começou nas empresas, você precisa conhecer o conceito de dado e saber o que é informação e conhecimento. Às vezes, há uma certa confusão sobre cada um desses termos. Nesse contexto, podemos dizer que dados se tratam de: [...] uma sequência de fatos ainda não analisados, representativos de eventos que ocorrem nas organizações ou no ambiente físico, antes de terem sido organizados e arranjados de uma forma que as pessoas possam entendê-los e utilizá-los. (LAUDON; LAUDON, 2013, p. 12) Ou seja, eu posso me referir a um dado como uma sequência de números, de caracteres ou de imagens que ainda não foram analisadas e, por si só, nada revelam. Por outro lado, podemos definir informação como um conjunto de dados interligados, relacionados que entregam valor dentro de um contexto. Já o conhecimento, segundo Barbieri (2020, p. 13), é “definido 7 como o ato de entender coisas (a informação, por exemplo) por meio da razão ou do experimento ou experiência”. Dessa forma, na Figura 1 temos o dado, a informação e o conhecimento estabelecidos em uma pirâmide, onde os dados formam a base. Por sua vez, a informação é obtida a partir dos dados contidos na base e o conhecimento está no topo, sendo formado a partir das informações. Figura 1 – Hierarquia dos dados, das informações e do conhecimento Fonte: adaptada de Costa et al. (2012, p. 2). Nesse sentido, alguns autores reconhecem que após o conhecimento, há ainda mais um passo (ou nível), chamado de sabedoria. De acordo Rêgo (2013), a sabedoria pode ser compreendida como a utilização eficiente e eficaz do conhecimento. Ainda sobre os dados, que são o foco deste tema, podemos classificá- los quanto a sua forma, sendo: estruturados e não-estruturados. Os dados estruturados podem ser encontrados em uma estrutura rígida de 8 um banco de dados, como um campo de CPF ou nome de uma pessoa em uma tabela do banco de dados. Já os dados não-estruturados são caracterizados por um maior dinamismo e flexibilidade, como e-mails, vídeos, áudios, entre outros. Além disso, os dados também podem ser classificados quanto sua origem, gênese ou transformação. Quanto a origem, eles são classificados em internos (oriundos da própria organização) ou externos (de fora da organização). Quanto a gênese ou transformação, os dados são classificados em primários (básicos e sem qualquer tratamento) e derivados (construídos a partir dos dados primários). Na Figura 2 você pode observar essa classificação de dados e os tipos de dados encontrados, sendo eles: dados mestres; dados referenciais; dados transacionais; dados históricos. Figura 2 – Classificação dos dados Fonte: Barbieri (2020, p. 18). 9 Os dados mestres representam o sustentáculo da organização no que tange às suas transações e, por isso, recebem o nome de dados de fundação. Entre os exemplos de dados mestre é possível encontrar: cliente, fornecedor, produtos etc. Já os dados referenciais representam os atributos associados aos dados mestres e, em alguns casos, codificam algumas de suas propriedades. Normalmente, eles se originam de fontes externas, por exemplo, o dado que representa o bairro (dado referencial), onde mora um cliente (dado mestre), e assim por diante. Os dados transacionais são gerados a partir das transações ocorridas e registradas nos sistemas de informação da organização, sendo uma ponte de interligação dos dados mestres da empresa. Um bom exemplo é um número de nota fiscal de um serviço prestado pela organização ou um produto vendido, nesse caso, observe que o número de nota fiscal (dado transacional) interliga cliente (dado mestre) e produto (dado mestre). Os dados históricos, por sua vez, são aqueles guardados em uma linha do tempo nos Data Warehouses, Data Marts e oriundos dos dados mestres, referenciais e transacionais. Os dados históricos são utilizados no processo de tomada de decisão, por isso, eles são de grande importância estratégica para os negócios. Nesse momento, convém introduzir o conceito de metadado, que pode ser definido de forma simplificada como dados sobre dados, ou seja, características dos dados. Entre os elementos que compõem um metadado é possível citar: título; descrição; tags e categorias; criador do dado; momento em que o dado foi criado; última modificação do dado; quem tem acesso ao dado; entre outros. Os metadados podem ser classificados em técnicos e de negócio. Os metadados técnicos apresentam as informações/dados que possibilitam 10 que um dado seja fisicamente identificado, por exemplo, um metadado técnico pode ser o tamanho do dado. Os metadados de negócio apresentam as informações/dados que possibilitam a compreensão do contexto de um dado. Um bom exemplo de um metadado de negócio pode ser o processo que utiliza esse dado. 1.2 Dado como ativo corporativo A ideia de dado (principalmente digital) como ativo corporativo é relativamente nova. Para compreender como essa mentalidade chegou as organizações, você precisa conhecer como a Tecnologia da Informação se estabeleceu nas organizações, por volta da década de 1960. Nesse período, a TI praticamente nasce no cenário corporativo, iniciando a era dos dados, no contexto da informática e da computação. Desse modo, a própria área de TI era conhecida como Centro de Processamento de Dados (CPD) e os seus profissionais tinham grande foco no desenvolvimento de sistemas e tecnologias que suportassem a entrada, o processamento, o armazenamento e a saída de dados. Nesta época, a ideia que se tinha do uso dos dados se limitava ao contexto operacional, distanciando as organizações de uma utilização estratégica e tática da massa de dados armazenada em grandes Mainframes (computadores de grande porte responsáveis pelo processamento centralizado de dados no início do uso da TI nas empresas). Dessa forma, a área de TI foi evoluindo, bem como todas as ferramentas por ela oferecidas, fazendo com que a sociedade avançasse para a era da informação. Então, por volta da década 1980, era comum afirmar que ter informação era o mesmo que ter poder. 11 Contudo, próximo ao fim da década de 1980 e na década de 1990, com o estabelecimento da rede mundial de computadores e o aumento do número de acessos à Internet, a informação estava cada vez mais acessível a todos. Assim, já no início do século XXI, avançou-se a passos largos para a era do conhecimento, onde não era só importante ter a informação, mas compreender o seu valor e a sua aplicabilidade. Como você pôde ver, auxiliado pelo desenvolvimento das infraestruturas de TI, tudo isso se deu em pouco mais de 30 anos, fazendo com que as empresas colocassem as tecnologias digitais no centro da estratégia corporativa. Assim, favoreceu-se o alinhamento estratégico entre TI e negócio, promovendo uma parceria entre essas duas áreas, de forma que uma permeava a outra. Observando os dias de hoje, parece que assim como na década de 1960, os dados digitais começam a ganhar protagonismo novamente. Big Data, Data Warehouse, ferramentas de Business Intelligence, Machine Learning, Internet das Coisas, Computação em Nuvem, Inteligência Artificial, entre diversas outras tecnologias emergentes trazem novamente a importância dos dados e sua adequada gestão. Isso ocorre em um cenário de transformação digital nas empresas, onde cada vez mais inúmeras tecnologias habilitam inovações e são totalmente baseadas em dados e no conhecimento por eles gerados. Segundo Fernandes et al. (2019), essas tecnologias habilitadoras integram a quarta revolução industrial que inaugurou um novo momento na evolução da humanidade. A partir deuma outra vertente, também é possível citar as questões voltadas para segurança, compliance e regulamentações de uma forma geral, como grandes motivadores para o uso estratégico dos dados. No entanto, tudo isso exige uma gestão de dados e, também, uma governança que atenda às necessidades do negócio. 12 Um bom exemplo nas regulamentações aqui no Brasil é encontrado na aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que vem dando uma nova dinâmica nas questões que envolvem o gerenciamento dos dados na sociedade como um todo, no aspecto de proteção e segurança. Assim, podemos dizer que, atualmente, em quase todas as organizações, os dados são vistos como um ativo crítico para o sucesso de suas estratégias. Por meio deles e utilizando ferramentas como big data e analytics, as empresas encontram informações sobre clientes, gerenciam de forma mais adequada as operações na cadeia de valor e habilitam a transformação digital. Estes dados, que hoje se encontram nas mais variadas formas e com uma volumetria inimaginável há anos atrás, são gerados em uma velocidade impressionante, exigindo das empresas alta capacidade de armazenamento, processamento, análise e visualização para o uso estratégico. 1.3 Ciclo de vida do dado Você já deve ter compreendido que o dado é um ativo de grande importância para as empresas. Como todo ativo, o dado também tem um ciclo de vida, ou seja, ele é criado, depois há um itinerário de uso e, em seguida, ocorre seu descarte. Barbieri (2020, p. 30) menciona que os dados: [...] vão da criação ao arquivamento, semelhante a nós, que iniciamos o nosso ciclo em uma maternidade e terminamos no Hope Woods (mais conhecido como Bosque da Esperança), com diversas atividades in- between. Os dados, quando vistos como ativos, têm certas diferenças, comparados com os ativos tradicionais, como veículos, imóveis, etc. Os dados podem ser replicados, copiados, transmitidos, o que os ativos mais físicos não permitem. Por isso, conhecer esses ciclos dos dados é fundamental para observarmos a sua linhagem (data lineage) e, quando 13 houver qualquer problema de erros graves, entendermos em que ponto aquilo aconteceu e quais as ações para evitar a recorrência do problema. Quantas vezes você já fez reflexões na vida do tipo “Uau... em que ponto, eu errei”? Isso é uma busca inconsciente pela linhagem de dados, embutida, digamos, em fatos encadeados. (BARBIERI, 2020, p. 30) Na abordagem de Barbieri (2020), o ciclo de vida dos dados envolve cinco etapas distintas. A primeira é chamada de Entrada e conhecida como Ingestão, onde os dados são coletados. A segunda é chamada de Integração e conhecida como tratamento, onde ocorre o processamento. A Terceira é chamada de Distribuição, onde os dados são enviados aos seus destinos nas mais diversas aplicações ou para o próprio armazenamento. A quarta é chamada de Uso, quando ocorre efetivamente a utilização dos dados pelas áreas da organização. A quinta é chamada de descarte, onde constatamos o encerramento do ciclo de vida do dado. A figura a seguir apresenta essa sequência do ciclo de vida dos dados. Figura 3 – Ciclo de vida dos dados Fonte: adaptada de Babieri (2020, p. 27). Outra abordagem interessante do ciclo de vida do dado é encontrada na obra de Rêgo (2013), em que o autor apresenta o ciclo de vida do dado em sete fases: • Planejar: avalia a necessidade de dados do negócio. • Especificar: desenha e projeta a utilização dos dados. • Disponibilizar: disponibiliza os dados para o negócio. • Criar e adquirir: criam-se ou adquirem-se mais dados. 14 • Manter e usar: manutenção e sustentação do uso dos dados. • Arquivar e recuperar: armazenam-se e recuperam-se os dados a partir das necessidades do negócio. • Eliminar: descartam-se os dados quando eles não entregam mais valor. Assim, é possível notar muitas semelhanças entre as duas abordagens, formando em você a ideia de visualização de dados dentro de um ciclo de vida. Dessa visão, estabelece-se a necessidade de uma gestão e um governo desses dados, sob pena de não entregar valor para os negócios. 1.4 Gestão e governança dos dados Logo no início dos estudos de gestão e governança de dados surgem diversas perguntas, entre elas a mais comum é: gestão de dados e governança de dados são a mesma coisa? A gestão de dados pode ser compreendida a partir do Guide to The Data Management Body of Knowledge (DAMA-DMBOK® Guide), que é um guia de melhores práticas para o gerenciamento de dados. Segundo Rêgo (2020), o DAMA-DMBOK® guide apresenta a gestão de dados como uma disciplina viabilizadora de um conjunto de 11 funções de dados. Essas funções, também conhecidas como áreas de conhecimento, são: governança de dados; arquitetura de dados; modelagem e projeto de dados; armazenamento e operações de dados; segurança dos dados; integração e interoperabilidade; gestão de conteúdo e documentos; dados mestres e referenciais; data warehousing e business intelligence; gestão de metadados; qualidade de dados (RÊGO, 2020). Observe que, uma das funções da gestão de dados é justamente a governança de dados. Segundo Rêgo (2020, p. 9), “a governança de 15 dados é uma função que representa o exercício da autoridade em relação à gestão de dados e ao controle de estratégias, políticas, padrões, processos, métricas e indicadores envolvidos com os ativos de dados”. Assim, é possível dizer que o principal papel da governança de dados é estabelecer o sistema de governo das outras funções da gestão de dados. A Figura 4 apresenta um fragmento da visão geral do DAMA- DMBOK® Guide, que apresenta essa ideia da governança de dados no centro de controle das outras funções da gestão de dados. Figura 4 – Visão geral das funções da gestão de dados Fonte: adaptada de Barbieri (2020, p. 49). Dessa forma, é possível estabelecer a ideia da gestão de dados conectada à execução de funções de dados e a governança de dados ligada ao controle e exercício de autoridade sobre as funções de dados. Isto eleva a governança de dados para uma perspectiva muito mais abrangente, conferindo a ela o controle sobre a gestão desse ativo tão importante. 16 Além do DAMA-DMBOK® guide, é possível encontrar diversos outros conjuntos de boas práticas em governança de dados, como: Framework 5W2H; Framework da IBM; Modelo EDM council; Modelo Data Management Maturity (DMM). No entanto, cada um desses modelos apresenta definições de governança de dados que guardam muitas semelhanças e remetem para o exercício de funções sempre relacionadas à qualidade, à criação de valor, ao estabelecimento de políticas e à viabilização de um sistema de governo para os dados. Após definir a governança de dados, quando olhamos para as áreas de TI e de negócios, que já possuem, respectivamente, a governança de TI e a governança corporativa, outro questionamento surge: a governança de dados é um desdobramento da governança de TI ou atua independente dela e de forma interligada a governança de corporativa? Durante algum tempo, observou-se o dado como um ativo sob guarda, gestão e governo da área de TI. Isto se dava porque eles estavam armazenados na infraestrutura tecnológica das empresas, assim, entendia-se que o governo dos dados era um “subdomínio” do governo da TI. Aos poucos, essa mentalidade foi enfraquecida, estabelecendo a compreensão de que a TI tem a missão de custodiar esses dados e não de exercer o controle e autoridade sobre eles. Os dados são propriedade do negócio, por isso, é possível afirmar que a governança de dados atua em paralelo e em harmonia com a governança de TI, mas como um desdobramento da governança corporativa. A Figura 5 apresenta esta relação entre a governança corporativa, governança de TI e governança de dados. 17 Figura 5 – Relação entre a Governança Corporativa, de TI e de Dados Fonte: Barbieri (2020, p. 37). 1.5 O profissional de governança de dados Ao mencionar o profissional de governança de dados é necessário compreenderprimeiro quais são os papéis envolvidos no contexto em que tratamos dos dados. Esses principais papéis são: Diretor de Dados (Chief Data Officer–CDO); Gestor da Informação (Data Owner); Gestor de Dados em Negócio (Business Data Steward); Gestor Técnico de Dados (Technical Data Steward); Gestor Estratégico de Dados (Lead Data Steward); Arquiteto de Dados (Data Architect); e Analista de Governança de Dados. A Figura 6 apresenta a interação entre esses papéis e os níveis em que eles atuam. Além disso, é possível que os documentos e os artefatos que formam a base de trabalho dos profissionais que exercem esses papéis. 18 Figura 6 – Principais papéis envolvidos com a Governança de Dados Fonte: Rêgo (2020, p. 48). O primeiro papel encontrado no nível estratégico é aquele exercido pelo CDO, que é responsável direto e primeiro pelo governo dos dados e o maior propagador da cultura Data Driven, que nada mais é que a orientação dos dados na tomada de decisão e no planejamento estratégico da empresa. Ainda no nível estratégico temos o gestor da informação, também conhecido como Data Owner. Normalmente, o seu papel é exercido por um profissional da área de negócio em cargo de direção ou pelo menos com o status. As principais atribuições desse papel envolvem: o patrocínio de ações com o objetivo de resolver problemas com dados; a autorização de acessos e envio de dados sob sua responsabilidade; a nomeação do gestor de dados em negócio; e a representação da empresa diante de órgãos reguladores relacionados a dados. 19 Entre o nível estratégico e tático se encontra o gestor estratégico de dados. Ele exerce a liderança na governança de dados, sendo considerado a referência dessa área na empresa, que cultiva forte relacionamento com as camadas superiores e com o corpo de profissionais voltado às questões mais técnicas da área de dados. Mergulhado no nível tático, há os papéis de gestor técnico de dados (profissional de gestão com visão de TI), gestor de dados em negócio (profissional de gestão com visão de negócio) e o arquiteto de dados (responsável pelo desenho de soluções relacionadas a governança de dados que alinhem TI e Negócio). Como último papel interligando aos níveis tático e operacional, encontramos o analista de governança de dados, conhecido como Data Officer. Por sua vez, suas principais atribuições são mais técnicas, como: criação de relatórios, coleta de métricas e indicadores; treinamentos relacionados a dados; manter e documentar a metodologia de gestão e governança de dados. Contudo, nem todas as organizações possuem de forma estruturada e estabelecida todos esses papéis. O principal motivo é que a importância da governança de dados ainda não foi perfeitamente assimilada pela alta direção de muitas empresas. No entanto, é possível perceber que cada vez mais a cultura data driven e a consideração do dado como ativo corporativo estratégico tem modificado este cenário para melhor. Referências BARBIERI, Carlos. Governança de dados: práticas, conceitos e novos caminhos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020. BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Brasília, DF: Presidência da República, [2018]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso em: 17 maio 2021. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm 20 COSTA, Ivanir et al. Qualidade em tecnologia da informação: conceitos de qualidade nos processos, produtos, normas, modelos e testes de software no apoio às estratégias empresariais. São Paulo: Atlas, 2012. FERNANDES, Agnaldo Aragon et al. Governança digital 4.0. Rio de Janeiro: Brasport, 2019. LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas de informação gerenciais. São Paulo: Pearson Pratice Hall, 2013. RÊGO, Bergson Lopes. Gestão e governança de dados: promovendo dados como ativo de valor nas empresas. Rio de Janeiro: Brasport, 2013. RÊGO, Bergson Lopes. Simplificando a governança de dados: governe os dados de forma objetiva e inovadora. Rio de Janeiro: Brasport, 2020. 21 Visão Geral da Gestão de Dados Autoria: Antônio Palmeira de Araújo Neto Leitura crítica: Luís Otávio Toledo Perin Objetivos • Compreender os conceitos básicos da gestão de dados. • Descrever as funções de dados utilizadas nas organizações. • Reconhecer os papéis e responsabilidades na gestão de dados em uma organização. 22 1. Gestão de Dados Os dados despontam como elemento basilar na elaboração das estratégias das organizações nos dias de hoje, principalmente para aquelas situadas no ambiente competitivo. Assim, a propriedade sobre os dados está recebendo grande importância, bem como a sua adequada gestão em vista da entrega de valor para o negócio. No entanto, do que se trata essa “tal” gestão de dados? Ao final do itinerário trilhado desse tema, você terá condições de responder a essa pergunta e encontrar as principais funções, papéis, responsabilidades e tecnologias na gestão de dados. 1.1 Histórico e conceitos básicos em Gestão de Dados De acordo com os conceitos mais modernos, a gestão de dados pode ser definida como um conjunto de ações de planejamento, padronização, organização, implantação, execução, proteção e utilização de dados em vista das necessidades da organização (RÊGO, 2013; BARBIERI, 2020). No entanto, atualmente, como chegamos a esse conceito? Para compreender melhor essa ideia moderna de gestão de dados, precisamos voltar o olhar para algumas décadas atrás, quando as empresas se deram conta da importância dos dados. Tudo começou por volta da década de 1980, com a disseminação do uso do Banco de Dado (BD) Relacional, que ocupou o espaço do antigo BD Hierárquico. Nesse momento, se começa a estabelecer o papel do Administrador de Banco de Dados, conhecido pelo acrônimo em inglês DBA (Data Base Administrator). Embora tivesse um perfil muito técnico, o DBA começou também a atuar na modelagem e no apoio dos dados. Assim, segundo Rêgo (2013), começou-se a amadurecer a ideia de implementar a função 23 do Administrador de Dados (AD), com um perfil mais alinhado ao negócio e menos técnico. Na década de 1990, com as intensas migrações das plataformas baixas (mainframes) para as plataformas altas (servidores), a utilização do BD relacional se intensificou. Dessa forma, o AD começa a ganhar interessante importância, fazendo com que as organizações criassem áreas exclusivas para a administração de dados, com foco em modelagem de dados e gestão de modelo de dados. Nesse contexto, ainda de acordo com Rêgo (2013), a área de AD era subordinada a área de Tecnologia da Informação (TI) e tinha certo alinhamento com as áreas de negócio. Já na década de 2000, a área de AD começava a perder um pouco de protagonismo na gestão de dados. Isto ocorreu por diversos motivos e o primeiro deles estava associado ao perfil de AD ligado ao negócio, que não se atualizava nas tecnologias, como a orientação a objetos que cresceu fortemente no início desse século. Outro motivo residia na preocupação com os custos na manutenção da área de AD, que, na percepção da alta direção de muitas empresas, não dava os retornos financeiros esperados. Assim, nessa época, verifica-se a incorporação das funções do AD às do Gestor de TI, auxiliado pelo DBA (RÊGO, 2020). Então, segundo Rêgo (2020), na década de 2010, com a constatação dos mais diversos problemas no uso dos sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) e de ferramentas de BI (Business Intelligence), que se retorna uma ideia mais moderna de AD, agora chamada de Gestão de Dados. A gestão de dados começou a se firmar com um escopo maior que aquela ligada a AD de uma década atrás, focando no ciclo de vida do dado, considerando, também, os metadados e trabalhando com tecnologias como o big data, por exemplo. De acordo com Barbieri (2020), tudo isso ocorre de forma alinhada entre TI e negócio, levando em conta questões técnicas e questões externasao ambiente de TI. 24 Essa nova forma de gerir os dados apresenta um entrelaçamento de TI com os negócios, de forma que a responsabilidade pela gestão de dados é agora compartilhada entre essas duas áreas. A figura a seguir apresenta esse entrelaçamento. Figura 1 – Responsabilidade da Gestão de Dados Fonte: adaptada de Rêgo (2013, p. 8). Contudo, essa nova mentalidade apresenta a gestão de dados como crucial para as estratégias das organizações, principalmente para aquelas que tem na transformação digital pilares do negócio. Ao colocar a transformação digital como fundamento da ação de muitas empresas, observa-se como consequência direta uma velocidade avassaladora nas mudanças, fazendo com que as estratégias não mais sejam traçadas para três ou cinco anos, mas com um ciclo bem menor. Desse modo, isto só pode ser feito com sucesso quando há uma gestão de dados alinhada a essa necessidade. Neste sentido, é importante colocar a ideia de estratégia de dados, executada, pela gestão de dados em todo tipo de organização, 25 independentemente do porte, ramo de atuação e local de atuação. Sobre essas questões estratégicas, Fernandes et al. (2019, p. 103) mencionam que: A ponte para a organização chegar a um modelo de negócio vencedor passa por entender o desempenho da organização e o comportamento dos clientes através da análise de dados. A falta de estratégia de dados compromete o gestor de negócio a empreender iniciativas internas com as áreas de tecnologia para desenvolver novos produtos, serviços e adequar os existentes. A falta de uma estratégia de dados compromete também a melhoria da infraestrutura, qualidade e disponibilização dos dados armazenados na velocidade que os clientes demandam da organização. 1.2 Funções da Gestão de Dados As melhores práticas encontradas no DAMA-DMBOK® guide apresentam a gestão de dados divididas em 11 funções de dados, também chamadas de áreas de conhecimento. Segundo Rêgo (2020), as funções são: Governança de Dados; Arquitetura de Dados; Modelagem e Projeto de Dados; Armazenamento de Dados e Operações; Segurança de Dados; Integração de Dados e Interoperabilidade; Gerência de Conteúdos e Documentos; Dados Mestre e Referência; Data Warehousing e Business Intelligence; Gestão dos Metadados; Qualidade de Dados. A figura a seguir apresenta essas funções de dados. 26 Figura 2 – Funções de Dados Fonte: Barbieri (2020, p. 49). Nessas funções encontramos as atividades desenvolvidas pela gestão de dados. Por sua vez, essas atividades podem ser classificadas de acordo com as fases de: planejamento, controle, desenvolvimento ou operação. A primeira e principal função é a governança de dados. Por meio dela, se exerce a autoridade e o controle da gestão dos dados, ou seja, a governança desempenha uma ação de governo sobre as outras funções. Por isso, de acordo com Barbieri (2020), a Figura 2 apresenta a governança no centro, interligada e intervindo diretamente nas outras funções de dados. As atividades da função governança de dados se situam no planejamento e no controle. No planejamento, a principal finalidade das atividades reside na criação da estratégia de dados para o atendimento das necessidades de negócio, além do estabelecimento das estruturas organizacionais de gestão e de governança de dados. No controle, a função de governança atua na supervisão e monitoramento dos profissionais de dados e no cumprimento das políticas, padrões e regulamentos. 27 A segunda função, que também tem grau de importância elevado, é a Arquitetura de Dados. Por outro lado, ela se preocupa com a definição corporativa sobre os dados, além do esboço das situações atuais e futuras da arquitetura de dados, utilizando representações e relações (RÊGO,2020). As atividades da função arquitetura de dados dentro do espectro de fases se situam apenas no planejamento. Elas compreendem o entendimento dos requisitos de informação desejados pelo negócio, além de desenvolver, manter, analisar e alinhar o modelo de dados da organização. Além dessas, outras atividades interessantes nessa função envolvem a definição das arquiteturas de metadados, de BI e de Data Warehousing. Já a terceira função é conhecida por modelagem e projeto de dados. Segundo Rêgo (2020), a sua finalidade é a execução de atividades próprias do ciclo de desenvolvimento de sistemas que se referem aos dados, como análise de requisitos com os dados; modelagem de dados; projeto físico de banco de dados, entre outros. Essa função é composta por um número extenso de atividades que cobrem as fases de planejamento, desenvolvimento e controle. Nesse contexto, é importante dizer que essas atividades têm forte relação com o ambiente tecnológico, principalmente com os bancos de dados. A quarta função é o armazenamento de dados e operação, que é uma novidade na versão 2 DAMA-DMBOK® guide. Esta função substituiu a antiga função gestão de operação e banco de dados da versão 1 e, de acordo com Rêgo (2013), seu principal objetivo é manter o armazenamento de dados durante todo o seu ciclo de vida. Assim, as atividades dessa função cobrem as fases de planejamento, controle e operação. No planejamento, encontra-se a avaliação e definição de arquiteturas tecnológicas de dados. No controle, há 28 atividades que envolvem a administração e monitoramento de tecnologia de dados e de banco de dados. Por fim, na operação, temos as atividades de arquivamento, de retenção, de backup, de recuperação e de eliminação de dados, além do suporte aos bancos de dados especializados. A quinta função é a segurança dos dados, que é preocupação de primeira hora em todas as organizações. Segundo o mesmo autor, o seu objetivo é a garantia da privacidade e confidencialidade dos dados, a partir do planejamento e estabelecimento de políticas de segurança da informação (RÊGO, 2020). As atividades dessa função, por sua vez, envolvem as fases de planejamento, desenvolvimento e controle. No planejamento estão as definições de políticas e padrões de segurança, além do entendimento das necessidades de negócio no que tange ao aspecto segurança. No desenvolvimento, a atividade se resume as definições dos controles e procedimentos de segurança. No controle, que é a fase crítica desta função, encontram-se a gestão de acessos, perfis, permissões, além da auditoria da segurança de dados. A sexta função é a integração de dados e interoperabilidade, estabelecida na versão 2 do DAMA-DMBOK® guide. Essa função não existia na versão 1 do framework e seu papel é fazer a gestão dos processos de integração, a disponibilização e a consolidação dos dados entre aplicações e organizações (RÊGO, 2020). A sétima função é chamada de Dados Mestres e Referência. Ela tem por objetivo a definição e controle de atividades que promovem a conciliação e a manutenção dos dados compartilhados e utilizados pelos sistemas, envolvendo atividades de planejamento, desenvolvimento, controle e operação. No planejamento é possível citar o entendimento das necessidades dos dados mestre e de referência; no desenvolvimento, há apenas uma atividade e ela envolve a 29 implementação de soluções de gestão dos dados mestre e de referência; no controle, o destaque é para a definição e manutenção de regras de correspondência de registros; por fim, na operação, a gerência de mudanças em dados mestre e de referência ganha destaque (RÊGO, 2020) A Quadro 1 apresenta as demais funções de dados, sua finalidade e algumas de suas principais atividades e a fase em que elas são executadas. Quadro 1 – Funções Gestão de Documentos e Conteúdos/DW e BI/ Gestão de Metadados/Qualidade de Dados Função Finalidade Atividades Fase G es tã o de D oc um en to s e Co nt eú do s Armazenamento, proteção e acesso a dados não- estruturados da empresa. Plano de gestão de registros/documentos. Planejamento. Backup e recuperação de registros/ documentos. Operação. Auditoria de documentos/gestão de registros.
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